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INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO

DEPARTAMENTO DE PSICO-PEDAGOGIA

MÓDULO: ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL


TEMA Nº 9: OS CONCEITOS DE TRABALHO, PROFISSÃO E OCUPAÇÃO

Antes de prosseguirmos no nosso estudo, convém esclarecer alguns conceitos


fundamentais como sejam os de trabalho, profissão e ocupação.

Trabalho pode ser visto como “...actividade metódica das forças corporais e
intelectuais do homem, visando sua própria conservação e desenvolvimento e para a
transformação do mundo exterior” (LISA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL, 1970, p.1165).
Sua orientação para um fim útil distingue-o do jogo, embora seja imprecisa a fronteira
entre ambos (Ibidem). O trabalho pode também ser visto como actividade
coordenada, de carácter físico e/ou intelectual, necessárias à realização de qualquer
tarefa, serviço ou empreendimento.

Ora, relativamente a profissão, existem vários conceitos de profissão, entretanto


etimologicamente a palavra “profissão” vem de uma palavra latina “professio”, do
verbo “profiteri” que quer dizer confessar, testemunhar, declarar abertamente
(SOUSA, s/d). A palavra nasce, deste modo ligada a uma forma de vida que é
publicamente assumida e reconhecida. Por exemplo, aos primeiros professores das
universidades era-lhes exigido que fizessem uma profissão de fé, numa cerimónia
pública, num misto de influências laicas e religiosas simultaneamente (Ibidem). Neste
sentido, “profissão” opunha-se ao “ofício”, pois enquanto a primeira assumia um saber
reconhecido e professado em público, o segundo estava aliado à ideia de negócio ou
trabalho manual (Ibidem). E, portanto o ofício pode ser visto como “Ocupação
habitual, geralmente mecânica, com vista ao lucro, que se distingue das profissões
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liberais e da produção de artigos básicos” (LISA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL, Op. Cit.,
p.854).

De acordo com a Classificação Nacional de Profissões de Moçambique (CNPM) “Uma


profissão é definida por um conjunto de tarefas que concorrem para a mesma
finalidade e que pressupõem conhecimentos semelhantes.” (CNPM, 2003). Walther
(1962, p.26), por sua vez, considera que “Uma profissão se define como actividade
económica destinada a assegurar a manutenção da vida.” Este autor defende que do
ponto de vista técnico do trabalho, caracteriza-se como um conjunto de habilidades,
adquiridas mediante certa aprendizagem, seja de que género for.

A CNPM (Op. Cit.), considera que possuem a mesma profissão aqueles trabalhadores
cujas tarefas pode-se considerar idênticas, todavia no exercício dessa profissão, por
motivo de organização do trabalho e tipo de actividade a que a organização está
vocacionada, possa haver diferenças em tarefas que, na prática, correspondem a
vários postos de trabalho e profissões. Uma profissão pode englobar vários postos de
trabalho, cujos titulares realizam uma ou outra das diversas combinações possíveis das
tarefas (Ibidem).

Rodrigues (2002), defende que as profissões estão enraizadas numa tríade de valores
humanos: saber, fazer, ajudar, sendo caracterizadas por um conjunto complexo de
valores e normas expressos sob a forma de prescrições, preferências e permissões,
legitimadas pela institucionalização desses mesmos valores. Este autor refere que o
valor ajudar, especificado na norma do altruísmo, e expressa-se num paradoxo
aparente – os profissionais devem fazer mais do que é expressamente requerido.

Ocupação “... é um conceito sintético não natural, artificialmente construído pelos


analistas ocupacionais” (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2009, p.6). O que
existe no mundo concreto são as actividades exercidas pelo cidadão em um emprego
ou outro tipo de relação de trabalho (autónomo por exemplo).

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“A ocupação de uma pessoa é a espécie de trabalho feito por ela, independentemente
da indústria em que esse trabalho é realizado e do status que o emprego confere ao
indivíduo” (DICIONÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS: 1986, p.829 apud WOLECK, s/d, p.14).
Bohoslavsky (1991, p.55) considera ocupação ao “conjunto de expectativas de papel.”
Parafraseando este autor as ocupações são os nomes com os quais se designam
expectativas, que tem os demais indivíduos, em relação ao papel de um indivíduo. A
título de exemplo, é necessário que se deixe de pensar no médico, abstractamente. A
ocupação de médico é definida num contexto de interacção social. Não existe um
médico “em geral” nem uma ocupação médica abstracta. O carácter concreto é dado
pelo facto de a ocupação e o nome que recebe a síntese de expectativas de papel, num
contexto histórico social determinante. Quando fazemos referência a papel referimos
a “uma sequência estabelecida de acções aprendidas, executadas por uma pessoa em
situação de interacção” (BOHOSLAVSKY, 1991, p.56).

3.1 Algumas relações entre trabalho e profissão

1) O trabalho é um privilégio do homem e constitui sua nobreza. Este não deve ser
considerado como finalidade absoluta da vida – o homem trabalha para viver e,
não vive para trabalhar.

2) É do trabalho que surgem as profissões e, o indivíduo desenvolve sua profissão


trabalhando.

3) O trabalho é parte integrante da vida de qualquer pessoa e, é um facto que, na


sociedade todos nós somos chamados a dar a nossa participação –
trabalhando. O trabalho significa para muitos: manutenção, busca de status,
realização de um projecto de vida, realização pessoal ou familiar,
independência da família, aceitação de papéis adultos, necessidade de
sustentar, etc. Para alguns o trabalho é visto como causador de incómodos e
desprazer, enquanto para outros é mera fonte de subsistência sem nenhum

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tipo de gratificação; para outros, ainda, é fonte de grande realização, prazer,
chegando até a ser “mola” impulsionadora de suas vidas. Segundo Lisboa (s/d),
“a situação mais feliz é aquela em que o trabalho e o hobbie coincidem – o
trabalho é ao mesmo tempo fonte de prazer.”

3.2 Categorias de profissões

Walther (1962), afirma que nas actividades sociais podemos identificar três grupos
fundamentais de profissões, nomeadamente: profissões industriais, profissões
artesanais e profissões liberais.

Para este autor, há uma diferença do ponto de vista psicológico que diferencia estes
grupos de profissões que está no grau de qualidades psíquicas, como a inteligência, a
imaginação, ou de qualquer outra função psíquica que nelas intervenham. Quanto
mais o homem fizer intervir a sua inteligência no exercício de uma actividade
profissional, mais livre estará para a escolha dos meios que o conduzam a seus fins
profissionais. Quanto menos recorra à inteligência, à imaginação, menos livre será sua
escolha, e, mais ligada estará às formas tradicionais de sua actividade profissional.

Profissional liberal é àquele que “...desenvolve sua actividade específica de serviços,


com independência técnica, e com qualificação determinada pela lei” (QUIRINO, 2007,
p.3). Enquanto o Ministério do Trabalho do Brasil (apud QUIRINO, Op. Cit.:3),
considera como profissionais liberais àqueles “...pertencentes a categorias
diferenciadas e são regidos por estatuto próprio”. Portanto, “Podem exercer suas
actividades na qualidade de empregado, ou na qualidade de empresa (empregador).”
(Ibidem). Temos como exemplo as profissões de advogado, economista, dentista,
médico, psicólogo, etc.

Quem exerce uma profissão liberal tem toda a possibilidade de manifestar toda a sua
personalidade através da profissão, isto é, serve-se da sua profissão para fazê-la
aparecer, e pode até dizer que ele empresta à profissão a sua individualidade. Walther
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(1962, p.26), advoga que ele “Não serve muito à ciência, mas serve-se dela para poder
pôr em relevo a sua personalidade.” “Bem diferente é o homem que exerce um ofício.
A sua personalidade terá dificuldade de exprimir-se através das actividades
profissionais. Como pretender que a realize através de um artigo fabricado em série?
Aí, é o ofício que o domina que o subjuga” (Ibidem).

Portanto, verificamos o contrário em relação às profissões artesanais e industriais. O


homem que exerce o seu ofício de carpinteiro, por exemplo e, está ligado à matéria
que é a madeira no caso, como a seus instrumentos, o martelo, a serra, etc. O objecto
que fabrica é sempre um objecto de madeira, e, se for o caso de um indivíduo que
trabalha numa fábrica, será sempre objectos em madeira que fabricará, e sempre do
martelo e da serra que se servirá. Os automatismos se estabelecem rapidamente, e o
recurso à imaginação e inteligência será restrito. Contrariamente, um médico estará
livre em escolher tanto a meteria sobre a qual vai agir, com o instrumento a utilizar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. Livraria Martins Fontes


Editora. São Paulo. 1991.

LISA. Enciclopédia Universal. 3º Volume. Livros Irradiantes. São Paulo – Brasil. 1970.

MOÇAMBIQUE. Ministério do Trabalho (INEFP). Classificação Nacional das


Profissões. Maputo. 2003.

RODRIGUES, M. De L. Sociologia das profissões. Celta Editora. Portugal. 2002.

WALTHER, L. Orientação profissional e as carreiras liberais. Edições Melhoramentos.


São Paulo. 1962.

Sites consultados
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LISBOA, M. D. Orientação profissional em acção: formação e prática de orientadores.
(s/d). Disponível em: www.books.google.co.mz. Acesso em: 23 de Agosto de 2010.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Classificação brasileira de ocupações. (s/d).


Disponível em: <www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/inf...> Acesso em: 13 de Setembro
de 2010.

QUIRINO, M. B. Direitos trabalhistas dos profissionais liberais. Revista das profissões


liberais. Maio/Junho de 2007. Disponível em: www.sinaep.org.br/..direitos.htm.
Acesso em: 21 de Junho de 2010.

SOUZA, G. G. Teorias em orientação profissional. 2008. Disponível em:


www.redepsi.com.br. Acesso em: 18 de Agosto de 2010.

WOLECK, Aimoré. O trabalho, a ocupação e o emprego: uma perspectiva histórica.


Disponível em: <www.icpg.com.br/artigos/rev01-05.pdf.> Acesso em: 12 de Setembro
de 2010.

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