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bolinha quicando
5 de Julho de 2010
Experimento
Estrutura
As medidas foram bastante simples de serem feitas. Plugamos um microfone comum ao computador,
utilizamos o comando rec do linux (instalado através do pacote sox ) e captamos o som dos quiques
da bolinha na mesa. A bolinha era sempre solta do mesmo ponto, a 45.0 𝑐𝑚 da mesa.
Aquisição de dados
Logo após fazer as gravações, tı́nhamos em mãos três arquivos de extensão .dat. Utilizando o software
gnuplot, plotamos estes arquivos e conseguimos os três gráficos a seguir:
Figure 1: Medida 1
Figure 2: Medida 2
Figure 3: Medida 3
1
A partir dos gráficos, procedemos da seguinte forma para obter os dados:
∙ Com os valores de um pico e do anterior em mãos, efetuamos a subtração 𝑥𝑝𝑖𝑐𝑜 − 𝑥𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ,
obtendo assim cada perı́odo.
Como tiramos três medidas, fizemos a média entre os três perı́odos. Os valores foram armazenados
no arquivo T medio.dat da seguinte forma:
N Perı́odo(s)
1 0.5486103
2 0.5000000
3 0.4526133
4 0.4100667
Um pouco de fı́sica...
A velocidade inicial da bolinha é trivial,
√
𝑣0 = 2𝑔ℎ (1)
Mas essa é apenas a velocidade inicial, quando soltamos a bolinha de uma altura ℎ. A velocidade
da bolinha após colidir com o chão muda, pois uma parte da energia foi gasta sendo convertida em
som, deformação, etc. A velocidade após a 𝑛 colisões é então
𝑣 𝑛 = 𝑣 0 𝜀𝑛 (2)
onde 𝜀 é o coeficiente de restituição da bola, e 𝑛 é o número da colisão.
O intervalo de tempo entre duas colisões é o perı́odo. Temos um ”perı́odo inicial”, 𝑇0 , que é
√
8ℎ
𝑇0 = (3)
𝑔
onde ℎ é a altura de onde a bolinha foi solta e 𝑔 é a aceleração da gravidade. Já que a velocidade
diminui a cada colisão, o perı́odo também muda, e a expressão do perı́odo após certo número 𝑛 de
colisões com o solo é
2
𝑇𝑛 = 𝑣𝑛 (4)
𝑔
Podemos rearranjar de forma a obter a fórmula que utilizamos:
𝑇𝑛 = 𝑇0 𝜀𝑛 (5)
No entanto, trabalhar com esta expressão não é muito fácil. Utilizamos então um truque básico
aprendido nos laboratórios: Tiramos o logaritmo natural em ambos os lados, obtendo então
2
Ajustando a melhor reta
Para encontrar a melhor reta, linearizamos a equação da seguinte forma.
sumX = 0.0
sumY = 0.0
sumXY = 0.0
sumX2 = 0.0
do i = 1, 4
sumX = sumX + n(i)
sumY = sumY + Y(i)
sumXY = sumXY + (n(i)*Y(i))
sumX2 = sumX2 + n(i)**2
end do
A = (sumY*sumX2 - sumX*sumXY)/(4.0*sumX2-(sumX)**2)
B = (4.0*sumXY - sumX*sumY)/(4.0*sumX2- (sumX)**2)
𝐴 = 𝑙𝑛𝑇0 (10)
𝑇0 ⇐ 𝑒𝐴 (11)
E como
8ℎ
𝑇0 = (12)
𝑔
manipulamos esta expressão para obter então
8ℎ
𝑔= (13)
𝑇02
Fizemos a mesma coisa para o coeficiente de restituição, obtendo
𝜀 = 𝑒𝐵 (14)
3
Resultados
Os resultados obtidos foram bastante precisos. Com os dados coletados, obtivemos 𝑔 = 980, 97748 𝑐𝑚/𝑠2 .
Para calcular o erro percentual, usamos a fórmula
𝑔𝑡𝑒´𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝑔𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
𝐸% = × 100 (15)
𝑔
𝑡𝑒´
𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜
onde 𝑔𝑡𝑒´𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 = 979, 15𝑐𝑚/𝑠2 em Florianópolis. Substituindo os dados na fórmula, obtemos então
que o erro percentual foi de apenas 0.18%!
4
Conclus[U+FFFD]
Atrav[U+FFFD]este projeto, foi poss[U+FFFD]l constatarmos o qu[U+FFFD]til [U+FFFD]so da pro-
grama[U+FFFD] no desenvolvimento da f[U+FFFD]ca. Atrav[U+FFFD]e um simples algoritmo, con-
seguimos obter um valor com pouco erro para a acelera[U+FFFD] da gravidade em Florian[U+FFFD]is,
sem, no entanto, precisar recorrer aos c[U+FFFD]ulos usuais.
Al[U+FFFD]isso, a f[U+FFFD]ca computacional nos permitiu trabalhar com v[U+FFFD]os dados,
por[U+FFFD]om uma enorme economia de tempo e com uma precis[U+FFFD]arantida.