Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
DEPARTAMENTO DE PSICO-PEDAGOGIA
Trabalho pode ser visto como “...actividade metódica das forças corporais e
intelectuais do homem, visando sua própria conservação e desenvolvimento e para a
transformação do mundo exterior” (LISA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL, 1970, p.1165).
Sua orientação para um fim útil distingue-o do jogo, embora seja imprecisa a fronteira
entre ambos (Ibidem). O trabalho pode também ser visto como actividade
coordenada, de carácter físico e/ou intelectual, necessárias à realização de qualquer
tarefa, serviço ou empreendimento.
A CNPM (Op. Cit.), considera que possuem a mesma profissão aqueles trabalhadores
cujas tarefas pode-se considerar idênticas, todavia no exercício dessa profissão, por
motivo de organização do trabalho e tipo de actividade a que a organização está
vocacionada, possa haver diferenças em tarefas que, na prática, correspondem a
vários postos de trabalho e profissões. Uma profissão pode englobar vários postos de
trabalho, cujos titulares realizam uma ou outra das diversas combinações possíveis das
tarefas (Ibidem).
Rodrigues (2002), defende que as profissões estão enraizadas numa tríade de valores
humanos: saber, fazer, ajudar, sendo caracterizadas por um conjunto complexo de
valores e normas expressos sob a forma de prescrições, preferências e permissões,
legitimadas pela institucionalização desses mesmos valores. Este autor refere que o
valor ajudar, especificado na norma do altruísmo, e expressa-se num paradoxo
aparente – os profissionais devem fazer mais do que é expressamente requerido.
Página 2 de 6
ELABORAÇÃO: Prof. Armindo Laissane Dimande/Setembro/2010
[Cel.847621786; E-mail: laissane@gmail.com]
“A ocupação de uma pessoa é a espécie de trabalho feito por ela, independentemente
da indústria em que esse trabalho é realizado e do status que o emprego confere ao
indivíduo” (DICIONÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS: 1986, p.829 apud WOLECK, s/d, p.14).
Bohoslavsky (1991, p.55) considera ocupação ao “conjunto de expectativas de papel.”
Parafraseando este autor as ocupações são os nomes com os quais se designam
expectativas, que tem os demais indivíduos, em relação ao papel de um indivíduo. A
título de exemplo, é necessário que se deixe de pensar no médico, abstractamente. A
ocupação de médico é definida num contexto de interacção social. Não existe um
médico “em geral” nem uma ocupação médica abstracta. O carácter concreto é dado
pelo facto de a ocupação e o nome que recebe a síntese de expectativas de papel, num
contexto histórico social determinante. Quando fazemos referência a papel referimos
a “uma sequência estabelecida de acções aprendidas, executadas por uma pessoa em
situação de interacção” (BOHOSLAVSKY, 1991, p.56).
1) O trabalho é um privilégio do homem e constitui sua nobreza. Este não deve ser
considerado como finalidade absoluta da vida – o homem trabalha para viver e,
não vive para trabalhar.
Página 3 de 6
ELABORAÇÃO: Prof. Armindo Laissane Dimande/Setembro/2010
[Cel.847621786; E-mail: laissane@gmail.com]
tipo de gratificação; para outros, ainda, é fonte de grande realização, prazer,
chegando até a ser “mola” impulsionadora de suas vidas. Segundo Lisboa (s/d),
“a situação mais feliz é aquela em que o trabalho e o hobbie coincidem – o
trabalho é ao mesmo tempo fonte de prazer.”
Walther (1962), afirma que nas actividades sociais podemos identificar três grupos
fundamentais de profissões, nomeadamente: profissões industriais, profissões
artesanais e profissões liberais.
Para este autor, há uma diferença do ponto de vista psicológico que diferencia estes
grupos de profissões que está no grau de qualidades psíquicas, como a inteligência, a
imaginação, ou de qualquer outra função psíquica que nelas intervenham. Quanto
mais o homem fizer intervir a sua inteligência no exercício de uma actividade
profissional, mais livre estará para a escolha dos meios que o conduzam a seus fins
profissionais. Quanto menos recorra à inteligência, à imaginação, menos livre será sua
escolha, e, mais ligada estará às formas tradicionais de sua actividade profissional.
Quem exerce uma profissão liberal tem toda a possibilidade de manifestar toda a sua
personalidade através da profissão, isto é, serve-se da sua profissão para fazê-la
aparecer, e pode até dizer que ele empresta à profissão a sua individualidade. Walther
Página 4 de 6
ELABORAÇÃO: Prof. Armindo Laissane Dimande/Setembro/2010
[Cel.847621786; E-mail: laissane@gmail.com]
(1962, p.26), advoga que ele “Não serve muito à ciência, mas serve-se dela para poder
pôr em relevo a sua personalidade.” “Bem diferente é o homem que exerce um ofício.
A sua personalidade terá dificuldade de exprimir-se através das actividades
profissionais. Como pretender que a realize através de um artigo fabricado em série?
Aí, é o ofício que o domina que o subjuga” (Ibidem).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LISA. Enciclopédia Universal. 3º Volume. Livros Irradiantes. São Paulo – Brasil. 1970.
Sites consultados
Página 5 de 6
ELABORAÇÃO: Prof. Armindo Laissane Dimande/Setembro/2010
[Cel.847621786; E-mail: laissane@gmail.com]
LISBOA, M. D. Orientação profissional em acção: formação e prática de orientadores.
(s/d). Disponível em: www.books.google.co.mz. Acesso em: 23 de Agosto de 2010.
Página 6 de 6
ELABORAÇÃO: Prof. Armindo Laissane Dimande/Setembro/2010
[Cel.847621786; E-mail: laissane@gmail.com]