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Os conceitos fundamentais de antigos ensinamentos como Alquimia,
Hermetismo, coincidem com a Doutrina Aristotélica de que todas as coisas
tendem a alcançar a perfeição. E, a perfeição do interior, da própria alma, é o
que almejam os obreiros maçons e praticantes da PNL.
A Maçonaria, além de preservar e ensinar conhecimentos esotéricos de várias
civilizações do passado, sempre foi e será uma escola de formação
humanística. O maçom, desde sua Iniciação, tem por objetivo, uma dupla
finalidade: o aperfeiçoamento de si mesmo e a contribuição para a construção
positiva da humanidade. Ao desenvolver-se o indivíduo, desenvolve-se o
gênero humano.
A Maçonaria transforma o ³bom´ em ³melhor´. Esse também é um dos
Pressupostos da PNL - ³As pessoas já possuem dentro de si todos os recursos
necessários para realizar as mudanças desejadas´ - já existe, interiormente,
algo intrinsecamente ³bom´ (a Centelha Divina), apenas aguardando um
³despertar´. Segundo Richard Bandler (co-criador da PNL), o ser humano
pode ser o que escolher ser: ³Para que ser você mesmo, se você pode ser
alguém melhor?´.
A Luz Oculta existe em todos os homens - é preciso despertá-la, por esforço
próprio e com ajuda de Mestres sábios e experientes. Assim, a Maçonaria
inicia candidatos, visando o aperfeiçoamento pessoal e espiritual do indivíduo,
porque a Luz está no coração do homem.
A PNL possui muitos conceitos que se entrelaçam com os da Maçonaria - e, a
finalidade, de ambas, é uma só: o desenvolvimento, a evolução individual e
coletiva.

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A Programação Neurolingüística (PNL) pode ser definida como um conjunto
de técnicas que ensina a entender os processos internos das pessoas através da
identificação dos padrões de linguagem verbal e não verbal. PNL é,
basicamente, comunicação: do indivíduo consigo mesmo, com as outras
pessoas e com os acontecimentos.
O nome ³Programação Neurolingüística´ vem de ³Neuro´, referindo-se ao
cérebro: aos processos neurológicos que permitem ver, ouvir, sentir, saborear
e cheirar ± os sentidos usados nos processos internos de pensamento, bem
como para experimentar o mundo externo. Toda compreensão e o que
descrevemos como consciência chega ao cérebro por meio dessas janelas
neurais.
³Lingüística´, referindo-se à linguagem: linguagem que ocorre tanto na
comunicação com os demais, como na maneira como são organizados os
pensamentos. A PNL ensina a usar a linguagem do dia-a-dia para pensar
eficientemente e para desenvolver um comportamento mais útil.
³Programação´ é a instalação de um plano ou procedimento: refere-se à
maneira como programar pensamentos e comportamentos.
PNL é o estudo de como a linguagem, tanto verbal quanto não verbal, afetam
nosso sistema nervoso. É a ciência de como dirigir o cérebro de uma maneira
favorável para conseguir os resultados desejados.
PNL é a ciência que estuda a maneira como são filtradas, através dos cinco
sentidos, as experiências de cada um do mundo externo, e como esses mesmos
sentidos internos são usados, com ou sem intenção, para conseguir os
objetivos almejados.
Neurolingüística é uma ciência que estuda o funcionamento do cérebro
humano. A Neurolingüística parte do princípio que o cérebro humano tem
linguagens próprias e, precisa de comandos adequados para funcionar bem,
isto é, conseguir alcançar os resultados desejados de uma forma positiva.
A PNL, ensinando a usar eficientemente a linguagem verbal (interna e
externa) e a linguagem corporal, utiliza técnicas e procedimentos que, vão
auxiliar as pessoas a atingir mais rapidamente seus objetivos, que podem ser
os mais variados como: melhorar a saúde (física, mental e emocional),
comunicar-se eficazmente (no trabalho, na família), livrar-se de
comportamentos indesejados (álcool, tabaco, drogas, depressão, fobia,
estresse, medos, compulsões), motivação no trabalho, etc.
É uma tecnologia que produz mudanças profundas num curto tempo de
intervenção. A PNL produz resultados e os mantém, melhorando a qualidade
de vida de quem a utiliza.
A PNL é a arte e a ciência da excelência pessoal. Arte, porque a maneira de
pensar e agir é específica em cada um, e qualquer descrição (sentimentos,
atitudes, crenças, etc.), será sempre subjetiva. É também ciência, embora ainda
embrionária, porque incorpora métodos bem pesquisados que podem ser
usados para identificar padrões do comportamento bem sucedido.
A Maçonaria considera o neófito uma pedra bruta. À medida que ele vai
assimilando os ensinamentos e vivenciando-os, a pedra bruta vai tornando-se
polida. O maçom pratica a arte de construir a si mesmo. Um dos objetivos do
maçom é sua própria evolução, que simbolicamente, significa construir um
templo em seu ³interior´. A PNL pode ser um caminho para o maçom, na
senda do autoconhecimento.

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A PNL foi iniciada no começo da década de setenta (1973), por dois norte-
americanos: John Grinder (1940) e Richard Bandler (1950). Grinder é
lingüista, um dos mais proeminentes do mundo e Bandler é matemático e
perito em computadores. Os dois perceberam que, algumas pessoas,
alcançavam pleno êxito em seus campos de atuação e outras não. Decidiram
juntar seus talentos numa tarefa: ³copiar´ as pessoas que fossem as melhores
em seus respectivos ramos e, depois, ³instalar´ essa excelência em outros
seres humanos. Estudar como indivíduos vitoriosos em diferentes campos de
atividade obtêm resultados excelentes, e como seus pensamentos e
comportamentos são reproduzidos.
Grinder e Bandler estudaram os métodos de quatro destacados cientistas que,
invariavelmente, conseguiam produzir mudanças notáveis no comportamento
humano:

- Dr. Milton Erickson (1901-1980): de Phoenix, Arizona (EUA) ± psiquiatra,


um dos maiores hipnoterapeutas que já existiu (Apêndice 2);
- Drª. Virginia Satir (1916-1989): uma extraordinária terapeuta de família,
americana: ³Tento ajudar as pessoas... a experimentar a conexão com a sua
espiritualidade, levando-as a entrar em contato com a sua ternura e com a sua
força. Para tanto... precisamos entender que nascemos para evoluir... É um
crescimento - e não há por que ter medo. Já ouvimos essa mensagem antes. É
sobre isto que falavam Jesus, Buda e tantos outros. Mas, no passado, a maioria
das pessoas... dizia: Eles estão acima de nós, eles são divinos... somos apenas
humanos, portanto não podemos estabelecer a mesma conexão. Mas agora,
começamos a perceber que podemos.´;
- Dr. Gregory Bateson (1904-1980): antropólogo britânico (famoso por seus
estudos com golfinhos) e por ter desenvolvido a Teoria do Duplo Vínculo no
estudo da esquizofrenia;
- Dr. Fritz Perls (1893-1970): psiquiatra alemão, criador da Gestalt Terapia.
Gestalt Terapia é uma terapia experiencial e do presente, fundada por ele e
Laura Perls na década de 1940. Ela ensina a terapeutas e pacientes o método
experiencial da ³awareness´, no qual perceber, sentir e agir são distintos da
interpretação e das atitudes evasivas preexistentes. A ênfase está em observar,
descrever e explicar a estrutura exata do que está sendo experienciado no aqui
e agora.
Esses profissionais usavam seus métodos e, se técnicas existem, elas podem
ser estudadas, codificadas e ensinadas. Utilizando os padrões fundamentais
que copiaram desses quatro mestres, Grinder e Bandler começaram a criar
seus próprios padrões e a ensiná-los também. Esses padrões são conhecidos
como PNL.
A história da PNL é uma história curiosa, que resultou em uma mudança de
paradigmas. No início dos anos 70, o futuro co-criador da PNL, Richard
Bandler, estudava matemática na Universidade da Califórnia (Santa Bárbara),
em Santa Cruz. Richard Bandler veio de um gueto pobre da cidade de San
José, judeu de origem miserável, perdeu parte dos seus intestinos e tem várias
marcas de facadas, resultado das brigas de rua que travava diariamente. No
princípio, ele passava a maior parte do seu tempo estudando computação.
Inspirado por um amigo de família que conhecia vários dos terapeutas
inovadores da época ele resolveu estudá-los. Após estudar cuidadosamente
alguns desses famosos terapeutas, Richard descobriu que, repetindo totalmente
os padrões pessoais de comportamentos deles, poderia conseguir resultados
positivos similares com outras pessoas. Essa descoberta se tornou base para a
abordagem inicial da PNL conhecida como Modelagem de Excelência
Humana. Bandler dizia que a matemática é uma linguagem que se expressa
através de fórmulas numéricas e que obedece a algumas regras, e essas regras
quando alteradas, produzem resultados diferentes. Bandler imaginou, que a
linguagem das palavras também obedecia a certas regras, que se mudadas,
poderiam acarretar mudanças no comportamento humano. O comportamento
humano, para Bandler, é um resultado do fenômeno lingüístico no cérebro
humano.
Depois, ele encontrou o outro co-criador da PNL, o Dr. John Grinder,
professor adjunto de Lingüística da Universidade da Califórnia. A carreira de
John Grinder era tão singular quanto a de Richard. Sua capacidade para
aprender línguas rapidamente, adquirir sotaques e assimilar comportamentos
tinha sido aprimorada na Força Especial do Exército Americano na Europa
nos anos 60 e também depois, quando membro dos Serviços de Inteligência
Americanos em operação na Europa. Grinder como agente do Serviço Secreto
das Forças Armadas Americanas viajou pelo mundo atuando com vários
disfarces, sua especialidade. Grinder era capaz de disfarçar-se em quem ele
quisesse. Fala várias línguas (mais de quinze) e conseguia observar detalhes
do comportamento das pessoas e imitá-las com perfeição. O interesse de John
pela psicologia alinhava-se com o objetivo básico da Lingüística ± revelar a
gramática oculta de pensamento e ação. Descobrindo a semelhança de seus
interesses, eles decidiram combinar os respectivos conhecimentos de
Computação e Lingüística, junto com a habilidade para copiar
comportamentos não-verbais, com o intuito de desenvolver uma ³linguagem
de mudança´.
No começo, nas noites de terça-feira, Richard Bandler conduzia um grupo de
Terapia Gestalt formado por estudantes e membros da comunidade local. Ele
usava como modelo o seu fundador iconoclasta, o psiquiatra alemão Fritz
Perls. Para imitar o Dr. Perls, Richard chegou a deixar crescer a barba, fumar
um cigarro atrás do outro e falar inglês com sotaque alemão. Nas noites de
quinta-feira, Grinder conduzia outro grupo usando os modelos verbais e não-
verbais do Dr. Perls que vira e ouvira Richard usar na terça. Sistematicamente,
eles começaram a omitir o que achavam comportamentos irrelevantes (o
sotaque alemão, o hábito de fumar) até descobrirem a essência das técnicas de
Perls ± o que fazia Perls ser diferente e mais eficaz que outros terapeutas.
Haviam iniciado a disciplina de Modelagem da Excelência Humana.
Encorajados por seus sucessos, eles passaram a estudar uma das grandes
iniciadoras da terapia de família, a Drª. Virginia Satir, e o filósofo inovador,
pensador de sistemas (Teoria Sistêmica) e antropólogo, Gregory Bateson.
Richard reuniu suas constatações originais na sua tese de mestrado, publicada
mais tarde como o primeiro volume do livro ³The Structure of Magic´.
Grinder e Bandler tinham se tornado uma equipe, e continuaram suas
pesquisas com determinação. O que diferenciava seu trabalho do de muitas
escolas de pensamento psicológico, ditas ³alternativas´, cada vez mais
numerosas na Califórnia naquela época, era a busca da essência da mudança.
Quando Grinder e Bandler começaram a estudar pessoas com dificuldades
variadas, observaram que todas que sofriam de fobias pensavam no objeto de
seu medo como se estivessem passando por aquela experiência no momento.
Quando estudaram pessoas que já haviam se libertado de fobias, perceberam
que todas elas pensavam nesta experiência de medo como se a estivessem
vendo acontecer com outra pessoa ± semelhante a observar um parque de
diversões à distância. Com esta descoberta simples, mas profunda, Grinder e
Bandler começaram a ensinar sistematicamente pessoas fóbicas a
experimentarem seus medos, como se estivessem observando suas fobias
acontecerem com outra pessoa à distância. As sensações fóbicas desapareciam
instantaneamente. Uma descoberta fundamental da PNL havia sido feita.
Como as pessoas pensam a respeito de uma coisa faz uma diferença enorme
na maneira como elas irão vivenciá-la. Grinder e Bandler, ao buscarem a
essência da mudança nos melhores mestres que pesquisaram, questionaram o
que mudar primeiro, o que era mais importante mudar, e por onde seria mais
importante começar. Por sua habilidade e crescente reputação, rapidamente
conseguiram o número do telefone do Dr. Milton H. Erickson, M.D., fundador
da ³Sociedade Americana de Hipnose Clínica´, e amplamente reconhecido
como o mais notável médico psiquiatra e hipnoterapeuta do mundo.
O Dr. Erickson era uma pessoa tão excêntrica quanto Grinder e Bandler.
Jovem e robusto fazendeiro de Wisconsin, na década de 20, foi atacado pela
poliomielite aos dezoito anos. Incapaz de respirar sozinho, ele passou mais de
um ano deitado dentro de um pulmão de aço na cozinha de sua casa. Embora
para qualquer um, isso pudesse ter significado uma sentença de prisão,
Erickson era fascinado pelo comportamento humano e se distraía observando
como a família e os amigos reagiam uns aos outros, consciente e
inconscientemente. Ele construía comentários que provocavam respostas
imediatas ou retardadas nas pessoas a sua volta, aprimorando a sua capacidade
de observação e de linguagem. Recuperando-se o suficiente para sair do
pulmão de aço, ele reaprendeu a andar sozinho observando sua irmãzinha dar
os primeiros passos. Embora continuasse precisando de muletas, participou de
uma corrida de canoagem antes de partir para a faculdade, onde acabou se
formando em Medicina e depois em Psicologia. Suas experiências e provações
pessoais anteriores o deixaram muito sensível à sutil influência da linguagem
e do comportamento. Ainda estudando medicina, começou a se interessar
muito por hipnose, indo mais além da simples observação de pêndulos e das
monótonas sugestões de sonolência. Ele observou que seus pacientes, ao se
lembrarem de certos pensamentos ou sensações, entravam naturalmente em
um breve estado semelhante a um transe e que esses pensamentos e sensações
poderiam ser usados para induzir estados hipnóticos. Mais velho, ele se tornou
conhecido como o mestre da hipnose indireta, um homem que podia induzir
um transe profundo apenas contando histórias.
Na década de 70, o Dr. Erickson já era muito conhecido entre os profissionais
da Medicina e era até assunto de vários livros, mas poucos alunos seus
conseguiam reproduzir seu trabalho ou repetir seus resultados. Dr. Erickson
freqüentemente era chamado de ³curandeiro ferido´, visto que muitos colegas
seus achavam que seus sofrimentos pessoais eram responsáveis por ele ter se
tornado um terapeuta habilidoso e famoso mundialmente.
Quando Richard Bandler ligou pedindo uma entrevista, aconteceu de o Dr.
Erickson atender, pessoalmente, o telefone. Embora Grinder e Bandler fossem
recomendados por Gregory Bateson, Erickson respondeu que era um homem
muito ocupado. Bandler reagiu dizendo, ³Algumas pessoas, Dr. Erickson,
sabem como achar tempo´, enfatizando bem ³Dr. Erickson´ e as duas últimas
palavras. A resposta de Erickson foi: ³Venha quando quiser´, enfatizando
também as duas últimas palavras em especial. Embora, aos olhos do Dr.
Erickson, a falta de um diploma em Psicologia fosse uma desvantagem para
Grinder e Bandler, o fato de esses dois jovens serem capazes de descobrir o
que tantos outros não haviam percebido deixou-o intrigado. Afinal de contas,
um deles havia acabado de falar com ele usando uma de suas próprias
descobertas de linguagem hipnótica, hoje conhecida como um comando
embutido. Ao enfatizar as palavras ³Dr. Erickson, achar tempo´, Bandler
havia criado uma frase separada dentro de outra maior, que teve o efeito de
um comando hipnótico.
A combinação das legendárias técnicas de hipnose do Dr. Erickson e as
técnicas de modelagem de Grinder e Bandler forneceram a base para uma
explosão de novas técnicas terapêuticas. O trabalho deles com o Dr. Erickson
confirmou que haviam encontrado uma forma de compreender e reproduzir a
excelência humana.
Nesta época, as turmas da faculdade e os grupos noturnos conduzidos por
Grinder e Bandler estavam atraindo um número crescente de alunos ansiosos
por aprenderem esta nova tecnologia de mudança. Nos anos seguintes, vários
deles, inclusive Leslie Cameron-Bandler, Judith DeLozier, Robert Dilts e
David Gordon dariam importantes contribuições próprias. Esta nova
abordagem da comunicação e mudança começou a se espalhar por todo o país.
Steve Andreas, na época conhecido terapeuta de Gestalt, deixou de lado o que
estava fazendo para estudá-la. Rapidamente, ele percebeu que a PNL era uma
novidade tão importante que, junto com a mulher e sócia, Connirae Andreas,
gravou os seminários de Bandler e Grinder e os transcreveu em vários livros.
O primeiro, ³Frogs into Princes´, se tornaria o primeiro best-seller sobre PNL.
Em 1979, um extenso artigo sobre PNL foi publicado na revista ³Psycology
Today´, intitulado ³People Who Read People´.
Hoje, a PNL é a essência de muitas abordagens para a comunicação e para a
mudança.
(adaptação do texto de Steve Andreas e Charles Faulkner em ³PNL - A Nova
Tecnologia do Sucesso´).

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³Já deve estar claro que a PNL se baseia em princípios bem diferentes da
psicologia tradicional. Enquanto a psicologia clínica tradicional se preocupa
basicamente em descrever dificuldades, classificá-las e buscar suas causas
históricas, a PNL está interessada em como nossos pensamentos, ações e
sensações funcionam juntos, para produzirem nossa experiência.
Fundamentada nas modernas ciências da Biologia, Lingüística e Informática, a
PNL começa com novos princípios sobre como funciona a relação
mente/cérebro. Esses princípios chamam-se Pressupostos da PNL. Se
pudéssemos resumir todos os Pressupostos da PNL em uma única frase, esta
seria: as pessoas funcionam perfeitamente. Nossos pensamentos, ações e
sensações específicas produzem, coerentemente, resultados específicos.
Podemos nos sentir felizes ou infelizes com os resultados, mas se repetirmos
os mesmos pensamentos, ações e sensações, os resultados serão os mesmos. O
processo funciona perfeitamente. Se quisermos mudar os resultados que
obtemos, teremos então que mudar os pensamentos, ações e sentimentos que
os produzem. Uma vez tendo compreendido especificamente como criamos e
mantemos nossos pensamentos e sensações mais íntimas, será questão apenas
de mudarmos para outros níveis mais úteis ou, se encontrarmos outros
melhores, ensiná-los às outras pessoas. Os Pressupostos da PNL são o
fundamento para se fazer exatamente isso.´
Steve Andreas (neurolingüista).

1-? O mapa não é o território:


Esta frase foi cunhada pelo matemático polonês Alfred Korzybski. Ele
dizia que um mapa rodoviário ou o cardápio de um restaurante podem
ajudar a achar seu caminho ou escolher uma refeição, mas eles são
fundamentalmente diferentes da estrada que você tomar ou do prato que
lhe servirem.
Cada pessoa interpreta a realidade ao seu redor através dos seus cinco
sentidos. Os sentidos são filtros. E tudo que se conhece do mundo externo,
que a PNL chama de território, é aprendido através de mapas internos que
se faz desse território. Realidade, para cada um, é o seu mapa. E, mesmo a
despeito das diferenças, um mapa é tão válido quanto outro. Por esta razão,
não existem mapas ³errados´. Embora um determinado comportamento
possa parecer impróprio, extravagante ou irracional, ele sempre faz sentido
no contexto do mapa mental de cada pessoa. O indivíduo faz o que é
melhor, dentro de sua percepção única e limitada da ³realidade´. Mas, nem
todos os mapas podem ser igualmente úteis para auxiliar o usuário e
negociar o território;

2-? Todo comportamento tem uma intenção positiva:


A PNL faz uma distinção entre comportamento e intenção positiva, isto é,
entre o que é feito e o que se quer realizar. Todos os comportamentos
nocivos, prejudiciais, inúteis, tiveram um propósito positivo originalmente.
Exs: gritar para ser reconhecido, agredir para se defender, etc. Pode-se
separar o comportamento da intenção positiva, isto é, conservar a intenção
positiva e acrescentar novas opções de comportamentos mais úteis;
3-? Escolher é melhor do que não escolher:
Ter escolhas é muito mais útil do que estar restrito a responder de uma
única maneira. A pessoa com maior número de opções é a pessoa com
maior flexibilidade de pensamentos e comportamentos;

4-? Não há fracassos, apenas ³feedbacks´ (retroalimentações):


O entendimento da PNL é que o que acontece nem é ³bom´ nem é ³ruim´,
mas é, simplesmente, informação. Não há fracassos, só experiências.
Quando o conceito de fracasso é eliminado do mapa, aparecem todos os
tipos de novas possibilidades. Os chamados ³fracassos´ são oportunidades
para aprender;

5-? O significado da sua comunicação é a resposta que você obtém,


independentemente da sua intenção:
O significado de qualquer comunicação é a resposta que essa comunicação
elicia. A responsabilidade da comunicação é sempre de quem comunica.
Isto é, não se pode ³responsabilizar´ o interlocutor por ³não ter entendido´,
³não querer escutar´. É mais fácil mudar a si mesmo do que mudar os
outros. Observar como a comunicação é recebida permite que seja ajustada,
para que, de uma próxima vez, possa ser mais eficiente;

6-? As pessoas já possuem dentro de si, todos os recursos necessários para


realizar as mudanças desejadas:
A PNL faz uma distinção entre ³recursos´ e ³habilidade´ ± uma pessoa
pode ter os recursos para tocar piano (isto é, capacidade musical,
coordenação mãos-olhos), mas pode faltar a ela a habilidade, para que se
torne capaz de tocar uma obra de Chopin. Com os recursos, a pessoa pode
desenvolver a habilidade.
E, em relação à aplicabilidade deste pressuposto a pessoas com
desenvolvimento físico ou mental diferenciado? A PNL as inclui em ³todas
as pessoas?´. A resposta, sem qualquer dúvida, é ³SIM!´. A designação
³desenvolvimento mental/físico diferenciado, especial´, diz mais a respeito
das outras pessoas, isto é, a inabilidade para se perceber recursos nesses
indivíduos;

7-? As pessoas sempre fazem a melhor escolha disponível para elas naquele
momento:
Em qualquer situação as pessoas selecionam, entre as escolhas disponíveis
a elas, aquelas que lhes proporcionarão melhores condições de
sobreviverem, obterem prazer, criarem um ambiente seguro, evitarem dor
e/ou perigo;

8-? Se você fizer o que sempre fez, obterá sempre o mesmo resultado:
Se você quiser uma nova resposta, mude seu comportamento, faça algo
novo;

9-? Corpo e mente são partes do mesmo sistema:


Os pensamentos afetam instantaneamente a tensão muscular, respiração e
sensações. Estes, por sua vez, afetam os pensamentos.
Na realidade, o ser humano é mais do que corpo e mente. É
³corpomenteemoções´, um sistema no qual os três elementos interagem
entre si. ³Corpomenteemoções´ pode ser compreendido como um sistema
dinâmico em equilíbrio. Não é possível fazer uma mudança em um
elemento sem afetar os outros dois. E, pouco importa qual seja o primeiro a
ser afetado. Quando o equilíbrio é perturbado, o sistema imediatamente
procura readquirir seu equilíbrio dinâmico natural;

10-Se alguma pessoa pode fazer alguma coisa, então é possível aprender a
fazê-la também:
Pode-se aprender como é o mapa mental de outra pessoa e fazê-lo seu. É
claro que podem existir limites físicos ou ambientais, mas em princípio,
tudo é ³possível´.

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Uma maneira de expressar individualidade e de julgar outras pessoas é
através da maneira de falar e das características vocais. Saber como
controlar e projetar a voz está se tornando cada vez mais importante,
quando uma quantidade maior de vendas e de trabalho administrativo está
sendo feito por telefone, skype.
Albert Mehrabian e outros estudiosos muito respeitados descobriram que
38% da força daquilo que é dito, não está nas palavras em si, mas na
maneira como são ditas (7% no significado das palavras e 55% na
linguagem corporal).

Espelhamento na voz:
- Tom;
- Qualidade do ritmo;
- Entonação;
- Qualidade do timbre, volume etc.

A confiança se estabelece entre pessoas ³parecidas´, e isto se estende


também à voz. As pessoas que falam mais alto não confiam ou não se
sentem inspiradas por quem fala suavemente e vice-versa.

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Por ordem de aparição na história evolutiva, possuímos três cérebros:primeiro
o Reptiliano, o Límbico (mamíferos primitivos), e o mais recente, Neocórtex
(mamíferos superiores).
Paul MacLean cientista do ³Laboratório de Evolução Cerebral e Conduta´ do
³Instituto Nacional de Saúde Pública´ da Califórnia, desenvolveu um modelo
da estrutura cerebral do ser humano, conhecido como ³cérebro triúnico´,
³tríade cerebral´. Para MacLean, o cérebro humano desenvolveu-se
conservando as características das etapas anteriores. Assim, o homem possui
três cérebros, embutidos uns nos outros: um Cérebro Primitivo ou Reptiliano,
um Cérebro Antigo Mamífero ou Límbico e um Cérebro Neomamífero, o
Neocórtex.
Nas palavras do autor do modelo: ³Tal situação implica que somos obrigados
a nos ver e a ver o mundo com os olhos de três mentalidades diferentes´. Cada
pessoa, em um determinado momento, pode utilizar mais um do que os outros
dois cérebros. E, isso fará com que ³se comunique´ de uma forma diferente.

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As representações internas são estruturadas através dos cinco sentidos: visão,
audição, tato, olfato e paladar. O mundo é experimentado na forma de
sensações visuais, auditivas ou cinestésicas (tato, olfato e paladar), que são os
canais de comunicação. Assim, quaisquer experiências são representadas
através dos sentidos no cérebro.
Cada pessoa usará mais um canal que os outros. Dependendo de sua
comunicação, utilizará em sua linguagem verbal palavras que pertencem mais
ao vocabulário visual, auditivo ou cinestésico.
A linguagem verbal transmite o conhecimento acumulado pelas gerações
anteriores. É um benefício! E, também transmite as distorções, omissões e
generalizações das gerações anteriores (modelo de mundo). Tomar a
linguagem verbal como dados totais ou as palavras como ³reais´ é o mesmo
que informatizar o cérebro com parcialidades ou ³mentiras´, como se fossem
verdades absolutas. Ampliar o modelo de mundo é igual a obter mais
alternativas de comportamento, mais escolhas, que propiciam melhores
resultados. É representar a realidade pessoal de forma mais rica no cérebro.
A linguagem verbal dá muitos exemplos do poder das representações internas.
O que alguém quer expressar quando diz que uma pessoa tem ³um futuro
brilhante?´. Ou que ³tem um bloqueio?´. Ou quando diz que ³teve um
estalo?´.
Essas frases não são metáforas. São descrições, bem precisas, do que está
acontecendo no cérebro.

Pessoas que são fundamentalmente visuais tendem a ver o mundo em


imagens; conseguem seu maior senso de poder entrando na parte visual de
seus cérebros. Por estarem tentando acompanhar as imagens em seus cérebros,
as pessoas visuais tendem a falar muito depressa. Não se importam
exatamente com o modo como se expressam; estão só tentando colocar
palavras nas imagens. Essas pessoas tendem a conversar através de
significados visuais. Falam sobre como as coisas ³parecem para elas´, ³que
formas vêm surgir´, se as coisas ³são claras ou escuras´.
Respiração: torácica;
Ritmo da fala: rápido;
Movimentos: rápidos;
Tensão muscular: alta;
Tom de voz: alto;
Pulsação: rápida;
Pressão arterial: alta;
Temperatura: baixa.

Pessoas que são auditivas tendem a ser mais seletivas com as palavras que
usam. Têm vozes mais ressonantes e suas falas são mais lentas, mais rítmicas
e uniformes. Uma vez que as palavras significam tanto para elas, são
cuidadosas em relação ao que dizem. Tendem a dizer coisas como ³isso soa
certo para mim´, ³posso ouvir o que está dizendo´, etc.. Os auditivos têm
excelente memória para palavras - tanto para elogios quanto para lembrar
ofensas.
Respiração: diafragmática;
Ritmo da fala: médio;
Movimentos: médios;
Tensão muscular: média;
Tom de voz: médio - mais para grave;
Pulsação: considerada normal;
Pressão arterial: considerada normal;
Temperatura: média.

Pessoas cinestésicas tendem a ser ainda mais lentas. Reagem,


fundamentalmente, a sensações. Suas vozes ecoam bem devagar. Usam
metáforas do mundo. Estão sempre ³agarrando´ alguma coisa ³concreta´.
Coisas são ³pesadas´ e ³intensas´.
Respiração: abdominal;
Ritmo da fala: lento;
Movimentos: lentos;
Tensão muscular: baixa;
Tom de voz: baixo;
Pulsação: baixa;
Pressão arterial: baixa;
Temperatura: alta.
Todos possuem elementos das três modalidades, mas a maioria tem um
sistema que domina.
A seguir, estão alguns exemplos de palavras e expressões visuais, auditivas,
cinestésicas e inespecíficas:
- Visuais:
À luz de, a olho nu, ângulo, apagar, aparência, aspecto, brilho, claro, cor,
delinear, enxergar, espiar, evidência, flash, foco, gráfico, horizonte, ilusão,
ilustrar, imagem, leitura, míope, fotografia, obscurecer, observar, perspectiva,
pintar, prever, quadro, revelar, show, sombrio, tela, visível.
Vejo seu ponto de vista, Quero que dê uma olhada nisso, Sem sombra de
dúvida, Isso é obscuro para mim, etc.

- Auditivas:
Afirmar, agudo, grave, alarme, amplificar, anunciar, barulho, chamar, clique,
comentário, conversa fiada, cochicho, declarar, delatar, descrever, discurso,
dizer, estática, estrondoso, explicar, fofocar, gritar, harmonia, mudo, opinar,
perguntar, proclamar, queixa, quieto, reclamar, ronronar, rumores, silencioso,
sonoro, tocar um sino, voz.
Eu ouvi o que você estava dizendo, O que estou falando soa certo para você?
Isso não soa bem, A vida está em perfeita harmonia, etc.
- Cinestésicas:
Agradável, amargo, apertado, ativo, cansaço, choque, cócegas, concreto,
controle, emocional, esforço, exagerado, firme, fresco, frio, quente, gostoso,
ímpeto, irritado, machucado, mexer, odor, pânico, pesado, pressa, pressão,
resistente, salgado, sensação, sensível, sentir, sofrer, sólido, estresse, suave,
suportável, tenso, vigoroso. Você é capaz de aprender? Esta informação é
sólida, Quero que você agarre isso, A vida parece quente e gostosa, etc.

Para estabelecer uma comunicação verbal útil e eficiente (oral e/ou escrita)
com alguém, seja cônjuge, namorada, filho, chefe, deve-se procurar descobrir
o canal de comunicação dessa pessoa e, usar palavras do canal de
comunicação dela. Sérias discussões podem ser evitadas, bastando demonstrar
flexibilidade e penetrar, elegante e sutilmente, na comunicação do ³outro´
(³rapport´ na linguagem) evitando o ³você não me compreende´.
Quando estiver se dirigindo a mais de uma pessoa ou a uma platéia, é útil usar
palavras inespecíficas - que, nada mais são que a linguagem hipnótica,
genérica.
Infelizmente, muitos maus políticos e alguns líderes religiosos inescrupulosos,
usam palavras genéricas, para alcançar as pessoas, para fins, nem sempre,
éticos.
- Inespecíficas:
Acreditar, apreciar, aprendizagem, associar, aumentar, comunicação,
conhecer, consideração, decidir, entender, entregar, escolher, estudar, falso,
favorecer, igualar, informar, lembrar, localizar, mudar, oferecer, optar,
organizar, pensar, perceber, preparar, realizar, receber, reconhecer, saber,
solucionar, tentar, vender, etc.

c"$"'""
O Dr. Nelson Spritzer, médico cardiologista e neurolingüista brasileiro, afirma
que, estudos empregando radioisótopos (partículas marcadas com substância
radioativa), tais como o xenônio, têm revelado resultados interessantes, a
respeito do comportamento do fluxo de sangue dentro do cérebro, em
diferentes condições de humor. Já se sabe que o sangue dentro do cérebro se
dirige com maior predominância para determinadas regiões, em certas
situações clínicas como fobias, pânico, depressão e esquizofrenia. E, os
cientistas já sabem que, conforme o tipo de processo que o ser humano faz
dentro de seu cérebro, o sangue vai mais para uma ou outra área cerebral.
Grinder e Bandler observaram que, os olhos se movem quando estamos
pensando e quando estamos nos comunicando. Eles observaram que (e a
ciência confirma) quando uma pessoa está fazendo imagens dentro do seu
cérebro, o fluxo sangüíneo se dirige para a região da nuca e, quando o sangue
vai mais para essa região, os olhos vão para cima, num movimento
involuntário. Quando sons são processados, os olhos vão para a linha
horizontal, ao mesmo tempo em que o sangue corre mais para os centros da
fala no hemisfério esquerdo; quando sensações e sentimentos são processados,
os olhos descem, vão para baixo e para a direita enquanto o sangue flui mais
para o Centro Límbico e Tronco Cerebral, o chamado Cérebro Primitivo
(Reptiliano).
Só de olhar as pessoas e escutar o que dizem, pode-se ter uma idéia imediata
de quais sistemas representacionais estão usando. Há muito tempo que se diz
que os olhos são os espelhos da alma. E, é verdade. Olhando uma pessoa bem
nos olhos, pode-se, imediatamente, ver qual o sistema representacional ela
está usando num momento específico.
Enquanto representam internamente informações, isto é, enquanto ³pensam´,
as pessoas movem seus olhos - ninguém consegue ³pensar´ sem mover os
olhos, ainda que esse movimento seja leve. Neurofisiologicamente, ninguém
consegue criar pensamentos sem mexer os olhos.
Assim, observando-se os movimentos dos olhos, o indivíduo pode saber
quando seu interlocutor está falando algo que realmente viveu ou algo que
inventou. Por isso, cursos e seminários de PNL são freqüentados por muitos
agentes de serviços de inteligência (segundo Nelson Spritzer, o próprio
Bandler não faz segredo que já deu treinamentos fechados para vários órgãos
militares e de inteligência de vários países, inclusive o famoso serviço secreto
de Israel, o ³Mossad´).

c"$"'"":
" $" &"$$"

- olhos para cima e para a esquerda -------------visual lembrando


- olhos para cima e para a direita --------------- visual construindo
- olhos para baixo e para a esquerda ------------diálogo interno
- olhos para baixo e para a direita--------------- cinestésico
- olhos desfocados, na mesma posição----------criação (imaginação)
- postura telefônica (mão no queixo e um dedo na face)--diálogo interno
- olhos para a esquerda, ou fixos no mesmo nível, em geral na altura dos
ouvidos------------------------------------------auditivo interno lembrando
- olhos para a direita, ou fixos no mesmo nível, em geral na altura dos
ouvidos----------------------------------------------------auditivo interno
construindo.

/% $""'$-0"
- Esses são os movimentos prováveis dos olhos para 90% das pessoas destras;
- 10% das pessoas destras e os canhotos processam de maneira diferente. Não
se sabe porque;
- Pessoas especiais: surdas (de nascença), cegas, também processam de
maneira diferente;
- Esses movimentos oculares acontecem em todas as pessoas, seja qual for a
nacionalidade delas. Em qualquer idioma que a pessoa se expresse, ela sempre
moverá os olhos - e, para 90% dos destros, os movimentos serão os descritos
acima;
- As únicas exceções são os bascos e os guanches, que são os habitantes das
Ilhas Canárias (principais ilhas: Tenerife, Fuerteventura, Gran Canária,
Lanzarote, La Palma, Gomera, Hierro). A estrutura da linguagem desses povos
é diferente e, seu processamento cerebral é, conseqüentemente, diferente. E,
por que a estrutura da linguagem desses povos é diferente?
Não é exatamente uma explicação, mas uma suposição: bascos e guanches
seriam descendentes diretos de atlantes (os sobreviventes da tragédia que teria
acontecido na suposta Atlântida, continente que teria submergido, em um dia e
uma noite, há cerca de doze mil anos atrás, conforme Platão (427-347 a.C.),
filósofo grego discípulo de Sócrates, em dois de seus escritos: ³Crítias´ e
³Timeu´. Para Aristóteles, discípulo de Platão, era tudo produto da
imaginação: ³O homem que sonhou com essa ilha a fez desaparecer de novo´,
teria dito. Porém muitos filósofos, estudiosos e cientistas aceitaram a idéia,
como o escritor Otto Muck, cientista naval e de foguetes dirigíveis, suíço, em
seu livro ³O Fim da Atlântida´).
Porém, uma curiosidade, em relação aos guanches, pode ser provada: no livro
³Hematologia Geográfica´, os professores Jean Bernard e Jacques Ruffier,
afirmam que o fator sanguíneo tipo ³O´, é encontrado na Islândia, na Irlanda,
na Escócia, no País de Gales, tanto quanto na América Central e na América
do Sul. Mas, ao passo que nesses países, as populações, mesmo representadas
em estado puro por alguns grupos, oferecem caracteres físicos que as ligam a
uma raça conhecida, somente os guanches (que têm o mais alto índice do
grupo ³O´), não se ligam a nenhuma raça viva. (referência: ³As Portas da
Atlântida´, de Guy Tarade - editora Hemus - 1976 - São Paulo - SP).
1"/$23 $&&4/%$ &$/
55% da comunicação, isto é, a maior parte, é resultado da fisiologia ou
linguagem do corpo. As expressões faciais, os gestos, a qualidade e tipos de
movimento da pessoa que transmite uma comunicação esclarecem muito mais
sobre o que estão ³dizendo´ do que as palavras em si. A fisiologia altera o
estado interno e vice-versa.
Tudo o que os cientistas estão descobrindo hoje, enfatiza a vontade de cada
indivíduo: doença e saúde, vitalidade e depressão/angústia são, muitas vezes,
decisões. São ações que podem ser decididas e realizadas com a fisiologia.
Não são, em geral, decisões conscientes, mas de qualquer forma, são decisões.
Ninguém, conscientemente, pensa: ³Quero ficar angustiado ou deprimido´. A
depressão/angústia é um estado mental e químico, mas ela tem também uma
fisiologia identificável: as pessoas deprimidas/angustiadas, em geral, andam
com os olhos baixos (estão tendo acesso ao canal cinestésico e/ou falando para
si mesmas sobre todas as coisas que as fazem sentir-se deprimidas). Deixam
os ombros caídos. A respiração é fraca e superficial. Mantêm seus corpos com
uma fisiologia depressiva/angustiada. A depressão/angústia é um resultado e
requer posturas específicas do corpo para criá-la. Há componentes químicos
(que podem ser hereditários) na depressão/angústia. O paciente deve procurar
um médico psiquiatra, e antidepressivos podem ser necessários. Além disso, a
pessoa deve colaborar ativamente com seu tratamento, mudando sua
fisiologia.
Se o indivíduo se mantém ereto, joga seus ombros para trás, respira
profundamente, olha para cima, põe-se numa fisiologia de recursos, consegue
melhorar o estado interno.
A fisiologia é decisiva. É muito importante na comunicação.
A fisiologia cria harmonia na comunicação, através do espelhamento: ³copiar´
a fisiologia de outra pessoa. Enquanto as palavras estão atuando na mente
consciente, a fisiologia atua no inconsciente. É onde o cérebro ³estabelece´:
³Essa pessoa é como eu!´. E, como espelhar a fisiologia de outra pessoa?
Estabelecendo o ³rapport´.

3 $&&4
Imitar, igualar-se, ajustar-se, acompanhar ou espelhar o comportamento
(verbal e não verbal) de uma pessoa, é o processo pelo qual é estabelecido o
³rapport´.
Espelhar ou igualar-se é simplesmente manifestar-se como a outra pessoa se
manifesta. O espelhamento, utilizado com discrição, elegância e sutileza,
enfatiza a importância da percepção de aspectos do comportamento de outra
pessoa, permitindo que ela seja encontrada no modelo que tem do mundo.
³Rapport´ significa alinhamento, semelhanças, harmonia, similaridade,
afinidade.
Em qualquer comunicação, dois níveis mentais operam simultaneamente: o
consciente e o inconsciente. Como a mente consciente é responsável por,
aproximadamente, de 5 a 9% das atividades, a mente inconsciente fica com 91
a 95% - o inconsciente tem preponderância sobre o consciente.
Estabelecer ³rapport´ é uma maneira de encontrar outra pessoa no seu modelo
de mundo ou mapa. Esse vínculo de harmonia é dirigido à mente inconsciente
e portanto, não deve ser detectado pelo consciente das pessoas. O inconsciente
procura semelhanças, e não as diferenças.
Grinder e Bandler modelaram o Dr. Milton Erikson em sua estratégia
poderosa para estabelecer um vínculo ou ³rapport´. O Dr. Erikson era capaz
de lidar satisfatoriamente com pacientes ³resistentes´ e ³difíceis´, tendo em
sua vida profissional, quase trinta mil pessoas hipnotizadas com sucesso.
Para obter ³rapport´, pode-se espelhar qualquer parte do comportamento da
outra pessoa, ajustando seu comportamento verbal e não verbal para se mover
junto com ela. Uma vez movendo-se junto, pode-se testar se obteve ³rapport´,
conduzindo, isto é, gradualmente mudando seu próprio comportamento e
observando se a outra pessoa o segue.
Ninguém estará desistindo de sua identidade quando espelha outra pessoa.
Todos podem se tornar mais flexíveis. O espelhamento, simplesmente, cria
uma igualdade de fisiologia, que será compartilhada com outro ser humano.
³Será que terei que espelhar e acompanhar todas as pessoas de meu
relacionamento?´ - A resposta é ³não´. Espelhar e acompanhar são ações que
se decide fazer quando se percebe que o interlocutor, por qualquer motivo, não
está em ³rapport´ ou está perdendo a sintonia com você.

1 $"&$$,3 $&&4


- Expressões faciais: acompanhar, com elegância, movimentos faciais tais
como levantar de sobrancelhas, apertar os lábios, franzir o nariz, etc.;
- Postura: ajustar o corpo para combinar com a postura do corpo do outro ou
parte do corpo do outro;
- Movimentos corporais: imitar qualquer movimento do corpo que seja
constante ou característico - ex: piscar de olhos, movimentos das mãos,
pernas;
- Qualidades vocais: tais como tonalidade, timbre, velocidade, volume,
hesitação, pontuação;
- Sistemas representacionais: detectar e utilizar, em sua própria linguagem, os
sistemas utilizados pela outra pessoa;
- Frases repetitivas: utilizar frases usadas pelo outro;
- Respiração: ajustar sua respiração para a mesma velocidade da respiração da
outra pessoa;
- Espelhamento cruzado: usar um aspecto de seu comportamento para imitar
um aspecto diferente do comportamento do outro. Por ex: balançar
suavemente uma parte de seu corpo (uma das mãos) no mesmo ritmo da
respiração do outro.

Deve-se utilizar esse recurso com ética. As estratégias de espelhamento, não


terão qualquer utilidade se quem as praticar for incongruente, desleal e mal-
intencionado. Utilizar qualquer técnica sem uma estrutura moral adequada e
uma postura ética de verdadeiro respeito e carinho com outras pessoas, torna-
se uma manipulação dolosa, mal intencionada. Indivíduos falsos têm menos
êxito nos relacionamentos pessoais e profissionais, e são os menos estimados
por seus semelhantes.

3 $&&4$'$'
.
Em todas as Lojas (Oficinas) maçônicas, os trabalhos realizam-se conforme a
seguinte ordem:
- Abertura de acordo com o ritual;
- Leitura e aprovação da Ata da sessão anterior;
- Desculpas enviadas pelos obreiros ausentes;
- Assuntos de família ou particulares da Oficina;
- Recepção de visitantes, se houver;
- Leitura da correspondência oficial de secretaria;
- Circulação do saco de propostas;
- Leitura das propostas pelo Orador se forem pertinentes;
- Ordem do dia;
- Iniciações, filiações, regularizações mais instrução, se houver;
- Circulação da Bolsa de Beneficência;
- Palavra a bem Geral da Ordem e da Oficina em particular;
- Encerramento dos trabalhos de acordo com o ritual;
- Cadeia de União.

A Cadeia de União é uma cerimônia realizada ao fim de cada reunião, na qual


os maçons tiram suas luvas brancas e formam um círculo, que simboliza a
união de todos os maçons sobre a Terra e a comunhão espiritual maçônica.
Pode-se observar que nesse ritual, os maçons também realizam o ³rapport´
(PNL) - eles acompanham o comportamento uns dos outros, cada indivíduo
penetrando na ³comunicação´ do outro, que se torna única, principalmente
através da respiração sincronizada, mesmos gestos etc., alimentando e
revigorando a egrégora da Maçonaria.
A Cadeia de União teria tido origem na Maçonaria Operativa, onde os
pedreiros talhadores de pedra usavam uma corrente de ferro, para cercar a área
da construção. Eles fincavam em torno das construções, estacas de madeira
que eram inseridas em cada elo da corrente. Na entrada desta área era deixada
uma abertura, através de duas estacas de madeira. A área delimitada
geralmente tinha a forma retangular.
Porém, esse ritual já era conhecido no Egito, celebrado pelos ³deuses´, que se
davam as mãos, integrando nessa cadeia o Faraó. Os babilônios também
praticavam a Cadeia de União - era uma corda que unia todas as coisas,
atravessando os mundos conhecidos e desconhecidos.
A Cadeia de União é utilizada em todos os Ritos, menos no ³Emulation Rite´.

O ³rapport´ cria harmonia na comunicação, e a ³Cadeia de União´, através de


cada maçom, torna-se um só pensamento positivo.
Segundo Rizzardo da Camino (escritor maçônico), ³A Cadeia de União é um
dos mais belos atos cerimoniosos ritualísticos e é formada dentro do Templo...
O ambiente é alterado; as luzes são amenizadas; é utilizado um fundo musical
apropriado, com música suave que conduza à meditação... No Altar dos
Perfumes é aceso um incenso adequado... O Venerável procede a um ligeiro
exercício respiratório, conduzindo os Irmãos para que aspirem o ar (³prana´)
com a finalidade de toda respiração ficar uniforme... Uma das finalidades da
formação da Cadeia de União é a transmissão da palavra Semestral emitida
pelo Grão-Mestre. O Grão-Mestre recolhe-se em seu gabinete, e após
momentos de meditação, deseja enviar uma mensagem aos seus ³súditos´ da
Jurisdição e busca encontrar uma palavra adequada. Essa palavra (ou frase) é
comunicada sigilosamente por escrito, a todos os Veneráveis da Jurisdição. O
Venerável Mestre transmite a Palavra Semestral aos elos da direita e da
esquerda, sussurrando-a, porém de forma audível e clara. Os Irmãos, por sua
vez, ao receberem a Palavra, a transmitem ao Irmão que está ao lado até
ambas as Palavras chegarem ao Mestre de Cerimônias, que inclina a cabeça
em forma afirmativa expressando que a Palavra chegou corretamente... A
postura é importante; os Irmãos que formam um círculo cruzam os braços,
pressionando o plexo solar, dando-se as mãos; os pés devem estar unidos,
calcanhar com calcanhar, ponta dos pés tocando a dos Irmãos que estão aos
lados. A Corrente deve unir a parte física sobre a Terra (piso da Loja), a parte
sentimental, pressionando o coração, e a parte mental, unida pela Palavra
Semestral... A Corrente transforma-se em um verdadeiro acumulador de
energias, que supre todas as necessidades que o maçom tem com os desgastes
da semana...´.

Durante a Cadeia de União, um fenômeno pode ser observado ± seus


integrantes entram em estado alfa e teta (hipnose), isto é, em um estado
alterado de consciência. Os músculos ficam completamente relaxados e pode
haver a sensação de flutuação ou peso corporal, sensação de calor ou de
aconchego. Muitos séculos antes de Cristo, iogues, na Índia, já praticavam a
meditação e outras técnicas de relaxamento para atingirem um estado alterado
de consciência. O estado alfa e teta é o predomínio cortical pré-frontal de
freqüências cerebrais próximas a dez ciclos por segundo. Algumas pesquisas
indicam que um predomínio dessas freqüências em determinadas partes dos
lobos conscientes significa que a mente está concentrada de forma criativa -
isto acontece durante sonhos, em devaneios, em meditações e orações, e
também em momentos de intensa concentração. Esse chamado ³estado de
fluxo´ é uma sincronia mental: é como se a parte hipotalâmica da mente -
responsável pela motivação - e o Sistema Límbico - responsável pela resposta
emocional - se entrosassem com a parte cortical pré-frontal - responsável pelas
decisões conscientes e julgamentos.?

A freqüência das ondas cerebrais flutua inúmeras vezes, todos os dias, de


maneira espontânea e de acordo com as necessidades.
Freqüências cerebrais:
Beta: quando o indivíduo está acordado e realizando as tarefas cotidianas, o
cérebro opera nessa faixa de freqüência. Esta começa em torno de catorze
hertz por segundo, sendo que a maioria das atividades se realiza entre vinte e
vinte e dois hertz por segundo. Esta é a mente consciente. Nesse patamar a
pessoa pensa, racionaliza e executa todas as suas tarefas;

Alfa: entre sete e catorze hertz por segundo está a faixa alfa da atividade
cerebral. É nesta faixa que ocorrem os sonhos e as fantasias. A hipnose
também acontece aqui. As ondas alfa emitidas pelo cérebro foram descobertas
pelo médico alemão Hans Berger, em 1924, quando estudava o fenômeno da
telepatia em um paciente considerado ³paranormal´. E, qual é a trajetória que
leva o cérebro ao estado hipnótico? Há indícios de que uma estrutura cerebral
semelhante a uma rede, chamada formação reticular, funciona como elo entre
a voz do hipnoterapeuta e a massa cinzenta do hipnotizado. "A formação
reticular controla a vigília e o sono e ainda seleciona em quais informações
devemos nos concentrar", explica o psiquiatra Fernando Portela Câmara, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. A tese mais aceita é a de que as
palavras do hipnoterapeuta, processadas pelo nervo auditivo, alcançam a ponta
dessa rede, na base do cérebro, e se espalham por toda a massa cinzenta. Por
se tratar de estímulos repetitivos, quando chegam ao lobo frontal, concentram
a atenção do indivíduo em um único foco, inibindo tudo o que está ao redor. O
processo é parecido para estímulos visuais. De acordo com o ambiente, o
cérebro pode fazer essa trajetória espontaneamente (sessão numa Loja
Maçônica);

Teta: entre quatro e sete hertz por segundo. As experiências emocionais são
registradas nessa faixa. Essa também é a faixa na qual acontece a hipnose mais
profunda e a regressão;

Delta: as freqüências inferiores a quatro hertz por segundo levam a pessoa à


total inconsciência, que é o estado de sono profundo;

Gama: as ondas gama, de amplitude e freqüência elevadas, são um estado de


hiper consciência - em torno de sessenta hertz por segundo. Neuropsiquiatras
identificariam tendências psicóticas, já que, ondas que excedam vinte e dois
hertz por segundo, são consideradas uma anomalia, que levariam a pessoa a
entrar num estado de histeria aguda. Porém, sabe-se que os xamãs operam
nessa freqüência cerebral.

à c 15"$

A PNL é baseada na mudança de paradigma da física moderna. Há algum


tempo atrás, dizia-se que era possível haver experiência direta da realidade
(paradigma newtoniano).?
Mais tarde, Albert Einstein (1879-1955- maçom), físico, ainda bem jovem,
perguntou-se; ³Qual será a velocidade de um raio de luz se eu estiver me
deslocando na mesma velocidade, em sua ponta?´ A busca da resposta a essa
pergunta deu início a uma grande mudança em toda a física e suas leis, uma
incrível mudança de paradigma. As aplicações práticas dessas mudanças não
cessam de surgir em todos os campos do conhecimento humano.
É o fim dos dogmas da física newtoniana-cartesiana. A partir daí fica claro
que não é possível para alguém perceber qualquer fenômeno da realidade sem
levar em consideração a presença do observador do fenômeno.
Então um físico nuclear alemão, Werner Heisenberg, enunciou o ³Princípio da
Incerteza de Heisenberg´: ³Não só é impossível a observação da realidade
diretamente, sem se considerar a participação do observador, como, também a
simples presença do observador modifica o fenômeno observado´ (por
exemplo, medição e monitoramento vinte e quatro horas da pressão arterial). E
mais: o Princípio da Incerteza de Heisenberg demonstrou que sendo possível
medir uma característica de um objeto em movimento, é impossível medir
simultaneamente suas outras características. Vêem-se, desde então revistas
acadêmicas dedicarem um número maior de artigos a abordagens pluri
disciplinares e multidimensionais.
Outro físico, o inglês David Bohm acrescentou: ³Por tudo que sabemos hoje,
não é mais possível tentar conhecer a realidade a partir de apenas um modelo.
Devemos reconhecer que existem muitos modelos de realidade a serem
compreendidos´.
O modelo holográfico de Bohm sugere que todos os elementos estão
intimamente ligados no Universo. Isso implica uma pluri dimensionalidade.
Bohm afirmava, nos últimos anos de sua vida que, o holomovimento
representa uma nova ordem que começa nos campos de energia ou nas
partículas elementares, mas antes numa totalidade indivisa da realidade.
A PNL é um modelo dos modelos que o indivíduo faz sobre a realidade que o
rodeia.


c%'15"$6%7$
Enquanto a Lei da Gravidade está associada ao nome de Isaac Newton
(maçom) e a Teoria da Relatividade, ao de Albert Einstein (maçom), a Teoria
Quântica ou Mecânica Quântica foi formulada nas três primeiras décadas do
século passado, por um conjunto de físicos. Entre eles, Max Planck, Wolfgang
Pauli, Paul Dirac, Niels Bohr, Werner Heisenberg e o próprio Einstein, este o
primeiro a dar o nome de ³quanta´ às unidades subatômicas da matéria, hoje
conhecidas como fótons.
A Teoria Quântica revolucionou o pensamento científico porque, ao contrário
da física clássica, não se baseia em relações de causa e efeito. Descobriu-se
que elétrons, prótons e nêutrons comportam-se dubiamente, ora como
partículas (matéria) ora como ondas (energia, luz). Um elétron não é uma
partícula nem uma onda, mas pode apresentar ambos os aspectos, em
situações diferentes.
A grande descoberta do físico Heisenberg foi que os métodos de observação
da física clássica não serviam para a física quântica, formulando o Princípio
da Incerteza. A partir dele, Bohr, seu mestre, formulou o Princípio da
Complementaridade.
Os físicos descobriram ainda a existência de nêutrons rápidos e nêutrons
lentos, conhecimento fundamental para a fissão do núcleo ± senha para a
construção da bomba atômica.
A teoria defendida por Niels Bohr é a de que reagir é mais rápido do que agir.
A Física Quântica põe em cheque o pensamento cristão de que a reação é
isenta de culpa. É tão importante refletir sobre as conseqüências de uma
reação quanto de uma ação.

î+,


O cérebro é a parte do sistema nervoso central que está localizada dentro do


crânio, e sua análise química revela conter 78% de água, 10% de gordura, 8%
de proteína, 1% de carboidrato, 1% de sal e 2% de outros componentes. É a
parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo, pesando cerca de um
quilo e trezentos gramas.? Quando cortado, o cérebro apresenta duas
substâncias diferentes: uma branca, que ocupa o centro, e outra cinzenta, que
forma o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta
áreas funcionalmente distintas. O cérebro é o centro de controle do
movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades vitais
necessárias à sobrevivência. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o medo,
a ira, a alegria e a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele está
encarregado ainda de receber e interpretar os inúmeros sinais enviados pelo
organismo e pelo ambiente. Os cientistas já conseguiram elaborar um mapa do
cérebro, localizando diversas regiões responsáveis pelo controle da visão, da
audição, do olfato, do paladar, dos movimentos automáticos e das emoções,
entre outras. No entanto, os mecanismos que regem o pensamento e a
memória, ainda não foram totalmente desvendados pela ciência.

Em termos de complexidade e poder, o cérebro humano desafia até mesmo a


mais moderna tecnologia de computador. É capaz de processar até trinta
bilhões de bits de informações por segundo e possui o equivalente a dez mil
quilômetros de fios e cabos. Atualmente, já se sabe que o sistema nervoso
humano contém cerca de cem bilhões de neurônios (células nervosas
projetadas para conduzir impulsos) interligados entre si. A palavra ³neurônio´
foi criada por Santiago Ramón y Cajal (1852-1934: médico e anatomista
espanhol) que afirmou: ³Os neurônios são as misteriosas borboletas da alma,
cujo bater de asas poderá algum dia - quem sabe? - esclarecer os segredos da
vida mental.´
Sem neurônios, o sistema nervoso seria incapaz de cumprir as instruções do
cérebro sobre o que fazer. Cada neurônio é um minúsculo computador auto-
suficiente, capaz de processar cerca de um milhão de bits de informações.
Estes neurônios agem de forma independente, mas também se comunicam
com outros neurônios através de uma rede de cento e sessenta mil quilômetros
de fibras nervosas. O poder do cérebro em processar informações é enorme,
ainda mais se considerarmos que um computador só pode efetuar uma
conexão de cada vez. Porém, o cérebro funciona por inteiro como uma espécie
de sistema integrado. Contudo, ao entrar em atividade, cada uma de suas
partes consome mais ou menos oxigênio de acordo com sua função. Mas,
apesar dos mapeamentos já feitos das diversas funções do cérebro, ainda não
se sabe exatamente como elas interagem. É muito possível que, as áreas
isoladas do cérebro façam parte de um sistema único.
Uma reação num neurônio pode espalhar-se a centenas de milhares de outros,
num prazo inferior a vinte milissegundos ± isso representa cerca de dez vezes
menos do que é preciso para piscar um olho. Um neurônio leva um milhão de
vezes mais tempo para enviar um sinal do que uma típica chave de
computador, mas o cérebro pode reconhecer um rosto familiar em menos de
um segundo (um feito além da capacidade dos computadores mais potentes).
O cérebro alcança essa velocidade porque, ao contrário do processo passo a
passo do computador, seus bilhões de neurônios podem todos concentrar-se
num problema simultaneamente.
Os neurônios disparam pulsos elétricos gerados quando a membrana libera ou
absorve átomos carregados magneticamente. E, há outras teorias: em março de
2007, cientistas da Universidade de Copenhague, Dinamarca, propuseram um
modelo em que a principal forma de comunicação entre os neurônios seriam
ondas sonoras, e não a eletricidade.
E, o cérebro é muito maleável: ele produz novos neurônios durante toda a vida
assim como modifica constantemente as ligações entre eles. Os circuitos
usados para cada tarefa mudam com o tempo e com as atividades que são
desenvolvidas ao longo da existência.
Assim, com toda essa tecnologia à disposição, porque, muitas vezes não é tão
fácil mudar um comportamento? (tabagismo ou alcoolismo, por exemplo?).
Porque, a maioria das pessoas não tem idéia de como o cérebro funciona e,
tenta ³pensar´ para alcançar uma mudança, quando na verdade, o
comportamento está enraizado no sistema nervoso, sob a forma de conexões
neurais ± as neuroassociações.
Os neurocientistas estudam como as neuroassociações ocorrem e, descobriram
que os neurônios estão constantemente enviando mensagens eletroquímicas
através das pistas neurais. Cada vez que há dor ou prazer o cérebro procura a
causa e a registra no sistema nervoso, para que o indivíduo possa tomar
melhores decisões sobre o que fazer no futuro. Assim, as neuroassociações
rapidamente fornecem ao cérebro os sinais que ajudam a acessar as memórias
e, manobrar em segurança (não é necessário estender a mão para o fogo várias
vezes: basta uma vez e o cérebro ³aprende´ que queima).
O cérebro pode também fazer neuroassociações positivas.
E, essas neuroassociações podem ser desenvolvidas de forma inconsciente. As
neuroassociações são uma realidade biológica.
Para mudar, o cérebro precisa aprender a interromper o seu padrão de usar a
antiga pista ± assim, a conexão neural vai enfraquecer e atrofiar. E, pode
acrescentar novas instruções aos programas onde elas são necessárias.

c"$ 
Durante muitos, muitos anos, acreditou-se que os pensamentos não
significavam coisa alguma. Os pensamentos eram considerados inofensivos.
Porém, longe de serem ³nadas´, os neurocientistas concluíram que os
pensamentos são impulsos elétricos que iniciam mudanças elétricas e
químicas no cérebro. Os pensamentos são ³fisiológicos´! São gatilhos
eletroquímicos que dirigem e afetam a atividade química no cérebro.
Quando o cérebro recebe uma ordem elétrica que é o pensamento, responde
com várias reações: libera substâncias químicas de controle apropriadas no
corpo, e alerta o sistema nervoso central para qualquer resposta ou ação
necessária.
Ao mesmo tempo, como resposta a esse pensamento, o cérebro examina seus
arquivos da memória, encontra o local adequado para registrar qualquer
informação necessária colhida do pensamento, cria uma reação fisiológica
interna ou mental baseada em informação anterior já armazenada ali e, estoca
qualquer nova informação que possa ter valor futuro.
Enquanto uma pessoa pensa, não está consciente do que o cérebro faz com o
pensamento. Onde o cérebro coloca a nova informação e o que faz dela, será
determinado pelo que ele colhe da programação genética. Um adulto emite,
em média, entre quarenta e sessenta mil pensamentos por dia.
O pensamento é uma explosão curta de corrente elétrica. O cérebro,
simplesmente, registra o que recebe. Não importa se a informação era
verdadeira, falsa, boa, má, importante ou insignificante. O cérebro, como
órgão que é (assim como o coração, ou pulmões.) realiza uma atividade
específica, de certa maneira. Ele funciona sempre da mesma forma:
recebendo, processando, armazenando e agindo de acordo com a informação.

/% $""'$-0"
A pesquisa do psicólogo clínico brasileiro, Julio Peres, que foi apresentada no
Segundo Simpósio Internacional de Neurociência, realizado Em Natal, Rio
Grande do Norte (Brasil), em fevereiro de 2007, mostrou que terapia (PNL e
outras técnicas) provoca mudanças na atividade cerebral. Está comprovado
que, a utilização de uma técnica subjetiva altera os circuitos neurais. A
pesquisa foi conduzida na Universidade de São Paulo, com pacientes
diagnosticados com um tipo específico de estresse pós-traumático, o parcial,
que pode aparecer depois de um seqüestro relâmpago, por exemplo. Nessa
forma de estresse pós-traumático, nem todos os sinais clássicos do transtorno,
como pesadelos e embotamento afetivo, se manifestam. Os sintomas são:
nervosismo, irritabilidade e memórias recorrentes do evento desencadeador.
Os resultados revelaram que áreas como o córtex pré-frontal ficaram mais
ativas nos indivíduos sob terapia. Além disso, houve uma atenuação da
atividade da amígdala, estrutura relacionada à expressão de emoções, como o
medo. Ocorreu o que os especialistas chamam de ³neuroplasticidade´, isto é, a
capacidade que o cérebro tem de se reestruturar. O cérebro é muito elástico.
Há menos de vinte anos imaginava-se que ele era como um computador
inflexível, uma máquina com circuitos fixos. Hoje, é fato que o cérebro se
reinventa, cria novos neurônios, novas conexões e novas funções para áreas
pouco utilizadas. A neurogênese (criação de novos neurônios) é um processo
importante: sabe-se, por exemplo, que alguns tipos de derrames (avcs)
aumentam a produção de neurônios - a maioria deles morre, mas alguns
conseguem chegar ao local da lesão e formar um ³remendo´, que ³corrige´ o
derrame.
O neurologista brasileiro, Cícero Galli Coimbra, da Universidade de São
Paulo, diz que muitos fatores que incentivam o crescimento de novos
neurônios já são conhecidos. Um deles é evitar estresse, que sabidamente
bloqueia o crescimento de neurônios. Outro é viver em um ambiente rico, com
estímulos mentais e físicos variados. O mesmo para banhos de sol (em
horários apropriados), que fazem o corpo produzir vitamina D, essencial para
o crescimento das novas células e, uma dieta rica em colina, substância
presente na gema do ovo e ingrediente chave para o nascimento de neurônios
(o ovo já foi absolvido, em relação ao aumento do colesterol).
O cérebro é como um músculo: se for exercitado, estará mais protegido contra
surpresas - cria uma espécie de reserva. A capacidade do cérebro resulta do
que a pessoa leu, experimentou, viu e viveu - e isso depende apenas do
indivíduo.
Nesse mesmo simpósio, especialistas suecos e neozelandeses, encontraram a
região no cérebro que cria novos neurônios no sistema nervoso de adultos,
atestando que o cérebro adulto pode criar células nervosas novas, fato que, os
cientistas acreditavam, só podia ser realizado na infância.


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1-? Eventos externos:
Inicialmente, o cérebro percebe os eventos externos com os cinco sentidos;

2-? Processamento Interno:


O cérebro começa a decodificar os eventos externos, através de:
- Omissões;
- Distorções;
- Generalizações;
- Crenças e Valores;
- Objetivos;
- Estado Interno.

3-? Representação interna:


Após a decodificação inicial, o cérebro apresenta a representação interna,
através de:
- Sons e palavras;
- Sensações;
- Motivação, determinação, etc.

4-? Apresentação de informações:


De acordo com todos os itens acima, o cérebro vai apresentar ³respostas´:
- verbais;
- não verbais.


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Estímulos externos:
Fatos, eventos, comportamentos de outras pessoas, enfim, tudo o que pode
ser captado pelos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.
Fisiologia:
A fisiologia é o próprio comportamento externo. Afeta diretamente o
estado interno. Mudando a fisiologia, muda-se a maneira como a mente
processa informações e vice-versa. A fisiologia dá habilidade para
controlar o próprio estado interno.
Filtros:
Memórias, decisões, estado interno, objetivos.

Crenças e Valores:
Crença ± é uma representação interna que governa o comportamento. Ex:
as mulheres não sabem estacionar um carro.
Valores ± Ex: amor, honestidade, dinheiro, desafio.

Distorção, Omissão e Generalização:


- Distorção: a distorção da comunicação é a informação adicional fornecida
pela pessoa que recebe a comunicação, isto é, suas próprias opiniões e
idéias sobre o mundo. Exemplo de uma pessoa que distorce todas as
críticas com a reação: ³Todos me odeiam´. Como resultado de tal
distorção, qualquer valor que a crítica tenha, estará perdido, juntamente
com as oportunidades de mudança e crescimento. Mas, sem esse processo,
não se poderia fazer planos para o futuro nem realizar sonhos.
- Omissão: a omissão é o processo que exclui certas partes de uma
experiência. Esse processo pode ser limitador se o indivíduo omitir certos
aspectos da sua experiência, que são necessários para um modelo rico e
pleno de mundo. Exemplo de omissão na linguagem: a pessoa diz: ³Tenho
medo´ - porém, ela tem medo do quê? Mas, com a omissão, é possível o
indivíduo ler um livro com pessoas falando à sua volta ou com a televisão
ligada, sem ser esmagado por estímulos externos. O cérebro, para
funcionar, precisa focar sua atenção, deixando de fora uma série de dados.
Uma das tarefas da PNL é recuperar o material omitido. Quanto mais
material omitido é recuperado, tanto mais complexo fica o modelo, o mapa
da realidade.
- Generalização: a generalização é um processo associativo natural no
aprendizado. A generalização pode limitar a experiência, porque pode
impedir o exame de todas as alternativas.
Aprende-se a atuar no mundo através da generalização. Uma criança
aprende a abrir uma porta girando uma maçaneta. Então, generaliza essa
experiência reconhecendo as muitas variedades de fenômenos que se
encaixam no conjunto de parâmetros que ela ³classifica´ como ³portas´ e
tenta abri-las girando as maçanetas.
Quando alguém entra num quarto escuro, procura o interruptor de luz; ele
não tem que descobrir uma nova maneira de obter luz a cada vez que entra
num quarto. Entretanto, o mesmo processo pode funcionar como uma
limitação: se uma pessoa falhar na direção de seu carro, ocasionando um
acidente, pode então generalizar sua experiência e decidir que ³não
funciona mais para dirigir um carro´, e estará se negando muitas
experiências.
Ex. de generalização na linguagem: ³todos os homens são insensíveis´.
Cada pessoa faz generalizações que são úteis e apropriadas em algumas
situações, mas não em outras.

Os modelos de mundo são criados através desses três processos humanos


universais de modelagem. Estes processos permitem sobreviver, crescer,
aprender, compreender e vivenciar a riqueza que o mundo tem a oferecer.
Mas, se o indivíduo tomar a ³realidade´ subjetiva por realidade absoluta,
esses mesmos processos podem limitar e até destruir a habilidade em ter
flexibilidade nas reações.

Estado Interno:
É o estado emocional num dado momento: ele determina se a pessoa
experimenta alegria, tristeza, excitação, satisfação, etc.
Representação Interna + Processo Interno:
Como as informações são representadas para si mesmo, na forma de
imagens, sons e sensações + como o indivíduo ³computa´ essas
informações para planejar e tomar decisões.

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Centros de Comando:
Coordenam tudo o que acontece no corpo humano. São aglomerados de
células nervosas cuja função é ditar as regras.
1- Meninges:
São três membranas finíssimas - dura-máter, pia-máter e aracnóide que, têm a
função de proteger o cérebro;
2- Espaço Sub-Aracnóide:
Esse canal se localiza entre a pia-máter e a aracnóide. Nele circula o líquor,
um líquido que circunda todo o cérebro para absorver possíveis choques e
concussões;
3 - Ínsula:
É um conjunto de sulcos - são ³rachaduras´ cerebrais, que modulam as
emoções e articulam a fala;
4- Amígdala:
Vizinha do hipocampo, ela é fundamental para o aprendizado, além de
arquivar as lembranças emocionais - principalmente as traumatizantes;
5- Tálamo:
É o lugar das sensações. É ele que transforma um chute na canela em
sensação de dor e, já deixa o corpo atento, pronto para agir;
6- Tronco Cerebral:
Trata-se de uma massa espessa cheia de nervos que conecta cérebro, cerebelo
e medula espinhal. Além disso, comanda todos os músculos da face;
7- Corpo Caloso:
Interliga os dois hemisférios cerebrais para que haja uma constante troca de
informações entre ambos os lados;
8- Hipotálamo:
Rege alguns processos como a detecção de sede, fome e desejo sexual.
Controla a temperatura corporal e o sono;
9- Hipocampo:
É o responsável pela memória recente. Também é importante para o
aprendizado;
10- Hipófise:
Envia os sinais para as glândulas entrarem em ação e iniciarem o bombardeio
hormonal - tireóide, ovários, testículos e supra - renal são algumas glândulas
que obedecem à hipófise;
11- Cerebelo:
Movimentos que requerem precisão, como mexer os dedos para digitar no
computador, mexer os lábios;
12- Medula Espinhal:
Esse feixe de fibras transmite as sensações do corpo para o encéfalo e vice-
versa. Controla a ereção e a vontade de urinar, etc..

Lobos:
Assim são chamadas as quatro grandes áreas em que se divide o cérebro. São
oito ao todo.
1- Frontal:
Raciocínios mais elaborados e movimentos voluntários, como estender a mão
para cumprimentar alguém, por exemplo;
2- Temporal:
O cheiro das rosas e o som de uma música - ou seja, olfato e audição - são
percebidos nessa área;
3- Parietal:
Esse é o local que faz sentir que o fogo é quente e que uma parede de concreto
é dura. Diz respeito às sensações táteis;
4- Occipital:
É a região da visão, onde se processa tudo aquilo que é captado com os olhos.

Córtices:
Bilhões de células nervosas formam um conjunto de segmentos especializados
em cumprir funções determinadas.
1- Pré-frontal:
Planeja, executa e monitora qualquer atividade: como pensar enquanto a
pessoa dirige o carro, qual é o melhor caminho para voltar para casa;
2- Pré-motor:
Tocar piano requer extrema precisão - da força que se põe nos movimentos à
ordem em que cada dedo deve pressionar as teclas;
3- Motor:
Controla todos os movimentos que se deseja fazer. A coordenação é invertida.
O lado direito do cérebro dá as ordens para o lado esquerdo do corpo e vice-
versa;
4- Auditivo Primário:
Capta qualquer tipo de som em sua forma bruta;
5- Visual de Associação:
É o lugar da percepção onde as informações obtidas pelo córtex visual
primário são reunidas e ganham sentido. Graças a ele enxerga-se de forma
tridimensional;
6- Sensorial Primário:
Capta tudo que é tátil: dor, prazer, etc.;
7- Área de Broca:
Levando o sobrenome de seu descobridor, o anatomista francês Paul Broca, a
região determina cada palavra que é falada;
8- Auditivo de Associação:
Permite que o ouvinte identifique que tipo de som o córtex auditivo primário
captou;
9- Sensorial de Associação:
A partir das informações registradas pelo córtex sensorial primário essa região
reconhece aquilo que se está tocando;

10- Visual Primário:


Do fundo do crânio ele recebe dos olhos as informações visuais mais
elementares. Detecta a cor, a profundidade das coisas e o movimento.
Como já visto, Paul MacLean, diretor do ³Laboratório de Evolução e
Comportamento Cerebral do Instituto Nacional de Saúde Mental´, EUA
concebeu um modelo de estrutura e evolução cerebral, que ele denominou
³cérebro trino ou triúnico´. Segundo ele, ³o cérebro humano, compreende três
computadores biológicos interligados, cada um com sua própria inteligência
especial, sua própria subjetividade, seu próprio sentido de tempo e espaço, sua
própria memória, suas funções motoras e outras´.
Cada ³cérebro´ corresponde a uma etapa evolutiva diferenciada e
fundamental. Os três cérebros são distintos em termos neuroanatômicos e
funcionais, e contêm distribuições diferentes de neurotransmissores.

- Cérebro Reptiliano ou Arqueopálio (era dos répteis): a parte mais interna do


sistema nervoso, o tronco cerebral e boa parte do início da medula. Primeira
camada cerebral depositada durante o processo evolutivo. É o cérebro
primitivo, ligado à sobrevivência e à auto-preservação. As reações instintivas,
o comportamento repetitivo e as funções vitais básicas, como respiração e
metabolismo de outros órgãos - assegura o funcionamento do corpo para
garantir a sobrevivência. Tem como característica a preservação dos
comportamentos mais antigos e a conquista e preservação do território. O
Processo Reptiliano ou Operacional responde, primordialmente (não
exclusivamente nem localizadamente, mas conjugadamente) pelos
movimentos e pelos chamados instintos de reprodução, sobrevivência e
agressividade, depois transformados em profissão, organização e rotinas.
Circundando o complexo reptiliano, encontra-se:

- Cérebro Paleopálio ou Sistema Límbico (era dos mamíferos inferiores): área


mais intermediária, recobrindo o tronco cerebral. É o cérebro intermediário ou
o cérebro emocional. Todos os órgãos do corpo estão conectados com centros
localizados no Sistema Límbico, numa indicação que as emoções podem
influir na função dos diversos órgãos do corpo. O inverso também é
verdadeiro - os órgãos podem afetar as emoções. Nessa região cerebral,
encontram-se o tálamo e o hipotálamo, centros ligados às respostas à dor e ao
prazer. O Sistema Límbico comanda as funções emocionais. Temos o Sistema
Límbico em comum com outros mamíferos, mas o mesmo não ocorre com os
répteis. Em 1878, Paul Broca, neurologista francês descobriu o Sistema
Límbico, que está relacionado à identidade pessoal, comportamentos
emocionais, sistema imunológico, etc. A função básica do Sistema Límbico é
reconhecer e informar ao organismo a respeito das emoções agradáveis e
desagradáveis. Em sua evolução incorporou as funções de aprendizagem. O
Processo Límbico ou Intuitivo responde pela ludicidade, afetividade,
criatividade, estética, nível alfa (relaxamento), religiosidade e apego a mitos.
Finalmente, e evidentemente, a aquisição evolutiva mais recente:

- Cérebro Neopálio ou Cérebro Cognitivo ou Neocórtex: a parte mais externa


e moderna do sistema nervoso. Vinculado à linguagem, pensamento lógico,
analítico. Regula os processos de atenção e concentração, inibição dos
impulsos e dos instintos, das relações sociais e do comportamento moral.
Parte, freqüentemente, confundida como sendo o cérebro total. É revestida,
bem externamente, pela camada cinzenta, zona densa em neurônios altamente
especializados e capazes de múltiplas e simultâneas tarefas. O Neocórtex mais
elaborado é o humano (primatas superiores), e o dos golfinhos e baleias. O
Processo Neocortical ou Lógico responde pela comunicação, cálculo,
raciocínio lógico, pesquisa, análise, crítica e ³feedback´.

Segundo Ernst Haeckel (anatomista alemão do século XIX), em sua ³Teoria


da Recapitulação´, qualquer animal, em seu desenvolvimento embriológico,
tende a repetir ou recapitular a seqüência que seus ancestrais seguiram durante
a evolução. E, realmente, no desenvolvimento humano intra-uterino, as etapas
percorridas são muito semelhantes aos peixes, répteis e mamíferos não
primatas, antes de nos tornarmos seres humanóides (na fase de peixe, existem
até fendas branquiais, que são inteiramente inúteis para o embrião, uma vez
que ele é nutrido através do cordão umbilical). A razão da ³recapitulação´
pode ser compreendida da seguinte forma: a seleção natural age somente sobre
os indivíduos, e não sobre a espécie - e pouco sobre óvulos ou fetos.
Os três cérebros processam informações de formas diferentes. E, assim, se
complementam.
O ideal é que o indivíduo consiga desenvolver e aperfeiçoar os três processos
mentais, para enriquecimento e aumento da utilidade de seu mapa mental
(Aprendiz, Companheiro e Mestre: o ensinamento de cada Grau contribuirá
para o equilíbrio e sabedoria do maçom, o qual forma um neurônio desse
cérebro completo, que é a Maçonaria).
Os três Graus da Maçonaria Simbólica são a síntese do universo maçônico, e
podem revelar a evolução (cerebral) da espécie humana:
- Aprendiz: Reptiliano;
- Companheiro: Límbico;
- Mestre: Neocortical.


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Analogamente ao cérebro humano, a Maçonaria é um cérebro e seus
integrantes são os neurônios desse cérebro. Os indivíduos que estruturam a
Ordem recebem e repassam o conhecimento, as tradições, os Ritos, Rituais e
símbolos os quais representam a Maçonaria como cérebro: um grande
encéfalo sistêmico. Esse enorme cérebro interage com a sociedade, sintoniza,
capta e interpreta o meio em linguagem simbólica (desde priscas eras) e instrui
o organismo todo, através de cada maçom-neurônio para interagir através de
várias linguagens. Este cérebro é holográfico, e é uma estação receptora do
Universo (externo e interno), que é também holográfico.
A palavra ³holografia´ vem do grego ³holos´, todo, inteiro e ³graphos´, sinal,
escrita.
Holografia é a forma de se registrar imagens em três dimensões. É uma
³fotografia´ tridimensional, produzida por um processo fotográfico sem
lentes. Foi idealizado pelo físico inglês Dennis Gabor (1900-1979), em 1947.
Mas, a construção de um holograma teve que aguardar a invenção do raio
laser. ³O futuro não pode ser previsto, mas pode ser inventado. É a nossa
habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que
somos.´ - Gabor.
O holograma possui uma característica única: em cada parte existem
informações sobre toda a imagem, registrada a partir de certo ângulo. Se o
holograma for rompido, qualquer de suas partes reconstituirá toda a imagem.
Ken Wilber (1949: filósofo americano e criador da ³Psicologia Integral´), em
seu livro ³O Paradigma Holográfico´, dá a seguinte definição de holograma:
³Holografia é um método de fotografia sem lentes, no qual o campo
ondulatório da luz espalhada por um objeto é registrado numa chapa sob a
forma de um padrão de interferência. Quando o registro fotográfico - o
holograma - é exposto a um feixe de luz coerente, como o laser, o padrão
ondulatório original é regenerado. Uma imagem tridimensional aparece. Como
não há focalizador, isto é, lentes focalizadoras, a chapa tem a aparência de um
padrão de espirais, destituído de qualquer significado. Qualquer pedaço do
holograma pode reconstituir a imagem inteira.´

O princípio é descrito pelo biólogo Lyall Watson (1939: biólogo africano,


zoólogo e antropólogo):
³Quando se atira uma pedra em um lago, ela produz uma série de ondas
regulares, que se afastam do ponto em que caiu em círculos concêntricos.
Lançando-se duas pedras idênticas, em pontos diferentes, produzir-se-ão duas
séries de ondas semelhantes, que se deslocam no sentido uma da outra. Onde
as ondas se encontrarem, interpor-se-ão. Se a crista de uma atingir a crista da
outra, elas atuarão juntas e produzirão uma onda reforçada com o dobro da
altura normal. Se a crista de uma coincidiu com o intervalo da outra, elas se
anularão, e se produzirá um trecho isolado de águas calmas. Na realidade
ocorrem todas as combinações possíveis entre as duas e o resultado final é um
complexo arranjo de ondulações, conhecido como padrão de interferência.
Ondas de luz se comportam da mesma forma. O tipo mais puro de luz de que
dispomos é o produzido por um laser, que emite um feixe em que todas as
ondas são de uma mesma freqüência, como as que são produzidas por uma
pedra ideal em um lago perfeito. Quando dois raios laser se tocam, produzem
um padrão de interferência de luz e ondulações escuras que pode ser
registrado em uma placa fotográfica. E se um dos raios, em lugar de vir
diretamente do laser se refletir primeiro em um objeto como um rosto
humano, o padrão resultante será na verdade muito complexo, mas mesmo
assim ainda pode ser registrado. O registro é um holograma do rosto´.

A luz incide sobre a placa fotográfica de duas fontes: do próprio objeto e de


um feixe de referência, a luz defletida por um espelho do objeto até a placa.
Os traços aparentemente sem significação na placa não se parecem com o
objeto original, mas a imagem pode ser reconstituída por uma fonte de luz
coerente como um raio laser. O resultado é algo semelhante, tridimensional,
projetado no espaço a certa distância da placa.
O primeiro holograma foi construído por Emmette Leith e Juris Upatinicks em
1965, com o uso do laser.
Hermes Trismegistos há mais de três mil anos atrás, se visse um holograma, o
usaria como demonstração da sua afirmação de que as partes contêm a
totalidade das coisas - ³Enquanto tudo está no todo, é também verdade que o
todo está em tudo. Aquele que compreende realmente esta verdade alcançou o
grande conhecimento.´- ³Caibalion´.
Em 1969, Karl Pribram (1877-1973: neurofisiologista inglês da Universidade
de Stanford), propôs que o holograma funcionava como um modelo dos
processos cerebrais. Pribram, viu no holograma uma forma de explicar o
funcionamento do cérebro. Para ele o cérebro para ver, ouvir, cheirar e
saborear interpreta matematicamente as freqüências de energia que capta,
provindas de uma dimensão que transcende tempo e espaço, e as armazena
holograficamente. Mais ainda, o próprio corpo humano é um holograma,
constituído de partes que têm potencial de reproduzir o todo (clonagem).
Talvez o mundo seja um holograma que o cérebro interpreta
holograficamente. Pribram viu o holograma como um modelo de como o
cérebro podia armazenar memórias. Existem regiões do cérebro especializadas
para o desempenho de certas funções: funções de comando do corpo, de
recepção de informações sensoriais, e de comunicação - verbalização, escrita,
desenho, etc. Porém, a memória é distribuída, não localizada - é holográfica.
Pribram percebeu espantosas similaridades entre este conceito e a teoria
holográfica convencional: "Nós podemos então distinguir dois aspectos da
holografia que a tornam única como um dispositivo de armazenamento de
dados: a primeira é que qualquer uma das partes é igual à soma de suas partes,
porque a mensagem é reduplicada onipresentemente através de cada parte do
holograma... a segunda característica é que o holograma grava a essência de
um objeto e, então, repetidas superposições de essências fornecem os detalhes,
as particularidades do objeto quando o holograma total é iluminado".
O cérebro atua em interações, interpretando freqüências bioelétricas que o
permeiam.
Em 1971, David Bohm (1917-1994: físico americano), sugeriu que a
organização do Universo, provavelmente, é holográfica. Pribram e Bohm
confirmaram a idéia de que o cérebro humano funciona como um holograma,
coletando e interpretando informações provenientes de um Universo
holográfico.
O modelo holográfico de David Bohm sugere que todos os elementos estão
intimamente ligados no Universo. ³Por tudo o que sabemos hoje, não é mais
possível tentar conhecer a realidade a partir de apenas um modelo. Devemos
reconhecer que existem muitos modelos de realidade a serem compreendidos.´
Muitos cientistas da atualidade acreditam, que de uma forma profunda, todas
as coisas do Universo estão infinitamente interconectadas. O Universo em si
próprio é uma projeção holográfica e, nesse Universo holográfico até mesmo o
tempo e o espaço deixam de ser vistos como fundamentais. O Universo no
qual cada pessoa experimenta sua realidade é uma projeção de seus
pensamentos, sentimentos, emoções. OUniverso de cada um é um estado de
³ilusão´ (o ³maya´ hindu?) único, gerado em seu interior embora se
interconecte em ilusão com outros ³Universos´<
Partindo da noção de que o mundo objetivo pode ser definido como aquele
que existe independente da consciência pessoal de cada indivíduo, não há esse
mundo exterior, fixo, objetivo e independente. Uma ³integração invisível´ une
todo o universo, numa ³unicidade elementar´. Uma forma de determinismo
parece derivar daí: todas as ocorrências são resultado de mudanças em alguma
parte do Universo. Isso leva ao conceito de interdependência das coisas
manifestadas e uma Lei de Causa e Efeito (carma?) e à noção de ausência de
individualidade no mundo físico. Mas no mundo subatômico, provavelmente
pela influência mental, há a inexistência de um determinismo absoluto, pois a
nova física pode apenas ³predizer um certo número de resultados possíveis´ e
³não um único resultado definido´. Então podem co-existir e se complementar
as noções de determinismo e livre-arbítrio.

Esta nova forma de ver a realidade, proposta por Bohm e Pribram, passou a
ser chamada de ³Paradigma Holográfico.´
No Paradigma Holográfico, tudo no Cosmos é formado por ³tecido´
holográfico contínuo da ordem implícita, isto é, o Universo não é composto
por ³partes´, mas por uma ³totalidade´. Bohm afirma que tudo no Universo é
uma extensão contínua de tudo o mais, mas não é uma massa indiferenciada.
Tudo pode ser parte de um todo indivisível e ainda assim manter suas
características únicas (maçons constituem a Maçonaria em sua totalidade, mas
cada maçom conserva sua individualidade). Bohm demonstra suas idéias com
a seguinte experiência: quando um pingo de tinta é colocado em um recipiente
cheio de glicerina e um cilindro dentro desse recipiente é girado, a tinta parece
espalhar-se e desaparecer. Porém, quando o cilindro é girado na direção
oposta, a tinta se junta outra vez em forma de pingo. Este fenômeno
exemplifica para Bohm, que a ordem pode ser tanto manifesta (explícita)
como oculta (implícita).
No Paradigma Holográfico, tanto o Universo (macrocosmo) quanto as
subpartículas (microcosmo) são regidas por leis cíclicas: desse modo há uma
relação entre finito e infinito. O microcosmo é uma parte holográfica do
grande holograma do Universo (macrocosmo): ³O que está em cima é como o
que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima´ (Hermes
Trismegistos). Segundo este paradigma, em cada partícula nossa, em cada
célula, há informação de todo o Universo.
A Maçonaria funciona exatamente como um ³Cérebro Holográfico´ em um
³Universo Holográfico´ - cada maçom é detentor, individualmente, do tudo e
de todo o conhecimento ancestral e coletivo. A memória, não funciona
localizadamente, no cérebro humano - e assim na Maçonaria: cada membro,
cada Rito, cada Grau, cada Ritual, é ³responsável´ pela manutenção de uma
parte dessa memória.
No cérebro humano e no cérebro que é a Ordem, a memória não é como uma
biblioteca localizada em determinada parte, pois o cérebro inteiro participa do
seu processo, sendo que algumas zonas com função privilegiada: o
hipotálamo, a formação reticular, o tálamo (memória reflexa, mecânica,
instintiva) e o cerebelo (memória cinestésica). O Sistema Límbico intervém no
controle das emoções. Uma informação é mais claramente lembrada, se ela
estiver ligada a uma emoção agradável ou desagradável do que a uma situação
neutra. A teoria de Pribram explica como o cérebro humano pode guardar
tantas memórias em um espaço tão pequeno. O cérebro tem a capacidade de
memorizar algo na ordem de dez bilhões de bits de informação durante a
média da vida humana (ou a mesma quantidade de informação contida em
cinco volumes da Enciclopédia Britânica).?
Para a maioria dos autores modernos a lembrança é uma recriação e este
processo dinâmico pode ser decomposto em três etapas a informação é
filtrada e gravada através dos sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar),
depois ela é tratada e armazenada sob forma de traços mnemônicos, e por fim
ela pode ser trazida à mente consciente em qualquer momento de maneira
voluntária ou fortuita.
Há três etapas na formação da memória:
- memória ultra-rápida ou memória sensorial (uma fração de segundo);
- memória de curto prazo ou memória imediata (alguns segundos);
- memória de longo prazo (que vai de algumas horas até toda a vida) - permite
que um número extraordinário de informações seja lembrado, e
essencialmente armazenado sob a forma de imagens, como se fossem
hologramas.
As relações entre essas três etapas da memória ainda não são muito
conhecidas. Sabe-se que as duas primeiras são provocadas por um processo
elétrico e a última por um processo químico e que não há uma fronteira bem
definida para passar de uma à outra.
Gerald Edelman, cientista americano, ganhador do Prêmio Nobel de 1972,
afirma que o cérebro é capaz de se organizar sozinho, em função da
experiência que adquiriu e de gerar suas próprias regras. O que explica por
que dois gêmeos univitelinos não possuem cérebros idênticos, apesar de terem
o mesmo patrimônio genético.
E, essa experiência adquirida pode ser detonada pelas âncoras. Ancoragem é
um processo reconhecido e desenvolvido pelos criadores da PNL, no qual
qualquer estímulo ou representação (interna ou externa) fica conectado a uma
reação e dispara-a - as âncoras podem ocorrer naturalmente ou serem criadas
intencionalmente - os Rituais, na Maçonaria, são exemplos de âncoras (que
podem ser visuais, auditivas e cinestésicas).
Inicialmente os neurônios transitam livremente, embora guiados em percursos
gerais por instruções genéticas. As conexões serão mais fortes ou mais fracas
ao longo da vida dependendo do uso, como postulou Gerald Edelman, que deu
a esse processo o nome de ³darwinismo neural´.?
Segundo Edelman o cérebro é plástico, quer dizer, possui capacidade de
mudar quando o meio ambiente e as experiências mudam (assim como a
Ordem).
Da mesma forma, a Maçonaria preserva sua ³memória´, através da sabedoria
adquirida e incorporada individualmente por cada maçom, dos vários Ritos,
dos diferentes Graus, dos Rituais, dos Símbolos, da Linguagem Simbólica
através dos tempos4


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Por ordem de aparição na história evolutiva, a espécie humana possui três
cérebros:primeiro o Reptiliano, depois o Límbico?(mamíferos primitivos), e o
mais recente, Neocórtex (mamíferos superiores).
Os animais que possuem essencialmente o Cérebro Primitivo ou Reptiliano
são os peixes, as tartarugas marinhas, os répteis e os vertebrados inferiores.
No ser humano, este cérebro corresponde basicamente ao tronco cerebral e
onde estão localizados os necessários centros de comando para a vida.
Controlam o sono e a vigília, a respiração e a regulação da temperatura, os
movimentos automáticos primordiais, e funcionam como subestações
intermediárias para a transmissão da informação sensorial. O Cérebro
Primitivo governa a agressividade e a reação de fuga ou luta diante de um
perigo externo. A linguagem reptiliana confunde-se com gestos e
comportamentos chamados ³não-verbais´. O Cérebro Reptiliano não sabe
enfrentar situações novas, não sabe inovar e rejeita algo diferente dele. As
características agressivas e sexuais, territorialidade, a fé religiosa, e a
hierarquia social, estão localizadas no Complexo Reptiliano. Esse cérebro foi
o primeiro estágio no desenvolvimento do ser humano, e ainda hoje,
desempenha as mesmas funções. Contém toda a rede de neurônios necessária
para realizar atividades para a reprodução e auto-preservação, o que inclui a
regulação do coração, da circulação sangüínea e da respiração. Assim como os
humanos, os répteis e os mamíferos também compartilham parte semelhante.
O Cérebro Reptiliano, provavelmente, desenvolveu-se muitas centenas de
milhões de anos atrás. Intuitivamente, termos reptilianos são usados para
designar ações desse cérebro: como, por exemplo, ³assassino frio´ ou ³a
sangue frio´. O Complexo Reptiliano pode ser comparado ao Grau de
Aprendiz na Maçonaria, onde o iniciado começa a desbastar sua pedra bruta,
vencer vícios, sobrepujar comportamentos agressivos (instintivos)
descontrolados, etc. O 1º Grau, de Aprendiz, é moral;
?
Circundando o Complexo Reptiliano, há o Sistema Límbico. A espécie
humana tem o Sistema Límbico em comum com outros mamíferos, mas não
com répteis. O Sistema Límbico é a parte do cérebro localizado entre o
Neocórtex e o Complexo Reptiliano, e é responsável pelas emoções.
Descargas elétricas no Sistema Límbico, algumas vezes, resultam em sintomas
similares àqueles produzidos por psicoses ou drogas alucinógenas. A glândula
principal no ser humano, a pituitária, faz parte do Sistema Límbico. Ela
influencia outras glândulas, controla o sistema endócrino e está associada às
mudanças de humor e outros estados da mente.
Outro componente é a amígdala, profundamente envolvida na agressão e
medo. Disfunções no Sistema Límbico podem produzir ódio, medo ou
sentimentalismo sem causa aparente. Uma excessiva estimulação natural pode
produzir os mesmos resultados. Provavelmente, está no Sistema Límbico a
origem do comportamento altruísta. Com poucas exceções, os mamíferos e os
pássaros são os únicos a cuidar de sua prole. É um desenvolvimento
evolucionário importante. O comportamento animal comprova a idéia de que
emoções estão presentes nos mamíferos e nos pássaros. O comportamento
pesaroso de muitas mães mamíferas quando têm seus filhotes retirados de
perto delas é bem conhecido. Talvez, os animais tenham mais emoções do que
possamos supor. A parte mais antiga do Sistema Límbico é o córtex olfativo,
relacionada ao odor, ao cheiro (incensos acesos nos trabalhos das Lojas
maçônicas). O componente com maior habilidade para lembrar está localizado
no hipocampo, também parte do Sistema Límbico. O Sistema Límbico
compara-se ao Grau de Companheiro, onde o maçom já aprendeu a controlar
seus instintos mais básicos, e começa a envolver-se com suas emoções
superiores, aprendendo a conhecê-las e ordená-las. O 2º Grau, Grau de
Companheiro, é emocional superior e mental; ?

O Novo Cérebro Mamífero ou Neocórtex, o último a se desenvolver


caracteriza o ápice da evolução do reino animal. É o local da análise, do
raciocínio, da intuição e da linguagem complexa específica do homem. O rato
tem apenas um embrião de córtex e o gato é um pouco mais bem dotado. O
cão e o cavalo também possuem um desenvolvimento cortical na parte
posterior do crânio, mas apenas o ser humano é dotado de um córtex tão
abrangente. O Novo Cérebro Mamífero processa os dados recebidos através
dos sentidos, das imagens mentais e das diversas lembranças. Ele transforma
as reações cerebrais em linguagem verbal e não-verbal. O Neocórtex produz
atividades complexas como ler, escrever e calcular. Analisa, antecipa, decide e
conceitua.
Existente em mamíferos mais evoluídos, primatas, entre os quais o ³homo
sapiens´, golfinhos e baleias, o Neocórtex é a parte mais complexa e ainda não
totalmente decifrada do cérebro. Ao que indicam os estudos, para
desempenhar determinadas atividades, algumas áreas do cérebro são ativadas,
e apesar da especialidade, há uma grande cooperação para gerar o
pensamento. Segundo Carl Sagan (1934-1996: astrônomo e biólogo norte-
americano - maçom), o Neocórtex representa cerca de 85% de todo o cérebro.
O Neocórtex é dividido em quatro lóbulos: frontal, parietal, temporal e
occipital. Acreditava-se que no Neocórtex havia conexões principalmente
entre os lóbulos - hoje, sabe-se que está conectado também ao cérebro sub-
cortical através de muitas conexões neuronais. Cada lóbulo tem muitas e
diferentes funções, algumas divididas entre vários lóbulos. Os lóbulos frontais
estão relacionados com a deliberação, a regulação das ações, a iniciativa, a
consciência. Ao que tudo indica, até a antecipação de movimentos do corpo
são processados no lóbulo frontal. Os lóbulos temporais estão relacionados
com uma variedade de percepções, dos sentidos. Os lóbulos parietais com a
percepção espacial e a troca de informações com o resto do corpo. Os lóbulos
occipitais com a visão, o principal sentido humano e de outros primatas
também. Se os lóbulos frontais estão envolvidos na antecipação do futuro
então também este é o local das inquietações, das preocupações, do sofrimento
antecipado (consciência da própria morte). Cada novo passo na evolução do
cérebro foi acompanhado de mudanças fisiológicas dos componentes pré-
existentes.
O Neocórtex pode ser comparado ao Grau de Mestre, 3º Grau, pois incorpora
muitas transformações fundamentais do Complexo Reptiliano (Aprendiz) e
Sistema Límbico (Companheiro). O Cérebro Neocortical não é, exatamente,
³superior´ aos outros dois ± ele incorpora mais informações. Considerando os
Graus e cérebros anteriores, o trabalho do maçom pode ser assim
compreendido:
-Pedra Bruta e o Cérebro Reptiliano do Aprendiz indicam a responsabilidade
individual do ser ± vencer vícios, controlar comportamentos instintivos, etc..
- Pedra Polida e o Cérebro Límbico do Companheiro indicam o controle de
emoções mais sutis, com a conseqüente formação de um critério interno de
ordenação emocional e mental.
- Painel e o Cérebro Neocortical do Mestre Maçom revelam suas
preocupações e interesses transpessoais e holísticos. Ele tem ³consciência´ das
três etapas, da Unidade. Como indicado pelos pontos cardeais no Painel do
Terceiro Grau, a orientação do Mestre mudou: ele olha para trás, em direção
ao Ocidente, correspondendo à terceira virtude cardeal ± a Caridade ± que é
um conceito mais profundo que Filantropia. A Caridade ocupa o mesmo lugar
na escada das virtudes maçônicas que o Sol na escala dos Planetas. Na escada
dos metais é o ouro e na das cores, o amarelo. Não é apenas doação ± é a
própria expressão do Amor - é Nutrição: ação de nutrir com ensinamentos,
conhecimentos e sabedoria outros maçons e profanos. A Maçonaria tem como
escopo o desenvolvimento desses indivíduos, integrados na Trindade, que
afinal é a verdadeira Unidade.
As partes do cérebro não devem ser consideradas independentes, mas sim
interdependentes, pois ao mesmo tempo em que, funcionam separadamente
também se integram como uma Unidade.
Em seu livro ³Dragões do Éden´, Carl Sagan (maçom) cita o que considera
uma interessante metáfora do psiquismo humano, contida no diálogo platônico
³Fedro´:
³Sócrates compara a alma humana a uma carroça puxada por dois cavalos ±
um negro e um branco ± que seguem direções diferentes, fracamente
comandados pelo cocheiro. A metáfora da carroça em si é notavelmente
semelhante ao chassi neural de MacLean; os dois cavalos ao Complexo
Reptiliano e ao Córtex Límbico; e o cocheiro, que mal controla a carroça
ziguezagueante e os cavalos, ao Neocórtex.´

Alguns filósofos, psicólogos e antropólogos como Régis Dubray, Merleau-


Ponty, Jacques Lacan, Lévi-Strauss e outros, entendem que houve uma
expulsão do ³Paraíso´, quando o homem se tornou ³consciente´, significando
a ruptura do hominídeo com a Natureza. Esse desligamento foi como uma
perda, cuja redenção tem acontecido através de uma construção coletiva de
mecanismos simbólicos, permitindo ao homem um entendimento objetivo do
Universo, através de uma percepção subjetiva (símbolos).
Como bem observa Carl Sagan, a Divindade proibiu, especificamente, o
conhecimento da Árvore da Vida ou os julgamentos abstratos e morais que,
estão ³localizados´ no Neocórtex. A Divindade expulsou Adão e Eva do Éden
devido ao desenvolvimento de suas habilidades cognitivas ± Disse a
Divindade: ³Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem
e do mal; assim, para que não estenda a mão, e tome também da Árvore da
Vida, e coma e viva eternamente (Gênesis, 3:22), ele deve ser expulso do
Paraíso´. Após a expulsão do ³Éden´, a espécie humana, no contexto bíblico é
condenada ao trabalho árduo; ao uso de roupas; ao parto com dor (com o
desenvolvimento do Neocórtex, o crânio humano aumentou de tamanho
dificultando o parto) e ao crime (Caim mata Abel) ± a civilização,
metaforicamente, se desenvolveu a partir de Caim, o criminoso, isto é,
afastou-se da Divindade. Mas também de Set, com a possibilidade de se
reaproximar da Mesma.
Segundo o historiador judeu Josephus, o homem também perdeu a capacidade
que tinha de comunicar-se com os animais.

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Ritualismo é um conjunto de cerimônias, de Rituais ± os rituais são atos que
têm por finalidade orientar uma força no sentido de uma ação determinada. O
ritual é uma representação simbólica, é um procedimento padrão, que pode
não estar ligado à religião.
Cérebro e Maçonaria interpretam a linguagem simbólica, metafórica, que é
expressa através dos Rituais (e dos símbolos).
Os Rituais acessam diretamente o Cérebro Reptiliano ± os Rituais ³falam´
diretamente ao instinto.
O cérebro humano se desenvolveu mais nos últimos duzentos mil anos ±
quando o ³homo sapiens´ apareceu na Terra. Mas, o homem passou 97%
desse tempo em bandos nômades, que viviam da caça e da coleta ± por isso, a
resposta genética ainda é muito forte ± com o Primeiro Cérebro.
É na Porção Primitiva do Cérebro que são gerados os atos e comportamentos
mais básicos para a sobrevivência e preservação da espécie ± os mecanismos
de defesa, as posições hierárquicas no grupo e a delimitação de território.
Apesar da dominância do Neocórtex, muitos dos atos humanos são realizados
e compreendidos com base no Cérebro Primitivo, como nossos antepassados,
há milhares de anos: possuíamos e possuímos comportamentos ritualísticos -
matar para comer, tender a discriminar pessoas fora do grupo pessoal imediato
(família, cidade, raça), defender o próprio espaço (domínio territorial). Sob
esse pano de fundo biológico, desenvolveram-se as múltiplas culturas
humanas, diversas entre si, mas todas tendo muitas coisas em comum, como a
chamada ³mente tribal´. Os Rituais Maçônicos atingem, diretamente, o
entendimento do Cérebro Reptiliano, dessa mente ainda tribal. Todo Ritual
provoca a oportunidade para uma transformação, e essa transformação tem um
profundo efeito sobre o desenvolvimento dos hemisférios direito e esquerdo.
A apropriada combinação mito/ritual oferece uma oportunidade para sintetizar
o consciente e o inconsciente, a lógica e a intuição, o masculino e o feminino,
o físico e o espiritual.

" "$-"
Ainda não há um consenso em relação à definição de ³mente´. Alguns autores
entendem que a mente é a inteligência consciente e inconsciente do homem ±
não possui forma material, mas existência real ± sua influência é perceptível
no meio material. Ainda há muitas dúvidas sobre os supostos ³poderes´ da
mente ± fenômenos como telepatia, premonição, telecinesia, previsão. O
inegável é que o homem é sua mente e o corpo é também resultado da mente.
A mente é uma só, mas tem duas funções ou características: mente consciente
e mente inconsciente. A mente é dividida em duas partes. A parte consciente
da mente é aquela que usa os cinco sentidos para absorver as informações,
aceitando-as ou rejeitando-as. Inconsciente é aquela parte que aceita as
informações que passam ou não pela mente consciente.
Os conceitos de mente consciente e de mente inconsciente foram propostos
por vários filósofos, cientistas, literatos e pensadores, muito antes de Freud:
Rousseau, Descartes e Locke, Goethe, Leibniz, Nietzsche, entre outros. Por
exemplo, era conhecida e usada a analogia da mente como um iceberg,
consistindo da consciência como a parte acima da superfície e um componente
inconsciente na parte submersa, constituída por material escondido, mas não
obstante, atuante na vida mental consciente.
Para o consciente há um limite no aprendizado ± para o inconsciente não.
Conforme o estudo apresentado pelo psicólogo americano George Miller no
seu trabalho clássico ³The Magic Number Seven´ (1956) - marco inicial da
Ciência Cognitiva - a consciência limita-se a cerca de sete (dois a mais ou a
menos) segmentos de informação; sejam do mundo interno dos pensamentos
ou do mundo externo. Acima de sete, esbarra-se em dificuldades de fazer
distinções absolutas entre uma informação ou outra. Abaixo disso, as tarefas
são executadas e controladas com maior facilidade. Por exemplo: para
memorizar um número grande, deve-se dividi-lo em blocos de dois a, no
máximo, sete algarismos.

Definido por Sigmund Freud (1856 ± 1939 - maçom), médico neurologista


judeu-austríaco, precursor da psicanálise, o consciente é considerado a parte
da mente da qual se tem ciência, conhecimento. O nível consciente refere-se
às experiências que a pessoa percebe,
incluindo lembranças e ações intencionais. A consciência funciona de ?
de acordo com as convenções de tempo e de espaço.
Parte do conteúdo
que não está consciente num determinado momento pode ser
trazido para a consciência; esse conteúdo é chamado pré-consciente. O pré-
consciente é descrito como a camada entre o consciente e o inconsciente (o
termo correto é pré-consciente, e não subconsciente). ? A consciência é um
atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade
através do conhecimento imediato da sua própria atividade psíquica. ?
Freud afirmou que, não há nenhuma descontinuidade na vida mental. Nada
ocorre ao acaso e muito menos os processos mentais. Há uma causa para cada
pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou ação. Cada evento
mental é causado pela intenção consciente ou inconsciente e é determinado
pelos fatos que o precederam. Uma vez que alguns eventos mentais "parecem"
ocorrer espontaneamente, Freud começou a observar e a estudar os elos
ocultos que ligavam um evento consciente a outro.
A premissa inicial era de que há conexões entre todos os eventos mentais e
quando um pensamento ou sentimento parece não se relacionar aos
pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no
inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a
aparente descontinuidade está solucionada.
O consciente realiza as tarefas de forma linear, age de forma lógica,
seqüencial. É especialista no pensamento analítico, lógico, lida com a
matemática e controla a linguagem verbal. O consciente analisa.

O maçom alimenta seu consciente com leitura, conversas edificantes, estudo,


etc..

Freud criou o conceito de inconsciente individual - propôs uma mente dividida


em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que
estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos
sonhos. Entendia que o comportamento é governado por processos
inconscientes, e não somente pelos processos conscientes. Para ele, no
inconsciente estavam as ³pulsões´ ± as pulsões de vida e as pulsões de morte,
que são duas forças antagônicas e complementares. As pulsões de vida
(³Eros´) se referem à auto-preservação e as pulsões de morte (³Tanatos´) à
auto-destruição.?Na teoria freudiana,?o inconsciente propriamente dito consiste
em processos reprimidos, exercendo pressão no componente consciente da
mente da pessoa, e modelando sua vida cotidiana de modo substancial.
Segundo Freud, o inconsciente contém as partes da personalidade que
poderiam ser conscientes se a educação, o ambiente social, etc. não as tivesse
reprimido. No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à
consciência.
De acordo com Freud, as pessoas experimentam repetidamente pensamentos e
sentimentos tão dolorosos que não podem suportá-los. Tais pensamentos e
sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser
expulsos da mente, mas, podem ser expulsos do consciente para formar parte
do inconsciente.
Cada evento mental tem
explicação consciente ou inconsciente.
Para Freud 90% das memórias estão no inconsciente ± e somente 10% no
consciente. Para ele, o inconsciente existe apenas do nascimento em diante, o
que não explica regressões intra-uterinas e a vivências passadas. Alguns
investigadores estão transformando o conceito de inconsciente individual,
pesquisando a chamada memória extra-cerebral: as escolas terapêuticas
transpessoais, tendo pesquisadores como Stanislav Grof (psiquiatra ±
Maryland ± EUA), Brian Weiss (psiquiatra ± EUA), e Morris Netherson
(psiquiatra ± EUA - há quarenta anos já conduziu mais de trinta mil
regressões). A designação de memória extra-cerebral foi criada por
Hamendras Nat Banerjee, pesquisador indiano, da Universidade de Jaipur,
província de Rajastan, Índia, em 1973, quando começou a investigar o
fenômeno. É uma pesquisa que apresenta acentuado indício em favor da
reencarnação, tratando-se de uma tese ainda não científica.

Para os criadores da PNL, Grinder e Bandler, o conceito de consciente é o


mesmo de Freud. Porém, entendem o inconsciente individual, diferentemente.
Para eles o inconsciente não é um ³porão escuro´, onde as pulsões se
digladiam: é mais um sótão, ensolarado, e somente tem intenções positivas, no
sentido de proteger o indivíduo de dores, sofrimentos. Mas não só isso: o
inconsciente também impulsiona o indivíduo em direção à evolução, ao
progresso, realizando escolhas mais úteis. A PNL aceita a noção de uma
mente inconsciente que é um reservatório de idéias e desejos dos quais o
indivíduo não tem consciência, e que constantemente afetam o
comportamento. O inconsciente tem sempre uma intenção positiva ± os
comportamentos é que podem ser destrutivos. Por exemplo: intenção positiva:
relaxar. Comportamento: ingerir bebida alcoólica. Porém, a pessoa pode
mudar o comportamento ± fazer meditação ± meditação conserva a intenção
positiva que é relaxar e, é um comportamento saudável, de auto-preservação.
O inconsciente abrange todos os processos naturais do organismo, tudo o que
já foi aprendido, e tudo que se pode perceber. A maior parte das ações é
produzida de maneira inconsciente. O inconsciente pode ser acessado através
da hipnose, de metáforas, contos, rituais, símbolos, fábulas, sonhos,
relaxamento, meditação.
O inconsciente mantém todas as funções corporais vitais, e busca preservar o
corpo de qualquer dano.
Principais Funções da Mente Inconsciente:
- Armazenamento de memórias: temporal e atemporal;
- Domínio das emoções;
- Organização de lembranças;
- Ancoragem de lembranças como as emoções negativas ainda não resolvidas;
- Apresentação destas lembranças ancoradas para a ³racionalização´ (para se
livrar dessas emoções negativas);
- Controle do corpo, fisiologia. Possui os padrões referenciais do
funcionamento do corpo;
- Preservação do corpo. Manutenção da integridade física;
- Busca dos padrões morais mais elevados do ser;
- Controle e manutenção de todas as percepções regulares;
- Geração, armazenagem, distribuição e transmissão de ³energia´;
- Reação com instinto e hábitos;
- Programado para buscar continuamente mais e mais;
- Precisa de repetições para os projetos à longo prazo;
- Independe das partes para o seu funcionamento;
- Simbólico. Utiliza e reage a símbolos;
- Assume tudo como pessoal;
- Trabalha dentro de um princípio do menor esforço. Busca caminhos de
menor resistência;
- Processa em positivo.

O inconsciente está direcionado a atividades de caráter holístico e emprega a


intuição e a criatividade. O inconsciente utiliza a linguagem corporal total
com significados e com emoções. O inconsciente armazena informações.

O maçom acessa seu inconsciente individual através dos símbolos e Rituais,


pois o inconsciente dominando significados, intuição e criatividade de uma
forma holística, liga conceitos holograficamente. Nas sessões maçônicas, o
adepto está na maior parte do tempo, em contato com sua mente inconsciente,
pois o ambiente, a Ritualística, os odores (incensos atingem diretamente o
Sistema Límbico ± evocando emoções), fazem com que entre em um estado
alterado de consciência, com freqüência cerebral em ondas alfa e teta
(hipnose, para-normalidade). O maçom obtém um entendimento mais
completo de si mesmo, pois o inconsciente, armazenando as memórias
temporal e atemporal, apresenta essas memórias para racionalização, para o
crivo do consciente ± buscando padrões morais mais elevados do ser. O
inconsciente age dessa forma, porque controla a manutenção da vida (sempre
no sentido de evolução, de progresso), utilizando e reagindo a símbolos. Os
símbolos não estão sujeitos a imediata e clara compreensão ou interpretação.
Cada maçom interpretará individualmente os símbolos ± o entendimento dessa
interpretação conduzirá às respostas para suas indagações mais profundas.
Jung afirmava que um símbolo, em última análise, não define nem explica.?

Carl Gustav Jung, (1875-1961 - maçom), psiquiatra suíço, discípulo de Freud,


criou o conceito de inconsciente coletivo. Segundo Jung, o inconsciente
coletivo não deve sua existência a experiências pessoais; ele não é adquirido
individualmente ± ele é herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos
e lembranças compartilhadas por toda a humanidade. É a herança das
vivências das gerações anteriores. Desse modo, o inconsciente coletivo
expressa a identidade de todos os homens, seja qual for a época e o lugar onde
tenham vivido.
O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes, chamadas de
arquétipos, do grego ³arkhetypos´, palavra que significa ³modelo primitivo´
ou imagens primordiais, que cada pessoa herda. O arquétipo é aquilo de onde
a idéia simbólica é derivada.? A pessoa não se lembra das imagens de forma
consciente, porém, herda uma predisposição para reagir ao mundo da forma
como ancestrais do homem faziam. Por exemplo, o medo de cobras e aranhas,
pode ser transmitido através do inconsciente coletivo: nossa espécie tem uma
aversão inata, a tudo que tenha forma de cobras ou aranhas. Chimpanzés,
gorilas e orangotangos, também possuem esse medo inato ± essa repulsa,
provavelmente, teve um importante valor de sobrevivência para nossos
antepassados e outros primatas. Porém, os arquétipos podem ser tanto
relativos a medos, angústias, como relativos a conteúdos agradáveis.

Os arquétipos, presentes no inconsciente coletivo são universais e idênticos


em todos os indivíduos. Estes se manifestam simbolicamente em religiões,
mitos, rituais, contos de fadas e fantasias. Entre os principais arquétipos estão
os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo, poder, mãe, e outros...

Cada maçom, nos trabalhos em sua Loja, está acessando o inconsciente


coletivo, obtendo ensinamentos diretamente desse reservatório universal,
patrimônio de toda a humanidade. Para Jung, a própria intuição é uma
comunicação do inconsciente coletivo, que não se origina nem da experiência,
nem de aquisição pessoal ± ela é inata no ser humano e designa uma natureza
universal. Esse material coletivo, somente pode ser reconhecido quando seu
conteúdo se torna consciente. A estrutura simbólica e Ritual da Maçonaria
identifica numerosas heranças inconsciente coletivas, procedentes de diversas
e antigas tradições. Os arquétipos ou símbolos são uma linguagem metafórica.
O Ritual realiza uma transcendência, através da referência que se estabelece
do profano ao sagrado.

Se Freud demonstrou que mais poderoso do que o consciente é o inconsciente


individual ou pessoal, Jung comprovou que, entre o inconsciente individual e
o coletivo, quem domina mesmo é o inconsciente coletivo, uma somatória de
conteúdos que fazem parte da espécie humana e estão presentes em todo
indivíduo. ?
Além do inconsciente individual, descoberto por Freud e do inconsciente
coletivo, estudado por Jung, ainda há outro campo do inconsciente,
pesquisado por Szondi.
?

Léopold Szondi (1893-1986), médico geneticista, psicopatologista e


psicanalista húngaro, idealizou o conceito de inconsciente familiar. Suas
pesquisas foram influenciadas por Sigmund Freud e Ludwig Binswanger e
abordaram a hereditariedade e a teoria gênica. Szondi verificou a existência
de uma "camada" intermediária no inconsciente humano, entre o individual e
o coletivo, derivada de material genético transmitido familiarmente -
inconsciente familiar. Ele comprovou, após mais de trinta anos de estudos em
laboratórios de pesquisa genética, a transmissão, de pais para filhos, de
memórias emocionais derivadas de problemas fundamentais não resolvidos:
segundo Szondi, todas as pessoas são impelidas por conteúdos inconscientes,
resultantes de conflitos emocionais vividos por seus antepassados, (além dos
conteúdos do inconsciente individual e do inconsciente coletivo) e não
inteiramente resolvidos até o momento, razão pela qual foram transmitidos
para as gerações futuras. Assim, submetidas a pulsões ancestrais que atuam
inconscientemente, as pessoas "buscariam" determinados tipos de experiência
de vida para tentar resolver certos tipos de conflitos emocionais que seus
ancestrais não puderam ou não conseguiram resolver na própria vida.??

Szondi considerava que as pulsões ancestrais seriam fatores determinantes do


destino humano, na medida em que influenciariam as escolhas do indivíduo
em todos os níveis da sua existência, até de doenças e da própria morte.
Estabeleceu o termo tropismo para designar o direcionamento da conduta,
fazendo analogia com o reino vegetal, porém atribuindo-lhe novo significado,
no sentido de determinação inconsciente das escolhas.
?
Para que o indivíduo deseja fazer parte da Maçonaria? A resposta pode estar,
entre outras, no inconsciente familiar. O futuro maçom, orientado por seu
inconsciente familiar para essa escolha, terá um vasto campo de opções na
Maçonaria, para otimizar sua conduta e seu aperfeiçoamento pessoal -
canalizando as pulsões familiares ancestrais de uma forma positiva (há
tropismos positivos e negativos): estudando, praticando a filantropia,
mantendo-se no reto caminho, exercendo a fraternidade, etc..


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Como instituição iniciática, a Maçonaria adota para o ensino e estudo de sua
filosofia, a apresentação de símbolos e Rituais. Este método consiste na
interpretação intuitiva dos símbolos e Rituais, e é eminentemente auto-
didático. 

Ritual Maçônico é uma representação, uma demonstração alegórica, um teatro


ritualístico. Rituais (ou cerimônias) são fundamentais para o maçom. Dentre
eles, destacam-se: o Ritual de Iniciação: de profano a Aprendiz; Ritual de
Elevação: de Aprendiz a Companheiro; e o Ritual de Exaltação (Rito Escocês
Antigo e Aceito) de Companheiro a Mestre, que é a encenação da morte de
Hiram Abiff. Os Rituais são cerimônias de transformação interior - há uma
interconexão entre o consciente e o inconsciente.

³Iniciação´ é uma palavra oriunda do latim ³initiare´, ³início ou começo em´.?


O termo ³iniciação´ tem um sentido designado pelo uso comum da palavra: é
o ³início´ de alguma coisa. Mas a expressão ³Ritual Iniciático´ é usada em
dois contextos diferentes: em primeiro lugar, um Ritual Iniciático é a
cerimônia de aceitação de um indivíduo por determinado grupo. Nessa
primeira acepção, o Ritual Iniciático tem um caráter social, que demarca a
relação da pessoa com a coletividade ou com algum segmento da sociedade.
Portanto, quando o indivíduo entra para um determinado grupo, esse ingresso
é comemorado com um Ritual de Iniciação.

Em segundo lugar, a expressão ³Ritual Iniciático´, indica não uma mudança


de condição social, mas uma transformação interna: o que se modifica é o
próprio ser do iniciado e, conseqüentemente, sua consciência e percepção.
Trata-se de uma verdadeira transmutação, no sentido alquímico do termo. E,
ao contrário do primeiro tipo, não envolve uma cerimônia pública. É um
reconhecimento externo de uma mudança interior, que já se processou. Neste
segundo sentido, a Iniciação ocorre quando o neófito estabelece contato com
as forças arquetípicas e deixa seu campo de consciência ser transformado pela
exposição a essas forças, que se expressam por meio de manifestações
simbólicas, que cabem a ele decifrar. O cérebro, durante práticas de Rituais
(ou de meditação), passa a operar em ondas mais lentas. Durante o Ritual, o
indivíduo entra num estado alterado de consciência, com ondas cerebrais alfa
e teta, que lhe permitem acessar o inconsciente. Esse estado alterado de
consciência é alcançado pelo pensamento e a emoção, colocados na
dramatização. Quando acontece a emoção (intensidade e perfeição na atuação
de cada maçom), o cérebro não consegue perceber o que é ³realidade´ e o que
é ³teatro´, entendendo o Ritual como realidade no presente. E, cada maçom,
acessando seu inconsciente individual, estará conectado com o inconsciente
coletivo. ?

No Ritual de Iniciação, há uma transmutação, um renascimento interior,


proporcionando uma nova percepção de si mesmo e do mundo. O iniciado
passa por ³provas´, como acontece com cada indivíduo durante sua vida.
Por esse motivo, o símbolo maçônico da Iniciação é a morte ± morrer para a
vida profana e renascer para a Vida Maçônica. Morte e nascimento são dois
aspectos entrelaçados e inseparáveis de toda mudança.?

Os Rituais de Iniciação na Maçonaria englobam esses dois sentidos. O Ritual


se destina a legitimar o ingresso do indivíduo na Ordem, e
concomitantemente, seu interior está se desenvolvendo por meio de uma série
de evoluções graduais que vão ampliando seu consciente e inconsciente. A
Iniciação tem como especial e fundamental objetivo, dissolver e eliminar
aspectos negativos, que possam estar impedindo o crescimento pessoal:
medos, egoísmo, etc. O ato da Iniciação não pretende extirpar definitivamente
do homem seu ser profano e o mundo. A finalidade é fazê-lo conviver com o
profano e o conhecimento sagrado.

Os símbolos utilizados na cerimônia têm como finalidade, agregar as forças


arquetípicas para o iniciado. A promoção na hierarquia da Ordem ocorre,
quando sua consciência (do iniciado) atingiu um grau de desenvolvimento
satisfatório. Os Graus maçônicos são os degraus do conhecimento a serem
alcançado pelo iniciado.

Como todo?processo de metamorfose, não há retrocesso para o iniciado. Uma


vez maçom, sempre maçom. Transposto o portal que transmuta o indivíduo,
ele jamais será o mesmo. O iniciado morre para uma realidade e renasce para
outra dimensão de sabedoria. As conseqüências do Ritual são irreversíveis: o
milho que vira pipoca, jamais volta a ser milho. O iniciado fez o voto de
caminhar sempre adiante, portanto, não pode mais retroceder.

Nos Rituais, são interpretadas, dramatizadas e vivenciadas várias situações


arquetípicas - arquétipos primordiais, muito mais antigos que a própria
linguagem. Os Rituais, praticados em segredo são a imagem de processos
interiores, permitindo a elevação para o conhecimento, a sabedoria, de
maneira progressiva. Os ensinamentos da Ordem dão-se, preferencialmente,
através de três caminhos: Rituais, Devocionais e Contemplativos. Os Rituais
são o caminho da ação e são o principal método de ensinamento da Ordem.
No caminho da devoção, há o uso da meditação, obediência e amor fraterno ±
os aspectos devocionais acontecem por meio dos trabalhos filantrópicos. O
caminho contemplativo acontece com o estudo de símbolos e os valores que
esses símbolos representam.

Os Rituais estão carregados de alegorias e simbolismos que se impõem


desvendar e assimilar4 Os símbolos utilizados pela Maçonaria têm origens
diversas. Alguns autores dividem esses símbolos em dois tipos principais: os
que tiveram origem na Maçonaria Operativa e os que foram introduzidos a
partir de conhecimentos ocultistas, que se integraram à Maçonaria
Especulativa (Alquimia, Hermetismo, Astrologia, Numerologia, Cabala). Mas
todos os símbolos devem ser assimilados pelo maçom e interpretados de
acordo com sua inteligência, grau de evolução interior, sua maneira de ser e
sentir. Os símbolos são oriundos de diversas crenças, filosofias, antigos
mistérios, mas isso não implica que os maçons partilhem dessas crenças. As
mensagens contidas nos símbolos serão interpretadas, compreendidas e
interiorizadas, e passarão a fazer parte do ser e da experiência de cada maçom.
Ser maçom implica integrar o racional a uma entrega mística. Os Rituais e o
estudo da simbologia permitem que os maçons progridam no entendimento
racional e emocional, nos conceitos que a Maçonaria transmite. Com o
aprofundamento de seus estudos, o maçom encaminha-se para a verdadeira
³espiritualidade´ ± sem dogmas, livre de crenças religiosas. Na realidade, é
mais um princípio filosófico ³espiritualista´: considerar que no homem e no
Universo há ³algo mais´, seja do ponto de vista ³imanente´ ou
³transcendente´. Essa espiritualidade é um aspecto indissociável da condição
humana, e está muito mais além do que qualquer religião: espiritualidade é o
que coloca cada ser diante do absoluto, do infinito, do todo, da eternidade, de
seu ³Deus´, de si próprio. A espiritualidade maçônica é uma espiritualidade
livre, pois sugere um caminho individual para a relação com a Divindade, com
o Divino. A Ordem, respeitando as diferentes opções religiosas, não despoja o
indivíduo de seu entendimento espiritual. E, esse respeito é a base da
harmonia e da tolerância maçônica.
Como ensina Carl Sagan (maçom): ³é essa espiritualidade que nos permite
sentir de uma forma mais intensa e profunda a beleza de uma trilogia muito
famosa e que define bem os grandes valores da humanidade: Liberdade
Igualdade e Fraternidade. E quando chegamos a esta fase em que, enquanto
vamos construindo o nosso templo interior, e vamos estabelecendo fortes
laços de união com os nossos Irmãos, é que estaremos realmente aptos a
influenciar, positivamente, a evolução da humanidade e a defender todos os
seus grandes valores´.
.
! "8+ "(%'! "8+@ "?

O cérebro é a maior parte do encéfalo humano.?O cérebro humano requer 25%


do sangue que o coração bombeia, e é particularmente complexo e extenso.
Seu aspecto assemelha-se ao miolo de uma noz.

O cérebro humano como já visto, é triúnico, segundo MacLean. E, além de


triúnico, apresenta dois hemisférios. Quando visto de cima, um grande sulco
(fissura inter-hemisférica) separa o cérebro em duas metades: esquerda e
direita, unidas pelo corpo caloso (consistindo em feixe de nervos), os quais
trocam informações e se complementam, sendo que cada lado recebe e
aprimora determinados estímulos e ³opera´ a parte oposta do corpo.

O hemisfério esquerdo responde pelo raciocínio lógico, e capacidade verbal.


Hemisfério dominante em 98% dos humanos, é responsável pelo pensamento
lógico e competência comunicativa. Nos canhotos as funções estão invertidas.
Entende-se o hemisfério esquerdo como dominante, pois nele estão
localizadas duas áreas especializadas: a Área de Broca, o córtex responsável
pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke, o córtex responsável pela
compreensão verbal. A importância do hemisfério esquerdo, para a linguagem,
foi descoberta no último século. O hemisfério esquerdo controla o lado direito
do corpo.

O corpo caloso, localiza-se no fundo da fissura inter-hemisférica, ou fissura


sagital, é a estrutura responsável pela conexão entre os dois hemisférios
cerebrais. Essa estrutura, composta por fibras nervosas de cor branca (feixes
de axônios envolvidos em mielina), é responsável pela troca de informações
entre as diversas áreas do córtex cerebral. O cérebro é composto por cerca de
cem bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis
pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas
(neurônios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos
sangüíneos e órgãos secretores. Ele tem três componentes estruturais
principais: os grandes hemisférios cerebrais, em forma de abóbada (acima), o
cerebelo, menor e com formato meio esférico (mais abaixo à direita), e o
tronco cerebral (centro). Embora os hemisférios cerebrais tenham uma
estrutura simétrica, ambos com os dois lóbulos que emergem do tronco
cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções intelectuais são
desempenhadas por um único hemisfério.
O hemisfério direito responde pelos sentimentos, e capacidade intuitiva e
visual. Durante muito tempo, acreditou-se que o hemisfério direito era
totalmente supérfluo. Nos anos sessenta, a epilepsia, era tratada através do
corte do feixe nervoso (corpo caloso) que liga os dois hemisférios. O resultado
deste procedimento foram os ³doentes de cérebro dividido´ que possuíam dois
cérebros independentes Deste modo, era possível, por exemplo, mostrar
imagens a um hemisfério que o outro hemisfério não reconhecia. No início da
década de 1960, o Dr. Roger Sperry e sua equipe trabalhando em um grande
hospital americano realizaram várias experiências com pacientes epiléticos, os
quais tiveram as conexões entre os seus hemisférios cerebrais (direito e
esquerdo) desfeitas através de uma cirurgia como uma maneira de reduzir os
efeitos da epilepsia. Os estudos de Sperry confirmaram que os dois lados do
cérebro cumprem funções diferentes. O lado esquerdo (que controla o lado
direito do corpo) lida principalmente com a linguagem, a lógica e o tempo; e o
lado direito, principalmente, com emoção, imaginação, visão, intuição e
orientação espacial. Muitas outras experiências como essa vêm confirmando
essas descobertas, e em 1983, Roger Sperry ganhou o Prêmio Nobel de
Medicina pelo seu trabalho sobre dominância cerebral. Assim, foi descoberto
que o hemisfério esquerdo manifesta-se através do raciocínio e se ³expressa´
através da linguagem oral; lidera tarefas que estão relacionadas com a função
e com a lógica, e o hemisfério direito, com a forma e a unidade. O hemisfério
direito se ³expressa´ através da linguagem simbólica ± imagens, etc. O
hemisfério direito comanda as atividades motoras e sensoriais do lado
esquerdo do corpo. É responsável pelo pensamento simbólico e criatividade. É
provável que os ambidestros tenham componentes semelhantes nos dois
hemisférios. E, talvez, por isso, os canhotos forçados a escrever com a mão
direita fiquem gagos.

Hemisfério Esquerdo: verbal, analítico (resolve problemas passo a passo),


temporal, racional, lógico, linear (idéias concatenadas).

Hemisfério Direito: não verbal, sintético (unifica as partes para concluir),


abstrato (linguagem simbólica), analógico (semelhança entre as coisas ±
compreende as relações metafóricas), atemporal, não racional, intuitivo
(baseia-se em dados incompletos), holístico (entende o problema como um
todo). Para que a memória funcione adequadamente no processo de
informação, o ideal é a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o
uso de suas potencialidades.
A Maçonaria congrega vários Ritos, e como escola iniciática, através dos
Ritos e de seus respectivos Graus, transmite conhecimentos ancestrais,
aprimorando o indivíduo, permitindo que ele melhore a si mesmo, a seu
próximo, e a humanidade. O encadeamento dos Graus de conhecimento de um
método particular é definido como Rito ± porém, a Ordem é uma Unidade, é
Una, pois os maçons, de quaisquer Ritos, partilham os mesmos ideais,
observam os princípios fundamentais maçônicos, e há a incorporação de
metáforas, dramatizações, alegorias e símbolos como estrutura básica para o
estudo individual de cada maçom. O cerimonial de cada Rito Maçônico é o
seu Ritual. Os Ritos apresentam diferenças em seus Rituais, devido a
interpretações variadas de textos históricos, influências sociais, religiosas, etc.
Porém, todos os Ritos são concordes em relação à doutrina, filosofia e
simbologia. Essa variedade de Ritos só fortalece a Ordem, pois demonstra
diversidade espiritual, cultural e intelectual no exercício da liberdade do
pensamento. Diversos caminhos levam, coerentemente, a um mesmo ponto de
convergência, que é o ideal maçônico. ³E Pluribus Unum´ ±³A Unidade na
Diversidade´.

Cada Rito, de acordo com suas características e peculiaridades, pode ser


identificado como esquerdo ou direito, como as duas partes desse cérebro que
é a Maçonaria. O corpo caloso, isto é, o corpo de maçons funciona como
ligação entre esses dois hemisférios, transitando pelos variados Ritos. Há
diferentes Rituais, praticados pelos diferentes Ritos maçônicos.? Em cada
Grande Loja podem ser praticados um ou mais Ritos.

Não há um Rito ³melhor´ que outro, assim como não há um hemisfério


cerebral ³melhor´ que o outro ± existe a adequação para cada maçom, num
determinado momento de sua vida de um determinado Rito. Há muitos Ritos
Maçônicos praticados em todo o mundo. No Brasil, são praticados seis Ritos,
alguns deles reconhecidos e praticados internacionalmente. São eles : o Rito
de Schröder ou Alemão (pouco praticado no Brasil), o Rito Francês ou
Moderno, o Rito de York (Emulation Rite - o mais praticado no mundo), o
Rito Adonhiramita, o Rito Brasileiro e o Rito Escocês Antigo e Aceito (o mais
praticado no Brasil).

Por suas características, o Rito Francês ou Moderno, o Rito de Schröder, e o


Rito de York (³Emulation Rite´) são exemplos de Ritos mais compatíveis com
o hemisfério esquerdo. O Rito Francês ou Moderno não preconiza invocações,
preces, nem um padrão ³religioso´ - na Iniciação, o candidato não presta
juramento, mas sim, um compromisso de honra. O Rito de Schröder, com o
fundamento que a Maçonaria deveria apenas conservar suas características
fundamentais iniciais, expurgou a parte mística - é um Rito muito simples, e
trabalha nos três Graus simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre.
Schröder entendia que a Maçonaria não era uma sociedade esotérica. Por isso,
enfatizou no seu Ritual o ensinamento de valores morais e a propagação do
espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal, estimulando o
autoconhecimento. Preserva a importância dos símbolos.??
O Rito de York (³Emulation Rite´) também não possui Altos Graus; é
constituído pelos três Graus simbólicos. Sobrepondo-se ao Grau de Mestre,
sem ser um novo Grau propriamente dito, existe o chamado ³Real Arco´.?

Mais compatíveis com o hemisfério direito são exemplos o Rito Escocês


Antigo e Aceito, o Rito Adonhiramita e o Rito de Misräin ou Egípcio. Esses
Ritos são formados também por Altos Graus ou Graus Filosóficos (além dos
três Graus Simbólicos), ensejando o estudo esotérico e/ou místico.

O Rito Escocês Antigo e Aceito, R.E.A.A., foi o primeiro Rito maçônico a


possuir Altos Graus. É um Rito derivado do Rito de Heredon e é composto por
três Graus simbólicos e trinta Graus Filosóficos, que são os Graus Elevados.
Os Graus Elevados ou Filosóficos, são geridos por vários Supremos
Conselhos, que têm como objetivo manter a uniformidade mundial dos Rituais
e dos métodos utilizados. No Rito Escocês Antigo e Aceito cada Iniciação
evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou de alguma instituição
da Antigüidade: doutrinas judaicas, conhecimentos egípcios, ensinamentos
baseados no cristianismo e representados sobretudo pelos Rosa-Cruzes, etc..

Rito Adonhiramita - Esse Rito teve origem na crença dos franceses de que o
principal arquiteto do Templo de Salomão tenha sido Adonhiram e não Hiram
Abiff. Depois de uma época de grande difusão, acabou desaparecendo. Porém,
no Brasil (onde foi o primeiro Rito praticado), ele permaneceu, fazendo com
que o país seja hoje o centro do Rito, que teve seus Graus aumentados de treze
para trinta e três. Atualmente, só é praticado no Brasil. O Rito Adonhiramita é
deísta. As práticas Ritualísticas do Rito Adonhiramita são das mais belas,
entre as dos diversos Ritos, segundo autores maçônicos. O Rito Adonhiramita
é o mais complexo e o de maior riqueza Ritualística, não só nas cerimônias de
Iniciação, Elevação e Exaltação, mas até nas sessões mais simples.

Rito de Misräin ou Egípcio ± Provavelmente, surgiu na Itália em 1813 e foi


levado para a França por Marc, Michel e Joseph Bédarride. O Rito possui
noventa Graus divididos em quatro séries: a Primeira Série chamada de
Simbólica vai do Grau 1 até o 33, a Segunda Série chamada de Filosófica vai
do Grau 34 até o Grau 66, a Terceira Série chamada de Mística vai do Grau 67
até o Grau 77 e a Quarta Série chamada de Cabalística vai do Grau 78 até o
Grau 90. A Lenda do Rito de Misräin não está centralizada em Hiram Abiff,
mas em Lamec, e a passagem não está em Reis e sim em Gênesis4?

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No ano de 2001, entramos no Terceiro Milênio: satélites, viagens
interplanetárias, novas psicotecnologias (entre as quais a PNL), mapeamento
do genoma humano, internet, cibernética, globalização - a espécie humana
enfrenta novos desafios, pois os antigos paradigmas são insustentáveis. A
Terra é um frágil Planeta de água, não é plana, não é fixa, e não é o centro do
Universo em torno da qual giram todos os corpos celestes. Hoje se sabe que o
Sol não é o centro do Universo, mas sim uma estrela entre milhões de outras.
Os homens são mais uma espécie animal entre tantas outras. Em síntese: o
homem não é o centro de tudo.
A humanidade descobriu a interdependência: todos os países, cidades, bairros,
seres viventes, estão ligados quânticamente, envolvidos uns com os outros nos
campos da economia, política, ecologia... A palavra ³ecologia´ e seu conceito
foram proclamados em 1866, pelo biólogo alemão Ernst Haeckel (discípulo de
Darwin).
Numa definição da AME ± Fundação Mundial de Ecologia, criada em 1976:
³Ecologia é um nível superior de pensamento, onde tudo está relacionado com
tudo, inclusive com as soluções. Como ciência do inter-relacionamento
homem/natureza, ela não pode ser vista apenas como o estudo do meio físico,
pois de suas pesquisas e análises, depende a compreensão da harmonia entre o
homem e o ambiente´.
O Planeta Terra é nosso lar, lugar que compartilhamos com todos os seres
vivos, e mais do que nunca, os conceitos de homem ecológico e homem
planetário se impõem. O homem ecológico é aquele que, se sente parte e não
gestor do seu habitat ± que o compartilha com outras espécies animais,
vegetais e minerais. O cidadão planetário é aquele não dividido, unido ao
Universo.
O principal desafio da humanidade é preservar a vida, e as condições de vida
sustentável no Planeta. Mais da metade dos animais e plantas que existiam, já
foram extintos; dois terços de todas as espécies de aves estão ameaçados de
extinção: todos os dias desaparecem cinqüenta espécies de plantas e dez
espécies de animais; todos os dias são desmatadas vastas extensões de
florestas tropicais; todos os dias são despejados esgotos, sem tratamento, nas
águas de rios e mares.
Atitudes devem ser repensadas e, urge mudar. Essa mudança,
necessariamente, começa pela transformação pessoal. O impulso evolutivo
induz cada ser individualmente, a buscar crescer, melhorar, aperfeiçoar-se.
Toda sociedade é o reflexo do cidadão. Só o indivíduo pode gerar uma ampla
modificação coletiva - preceito fundamental da Maçonaria. O microcosmo
projeta o macrocosmo.
Hábitos perniciosos do dia a dia devem ser alterados, porque a humanidade já
experienciou a falência do atual modelo de vida coletivo.
Instituir ações como: reciclar o lixo inorgânico, compostar lixo orgânico (fazer
adubo), tratar esgotos, utilizar energia solar e eólica, biogás, optar pelo
vegetarianismo (a pecuária requer enormes quantidades de água), economizar
água, energia, são atitudes básicas de sobrevivência.
A vida deverá ser privilegiada, e o modelo biocêntrico posto em prática ± a
vida no centro: organização do mundo em função da vida. A Natureza é um
sistema vivo e, é a vida que orienta sua construção e permanência.
Alternativas viáveis de coexistência no Planeta devem ser buscadas, com o
reaprendizado de concepções holísticas e integradas da vida. O homem
planetário pertence a um amplo e novo paradigma: cidades, estados, países
sem fronteiras mentais, políticas ou religiosas. Atitudes sociais com a
finalidade precípua de salvar e conservar o Planeta, e a descoberta da conexão
com outros seres humanos ± amor e fraternidade. Uma consciência planetária
desponta.
Cada vez mais são criados e articulados grupos, movimentos, redes,
privilegiando objetivos coletivos. Esses indivíduos cooperativos, através
desses grupos, ajudam a criar coerência no caminho de uma transformação
mais ampla ± há grupos voltados à ecologia, a favor da paz e dos direitos
humanos, de combate à fome mundial, contra usinas nucleares, etc..
As sociedades iniciáticas fazem parte desse movimento, pois são organizações
com a finalidade de auxiliar e impulsionar o homem em sua evolução. Agem
no terreno social, político, sendo responsáveis por grandes transformações. E,
entre as sociedades iniciáticas, a Maçonaria conquistou uma posição de
destaque. Sua determinação é a de combater o ³mal´, a ignorância, a inércia, a
passividade, as superstições, e as ações de seres que se opõem à evolução
humana.
A Maçonaria, com seus conceitos de aperfeiçoamento individual, visão
libertária, desenvolvimento e progresso da humanidade, impulsiona o maçom
a uma multiplicidade de papéis. O mundo novo é o antigo, transformado. Os
ideais da Maçonaria nunca foram tão modernos e necessários ± Liberdade,
Igualdade e Fraternidade: o maçom é livre para escolher seu caminho de
aperfeiçoamento pessoal; considera todos seus iguais; entende a fraternidade
como pressuposto básico do amor ágape. O maçom ressurge com o papel
transformador de homem ecológico e planetário: nessa sociedade tecnológica,
abraçando as conquistas da ciência - e conservando as tradições morais,
intelectuais, filosóficas, culturais, ritualísticas, alcançando as mentes e os
corações.
A Maçonaria é uma entidade iniciática, filosófica, educativa e filantrópica. O
trabalho maçônico tem como objetivo tornar o mundo ³melhor´, estimulando
o crescimento do maçom, com o seu desenvolvimento espiritual e sua
elevação ética e moral. O maçom, para tornar o mundo ³melhor´, deve
aperfeiçoar-se, tornando-se livremente responsável. Crescendo e
aperfeiçoando-se, transforma a comunidade que o rodeia e na qual está
inserido, pois com o aprendizado maçônico sutilizam-se seus conceitos
intelectuais, culturais, morais, espirituais e sua forma de interagir com outros
maçons e profanos. Um processo que se apresenta individual, torna-se um
processo transformador da sociedade, impulsionando os maçons como
construtores do presente e gestores do futuro. O maçom pode influenciar
positivamente, a vida de sua família, de seus amigos, de seus vizinhos, de sua
cidade, de seu estado, de seu país, do Planeta. Ser o propagador da justiça, da
caridade, da liberdade, dos direitos e deveres do exercício da cidadania. A
nova sociedade planetária exige a atuação madura do indivíduo, não só na
exigência de seus direitos, mas também na consciência do cumprimento de
seus deveres.
O Dr. Márcio Bontempo, médico e sociólogo, propõe uma interessante
³Declaração Universal dos Deveres do Homem (a ³Declaração dos Direitos do
Homem´ foi redigida em nome da ONU ± Organização das Nações Unidas,
em 1948, em Paris, França), cujos itens, curiosamente, já são ³conhecidos´ e
exercidos pelos membros da Maçonaria há muito tempo, constando da
doutrina e filosofia dessa Instituição:
1- Todo homem tem o dever de zelar pela Vida. A Vida é um bem comum de
toda a humanidade, e como tal, deve ser respeitada em todas as suas
possibilidades;
2- O meio ambiente é a casa de todos. Todo homem tem o dever de lutar
contra sua destruição e de evitar sua degradação, em todas as suas
possibilidades;
3- A saúde é o bem mais precioso do homem. É dever de todos se oporem às
ações, que ponham em risco a saúde individual, coletiva ou das futuras
gerações;
4- É dever de todo homem comportar-se em harmonia com as leis que regem a
Vida, evitando atos que possam produzir danos ao próximo ou ao meio
ambiente;
5- É dever de todo homem não participar e opor-se à guerra, agindo sempre a
favor da paz e da fraternidade humana, em todas as suas possibilidades;
6- É dever de todo homem proteger as crianças, os fracos e os seres menos
favorecidos, segundo as condições e as possibilidades individuais;
7- É dever de todo homem cultivar os valores humanistas e universais,
opondo-se a toda forma de manipulação e controle do homem ou da
sociedade;
8- É dever de todo homem não impor suas idéias a outrem e respeitar outras
idéias, ideais, religiões, filosofias e formas de pensar diferentes das suas,
favorecendo assim a concórdia universal;
9- É dever de todo homem proteger e respeitar nossos irmãos menores, os
animais, evitando-lhes qualquer tipo de sofrimento, e garantindo-lhes a
liberdade e a vida, em todas as suas possibilidades;
10- Todo homem tem o dever de opor-se a qualquer tipo de discriminação,
seja racial, religiosa, social, política, etc. e de posicionar-se a favor da
concórdia, da paz e da unidade humana;
11- É dever de todo homem amar e respeitar este Planeta, atuando sempre no
sentido construtivo e de continuidade da existência dos seres, dos povos e da
evolução;
12- Todo homem tem o dever precípuo de cultivar a benevolência, o amor ao
próximo, a humildade e o espírito de fraternidade.

A Ordem deve desempenhar seu papel como parte ativa e atuante dessa nova
sociedade humana, de variadas formas: desenvolvendo seus membros nos
aspectos esotéricos, espiritualistas, morais, orientando o crescimento pessoal,
continuando a respeitar individualmente cada maçom, aceitando suas crenças,
ensejando assim, cidadãos livres, livres pensadores, na busca e investigação da
Verdade; reconhecendo e compreendendo com consciência sua importante
atuação social e política, conforme demonstram experiências do passado;
estimulando a prática da filantropia e caridade, através de ações
educativas: cursos, orientação profissional, criação de escolas e assistência a
comunidades carentes, contribuindo para a formação dos arquitetos desse
novo tempo. Os maçons já possuem as ferramentas básicas para a ação: uma
Instituição eclética e universalista que abriga os mais variados exemplos do
pensamento humano e uma diversidade de homens "livres e de bons
costumes". Essas condições fazem do maçom um homem já ³pronto´, para
enfrentar ativa e eficazmente os futuros desafios pessoais e sociais. O papel do
maçom não está restrito ao trabalho dentro das Lojas: mais do que nunca, ele é
necessário também fora delas, como obreiro da paz, construtor das bases de
uma nova sociedade.
O ideário maçônico pode conduzir às soluções dos novos desafios: a
Liberdade envolverá conceitos não só políticos ou ideológicos, mas
ecológicos, sociais, culturais, intelectuais, espirituais. As Liberdades externa e
interna devem ser buscadas constantemente, para que haja o desenvolvimento
e aperfeiçoamento espirituais, e dessa forma um crescimento da vida interior e
externa do homem. No plano político e ideológico,
a expressão desta Liberdade interior será a democracia globalizada dessa Nova
Era. Em um texto de 1940, sobre a Liberdade, Einstein definiu pontos centrais
para a transição da atual sociedade humana em direção à civilização próspera
e luminosa do futuro: ³o novo ser humano precisa ter uma liberdade interior,
uma profunda liberdade de pensamento. O ser humano não pode ser forçado a
aceitar dogmas religiosos, filosóficos ou políticos. Deve aprender a ver as
coisas por si mesmo, sem correr o risco de ser perseguido ou marginalizado
por isso. Esta liberdade de espírito consiste na independência de pensamento
em relação às restrições provocadas por preconceitos sociais e autoritários,
mas também em relação às rotinas e aos hábitos em geral´.
A Igualdade conduzirá à consciência universal, através da consciência
individual ± e essa consciência universal é inimiga de qualquer tipo de
violência e/ou constrangimento. Independentemente das barreiras nacionais e
culturais, crescem as relações diretas entre as pessoas e grupos de pessoas.
A Fraternidade Maçônica será expandida para um núcleo de Fraternidade
Universal, independente de credo, raça, classe social ou ideologia. O mesmo
princípio que define a Fraternidade Maçônica definirá a Fraternidade
Universal: servir a outros indivíduos de um modo livre, criativo e
independente, pelo prazer do trabalho, pelo prazer de ver os resultados
positivos deste trabalho para a comunidade. Ajudar a construir uma sociedade
de seres humanos independentes, livres e felizes, será a meta de cada
indivíduo, inspirado pelo ideário maçônico. Compreender que o grande
objetivo da Vida é a ³elevação´ da consciência de cada ser humano, até
fundir-se com a consciência divina universal, conforme sua crença individual.
Segundo a lenda bíblica de Adão e Eva e seus filhos Caim, Abel, Set e mais
outros filhos e filhas, entende-se essa metáfora em relação a nosso cérebro:
antes do ³pecado´, do assassinato no ³Éden´ o cérebro humano era uno, não
tri-partido. O ser humano, em outras épocas, utilizou amplamente o poder de
seu cérebro inteiro, extremamente capacitado (Atlântida? Lemúria? Os
³deuses´ da Suméria? Os anunnakis, de Zecharia Sitchin?). Porém, essa
utilização revelou motivos ignóbeis, egoístas, conduzindo a uma ruptura com
a Natureza, tendo a espécie humana que ³recomeçar´ seu aprendizado ±
inicialmente com um Cérebro Reptiliado, depois com mais um, o Límbico, até
a fase atual ± completado com o Neocortical. Depois que Caim ³matou´ Abel,
a humanidade teve que, evolutivamente, reaprender conceitos morais, éticos,
como compaixão, honestidade, lealdade, fraternidade, amor, já que descende
do assassino Caim. Mas descende também de Set, podendo assim ³escolher´
entre duas tendências atávicas opostas, em luta em seu interior.
Talvez, essa sociedade do presente/futuro resgate o Cérebro Inteiro, Uno, não
fragmentado, dessa vez para a verdadeira redenção e felicidade da
Humanidade. Talvez, mais adiante, outros Noés com outros Jafets, Sems e
Cams possam transmitir tradições, tecnologias, ensinamentos morais e
espirituais, à sua descendência ± que serão todos os homens e mulheres do
Planeta Terra.
As civilizações passam, mas a ideologia maçônica continuará.

3  B
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Martha Follain
Setembro/2008.

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³Quando ouvimos os sinos, ouvimos aquilo que já trazemos em nós mesmos,


como modelo. Sou da opinião que não se deverá desprezar aquele que olhar
atentamente para as manchas da parede, para os carvões sobre a grelha, para
as nuvens, ou para a correnteza da água, descobrindo, assim, coisas
maravilhosas. O gênio do pintor há de se apossar de todas essas coisas para
criar composições diversas: lutas de homens e de animais, paisagens,
monstros, demônios e outras coisas fantásticas. Tudo, enfim, servirá para
engrandecer o artista.´ Leonardo Da Vinci.

Leonardo da Vinci, artista renascentista, possuía um talento diversificado, que


tornou-o capaz de pesquisar e realizar trabalhos em vários campos do
conhecimento humano: foi pintor, escultor, anatomista, engenheiro,
matemático, músico, naturalista, arquiteto, engenheiro, urbanista, aerologista,
botânico e inventor. Segundo historiadores, era um belo homem, tinha uma
voz esplêndida. Com sua mente investigativa, questionava o mundo que o
circundava, raramente terminava uma pintura, e freqüentemente,
experimentava novas técnicas. Era um visionário para sua época, pois
idealizou o tanque de guerra, helicóptero, pára-quedas, e descobriu que o
homem não poderia voar como os pássaros, ³batendo asas´. Foi o reintrodutor
da fábula na Itália - suas fábulas e lendas relacionavam-se com as de Esopo e
as dos ³bestiários´ medievais - com raras exceções, eram quase todas
inventadas por ele mesmo e continham um desfecho moral. Italiano, nasceu
em 15 de abril de 1452 (data em que se comemora o ³Dia Mundial do
Desenhista´), filho ilegítimo do tabelião e advogado, Piero com a jovem
Catarina. Há dúvidas sobre a cidade de seu nascimento ± talvez Anchiano,
uma localidade de Vinci. Para outros historiadores, foi o próprio lugar de
Vinci, situado na margem direita do rio Arno, perto dos montes Albanos, entre
Florença e Pisa, na região da Toscana.

Aos dezesseis anos já desenhava e pintava, e foi para Florença (naquela época,
cidade de grande prestígio) para trabalhar no ateliê de Andrea del Verrocchio
(importante artista da época). De cabelos louros, olhos azuis, nariz aquilino,
de uma incomparável beleza física, Leonardo teria sido o modelo para o Davi,
de Verrocchio. Pelo que tudo indica, Verrocchio exerceu sobre Leonardo
intensa influência, embora pequena no campo artístico, bastante acentuada no
universo intelectual. Aos trinta anos, segue para Milão, onde viveu uma época
e trabalhou para a corte de Ludovico Sforza. Em Milão, como urbanista, fez
um projeto completo para a cidade, eliminando muros, alinhando ruas,
prevendo esgotos, vias de dois pavimentos em que os pedestres andariam por
cima, deixando a pista embaixo livre para veículos. As casas seriam amplas e
ventiladas, e haveria enormes praças e jardins públicos.

Da Vinci possuía um especial amor pelos animais. O historiador Edward


MacCurdy, citado no livro ³Jaulas Vazias´ de Tom Reagan, afirma: "a mera
idéia de permitir o sofrimento desnecessário e, mais ainda, de matar, era
abominável para ele". Segundo os relatos verificados por Regan, Leonardo
adotou uma dieta vegetariana na infância, por razões éticas.
"Rei dos animais - é como o humano descreve a si mesmo - eu te chamaria
Rei das Bestas, sendo tu a maior de todas - porque as ajudas só para que elas
te dêem seus filhos, para o bem da tua goela, a qual transformaste num túmulo
para todos os animais´. ± Leonardo Da Vinci.
Leonardo, segundo alguns historiadores, teria sido maçom.

Da Vinci foi um grande pintor. Ele dominou, com sabedoria, o jogo de luz e
sombra ± suas pinturas partem da ³realidade´, mas estimulam a imaginação do
observador. Entre suas principais obras, encontramos ³A Última Ceia´, ³A
Gioconda´, ³Auto-Retrato´, etc. Na obra de arte ³A Última Ceia´ ou ³O
Cenáculo´ (que foi uma criação de três anos de trabalho, de 1495 a 1497),
Leonardo coloca na tela o momento em que Jesus Cristo anuncia haver um
traidor entre os presentes. A ³Última Ceia´ é uma pintura de Leonardo da
Vinci para seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa a cena da
última ceia de Jesus com os apóstolos, antes de ser preso e crucificado como
descreve a Bíblia. Ao contrário de muitas outras pinturas, nunca foi possuída
particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem. Foi
executada numa parede do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão,
com mais de nove metros de comprimento e quatro metros e vinte centímetros
de altura. Essa criação está em Milão, no Louvre, em Windsor, e na Academia
de Veneza e na Albertina de Viena. Até 1506, realizou trabalhos
principalmente em Florença e tudo indica que nesta época tenha pintado sua
obra mais famosa: a bela e enigmática ³La Gioconda´ ± ou ³Mona Lisa´
(Museu do Louvre, Paris, França). Há teorias que a ³Mona Lisa´ seja um auto-
retrato, mas com feições femininas, explicando assim o sorriso ambíguo. No
entanto, a idéia mais aceita é que o retrato ilustra a esposa do comprador,
Francesco Bartolomeo del Giocondo - daí o nome ³La Gioconda´. Leonardo
não punha nomes nos seus quadros. O nome ³Mona Lisa´ foi dado à pintura
por Giorgio Vasari, quase três décadas após a morte do pintor.? Entre 1506 e
1516, viveu entre Milão e Roma. Em 1516, foi convidado pelo rei Francisco I,
da França, para trabalhar. Francisco I, começou a coleção do Museu do
Louvre, e comprou vários quadros italianos, inclusive a ³Mona Lisa´.
Trabalhou para o rei Francisco I, e morreu na França, em Cloux, em 02 de
maio de 1519.

O Homem Vitruviano (1492), desenho de Leonardo, das proporções da forma


humana, baseia-se em uma célebre passagem do arquiteto romano Vitruvius,
em que ele expõe a figura humana deitada de barriga para cima, com braços,
mãos e pernas abertas, colocada em um círculo e um quadrado (formas
geométricas consideradas perfeitas), tendo o umbigo como centro do círculo.
A cabeça é avaliada como sendo 1/10 da altura total. O ³Homem Vitruviano´
de Da Vinci, é baseado no terceiro volume da obra de Vitruvius, onde ele
descreve as proporções do corpo humano. A descoberta do ³Tratado de
Vitruvius´, em 1420, influenciou fortemente os artistas do Renascimento, que
retomavam o ideal antigo da proporção e equilíbrio das formas.

O desenho de Da Vinci foi inspirado na obra do arquiteto Marcus Vitruvius


Pollio (70 a.C. ± 25 a.C.), ³De Archictetura´, aproximadamente em 40 a.C.
(descoberta na Abadia de Monte Cassino, em 1420), que explica a relação
entre simetria e perfeição. Marcus Vitruvius Pollio, foi um arquiteto,
agrimensor, pesquisador e engenheiro romano que viveu no século I a.C. e
deixou como legado sua obra em dez volumes, que constitui o único tratado
europeu do período grego-romano que chegou aos nossos dias e serviu de
fonte de inspiração a diversos textos sobre construções hidráulicas,
hidrológicas e arquitetônicas, desde o Renascimento. Dedicou sua obra ao
Imperador Augustus. Seus padrões de proporção e seus princípios de
arquitetura: ³utilitas, venustas e firmitas´ (utilidade, beleza e solidez),
inauguraram a base da Arquitetura Clássica. Sua obra foi traduzida para
diversos idiomas, e foi considerada fundamental para a Arquitetura Clássica,
até o século XIX. Para Vitruvius, as partes de uma construção deveriam
guardar uma relação harmônica, similar às existentes nas proporções do corpo
humano. O arquiteto era um estudioso da Arquitetura Grega, e seu tratado
conservou a tradição clássica no traçado de edifícios públicos, e o que
escreveu tinha uma inteligente avaliação humanista. Para ele, tudo o que o
homem construía, deveria ter como escala o corpo humano, e como valores de
referência as proporções humanas, e assim, Vitruvius preocupou-se também
com o estudo das medidas humanas, e relacionou-as com a Arquitetura.

O desenho de Da Vinci é um pentagrama humano, com um corpo masculino


desnudo dentro de um círculo ± o umbigo do homem corresponde ao centro do
círculo. Além do círculo, a figura também está contida exatamente dentro de
um quadrado. O corpo está separado e simultaneamente em duas posições
sobrepostas, com os braços inscritos num círculo e num quadrado. A cabeça é
calculada como sendo um oitavo da altura total. O desenho e o texto também
são conhecidos como ³Cânones das Proporções´. O maior desafio era colocar
a figura do homem dentro das formas geométricas. Vitruvius cometeu o erro
de colocar o círculo e o quadrado com o centro no mesmo lugar, o que
resultava num desenho do homem com proporções grotescas. Leonardo
encontrou uma solução brilhante, apoiando as duas formas sobre a mesma
base ± depois desenhou o homem seguindo as proporções estabelecidas.
Segundo Vitruvius, a construção de um Templo deveria se basear nas
proporções do homem, consideradas ³divinas´. O redescobrimento das
proporções matemáticas do corpo humano, no século XV, por Leonardo e
outros é considerado uma das grandes realizações que conduzem ao
Renascimento italiano. O desenho também é considerado como um símbolo
da simetria básica do corpo humano e, por extensão, para o Universo. A área
total do círculo é a mesma do quadrado.

O desenho de Leonardo representa, o homem como uma Estrela de Cinco


Pontas. Desde a Antigüidade, a Estrela de Cinco Pontas simboliza os corpos
celestes menores que o Sol e a Lua. Ela é o símbolo do homem, microcosmo,
e do Universo, macrocosmo.
A Estrela de Cinco Pontas, com a ponta para cima, representa o homem em
sua espiritualidade, pois, nela se inscreve uma figura humana, com a cabeça
ocupando a ponta superior e os membros superiores e inferiores ocupando as
demais pontas. Ela também pode representar o planeta Vênus.
O homem deve buscar as suas próprias ³medidas´ para encontrar na sua
³construção´, o Universo.

Proporções humanas, de Vitruvius (na época, desenhar o homem perfeito, era


um grande desafio):

Face, do queixo ao topo da testa - 1/10 da altura do corpo;


Palma da mão, do pulso ao topo do dedo médio - 1/10 da altura do corpo;
Cabeça, do queixo ao topo - 1/8 da altura do corpo;
Base do pescoço às raízes do cabelo - 1/6 da altura do corpo;
Meio do peito ao topo da cabeça - 1/4 da altura do corpo;
Pé - 1/6 da altura do corpo;
Largura do peito - 1/4 da altura do corpo;
Largura da palma da mão - quatro dedos;
Largura dos braços abertos - altura do corpo;
Umbigo - centro exato do corpo;
Base do queixo à base das narinas - 1/3 da face;
Nariz, da base às sobrancelhas - 1/3 da face;
Orelha - 1/3 da face;
Testa - 1/3 da face.
O Homem Vitruviano, é arte em harmonia e proporção geométrica ideal, e
simboliza o Infinito (o círculo) equilibrado sobre os quatro elementos da
natureza: fogo, terra, ar e água (o quadrado), tendo o ser humano como
medida.

Há mais de oitenta manuscritos sobre o ³Da Arquitetura´, porém, poucos


apresentam as ilustrações originais executadas pelo próprio Vitrúvio. Durante
a Idade Média, Vitruvius ficou um pouco esquecido, pois os arquitetos não
possuíam formação acadêmica, sendo a arquitetura considerada mais como
artesanato, que deveria ser aprendida na prática. A mais importante influência
deixada por Vitrúvio para a Idade Média é o estudo e descrição da
Arquitetura.

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Uma vez perguntaram a Buda como ele fez para andar dois mil quilômetros.
Ele respondeu que bastou dar o primeiro passo, os outros vieram a seguir, um
depois do outro...

A hipnose moderna, ou hipnose ericksoniana, foi criada pelo Dr. Milton


Erickson, famoso psiquiatra norte-americano (1901-1980), considerado o avô
da Programação Neurolingüística, criada por John Grinder e Richard
Bandler.Grinder e Bandler procuraram a essência da mudança nos melhores
mestres que puderam encontrar. Por sua habilidade e crescente reputação,
rapidamente conseguiram ser apresentados a alguns dos maiores exemplos de
excelência humana do mundo, incluindo o Dr. Milton H. Erickson, M.D.,
fundador da ³Sociedade Americana de Hipnose Clínica´, e amplamente
reconhecido como o mais notável médico hipnoterapeuta do mundo.
Na década de 70, o Dr. Erickson já era muito conhecido entre os profissionais
da medicina e era até assunto de vários livros, mas poucos alunos seus
conseguiam reproduzir seu trabalho ou repetir seus resultados. Dr. Erickson
freqüentemente era chamado de ³curandeiro ferido´, visto que muitos colegas
seus achavam que seus sofrimentos pessoais eram responsáveis por ele ter se
tornado um terapeuta habilidoso e famoso mundialmente.
A hipnose é um estado de atenção focalizada (em alguma coisa) da mente
consciente e que produz uma dissociação da mente inconsciente. A hipnose
acontece pela interação das duas partes.
Segundo Erickson, mente consciente ³é a parte que permite ter crítica. Ter a
habilidade de analisar, fazer julgamentos. É a parte racional. É a parte limitada
da mente.´. Mente inconsciente ³é o reservatório de todas as experiências
adquiridas. Experiências pessoais, aprendizados, as funções automáticas, etc..
É uma mente sábia, não rígida nem analítica e tão pouco limitada. É capaz de
interpretações simbólicas e tem tendência a uma visão global. Carrega os
recursos para as mudanças.´
Através da hipnose, é possível dissociar estas duas partes, para acessar os
recursos sábios do inconsciente, reintegrando-as a seguir.
Erickson ensinou, que sugestibilidade é uma abertura para aceitar novas
idéias, novas informações. À medida que esta informação vai sendo adquirida,
ela pode alterar a experiência da pessoa ± e, este processo é feito através da
mente inconsciente.
O modelo da hipnose moderna, naturalista, tem maior eficácia quanto a
sugestibilidade e à suscetibilidade hipnótica ± isto é, o grau em que uma
pessoa é hipnotizável:
Critérios de Hipersman:
-? Transe leve ± habilidade para sugestões pós-hipnóticas simples;
-? Transe médio ± a sugestibilidade é maior no transe médio;
-? Transe profundo ± habilidade para manter o transe com os olhos abertos;
-? Transe pleno ou estuporoso ± marcado por respostas orgânicas lentas e
quase completa inibição da atividade espontânea.

Sinais Típicos de Transe ± ³Hipnose Centrada na Solução de Problemas´ ±


William H. Hanlon e Michael Martin ± Editora Psy:
Podem acontecer um ou mais sinais:
- Paralisação dos músculos faciais;
-? Mudança da tonalidade da pele;
-? Imobilidade;
-? Diminuição dos movimentos de orientação;
-? Catalepsia (enrijecimento) de um dos membros do corpo;
-? Mudança na deglutição e no piscar dos olhos;
-? Alteração da pulsação e da respiração;
-? Comportamento motor autônomo (espasmos musculares);
-? Olhar longínquo;
-? Olhar fixo;
-? Mudança no tom de voz;
-? Demora para reagir a um estímulo;
-? Perseverança na reação;
-? Literalismo;
-? Dissociação;
-? Relaxamento dos músculos.

O método de hipnose criado por Erickson, consiste em fazer um tipo exclusivo


de transe para cada cliente. É baseado, numa linguagem de fácil acesso a cada
um, a linguagem dele mesmo, através de sugestões indiretas.
Ele fazia um tipo de sinergismo, ou princípio de semelhança, como na
homeopatia. Ele aceitava e utilizava a situação em que se encontrava o
indivíduo. Assim, o cliente conduzia sua própria cura.
As mudanças ocorridas serão mérito do indivíduo e não do terapeuta.
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Um dos temores mais comum é que o terapeuta mantenha o cliente sob seu
poder, transformando-o em autômato.
Nada pode estar mais distante da verdade. Não se entra num transe a não ser
que se queira, o que faz de toda hipnose uma auto-hipnose. O terapeuta é tão
somente um instrutor, um profissional que sabe provocar o transe hipnótico.
De uma maneira geral, ninguém pode ser forçado a fazer sob transe hipnótico
algo que não faria em condições de vigília. Muitas pessoas pensam que a
hipnose é perda de consciência e que não se lembrarão do que aconteceu
quando estavam em transe. Mais uma vez, estão equivocados - a hipnose é um
estado intensificado de concentração e relaxamento. É um estado alterado de
consciência extremamente repousante e tranqüilo.
A maioria dos clientes hipnotizados fica bem consciente do que ocorre ao seu
redor na sala, a não ser que aceite a sugestão de não prestar atenção no
ambiente. De certo modo, a hipnose é um estado de percepção intensificada de
sentimentos e processos interiores.
Uma das reações mais comum em pessoas saídas do estado de hipnose é a de
não saberem se realmente foram hipnotizadas ou não. Elas esperam algo
bizarro, algo mágico, quando simplesmente se trata de um estado de
relaxamento que focaliza estímulos internos.
Não há nada de perigoso em relação à hipnose. De fato, é um dos
procedimentos mais seguros no processo terapêutico.
Quando o cliente é hipnotizado e submete-se a uma regressão, uma parte dele
está completamente consciente de que se encontra no presente. Ao mesmo
tempo, outra parte se acha convencida de que está no passado. É uma
experiência que pode ser muito convincente.
A lógica do transe é um dos sinais do transe profundo. Aqui estão os sinais da
hipnose que podem ser vivenciados. Não há necessidade de todas essas
sensações.
Sensações Internas:
- Uma sensação tão profunda de relaxamento que não se sente vontade de
fazer nenhum esforço;
- Sensação de peso, especialmente nos braços e nas pernas;
- Sensação de entorpecimento, formigamento ou insensibilidade nos pés ou
nas mãos;
- Sensação de estar flutuando;
- Sensação de estar separado do ambiente de tal modo que os arredores
parecem distantes.
Percepções externas:
- Paralisação dos músculos faciais;
- Mudança de tonalidade da pele;
- Imobilidade;
- Alteração da pulsação e da respiração;
- Mudança no tom de voz;
- Relaxamento dos músculos;
- Mudança na temperatura das mãos;
- Tremor nas pálpebras;
- Aumento do lacrimejamento;
- Avermelhamento dos olhos;
- Olhos voltados para cima (em algumas pessoas);
- Levitação dos braços.

! c  E  ! c  D 

Toda concentração, foco num tema específico, provoca um estado alterado de


consciência (estados alfa e teta) que, pode ser chamado de transe. O estado de
transe é a porta de acesso aos registros inconscientes.
O conceito de hipnose não é unânime. De acordo com o dicionário ³Aurélio´,
hipnose é o ³estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente, e
no qual o indivíduo continua capaz de obedecer às sugestões feitas pelo
hipnotizador´.
Segundo a ³American Psycological Association´, numa definição publicada
em 1993, a ³hipnose é um procedimento, durante o qual um pesquisador ou
profissional da saúde, sugere que um cliente, paciente ou indivíduo,
experimente mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou
comportamentos´.
Entre os conceitos já aceitos, hipnose é ³um estado natural de consciência,
diferente do estado de vigília´.
O ³estado hipnótico´, sempre existiu (estado hipnótico é diferente de indução
hipnótica formal). Sociedades primitivas já usavam tambores para induzir
(sem saber), um estado de transe. Outros exemplos são a imposição das mãos
para curas no tempo de Cristo e o toque real, na Idade Média (acreditava-se
que o monarca, tinha o poder de cura, pela imposição das mãos. O rei
Eduardo, 1066, o confessor da Inglaterra foi quem introduziu o toque real ±
através do toque na cabeça dos doentes, conseguia a melhora dos sintomas ±
sugestão). No oriente o ioga é outra forma de hipnose. Os sacerdotes gregos e
egípcios usavam a hipnose há dois mil anos atrás, no tratamento de várias
doenças.
Hipnose clássica:

-? Século XXX a.C.:


No Egito, os sacerdotes induziam certo tipo de estado hipnótico nos
³Templos do Sono´.

-? Século XVIII a.C.:


Na China, sacerdotes induziam um transe, para buscar a aproximação entre os
pacientes e seus antepassados.

-? Mitologia grega:
Filho de Apolo e Coronis, Asclépius aprendeu com o centauro Quíron, um
tipo de sono especial que, curava as pessoas.

-? Século XI:
Avicena (Abu Ali al-Husayn ibn Sina, 980 ± 1037), sábio, filósofo e médico
iraniano, acreditava que a imaginação era capaz de adoecer e de curar pessoas.

-? Século XVI:
Paracelso (Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim ±
1493- 1541), médico naturalista, pai da medicina hermética, acreditava na
influência magnética das estrelas na cura das pessoas doentes. Confeccionava
talismãs com inscrições planetárias e zodiacais. Acreditava que o ser humano
tinha uma ³força interior´. Introduziu o imã como elemento de cura
(magnetos).

-? Século XVIII em diante:


- Franz Anton Mesmer (1734- 1815), foi considerado o pai da fase científica
da hipnose. A história moderna da hipnose começou com ele. Mesmer
trabalhava com o sacerdote jesuíta, Maximilian Hell, que era astrônomo real
em Viena. Eles usavam ímãs no tratamento de vários casos de histeria.
Mesmer acreditava que as curas eram produzidas pela redistribuição de algum
tipo de fluido, que ele chamou de ³magnetismo animal´.
Mais tarde, Mesmer passou a dizer que ele possuía forças especiais e que seus
pacientes eram curados quando raios magnéticos fluíam de seus dedos. Em
1778, mudou-se para Paris. Em 1784, foi investigado por uma comissão
(Benjamin Franklin, Lavoisier, Dr. Guilhotin, etc.), que chegou à conclusão
que as ³curas´ de Mesmer eram resultado da imaginação dos pacientes e,
denunciaram Mesmer por fraude.
O fato é que, mesmo desacreditado, Mesmer lançou as bases que
fundamentaram a psiquiatria dinâmica moderna e, suas pesquisas levaram a
um melhor entendimento das relações entre sugestão hipnótica e a
psicoterapia. Desprestigiado e, abandonado, foi para a Suíça. Morreu em
Meesburg, em 1815.

-? Marquês de Puységur (1751- 1825) ± Discípulo de Mesmer. Descobre o


sonambulismo artificial. Deixa vários discípulos, entre eles, o padre José
Custódio de Faria, o Abade Faria.

-? Abade Faria (1755- 1819) ± Estudou a fundo o hipnotismo e, concluiu que


não havia influência fluídica na obtenção dos fenômenos hipnóticos.

-? John Elliotson (1825- 1893) ± Professor de medicina em Londres ± em


1838, inventou o estetoscópio. Seguiu as idéias de Mesmer. Foi interditado
pela prática do mesmerismo.

-? James Braid (1795- 1860)- Médico inglês. Em 1841, desenvolveu a técnica


de fixação visual para a indução de estados de relaxamento e chamou-a de
³hipnose´. Ele pensava que a hipnose era idêntica ao sono, ³hypnos´, em
grego.

- James Esdaile (1845- )- Cirurgião escocês. Trabalhou nas florestas da


Índia, fazendo cirurgias em nativos, usando anestesia mesmérica ±
amputações de pernas, remoção de tumores de próstata, etc. Os casos foram
documentados. Mesmo assim, quando voltou à Inglaterra foi ridicularizado e
esquecido.

- Ambroise- Auguste Liebault (1823- 1904) ± França, e Bernheim (1840-


1904), trataram cerca de dez mil pacientes com hipnose (1886).

-? Jean Martin Charcot (1825- 1893)- França. Discordou das idéias de


Bernheim e Libault, de que a sugestão era um fator importante na hipnose.
Charcot afirmava que era apenas outra forma de manifestação da histeria.
Charcot retomou a teoria de Mesmer sobre o magnetismo animal. Com o
tempo, a história foi provando que Charcot estava errado e Bernheim e
Liebault certos.

-? Ivan Pavlov (1849- 1936) ± Médico russo que, definiu o transe como um
³sono incompleto´, causado por sugestões hipnóticas. Estas sugestões
provocariam uma excitação em algumas partes do córtex cerebral e
inibição em outras partes. Criador da indução reflexológica.

-? Pierre Janet (1849- 1947)- Francês que descreveu o transe como uma
dissociação. Introduziu o termo subconsciente para diferenciar do
inconsciente.

-? Sigmund Freud (1856- 1939) ± Interessou-se pelo trabalho de Bernheim e


Liebault. Porém, posteriormente, rejeitou a hipnose, por considerá-la
³superficial´. Isso atrasou o seu desenvolvimento em, pelo menos,
cinqüenta anos.

-? Ernest Simmel (1918) - Psicanalista alemão. Tratou soldados com neurose


de guerra (Primeira Guerra Mundial) com hipnose e, chamou a técnica de
hipnoanálise. Ele juntou à hipnose técnicas psicodinâmicas.

-? Hadfield e Horsley e mais tarde Grinver e Spiegel- durante a Segunda


Guerra Mundial, de 1939 a 1945, usaram barbitúricos para induzir um
estado de hipnose medicamentosa (narcossíntese), com o objetivo de trazer
à tona o material traumático.

A fusão da hipnose com a psicanálise foi um dos mais importantes avanços


médicos decorrentes da Primeira e Segunda Guerras Mundiais.

Hipnose moderna ou ericksoniana:


-? Milton Erickson (1901- 1980) ± Psiquiatra norte-americano. Ele é
considerado o pai da hipnose médica moderna. Erickson criou uma nova
abordagem, baseada no resgate dos recursos internos do paciente. O seu
método consistia em utilizar aquilo que o paciente trazia em si, como algo
de mais forte, mais do que analisar ou dar ênfase às suas fragilidades. Ao
contrário da hipnose clássica, onde o hipnotizador tinha o poder de
sugestionar o paciente passivo e dominado em sua vontade, Erickson
desenvolveu um método em que usava os próprios recursos do paciente,
deixando que as coisas acontecessem naturalmente. Seu método é
considerado naturalista.
De acordo com Milton Erickson, hipnose é a ³suscetibilidade ampliada para
a sugestão, tendo como efeito uma alteração das capacidades sensoriais e
motoras para iniciar um comportamento apropriado´.
Erickson percebeu a natureza multidimensional do transe, que se modifica
experiencialmente de pessoa para pessoa. ³Deve-se reconhecer que uma
descrição, não importa quão precisa ou completa seja, não irá substituir uma
experiência real, nem tão pouco poderá ser aplicável a todos os pacientes
.´(Milton Erickson). Erickson não usava nenhuma indução clássica mas sim
uma indução especial e única para cada paciente, fazendo com que, o paciente
se tornasse seu próprio indutor.

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