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Para o presidente da Petrobras, não restam dúvidas quanto aos objetivos do governo
anterior de “preparar” a Petrobras para ser privatizada. “Gradativamente, todas as atividades
da Petrobras estavam sendo preparadas para serem passadas para a iniciativa privada, com a
exacerbação do conceito de unidades de negócio, praticamente autônomas”, completou, numa
breve análise do quadro que a atual gestão encontrou na Petrobras em 2003 e das
conseqüências maléficas que a privatização da maior empresa da América Latina traria para a
economia brasileira.
José Sergio Gabrielli diz que a Petrobras teve sua participação nos leilões de novas
áreas exploratórias limitada pelo Governo, para atrair outras empresas privadas na aquisição
dessas novas áreas, ficando, portanto, fora da disputa por novos campos. Sem novas áreas, a
sustentabilidade da Petrobras estaria completamente comprometida, contando com mais 4 ou
5 anos de atividade exploratória e deixando toda a riqueza do subsolo brasileiro para empresas
estrangeiras. Já no início de 2003, no primeiro Plano Estratégico da Companhia da atual
gestão, esse processo foi totalmente revertido: a Petrobras voltou a disputar áreas novas,
dobrou suas reservas, e ampliou significativamente o portfólio exploratório, hoje com
investimentos em exploração de mais de US$ 4 bilhões, enquanto em 2002 esses investimentos
foram de menos de US$ 500 milhões.
A Petrobras, frisa o presidente da empresa, perdia substantivamente em competência,
economia, valor, inteligência. “Além dos aspectos econômicos, o desmonte da Companhia
transformada em um conjunto de unidades de negócios trazia perdas em tecnologia,
engenharia, pessoal”. Limitava-se o crescimento do Cenpes, o maior centro de pesquisas
aplicadas da América Latina e um dos maiores do mundo, e da engenharia básica da
Companhia, na “ilusão” de que toda a ciência, tecnologia e engenharia poderiam ser
“adquiridas no mercado”. A gestão posterior a 2003 modificou essa tendência, fortalecendo a
engenharia da empresa e seu sistema de pesquisa e desenvolvimento, além de estimular a
criação de redes temáticas, que articulam centenas de pesquisadores de dezenas de
universidades e instituições de pesquisa no país.
“Na área de geração de energia elétrica, com as termoelétricas a gás natural, não foi
diferente. Os contratos, no governo Fernando Henrique Cardoso, garantiam lucros aos
empresários donos das térmicas, ficando todo suprimento, pendências, problemas e
financiamento do prejuízo para a Petrobras. Os investimentos em refino, mesmo para melhoria
da qualidade dos nossos produtos e para aumentar a capacidade de processamento do petróleo
brasileiro nas refinarias estava limitado. Nos últimos oito anos esse panorama se transformou e
os investimentos no setor de refino cresceram. Hoje estão programadas cinco novas refinarias a
serem construídas. Em 2002 não havia investimentos em biocombustíveis e hoje a Petrobras é
uma das maiores produtoras de biodiesel e etanol”, diz o presidente.
Em relação ao novo marco regulatório para o pré-sal, Gabrielli também contestou as
palavras de Zylbersztajn. Ele diz que o regime de concessões atrai empresas privadas que
aceitam o risco de encontrar petróleo em áreas de alto risco exploratório em troca de altos
retornos futuros no caso de descobertas. “Para o pré-sal, o risco exploratório é mínimo e o
sistema de partilha de produção, em discussão no Congresso, permite, como o próprio nome
indica, uma melhor divisão (partilha) entre as empresas e o Governo dos ganhos futuros das
potenciais descobertas. Defender o regime de concessões para o pré-sal é defender que a maior
parte dos ganhos da atividade sejam apropriados pelo setor privado e nesse sentido é defender,
sim, a privatização do pré-sal”, conclui Gabrielli.
Vender a Petrobrax.
E, se não for possível, impedir que a Dilma diga que, no Governo Lula, a empresa de
que ela foi Presidente do Conselho de Administração realizou a maior operação de
lançamento de ações da História do Capitalismo.
Bancos.
O PiG (*).
Numa semana, o Itaú fazia parte de um restrito grupo de bancos que lançaram as ações
da Petrobrás em TODO O MUNDO.
Na semana seguinte, o Itaú aciona a venda maciça de ações da Petrobrás, ao dizer que as
ações da Petrobrás não valem um dólar furado.
Nos Estados Unidos tem muito “especialista” que foi parar na cadeia, porque pulou para
o outro lado da muralha.
Essa operação baixista provocada, sobretudo, pelo Itaú nasceu de uma “inquietação” do
“mercado”: as próximas denúncias da Veja de que a corrupção na Petrobrás tinha
dimensões de um Paulo Preto.
Um horror !
Entrava com US$ 100 milhões e alavancava $ 700, $ 800 milhões de dólares.
Tudo para apostar na valorização do Real.
Em poucos dias, no fim da semana passada, essa operação movimentou US$ 20 bilhões.
No mesmo dia, esse montão de dinheiro saiu a correr do mercado de câmbio e foi para
títulos públicos.
Vender Petrobrás, aplicar nos títulos do Tesouro, esperar a ação da Petrobrás desabar e
comprar ela baratinha.
Enquanto isso, ficar aqui, na moita, atrás do biombo da Petrobrás, sem pagar IOF.
Desmoraliza a Petrobrás.