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O Pastor Silas Malafaia e seu jatinho de 12 Milhões de

Dólares

Carlos Antonio Fragoso Guimarães

O lúcido e combativo jornalista Hélio Fernandes (irmão do não


menos lúcido e combativo Millôr) escreveu no site de seu jornal Tribuna
da Imprensa, no dia 03/01/2010:

Pastor Malafaia, compra avião de 12 milhões de dólares

Nem vou dizer que saiu na coluna do Góis, é a terceira vez que
cito o colunista esta semana, acaba advertido, já que citado por
mim não é nada divertido.
Só que considero humilhação o pastor poder comprar avião de 12
milhões, mesmo de dólares. A “fúria” e a forma “avassaladora”
com que “pede” dinheiro aos “companheiros da fé”, mereceriam
um jato muito mais abrangente e dominador dos ares.

Palavras preferenciais (repetidas de forma autoritária) do pastor:


“Vocês precisam nos ajudar com suas contribuições, pois só assim
podemos ajudá-los. Este programa é nosso, vocês contribuem
para que eu possa levá-los no caminho de Deus”. Agora, com o
avião, esse caminho será percorrido em muito menos tempo.

E o que se poderia dizer disso? Bem, fica patente, antes de tudo,


que ser televangelista é um bom negócio. Mas parece que o “bom”
Pa$tor, além de paladino do televangelismo, demonstra bastante
altruísmo: em um país de miseráveis e desesperados como o Brasil, a
venda da fé se reverte em mordomias para que os mercadores
continuem a... vender! Não precisa nem ser canetas bic com “água do
Jordão”, como faz Edir Macedo, ou orações e preces, como outros. Basta
a compra de bíblias por meros 900 reais e muitas “doações voluntárias”
para que os carentes, os desesperados e os desesperançados tenham
uma maneira eficaz de garantir um visto para o céu. Afinal, é necessário
o sacrifício expresso na doação dos outros para que os “Missionários”
possam salvar almas mais eficazmente, o que inclui cômodos e rápidos
meios de transporte para a “expansão da palavra”. Nada mais nobre
nem mais humilde. Repetindo o grande Frei Betto: ele está tão
convencido de que só ele enxerga a verdade que trata de forçar os
demais a aceitar o seu ponto de vista…e pagar por ele!

Pessoalmente, me espanta a forma pouco cristã e arrogante do


citado evangélico nos horários pagos da televisão comercial. Ele não
debate, impõe "verdades". Além disso, seguindo na esfera dos
fundamentalistas (veja-se o artigo de Frei Betto
emhttp://www.voltairenet.org/article122917.html), ele não apresenta
argumentos, mas vocifera; não propõe, determina; não opina, ajuíza;
não sugere, ordena; não discorda, censura; não advoga, condena e fala
muito mais em Satanás - no fim o grande aliado de quem quer dominar
mentes pelo medo - que na bondade de um Deus Pai compreensivo e
amoroso.

Mas vivemos em tempos surreais… Onde as pessoas de bem estão


presas enquanto a marginália (de tantas modalidades diferentes, desde
o assaltante de rua até os grandes ladrões da nação) estão soltas, onde,
como dizia Einstein, é mais fácil quebrar um átomo que acabar com um
preconceito e onde, em nome do Deus universal – que recebe tantos
nomes e é compreendido de tantas formas conforme a capacidade de
cada cultura – agora surgem auto-entendidos "novos" representantes
demagógicos, a quem causa repulsa palavras como tolerância,
compreensão, ecumenismo e fratenidade, e fazem de sua suposta
sapiência profissão a ser paga, e bem paga, à maneira dos sofistas.
Enquanto um Doutor precisa ter ao menos um curso supererior e
suficiente bagagem intelectual, e passa desapercebido nesse nosso pais,
para ser um Pastor conhecido basta saber tanger e manipular um
rebanho que, diante das mazelas da modernidade, têm medo de
pensar…

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