Comunicação e Relações Interpessoais

“COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INTERPESSOAIS”
MÓDULO A1 EMPREGABILIDADE I: COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES

INTERPESSOAIS
Marina Pereira
MÓDULO I COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INTERPESSOAIS
OBJECTIVO GERAL
“A Importância da Comunicação nas Relações Interpessoais”
2
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer todas as formas de comunicar e interagir.
Conhecer os seus pontos fortes e os aspectos a melhorar na

comunicação.
Avaliar a importância da comunicação nas interacções pessoais.
Caracterizar a importância do comportamento na relação interpessoal.
3
OBJECTIVO 1 Identificar a importância do estudo da comunicação
Grande parte da maioria das pessoas (75% do tempo, em média), é

passado a relacionar-se com outras pessoas.
A palavra comunicar provém do latim: comunicare, que significa
“pôr em comum”/ “entrar em relação com”.
Comunicar é trocar ideias, sentimentos e experiências entre pessoas
que conhecem.
“60% dos problemas interactivos são sequência de um má
comunicação”
Peter Drucker.
4
OBJECTIVO 1 Identificar a importância do estudo da comunicação

(continuação)
Comunicar é diferente de informar.
Informar é um processo unilateral.
Comunicar é um processo interactivo e pluridireccional.
5
OBJECTIVO 2 Reconhecer a inevitabilidade e a universalidade da

comunicação
A comunicação é tão importante para o homem como a água o é para o

peixe.
O homem utiliza um complexo sistema de símbolos para se relacionar

com os outros:
- sinais verbais
- sinais escritos
- sinais não verbais
6

comunicação continuação
Através destes sistemas de sinais, exprimimos o que queremos às

outras pessoas e estabelecemos um sistema de relações.
Todos os seres humanos comunicam através de sinais.
Estes sinais, correspondem às necessidades específicas de cada grupo

social e cultural, isto é de cada povo.
Por isso a comunicação difere entre povos e entre grupos sociais.
7

Exemplo:
Através do modo como nos vestimos e agimos, estamos a dizer algo aos
outros, estamos a revelar-nos no processo de interacção, a mostarmos o
que somos ou o que queremos parecer.
8

Isto é:
O vestuário que usamos faz parte da nossa comunicação com os outros,

revelando muito de nós mesmos, nomeadamente:
- Os nossos gostos
- As nossas possibilidades financeiras
- Os grupos com os quais nós queremos ser identificados
9

Assim seja qual for o modo como nos dirigimos ao outro, veiculamos
sempre, através do que dizemos e do modo como fazemos uma
MENSAGEM.
Tal como diz Julius Fast (1970):
“ a nossa comunicação pode ser silenciosa e de tal modo automática

que podemos não estar conscientes do que estamos a comunicar. “
Por isso,
NÃO PODEMOS NÃO COMUNICAR

10
OBJECTIVO 3 Caracterizar a comunicação como um processo contínuo
Quando nasce o ser humano apresenta uma grande capacidade de

meios de comunicação, mas o modo de comunicar e as linguagens
específicas são-lhe transmitidas pelas pessoas com quem convivem.
Assim,
Cada ser humano integra, este processo de aprendizagem, na sua

própria individualidade e desenvolvimento, em função das suas
características pessoais, necessidades e desejos.
11

continuação
Deste modo, a maneira como o ser humano se comunica, resulta de um

processo de aprendizagem.
No processo de comunicação, é fundamental observar a reacção

daqueles a quem nos dirigimos ou seja a quem nos comunicamos.
Assim, é através da retroacção (feed-back), que orientamos as nossas

comunicações futuras, não só o que dizemos ou o que queremos
exprimir, mas também o modo como o fazemos...
12

continuação
Deste modo, o feed-back, permite-nos decidir quais os processos de

comunicação que posteriormente, deveremos utilizar a adoptar, para
obter o efeito esperado.
Por isso, a confirmação, ou retroacção da mensagem é essencial para o

nosso contacto com os outros.
A continuidade ou não da comunicação, depende da maneira como ela

influenciou e foi recebida pelos outros.
13

continuação
SOCIEDADE É COMUNICADA AO... INDIVÍDUO QUE

CULTURA E APRENDIDA PELO INTEGRA OS
ELEMENTOS
APRENDIDOS
CONTEÚDOS E
PROCESSOS DE
COMUNICAÇÃO
TORNANDO-O APTO DA EXPERIÊNCIA DOS DA SUA PRÓPRIA

PARA COMUNICAR OUTROS EXPERIÊNCIA
14
OBJECTIVO 4 Interpretar a comunicação como uma partilha de

significações entre os indivíduos
Diariamente somos confrontados com uma variedade de estímulos

provenientes do meio onde estamos inseridos, (ex.: sinais de trânsito,
publicidade...)
Porém, apesar disso, aprendemos a organizar esses estímulos de modo

a tornar compreensível o seu significado.
15
OBJECTIVO 4 Interpretar a comunicação como uma partilha de

significações entre os indivíduos continuação
Deste modo, comunicar é transformar os elementos (sinais) brutos que

nos afectam em informações significativas.
É exactamente porque damos significados às coisas, que podemos

comunicar e organizar, os múltiplos sinais.
Por exemplo: se um empregado de café, ao atender o público, está com

uma expressão facial carrancuda, pode significar que é um mau
profissional.
Por isso, é fundamental que, no processo de comunicação, tenhamos

presente, não só o significado que atribuímos às coisas, mas também
aos gestos, palavras e expressões faciais. 16
OBJECTIVO 5 Explicar o papel determinante da comunicação no

sistema social
A comunicação fundamental em qualquer sociedade porque:
1- Permite a produção e a reprodução dos sistemas sociais.

Isto é: O modo como as outras pessoas reagem ou respondem à nossa
comunicação vai orientar o modo como, posteriormente, devemos
comunicar com elas.
2- É o sistema social que determina o modo como comunicam os seus

membros.
Isto é: A posição social de um certo indivíduo aumenta a probabilidade
desse comunicar com mais frequência com pessoas que têm a mesma
posição. Ex.: Os Recepcionistas, Vendedores.
17
OBJECTIVO 5 Explicar o papel determinante da comunicação no

sistema social (continuação)
Ou seja, cujos papéis/posições, desempenhados na sociedade
privilegiam a comunicação e a relação interpessoal, porque estão em
contacto permanente com os outros.
3- O conhecimento de um sistema social permite fazer provisões acerca

das pessoas, dos seus comportamentos e do modo como se
comunicam.
Ex.: Se sabemos que determinada pessoa é freira, a outra é médica,

escuteira..., podemos fazer provisões acerca das suas atitudes,
conhecimentos, etc..., mesmo que nunca tivéssemos contactado
directamente com essa pessoa.
18
Objectivo 6 Identificar os elementos da comunicação
Para que se estabeleça a comunicação é necessário a existência dos

seguintes elementos:
EMISSOR – o que emite ou transmite a mensagem.

RECEPTOR – é aquele a quem se dirige a mensagem.
A MENSAGEM – é o conteúdo da comunicação. É o conjunto de sinais
com significado.
O CANAL – é todo o suporte que serve de veículo a uma mensagem. O
canal mais utilizado pelas pessoas é o ar.
Existem outros canais, tais como: o papel; revista; jornal; livro; o

telefone; a rádio; a televisão; computador; etc.
19
Objectivo 6 Identificar os elementos da comunicação continuação
CANAL
(quem diz) (por que meio) (a quem é dito)
EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR
(o que é dito)
FEED-BACK (ou informação de retorno)

(serve para validar a Mensagem do Emissor)
20
Objectivo 7 Definir linguagem verbal e linguagem não verbal
LINGUAGEM VERBAL
A linguagem verbal pode ser escrita ou oral. (é quando a comunicação é
utilizada por meio das palavras).
Linguagem verbal escrita: Linguagem verbal oral:

- livros; - diálogo entre duas pessoas;
- cartazes; - rádio;
- cartas; - televisão;
- telegramas; - telefone/telemóvel;
- mensagens (do telemóvel) - etc.
21
Objectivo 7 Definir linguagem verbal e linguagem não verbal

continuação
LINGUAGEM NÃO VERBAL
Frequentemente recebemos e emitimos mensagens sem ser através
da linguagem verbal, mas sim através de:
Linguagem não verbal:

- gostos;
- postura;
- expressões faciais;
- silêncios;
- tom de voz;
- pronúncia;
- roupas e adornos,
- etc.
22
Objectivo 8 Avaliar a importância da comunicação não verbal
É através da comunicação não verbal que transmitimos muitas das

nossas emoções e dos nossos sentimentos.
Muitas vezes, a linguagem não verbal, que acompanha a linguagem

verbal, oferece um significado mais profundo e verdadeiro do que esta
última.
Podemos impedir a nossa comunicação, simplesmente, não utilizando a

linguagem verbal. Porém, não podemos impedir a comunicação não
verbal.
Quando duas pessoas se encontram, mesmo que não falem, não podem
deixar de comunicar, porque todo o seu comportamento tem uma
dimensão significativa. 23
Objectivo 9 Explicar a importância do silêncio no processo de

comunicação
Os silêncios são elementos fundamentais no processo de comunicação.
Existem vários tipos de silêncios, cada um com o seu significado.

Dos vários exemplos referidos na sala de formação, mostram que, os
silêncios:
- fazem parte integrante da comunicação;
- são frequentes nas relações interpessoais;
- muitas vezes são embaraçosos;
- criam vazios nas relações interpessoais, afectando-as; 24

INTERPESSOAIS
Objectivo 9 Explicar a importância do silêncio no processo de

comunicação (continuação)
Mas,
- os silêncios podem ser momentos de troca de emoções e

sentimentos;
- são fundamentais, porque para escutar o outro, é preciso estar em

silêncio;
- ser sensível aos silêncios é aprender e interpretá-los é uma

exigência da comunicação.
25
INTERPESSOAIS
Objectivo 10 Avaliar a importância dos gestos na interacção
Os gestos acompanham a linguagem falada e reforçam a mensagem

verbal.
Nós fazemos determinados gestos para dizermos sim ou não, para

demonstrarmos aborrecimento, alegria, ternura...
Mas, o significado dos gestos, não é o mesmo em todas as culturas.
Os gestos são aprendidos e estão limitados pela sociedade e cultura

onde estamos inseridos.
Os gestos ajudam:
- a interpretar o conteúdo das comunicações, permitem definir os papéis
e os desempenhos sociais. 26
INTERPESSOAIS
Objectivo 11 Avaliar a importância das expressões faciais na

interpretação pessoal
Quando comunicamos, o nosso corpo também fala.
As nossas expressões faciais comunicam os nossos sentimentos,

emoções, reacções, intencionalmente, ou não.
É comum dizer-se que “os olhos são o espelho da alma”.
Quando comunicamos devemos sorrir.

O sorriso melhora a imagem de quem comunica, torna-o mais atraente e
melhora o relacionamento com os outros.
Exemplo:
Olhar o nosso interlocutor por cima dos óculos (de ver de perto), pode
ser interpretado como sinal de desconfiança. 27
INTERPESSOAIS
Objectivo 12 Avaliar a importância da roupa e dos adornos no processo

de comunicação e interacção
A maneira como nos vestimos, comunica algo aos outros, não só através
das cores (alegres, garridas ou escuras), mas através dos tecidos e do
corte utilizado.
Os uniformes, por ex., têm na sociedade um enorme valor comunicativo.
Através deles, sabemos qual o papel desempenhado pelo sujeito.
Por outro lado, os adornos que utilizamos, ou os objectos que decoram a

nossa casa, falam por nós e comunicam algo de nós aos outros.
Consoante a nossa profissão, o vestuário e os adornos, devem ser
adequados a esse tipo de profissão.
O profissional deve sentir-se à vontade, mas a forma como se veste não
deve constituir um elemento de distracção e perturbador da
comunicação. 28
INTERPESSOAIS
Objectivo 13 Avaliar a importância do toque nas relações interpessoais
O contacto físico está muito dependente a cultura onde estamos

inseridos.
Em muitas culturas, tocar o outro está ligado somente às relações

intimas e é interdito em qualquer outro tipo de relação.
É através do contacto físico, que a criança toma consciência do seu

corpo e desenvolve a sua linguagem corporal.
29
INTERPESSOAIS
Objectivo 14 Avaliar a importância do tempo nas relações interpessoais
O tempo é uma forma de comunicação interpessoal porque, sendo

fundamental para a nossa sociedade, marca muitas das nossas relações
interpessoais e veicula mensagens importantes.
Por exemplo:
1. Quando nos dirigimos para um encontro do qual depende o nosso
futuro emprego, normalmente, chegamos a horas, ou mesmo
adiantados.
2. Quando chegamos atrasados a um encontro, pedimos desculpa.
3. Não é vulgar, receber visitas de amigos a meio da noite ou receber um

telefonema durante a noite só para nos perguntarem como estamos.
30
INTERPESSOAIS
Objectivo 15 Avaliar a importância do espaço e da distância na

comunicação interpessoal
Nas nossas comunicações interpessoais, existe uma distância física que

está de acordo:
- com a cultura onde estamos inseridos; (por exemplo os árabes falam
muito perto entre si e olham-se muito nos olhos)
- com o tipo de comunicação que estabelecemos;
- com o tipo de relação que temos com a pessoa com quem
comunicamos;
Podemos considerar, nas relações interpessoais, 3 tipos de distâncias:

1- As íntimas;
2- As sociais;
3- As públicas;
31
INTERPESSOAIS
Objectivo 16 Avaliar a importância dos movimentos corporais na

comunicação interpessoal
No contacto com os outros, a posição do corpo é determinante para a

qualidade da comunicação.
Ao comunicar com o interlocutor evite:
- braços cruzados;
- mãos na cintura;
- mãos nos bolsos;
- mãos atrás, nas costas;
- gestos agressivos;
- apontar o dedo;
32
INTERPESSOAIS
Objectivo 17 Avaliar a importância da paralinguística na comunicação

interpessoal
A paralinguística é uma das componentes da comunicação não verbal,

que corresponde ao modo de falar.
A análise da voz, permite ter em atenção os seguintes aspectos:
- A PROJECÇÃO: a voz deve ser projectada de modo que o

interlocutor a ouça.
- A ARTICULAÇÃO: não se deve arrastar nem comer palavras. Deve-se

abrir a boca e mexer os lábios.
- A PRONÚNCIA: não nos devemos preocupar com o nosso sotaque,

mas sim pronunciar as palavras todas. 33
INTERPESSOAIS
Objectivo 17 Avaliar a importância da paralinguística na comunicação

interpessoal (continuação)
- A ENUNCIAÇÃO: o modo como as palavras devem ser bem

enunciadas para uma melhor compreensão por parte do interlocutor.
- A VELOCIDADE: em média devem pronunciar-se 120 palavras por

minuto.
- O TOM: não deve ser nem muito alto nem muito baixo. Deve revelar
confiança e interesse.
- O TIMBRE: o grave é o melhor.
- A MODULAÇÃO: a modulação é um exelente meio para manter o

interesse e a implicação das pessoas (opõe-se à monocordia)
34
INTERPESSOAIS
Objectivo 17 Enumerar os princípios da comunicação face a face

(continuação)
É fundamental, para quem está em permanente contacto com os outros

ter em atenção aos seguintes princípios:
- Pronunciar as palavras correcta e claramente.

- Não falar muito alto nem muito baixo.
- Não falar nem muito depressa nem muito devagar.
- Concentar-se na mensagem e levar os outros a fazê-lo.
- Ser breve.
- Usar palavras simples.
- Mostar-se interessado.
- Sorrir.
- Tratar correctamente o interlocutor.
- Ser simpático. 35
INTERPESSOAIS
Objectivo 18 Descrever os comportamentos fundamentais para uma boa

comunicação telefónica
Na comunicação telefónica valoriza-se essencialmente a linguagem

verbal, isto é, as palavras e o tom em que elas são ditas.
Deste modo, é fundamental transmitir o mais claro e correctamente

possível a mensagem, para que o seu significado seja correctamente
descodificado.
Eis algumas regras comportamentais para melhorar o processo de

comunicação telefónica:
- Prepare o que vai dizer;
- Pense nos pontos principais da sua comunicação;
- Tenha consigo todos os dados referentes à comunicação,
- Decida qual a pessoa mais indicada para mandar chamar;
36
INTERPESSOAIS
Objectivo 18 Descrever os comportamentos fundamentais para uma boa

comunicação telefónica (continuação)
- Identifique-se de imediato;
- Utilize o nome do interlocutor;
- Pronuncie as palavra clara e distintamente;
- Tome notas;
- Seja simpático e atencioso;
- Verifique se a sua mensagem foi compreendida;

37
INTERPESSOAIS
Objectivo XVIII Descrever os comportamentos essências para melhorar

a comunicação escrita
Escrever bem é uma das habilidades da comunicação, assim como ler, o

é. Para que a comunicação escrita seja o mais eficaz possível, é
necessário:
- Usar frases curtas com conteúdo;
- Que cada palavra seja imprescindível;
- Não escrever palavras ambíguas;
- Escrever parágrafos curtos e claros; Usar verbos dinâmcos;
38
INTERPESSOAIS
Objectivo 19 Definir e identificar as barreiras à comunicação
Todos nós, já várias vezes, fomos confrontados com mal – entendidos

tendo dado significados diferentes daqueles que nos pretendiam
transmitir.
Ouvimos o que o outro não disse, o os outros percebem o que não

dissemos.
Como se explica esta deficiência na comunicação?
- cada um de nós possui um sistema de crenças e de valores e uma

visão do mundo diferentes.
39
INTERPESSOAIS
Objectivo 19 Definir e identificar as barreiras à comunicação
Barreiras à Comunicação:
1. Falar uma linguagem que não é entendida pelo interlocutor;
2. Empregar palavras ambíguas;
3 Problemas da nossa personalidade que nos façam ter medo de falar

de determinado assunto ou de falar com determinada pessoa;
4. Referir ideias ou evocar sentimentos não adaptados ao objectivo da
comunicação;
5. Os valores e as crenças das pessoas assim como a sua visão visão
do mundo;
6. Papéis sociais desempenhados;
7. Estado de cansaço ou doença;
40
INTERPESSOAIS
Objectivo 20 Identificar os meios através dos quais se processa a

comunicação
A comunicação faz-se através de :
- ÍNDICES;
- SINAIS;
ÍNDICES: são elementos que comunicam algo, sem que haja intenção de
comunicar.
Ex: A existência de nuvens no céu é um índice de que vai chover.
SINAIS: é algo que tem intenção de comunicar.

No sinal existem dois elementos:
- O significante;
- O significado;
41
INTERPESSOAIS

O significado, é a representação mental do objecto.
O significante torna presente, no emissor e no receptor, o mesmo

significado, ou seja a mesma representação.
SIGIFICANTE SIGNIFICADO REALIDADE
Ex:” A cor verde é bonita.”
O “verde” é o significante e a “bonita” é o

significado.
42
INTERPESSOAIS

Existem dois tipos de sinais:

- SIGNOS;
- SÍMBOLOS;
SIGNOS: é um sinal em que não existe uma relação imediata entre o

significante e o significado, isto é, entre as palavras e as coisas.
Por isso, as palavras variam de sociedade para sociedade, de país
para país, apesar de os significados serem os mesmos.
SÍMBOLOS: é um sinal que tem uma relação imediata com a realidade,

isto é, entre o significante e o significado.
43
INTERPESSOAIS
Objectivo 21 Identificar e caracterizar os factores que intervêm na

fidelidade da comunicação
Barreiras e Fidelidade são duas faces da mesma moeda: a

diminuição de uma, aumenta outra.
1. Habilidade na comunicação;
2. Atitudes ;
3. Nível de conhecimento;
4. Sistema sócio - cultural;
44
INTERPESSOAIS

fidelidade da comunicação (continuação)
1. Habilidade na comunicação
(há cinco habilidades verbais de comunicação)
- Leitura;
- Audição;
- Escrita;
- Palavra;
- Raciocínio;
45
INTERPESSOAIS

2. Atitudes
- A atitude para consigo próprio;
- A atitude para com o assunto;
- A atitude para com o outro;
46
INTERPESSOAIS

3. Nível de conhecimento
Não se pode comunicar aquilo que não se sabe.
Por outro lado, saber muito, também pode bloquear e impedir a

comunicação, se o receptor não dominar a linguagem através da qual
é veiculada a mensagem.
O emissor precisa de conhecer o tema que comunica e deve articular

o que diz com o nível de conhecimentos do receptor.
47
INTERPESSOAIS

4. Sistema sócio - cultural
O sistema social e cultura determina as palavras que as pessoas

escolhem e o tipo de comunicação que utilizam.
Há valores, padrões e formas de comunicação específicos dos

diferentes grupos sociais.
Pessoas de diferentes classes sociais, comunicam de maneira

diferente.
48
INTERPESSOAIS
Objectivo 22 Descrever as funções da comunicação
1. Função de informação
- as pessoas sentem necessidade de obter conhecimentos e também
de os transmitir.
2.Função de persuasão e de motivação

- nas relações interpessoais é vulgar querer-se que os outros hajam
tal como se quer que hajam ou pensem de determinada maneira.
Esta função está ligada ao controlo social e à necessidade de ajustar
as atitudes de comportamento entre os membro do grupo.
3.Função de educação
Tem a ver com a herança social e cultural que é transmitida ao ser
humano, ao longo da sua existência.
49
INTERPESSOAIS
Objectivo 22 Descrever as funções da comunicação (continuação)
4. Função de socialização
Bastante ligada à anterior, permite a integração dos sujeitos nos
grupos.
Através desta função, o sujeito aprende a vivência das regras e das
normas da sociedade, fazendo-as suas.
5. Função de distracção
Esta função varia com as culturas e será tanto mais diversificada e
utilizada quanto mais elevada for a qualidade de vida dos grupos.
50
INTERPESSOAIS
Objectivo 23 Analisar a importância do comportamento na relação

interpessoal
“O comportamento gera comportamento”
O comportamento corresponde a tudo aquilo que o indivíduo faz e

diz.
A maneira como nós nos comportamos afecta a maneira como os

outros se comportam.
Mas, o nosso comportamento pode não ser, do mesmo modo, eficaz
para todo o género de pessoas com quem contactamos.
O comportamento não é algo com que se nasça. É algo que vamos

adquirindo ao longo da nossa vivência e que podemos modificar e
ajustar quando a situação o exige, sempre em função da excelência
da comunicação e da relação interpessoal. 51
INTERPESSOAIS
Objectivo 23 Analisar a importância do comportamento na relação

interpessoal (continuação)
Exemplo:
O comportamento profissional, pode assemelhar-se a uma máscara,

porque o sujeito deve ser exemplar na sua relação:
- simpático;
- aberto;
- atencioso;
- prestável;
Mesmo, que tais comportamentos não correspondam ao seu estado

actual.
52
INTERPESSOAIS
Objectivo 24 Melhorar o seu processo de comunicação interpessoal
No dia a dia não temos muita consciência do modo como

comunicamos e como nos relacionamos com os outros.
É importante que nos confrontemos com a nossa própria imagem, de

forma a ter consciência da da imagem que os outros têm de nós.
53
INTERPESSOAIS
Para isso propõem-se as actividades 1 e 2.
1 – Fale frente ao espelho e analise as suas diferentes formas de

comunicar.
- Esteja atento aos seus gestos. Analise a posição das mãos e dos
braços.
- Verifique de que modo eles reforçam a sua mensagem verbal.
- Analise os seus diferentes parâmetros da comunicação facial:

as sobrancelhas, os olhos, o sorriso, etc.
- E identifique os aspectos que mais favorecem a forma com

comunica. 54
INTERPESSOAIS

(continuação)
2 – Questione alguns dos seus amigos acerca da sua forma de

comunicar.
Verifique os sinais que eles observam como sendo mais

determinantes e característicos da sua comunicação.
Identifique os aspectos da sua comunicação que mais o/a favorecem

e também os que prejudicam a sua interacção.
Proponha formas de eliminar os seus pontos fracos na comunicação.
55
INTERPESSOAIS
Bibliografia
FACHADA, M. Odete (2001), Psicologia das Relações Interpessoais -

1º e 2º volumes. Lisboa: Ed. Rumo.
56

Comunicação e Relações Interpessoais

Încărcat de

Informații document

Titlu original

Drepturi de autor

Formate disponibile

Partajați acest document

Partajați sau inserați document

Opțiuni de partajare

Vi se pare util acest document?

Este necorespunzător acest conținut?

Drepturi de autor:

Formate disponibile

Comunicação e Relações Interpessoais

Încărcat de

Drepturi de autor:

Formate disponibile

“COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INTERPESSOAIS”

MÓDULO A1 EMPREGABILIDADE I: COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES

“A Importância da Comunicação nas Relações Interpessoais”

Conhecer todas as formas de comunicar e interagir.

Conhecer os seus pontos fortes e os aspectos a melhorar na

Avaliar a importância da comunicação nas interacções pessoais.

Caracterizar a importância do comportamento na relação interpessoal.

OBJECTIVO 1 Identificar a importância do estudo da comunicação

Grande parte da maioria das pessoas (75% do tempo, em média), é

OBJECTIVO 1 Identificar a importância do estudo da comunicação

Comunicar é diferente de informar.

Informar é um processo unilateral.

Comunicar é um processo interactivo e pluridireccional.

OBJECTIVO 2 Reconhecer a inevitabilidade e a universalidade da

A comunicação é tão importante para o homem como a água o é para o

O homem utiliza um complexo sistema de símbolos para se relacionar

OBJECTIVO 2 Reconhecer a inevitabilidade e a universalidade da

Através destes sistemas de sinais, exprimimos o que queremos às

Todos os seres humanos comunicam através de sinais.

Estes sinais, correspondem às necessidades específicas de cada grupo

Por isso a comunicação difere entre povos e entre grupos sociais.

OBJECTIVO 2 Reconhecer a inevitabilidade e a universalidade da

OBJECTIVO 2 Reconhecer a inevitabilidade e a universalidade da

O vestuário que usamos faz parte da nossa comunicação com os outros,

OBJECTIVO 2 Reconhecer a inevitabilidade e a universalidade da

Tal como diz Julius Fast (1970):

“ a nossa comunicação pode ser silenciosa e de tal modo automática

NÃO PODEMOS NÃO COMUNICAR

OBJECTIVO 3 Caracterizar a comunicação como um processo contínuo

Quando nasce o ser humano apresenta uma grande capacidade de

Cada ser humano integra, este processo de aprendizagem, na sua

OBJECTIVO 3 Caracterizar a comunicação como um processo contínuo

Deste modo, a maneira como o ser humano se comunica, resulta de um

No processo de comunicação, é fundamental observar a reacção

Assim, é através da retroacção (feed-back), que orientamos as nossas

OBJECTIVO 3 Caracterizar a comunicação como um processo contínuo

Deste modo, o feed-back, permite-nos decidir quais os processos de

Por isso, a confirmação, ou retroacção da mensagem é essencial para o

A continuidade ou não da comunicação, depende da maneira como ela

OBJECTIVO 3 Caracterizar a comunicação como um processo contínuo

SOCIEDADE É COMUNICADA AO... INDIVÍDUO QUE

TORNANDO-O APTO DA EXPERIÊNCIA DOS DA SUA PRÓPRIA

OBJECTIVO 4 Interpretar a comunicação como uma partilha de

Diariamente somos confrontados com uma variedade de estímulos

Porém, apesar disso, aprendemos a organizar esses estímulos de modo

OBJECTIVO 4 Interpretar a comunicação como uma partilha de

Deste modo, comunicar é transformar os elementos (sinais) brutos que

É exactamente porque damos significados às coisas, que podemos

Por exemplo: se um empregado de café, ao atender o público, está com

Por isso, é fundamental que, no processo de comunicação, tenhamos

OBJECTIVO 5 Explicar o papel determinante da comunicação no

A comunicação fundamental em qualquer sociedade porque:

1- Permite a produção e a reprodução dos sistemas sociais.

2- É o sistema social que determina o modo como comunicam os seus

OBJECTIVO 5 Explicar o papel determinante da comunicação no

3- O conhecimento de um sistema social permite fazer provisões acerca

Ex.: Se sabemos que determinada pessoa é freira, a outra é médica,

Objectivo 6 Identificar os elementos da comunicação

Para que se estabeleça a comunicação é necessário a existência dos

EMISSOR – o que emite ou transmite a mensagem.

Existem outros canais, tais como: o papel; revista; jornal; livro; o

Objectivo 6 Identificar os elementos da comunicação continuação

(quem diz) (por que meio) (a quem é dito)