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a rtigot écnico

Caracterização das construções mistas


aço/concreto
ALEXANDRE L. VASCONCELLOS

O comportamento misto é alcan-


O desenvolvimento dos diversos sistemas estruturais e construtivos fez
çado após a cura do concreto da laje,
surgir
surgir,, entre outr
entre os, os sistemas formados por elementos mistos aço-con-
outros,
quando a fôrma de aço transmite as
creto, cuja combinação de perfis de aço e concreto visa aproveitar as vanta-
tensões cisalhantes horizontais na
gens de cada material, tanto em termos estruturais como construtivos.
interface com o concreto através de
Nas construções mistas, o concreto foi primeiramente usado, no início do
ligações mecânicas fornecidas por sa-
século, como material de revestimento, protegendo os perfis de aço contra
liências e reentrâncias (mossas) exis-
o fogo e a corrosão e embora o concreto pudesse ter alguma participação
tentes na fôrma.
em termos estruturais, sua contribuição na resistência era desprezada. Hoje,
vigas, colunas e lajes mistas são intensamente usadas em edifícios multi-
Dimensionamento
andares no exterior e estão evoluindo no Brasil .
A construção em sistema misto é competitiva para estruturas de vãos mé-
A altura total da laje mista (h) deve
dios a elevados, caracterizando-se pela rapidez de execução e pela signifi-
ser maior ou igual a 90mm e a espessu-
cativa redução do peso total da estrutura.
ra de concreto sobre a fôrma (hc) de-
verá ser de no mínimo 50 mm (fig. 2);
IDENTIFICAÇÃO DOS de aço e o concreto, solidarizam-se es- • em função da escassez de fabri-
truturalmente, formando o sistema
ELEMENTOS ESTRUTURAIS cantes de fôrmas incorporadas ao
misto. A fôrma de aço substitui então a concreto, há pequena variedade de
Nos edifícios usuais, os elemen- armadura positiva da laje (fig. 1). perfis, de tal forma que podemos esti-
tos estruturais que compõem o siste-
mar para as lajes, alturas médias de
ma estrutural global podem ser dividi-
120mm a 150mm;
dos didaticamente em lajes, vigas e
• armaduras de distribuição e de
pilares ou a união destes elementos
combate à retração devem ser colo-
que devem ter resistência mecânica,
cadas a uma distância mínima de
estabilidade, rigidez, resistência à
20mm do topo da laje, com área míni-
fissuração e a deslocamentos exces-
ma equivalente a 0,1% da área de con-
sivos para poderem contribuir de modo
FIGURA 1: Exemplo do sistema de lajes mistas. creto acima da fôrma.
efetivo na resistência global do edifí-
Devem ser considerados os se-
cio. Se forem necessários, para me-
São diversas as funções das fôr- guintes estados limites:
lhorar a resistência às ações do vento,
mas de aço empregadas nas lajes - Antes da cura do concreto sub-
podem ser dispostos painéis verticais
mistas. Além de suportarem os car- metida ao peso próprio da fôrma, do
constituídos por pilares paredes ou
regamentos durante a construção e concreto fresco e sobrecarga mínima
elementos de contraventamento ver-
funcionarem como plataforma de tra- de 1,00kN/m2 ou 2,2 kN/m2 perpendi-
tical como as diagonais.
balho, contraventam a estrutura, de- cular às nervuras:
sempenhando o papel de diafragma • flexão e cisalhamento vertical da
LAJES MISTAS horizontal, distribuem as deforma- fôrma de aço segundo as recomenda-
O sistema de lajes mistas consiste ções por retração, evitam a fissuração ções de resistência da NBR 14762;
na utilização de uma fôrma permanen- excessiva do concreto, apresentam • flecha da fôrma limitada a 20mm
te nervurada de aço, como suporte para vantagens como a possibilidade de ou vão/180.
o concreto antes da cura e da atuação dispensa do escoramento da laje e a - Após a cura do concreto submeti-
das cargas de utilização. Após a cura facilidade oferecida à passagem de da às ações de cálculo atuantes no
do concreto, os dois materiais, a fôrma dutos e instalações. pavimento:
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• área da fôrma de aço como ar- através da fôrma de aço, mediante um
madura positiva resistente ao momen- equipamento de solda por eletrofusão
to fletor. Se necessário, aplicar arma- (fig. 3). O conector mais utilizado no sis-
dura adicional; tema de lajes e vigas mistas é o tipo
• cisalhamento longitudinal na pino com cabeça (stud bolt).
interface dos materiais, dependente da
aderência entre eles;
• cisalhamento vertical e punção
para cargas concentradas;
• flecha da fôrma limitada ao vão/350;
• deslizamento relativo de extre-
midade e fissuração excessiva no con-
creto segundo as recomendações da
NBR 6118. FIGURA 3: Instalação
de stud bolts.

Concluídas a montagem, fixação da FIGURA 4: Etapas construtivas da laje mista.


fôrma e instalação dos conectores de
FIGURA 2: Dimensões da laje mista. cisalhamento, pode-se dar início à
instalação das armaduras adicionais
Montagem e Fixação das lajes e ao lançamento do concre-
Após a conclusão da montagem to (fig. 4).
das vigas de aço da estrutura, pode-
se prosseguir com a instalação dos CONECTORES DE
painéis das fôrmas de aço e de seus CISALHAMENTO
acessórios atendendo as seguintes Realizam a ligação entre o elemen-
FIGURA 5: Tipos usuais de conectores
recomendações: to de aço e a laje de concreto. Cum-
• nivelamento correto da mesa supe- prem a função de absorver os esfor- Dimensionamento
rior da viga de aço, de modo a obter um ços de cisalhamento nas duas dire-
perfeito contato entre a fôrma e a viga; Devem ser considerados os se-
ções e de impedir o afastamento ver-
• remoção de ferrugem, rebarbas, guintes estados limites:
tical entre a laje e a viga de aço (fig. 5).
respingos de solda e de oleosidades • esmagamento do concreto em
em geral; contato com o conector;
Cuidados na Fixação
• remoção da pintura e umidade nas • ruptura do conector submetido
dos Conectores ao cisalhamento longitudinal.
proximidades da região de soldagem.
Após as conferências necessárias, • Evitar a presença de umidade na VIGAS MISTAS
os painéis são posicionados sobre o soldagem do conector, sendo conveni- As vigas mistas resultam da asso-
vigamento. É usual a necessidade de ente que a aplicação dos conectores seja ciação de uma viga de aço com uma
recortes e ajustes nos cantos e no con- feita logo após a montagem da fôrma laje de concreto ou mista, cuja liga-
torno de pilares, a fim de adaptar a de aço, evitando a possibilidade de ção é feita por meio dos conectores
laje à geometria da edificação. acúmulo de água entre os painéis e a de cisalhamento, geralmente solda-
Uma vez realizados todos os ajustes face superior das vigas de aço; dos à mesa superior do perfil. Em edi-
e o alinhamento, os painéis devem ser • Os conectores não devem ser sol- fícios, o perfil mais utilizado como
fixados à estrutura por meio de pontos dados através de mais de um painel viga de aço é do tipo "I". As lajes de
de solda bujão ou solda tampão. de fôrma. concreto podem ser moldadas in loco,
Após o término da montagem da • A espessura total da fôrma de aço com face inferior plana ou com fôrma
fôrma de aço, devem ser fixados os não deve exceder 1,25 mm para fôr- de aço incorporada (fig. 6), ou ainda,
conectores de cisalhamento. Estes mas galvanizadas e 1,50 mm no caso podem ser formadas de elementos
conectores deverão ser soldados à viga, de fôrmas não galvanizadas. pré-fabricados.
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Uma das vantagens da utilização de vi- verificação depende da posição da li-


gas mistas em sistemas de pisos é o acrés- nha neutra na seção transversal da viga
cimo de resistência e de rigidez propicia- mista - passando pela alma, pela mesa
dos pela associação dos elementos de aço do perfil de aço ou pelo concreto;
e de concreto, o que possibilita a redução • tensão na mesa inferior da viga de aço;
da altura dos elementos estruturais, resul- • flecha, utilizando a inércia da se-
tando em economia de material. ção transformada, somada à flecha re-
sidual da viga de aço.
Para construções escoradas, ape-
nas as verificações após a cura do con-
creto serão necessárias.
PILARES MISTOS FIGURA 7: Exemplos de seções típicas de pilares mistos.
FIGURA 6: Tipos usuais de vigas mistas.
Os pilares mistos, de maneira ge-
As vigas mistas podem ser sim- ral, são constituídos por um ou mais Os pilares mistos, parcialmente reves-
plesmente apoiadas ou contínuas. As perfis de aço, preenchidos ou revesti- tidos, caracterizam-se pelo não envolvi-
simplesmente apoiadas contribuem dos de concreto. mento completo da seção de aço pelo con-
para a maior eficiência do sistema mis- A combinação dos dois materiais em creto, conforme ilustra a figura 7(b). Os pi-
to, pois a viga de aço trabalha predomi- pilares mistos propicia além da proteção lares mistos preenchidos são elementos
nantemente à tração e a laje de con- ao fogo e à corrosão, o aumento da resis- estruturais formados por perfis tubulares,
creto à compressão. tência do pilar. Essa combinação contribui preenchidos com concreto de qualidade es-
Com relação ao método construti- para o aumento na rigidez da estrutura trutural, conforme a figura 7(c) e (d). A prin-
vo, pode-se optar pelo não escoramen- aos carregamentos horizontais. A cipal vantagem é que este dispensa fôr-
to da laje devido à necessidade de ve- ductilidade é outro ponto que diferencia mas e armadura e é possível ainda a consi-
locidade de construção. Por outro lado, os pilares mistos, os quais apresentam um deração do efeito de confinamento do con-
o escoramento da laje pode ser apro- comportamento mais "dúctil" quando com- creto na resistência do pilar misto.
priado caso seja necessário limitar os parados aos pilares de concreto armado.
deslocamentos verticais da viga de aço Existem também outras vantagens, tal Dimensionamento segundo a
na fase construtiva. como a ausência de fôrmas, no caso de
NBR 14323:
pilares mistos preenchidos, possibilitando
Dimensionamento a redução de custos com materiais, mão- • Os pilares mistos devem ter dupla
Devem ser considerados os seguin- de-obra e agilidade na execução. simetria e seção transversal constante.
tes estados limites: Os pilares mistos são classificados • A contribuição do perfil de aço em
- construções não escoradas, an- em função da posição em que o concre- relação à resistência total do pilar mis-
tes da cura do concreto submetida ao to ocupa na seção mista. A figura 7 ilus- to deve estar entre 20% e 90%;
peso próprio dos materiais, concreto tra algumas seções típicas de pilares. • Seções transversais preenchidas
fresco, sobrecarga construtiva, operá- Os pilares mistos revestidos carac- com concreto podem ser fabricadas
rios e equipamentos: terizam-se pelo envolvimento, por com- sem qualquer armadura, exceto em si-
• a viga de aço isolada deve ser pleto, do elemento estrutural em aço, tuação de incêndio. Para os demais ca-
verificada à flexão e cisalhamento ver- conforme ilustra a figura 7(a). A presen- sos, a área da seção transversal da ar-
tical segundo as recomendações de ça do concreto como revestimento, além madura longitudinal não deve ser infe-
resistência da NBR 8800; de propiciar maior resistência, impede rior a 0,3% da área do concreto.
• flecha da viga de aço, que será a flambagem local dos elementos da se- • Para as seções totalmente reves-
uma parcela da deformação total da ção de aço, fornece maior proteção ao tidas, os cobrimentos deverão estar
viga mista. fogo e à corrosão do pilar de aço. A prin- dentro dos seguintes limites:
- após o concreto atingir 0,75fck, sub- cipal desvantagem desse tipo de pilar é • 40 mm < cy < 0,3d e cy > bf/6
metida às ações de cálculo atuantes a necessidade de utilização de fôrmas • 40 mm < cx < 0,4bf e cx > bf/6
no pavimento: para a concretagem, tornando sua exe- • onde cy e cx são os recobrimentos
• flexão da viga mista e cisalhamen- cução mais trabalhosa, quando compa- nas direções x e y respectivamente
to da viga de aço. O procedimento de rada ao pilar misto preenchido. • Quando a concretagem for feita
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com o pilar montado, deve-se compro- reduzida deve ser < 2. A verificação é ba- pondente concretagem, além de sobre-
var que o pilar puramente metálico re- seada na curva de interação entre N x M. carregar os pilares de aço dos primeiros
siste às cargas aplicadas antes da cura. pavimentos. É por esta razão que se deve
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Para as seções total ou parcial- limitar o número de pavimentos por etapa
mente revestidas, devem existir arma- A seqüência construtiva de um edi- de concretagem, durante a fase construti-
duras longitudinais e transversais para fício em estrutura mista aço-concreto,
va. Por outro lado, se as atividades relaci-
garantir a integridade do concreto. As deve ser cuidadosamente considerada
onadas com a montagem da estrutura
armaduras longitudinais podem ser pelo engenheiro calculista e pelo enge-
metálica e a concretagem estiverem mui-
consideradas ou não na resistência e nheiro de obra. Vale ressaltar que a es-
to próximas no tempo, poderá ocorrer per-
na rigidez do pilar misto. O projeto das tabilidade e a resistência finais frente
da da eficiência na construção.
armaduras deve atender aos requisi- às ações horizontais do vento não são
É preciso salientar que reduzir ao
tos da NBR 6118. imediatamente atingidas até o endure-
máximo possível o número de concre-
• Os estados limites de flexo-compres- cimento do concreto. tagem, respeitando-se os limites de re-
são, considerando a rigidez efetiva do pi- Podem ocorrer problemas de estabili- sistência do pilar de aço isolado na fase
lar misto, deve ser verificada, utilizando as dade do edifício se um número elevado de de execução, é um procedimento van-
curvas a, b e c de flambagem. A esbeltez pavimentos for montado sem a corres- tajoso nesses tipos de edifícios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ALVA, G. M. S. (2000). Sobre o projeto de edifícios em estruturas mistas aço - concreto. São Carlos. Dissertação (Mestrado)
- Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1986). NBR - 8800: Projeto e execução de estruturas de aço. Rio de Janeiro.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1999). NBR - 14323: Dimensionamento de estruturas de edifícios em
situação de incêndio - Procedimento. Rio de Janeiro.
• MALITE, M. (1998). Vigas mistas aço-concreto: ênfase em edifícios. São Carlos - Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.
• SÁLES, J. J. (1995). Estudo do projeto e da construção de edifícios de andares múltiplos em estruturas de aço. São
Carlos. 257 p. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.

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