Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Estudo do Signo
Semiótica do Espetáculo
Professor Aluizio R. Trinta
Este trabalho pretende fazer um breve estudo sobre o signo e a ciência que o estuda, a
Semiótica. Partindo do ideal de que o signo é unidade universal de representação, torna-se
possível afirmar que ele possui importância vital dentro do processo de Comunicação. Estudar
os signos ajuda na melhor compreensão da Comunicação e a relação de interação entre os
seres humanos.
1) Semiótica
Para tratar de Signo é importante, antes, falar sobre a ciência que tem esse como
objeto de estudo: a Semiótica. Ciência que estuda os signos do mundo em qualquer parte, a
Semiótica surgiu para entender como funcionam eles e que relações se estabelecem com eles.
Charles Sanders Peirce nasceu em 1839 e dedicou sua vida à ciência. Peirce, hoje
considerado o pai da Semiótica, foi o grande pioneiro desse campo de estudo. Segundo ele, o
mundo inteiro está permeado de signos. Peirce sustentava a ideia de Pansemiótica do
Universo. Segundo ela, o mundo inteiro é composto por signos. O cientista considerava que
todo fenômeno de que tomamos consciência é um signo, ou seja, é absorvido por nós através
deles.
Uma distinção importante que aparece na obra de Peirce é a que se faz entre Semiótica
Geral e Semiótica Especial. Semiótica Geral seria a área da filosofia que abrange Lógica,
Filosofia da Ciência e Epistemologia. O objetivo de Peirce era dar uma unidade a essas
disciplinas através de uma abordagem da concepção do pensamento como um processo de
interpretação do signo com base em sua relação triádica. Ainda de acordo com Peirce,
Semiótica Especial é a ciência preocupada com os fenômenos mentais, ou com as leis,
manifestações e produtos da mente.
3) O signo
De acordo com definição dada pelo minidicionário Houaiss, Signo pode ser entendido
como sinal indicativo; indício, marca. Segundo Charles Sanders Peirce, em definição ampla,
um signo é aquilo que representa algo para alguém em um determinado contexto. Ou seja, cria
na mente desse alguém um signo equivalente ou mais desenvolvido, a esse signo que se cria
na mente foi dado o nome de interpretante. O signo é unidade de representação, representa seu
objeto.
Ainda de acordo com Júlio Pinto, "o caráter triádico do signo, portanto, é a mola da
semiose e constitui a grande contribuição de Peirce ao entendimento do processo de
significação" (PINTO, 1995, p. 53). Diante da diversidade de signos, os estudiosos buscaram
formas de separá-los em categorias.
Peirce afirmava que os signos são divisíveis em três tricotomias. A primeira, o signo
em relação a si mesmo. A segunda, concebida da relação do signo com seu objeto. A terceira,
proveniente da relação do signo com seu interpretante. De acordo com a primeira divisão, um
signo pode ser qualissigno, sinsigno ou legissigno. Conforme a segunda tricotomia dos
signos, ele pode ser denominado ícone, índice ou símbolo. Em conformidade com a terceira
tricotomia dos signos, ele pode ser denominado rema, dicissigno ou argumento.
O livro 1,2,3 da Semiótica destaca que cada uma das tricotomias é definida de acordo
com os elementos da relação de representação.
Ainda segundo o livro de Júlio Pinto, "as categorias são presentes em cada conjunto,
na medida em que o qualissigno, o ícone e o rema têm a ver com a Primeiridade; o sinsigno, o
índice e o dicissigno são segundos; e o legissigno, o símbolo e o argumento são terceiros"
(PINTO, 1995, p. 60).
6) Conclusão