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Artigos & Ensaios A imagem do indio integtado /civilizado na filmografia de Luiz Thomaz Reis FERNANDO DE TACCA Fotdgrafo, Dr. em Antropologia SocialUSP « professor no Departamento de Multimeios-Unicamp Resumo © artigo faz uma andllise da construgio de uma imagem do indio-como integrado/ civilizado na filmografia de Luiz Thomax Reis. A andlise detém-se nos filmes, enquanto documentos etnogrificos que fazem parte de _uma pesquisa maior, abordando a imagética da Comissio Rendon. A relagiio entre Rendon ¢ Reis é abordada demonstrando um olhar artieulado de técnica com sensibilidade ctnognifica que fornece visibilidade para as diferengas étnicas no Brasil. Palavras-chave: Comissio Rondon. ‘Thoma 7 Reis. Antropologia visual Apsrracr This article presents an analysis of the image creation of the Brazilian Indian as civilized in Luiz ‘Thomaz Reis’ filmography. The analysis confines itself to the filens as ethnographic documents, part of a larger research concerning all of the Rondon Commission’s wages. The approach of the relationship between Rondon and Reis shows an articulated vision of technique and ethnography sensibility that sheds light into Rey words: Rondon Commission “Thomaz Reis. Visual anthropology RESGATE (6), 1995/2000. Tacca, F. p.19-44 19 Attigos & Ensaios uiz Thomaz Reis, ou Major Reis, como ficou conhecida, ou 0 “cineasta de Rondon”, como muitas vezes aparece ciudo, foi um profissional de cinema comamplos conherimentos de captacio de imagem, diregie, reve lacio de filmes ¢ montagem, alindos a sua sensibilidade emogrifiea na constru- cio das nartativas fllmicas. Como fotégrafo, pedemos perecber seu olhar lapi- dado no tratamento- da luz, dos enquadramentos ¢ na telagio com os persona: ntrinseca do seu olhat fotogrifico vai influenciar gens fotografados. A postu muitas seqiiéncias cinematogrificas nos varios filmes de sua autoria. Antes de continuar a apresentagio da filmografia de Reis, é importante salientar que so podemos ter acesso hoje aos seus filmes pela atuagio do Museu do Indio c, principalmente, pela politica preservacionista ¢ de resgate de documentos cine- matogrificos seali ‘originais de Reis Irei comentar alguns filmes que me parecem os mais importan la pela Cinemateca Brasileira, onde esto. depasitades os tes enquanto documento cinematogrifico com insergbes etnogrificas ¢ que fa- 8) . par g xem parte de minha anilise da filmografia de Reis ¢ da imagética da Comiss Rondon. Rntretanto, me deterei mais especificamente nesse artigo na andlise da construgio de uma imagem do indio como integrado/civilizado, Nascido em Alagoinhas, na Bahia, cm 1878, Reis entrou para o exército emt 1900, com 22.anos, Em 1910 foi desiyy tcrio de Viagio ¢ Obras Pablicas ¢ especificamente servindo como ausiliar de do para ficar 3 disposicio do Minis- desenho na Comis io de Linhas Telegrificas Retrarégicas de Mato Grosso ao ‘Amazonas, ainda no posto de segundo-tenente. Assim come Candide Mariano da Silva Rondon, teve fori thvire rnilivr eem force influéncia positivista. A obra cinematognifica de Reis esté quase totalmente ligada aos ios empreendimentos de Rondon, seja na chamada Comiss yi ume o Rondon que con. grega as witias entradas pelo sertiio para expandir as linhas do telégrafo, nas agdes do SPILIN - Servigo de Protegio a0 Indio e Localizagao do Trabalhadot Nacional (depois chamado somente de SPI) ¢, por dltimo, na Inspetoria de Fronteiras, Rondon, logo ap. participou come ajudante do Major Gomes Carneiro nas primeiras comissics de linhas telegrificas formadas a partir de 1890. Essas comissdes, denominadas Connissies Construiaras de Linkas Telsipbicas 0 Estado de Matto-Grasso, tinha fungio integrar 0 sertio do meio-ceste-& rede telegrifica brasileira. Com a morte do Majar Gomes Carneiro anos depois, o entio jovem capitio assumiu a chefia Ses seguintes. A segunda grande cmpreitada de Rondon foi na chefia da Comissia de Linhas Telgniphicas Esteatégicas de Matto-Grosso ao Amagonar, encer rida em 1916, 2 qual colocou-o fren sua saida da academia militar como oficial-engenheiro, m-como das.comi frente dentro do sertio com varios 20 RESGATE (9), 7999/2000, Tacoa, F.p.19-44 Artigas 8 Ensaios grupos indigenas de pouco contato com a “civilizagio”, levando-o a criar © Servigo de Protecto ao indio (SPD), em 1910, érgio governamental ligado a0 Ministério da. Agricultura ¢ que ji teazia a idéia de integragio das populagies indigenas ao processo produtivo nacional. Influenciade fortemente pelo positivismo, Rondon deu uma canacteristica humanistica ao Servigo de Provegio a0 Indio. Entre 1907 ¢ 1909, Rondon ¢ seu grupo de ajudantes percorreram 50.000 km na selva, a cavalo, de barco ¢ a pé. Com o espirito cientifico das grandes cexpedigdes da século passade, Rondon sempre levava junto botanicos, zo6lo- tamentos da fauna ¢ da flora. Q levan- gos coutros tamento topogrifico © geognifico foi feito pelo proprio Rondon seus ajudan- tes, ¢ cle também fez levantamentos etnogrificos da cultura material ¢ sobre linguas indige ses trabalhos foram publicados com o titulo de Pebi- caries da Conrisia Rendon, em pequenos ¢ grandes volumes, no total de cem pu- tistas para fazcrem le Todos blicagdes. As diversas comissdes chefiadas por ele ficaram conhecidas mais tar- de simplesmente- como Comissio Rendon. Infelizmente Reis somente sc incor- porou na Comissio Rondon a partir de 1910, ¢ ainda como ausiliar de desenho, deixando dessa forma, de registrar a importante Gamissies Constratoras de Linbas Tekgniphinas wo Estado de Matio-Grosso. Depois de vitios insucessos utilizando os servigos de um importante esta- belecimento comerci de fotografia do Rio de Janciro, Rondon aceitou a pro- posta do jovem oficial que o acompanhava, o entio’Tenente Luiz Thomaz Reis, para formar o Servico Fotogsifico e Cinematogrifico da Comissio Rondon, em 1912, Reis viaja para a Europa para comprar equipamentos, comeca s xs prime’ ros registros logo em seguida e seni o principal fordgrafo-c cincasta da Comissio Rondon, No relatrio Expeaigao 20 Rio Romer, Refs cita as duas cimaras de-cine ma pertencentes 4 Comissio e operadas por ele mesmo: uma Williamson de 30 metros e uma Debrie Studio de 120 metros, que, segundo ele, utilizava p: “esindos mais importantes”, Reis niio. ser’ o vinico fordgrafo das diversas expedi ges; podemos citar pelo menos alguns como José Loro, Dr-Benjamin Rondon ¢ GelJoaguim Rondon, Charlote Rosenbaum e Exp. Carlos Lako. Este filme é considerado o peimeito filme de Reis, mas infelizmente nio foi encontrado uma copia inteyeal, tendo somente sido reeuperado alguns fragmentos Os filmes eas fotografias da Comissio Rondon erum exibidos em grandes audiéncias publicas que forjavam, no imagindsio das populagées das cidades, o distante sertio e os povos indigenas que viviam nos “confins” do Brasil. Acompanhando-a Expediciio Roosevelt-Rondon entre 1913 ¢ 1914, Reis 2 OS fez captagées de imagens de um virtual filme que, segundo suas préprias pala- “RESGATE (8), 1999/2000. Tacta, F.p.19-44 21 Artigos & Ensaios — 1 - Ver TACCA, Famando de. A Imagética da Comisedo Rendon - Etnogratias Filmicas Esiratégicas, Campinas, Paras, 2001. 2- Conselho Nacional de Protec ao Indio, criada-em 1939, ¢ segundo palavras do préprio Rondon, ‘seu primeiro chefe, com o-abjetiva de *.orientar & Somvigo de Protpie a0 lio. inalcando- Ine nonmas de wma politica incigena capaz de manter a unica social aa ‘aga e determinar a felcidade do india” (Miveiros: 1958: 396). 2 vras, niio resultowe: um produto acabado. Em 1914 ditige Expedigio Roosevelt 4 Mato Grosso, documentitio sobre a expedigao cientifien comandada pelo ex- presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt ¢ guiada por Rondon, Se. s¢ filme ficou incompleto mas foi exibido com 0 Rooserest cm 1915, durante conferéncias de Rondon no gundo o proprio cincasta, lo Eacpedi Phenix, no Rio de Janeiro, Reis viajou em 1918 pa rica patrocinado pela Nutional Geggraphie Society, exibindo no Carneggie Hail de Nova lorque a pelicula De Sanu Crug, (Wildernes:), por ocasiio de uma palestea proferida por Theodore Roosevelt sobre a expedicio ao sertio brasileiro apresentou um programa exético sobre o Brasil que misturava cenas do sertiin, cachoeiras, cagadas de onga ¢ o brithante filme Histar ¢ Riinaes Borara, de 1917, realizado um ano antes ¢, portanta, sem relagdes com a Expedicio Reosevelt- Rondon. tit featro stado Unides da Amé- Os Carayis ENTRADA DAS BANDEIRAS: OCUPACAO DO-TERRITORIG SIMBOLICO O segisteo da passagem de Rondon pelos indios earajas na Iha do Bana Gum trecho do ja citado programa cinematografice Ae Redar de Brasil -Aghectas do interior ¢ das Fronteiras Brasikiras, (1932). Como ji dissemos e pudemos consta tar das posturas ideolégicas da Comissie Rondon, a idéia de nagio brasileira passava pela ocups toda extensio do tertit6rio nacional, avangando para @ oeste ¢ reconhecendo », reconheeimento ¢ criacio de fluxos de comunicagio.em terreno através dos estudos topogrificos, 20 mesmo tempo, integs pels comunicagdes. A transformagio de um indio genérico selvagem em um indio genérico integrado, foi pritica portadora de valores de sua “nova patria”, ¢ indo o pa ssim, 0 indie pa as agi roteiro, fossem elas religiosas ou la er um trabalhador a mais para produzir © progresse ss civilizaté ordenado: es cram come um degeau conguistado nesse Destarte, o titimo passe. para a construgiio sfgniea da imagem do indie podia ser dado, visto que ela ji tinha apresentado suas qualidades indiciais (sel- wager) ¢ de semelhanea (pacificade) [1], imagens-conceito que vio continuar a stir na procura da imagem-conceito de integrado fcivilizado, A expansio des- se simbelo p: Jores «das imagens deveria criar, para os espectadores dos filmes ¢ das fotografias, um sentimento de dever cumprida.e de tarefa-a ser continuada. © texto sobre os indios carajis publ volume Il, ¢ assinado por Boaventura Ribeiso da Gunha, com a anuéncia do CNPI [2] © apresenta informagdes sobre lendas, a lingua cara}, a relagio com 08 spect ado no livro fudios do Brasil, seus vizinhos indios ¢ braneos c relata casos que presenciou, dado-que afirma ter RESGATE (@), 1999/2000. Tacca, F p.19-44 Artigas & Ensaios estado em contato-com esses indios desde a infiineia e que estudou em missces catdlicas junto com indios do Araguaia. © texto data de 1946 ¢ a publieacio éde 1953, sendo um dos poucos textos ndo assinades por Rondon e Amilear Botelho de Magalhies As imagens — fotos ¢ fotogramas publicades — repetem-se signieamente apresentande o indio reconhecendo os valores da nova pitria, como a bandeira nacional, © hino nacional ¢ até mesmo o presidente da Repdblica, Em uma passagem e em uma do livro sobre os indies Caraja Rondon apare comemoragio do dia 15 de novembro falande para os mesmos sobre a importincia da data ¢ em seguida um chefe indigena juterpretr as palavras de Rondon (Rondon,1953:216-218). A seqiiéneia ainda mostra uma jovem india com a caracteristica marca caraji no rosto segurando a band no com as palavras Onto ¢ Progresso em visiveis, en nacional, que esti em primeiro pl- quanto ela esti em segundo plano. A legenda € uma ode A integragio: Menina Caraji como Porta-bandcira. O15 de Novembro foi festeja~ do para demonstrat aos jovens indios, fururos cidadiios, a importin cia que esta data representa para a nossa patria, (Rondon, 1953:216) Em seguida, Rondon aparece de costas para a cimarae de frente para um grupo de pessoas, entre clas militares, alguns engravatados, possiveis burocratas, ¢ indios vestidos. A foto de Rondon de costas talvez seja a tinica de toda a ‘publieagos em todas outras ele esté sempre com uma pose trabalhada com: postura de superioridade, ar nobre e de determinagao, A. cimara parece dizer- fos que atrés de Rondon nio hi mais ninguém, que cle é o personagem princi- pal a que todos devem sua atengio ¢ a legenda diz ‘© Gal. Rondon explica a todos os factos hi da Replica, seu fundador ¢ seus co AAOVO regimen tornou em realidade as id ricos da proclamacia boradores, € mostra como 0 ias de José Bonificio, crian- do 0 servico de redengio da raga indigena, perseguida por quatro séculos de atrocidades pmticadas contra os indios, a pretexte da civi- lizacao, (Rondon, 1953:216) RESGATE (9), 1999/2000, Tacca, F p.19-44 B Axtigos & Ensaios Nos foregramas publicados em seguida, um grupo de indigs enfileirados ¢ uniformizados por roupas do exército recém adquitidas (provavelmente recebi- das naquele mesmo dia), com rostos perplexos ¢ de olhares cabisbaixos, esti «cane ene silencio as patacras db Gal Rowan. A frente dos indios ordenados esti uma pessoa no india, provavel funciondsio do SPI, talvez @ chefe de posto, que 08 colocon em ardem, Nas duas tltimas reprodugdes aparece um indio mais nce para os outros ¢ a legenda ni se instalaram totalmente pela regitu, fazendo apenas astiting Den- tro deste contesto, vemos pela primeira vez uma eanoa indigena ¢ Reis mostra sempre em longos planos a mata densa na beita do rio que se esteeita © agora ainda na bem menor, Completando a caracterizagao da naturcza, Reis enfoea pela primei- ni vez também indios totalmente nus, Uma cartela anuncia 0 geupo: Exe Virqhogy 34 RESGATE (8), 1999/2000. Tacca, F. p. 19-44 Artios & Ensaios centre se grape de indies mci, a trib degradadr © consinua F.sses fudios sia néimades, send or isso eseravisados pelos sribns mais nobres de tucanes, dessanas, piratapuilas ete. Ape: ctnogrifica eserita que acompanhe 2 nhuma informa imagens, como acontece nos outros filmes, Reis esta cons ciente das rela ies de hicrarquia entre grupos indigenas da regio. Pela primeira vez vemos também uma bela tomada s amamentando seus filhos, da relagao. préxima de mi ‘ou scja, pela primeira vex os pequenos indios estio no ambiente de seu proprio grupo étnico, O contraponto com as missdcs € Sbvie: o que seria melhor pata eles? Parece pergur implicitamente a narrativa. Eos pach o perdem aoportunid: queacompanham a expe de de seduzi-los, presenteando-os com facdes ¢ obvia- mente roupas, ¢ até mesmo pedagos de salame. ‘Outta ve a seqiiéncin enfirizao rio que seestreitac mata que se adensa, Em Paricachocira, uma povoacio recente, segundo a cartela, sob influéncia dos salesianos, cenas- mostram o padre tentando varias vezes juntar os indios em frente das casas para serem filmados. A cartela diz que 0s indios do rio Tiquié caren de roupas, 0 que os diferencia dos intetnados que aparecem impecavelmente vestidos; pelo menos assim aparentam para as gens. A diferenga em relacio aos indios “civilizados” das missdes é reforgada com a afirmagao em outra cartcla que diz: Sao cuchistes nadadores reneendl as cacho- cirar como peises. As cenas sto muito bonitas e a interagio dos indios com 0 rie onde nadam em forte correnteza enfatiza ainda mais a wa. imtegracio com a nature- om. a mata cada wez mais fechada, as. embarcacdes sio agora canoas meno “om varios remadores indios. A cimara matas procurande, cia pe espreitando, posicionando-se em busca do fortuito ou em busca da imagem de um indio, Como parte de uma aventura de busea dos “iiltimos selvagens”, a canoa ji no pode seguir facilmente e os passageiros sio obrigados a descer em . A canoa € ancorada em uma pedra do rio e descarregada. Vemios plena m a aslotte Rosenbaum fotegrafando e olhando para a cimara de Reis, A narrati va filmica ganha qualidade com as dificuldades que se apre 4 enda vez mais integrado com os registros ¢ livre para fazer belas dando nas cntam para a expedi- cao, Reis tomadas dos indios remando rio acim e beli jimas tomadas deles com 4 forte correnteza do rio como funde de cena. Nao pedras em contral RESGATE (9), 1999/2000. Tacea, F. p.19-44 35 Artigos & Ensaios estamos mais na ambiéneia opressiva das missdes salesianas. Os dizeres de uma cartela confirmam es tuagio e coloea-os ne: confin de mossa frovétina, 08 limites da nagao onde vive ainda o “altimo selvagem”, Os indi- 0 posam nus ao lado do marco limitrofe da fronteira como guardides de um mero bloco que assume um valor simbsl limites é sugerida. Nessa situacio também estamos no io civilizarria ¢ a fronteita n a si- ico frente A cdmara. A corrclacio entre indias ¢ Timite di o € somente imbilica, geourtifica, m As cenas das canoas descende ¢ subindo 0 rio so emocionantes, mostrande a mata densa ocupande niio apenas as marens mas avangando para dentro do pro: prio fie. Estamos no limiar da aventura na qual até mes- mo o rio, que durante © todo © filme era o fio. condutor € leito da narrativa, torna-se impossivel de transpor ou de navegar. A proxima cartel coloca a narrativa filmiea no Ambito tradicional das priticas culturais ¢ Reis se desgar- ni do cerco militar ¢ religiose, pode fazer agara 0 que gosta: documentar festas, rituais e dangas. A primeira tomada mostra os indios felizes, homens ¢ mulheres, uu. Bauecantu, Reis edive dangando em passe sincrenis uma imagem de um padre com pequenos indios de colo ea cartela anuncia que os “‘ilkimos selvagens” estio ma mira da aio missiondria: O padre Jodo rai entretasio sristianizamda todos eles. A cena do. padee batizande os pe quenos inulios ainda de colo é entremediada com cenas tradicionais, o antineio de sua danea preferid Acangatara. Assim Reis intercala © batismo com as as ¢ habitos tribais, introduzindo 0 conceito de tempo na narrativa filmica, dessa forma, ao proprio processo de cantata, Sem se importar com a presenca da cimara, em phinos prosimos, os ind eaccartela completa: Os Tuias passarianr a viele dangerado, os adornam-se para a danga ¢ outm cartela diz: 1 siviizeria porene wad elegans agara esti as misses om contacto com a popadagées do Tiguié. Vastre uma cartela-¢ outra vemos cenas de todos dangan- do, homens, mulheres ¢ ctiangas, com a camara fixa ¢ as pessoas pasando pelo RESGATE ©, 195912000, Tasca, Fp.19-44 Artigos & Ensaios enquadramento em uma das mais belas cenas de Reis, ‘A cimara passeia dentro e fora da roda da danga, enfoca os passox dos pés em Angulo descendente, planos proximos, ¢ coreografias diferentes propici ‘nos um final de filme totalmente inesperado. Apds a carte! recente com as missdes, Reis termina o filme intercalando duas cenas dos mchiiuas anunciar © contato, tocanda maracd. Ultima cenaz uma panorimica dos tuchiuas tocando maraci, de frente pata a cimara, dltimas dangas tradicionais antes da completa cristianizagaio? A imagem de um indio integro no seu ambiente tribal encetra o filme quando pensivamos que rativa pela glorificagio 4, presente ao longe do filme na ima- seria totalmente desprezado na na da agao missiona: gem de um indio integrado/pacificado, © ultimo selva- gem se confunde-se com as confins de nossa fromteiras, essa €a mensagem final do filme. Novamente, registramos uma grande diferenca apare os fotogramas publica- los, Gome ja dissemos, no livro so publicadas forografias, 1s por Charlote Rosenbaum na parte que trata da mis © publicados os ce entre as imagens finais do filme Es ses, mas nas cenas finais da expediga0 5 proprios fotogramas, Assim, no livro temos a opartunidacle de verificar que Reis fez muito mais repistros das dangas do que é editado no filme. O livre, ao contririo do Hilave, enfatiza © indio tribal com muito mais imagens publieadas. Os nii- meros brutos mostram essa diferenga, enquanto as cenas finais no filme nio passam de 10% de total, no livto: so 137 fotogramas conta ‘apenas 85 foografias publicadas. Essa diferenca indiea uma edicio & portanto uma slenificacio distinta entre os dois produtos. O novo inspetor de fronteinas enfatiza as missdes, enquanto Rondon enfatiza uma vida tribal, mas nos dois casas existe a superposicio da imagem do indi como integrado ‘ctvilizado sobre a imagem de indio como-selvagem. A dilfcrenga est em eomo mostrar essa imagem que significa proceso de “integracio” ou de absorgio daYcivilizac As primeiras cenas do livro, fotogramas de Reis, que abordaa o indio tibal, mostmm as dificuldades de atravessarem corredeiras, imagens que aparecem tam- bém no filme. Mas logo em seguida comeca uma seqiiéncia nao editada na monta gem do filme, na qual Reis detalha toda a preparagio de uma festa ¢ 0 tratamento da casca de uma madeita chamada tururi. Hii planos abertos com varios indios trabalhando lado a lado, ¢ planos fechados nos detalhes das fieas ¢ miios. Vemos criangas participande da preparagao € desprendendo a celulose dos ioncos da RESGATE (9), 1998/2000. Tacca, Fp.19-48 Ezy Artigas & saios drvore. Fim seguida os vemos caminhando para 0 tio € cfetuarem a lavagem. A seqiiéneia continua com detalhamentos em planos préximos ¢ vemos as entrecaseas depuis de seeas endo pintadas com urucum ¢ a legenda nos permite um idéia de tempo: Pistande asin, passnm mni- 1s dias (Rondon,1953:169), As tomadas sio varios planos a legenda anuncia que sio a As informagé do que no filme, As cartelas do filme lhackas nos viscaras rituais, > mais dctalhadas © as imagens sao m fo permitem, por ‘exemplo, ter uma compreensio da dimensio temporal, do ptocesso de preparagao ¢ o ritual em que usam as masea- ras nio é editado, nfio aparece em neahum momento. Rondon destaca ¢ detalha os procedimentos anteriores. ¢a propria ceriménia das ma exclarece © contexto: As dangas de mecca sito sempre rite. ras, ¢ uma legenda também ais, em bomenagen at sox ete falecido, Rondon,1953:183) Seguindo linearmente o proceso, os fotograma publicados apresentam a feicura de saias da madeira mata. mat que serio montadas com as miscaras como uma. vestimenta para todo 0 corpo. As legendas e as imagens Gniea das diferentes mascaras ¢ suas mostram a riqueza. significagdes, representando animais da cosmologia dos fnuios uandine Ainekt nes iionientus dos prepariives, 2 importante feitura do cachiri, bebida fermentada, é vista sendo transportada em grande potes de ceriimies, Nesse momento da-nartativa temos trés imagens que anunclam as posteriores, sito dois indios tocando grandes Hlautas, diz alegendas Ariorhar antsciaos arprisionas fstividades...Uee aviso pelas trembetar pare commear os fudias para a reuniaa (Rondon,1953:178). mascarados no centro da aldeia em 18 fotogramas, o que seguida tems as dangas dos mostra que havia muito material brute, rico etnograficamente, que poderia ser editade no filme. ‘A segunda patte da narrativa publicada sto também fotogramas de Reis, é a danca do Acangatara que ¢ no filme. Entretanto, seri muito mais rica no liven, com mais imagens e informagées contextuais important , como por exem plo a citagio de que virios grupos vizinhos participaram das festividades: 38 AIESGATE (9), 1999/2000. Tacoa, Fp.19-44. Artigos & Ensaios Bm Lutica, import Uaniina, rcuniram-se 200 indios da redondeva para 0 festejos, Os indios de Matapi ¢ T: nte povoado dos indies acwa-Cacho eira, vieram tomar parte nas festas! (Ron don,1953:193) a legenda ea imagem apresentando um gran. de grupo de indios prontos para a danca diferenciam-s do enfoque do filme pois contextualizam 0 evento. Os planos abertos mostrando 0 inicio da danga com uma ida das flautas © Jinha de indies prosima a uma casa, 2 apresenga de uma grande pla que niio so usadas no filme. As cenas x indigena, so imagens que aparecem no filme com as coreografias da danga jim, temas uma grande d clas imagens dessas festas tradicionais entre as narrati- is visuais do livro e do filme. A pergunta é porque imag, io foram utilizadas es: narrativa publicada ¢ mais rica emogratica tuando uma vida tribal ¢ costums ens no filme? Porque a mente accn- tadicion: enquanto © filme acentua @ indio sendo cristianizado? Estamos frente de duas visdes € distintas no proce sua imagem, Enquanto 08 salesianos e 0 inspetor, por so de integragio do. indio ¢ na construgio de eles seduzido, enfocam o fim da vida tribal ¢ a imposi cio dos navos valores por meio de uma pedagogia au- Rondon apliea a inser cos da nagao em um indio ainda tribal. Inceress: toritiria, o dos valores simbéli- a Ronden transforma-los em brasileiros mantendo-os com sua identidade étnica especifica, j4 para os salesianos a tfansformagao em eristios implica na negagio de uma identidade indigena. Por outro lado, a publicagio- dos fotogramas nio utilizados na edigio do filme s6 vem a confirmat © olhar cinematogrifico de Reis qi de fazer o registro etnogrifico, pres ae eee Rea eS indo encontra a oportunidade RESGATE (9), 1999/2000. Tacea, Fp. 19-44 39 Artigos & Ensaios 40 PARIMA, FRONTEIRAS DO BRASIL (1927) ViaGEM ao Roratmi (1927) Bsses dois filmes foram os primeiras produtos realizados logo apés Rondon assumir a Inspetoria de pontos importantes da frontcira brasileira, Parimi é nome de um sistema de montinhas que far limite com as Guianas ¢ a Venezuela. Na viagem Rondon conteiras. Assim, ambos referem-se a expedigdes em passa perto de Cabo Orange ¢ entra no rio Oiapéque, na regiio equatorial, nassas limites com a Guiana Francesa, Temes no filme interessantes imagens que, segundo a cartela, Couserium ainda eastumes ancestrats ribeitinhas, trocam de embareacio para ven- de negros saramacis Apés visitas a algumas povoacé cer os ripidos, mesmo assim tendo de empurmar as canoas, © filme mostra as dificuldades de transpor acidentes gengedficos para se chepat ao Patina. Eacon- trams e com indios guianeses mus, diferentemente dos outros filmes, estavam m somente cenas sipidas sem importineia ctnogrifica. éde registro da exploracio ¢ ocupagio das frontei- ras ¢ 08 encontros com poveagdes ¢ grupos étnicos sio mem situagao de passa- gem. © filme volta a mostrar muitas dificuld mostra a fartura de peixes da regio e a rica flora, e chegam na frontcira coma Guiana Holandesa. Uma cartela anuncia: Pauetranuos pelis esireiles do tio fare desc. brir of indias. Deseobrir os indios desta forma, Rondon ¢ Reis associam a existéncia de indios ainda “selvagens”, de passage e f A natureza desse filme, lides de transposicio de saltos € também explorar os limites da frontcitas, ‘ow em vida tribal, com nossas fronreiras, Essa associngio se reporta também ao imaginario dos avangos da “civilizagio” ¢ As fronteiras agricolas © cometciai panstio, agora explorigio podemos perecber a destreza operacional de Reis, encontzam um acampamento recém que sempre tiveram os grupos indigenas como limites de sua cx fronteiras nacionais. Apds varias cenas de entretanta, se situam ns dain pita naturesa de matas densas ¢ de dificil navegacio, nas quai abandonado pela che; anuncia: Depots de dois dias entranos ima alder dos indies. Os indies para a cimara pelo préprio Rondon mostrando um relbgio ¢ seu earacteristice- som nos ouvidos deles ¢ so denominados como perten 0 nano Rage die Guiana Holandesa. Reis explora belos retratos em primeite plano com olhares ida da expedi¢fo ¢ seguem os tastros na mata, A cartela 10 apresentados ent curiosos penetrando a objetiva, AAs cenas em seguida mosteam o preparo da mandioca e do beiju coma presenea constante de Rondon, sendo que as veres somente o identificamos pelas suas botas ao lado da india cozendo. Muitos presentes sio ofertados, panos, facies, etc. scenas do fil- nfeitando para receber os “convidados”. Essa seqiiéneia é o melhor registro etnogritfico do filme. Na altima uma das melhor mg, 4¢dmara mostra um jovem chefe ena a cartel, RESGATE (9), 1999/2000, Tacca, F. p.19-44 insaios anuncia: Deixanes « Gotan Hokendesa des endo o rio pela presmo caminko, ¢ mostra as canoas partindo ¢ um indio em primei- zo plano se apoiando em uma devore. Reis simula essa cena para mostrar que esse indio selvagem € 0 verdladeio habi- tante de nossas frontciras, afinal teria de embarcar também. Rondon parece nao be preocupar com fatores estratégicos que serio prencupagdes mais reventes sobre 0 trinsito dessas populagdes en- tre as fromteiras nacionais; afinal nao se- iam problemas fronteiricos dada sua ingenuidade primitiva, A narrativa de filme é pobre ¢ sua natureza é simpl O filme Viggen ao Roratmed também € da mesma natureza do filme anterier, mente registrar a viagem de Rendon, ou scja, documenta a expedi¢ie até essa famosa clevagio nas frontciras entre no rio Amazonas parece Brasil, Venezucla ¢ Guiana, As primeiras imagens ainda mais uma viagem turistica em qu io, mostra. grande rio ¢ outras embarexgdes de mesmo porte. Os passagcizos localizada em uma grande embarea- que viajam aprceiam as margens em grandes mesas, fazendo refeigdes. Vemos muitas senhoras e civis, o que indica-nos ser uma embarcagio de linha. Na pas- sagem por Santarém vemos cenas rapidas de uma filbrica de vasos de tartaruga © na passagem por Manaus mostra somente imagens das cdificagdcs situadas nas margens do rio € cenas do porte, Em seguida, a cimara ja esta no rio Bran- co, afluente do tio: Negro, indo rume 4 fronteira com a Venezuela. A eimara mostra os habitantes nas margens do rie ¢ a vida de subsisténcia da pesca ¢ da colera. Apés varias cenas das margens e das matas, vemos que estio agora em: jf cm term, mostra os chams uma embarcagio de menor porte , em segui dos campos do rio Branco onde se criava 0 gado da Amazénia. Rondon encontra em Mauai virias urnas funcririas com ossadas humanas ¢ remete-as para o Muscu Nacional ea ciara mostra a operagio de retiri-las de uma caverna, Uma cartela anuneia: A expedigdo brasitinn sob a ebeffa do General Rondon fai orgontadts om 180 iudios macuris ca uldeia do Barro. Q)nimero de indios que acompanham Rondon nos leva a indagar a rurio de tamanha comitiva, Jas no camino. Seria neces: de aliment que wri doses e gui chegar até a frontcira? Assim, apds vi res c criangas entre os membros da expedici rio somente alguns carrepa- , porque rio quase a aldeia inteira acompanha Rendon na missio- ios dias de caminhada, vemos mulhe », dificuldades de transpor obstitcu- RESGATE (9), 1999/2000. Tacea, F p.19-44 4l Artigos & Ensaios Jos naturais, imagens de cobras, cenas de acampamentos ¢ distribuigao de ali- mentos, até a chegada 20 sistema montanhoso Pacaraima, préximo ao objetivo. Rondon ¢ 6s principais membros da expediciio vio & cavalo e os indios cami- nham a pé, earregando a carga da expedigio. Depois de mais dificuldades na travessia de rios e montanhas, finalmente temos a primeira cena do monte Roraima: uma barraca montada em primeira plano onde distinguimos a incon- fandivel fignra de Rondon sentado na sombrae a imensa clevagio como fundo de cenario, Antes de mostrar o monte Roraima, objetivo da expedi¢io, vemos o general tranqiiilamente descansando ¢ observando-o. As cenas seguintes mos- tram o conjunto de escarpas ¢ os doi Jada final nos 2.800 metros do monte, Reis passcin seu olhar pelos imensos paredées em conjunto com nuvens que mesclam-se com a montanha, is ncampamentos que se seguem até a esca Na cena final todos satidam a cdmara com as bandeitas dos teés paises que Rondon carregou consige para hasted-las, mas obviamente com a bandeiga na- ional no meio das outras duas ¢ em plano superior, Rondon esti segurando © bandeira no topo-de uma pitimide humana feita pelos seus ausiliares ada ne mastro d 0 grande niimero de indios macuxis, A mesma imagem aparece publi final do livro frdfes da Brasil, volume III, onde quase todos estio sentados nas pedras ¢ Rondon com sua postura clissica se situa acima de todos segurando a ‘bandeira. Novamente temos a presenca indigena na ocupacio de nossos limites, -lo tertitoriais como. uma proposta estratégica de Rondon de incorpori sa uma idéia de nacio, para torni-los guardides de nossas fronteiras Ronon « Res Luiz Thomaz Reis morreu filmando em dezembro de 1940 no Rio de Janeiro, devido aos ferimentos ocasionados pelo desabamento de um antigo odoM ‘2 pega princ quase todas as situagdes, Além de operar ¢ equipamento, processava os negati. vos, depois edi ‘quartel, Torna-se importante destacar a atua or Luiz ‘Thomaz Reis em toda a imagética rondoniana. Reis 1, ow olhar onipresente, em tava os filmes ¢, nos livros, seus fotogramas senio intensamente reproduzidos tornando-se o corpo principal, sem contar suas prdprias fotogra- fias. Reis fazia todo o processamento técnico de manutensio dos equipamento para deixé-los operantes em sinuagdes de alta umidade, Quanto 4 fotografia, Reis fazia 0 processamento das chapas de vidro em plena mata. As dificuldades de execugio de: s produtos fotossensiveis valorizam os empreendimentos colegio edificou uma conjungio dnica de sensibilidade etnogrifica, cinemato- giifica e fotognifica. Rei éoolhar que clege, recorta, edita @ ago € sempre com uma“ 10”; Rondon €um segundo olhar, compreensivoe incentivador; a AESGATE (8), 1980/2000. Tacca, F p.184 Artigos & Ensaios olhares irmanados. Se Reis cra o olhar direto da agio em campo, Rondon era o articulador da visibilidade desse olhar ne ambito nacional. Juntos, esses olhares tornaram-se a “caixa preta” da Comissio. /Acompreenstio- ea andliseda colecio imagética da Comissie foi construida na intercessio desses olhares, ¢ nilo poderia ser de outra forma, ou seja, no. desvendar desse cnigma, Rondon, muitas vex | mesmo ausente no campo, atou o olhar de Reis que perdeu-se em montagens ¢ cdigdes do filme sabre @ Rio Negro (laspectoria: de Fronteiras, 1938). Nesse caso especifico analisado deralhadamente em nosso artigo, Rondon reeupera o olhar etnogrifico de Reis, qu fotogramas que niio foram editados na montagem filmica no livro Indias do Brax emerge somente parcialmente no final do filme, e 0 faz publicando os si, Mesme quando acompanha Rondon ¢ documenta suas interferéncias simbé licas, como-a entrada das bandeiras no patio da aldela Cara} (4o Redor do Brasil 1932}, Reis erla espago para buscar ¢ compor com outros temas mais tradicio- nas, A imagem na Comissio Rondon existe como auto-afirmagio, marketing © mostta a aio estratégica de oeupagiio de nossas fronteiras. imagem do indio tribal ou tradicional ¢ construida como uma referéncia de se roleiro, a integragaa ¢ nae de exclusio no conjunto da nage. Rondon e Reis formam um ‘nico e insepativel olhar articulado que fornece visibilidade das diferengas cas ¢ de contato no Brasil daquela época ¢ € responsivel por permanéncias signicas no imagindrio brasileiro, no roteito entre a imagem do selvagem 20 integrado, Reniténcias presentes em propagandas televisivas e mesmo nos wlti- mos embates de Porto Seguro mostram-se quando um indio Terena, portando seus adores tradicionais, enfrenta uma tropa de choque pedindo-ajoclhado que © matem. Temos uma imagem amplamente divulgada no Brasil ¢ no exterior de um indio tradicional (“selvagem”) participando de enfrentamentos politicos con- temporincos. BipiioGRaria MAGALHAES, Amjcar Borctho de. Inppressits dla Conrissdo Random, Rio de Janei- ro: Companhia Editora Nacional, 1942. . Peloe Sertiee do Brasil. Rio. de Janeiro: Livraria do Globo, 1930, ROOSEVELT, Theodore. Nas Seltwe do Brasié, Rio de Janciro: Ministério da Agriculnura,1942, RESGATE (9), 1999/2000. 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