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FORTALEZA - CEARÁ
SETEMBRO DE 2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
FORTALEZA - CEARÁ
SETEMBRO DE 2010
1. HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE
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profissionais; indicava exercícios psicomotores para portadores de distúrbios de
aprendizagem; em São Paulo, os Médicos Grunspun e o Professor Lefèvre indicavam o
movimento para o tratamento dos processos terapêuticos da criança excepcional. As
técnicas de Michaux eram utilizadas em tratamentos motores – “Terapêutica ativa” – A
ginástica era a base, através de exercícios naturais.
A partir de 1965, com o retorno de profissionais que iam ao exterior participar
de cursos e eventos, começam a surgir as técnicas reeducativas. As influências vinham
de escolas diferentes e métodos variados para a utilização da ação psicomotora. Em
Minas, o movimento foi liderado pelas Psicólogas e no Centro Médico Pedagógico, o
diagnóstico psicomotor fazia parte do diagnóstico Psicopedagógico. Em 1968, foi
criado no IPP o setor de Psicomotricidade. Já no Rio Grande do Sul, os reeducadores e
professores de Educação Física incentivados com a nova área, criaram o Centro de
Pesquisa e Orientação Educacional da Secretaria de Educação.
A primeira proposta no Brasil de uma formação específica em um método de
Psicomotricidade parece ter sido iniciada em 1968, com a vinda de Simone Ramain, que
desenvolveu o Método Ramain. No Rio de Janeiro, as fonoaudiólogas foram as
pioneiras na atuação psicomotora, e em 1968, a Psicomotricidade era introduzida como
cadeira na Faculdade de Logopedia da UFRJ. Foi em 1969, no Instituto Helena Antipoff
já iniciavam a abordagem psicomotora em áreas distintas como: na educação,
reeducação ou treinamento.
Em avaliação, tinha os métodos de Ozeretsky, o “bilan” de H. Bucher e Bergés-
Lezine. Cada vez mais a utilização do corpo como instrumento da ação psicomotora era
ampliado por diversas áreas e com a entrada da Psicomotricidade nos currículos do
ensino de 3º grau, em várias capitais do País e a chegada da francesa Françoise
Desobeau, convidada para um Seminário sobre “Terapia Psicomotora”, que antes
supervalorizava a técnica e agora tinha como prisma a abordagem tônico-emocional.
Em 1980 é fundada a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora, dando início
a uma era científica; e em 1982, pelo 1º Congresso Brasileiro de Psicomotricidade. Em
29 de maio de 1989, pelo Decreto Lei nº 97.782 foi autorizado no Rio de Janeiro o primeiro
curso de graduação em Psicomotricidade. Hoje, a Psicomotricidade representa uma ciência
das mais respeitadas por diversas áreas e segmentos, incorporada a vários cursos
superiores, com um curso de graduação no IBMR no Rio de Janeiro e com inúmeros
cursos de Pós-graduação.
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2. CONCEITO E FUNDAMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE
Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu
corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas
possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está
relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas,
afetivas e orgânicas. Portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento
organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante
de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. Os psicomotricistas são os
profissionais da área de saúde e educação que pesquisa, ajuda, previne e cuida do Homem na
aquisição, no desenvolvimento e nos distúrbios da integração somatopsíquica. Esses
profissionais atuam nas áreas de: educação, clínica (reeducação, terapia), consultoria e
supervisão. Os seus públicos alvos são: crianças em fase de desenvolvimento; bebês de alto
risco; crianças com dificuldades ou atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de
necessidades especiais: deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas; pessoas que
apresentam distúrbios sensoriais, perceptivos, motores e relacionais em consequência de
lesões neurológicas; família e a 3ª idade. Os mercados de trabalho são as: creches; escolas;
escolas especiais; clínicas multidisciplinares; consultórios; clínicas geriátricas; postos de saúde;
hospitais; empresas. (informação retirada do site do S.B.P.)
Abrange sujeitos desde a infância a idade adulta. Pode ser desenvolvida tanto em
caráter profilático quanto terapêutico.
A atuação do reeducador privilegia a expressão livre, harmoniosa e econômica
do corpo. Utiliza-se do exame psicomotor, onde a atitude no examinar, é mais
importante do que o método em si. A metodologia se apóia na sistematização, no nível
de idade e nos riscos – reforço do problema.
Ex: Expressão verbal, habilidade anual, controle postural, equilíbrio estático e
dinâmico, coordenação, sincinesias, lateralidade, estruturação temporal e
espacial, conhecimento e integração corporal, grafismo e tônus.
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2.1.2 Educação Psicomotora:
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2.2.2 Aspecto afetivo e social
Socialização; Desenvolvimento de traço de personalidade.
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3. LINGUAGEM DO CORPO
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03 MESES: movimentos intencionais dos braços e mãos estão mais adiantados
do que os do resto do corpo; a criança acompanha com o corpo o movimento dos braços
ao tentar alcançar os objetos; olha para todas as direções mas não fixa a atenção nos
objetos por muito tempo; rola da posição de lado para a de costas; capaz de emitir sons;
demonstra gostar de companhia.
04 MESES: reflexo de agarrar começa a ser substituído pela preensão voluntária;
segura qualquer objeto com firmeza; dorme pequenos períodos durante o dia; pode
manter a cabeça erguida; nota mudança da pessoa que a cuida e mudança de local.
05 MESES: maior atividade motora; mantém a cabeça ereta com o tronco em
posição vertical; interesse pelo ambiente; distingue expressões faciais; reconhece a mãe;
pode demonstrar medo de estranhos.
06 MESES: rola da posição de costas para a posição abdominal; levanta o
tronco, estando deitada; segura melhor com os dedos; capaz de permanecer sentada;
interesse nas atividades ao seu redor.
07 MESES: preensão menos palmar; pode começar a engatinhar; transfere
objetos de uma mão para outra; começa a demonstrar compreensão de palavras; começa
a imitar.
08 MESES: maior atividade e coordenação motoras; fica sentada sozinha, graças
ao sistema; neuromuscular; usa ambas as mãos com habilidade; melhor compreensão
das palavras.
09 MESES: apresenta nítida preferência por uma das mãos; capaz de pronunciar
sílabas; capaz de estabelecer contato social limitado; grande atividade motora.
10 MESES: pode conseguir ficar em pé sozinha ou andar com auxílio; segura
objetos com muita firmeza.
11 MESES: move-se e explora o ambiente; anda com auxílio (algumas
sozinhas); pronuncia palavras; compreende perguntas simples; observa pessoas.
12 MESES: anda; melhor coordenação muscular; capacidade para empilhar
objetos; interesse por toda espécie de atividade; continua a imitar; maior capacidade de
contato social; sente ciúme, medo, cólera, ansiedade; tem percepção das emoções dos
outros.
13 MESES a 24 MESES: anda só e explora a casa e seus arredores; empilha 2 ou
3 cubos; enche recipientes; pronuncia 5 ou 6 palavras; manifesta ciúmes e reações de
rivalidade no jogo, com irmãos mais velhos; sobe e desce escada, 1º segura por uma
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mão e depois sozinha, apoiando-se; mostra seus olhos e seu nariz; empilha 6 cubos;
associa 2 ou 3 palavras e enriquece o vocabulário; imita um traço no papel; aprende a
comer sozinha; interesse pelo que fazem os adultos e a imitar seus gestos; interesse
crescente pelas outras crianças; controle esfincteriano começa a definir-se.
25 MESES a 36 MESES: aprende a pular e depois a pular com uma perna só;
desenvolve a linguagem; usa o 'eu'; começa a fazer perguntas; compreende a maioria
das palavras que lhe são ditas; pode reproduzir um círculo; começa a brincar com os
outros.
37 MESES a 48 MESES: salta, pula, sobe e desce escada colocando um só pé no
degrau; desenha figura humana com cabeça, membros e partes principais; copia
quadrado e triângulo; fala de maneira completamente inteligível; sabe contar seus
dedos; sabe sua idade e os dias da semana; pergunta muito; protesta quando impedida
de fazer o que quer; conhece tamanho e forma; interesse pelas atividades dos adultos.
05 ANOS A 06 ANOS: sobe em árvore; dança ao som de música; apanha uma
bola lançada a 1 m de distância; fica imóvel por 1 min; fala de forma correta; desenho
quase perfeito da figura humana; começa a distinguir esquerda e direita, ontem e
amanhã; interesse nas atividades domésticas; inventa jogos; realiza com interesse tarefas
simples; distingue sabores; cooperação e disciplinas sociais.
07 ANOS A 08 ANOS: plena integração do corpo; aperfeiçoamento das
habilidades adquiridas anteriormente.
09 ANOS A 10 ANOS: reconhecimento da lateralização no outro; instalação
forte da conduta ética e da importância de valores e normas; procura de contatos fora de
casa.
11 ANOS A 12 ANOS: combina movimentos e equilibra habilidade e força
muscular; reflexivo e espontâneo; movimentos expressivos tanto faciais quanto
corporais; início da adolescência.
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Reconhecimento direito e esquerdo: refere-se ao poder discriminativo e
verbalizado que a criança tem do seu corpo.
Auto-imagem: visa estudar a noção de corpo no seu componente facial.
Imitação de gestos: resume a capacidade de análise visual de posturas e
gestos, desenhados no espaço.
Desenho do corpo: é a representação do corpo vivido da criança,
refletindo o seu nível de integração somatognósica e a sua experiência psico-afetiva.
Interocepção: sensação que se tem das vísceras. Ex.: dor de cabeça, mal
estar, cólicas...
Própriocepção: são dois informações. A postura do corpo e que
movimentos ele está realizando. Mesmo de olhos fechados sabemos a posição do nosso
corpo e que movimentos estão realizando. O hemiplégico, de olhos fechados não
consegue perceber seus movimentos corporais no lado plégico porque tem alteração
proprioceptiva.
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Exterocepção: são os sentidos, audição, visão, gustação, tato e olfato,
que informam os estímulos externos que recebemos.
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3.1.6 Imagem Corporal
3.1.7 Tonicidade
3.1.9 Equilíbrio
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3.2.1 Noção Temporal
Possuímos pelo menos quatro tipos de tempo: Tempo Rítmico, está contido em
tudo aquilo que fazemos. Por exemplo, o nosso caminhar possui um ritmo, nossos
batimentos cardíacos possuem outro ritmo, nossa respiração outro e assim por diante;
Tempo Cronológico, está relacionado à ideias temporais, que são mais difíceis da
criança entender, por serem completamente abstratos, é a noção de: ontem, hoje,
amanhã e outros; Tempo Subjetivo, é aquele que está ligado ao nosso grau de ansiedade
e motivação. Algo muito agradável parece passar rápido demais e algo desagradável
parece durar uma eternidade. Como exemplo podemos citar um passeio, onde sempre a
ida é muito mais demorada que a volta em função das expectativas que nutrimos em
relação a chegada; Tempo Dinâmico, a quantidade de esforço requer um movimento
mais lento ou mais rápido.
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do ritmo, nossos movimentos devem ser harmoniosos, em ciclos sucessivos de
deslocamentos espacialmente lógicos.
3.3 Respiração
3.4 Relaxamento
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BIBLIOGRAFIA
AUDIOTECA. Audiolivros para pessoas cegas ou com deficiência visual. RJ: Rio de
Janeiro. Acessado em 25/09/2010: http://audioteca.org.br/index.htm
GESSEL,. A. L. (1996) A criança dos 0 aos 5 anos. Martins Fontes, São Paulo.
GESSEL, A. L. (1996) A criança dos 5 aos 10 anos. Martins Fontes, São Paulo.
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