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CONTEÚDO

PROFº: Marcondes
08 Industrialização Brasileira
A Certeza de Vencer MA060508

O papel da industrialização na reestruturação do espaço mercados regionais, as mercadorias da indústria e da agricultura do


geográfico brasileiro e na configuração de uma nova Sudeste começaram a competir decisivamente com as produzidas
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regionalização pelas demais regiões e, em razão de suas vantagens comparativas


(escala e tecnologia de produção), provocaram uma crise mais ou
menos geral nessas indústrias regionais, debilitando e mesmo
Com o processo de industrialização do Brasil e sua encerrando as atividades de muitas.
concentração geográfica no Centro-Sul, especialmente em São
Paulo, surgiu uma nova forma de organização do espaço. A partir Com isso, o que ocorre é um processo de integração
do momento em que a indústria se converte no setor-chave da (incorporação) das economias regionais à dinâmica econômica
economia do país, fato esse que só ocorreu em meados do século polarizada pelo Sudeste (consolidando uma economia nacional) a
XX, o espaço geográfico brasileiro torna-se cada vez mais partir de seu desenvolvimento industrial. Essa realidade vai gerar
integrado, com uma maior interdependência entre toda as suas uma transformação das economias regionais, como foi dito no caso
áreas. da estagnação das indústrias não pertencentes ao Sudeste, em
função das necessidades e interesses do novo centro irradiador: o
No período pré-industrial o território nacional, do ponto de vista Centro-Sul.
da organização espacial, se apresenta essencialmente
desarticulado, pois, como demonstramos em aulas anteriores, Assim, tínhamos no período das “ilhas” econômicas as
caracterizava uma “economia em arquipélagos”. Não existia, de economias regionais ligadas ao capitalismo central (economia-
fato, uma divisão regional do trabalho (D.R.T.) em dimensão mundo), porém, desarticuladas entre si. Elas eram, portanto,
nacional. As diversas regiões se ligavam diretamente ao centro do desiguais (no sentido de se organizarem diferentemente,
capitalismo mundial. Tinham em comum a valorização do setor destacando-se determinados produtos de exportação, como o café
externo, realizando um “crescimento para fora”. As próprias redes no Sudeste, o algodão no Nordeste e a borracha na Amazônia),
de transporte (espaço da circulação) que existiam serviam porém combinadas com o processo geral de acumulação capitalista
principalmente para ligar essas áreas ao litoral, aos portos de (mercado mundial). Essa era a tradução para a “Lei do
exportação, mas não para fazer a integração dessas diversas áreas, Desenvolvimento Desigual e Combinado” na realidade brasileira
a exemplo da malha ferroviária. no período das “ilhas”.

BRASIL - FERROVIAS Com a integração nacional, tais economias regionais


transformam-se, havendo uma reorganização do espaço nacional.
Assim, aumenta o caráter desigual de cada região (Amazônia,
Nordeste e Centro-sul) que, por sua vez, combinam-se ainda mais
com a economia-mundo, porém, através de sua articulação com a
economia nacional.
BRASIL - RODOVIAS

A acelerada industrialização no período pós-30 concorreu para


uma integração cada vez maior do espaço geográfico do país. A
formação do mercado nacional, o processo de unificação econômica
e sua efetiva regionalização interna é resultado, portanto, do
processo de industrialização que rompeu o isolamento dos
mercados regionais. Esse processo começou na década de 30, A lei do desenvolvimento desigual e combinado traduz-se,
quando o governo Vargas eliminou os impostos interestaduais que assim, no processo de regionalização que diferencia não só
protegiam os mercado regionais. Nas décadas seguintes, rodovias países entre si, como em cada um deles, suas partes componentes,
começaram a interligar os estados de São Paulo e Rio de Janeiro originando regiões desigualmente desenvolvidas, mas articuladas.
ao Sul e ao Nordeste, gerando uma expansão inédita do comércio
VESTIBULAR – 2009

interno e a intensificação dos fluxos migratórios em direção ao A Região pode ser vista como um resultado dessa lei
Sudeste nos 50, 60 e 70. caracterizando-se pela sua inserção na divisão territorial (nacional e
internacional) do trabalho e pela associação de relações de
Na medida em que, através da política do governo federal, produção distintas.
desapareciam as restrições impostas pelos estados e até
municípios à circulação das mercadorias, na medida em que a A partir da integração nacional as disparidades nacionais
abertura de rodovias e a ligação com o Sul do país rompiam as passam a ser mais nítidas, uma vez que, com a exposição à
barreiras físicas que, pelos custos de transportes protegiam os concorrência dos produtos industrializados e agropecuários do

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Centro-Sul, alguns setores econômicos vulneráveis das outras da integração econômica dessa parte do território
regiões são levados à falência e, ao mesmo tempo, outros setores nacional.
transformam-se para atender às demandas da região Central.
d) Sul despontou como grande “celeiro agrícola” do país,
Vejamos algumas mudanças pelas quais passaram essas exportando para o Sudeste industrial. A complementaridade
regiões a partir da integração nacional: entre as duas regiões torna-se mais forte, inclusive em alguns
ramos industriais tradicionais (têxteis e alimentícias) e também
a) Nordeste perdeu posição relativa na indústria, havendo novos setores de ponta, recentemente instalados ou
crescimento no setor agrícola que adquire um caráter mais modernizados e concentrados. A indústria do sul (sobretudo
comercial. A competição com o Sudeste agravou fortemente as Rio Grande do Sul e Vale do Itajaí em Santa Catarina, onde
condições de vida dos assalariados e semi-assalariados livres, situam-se Blumenau e Joinville) acompanha o ritmo da
parceiros, foreiros, moradores de condições do agreste e do industrialização brasileira. Primeiro, porque parte dessa
sertão. De um lado, a falta de modernização da indústria agro- indústria, em particular a do Vale do Itajaí, consegue vantagens
açucareira e têxtil aumentou a exploração dos seus próprios comparativas ligadas à qualificação da mão-de-obra, à
assalariados, de outro, a entrada de produtos agrícolas do capacidade precoce de formação regional do empresariado nas
Centro-Sul a menores preços pressionou para baixo o padrão áreas coloniais e também à precoce acumulação local de
de vida dos semi-camponeses, levando-os ao aumento das capital. Segundo, no caso do Rio Grande do Sul, porque havia
áreas cultivadas e, conseqüentemente, ao aguçamento dos um mercado regional extenso e variado, representado pelas
problemas relacionados com a propriedade da terra (conflitos áreas coloniais em geral, o que, dadas às relativas dificuldades
fundiários). de acesso terrestre ao sudeste, sustentou suas indústrias
A criação da SUDENE (Superintendência no Desenvolvimento “regionais”.
no Nordeste) originou-se como resposta aos conflitos regionais
intensificados com a concorrência do Centro-Sul. A finalidade
inicial do órgão era de atuar no planejamento regional do
Nordeste. A SUDENE vem consolidar a singularidade regional
nordestina, cujos limites de sua atuação ultrapassam as
fronteiras dos estados que compõem oficialmente a Região,
passando a sobredeterminar politicamente a própria existência
da Região.
A SUDENE surgiu também como um meio de facilitar a entrada
dos interesses centro-sulistas na região através basicamente
do mecanismo de incentivos fiscais, principalmente no período
do Estado autoritário. Assim, houve a transformação da
estrutura industrial do Nordeste em favor dos ramos de bens de
capital e intermediários, através da abertura de filiais e
subsidiárias das grandes empresas monopolísticas de capital
estrangeiro e/ou nacional situados no Sudeste. Esse
mecanismo proporcionou um barateamento do custo de
produção e elevação da taxa de lucro. Logo, a lógica de
implantação dessas indústrias diz respeito não a uma
complementaridade territorial nacional mas, às condições de
manutenção das taxas gerais de acumulação monopolística em
escala nacional. Essa produção industrial nordestina visava em
grande parte o mercado do Centro-Sul, não atendendo os
interesses do mercado consumidor nordestino.
Exercício
b) A Amazônia, até o final da década de 60, manteve-se
praticamente isolada do mercado interno, não tendo participado 1. Entre 1930 e 1980, foram adotadas, no Brasil, políticas
da redivisão do trabalho que estava em andamento, que teve territoriais que procuravam unir as diferentes "ilhas" que
como centro o Sudeste industrializado, como periferia o formavam a economia brasileira, em um território integrado e
Nordeste e o Sul como semi-periferia, cujos papéis eram cada articulado por redes técnicas - a rodoviária, a de energia e a de
vez mais impostos pela reestruturação econômica do Sudeste. telecomunicações. Com EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas
Esse isolamento da Amazônia e a falta de estímulo do mercado abaixo apresentam as ações destas políticas. Assinale-a.
internacional explicam a queda na participação relativa da
economia agrícola e industrial da região até 1970. A realidade a) A construção da rodovia Belém-Brasília, no período 56 / 61.
amazônica sofre transformações significativas a partir das b) A abertura da Transamazônica, na década de 70.
políticas públicas estatais de valorização dessa região através c) O uso de tecnologia digital unificando as transmissões de voz,
da incorporação do estado do Mato Grosso e do norte de Goiás após 70.
(atual Tocantins) à área de atuação da SUDAM, criada em d) A organização do setor energético em torno da Eletrobrás, a
1966 em substituição a SPVEA (Superintendência para partir dos anos 60.
Valorização Econômica da Amazônia - 1953). Surge, assim, o e) O uso de satélites para os serviços de telecomunicações, nos
conceito de Amazônia Legal, ratificando uma nova dinâmica anos 70.
regional, a partir desses investimentos. Essa Região criada
passa a participar da divisão territorial do trabalho através, num 2. (UFPI) O processo de industrialização no Brasil provocou
primeiro momento, da redistribuição populacional (fluxos mudanças na organização do espaço regional. Sobre essas
migratórios), com a vinda de nordestinos e sulistas em busca mudanças, marque a alternativa correta.
de terras públicas e, num segundo momento, através dos a) A região Nordeste apresentou um crescimento industrial
projetos agrominerais dos anos 70 e 80. avançado, ocupando a maior parte da população ativa.
c) Centro-Oeste, após a 2ª Guerra, começa a configurar-se como b) O crescimento industrial do país possibilitou o desenvolvimento
social e o fim das desigualdades regionais.
VESTIBULAR – 2009

extensão da agricultura e pecuária do Sudeste nas áreas que


lhe são mais próximas geograficamente, ou seja, Mato Grosso c) O mercado interno foi ampliado, favorecendo uma maior
do Sul e Sul de Goiás, transformando-se, dessa forma, em área integração entre as regiões.
de expansão do Sudeste. Exemplo disso é que empresários d) A concentração industrial no Sudeste teve pouca influência na
paulistas compravam terras nos cerrados do Centro-Oeste, produção das desigualdades regionais no país.
exportando a agropecuária moderna para as novas fronteiras e) A ampliação da divisão regional do trabalho contribuiu para um
econômicas do Oeste. O Centro-Sul surgia como expressão crescimento industrial igualitário em todas as regiões.

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