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PREPARATÓRIO PARA OAB

DISCIPLINA: DIREITO PENAL


Professor: Dr. Marcelo Matias Pereira

Capítulo 7 Aula 3
PARTE ESPECIAL DOS
CRIMES CONTRA A PESSOA
Coordenação: Dr. Ivan Agostinho
Aula 3

Dos Crimes Contra a Vida Artigos 124 a 128 Aborto.


Artigo 122 Suicídio
Conceito - É a interrupção da gravidez com a conseqüente morte do feto.

Tipos:
Aborto natural não é crime- é a interrupção espontânea da gravidez.
Aborto criminoso - Art. 124 a 126 - são quatro figuras típicas.
Aborto acidental não é crime em conseqüência de quedas, acidentes em geral, etc.
Aborto legal ou permitido hipóteses previstas no artigo 128 do Código Penal (aborto necessário e aborto
sentimental).

Objeto jurídico a vida intrauterina, ou seja a vida do feto.

Feto morto - não há crime, já que não havia vida intrauterina - crime impossível, por absoluta impropriedade
do objeto.

Medicamentos ineficazes - crime impossível - quando a mulher se utiliza de medicamentos incapazes de


produzir o aborto ou a morte do feto - estes meios utilizados por ela são absolutamente ineficazes para
produzir o resultado pretendido.

Abortamento - cientificamente o processo de expulsão do feto com a eliminação da vida intrauterina

Aborto - o resultado deste procedimento.

Observações comuns às figuras típicas do aborto criminoso:


o aborto só é punido a título de dolo;
não existe crime autônomo de aborto culposo;
se alguém de forma culposa provoca um aborto, responde por lesão culposa, sendo que a vítima é a
gestante, porém, se a conduta culposa for da própria gestante o fato é atípico;

É um crime de ação livre.

Consumação - em todas as figuras típicas, o aborto se consuma no exato momento da morte do feto.

Tentativa - é aceitável em todas as espécies e modalidades do delito.

Elemento subjetivo é o dolo direto ou eventual. Não existe crime aborto culposo. Se alguém culposamente
causa aborto em uma mulher, responde por lesões corporais, pois o aborto é considerado uma lesão e
acarreta estas à mulher. Se a mulher culposamente provoca aborto em si mesma, não há crime, pois a auto-
lesão é fato atípico.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br

01
Figuras Típicas

Auto-aborto ou consentir para provocá-lo - artigo 124.


Aborto consentido - artigo 126.
Aborto não consentido - artigo 125.
Formas qualificadas - artigo 127.
Aborto legal ou permitido - artigo 128.

Art. 124 CP - prevê duas modalidades de delitos diferentes:


Para ambas, o sujeito ativo somente pode ser a gestante e a vítima somente pode ser o feto.

1ª Modalidade auto-aborto - ocorre quando a própria gestante pratica a manobra abortiva.

2ª Modalidade - consentimento para que terceiro provoque o aborto - ocorre quando a gestante não
provoca o aborto, é um terceiro que o provoca. Este terceiro responde pelo Art. 126 do CP e a gestante pelo
artigo 124.

Art. 126 do CP - Provocar Aborto com o Consentimento da Gestante- Aborto consentido.

É uma exceção à teoria unitária ou monista.

Consentimento - O crime do art. 126 pressupõe que o consentimento dure até a consumação do aborto.

O art. 126, § único, equipara a ausência de consentimento quando obtido mediante: violência, grave
ameaça ou fraude, ou ainda, quando a gestante é menor de 14 anos ou é doente mental, de forma a lhe
retirar a capacidade de entendimento acerca do ato.

O partícipe responde pelo crime do artigo 126 ou 124?

Depende da conduta. Se sua conduta é ligada ao consentimento da mulher, responde por infração ao artigo
124. No entanto aquele que realiza conduta estreitamente ligada ao executor do crime responde por
infração ao artigo 126.

Sujeito ativo: é o terceiro que faz o aborto, o qual pode ser qualquer pessoa, já que não trata o artigo 126 de
um crime próprio.

Sujeito passivo: o feto.

Art. 125 do CP - Provocar o Aborto sem o Consentimento da Gestante

Não há consentimento ou foi obtido mediante: violência, grave ameaça ou fraude, ou ainda, quando a
gestante é menor de 14 anos ou é doente mental, de forma a lhe retirar a capacidade de entendimento
acerca do ato.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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02
Grávida de gêmeos: haverá dois crimes de aborto em concurso formal, desde que o agente tivesse
conhecimento desta circunstância, pois caso contrário, responderia somente por um aborto.

Tentativa de suicídio que decorre aborto, temos duas posições:

1ª - não há aborto culposo o fato é atípico. Não se pune a autolesão.


2ª - a mulher assumiu o risco responde por aborto com dolo eventual.

Art. 127 do CP

Se em razão do aborto ou da manobra abortiva a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave a pena
(artigos 126 e 125) é aumentada em 1/3 e se a gestante morrer, a pena é aplicada em dobro.

Lesão leve - ficam absorvidas pelo crime de aborto, por serem uma conseqüência material desse crime.

O art. 127 não é aplicável aos crimes praticados pela gestante.

Crime preterdoloso - os resultados lesão corporal grave ou morte, previstos no art. 127, somente são
aplicáveis quando o resultado é culposo, pois se o agente quer a morte e também o aborto, ele responde
pelos dois crimes, de forma autônoma, mas via de regra em concurso formal imperfeito.

Agravante genérica - sempre que haver tipificação do crime de aborto de forma autônoma ou em concurso
com outro crime não será aplicado a agravante genérica de crime contra gestante.

Aborto não consumado: se o aborto não se consuma, eis que em razão das manobras abortivas, a criança
nasce e sobrevive, mas a gestante sofre lesões corporais de natureza grave ou morre, o agente responderá,
ainda assim, pela figura qualificada.

Observe-se o texto legal "em conseqüência do aborto (consumado) ou dos meios empregados para
provocá-lo (tentado)".
Matar mulher grávida - Quem provoca a morte da mulher, sabendo que esta está grávida, responderá por
homicídio e por aborto, ainda que se prove que ele não queria causar a morte do feto, pois neste caso
assumiu o risco de produzir este resultado.

Instigação no aborto - A instiga B a provocar aborto em si mesma, esta o faz e morre, A responde por infração
ao artigo 124 do Código Penal e não por infração ao artigo 127, já que este não se aplica ao auto-aborto.
No entanto se ficar demonstrado que o mesmo agiu com culpa em relação ao resultado morte,
(aconselhando-a a tomar um número excessivo de medicamentos abortivos) responderá também pelo
homicídio culposo.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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03
Art. 128 - Aborto Legal

Conceito: é causa excludente da criminalidade, embora a redação do dispositivo dê a entender que seria
uma excludente da culpabilidade (não se pune). Melhor seria se o legislador tivesse utilizado a expressão não
há crime.

Há duas espécies de aborto legal:

Aborto necessário - onde este contém dois requisitos essenciais:


que seja o aborto praticado por médico;
que não haja outro meio para salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental - contém três requisitos:

que seja o aborto praticado por médico;


que a gravidez resulte de estupro;
existência de consentimento da gestante ou quando incapaz, de seu representante legal.

Obs.:
Não há necessidade de autorização judicial;
Não é necessária a condenação do autor do estupro;
Basta como prova um Boletim de Ocorrência;
Se a gestante simula ter sido estuprada e faz um Boletim de Ocorrência, noticiando crime que não
aconteceu, ela responde pelo aborto e por comunicação falsa de crime (Art. 340 do CP). O médico não
responde, pois existe em seu favor a descriminante putativa, já que o mesmo pressupôs estar presente
circunstância de fato, que se presente, tornaria sua conduta lícita;

E se a gravidez resultar de atentado violento ao pudor? É possível aborto sentimental, considerando-se que a
lei só menciona gravidez decorrente de estupro?
Sim, aplicando-se a analogia "in bonam partem", uma vez que estupro e atentado violento ao pudor são
crimes semelhantes, entende-se ter havido esquecimento do legislador que ao fazer a lei não teria se
lembrado da possibilidade de uma gravidez decorrer de atentado violento ao pudor, porque nesse crime não
há conjunção carnal.

Se a gestante ou a enfermeira, neste caso (gravidez resultante de estupro ou atentado violento ao pudor),
praticarem o aborto respondem pelo crime, pois não há situação de emergência.

SUICÍDIO - ART. 122 DO CP.

Conceito: Induzir ou instigar alguém ao suicídio ou prestar-lhe auxílio para que o faça.

As modalidades de participação em suicídio são:

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
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04
Induzir - é dar a idéia do suicídio a alguém que ainda não tinha tido esse pensamento.

Instigar - é reforçar a idéia de suicídio já existente na vítima. Uma pessoa está prestes a pular do alto de um
prédio e outra passa a gritar para que ela pule.

O induzimento e a instigação são chamados de participação moral.

O auxílio é denominado participação material, porque o agente colabora com a prática do suicídio, por
exemplo, dando-lhe uma arma, onde o auxílio deve sempre ser acessório para caracterizar o art. 122 do CP,
pois se é a própria causa direta da morte haverá o homicídio.

Crime único: a prática de mais de uma conduta em relação à vítima é crime único. É o crime de ação múltipla
ou de conteúdo variado. É também chamado de crime de tipo misto alternativo.

Suicídio - é a supressão espontânea e consciente da própria vida.

Obs.: se a vítima é forçada mediante violência ou grave ameaça a tirar a própria vida não há suicídio, pois
não há espontaneidade, onde o autor responderá por homicídio.

Consentimento: a existência deste crime pressupõe que a vítima tenha alguma capacidade de entendimento
e resistência. Desta forma, quem induz uma criança de pouca idade ou pessoa com enfermidade mental a
ser atirar de um prédio, responde por homicídio. Qualquer fraude para que a vítima tire sua vida sem saber
que o está fazendo também implica na configuração de homicídio.

Dolo eventual: aquele que empresta arma de fogo para outro fazer "roleta russa" age com dolo eventual. Se
várias pessoas fazem roleta russa, colocando, cada qual, a arma em sua cabeça, uns estimulando os outros,
os sobreviventes respondem por este crime. Se uma pessoa aperta o gatilho em direção a outra e provoca a
morte dela haverá homicídio com dolo eventual.

Nexo causal - deve haver nexo causal entre o auxílio prestado e a forma como a vítima se mata, caso
contrário o fato será atípico.
Dolo em relação a determinada pessoa: os autores de livros e músicas que possam estimular alguém ao
suicídio não geram a responsabilização de seus autores, porque eles não visam pessoa ou grupo de pessoas
determinadas.

Impedir socorro do suicida: aquele que impede socorro para o suicida arrependido responde por homicídio.

Pacto de morte: Se duas pessoas fazem um pacto de morte e uma delas se mata e a outra não, a sobrevivente
responde por este crime. No entanto se duas pessoas fazem um pacto de morte e uma delas abre o gás em
um quarto fechado, morrendo uma e sobrevivendo a outra, esta responderá por homicídio já que realizou a
conduta que ocasionou a morte.

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05
Prestem bastante atenção: participar não é executar!

O art. 122 pode ser praticado por omissão?

Há duas opiniões na doutrina:

1ª - Magalhães Noronha e Mirabete - sim, pode ser praticado em uma única hipótese, quando a pessoa que
tem o dever jurídico de evitar o resultado e não o faz;

2ª - Damásio, Frederico Marques, Heleno Fragoso e Ceslo Delmanto - não existe possibilidade da prática
desse crime por omissão, pois os verbos desse artigo são incompatíveis com a modalidade omissiva.
Esses autores entendem que quem tinha o dever jurídico de evitar o resultado e não o faz deve responder por
crime de omissão de socorro qualificado pela morte.

Contudo, quem tinha o dever de agir para evitar o resultado e não agiu, responde pelo resultado e não por
omissão, na forma do artigo 13, § 2º, do Código Penal.

Tentativa : a tentativa não é possível, porque o resultado consta da própria pena. A conduta da participação
em suicído somente será punível se a vítima vem a sofrer lesões corporais de natureza grave ou morre. Deste
modo se a vítima sofre lesões corporais de natureza leve não haverá o crime.

Fato atípico: Como o código apenas trouxe previsão de pena para situações em que a vítima sofre lesões
graves ou morre, entende-se que o fato é atípico em todas as demais situações por total ausência de previsão
de pena a ser aplicadas nesse caso.

Consumação: O crime se considera praticado no momento da morte da vítima ou no instante em que esta
sofre lesões corporais de natureza grave, ainda, que a instigação tenha ocorrido um ano antes. Assim é deste
momento que se iniciará a contagem do prazo prescricional.

Coação para evitar o suicídio: O artigo 146 § 3º, Inciso II do Código Penal afirma que não há crime na
coação exercida para impedir o suicídio.

Art. 122, § Único - causas de aumento de pena.

A pena é em dobro:
se o crime for praticado por motivo egoístico;
se a vítima é menor de 18 anos ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
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