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Faculdades Integradas Tibiriçá

CONTABILIDADE
COMERCIAL
“É o ramo da contabilidade aplicada ao estudo e ao controle do patrimônio das empresas
comerciais, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e suas variações”.

Prof. Ms. José Divanil Spósito Berbel


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“O otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. O pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade”.
(winston Churchill)

A Ciência da Contabilidade: Cenário, Tendências e futuro.

Visitando-se as bibliotecas das nossas principais Universidades, constata-se a existência de um


bom número de monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado e livre docência, na
área do conhecimento da Ciência Contábil.

Em muitos casos são verdadeiras “obras de arte” que representam condignamente a produção
científica da nobre classe contábil brasileira. Trabalhos resultantes de anos de estudos, vivência
prática, árdua e profunda pesquisa. O produto final significa a manutenção viva da base científica
do pensamento e da teoria contábil, desde os primórdios até o presente.

Os abnegados pesquisadores, autores dessas obras, submeteram-se à doutas bancas examinadoras,


em audiências públicas, à época da apresentação dos projetos e posteriormente do trabalho final,
ocasião em que foram laureados com os títulos de Especialistas, Mestres, Doutores e Livres
Docentes.

Os temas são normalmente voltados para a área acadêmica, como metodologia do ensino superior,
análise educacional, teoria contábil, etc. ou para aplicação na esfera profissional: contabilidade
avançada, tributária, pública, rural, de custos, gerencial, bancária; sistemas de informações,
auditoria, controladoria, análise de demonstrações financeiras, etc.

Tão gratificante como o cenário ora apresentado, a tendência é também motivadora com o
surgimento de muitos assuntos emergentes que representam desafios para a classe contábil.

Como resultado do processo de avanço do conhecimento e dos seguimentos produtivos da


sociedade em todo o mundo, surgem novas oportunidades empreendedoras em todos os setores e a
conseqüente necessidade de desenvolvimento de novos mecanismos de controles, mensuração e
informações para avaliação de desempenho e tomada de decisões.

Já é notória a preocupação da classe contábil – atenta aos avanços – com novas linhas de
pesquisas voltadas para temas como Contador com Performance Global, Contabilidade Ambiental,
Balanço Social, Contabilidade Internacional, Globalização das Normas Contábeis, Abordagens de
Ensino Mediante Processo Eletrônico, Novas Técnicas de Aplicação Prática da Produção
Científica, Novo Padrão Ético face às Inovações, etc.

E o futuro? O que nos reserva? A julgar pelo passado e presente, novas tendências surgirão e não
podemos precisá-las, é claro. O importante é estarmos preparados para a nobre missão de pesquisá-
las e formatá-las naquilo que for pertinente ao campo de atuação da Ciência Contábil, tornando-as
compreensíveis e úteis para a sociedade.
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Artigo do Prof. José Divanil Spósito Berbel, publicado no Boletim do CRC-SP e Mensário do Contabilista, ambos de
jan/00; e, IOB Comenta de mai/00, edição 21.

MÓDULO I – Aspectos Empresariais


Perfil do Empreendedor
O empreendedor tem como característica básica o espírito criativo e pesquisador, através
do qual mantém constante busca por novos caminhos e novas soluções, sempre
amparada na identificação das necessidades das pessoas.
Essa é a essência do empresário de sucesso: a busca de novos negócios e
oportunidades, e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto.
Enquanto a maior parte das pessoas tendem a enxergar apenas dificuldade e insucessos,
o empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, a despeito das dificuldades.
Apresentamos, a seguir, algumas das qualidades que distinguem o empreendedor como
líder e dono de seu destino.

Disposição para Assumir Riscos


Nem todos têm a mesma disposição para assumir riscos.
O empreendedor, por definição, tem que assumir riscos, e o seu sucesso está na sua
capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles. Os riscos fazem parte de qualquer
atividade, e é preciso aprender a administrá-los.

Ter Iniciativa e Ser Independente


São características intimamente ligadas ao espírito empreendedor, e que levam a decisões
ousadas como trocar a segurança do “hollerith” pelo risco de um negócio próprio,
buscando, entre muitos outros fatores, sua realização e independência. Logo, sem
iniciativa não pode haver empreendimento e sem vontade e persistência não se pode
atingir o sucesso.

Ser Líder e Saber Comunicar-se


Liderar é saber conduzir os esforços das pessoas sob nossa coordenação em direção a
um objetivo. Um líder sabe redirecionar esforços, quando necessário, conseguindo manter
a motivação de seus funcionários.
Relacionamento interpessoal é a capacidade de expor e ouvir idéias. É saber comunicar-
se e conviver com outras pessoas, dentro e fora da Empresa.

Ser Organizado
A organização é fator de sucesso para qualquer empreendimento. Não basta apenas
possuir os melhores recursos, mas integrá-los de forma lógica e harmoniosa, fazendo com
que o resultado seja maior do que a simples soma das partes.

Possuir Conhecimento do Ramo


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Este é um fator imprescindível para que se obtenha o sucesso em um empreendimento.


Este conhecimento pode ser adquirido pela própria experiência do empreendedor, em
informativos especializados, em contato com empreendedores do ramo, associações,
sindicatos, etc.

Identificador de Oportunidades
Identificar e aproveitar oportunidades é fundamental para quem deseja ser empreendedor,
e consiste em aproveitar todo e qualquer ensejo para observar negócios. O empreendedor
de sucesso é aquele que não se cansa de pesquisar, na constante procura de novos
caminhos, seja no trabalho, nas compras, nas férias, lendo revistas, jornais ou vendo
televisão. Ele é curioso e está sempre atento a qualquer oportunidade de conhecer melhor
um empreendimento.

Possuir aptidões Empresariais


É o instinto, a habilidade natural que o empreendedor deve possuir para identificar uma
oportunidade, aproveitá-la, montar um negócio e conduzi-lo ao sucesso. É a mescla de
todas as outras qualidades.

Auto-Conhecimento
O conhecimento das qualidades mencionadas nos serve de base para uma auto-
avaliação. Assim, ao conhecermos nossos pontos fortes e fracos, poderemos aprimorá-los
(fortes) ou minimizá-los (fracos) de modo a obtermos a capacitação necessária para o
sucesso de nosso empreendimento.

DECISÃO QUANTO A FORMA JURÍDICA

Apresentamos a seguir, as formas jurídicas mais comuns, bem como comentários a


respeito de empresas com participação de capital estrangeiro, produtor rural e autônomo.

1. Natureza Jurídica “Empresário” (antiga firma individual)


É aquela constituída por uma única pessoa, responsável ilimitada e individualmente pela
Empresa (ou pelos seus atos), onde o nome da firma será o do titular. Este tipo de forma
jurídica se aplica a atividades de indústria e/ou comércio sendo que o ativo e o passivo
(estoques, máquinas, contas a pagar, etc.) podem ser transferidos a outra Pessoa Jurídica,
porém, a Empresa em si, por ser firma individual, é intransferível.
Cabe destacar, portanto, que a “Firma Individual” não pode ser vendida, nem admite
sócios.

2. Sociedade Empresária Limitada (Ltda.)


Neste caso, a Empresa será constituída por dois ou mais sócios, com atividade industrial
e/ou comercial e a responsabilidade de cada um é limitada à importância do capital social,
dividido em quotas e distribuído proporcionalmente entre eles.

3. Sociedade Simples Ltda.)


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É a Empresa constituída, obrigatoriamente por duas ou mais pessoas, tendo por objeto
apenas a prestação de serviços.
As Sociedades Simples, reguladas pelo Código Civil, não podem praticar atos de comércio.

3.1 Sociedade Simples de Profissão Regulamentada


As Sociedades Simples podem ser de profissão regulamentada, desde que, todos os
sócios exerçam, através da Empresa, atividades de profissões legalmente
regulamentadas e estejam domiciliados no país.
A Sociedade pode ser constituída por sócios com profissões diferentes
(pluriprofissionais), desde que cada um desempenhe as atividades próprias de sua
profissão e que devem constar como objeto social da empresa.

Exemplos:
a) Dois médicos montam uma Clínica Médica.
b) Um engenheiro se associa a um arquiteto e constituem uma sociedade.

3.1.1 Sociedade Simples Uniprofissional


Quando profissionais da mesma profissão se associam.
Exemplos:
a) Dois ou mais engenheiros constituem uma empresa de prestação de serviços de
engenharia;
b) Dois ou mais advogados constituem uma empresa de prestação de serviços na área
de advocacia.

3.1.2 Sociedade Simples Pluriprofissional


Quando profissionais de profissões diferentes se associam.
Exemplos:
a) Um contador se associa a um economista e constituem uma empresa de Assessoria;
b) Um engenheiro e um médico se associam e constituem um laboratório.

Relação das Atividades Legalmente Regulamentadas


1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos
para aquisição de bens);
2. advocacia;
3. análise clínica laboratorial;
4. análises técnicas;
5. arquitetura;
6. assessoria e consultoria técnica (exceto serviço de assistência prestada a terceiros
e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador de serviço);
7. assistência social;
8. auditoria;
9. avaliação e perícia;
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10. biologia e biomedicina;


11. cálculo em geral;
12. consultoria;
13. contabilidade;
14. desenho técnico;
15. economia;
16. elaboração de projetos;
17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas);
18. ensino e treinamento;
19. estatística;
20. fisioterapia;
21. fonoaudiologia;
22. geologia;
23. leilão;
24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde,
casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro);
25. nutricionismo e dietética;
26. odontologia;
27. organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e
congêneres;
28. pesquisa em geral;
29. planejamento;
30. programação;
31. prótese;
32. psicologia e psicanálise;
33. química;
34. raios X e radioterapia;
35. relações públicas;
36. serviço de despachante;
37. terapêutica ocupacional;
38. tradução ou interpretação comercial;
39. urbanismo;
40. veterinária.

4. Empresa Binacional no Mercosul


O Tratado de Empresas Binacionais estabelecido entre Brasil e Argentina, promulgado
através do Decreto-Lei nº 619 de 29 de julho de 1.992, permite a criação de empresas com
objetivo de explorar qualquer atividade econômica autorizada pela legislação do país de
sua sede, ressalvadas as limitações estabelecidas por disposição constitucional.
As Empresas Binacionais, terão sede, necessariamente, na República Federativa do Brasil
ou na República Argentina, e revestirão uma das formas jurídicas admitidas pela legislação
do país escolhido para a Sede Social, devendo agregar à sua denominação ou Razão
Social as palavras “Empresa Binacional Brasileiro-Argentina” ou as iniciais “E.B.B.A.” ou
“E.B.A.B.”.
As Empresas Binacionais com sede em um dos dois países poderão estabelecer, no outro,
filiais, sucursais ou subsidiárias, obedecendo às respectivas legislações nacionais quanto
ao objeto, forma e registro.
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5. Empresas com Participação de Capital Estrangeiro


A pessoa física ou jurídica, estrangeira, que pretenda constituir uma nova empresa no
Brasil ou participar de empresa existente deve atender à legislação específica em cada
caso.

6. Produtor Rural
O Produto Rural que explore o imóvel com criações (rãs, peixes, minhocas, escargots,
camarão, etc.) ou cultivos (feijão, frutas, cogumelos, milho, soja, hortaliças, flores, etc.),
não precisa abrir uma empresa, bastando providenciar um registro como Produtor Rural no
Posto Fiscal da Secretaria da Fazenda que jurisdiciona o seu estabelecimento rural.
A própria Secretaria da Fazenda fornecerá o talão de Nota Fiscal do produtor, cuja missão
é obrigatória na circulação de mercadorias.
Cabe lembrar que, quando o Produtor Rural passa a transformar um produto em um
produto manufaturado (agro-indústria) há a necessidade de se abrir uma empresa.

7. Autônomo
O registro de autônomo para prestação de serviços pessoais, ambulantes, bancas de
jornais e uma série de outras atividades da mesma natureza, poderá ser feito na Prefeitura
do Município onde reside o interessado.
O autônomo prestará serviço como Pessoa Física, podendo emitir recibo próprio de
profissional autônomo ou nota fiscal.

EXERCÍCIO
1) O que é uma natureza jurídica “Empresário”?
2) Uma natureza jurídica “Empresário” pode ser vendida ou admitir sócio?
3) O que é uma Sociedade Limitada (Ltda)?
4) O que é uma Sociedade Simples Ltda)
5) O que é uma Sociedade Simples de Profissão Legalmente Regulamentada?
Exemplifique?
6) Cite 6 (Seis) profissões Legalmente regulamentadas?
7) O que é uma Sociedade Simples Uniprofissional? Exemplifique.
8) O que é uma Sociedade Simples Pluriprofissional? Exemplifique.
9) O que são empresas Binacional no Mercosul?
10) O que é um Produtor Rural?
11) O que é um Prestador de Serviços Autônomo?

ASPECTOS SOCIETÁRIOS
NATUREZA JURÍDICA “EMPRESÁRIO” (Antiga firma Individual)
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Normatizado pela Lei Nº 10.406/2002 (NCC), é aquele constituído por uma pessoa,
responsável ilimitada e individualmente pela Firma (ou pelos seus atos), onde o nome
empresário será o titular.

Obs.: Não pode ser abreviado o último sobrenome, nem ser excluídos qualquer dos
componentes do nome. Não constituem sobrenome e não pode ser abreviado:

Ex.: Filho, Júnior, Neto, Sobrinho, etc que indicam uma ordem ou relação de
parentesco.

Sugere-se que seja requerida à Junta Comercial pesquisa sobre a existência de registro
do nome empresarial escolhido para evitar colidência e a conseqüência colocação do
processo em exigência.

Havendo nome igual já registrado, o empresário deverá aditar ao nome escolhido


designação mais precisa de sua pessoa ou gênero de negócio que o diferencie de outro
já existente.

Exemplos de nome empresarial: (firma)

João Carlos de Souza Filho, ou


J. Carlos de Souza Filho ou
João C. de Souza Filho
João Carlos de Souza Filho Mercearia.

Este tipo de forma jurídica se aplica a atividade de indústria ou comércio sendo que o
ativo e o passivo (estoques, máquinas, contas a pagar, etc) podem ser transferidos a
outra Pessoa Jurídica, porém, a empresa em si, por ser empresário individual é
intransferível.

Obs,: Cabe ressaltar, portanto, que a Empresária Individual não pode ser vendida
nem admitido sócios.

SOCIEDADE LIMITADA

Instituída no direito brasileiro pela LEI Nº 10.406/2002, divide-se em:

SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA

Neste caso, a Empresa será constituída por dois ou mais sócios, com atividade
industrial ou comercial e a responsabilidade de cada um é limitada à importância do
capital social, dividido em quotas e distribuído proporcionalmente entre eles.
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Obs.: A empresa pode ser transferida para novos sócios, sem que a pessoa jurídica
deixe de existir.

SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA

É a empresa constituída, obrigatoriamente por duas ou mais pessoas, sendo uma


empresa exclusivamente prestadora de serviços, (Antiga S/C).

CONTRATO DA SOCIEDADE LIMITADA DE ACORDO COM A LEI Nº


10.406/2002 (NOVO CÓDIGO CIVIL)

Este contrato social hipotético segue, em linha gerais, as normas


estabelecidas pelo DNRC – Departamento Nacional de Registro do
Comércio (www.dnrc.gov.br),

CONTRATO SOCIAL
“ALVORADA COMÉRCIO VAREJISTA DE MÓVEIS LTDA”.

Pelo presente instrumento particular e na melhor forma de direito, os abaixo-


assinados:
José da Silva, brasileiro, natural de São Paulo, Estado de São Paulo, casado
no regime de comunhão parcial de bens, empresário, inscrito no CPF sob nº
295.609.058-56, portador da Cédula de Identidade RG nº 18.458.114 SSP-
SP, residente e domiciliado à Rua Padre Luiz, nº 112, Centro, na Cidade de
São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01005-000.; e
Carlos Moraes, brasileiro, natural de São Paulo, Estado de São Paulo, solteiro
nascido em 07.03.1983, empresário, inscrito no CPF sob nº 058.022.358-29,
portador da Cédula de Identidade RG nº 42.131.948-3 SSP-SP, residente e
domiciliado à Av. General Carneiro, nº 1.325, Bairro do Cerrado, na Cidade
de Sorocaba, Estado de São Paulo, CEP 18.100-320;
Resolvem constituir uma sociedade limitada, nos moldes da Lei nº
10.406/2002, mediante as seguintes cláusulas e condições:

NOME EMPRESARIAL, ENDEREÇO E ABERTURA DE FILIAIS


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CLÁUSULA 1ª - A sociedade girará sob o nome empresarial de ALVORADA


COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA, e terá sede e domicílio à Rua XV de Novembro,
nº 52, Centro, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01053-000.

Parágrafo ùnico – Observadas as disposições da legislação aplicável, a


sociedade poderá, a qualquer tempo, abrir filiais ou outras dependências,
mediante alteração contratual.

OBJETO SOCIAL

CLÁUSULA 2ª - O objeto da sociedade será a exploração do ramo de comércio


varejista de móveis em geral.

CAPITAL SOCIAL

CLÁUSULA 3ª - O capital social será de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais),


dividido em 50.000 (cinquenta mil) quotas no valor de R$ 1,00 (um real)
cada uma, subscritas pelos sócios, da seguinte forma:

Sócio Nº de quotas Valor Total


José da Silva 30.000 $ 30.000,00
Carlos Moraes 20.000 $ 20.000,00
Total 50.000 $ 50.000,00

Parágrafo Primeiro – Os sócios integralizam neste ato, em moeda corrente do


País, o valor total das quotas subscritas.

Parágrafo Segundo – A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de


suas quotas, haja visto a total integralização do Capital Social, conforme
artigo 1.052 da Lei 10.406/2002.

PRAZO DE DURAÇÃO E INÍCIO DAS ATIVIDADES

CLÁUSULA 4ª – O prazo de duração da sociedade é indeterminado, sendo que


serão iniciadas suas atividades a partir da data do registro deste contrato
social no Registro Público de Empresas Mercantis.

ADMINISTRAÇÃO
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CLÁUSULA 5ª – A administração da sociedade caberá a todos os sócios, em


conjunto ou separadamente, com poderes e atribuições de realizarem todas
as operações para a consecução de seu objeto social, representando a
sociedade ativa e passivamente judicial e extrajudicialmente. Os
administradores ficam autorizados a usarem o nome empresarial, vedado, no
entanto, o uso em atividades estranhas ao interesse social ou assumir
obrigações, seja em favor de qualquer dos quotistas ou terceiros, bem como
onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização dos outros
sócios.

CLÁUSULA 6ª – Fica facultado aos administradores, atuando em conjunto,


nomear procuradores para um período determinado, nunca excedendo a um
ano, devendo o instrumento de procuração especificar os atos a serem
praticados pelos procuradores.

RETIRADA “PRO LABORE” E PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E PERDAS

CLÁUSULA 7ª – Os sócios, no exercício da administração da sociedade, poderão


ter o direito a uma retirada mensal, a título de “pro labore”, em valor a ser
fixado de comum acordo entre os sócios.
Parágrafo único – A participação de cada sócio nos lucros e nas perdas
corresponde à exata proporção das respectivas quotas.

DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS

CLÁUSULA 8ª – As deliberações dos sócios serão tomadas em reuniões,


devendo a convocação ser feita através de qualquer meios disponíveis,
ficando dispensada a convocação se todos os sócios comparecerem ou se
declararem por escrito, que estavam cientes do local, data hora e ordem do
dia. Se todos os sócios decidirem por escrito, sobre a matéria que seria
objeto da reunião, ficará também dispensada a sua realização.

CESSÃO E TRANSFERÊNCIA DE QUOTAS

CLÁUSULA 9ª – As quotas são indivisíveis em relação à sociedade e não


poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento dos
demais sócios, aos quais fica assegurado, em igualdade de condições e
preço, o direito de preferência para a sua aquisição, se postas à venda,
formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente.

CLÁUSULA 10ª – No caso de um dos sócios desejar retirar-se da sociedade,


deverá notificar os outros por escrito, com antecedência mínima de 60
(sessenta) dias, e seus haveres apurados em balanço especial, serão pagos
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em 20 (vinte) prestações iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira após


60 (sessenta) dias da data do balanço especial.

FALECIMENTO DE SÓCIO

CLÁUSULA 11ª – Falecendo qualquer sócio, a sociedade continuará suas


atividades com os herdeiros e sucessores. Não sendo possível ou inexistindo
interesse destes ou do(s) sócio(s) remanescente(s), o valor de seus haveres
será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à
data da resolução verificada em balanço especialmente levantado, específico
para esse fim. Os haveres serão pagos nos prazos previstos na cláusula 10ª.

Parágrafo único – O mesmo procedimento será adotado em outros casos em


que a sociedade resolva em relação a seu sócio.

BALANÇO PATRIMONIAL

CLÁUSULA 12ª – Ao término de cada exercício social, em 31 de dezembro, os


administradores prestarão contas justificadas de sua administração,
procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço
de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas,
os lucros ou perdas apurados.

CLÁUSULA 13ª – Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os


sócios em reunião convocada e realizada de acordo com as regras da
CLÁUSULA 8ª, deliberarão sobre as contas e designarão administrador(es)
quando for o caso.

RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS

CLÁUSULA 14ª – Segundo remissão ao artigo 997, determina pelo artigo 1.054,
ambos da Lei 10.406/2002, fica expresso que os sócios não respondem
subsidiariamente pelas obrigações sociais (art. 997, VIII).

FORO

CLÁUSULA 15ª – Fica eleito o foro desta Comarca de São Paulo – SP para
qualquer ação fundada neste contrato, com exclusão expressa de qualquer
outro, por mais privilegiado que seja.

CLÁUSULA 16ª – As omissões ou dúvidas que possam ser suscitadas sobre o


presente contrato serão supridas ou resolvidas com regência supletiva pelas
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normas da Lei das Sociedades Por Ações (Lei nº 6.404/76) e noutras


disposições legais que lhes forem aplicáveis.

DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO

CLÁUSULA 17ª – Os administradores declaram, sob as penas da lei, que não


estão impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou
em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos
dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,
concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema
financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as
relações de consumo, fé pública ou a propriedade.

E, por acharem em prefeito acordo em tudo quanto neste instrumento foi


lavrado, obrigando-se a cumprir o presente contrato, assinando-o na
presença de 02 (duas) testemunhas, em 03 (três) vias de igual teor.

São Paulo, de de 20xx

____________________ _____________________
José da Silva – Sócio Carlos Moraes - Sócio

Visto do Advogado:

____________________
Dr.
OABSP nº

Testemunhas:

____________________ _____________________
Nome Nome
RG nº RG nº
CPF nº CPF Nº
14

DICAS
Numeração das páginas (1/3; 2/3; 3/3)
Título (Contrato Social)
Colocar data no início do instrumento
Preâmbulo
Elementos do contrato social
Corpo do Contrato
Cláusulas Obrigatórias
Fecho.

Cláusulas Obrigatórias:
Nome empresarial, que poderá ser firma social ou denominação social;
Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, a quota de cada sócio, a forma e o
prazo de sua integralização;
Endereço completo de sete (tipo e nome do logradouro, número, complemento,
bairro / distrito, município, unidade federativa e CEP) bem como o endereço das
filiais;
Declaração precisa e detalhada do objeto social;
e) Declaração de que a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social;
f) Prazo de duração da sociedade;
g) Data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o ano civil;
h) As pessoas naturais incumbidas da administração, e seus poderes e atribuições;
Qualificação do administrador não sócio, designado no contrato;
j) Participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
l) foro.

Cláusulas Facultativas:
Aquelas que disciplinem as regras das reuniões dos sócios (art. 1.072 NCC 2002);
As que disciplinem sobre a previsão supletiva das sociedades limitadas pelas normas
de sociedades anônimas ( art. 1.053, parágrafo único);
As que preverem a exclusão de sócios por justa causa (art. 1.085 NCC 2002);
As que preverem expressamente autorização da pessoa não sócia ser administrador
(art. 1.061 NCC 2002);
Instituição de conselho fiscal (art. 1.066 NCC 2002);
Outras, de interesse dos sócios
Adição da expressão ME/EPP.
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SOCIEDADES POR AÇÕES


A sociedade por ações, também categorizada como sociedade institucional, é denominada
“sociedade anônima”. O estatuto jurídico que a disciplina é a Lei nº. 11.638/07.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SOCIEDADE ANÔNIMA


A sociedade anônima é uma sociedade de capital. Os títulos representativos de
participação societária (ação) são livremente negociáveis. Nenhum dos acionistas pode
impedir, por conseguinte, o ingresso de quem quer que seja no quadro associativo.

O capital social deste tipo societário é fracionado em unidades representadas por ações.
Os seus sócios, por isso, são chamados de acionistas. Assim, têm-se:

a) Valor nominal - o resultante da operação matemática de divisão do valor do capital


social pelo número de ações é o valor nominal. O estatuto da sociedade pode expressar
este valor ou não; no primeiro caso, ter-se-á ação com valor nominal, no segundo, ação
sem valor nominal.
b) Valor patrimonial - o valor da participação do titular da ação no patrimônio líquido da
companhia. Resulta da operação matemática de divisão do patrimônio líquido pelo número
de ações em que se divide o capital social. É o valor devido ao acionista em caso de
liquidação ou reembolso.
c) Valor de mercado - é o preço que o titular de uma ação consegue obter na sua
alienação. O valor pago pelo adquirente é definido por uma série de fatores econômicos,
como as perspectivas de rentabilidade, o patrimônio líquido da sociedade, o desempenho
do setor em que ela atua, a própria conjuntura macroeconômica etc.
d) Preço de emissão - é o preço pago por quem subscreve a ação. Destina-se a
mensurar a contribuição que o acionista dá para o capital social da companhia, bem como
o limite de sua responsabilidade subsidiária.

CLASSIFICAÇÃO
As sociedades anônimas se classificam em abertas ou fechadas, conforme tenham, ou
não, admitidas à negociação, na Bolsa ou no mercado de balcão, os valores mobiliários de
sua emissão. Anote-se que o critério de identificação de uma ou outra categoria de
sociedade anônima é meramente formal. Basta que a companhia tenha seus valores
mobiliários admitidos à negociação na Bolsa ou mercado de balcão, para ser considerada
aberta. É irrelevante se os valores mobiliários de sua emissão efetivamente são
negociados nessas instituições.
Para que uma companhia tenha seus valores mobiliários admitidos à negociação na Bolsa
ou mercado de balcão - o que permitirá maior liquidez do investimento representado por
tais títulos - necessita obter do governo federal a respectiva autorização. A companhia
somente pode ser aberta se autorizada nestes termos. O órgão do governo federal
encarregado pela lei de conceder tal autorização é uma autarquia denominada Comissão
de Valores Mobiliários - CVM. Esta autarquia foi criada pela Lei n. 6.385, de 1976, e
juntamente com o Banco Central exerce a supervisão e o controle do mercado de capitais,
de acordo com as diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN.
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CONSTITUIÇÃO
Qualquer companhia, para constituir-se, deve atender aos seguintes três requisitos preliminares:
a) Subscrição de todo o capital social por, pelo menos, duas pessoas. Não se exige mais,
como no passado, o mínimo de sete subscritos para validade da constituição. Necessário,
no entanto, é que todas as ações representativas do capital social estejam subscritas. A
subscrição é contrato plurilateral complexo pelo qual uma pessoa se torna titular de ação
emitida por uma sociedade anônima. A subscrição é irretratável.
b) Realização, como entrada, de, no mínimo, 10% do preço de emissão das ações
subscritas em dinheiro. Na subscrição a prazo, pelo menos 1/10 do preço da ação deve
ser integralizado como entrada. Em se tratando de instituição financeira, a porcentagem
sobe para 50%, nos termos do art. 27 da Lei n. 4.595, de 1964.
c) Depósito das entradas em dinheiro no Banco do Brasil ou estabelecimento bancário
autorizado pela CVM (CVM-AD n. 2/78). Este depósito deverá ser feito pelo fundador, até
5 dias do recebimento das quantias, em nome do subscritor e em favor da companhia em
constituição. Concluído o processo de constituição, a companhia levantará o montante
depositado; se este não se concluir em 6 meses do depósito, o subscritor é que levantará
a quantia por ele paga.

CAPITAL SOCIAL
O capital social de uma sociedade anônima, como ocorre em relação às demais
sociedades comerciais, pode ser integralizado pelo acionista em dinheiro (hipótese mais
comum), bem ou créditos.
Para a integralização do capital social em bens é necessário realizar-se a avaliação
desses bens, que deve ser feita com observância de determinadas regras fixadas em lei
(LSA, art. 8°.). Assim, devem ser contratados três peritos, ou uma empresa especializada,
para a elaboração de um laudo fundamentado com indicação dos critérios e dos elementos
de comparação utilizados e instruído pelos documentos relativos ao bem. Este laudo será
objeto de votação por assembléia geral da companhia.

ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO - CONSTITUIÇÃO, COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA

Quatro são os principais órgãos da companhia: Assembléia Geral, O Conselho de


Administração, a Diretoria e o Conselho Fiscal.

Assembléia Geral
É o órgão máximo da sociedade anônima, de caráter exclusivamente deliberativo, que
reúne todos os Acionistas com direito a voto.

A Assembléia Geral pode ser Ordinária (AGO), àquela que está prevista nos estatutos e
geralmente é realizada uma vez por ano com o intuito de aprovar o balanço da Cia.

A Assembléia Geral Extraordinária (AGE), é aquela que é convocada sempre que um fato
relevante requeira a presença dos acionistas para deliberarem sobre o assunto.
17

Conselho de Administração
A administração da companhia competirá conforme dispuser o estatuto, ao Conselho de
Administração e à Diretoria, ou somente à Diretoria. O estatuto deverá prever o número de
pessoas que comporão os órgãos de administração, prazo de gestão de seus membros
não superior a três anos (sendo permitida a reeleição), assim como a forma pela qual se
processará a substituição.

A adoção do Conselho de Administração é facultativa às companhias de uma maneira


geral, sendo, porém, obrigatória para as companhias com capital autorizado e para as
companhias abertas. O conselho será composto por, no mínimo três membros (eleitos pela
assembléia geral), pessoas naturais residentes no País, que deverão ser acionistas da
companhia.

O Conselho de Administração é um órgão de deliberação colegiada, e as suas decisões


deverão sempre ser tomadas por maioria de votos.

Compete ao Conselho de Administração a definição da política e a orientação geral dos


negócios da companhia, assim como a nomeação, a destituição, a fixação das atribuições
e a fiscalização da gestão dos diretores. Compete ainda ao conselho a escolha e
destituição dos auditores independentes.

Diretoria
A Diretoria é o órgão executor da política e da orientação estabelecidas pelo Conselho de
Administração, ou pela assembléia, sendo de sua exclusiva competência a representação
da companhia perante terceiros.

Esse órgão de administração será composto por duas ou mais pessoas naturais,
acionistas ou não, residentes no País, eleitas pelo Conselho de Administração ou, na falta
deste, pela assembléia geral. Os membros do Conselho de Administração, até o máximo
de 1/3, poderão ser eleitos para cargos de diretores.

Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é o órgão encarregado da fiscalização dos atos dos membros do
Conselho de Administração e Diretoria. Nesse sentido, a sua competência de atuação é
bastante ampla e não se restringe apenas à revisão periódica das contas ou de alguns
atos da administração.

O Conselho Fiscal será composto por três membros efetivos, no mínimo, e suplentes em
igual número dos efetivos, pessoas naturais e residentes no País, acionistas ou não,
eleitos pela assembléia geral.

Para que uma pessoa faça parte do Conselho Fiscal, é condição essencial que seja
diplomada, em curso de nível universitário, ou que tenha exercido, por prazo mínimo de
três anos, cargo de administrador de empresas.
18

Para poder exercer suas funções com autonomia, não poderão fazer parte do Conselho
Fiscal os membros da administração, seu cônjuge, ou parente até 3° grau, empregado da
companhia ou sociedade controlada pertencente ao mesmo grupo.

CRITÉRIO REMUNERATÓRIO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DO CONSELHO


FISCAL

Conselheiros de administração e diretores


A remuneração dos conselheiros de administração e dos diretores, inclusive benefícios de
qualquer natureza e verbas de representação, será sempre fixada pela assembléia geral
de acionistas que, para tanto, deverá levar em conta o grau de responsabilidade de cada
um, o tempo a ser dedicado no exercício de suas funções, a competência e reputação
profissional e, também, o nível de remuneração determinado pela oferta e procura no
mercado para aquele tipo de profissional.

Conselheiros fiscais
No que tange à remuneração dos conselheiros fiscais, a Lei das Sociedades por Ações
eliminou a possibilidade de remuneração meramente simbólica, ao estabelecer que a
remuneração, além do reembolso obrigatório das despesas de locomoção e estada
necessárias ao desempenho da função, será fixada pela assembléia geral que os eleger e
não poderá ser inferior, para cada um dos membros, a 10% da que, em média, for
atribuída a cada diretor, não computados benefícios, verbas de representação e
participação nos lucros.

MODELO DE ATA DE CONSTITUIÇÃO E ESTATUTOS SOCIAIS

JUNDIAÍ - IMPORTADORA E COMERCIAL S.A.

Ata de Assembléia Geral de Constituição de Sociedade Anônima realizada em 15 de setembro


de 20x1

Aos quinze dias do mês de setembro de 20x1 às 15 horas, à Rua...............................................


n°............. nesta cidade de São Paulo, Capital do Estado de São Paulo, reuniram-se em primeira
convocação todos os subscritores da totalidade das ações da JUNDIAÍ - Importadora e Comercial
S.A., conforme se verifica pelas assinaturas no boletim de presença, conferido este com o boletim
de subscrição, e assumiu a presidência, por aclamação dos presentes, o Sr. Armando Lopes, que
convidou a mim, Américo Machado, para secretariar a reunião, o que aceitei. Iniciando os
trabalhos, o Senhor Presidente comunicou ter em mãos o projeto dos estatutos sociais, já do
conhecimento de todos e cujo teor, por mim lido a todos os presentes, é o seguinte:

ESTATUTOS SOCIAIS DA JUNDIAÍ - IMPORTADORA E COMERCIAL S.A.

Capítulo I
19

Da Denominação, Sede, Objeto e Duração

Art. 1° Sob a denominação de JUNDIAÍ - Importadora e Comercial S.A., fica constituída uma
sociedade anônima que se regerá por estes estatutos e pela legislação vigente que lhe for
aplicável.

Art. 2° A sociedade terá por sede administrativa e foro jurídico a cidade de São Paulo, à
Rua................................... n°............ podendo abrir filiais, depósitos ou escritórios em qualquer
ponto do território nacional, a critério da diretoria.

Art. 3° O objeto da sociedade é o comércio e importação por atacado, representações por conta
própria e de terceiros, de secos e molhados, cereais, ferragens, bebidas e arame farpado,
podendo, ainda, praticar outros atos de comércio, correlatos e afins ao objeto social.

Art. 4° O prazo de duração da sociedade será por tempo indeterminado.

Capítulo II
Do Capital Social e Ações

Art. 5° O capital social é de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), divididos em 150.000
(cento e cinqüenta mil) ações ordinárias ou comuns, nominativas ou ao portador, de valor
nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma, indivisíveis em relação à sociedade.

§ 1° As ações serão nominativas enquanto não integralizadas, sendo depois conversíveis ao


portador ou vice-versa, a requerimento dos interessados, após serem satisfeitas as
disposições legais que regulam a matéria.

§ 2° A sociedade poderá emitir títulos múltiplos de ações e, provisoriamente, de cautelas que


as representem.

Art. 6° As ações, os títulos múltiplos ou as cautelas que as representem, serão assinadas pelo
Diretor-Presidente e pelo Diretor-Financeiro.

Art. 7° Cada ação dá direito a um voto nas deliberações das assembléias gerais.

Art. 8° No caso de venda de ações nominativas, os acionistas terão preferências em relação a


terceiros, em igualdade de condições.

Capítulo III
Da Administração da Sociedade

Art. 9° A sociedade será administrada por uma diretoria composta de três membros, acionistas
ou não, residentes no país, com mandato de 2 (dois) anos, assim designados: Diretor-
Presidente, Diretor-Financeiro e Diretor-Comercial.
20

§ 1° Os diretores poderão ser reeleitos e a investidura no cargo será feita por termo lavrado
no livro de "Atas das Reuniões da Diretoria", assinado pelo respectivo diretor.

§ 2° Os diretores perceberão uma remuneração, a título de honorários, a ser fixada pela


assembléia geral.

Art. 10. Até 30 (trinta) dias após a sua eleição, cada diretor caucionará 200 (duzentas) ações,
próprias ou de terceiros, em garantia de sua gestão, as quais só poderão ser levantadas depois
que deixarem o cargo e as respectivas contas forem aprovadas pela assembléia.

Art. 11. No caso de vaga, o substituto, acionista ou não, será designado pelos demais diretores,
servindo até o término do mandato do diretor substituído.

Art. 12. Compete a qualquer um dos diretores praticar isoladamente todos os atos de
administração, tendo os mais amplos e gerais poderes, podendo representar a sociedade ativa e
passivamente, em juízo ou fora dele, assinar contratos, assumir obrigações, emitir, endossar,
caucionar, descontar, sacar, avalizar títulos de emissão da sociedade, abrir e encerrar contas
bancárias, efetuar saques e movimentação bancária, assinar, enfim, sempre isoladamente, todos
os papéis de interesse social, inclusive cheques e escrituras.

§ 1° Os atos que importem em alienação, oneração ou hipoteca dos bens sociais serão
assinados pelos três diretores em conjunto, independentemente de autorização da assembléia
geral.

§ 2° É vedado aos diretores dar fianças, avais ou qualquer outro documento de favor em
nome da sociedade, em negócios que lhe sejam alheios.

Art. 13. A diretoria reunir-se-á todas as vezes que for necessário ou conveniente, lavrando-se
atas de suas deliberações no livro competente.

Capítulo IV
Do Conselho Fiscal

Art. 14. O Conselho Fiscal será composto de três membros efetivos e outros tantos suplentes,
acionistas ou não, residentes no país, eleitos anualmente pela assembléia geral, podendo ser
reeleitos.

Parágrafo único. O Conselho Fiscal funcionará permanentemente.

Art. 15. Os membros do Conselho Fiscal, no exercício das atribuições que lhes são atribuídas
em lei, perceberão os honorários fixados pela assembléia geral que os eleger.

Capítulo V
Da Assembléia Geral
21

Art. 16. A assembléia geral ordinária reunir-se-á anualmente dentro dos quatro primeiros
meses após o término do exercício social, para discutir e deliberar sobre relatório e contas da
Diretoria, balanço e parecer do Conselho Fiscal, relativos ao exercício findo, e eleger os
membros deste e da Diretoria, quando for o caso.

Art. 17. A assembléia geral extraordinária será convocada em todos os casos para os fins
previstos em lei.

Art. 18. As assembléias gerais serão instaladas e presididas pelo Diretor Presidente, que
convidará para secretário um dos acionistas presentes e, no caso de ausência, por quem a
assembléia designar.

Capítulo VI
Do Exercício Social, Lucros e sua Distribuição

Art. 19. O exercício social terminará em 31 de dezembro de cada ano.

Art. 20. Os lucros líquidos regularmente apurados no balanço geral, levantado no término do
exercício, feitas as necessárias deduções de amortizações e depreciações dos bens fixos e das
provisões, serão assim distribuídos: 5% (cinco por cento) para o Fundo de Reserva Legal, até
atingir 20% (vinte por cento) do capital; gratificação à Diretoria, satisfeito o que dispõem os
artigos 152 e 202 da Lei n° 6.404/76, e o restante à disposição da Assembléia.

Art. 21. Os dividendos não reclamados no prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data de sua
distribuição, prescreverão a favor da sociedade.

Capítulo VII
Da Liquidação da Sociedade

Art. 22. A sociedade entrará em liquidação nos casos legais e por determinação da assembléia
geral.

Art. 23. A assembléia geral que decidir a liquidação determinará a sua forma, elegendo os
liquidantes e o Conselho Fiscal que funcionará nessa fase, fixando os respectivos honorários.

Capítulo VIII
Disposições Gerais e Transitórias

Art. 24. As questões omissas nos estatutos serão resolvidas de acordo com o disposto na Lei
n°6.404/76 e demais leis em vigor.

Terminada a leitura dos estatutos, o Senhor Presidente submeteu-os à discussão e, como ninguém
fizesse uso da palavra, foram eles aprovados por unanimidade. Em seguida, declarada
definitivamente constituída a JUNDIAÍ - Importadora e Comercial S.A., passou-se à eleição da
Diretoria e dos membros do Conselho Fiscal, abstendo-se de votar os interessados, tendo sido
22

eleita e aclamada a seguinte Diretoria: Diretor-Presidente Armando Lopes, brasileiro, casado,


comerciante, residente e domiciliado nesta Capital à Rua........................................ n°...................,
portador da Carteira de Identidade RG n° ................................... e do CIC n°.......................;
Diretor-Financeiro Fabrício Costa, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado nesta
Capital, à Rua ........................................ n° ............, portador da Carteira de Identidade RG
n°....................... e do CIC n°.............; e Diretor-Comercial Dario Mendes, brasileiro, desquitado,
comerciante, residente e domiciliado nesta Capital, à Rua................................n° ..........., portador
da Carteira de Identidade RG n° ........................... e do CIC n°................................. Para o
Conselho Fiscal e, com mandato para este exercício, foram eleitos: Mário Garcia, espanhol,
casado, industrial, portador da Carteira Modelo 19 RG n° 573.695 e do CIC
n°.................................., domiciliado e residente nesta Capital, à Rua............................
n°..................; Emílio Guerra, brasileiro, solteiro, maior, contador, residente e domiciliado nesta
Capital, à Rua ................................, n°................, portador da Carteira de Identidade RG
n° ..................................., e do CIC n° .............................; e Aurélio Marchione, brasileiro, casado,
comerciante, residente e domiciliado nesta Capital à Rua ...................................., n°.....................,
portador da Carteira de Identidade RG n° ..................... e do CIC n° ..........................; e para seus
suplentes: Cosme Ferreira, brasileiro, casado, comerciante, residente e domiciliado nesta Capital à
Rua............................., n°............, portador da Carteira de Identidade RG n° .......................... e do
CIC n° ..................; Walter Sanchez, brasileiro, solteiro, maior, comerciário, residente e
domiciliado nesta Capital, à Rua .................................. n° ..............., portador da Carteira de
Identidade RG n° .................................... e do CIC n° ......................; e Gaspar Silva, brasileiro,
casado, bancário, residente e domiciliado nesta Capital, à Rua ................................, n° ...............,
portador da Carteira de Identidade RG n° ......................... e do CIC n°...................................... A
seguir, proposta dos acionistas, foram fixados os honorários da Diretoria, em R$ 7.000,00 (Sete
mil reais) mensais, para cada diretor, e os dos membros do Conselho Fiscal, em R$ 1.000,00 (mil
reais) anuais para cada um. Nada mais havendo a tratar, deu o Presidente por encerrada a reunião,
lavrando-se a presente ata em 3 (três) vias, a qual, depois de lida e achada conforme, foi aprovada
em todos os seus termos, sendo assinada e rubricada em todas as suas folhas pelos membros da
mesa que presidiu e assinada por todos os presentes.

São Paulo, 15 de setembro de 20X1

Armando Lopes - Presidente


Américo Machado - Secretário
Dario Mendes
Fabrício Costa
Rui Figueira
Artur Gonçalves
Ney Santos
Porfírio Rosa

Testemunhas:

Moacir Fontes, brasileiro, casado, contador, residente à Rua......................, n° .........


Miguel Pereira, brasileiro, casado, comerciante, residente à Rua................., n° .........
23

Planilha de subscrição do capital da JUNDIAÍ - Importadora e Comercial S.A., no valor de R$


150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), representado por 150.000 (cento e cinqüenta mil)
ações ordinárias de R$ 1,00 (hum real) cada uma.

N° de ações Valor total Importância


Nome, qualificação e domicílio da realizada R$
subscrição
R$
1. ARMANDO LOPES - brasileiro, casado,
comerciante, portador da Carteira de Identidade RG
n°.......... e do CIC n° ............. residente à
Rua ....................., n° ................... 50.000 50.000,00 25.000,00
2. AMÉRICO MACHADO - brasileiro, casado,
comerciante, portador da Carteira de Identidade RG
n° ............ e do CIC n° ............ residente à
Rua .............., n° ................. 6.000 6.000,00 3.000,00
3. FABRÍCIO COSTA - brasileiro, casado, advogado,
portador da Carteira de Identidade RG n° ............ e do
CIC n° ............ residente à Rua ..............,
n° ................. 40.000 40.000,00 20.000,00
4. DARIO MENDES - brasileiro, desquitado,
comerciante, portador da Carteira de Identidade RG
n° ............ e do CIC n° ............ residente à
Rua .............., n° ................. 30.000 30.000,00 15.000,00
5. RUI FIGUEIRA - brasileiro, casado, comerciante,
portador da Carteira de Identidade RG n° ............ e do
CIC n° ............ residente à Rua ..............,
n° ................. 15.000 15.000,00 7.500,00
6. ARTUR GONÇALVES - brasileiro, solteiro, maior,
comerciário, portador da Carteira de Identidade RG
n° ............ e do CIC n° ............ residente à
Rua .............., n° ................. 3.000 3.000,00 1.500,00
7. NEY SANTOS - brasileiro, solteiro, maior, contador,
portador da Carteira de Identidade RG n° ............ e do
CIC n° ............ residente à Rua ..............,
n° ................. 3.000 3.000,00 1.500,00
8. PORFÍRIO ROSA - brasileiro, casado, comerciário,
portador da Carteira de Identidade RG n° .............. e
do CIC n° ...........residente à Rua ............., n°...........
3.000 3.000,00 1.500,00

TOTAL......................... 150.000 150.000,00 75.000,00

São Paulo, 15 de setembro de 20X1


Armando Lopes - Presidente
24

Américo Machado - Secretário

MODELO DE UM EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA

O Conselho de Administração da Cia Distribuidora Noroeste S/A convoca os acionistas a se


reunir em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a realizar-se no dia 30 de abril de 20x1, às
10 horas, na sede da companhia,localizada à Rua das Margaridas, Nº xxx – São Paulo – SP, a fim
de discutirem e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA:


1 – Aprovar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações
financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 20x0, acompanhados
do parecer dos auditores independentes.
2 – Deliberar sobre a proposta de destinação do resultado.
3 – Eleger os membros do Conselho Fiscal e Respectivos Suplentes.
4 – Fixar a remuneração dos membros da Diretoria e dos Conselhos de Administração e Fiscal
para o exercício

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA:


1 – Aprovar a proposta de apropriação contábil de juros sobre o capital próprio.
2 – Aprovar o laudo de reavaliação de imóveis e sua contabilização.

São Paulo, 01 de abril de 20x1

PEDRO ALVARES CABRAL


Presidente do Conselho de Administração

MODELO DE UM PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Companhia Alfa S/A, no âmbito de sua competência e no cumprimento das
disposições legais e estatutárias, tendo acompanhado através de análises periódicas de
documentos e balancetes a gestão econômico-financeira da companhia e, considerando o parecer
dos auditores independentes, “Empresa de Auditoria X” e suas informações, analisou as
demonstrações financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 20x0 e o
25

respectivo relatório da administração, opinando favoravelmente à aprovação desses documentos


pelos Senhores Acionistas. É o parecer.

São Paulo, 12 de março de 20x1.


Cristóvão Colombo – Presidente do Conselho Fiscal
Anita Garibaldi – Conselheira
José do Patrocínio - Conselheiro

EXERCÍCIO:

1. Qual o Instrumento Legal que rege no direito brasileiro as Sociedades Limitadas


(Ltda)?
2. Além do Instrumento citado na questão anterior, quais outros diplomas legais regem
as Sociedades Ltda?
3. Como se chama o instrumento legal de constituição de uma Sociedade Ltda?
4. Até onde vai a responsabilidade dos sócios de uma Sociedade Ltda?
5. Cite e comente 3 (três) cláusulas essenciais em um Contrato Social?
6. Como se chama o título representativo do capital de uma Sociedade Ltda?
7. Sob o ponto de vista do capital, como são chamados os sócios de uma Sociedade
Ltda?
8. Qual a Lei que regulamenta as Sociedades por Ações?
9. Como se chama o instrumento legal de constituição de uma Sociedade por Ações?
Como se chama o título representativo do capital de uma Sociedade por Ações?
10. Defina o que vem a ser Valor Nominal, Valor Patrimonial, Valor de Mercado e Preço
de Emissão de uma Ação?
11. Sob o ponto de vista do capital, como são chamados os sócios de uma Sociedade por
Ações?
12. Cite e faça um breve comentário sobre 3 (três) tipos de Sociedade?
Como se classificam as Sociedades Anônimas?
Qual a função da Comissão de Valores Mobiliários CVM, no mercado de capitais?
13. Cite e comente os 3 (três) requisitos preliminares para a constituição de uma
Sociedade por Ações?
14. Como pode ser integralizado o Capital Social de uma Sociedade por Ações?
15. Cite e comente o papel dos Órgãos de Administração de uma Sociedade por Ações?
16. Qual a diferença entre uma Assembléia Geral Ordinária (AGO) e uma Assembléia
Geral Extraordinária (AGE)?
17. Cite dois fatos que justificam a convocação de uma Assembléia Geral Extraordinária.
26

ABERTURA DE EMPRESA

Antes de começar a providenciar a documentação para abertura da empresa, o


empreendedor deverá fazer consultas prévias relativo a:

1) Proprietário do Imóvel
Antes de alugar ou comprar um imóvel, veja se a certidão de registro ou Habite-se estão
em ordem.

2) Prefeitura ou administração regional


Verificar se a atividade pode ser exercida no local pretendido, de acordo com a Lei de
Zoneamento.

3) Vigilância Sanitária
Alvará de funcionamento, no caso de indústria ou comércio de alimentos, produtos
químicos e medicamentos.

DOCUMENTAÇÃO PARA ABERTURA DA EMPRESA

( ) CIC e RG dos sócios ou do titular;

( ) Comprovante de residência de cada um dos sócios ou do titular: contas de água, luz,


gás ou telefone do mês anterior;

Obs.: Como alternativa poderá ser apresentado extrato original de conta corrente,
poupança ou de cartão de crédito, acompanhado de DECLARAÇÃO DE
RESIDÊNCIA com firma reconhecida;

( ) IPTU da sede da empresa do ano vigente;


Obs.: Caso o IPTU não esteja no nome do proprietário do imóvel, apresentar uma
cópia autenticada da Escritura ou do Contrato de Compra e Venda do imóvel. Quando
se tratar de herdeiros, apresentar cópia autenticada do FORMAL DE PARTILHA;

( ) Contrato de Locação Comercial registrado em cartório: 1 cópia autenticada;


Deve-se observar se o nome constante do IPTU é o mesmo do Contrato de Locação.
Se houver diferença providenciar cópia autenticada da escritura, ou contrato de compra
e venda do imóvel, ou do FORMAL DE PARTILHA.
27

( ) DECLARAÇÃO DO EMPRESÁRIO TITULAR, com croqui no verso e com firma


reconhecida, quando se tratar de sede de Microempresa, junto à residência.

( ) Comprovante de registro do sócio ou profissional habilitado junto ao Conselho


Regional da categoria (caso de atividade profissional regulamentada).

PROCEDIMENTOS PARA ABERTURA DA EMPRESA

ÓRGÃOS DE REGISTRO

JUNTA COMERCIAL
CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDCAS (Empresas Prestadoras de
Serviços)
RECEITA FEDERAL
SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO
PREFEITURA MUNICIPAL
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL – INSS
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
ENTIDADE DE CLASSE (atividade regulamentada)
OUTROS: Cetesb, Vigilância Sanitária, Secretaria da Segurança Pública, etc.
28

ESCRITURAÇÃO FISCAL

As empresas que se dedicam ao comércio são o elo que liga a produção ao consumo. Além da
escrituração contábil as empresas comerciais possuem também a escrituração fiscal. Essa
escrituração é feita com base nos documentos fiscais, constituídos por Livros e Notas Fiscais.
Elencamos abaixo os principais.

LIVROS FISCAIS PARA A ATIVIDADE DE INDÚSTRIA E/OU COMÉRCIO

MODELO DESCRIÇÃO CONTRIBUINTE


1 Registro de Entrada Sujeito ao IPI e ao ICMS
1A Registro de Entrada Sujeito apenas ao ICMS
2 Registro de Saída Sujeito ao IPI e ao ICMS
2A Registro de Saída Sujeito apenas ao ICMS
3 Registro de Controle de Indústria, ou equiparado a indústria
Produção e Estoques ou atacadista
4 Registro de Selo Especial Conforme artigo 134 do RIPI
de Controle (cigarros e bebidas)
5 Registro de Impressão de Gráficas
Notas Fiscais
6 Registro de Utilização de Todos
Documentos Fiscais e
Termos de Ocorrência
7 Registro de Inventário Todos
8 Registro de Apuração do Sujeito ao IPI
IPI
9 Registro de Apuração do Sujeito ao ICMS
ICMS
Lmc Livro de Movimentação de Postos revendedores de
combustíveis combustíveis
Livro Diário Práticas do Comércio Todos
29

NOTAS FISCAIS PARA ATIVIDADE DE INDÚSTRIA E/OU COMÉRCIO

MODELO DA NOTA FISCAL QUANDO EMITIR


1 OU 1ª Entradas e Saídas de mercadorias
(utilizada pela indústria, comércio ou
importada
2 Venda ao consumidor
4 Saídas promovidas por produtores
agropecuários (produtor rural)
NF-ME Entradas e Saídas de mercadorias,
remessas, transportes, etc., promovidas
por Microempresa

EXERCÍCIO

1) Mencione 4 (quatro) providências que devem ser tomadas para abertura de uma empresa?
2) Quais as Instituições Oficiais que devem ser comunicadas em caso de Abertura,. Alterações
Cadastrais, transformações e encerramento das atividades de uma empresa Mercantil?
3) Quais as Instituições Oficiais que devem ser comunicadas em caso de Abertura,. Alterações
Cadastrais, transformações e encerramento das atividades de uma empresa Prestadora de
Serviços?
4) Cite 5 (cinco) tipos de Livros fiscais de uma empresa?
5) Cite 3 (três) tipos de Notas Fiscais de uma empresa?
30

ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

Ocorrendo alterações nos dados cadastrais das empresas, o empreendedor deverá


comunicar no prazo de 30 dias, às seguintes repartições públicas:
• Junta Comercial
• Receita Federal
• Secretaria da Fazenda
• Prefeitura Municipal
• INSS
• Ministério do Trabalho e Emprego
• Entidade de classe
• Outras (Cetesb, Vigilância Sanitária, Secretaria da Segurança Pública, etc)

Tipos de alterações:

I. Nome empresarial;
II. Endereço;
III. Natureza jurídica;
IV. Capital Social;
V. Qualificação tributária;
VI. Pessoa física responsável perante a SRF;
VII. Quadro Societário;
VIII. Opção pelo SIMPLES;
IX. Exclusão do SIMPLES;
X. Liquidação Judicial;
XI. Liquidação Extrajudicial;
XII. Decretação de falência;
XIII. Reabilitação de falência;
XIV. Condição de instituição financeira sob intervenção do Banco Central do Brasil;
XV. Cisão parcial.

EXERCÍCIO

1) Especifique 6 (seis) tipo de alteração cadastral que deverão ser comunicadas no prazo
máximo de 30 dias, às Entidades de registro?
31

ARQUIVAMENTO DOS ATOS DE ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES

Ao chegar o fim da atividade econômica, seja por qualquer motivo, o


empreendedor deverá providenciar a baixa do registro de sua empresa
junto aos órgãos competentes.

JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - JUCESP

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL - CNPJ

SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ICMS

PREFEITURA DO MUNICÍPIO - ISS

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL - INSS

MINISTÉIRO DO TRABALHO E EMPREGO

ENTIDADES DE CLASSE

OUTRAS (Cetesb, Vigilância Sanitária, Secretaria da Segurança Pública).


32

Módulo II - ASPECTO CONTÁBIL


Empresa Comercial:

COMPR VENDE
A

A Atividade comercial liga a produção ao consumo, é o meio pelo qual se viabiliza todo o fluxo
de mercadorias entre produtores e consumidores. Como exemplo de atividades
comerciais podemos citar: Supermercados, farmácias, revendedoras de veículos,
lojas de materiais de construção, bares etc.

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS

O RCM é a diferença total entre as Receitas obtidas pelas Vendas e o Custo dessas mercadorias
que foram vendidas. Essa diferença denominamos “Lucro Bruto”. Após levarmos em
consideração as demais Receitas e Despesas da Cia., obtemos o “Resultado Líquido do
Exercício”.

Resultado com Mercadorias = Vendas – Custo das Mercadorias Vendidas

Resultado Líquido do Exercício = (Resultado com Mercadorias + Outras Receitas –


Outras Despesas)

Exemplo:
Demonstração do Resultado do Exercício de 20x3
Vendas 200.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (150.000)
(=) Resultado Com mercadorias 50.000 Lucro Bruto
(+) Receitas de Aluguéis 1.000
51.000
Despesas:
Administrativas 18.000
Financeiras 3.000 (21.000)
Resultado Líquido do Exercício 30.000 Lucro Líquido
33

Obviamente que se o Resultado Bruto for favorável, isto é, as Vendas forem maiores do que o
Custo das Mercadorias Vendidas, teremos Lucro Bruto com Mercadorias. Se for desfavorável,
teremos Prejuízo com Mercadorias.

No final, após considerarmos as demais Receitas e Despesas, será obtido o Resultado Líquido do
Exercício, que pode ser Lucro líquido ou Prejuízo do Exercício.

O INVENTÁRIO
Inventário é a verificação da existência física de todas as mercadorias existentes na empresa.

Classificação:
- Inventário Periódico;
- Inventário Permanente.

INVENTÁRIO PERIÓDICO
Ocorre quando efetuamos as vendas sem ter controle paralelo do nosso estoque, portanto sem controlar o
Custo das Mercadorias Vendidas.
Quando formos apurar o R.C.M. (Resultado Bruto com Mercadorias ou Resultado com
Mercadorias), obtemos o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) pela diferença entre as
mercadorias disponíveis para venda e nosso estoque final na época.

Exemplo:

E.I (Estoque Inicial) = $ 18


C (Compras) = $ 10
V (Vendas) = $ 20
E.F. (Estoque Final) = $ 12

APURANDO O CMV

CMV = (EI + C – EF)


CMV = (18 + 10 – 12)
CMV = 16

CONTABILIZAÇÃO

1- Transportar para CVM o Estoque Inicial de Mercadorias

CVM
a Mercadorias (estoque) .....................................................$ 18
34

2- Transportar o saldo de Compras para CVM

CVM
a Compras ..........................................................................$ 10

3- Transportar para a conta de Estoque de Mercadorias o EF. Que será o inicial do exercício seguinte,
subtraindo do CMV., pois não foram vendidas.

Mercadorias (estoque)
a CVM ...............................................................................$ 12

APURANDO O RCM

RCM = (V – CMV)
RCM = (20 – 16)
RCM = 4

CONTABILIZAÇÃO

4 - Transportar o saldo da conta Vendas para RCM

Vendas
a RCM ............................................................................... $ 20

5 - Transportar o saldo da conta CMV para RCM

RCM
a CMV ................................................................................$ 16

OBS.
6 – A conta RCM é uma conta de resultado, que deverá ser encerrada no final do exercício, na
conta ARE (Apuração do Resultado do Exercício).

RCM
a ARE ................................................................................$ 4
35

EXERCÍCIOS:

1. A Cia Comercial Perdizes Ltda., apresentou os seguintes dados no final do exercício:

A) Mercadorias:
Estoque Inicial $ 67.000,
Compras $ 123.000,
Vendas $ 98.000,
Estoque Final $ 105.000,

B) Outras Receitas e Despesas:


Receita Financeira $ 5.000,
Despesa de Salários $ 10.000,
Despesa de Aluguel $ 3.000,
Despesa de Condução $ 300,
Despesa de Juros $ 200,
Despesa de Água $ 1.500,

Pede-se:
Calcular o CMV
Calcular o RCM
Montar a Demonstração do Resultado na forma dedudiva.

2. Identificar a resposta correta para as várias que propomos a seguir:

A Metalúrgica Invertida Ltda., que utiliza o sistema de Inventário Periódico com três contas
básicas, as quais têm os seguintes saldos: Mercadorias $ 12.000, Compras $ 127.000 e Vendas
$ 237.000, apurou um Lucro Bruto de $ 98.000.

Qual o Estoque Final apurado extracontabilmente (inventário) ?


a) Nulo (não há estoque).
b) $ 498.000.
c) $ 122.000.
d) $ 139.000.
e) Os dados fornecidos não permitem apurar o estoque final.

INVENTÁRIO PERMANENTE

Esta prática consiste em se controlar o inventário de forma contínua, dando-lhe baixa, em cada
venda, pelo custo dessas Mercadorias Vendidas (CMV).
36

Esse controle é efetuado permanentemente sobre as Mercadorias que estiverem à disposição para
venda. Isto é, esse controle é efetuado sobre as Mercadorias Vendidas (CMV) e sobre as
Mercadorias que não foram vendidas (Estoque Final). Pela Soma dos Custos de todas as Vendas,
teremos o Custo das Mercadorias Vendidas.
Este sistema é muito utilizado principalmente pelas empresas de porte.

Contabilização:
Esse sistema parte da premissa que deveremos registrar todas as compras diretamente na conta
Mercadorias Estoque.

Contabilização na compra:

Mercadorias - Estoque
a Caixa

Na venda, porém, há necessidade de dois lançamentos:

Caixa
a Venda (pelo valor da Nota Fiscal)

Custo das Mercadorias Vendidas


a Mercadorias - Estoque

Após cada operação de Venda e sua contabilização, teremos a conta de Vendas atualizada, a de
CMV com o total do custo acumulado até a data e a de Mercadorias refletindo o valor exato do
estoque.

Exemplo: Uma empresa possui estoque de Mercadorias no valor de $ 20.000, e vende a metade
dele por $ 15.000, a vista, temos:

a) Caixa
a Vendas ................................................................... 15.000,

b) Custo das Mercadorias Vendidas


a Mercadorias - Estoque............................................. 10.000,
37

Compras
A empresa poderá adquirir mercadorias de várias espécies. Essas mercadorias ficam estocadas no
almoxarifado. Assim, nas compras, debita-se uma conta representativa da compra e credita-se a
Conta Patrimonial correspondente (caixa, bancos, fornecedores etc.).

Exemplo:
A Comércio de Móveis São João adquiriu do fornecedor Madeiras Brasil S/A, 100 estantes de
mogno, por R$ 90.000,00.

Contabilização no livro Diário:


Compras de Mercadorias
a Bancos Conta Movimento
Pagto NF 4.580, do fornecedor Madeiras Brasil S/A ,
a 100 estantes de mogno ......................................................... 90.000,00

Obs. As despesas acessórias, tais como: frete, seguro, imposto de importação, taxas alfandegárias
e outros impostos não recuperáveis, etc., devem ter seus valores considerados no estoque,
somado ao valor dos materiais adquiridos.

Vendas
A empresa normalmente vende mercadorias de várias espécies. Essas mercadorias saem do
estoque e são entregue aos clientes. Assim, nas vendas, debita-se uma conta do Ativo Circulante
(caixa, Clientes, Duplicatas a Receber) e credita-se a Conta de Vendas.

Exemplo:
A Comercial Ipiranga vendeu para sua cliente Cia J. Moralez, 200 aparelhos de Som, no valor de
$ 1.000,00 cada, total $ 200.000,00.

Contabilização no livro Diário:

Bancos Conta Movimento


a Venda de Mercadorias
Rcto NF 3.450, do cliente Cia J. Moralez........................................... 200.000,00

Impostos incidentes sobre as compras e vendas


Devem ser excluídos dos valores dos materiais adquiridos os valores dos impostos que forem
recuperáveis por ocasião da venda dos produtos.
38

ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
É um imposto de competência estadual. É considerado imposto por dentro, porque o seu valor está
incluído no valor das mercadorias. Para a maioria das mercadorias, nas operações realizadas
dentro do estado a alíquota está em torno de 17%.

Exemplo:
A empresa Industrial Itaberaba Ltda, comprou da empresa Comercial Perdizes S/A, 2.000 caixas
para acondicionar seus produtos, tendo pago R$ 1.000,00 conforme NF 234, com ICMS incluso
no valor de R$ 170,00.

Contabilização no livro Diário:

Diversos
a Caixa
Compra de material de embalagem conforme NF 234,
da Comercial Perdizes S/A
Estoque de Materiais de Embalagem
Valor líquido referente a 2.000 caixas.......................... 830,00
ICMS a Recuperar
17% conforme NF 234 ................................................. 170,00 1.000,00

Suponhamos que, nesse mesmo mês, a empresa Industrial Itaberaba Ltda. tenha efetuado apenas a
seguinte venda:

Venda de mercadorias, conforme Nota Fiscal nº 435, à vista, no valor de R$ 4.000, ICMS
destacado na NF. $ 680.

Contabilização no livro Diário:

Caixa
a Vendas
Nossa NF nº 435 ........................................................................................ 4.000,00

ICMS Sobre Vendas


a ICMS a Recolher
Valor do ICMS incidente conforme NF 435 ............................................. 680,00

No final do mês verificamos que a Conta ICMS a Recuperar ficou com um saldo credor de $
510,00 o qual deverá ser recolhido. Nesse caso deveremos transferir este valor para a conta de
ICMS a Recolher

ICMS a Recuperar
a ICMS a Recolher
Transferência efetuada tendo em vista o valor de ICMS a ser
recolhido ao Governo Estadual, conf. livro Registro de Apu-
ração do ICMS, Fl. 15.................................................................................. 510,00
39

EXERCÍCIO

A Cia Santa Marina S/A., efetuou uma compra de Vidro do fornecedor Cia Ubatuba Ltda,
conforme NF 888.
O valor das mercadorias foi de R$ 1.000.000,00. O ICMS destacado na Nota foi de R$
170.000,00. Pagamento à vista através de cheque.

Imaginemos que a Cia Santa Marina S/A., tenha efetuado esta venda:
Valor dos produtos: $ 1.400.000,00 - ICMS incluso no valor da mercadoria: $ 238.000,00

Pede-se:
• Contabilizar as duas operações efetuadas pela Cia Santa Marina S/A.
• Demonstre através de Razonetes “T” o valor do ICMS a ser recolhido aos cofres
públicos.

EXERCÍCIO

Apenas uma alternativa é correta.Identifique-a:

1. A Metalúrgica Invertida Ltda., que utiliza o sistema de Inventário Periódico com três
contas básicas, as quais têm os seguintes saldos: Mercadorias $ 12.000, Compras $ 127.000 e
Vendas $ 237.000, apurou um Lucro Bruto de $ 98.000.
Qual o Estoque Final apurado extra-contabilmente (inventário) ?

f) Nulo (não há estoque).


g) $ 498.000.
h) $ 122.000.
i) $ 139.000.
j) Os dados fornecidos não permitem apurar o estoque final.
40

2. A empresa Pardal apresentou o seguinte movimento de mercadorias:

Estoque Inicial $ 1.200


Compras $ 1.500
Devolução de Vendas $ 100
Estoque Final $ 1.400
Devolução de Compras $ 200
Vendas $ 1.600

O Lucro Bruto foi de:

a) $ 100.
b) $ 200.
c) $ 300.
d) $ 400.
e) $ 500.

3. Calcule o Lucro Líquido de uma empresa que apresenta os seguintes registros contábeis
em seu movimento mercantil: Estoque Inicial $ 1.200; Compras $ 1.500; Devolução de Vendas $
100; Estoque Final $ 1.400; Devolução de Compras $ 200; Vendas $ 1.600; Despesas
Administrativas $ 40; Despesas Financeiras $ 60.

a) $ 100.
b) $ 200.
c) $ 300.
d) $ 400.
e) $ 500.

4. e o inventário inicial de mercadorias for superavaliado, qual das hipóteses a seguir


ocorrerá?

a) O inventário final será superavaliado.


b) O Lucro Líquido do período será sub-avaliado.
c) O Custo das Mercadorias Vendidas será sub-avaliado.
d) O Lucro Líquido do período será superavaliado.
e) O inventário final será sub-avaliado.

5. O lucro bruto é definido como:

a) O excesso das Receitas sobre as Despesas.


b) A diferença entre o valor das Vendas e o das Despesas.
c) O excesso das Vendas sobre o Custo das Mercadorias Vendidas.
d) A diferença entre as Receitas e o Custo das Mercadorias Vendidas.
e) O excesso do valor das Vendas e o das Compras de Mercadorias.
41

6. Identificar o Lucro Bruto, sabendo-se que, ao final do exercício, foram apurados os


seguintes saldos nos registros contábeis de uma empresa que exerce “controle permanente” dos
estoques: Estoque Inicial $ 100; Estoque Final $ 200; Custo das Mercadorias Vendidas $ 300;
Vendas $ 500.

a) $ 500.
b) $ 400.
c) $ 300.
d) $ 200.
e) $ 100.

7. Em conseqüência de superavaliação do inventário final de mercadorias, depreende-se:

a) O Lucro Líquido do período fica sub-avaliado.


b) O inventário inicial foi superavaliado.
c) O Custo das Mercadorias Vendidas foi superavaliado.
d) O inventário inicial era nulo.
e) O Lucro Líquido do período fica superavaliado.

SIMULADO

1) O que é um inventário?

2) Como se classifica o inventário?

3)Quais as principais características do sistema de Inventário Periódico?

4) Cite 2 (dois) seguimentos mercadológicos para os quais o Inventário Periódico é o mais


recomendado?

5) Quais as fórmulas para se apurar o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), o


Resultado com Mercadorias (RCM).

6) A empresa Ipiranga apresentou os seguintes saldos no balancete de Dez/X9:


Estoque Inicial $ 2.400
Compras $ 2.600
Estoque Final $ 2.800
Vendas $ 3.000
Despesas Administrativas $ 200
Despesas Financeiras $ 100

Pede-se: calcular o CMV, o RCM e o Lucro Líquido.


42

7) Cite 3 (três) atividades empresariais, para as quais a adoção do Inventário permanente é a mais
indicada?

8) Indique o Resultado Bruto e o Resultado Líquido do exercício, respectivamente, em


face dos saldos apurados nas contas relacionadas a seguir:

Custo das Mercadorias Vendidas R$ 500.000,00


Custo dos Serviços Prestados R$ 100.000,00
Despesas Administrativas R$ 110.000,00
Despesas Financeiras R$ 130.000,00
Dividendos propostos R$ 23.000,00
ICMS sobre Vendas R$ 150.000,00
ISS sobre Serviços R$ 40.000,00
Provisão para Imposto de Renda R$ 40.000,00
Receitas de Serviços Prestados R$ 300.000,00
Vendas de Mercadorias R$ 1.000.000,00

9) Considere os dados abaixo e indique o Resultado Bruto:

CONTAS R$
Abatimentos sobre Vendas 19.000,00
Compras de Mercadorias 500.000,00
Despesas com Salários 245.750,00
Despesas com Seguros 10.000,00
Despesas com Comissões sobre Vendas 32.500,00
Despesas Tributárias – IPTU 25.000,00
Estoque Final de Mercadorias 245.000,00
Estoque Inicial de Mercadorias 37.000,00
Fretes sobre Compras 16.000,00
Fretes sobre Vendas 20.000,00
Impostos sobre Vendas 112.500,00
Outras Receitas Operacionais 24.500,00
Receitas não Operacionais 20.500,00
Seguros sobre Compras 10.750,00
Vendas Canceladas 20.500,00
Vendas de Mercadorias 1.500.000,00
43

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

INVESTIMENTOS SUJEITOS À AVALIAÇÃO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA


PATRIMONIAL (MEP)

1.1 Regra geral prevista na legislação do Imposto de Renda e Lei das S/A’s.
A legislação do Imposto de Renda e Lei das Sociedades Anônimas manda as pessoas jurídicas
avaliar pelo valor de patrimônio líquido, ou seja, pelo método da equivalência patrimonial (MEP),
os investimentos permanentes (participações societárias) enquadrados como relevantes em:
sociedades coligadas sobre cuja administração tenham influência ou de que participem com vinte
por cento ou mais do capital social.
sociedades controladas;

Para esse efeito, consideram-se:


coligadas as sociedades quando uma participam com dez por cento ou mais, do capital da outra,
sem controlá-la;

controladas as sociedades nas quais a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas
(controle indireto), é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores;

relevantes os investimentos:

em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a dez por cento
do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica investidora;

no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual ou superior a


quinze por cento do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica investidora.

EM QUE CONSISTE O MEP


Cálculo de equivalência patrimonial. Em síntese, o valor da equivalência patrimonial do
investimento é determinado mediante a aplicação, sobre o valor do patrimônio líquido da coligada
ou controlada, da porcentagem de participação da investidora no capital social da investida,
observando-se que:

o valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada deve ser determinado com base em
balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado na mesma data do balanço da
investidora ou até dois meses, no máximo, antes dessa data, com observância da lei comercial,
inclusive quanto à dedução das participações nos resultados e da provisão para o Imposto de
Renda.

Ajuste do valor contábil do investimento


44

O valor contábil do investimento na data do balanço será ajustado ao valor da sua equivalência
patrimonial mediante lançamento da diferença, a débito (se positiva) ou a crédito (se negativa) da
conta do investimento, tendo como contrapartida débito ou crédito em conta de resultado.

Exemplo
Supondo que um investimento, sujeito à avaliação do MEP, esteja registrado no ativo da
investidora pelo valor de R$ 500.000,00, que o valor do patrimônio líquido da sociedade coligada
ou controlada, depois de eventuais ajustes cabíveis, seja de R$ 2.000.000,00 e que o percentual
de participação da investidora no capital da investida seja 40%:

Valor da equivalência patrimonial:


40% de R$ 2.000.000,00.......................................................... = R$ 800.000,00

Valor pelo qual o investimento está


registrado............................................................................. = (R$ 500.000,00)

Ajuste da equivalência, a contabilizar


a débito da conta do investimento e a
crédito da conta de resultado
(receita) ............................................................................... R$ 300.000,00

Observa-se, portanto, que, por meio do mecanismo do MEP, ao proceder ao ajuste da


equivalência patrimonial, a investidora reconhece na sua escrituração mercantil (no ativo
permanente e no resultado) a parcela que lhe cabe nos resultados apurados pela coligada ou
controlada (positivos ou negativos).

QUANDO DEVE SER FEITA A AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO MEP

A lei fiscal determina que a avaliação de investimentos pelo MEP deve ser realizada:

- por ocasião da aquisição do investimento, quando deve ser desdobrado o custo de aquisição em:

valor da equivalência patrimonial na época da aquisição.

ágio ou deságio na aquisição, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o valor da


equivalência patrimonial, que deverá ser registrado em subconta distinta da subconta de registro
do investimento.

- por ocasião de cada balanço de encerramento de período-base de apuração do lucro real, quando
o ajuste do valor do investimento à nova equivalência patrimonial deve ser registrada;

- por ocasião da alienação do investimento.

NÃO-TRIBUTAÇÃO DO RESULTADO POSITIVO E INDEDUTIBILIDADE DO


RESULTADO NEGATIVO
45

A contrapartida do ajuste do valor do investimento à nova equivalência patrimonial,


lançada em conta de resultado, não será computada na apuração do lucro real, devendo, no Livro
de Apuração do Lucro Real (LALUR), ser:

excluída do lucro líquido, se positiva (receita); ou

adicionada ao lucro líquido, se negativa (despesa).

LUCROS E DIVIDENDOS RECEBIDOS

Forma de registro contábil


Quando o investimento for avaliado pelo MEP, os lucros e dividendos distribuídos pela
sociedade coligada ou controlada deverão ser contabilizados, na investidora, como diminuição do
valor de patrimônio líquido do investimento e não influenciarão as contas de resultado.

EXERCÍCIO: Equivalência Patrimonial

Suponha que a “Cia. A” detenha os seguintes investimentos nas Cias. B, C e D, cujos


capitais se compõem do seguinte:

B C D
Ações ordinárias com direito a
voto 50.000 80.000 30.000
Ações preferenciais sem direito
a voto 50.000 40.000 60.000

Total do capital 100.000 120.000 90.000

A participação da “Cia A” nestas empresas corresponde ao seguinte:

B C D
Ações ordinárias 20.000 - 10.000
Ações preferenciais 10.000 40.000 20.000
Total possuído 30.000 40.000 30.000
46

Admita-se que na contabilidade da Investidora (Cia A) estes investimentos estejam


contabilizados no seu ativo permanente pelos seguintes valores:

Investimento em B 32.000
Investimento em C 35.000
Investimento em D 45.000
Total 112.000

Considerando-se que na data em que estamos encerrando o exercício a situação seja a


acima mencionada, e que o Patrimônio Líquido da “Cia A” fosse $ 1.200.000,00.

Pergunta-se: estes investimentos (no todo ou em parte) deveriam ser avaliados pela
equivalência patrimonial?

EXERCÍCIOS:

1) A Cia X participa com $ 3.000.000,00 (e com poder de decisão nas Assembléias Gerais) , do
capital da Cia Y, que é de $ 10.000.000,00. Sabe-se que o Patrimônio Líquido da Cia X é de $
100.000.000,00.

Pede-se:
A Cia X é Coligada ou Controladora da Cia Y?
O investimento da Cia X é relevante ou irrelevante?
Devemos fazer a Equivalência Patrimonial?

2) A Cia Alfa participa com 40% do capital da Cia Beta. A conta Investimentos em Controlada
em Coligadas (AP) na Cia Alfa é de $ 1.000.000,00. O Patrimônio Líquido da Cia Beta é de $
4.000.000,00.

Pede-se:
Calcule e contabilize o ajuste pelo Método da Equivalência Patrimonial.
47

3) Ainda com relação ao exercício anterior, no início do exercício seguinte a Cia Beta distribuiu $
200.000,00 de Dividendos a seus Acionistas.

Pede-se:
Calcule e contabilize o valor do Dividendo que cabe à Cia Alfa

4) A Cia Canoas comprou uma participação de 80% no capital da Cia Floresta, pelo valor de $
700.000, 00, representada por 700.000 ações. Sabe-se que o Patrimônio Líquido da Cia Floresta é
de $ 800.000,00.

Pede-se:
Calcule se houve Ágio ou Deságio na aquisição.
Contabilize a operação.

5) A Cia Marítima comprou uma participação de 50% no capital da Cia Trading, pelo valor de $
500.000, 00, representada por 500.000 ações. Sabe-se que o Patrimônio Líquido da Cia Trading é
de $ 1.200.000,00.

Pede-se:
Calcule se houve Ágio ou Deságio na aquisição.
Contabilize a operação.

6) A Cia Petrolina avaliará seu investimento em sua Controlada, a Cia Alvorada, pelo
Método de Equivalência Patrimonial. A participação no capital da Cia Alvorada é de 20%.

Momento X1
Cia Petrolina Cia Alvorada
Ativo Permanente Patrimônio Líquido
Investimentos Capital 400.000
Participação na Cia Alvorada 100.000 Reserva de Capital 100.000
500.000

Indicar as alterações no Balanço e na DRE (se houver), em cada operação, nos


demonstrativos das Cias. Petrolina e Alvorada.

Momento X2: A Cia Alvorada obteve um Lucro Líquido de $ 150.000.


Momento X3: A Cia Alvorada distribuiu $ 50.000 em dividendos.
Momento X4: A Cia Alvorada reavalia seu Ativo Imobilizado em $ 200.000.
Momento X5: A Cia Alvorada aumenta seu capital com reservas em $ 100.000.
Momento X6: A Cia Alvorada obteve um Prejuízo de $ 40.000
48

OPERAÇÕES ATIVAS

OPERAÇÕES COM DUPLICATAS

As empresas comerciais freqüentemente vendem mercadorias a prazo. Quando as vendas são


efetuadas mediante a emissão e o aceite de duplicatas, estas poderão ser negociadas pelas
empresas.
Com esses títulos, as empresas efetuam transações junto aos bancos, sendo as mais comuns a
cobrança simples de duplicatas e os descontos de duplicatas.

Cobrança simples

A cobrança simples consiste na remessa de títulos aos bancos, que prestam serviços à empresa,
cobrando-os dos respectivos devedores.
Para efetuarem as cobranças de suas duplicatas, as empresas poderão utilizar os serviços de
outras empresas especializadas em cobrança ou até mesmo de cobradores particulares.
Nesse tipo de operação, a empresa transfere a posse dos títulos ao banco, mas a propriedade
continua sendo da empresa.
Para remeter os títulos ao banco, a empresa os relaciona através de um borderô, ao qual anexa
os respectivos títulos.

A operação de cobrança se resume nas seguintes fases:

1ª) Pela remessa dos títulos ao banco:


Registro da operação, através das contas de compensação.
Registro das despesas cobradas pelo banco com a cobrança dos títulos.

2ª) Pelo recebimento das importâncias referentes aos títulos:


O banco comunica que os títulos foram quitados.
3. Baixa da responsabilidade através do lançamento de compensação.
4. Baixa dos direitos, através do débito da conta Bancos Conta Movimento
pelo recebimento das importâncias referentes aos títulos e crédito da
Duplicatas a receber para baixa dos respectivos direitos.

Exemplo

Remessa de duplicatas ao Banco Maracatu S/A para cobrança simples, conforme borderô no
valor de R$ 5.000. O Banco cobrou R$ 80 de comissões e taxas.

Contabilização

Pela remessa dos títulos ao banco:

Lançamento de compensação:
49

D - Títulos em Cobrança
C - Endossos para Cobrança
Nossa remessa de duplicatas ao Banco Maracatu S/A ,
Para cobrança simples, conforme borderô..................... 5.000

Registro da despesa:

D – Despesas Bancárias
C – Bancos Conta Movimento
Banco Maracatu S/A
Conforme aviso, sobre cobrança de título.................... 80

Após os vencimentos dos títulos, quando o banco comunicar que os mesmos foram quitados:

Baixa das contas de compensação:

D – Endossos para cobrança


C – Títulos em Cobrança
Baixa pela liquidação dos títulos, conforme aviso
Desta data ..........................................................................5.000

Pelo recebimento das duplicatas:

D – Bancos conta Movimento


Banco Maracatu S/A
C – Duplicatas a Receber
Pelo recebimento das duplicatas n°s....., conforme
aviso bancário nesta data ..................................................5.000

Desconto de Duplicatas

O desconto de duplicatas consiste na transferência dos títulos ao banco, mediante endosso ao


portador.
De posse das duplicatas com vencimentos futuros, a empresa poderá descontá-las em um
banco.
No desconto, a empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos títulos. O valor do
desconto é determinado em função do número de dias que faltam para o vencimento dos títulos.
Nesse tipo de transação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação de tais
títulos descontados.
A responsabilidade só desaparece após o pagamento efetuado pelo devedor.
A operação é semelhante à cobrança simples, no que diz respeito à remessa dos títulos ao
banco.
50

A empresa endossante desconta os títulos e recebe do banco o valor nominal (constante dos
títulos), suportando os juros correspondentes ao prazo que falta decorrer para o vencimento dos
títulos negociados.
Nessa operação, a empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos ao banco.

Exemplo

Uma empresa desconta, no Banco Maracatu S/A. quinze duplicatas de sua emissão, conforme
relação (borderô), no valor de R$ 15.000. O banco cobra juros, no valor de R$ 1.500, comissões e
taxas no valor de R$ 90.

Neste caso temos:


Valor nominal dos títulos.........................................................15.000
Valor suportado pela empresa para descontos ( juros, taxas,
Comissões) ............................................................................. 1.590
Líquido a receber .................................................................... 13.410
=====

Contabilização

Pela remessa dos títulos e respectiva operação de desconto:

D – Bancos Conta Movimento


Banco Maracatu S/A
Líquido creditado ................................................................13.410
D – Juros Passivos a Vencer
Juros cobrados, proporcionais ao prazo de vencimento
Dos títulos..............................................................................1.500
D – Despesas Bancárias
Comissões e taxas................................................................... 90
C – Duplicatas Descontadas
Nosso desconto de duplicatas, conf. borderô desta data ....15.000

Observações:
Debitamos a conta Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) por R$ 13.410 para registrar o
valor líquido da operação.
Debitamos a conta Juros Passivos a Vencer (Ativo Circulante) por R$ 1.500 referente aos juros
cobrados antecipadamente.
Debitamos a conta Despesas Bancárias (Despesas Financeiras) por R$ 90 referentes ao valor
das comissões e taxas cobradas sobre as duplicatas descontadas.
Creditamos a conta Duplicatas Descontadas (Conta de Obrigação que figurará no Balanço
Patrimonial, no Ativo Circulante como redutora da conta Duplicatas a Receber), pelo valor da
obrigação que a empresa terá para com o banco, caso os devedores das duplicatas não as quitem
junto ao banco (R$ 15.000)
51

Pela quitação das duplicatas:

Suponhamos que, na data do vencimento, o banco receba as importâncias correspondentes a


todas as duplicatas e comunique o fato à empresa através de aviso bancário.
Nesse caso, faremos os seguintes registros contábeis:

2) D – Duplicatas Descontadas
C – Duplicatas a Receber
Pela baixa pela liquidação dos títulos, conf. aviso bancário
desta data .................................................................................15.000
3) D – Juros Passivos
C - Juros Passivos a Vencer
Pela apropriação dos juros correspondentes às duplicatas
supra........................................................................................ 1,500

Observações:

No lançamento 2), baixamos a obrigação, que estava registrada na conta Duplicatas Descontadas,
contra a baixa dos Direitos que estavam registrados na conta Duplicatas a Receber.
No lançamento 3), apropriamos a Despesa com os juros que, cobrados antecipadamente, tinham
sido contabilizados no lançamento 1), na conta Juros Passivos a Vencer.
.
Exercícios
Efetuar os lançamentos contábeis para os exercícios 1 e 2.

1) A empresa Comercial Alvorada Ltda. Efetuou remessa de duplicatas ao Banco Rigoroso S/A
para cobrança simples, conforme borderô, no valor total de
R$ 50.000. O banco cobrou R$ 150 a título de comissão e taxa. Após 30 dias, o banco comunicou
o recebimento de todos os títulos.

2) A empresa Comercial “O Rei dos Parafusos S/A”. descontou, no Banco Rigoroso S/A., 15
duplicatas de sua emissão, conforme relação, no valor nominal de R$ 15.000. O banco cobrou
juros no valor de R$ 1.200, comissões e taxas no valor de R$ 150. Após 40 dias do evento, o
banco comunicou que todas as duplicatas foram liquidadas.

3) D – Bancos Conta Movimento .....................................100.000


D – Despesas Financeiras................................................10.000
C – Duplicatas Descontadas...........................................110.000

O lançamento acima registra a operação de:


a) Débito em conta corrente bancária de duplicata descontada.
b) Venda de mercadorias a prazo.
c) Pagamento de duplicata descontada.
d) Recebimento de duplicata descontada
e) Desconto, junto a estabelecimento bancário, de duplicatas a receber.
52

4) Uma duplicata descontada paga no vencimento pelo sacado origina na escrituração do sacador
o seguinte lançamento:

a) D – Bancos conta Movimento


C - Duplicatas a Receber

b) D – Bancos conta Movimento


C – Duplicatas Descontadas

c) D – Duplicatas Descontadas
C – Duplicatas a Receber

d) D – Duplicatas a Receber
C – Bancos conta Movimento

e) D – Duplicatas a Receber
C – Duplicatas Descontadas

OPERAÇÕES PASSIVAS

Quando uma empresa precisa de recursos para sanar problemas emergenciais ou expandir seus
negócios, poderá recorrer aos bancos e obter os valores necessários para sua expansão.

Estas operações poderão ser feitas em moeda nacional ou moeda estrangeira.

Os empréstimos a curto prazo devem ser efetuados exclusivamente para atender a necessidades
que aparecem periodicamente dentro de cada ciclo operacional, isto é, para pagamento de gastos
que, normalmente, são recuperados com a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, a
empresa planeja aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de longo prazo.

São denominados empréstimos a curto prazo aqueles cujo prazo de pagamento vai no máximo até
360 dias. Os de Longo prazo são os que ultrapassam este prazo de pagamento.

Nos empréstimos recebidos, a empresa tem que fornecer certa garantia aos bancos. Essa garantia
pode ser em bens, ou emitindo nota promissória, ou entregando duplicatas a receber de seus
clientes.
53

Empréstimo em Moeda Nacional

Suponhamos que a empresa Ambiciosa S/A efetue um empréstimo junto ao Banco Norte S/A, nas
seguintes condições:

• Empréstimo no Banco Norte S/A, em 31-10-X8, no valor de 2.000.000,00 com vencimento


para 29-01-X9. Como garantia foi assinada uma Nota Promissória.
• Juros descontados, pelo Banco Norte, antecipadamente, de 6% ao mês.
• Despesas cobradas pelo Banco: comissões de 1% sobre o valor da Nota Promissória; despesas
de cobrança: 1.400,00.

Esta operação é conhecida como “pré-fixada”, já que estão, desde o início, definidos e prefixados
os valores dos encargos financeiros e do montante total a pagar.

A efetivação do empréstimo implicará os seguintes lançamentos feitos pelo Banco na Conta


Corrente da empresa mediante a emissão de um Aviso de Lançamento com os seguintes dados:

A CRÉDITO
$ 2.000.000,00 Valor nominal da Nota Promissória.

A DÉBITO
$ 360.000,00 valor do desconto, a 6% ao mês s/ 90 dias;
$ 20.000,00 valor da comissão de 1%
$ 1.400,00 valor das despesas de cobrança.

De posse do Aviso, a empresa procederá em sua contabilidade os seguintes lançamentos:

São Paulo, 31 de outubro de X8.


Bancos C/ Movimento
a Promissórias a Pagar
Valor da Nota Promissória descontada no Banco Norte S/A. ............................ 2.000.000,00

São Paulo, 31 de outubro de X8.


Diversos
a Bancos C/ Movimento
Despesas Bancárias
Valor das despesas com o desconto de Nota Promissória,
no Banco Norte S/A, a saber:
- despesa de comissão 1% .................................................... 20.000,00
- despesa de cobrança ........................................................... 1.400,00 21.400,00
Juros a Vencer (redutora do passivo)
Valor dos juros 6% a.m. referente ao período de 1º-11-x8 a
29-01-x9 ..................................................................................................... 360.000,00
54

Os valores de despesa de comissão e de cobrança costuma ir diretamente para a conta de


Resultado, já que esses valores são irrecuperáveis e não serão reduzidos se houver, por exemplo,
quitação antecipada do empréstimo.

O valor dos juros não pode ser lançado como despesa imediatamente, já que se refere ao tempo a
decorrer da data do empréstimo até a data do vencimento. E essa conta de Juros a Vencer fica
como redutora de Passivo para fazer com que esse Passivo fique a valor presente.

Como os juros se referem a um período que abrange dois exercícios, torna-se necessário fazer
apropriação da parte da despesa de x8, em 31-12-x8 .

São Paulo, 31 de dezembro de x8


Despesas de Juros
a Juros a Vencer
Transferência do valor referente ao prazo transcorrido do empréstimo .................... 240.000,00

Exercício
Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte operação financeira nos livros da Cia Aurora e
demonstrar o efeito da operação no balanço de 31-12-X1:

• Empréstimo no Banco Sul S/A, em 15-10-X1, no valor de $ 72.000,00 com vencimento para
15-2-X2. Como garantia foi assinada uma nota promissória.
• Juros descontados, pelo Banco Sul, antecipadamente, de 3% ao mês.
• Despesas e comissões bancárias cobradas no ato do empréstimo no valor de $ 560

Empréstimo em Moeda Estrangeira

A operação financeira pode ter o encargo financeiro vinculado à conjugação de juros com algum
outro fator cujo valor só será conhecido no futuro, como variação do dólar. Nesse caso dizemos
que é uma operação “pós-fixada”, já que, só após certo tempo, ter-se-á condição de conhecer o
valor dos encargos totais.

Por exemplo: Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte operação financeira e demonstrar o
efeito da operação no balanço de 31-12-x8:

• Empréstimo no Banco Yellow, em 01-12-x8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do


dia 1,00), com vencimento para 31-03-x9. Como garantia foi assinada uma nota
promissória em moeda estrangeira.
• Despesas cobradas pelo Banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas
de cobrança: US$ 1.400,00.
• Juros de 3% a. m. a ser aplicado sobre a dívida já atualizada.
• Sabe-se que em 31-12-x8, o câmbio estava cotado em 1,05.
55

São Paulo, 01 de dezembro de x8


Bancos C/ Movimento
a Promissórias em Moeda Estrangeira
Valor da NP em dólares emitida em favor do Banco Yellow ...............................1.000.000,00

São Paulo, 01 de dezembro de x8.


Despesas Bancárias
a Bancos C/ Movimento
Valor das despesas com empréstimo em moeda estrangeira
Junto ao Banco Yellow, a saber:
- despesa de comissão 1% .................................................... 10.000,00
- despesa de cobrança ........................................................... 1.400,00 11.400,00

Em 31/12/x8, será necessário apropriar as despesas com a variação cambial e com os juros, já
incorridas e não pagos, cujo teor será o seguinte:

Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta
original da dívida.

São Paulo, 31 de dezembro de x8


Despesa com Variação Cambial
a Promissórias em Moeda Estrangeira
Registro da variação cambial de 5% neste mês sobre o empréstimo
Em moeda estrangeira com o Banco Yellow .............................................................50.000,00

Depois, o registro dos juros em contas separadas:

São Paulo, 31 de dezembro de x8


Despesa de Juros
a Juros a Pagar
Valor de juros referentes ao empréstimo feito junto ao Banco Yellow................... 31.500,00

Exercício
Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte operação financeira nos livros da Cia Trading e
demonstrar o efeito da operação no balanço de 31-12-X1:

• Empréstimo no Banco Orange, em 15-12-X1, no valor de US$ 100.000,00 (câmbio do dia


1,00), com vencimento para 15-01-X2. Como garantia foi assinada uma nota promissória
em moeda estrangeira.
• Despesas cobradas pelo Banco: comissão de 2% sobre o valor do empréstimo; despesas de
cobrança: US$ 100,00
• Juros de 3% a. m, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada
56

• Sabe-se que em 31-12-X1, o câmbio estava cotado em 1,10.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
A demonstração do Resultado do Exercício demonstra receitas e despesas, evidenciando o lucro
líquido no fim do exercício.

EMPRESA:
Demonstração do Resultado Encerrado em ____/____/____ $

1 - RECEITA BRUTA
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços

2 - DEDUÇÕES E ABATIMENTOS
Devoluções
Impostos sobre Vendas

3 - RECEITA LÍQUIDA (1-2)


4 - CUSTOS DAS MERCADORIAS OU PRODUTOS VENDIDOS

5 - LUCRO BRUTO (3-4)


6 - DESPESAS OPERACIONAIS
Vendas
Administrativas
Financeiras
( - ) Rec. Financeira

7 - OUTRAS RECEITAS/ DESPESAS OPERACIONAIS


Resultado de Equivalência Patrimonial

8 - LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (5-6+/-7)


9 - RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS
Ganhos de Capital
10-DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
Perdas de Capital
11-RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+9-10)
12-PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA
13-RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA (11-12)
14-PARTICIPAÇÕES
Empregados
Administradores
15-LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (13-14)

16-Lucro Líquido por Ação do Capital ($ do lucro / nº de ações)


57

Exercícios

1. Após um ano de operações, a “Cia Santos S/A”; apresentou suas contas de Receitas e
Despesas com os seguintes saldos:

Vendas $ 250.000; Impostos sobre vendas $ 30.000; Despesas Financeiras $ 10.000;


Participação de Administradores $ 16.000; Despesas de Vendas $ 5.000; Lucro na
Equivalência Patrimonial $ 15.000; Ganhos de Capital $ 6.000; Perdas de Capital
$ 3.000; Provisão para Imposto de Renda $ 25.000; Participação de Empregados
12.000; Devoluções de vendas $ 10.000; Despesas Administrativas $ 30.000;
Custos das Mercadorias Vendidas $ 100.000;

Pede-se:
• Preparar a Demonstração do Resultado;

2. A “ Cia Coimbra Ltda” apresentou em seu balancete de 31/12/x8, os seguintes saldos:

Vendas 10.000; CMV 4.500; Despesas Administrativas 500; Receitas não Operacionais
600; Impostos sobre vendas 500; Despesas Financeiras 200; Devoluções e Abatimentos
sobre Vendas $ 1.000; Despesas com Vendas 300; Despesas não Operacionais 300.

Pede-se:

1) Preparar a Demonstração do Resultado do Exercício, apurando o lucro antes do


Imposto de Renda (LAIR).

2) Após o item 1, calcular: 30% provisão para I.Renda e Contribuição Social;


10% Participação de Diretores;
5% Participação de Empregados.
58

3) Apurar o Lucro Líquido.

BALANÇO PATRIMONIAL

Balanço Patrimonial é a demonstração sintética, em forma equacional, dos componentes do


patrimônio e de suas variações.

EMPRESA:

Balanço Patrimonial encerrado em ___/___/___

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE (até 365 dias) CIRCULANTE (até 365 dias)

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (mais de 365 dias) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (mais de 365 dias)

PERMANENTE RESULTADO DE EXERCÍCIO FUTUROS


Investimentos

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Imobilizado Capital

Intangível Reservas

Ajustes de Avaliação Patrimonial

Diferido
Lucros ou Prejuízos Acumulados
59

EXERCÍCIOS

1) Identifique a alternativa correta:

1. No caso de uma empresa ter contratado um seguro contra fogo pelo período de 1°-10-X2 a
30-9-X3, pagando um prêmio único de 12.000, teríamos, em conseqüência dessa operação, por
ocasião do encerramento do exercício, em 31-12-X2:
a) Uma exigibilidade de $ 12.000 .
b) Um disponível de $ 3.000.
c) Uma exigibilidade de $ 9.000.
d) Um valor a receber de $ 3.000.
e) Uma despesa antecipada de $ 9.000.

2. A distribuição dos lucros é feita com base:


a) No lucro tributável.
b) Na receita operacional.
c) No lucro bruto.
d) No lucro líquido.
e) Nas reservas constituídas.

3. O Balanço da Empresa ABC S.A., em 31-12-X9, era composto pelos saldos das seguintes
contas: Caixa $ 10; Capital $ 35; Empréstimos (LP) Obtidos de Terceiros $ 15; Lucros
Acumulados $ 20; Fornecedores $ 10; Bancos $ 20; Contas a Receber $ 10; Empréstimos (LP)
Concedidos a Terceiros $ 10; Dividendos a Pagar $ 15; Adiantamentos de Clientes $ 20; Impostos
a Pagar $ 5, Equipamentos $ 10; Reserva Legal $ 10; Mercadorias $ 50; Patentes $ 20.
Indicar, por meio dos dados anteriores:
a) o valor do Patrimônio Líquido. . . .
........................
b) o valor do Capital de Terceiros . . .
........................
c) o valor do Capital à Disposição da
Empresa . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) o valor dos Bens e Direitos . . . . . .
........................
e) o valor do Ativo Circulante . . . . . .
........................
f) o valor do Passivo
Circulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
g) o valor do Ativo Permanente
Tangível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
h) o valor do Ativo Permanente
Intangível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
60

4. O Balancete levantado em 31/12 apresenta a seguinte posição: Caixa $ 100; Fornecedores $


300; Contas a Pagar $ 200; Duplicatas a Receber $ 200; Móveis e Utensílios $ 500; Estoque $ 100;
Bancos $ 50; Vendas $ 2.400; Despesas Antecipadas $ 50; Despesas de Salários $ 200; Custo de
Mercadorias Vendidas $ 1.000; Capital $ 400; Lucros Acumulados $ 100; Despesas com Impostos
$ 200; Despesas de Impressos e Materiais para Escritório $ 200; Energia $ 100; Despesas Diversas
$ 300; Receitas de Juros $ 100; Descontos Concedidos $ 100; Instalações $ 400.

O encerramento das contas de resultado demonstra que houve:


a) $ 100 de lucro líquido.
b) $ 300 de lucro líquido.
c) $ 400 de lucro líquido.
d) $ 900 de lucro líquido.
e) $ 100 de prejuízo.

5. O aumento das despesas administrativas provoca:


a) Diminuição do lucro líquido.
b) Diminuição do lucro bruto.
c) Diminuição do passivo.
d) Aumento do custo das mercadorias.
e) Aumento do Ativo.

B) Escolha a melhor resposta, assinalando-a no respectivo quadro, sabendo-se que:


Os Estatutos de S.A. estabelecem que, dos lucros líquidos apurados no Balanço geral, sejam
destacados:
• 10% par Gratificação à Diretoria, após provisão de 30% para o Imposto de Renda e
Contribuição Social antes da constituição das reservas.
• 5% para Reserva Legal
• 10% para Reserva Especial

O lucro, antes do Imposto de Renda e Contribuição Social, soma $ 100.000.

1. Que elementos não serão tratados como parte integrante do Patrimônio Líquido no encerramento
do exercício?
a) Reserva Legal.
b) Reserva Especial.
c) Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social.
d) Gratificação a pagar à Diretoria.
e) Lucro Líquido final.

2. Qual será o montante de gratificação a pagar à Diretoria?


( ) $ 9.450.
( ) $ 7.000.
( ) $ 6.300.
( ) $ 3.150.

3. Qual será o montante equivalente à Reserva Legal?


61

( ) $ 5.000.
( ) $ 3.150.
( ) $ 1.525.
( ) $ 700.

4. Qual será o montante equivalente à Reserva Especial?


( ) $ 7.000.
( ) $ 6.300.
( ) $ 7.380.
( ) $ 5.985.

5. Qual será o montante que ficará na conta de Lucros Acumulados?


( ) $ 53.865.
( ) $ 63.000.
( ) $ 70.000.
( ) $ 59.850.

C) Escolha a melhor resposta a cada um dos itens a seguir numerados:

Os elementos que representam inversões não permanentes da empresa, isto é, elementos que
mais cedo ou mais tarde se converterão em dinheiro, são classificados como:
( ) Passivo Exigível a Longo Prazo.
( ) Ativo Disponível.
( ) Ativo Realizável.
( ) Ativo Permanente.
( ) Patrimônio Líquido.

D) Marque a alternativa correta:

1. A exposição resumida e ordenada dos fatos registrados pela contabilidade em determinado


período está contida:
a) Na Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e nas Notas Explicativas.
b) Nos Relatórios Contábeis.
c) Na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
d) Nos lançamentos contábeis de débitos.
e) Nenhuma das respostas anteriores.

2. A situação patrimonial de uma entidade, em determinado momento, está refletida:


a) No Balanço Patrimonial e na Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos.
b) Nas Notas Explicativas.
c) Nas Notas Explicativas e no Relatório da Diretoria.
d) Na Demonstração de Resultado.
e) Nenhuma das respostas acima.

3. A Demonstração do Fluxo de Caixa e o Orçamento Financeiro são relatórios:


62

a) Complementares e absolutamente necessários para o Balanço Patrimonial.


b) Necessariamente publicados por força da legislação societária.
c) Gerenciais e complementam a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos.
d) Gerenciais, utilizados para as tomadas de decisões e muito úteis no processo administrativo
da entidade.

4. No Balanço, as Doações e Subvenções são classificadas como:


a) Reservas Especiais.
b) Reservas de Capital.
c) Resultados de Exercícios Futuros.
d) Reservas Estatutárias.
e) Reservas de Contingências.

5. Nas liquidações, fusões, cisões e incorporações, é muito importante ter em mãos:


a) O Balanço Patrimonial.
b) A Demonstração do Resultado e o Relatório da Administração.
c) O Relatório da Administração.
d) As Notas Explicativas.
e) Nenhuma das respostas anteriores.

6. O Balanço Patrimonial deve evidenciar:


a) O mais corretamente possível o estado patrimonial da entidade.
b) O mais corretamente possível o fluxo de caixa da empresa.
c) O mais corretamente possível os Resultados Gerenciais.
d) O mais corretamente possível os Ativos das entidades.
e) Nenhuma das respostas anteriores.

2) O balancete da Cia Roma em 31-12-X3 era composto pelos saldos das seguintes contas:

Equipamentos 14.500; Despesas de Aluguéis 15.050; Vendas 70.000; Capital 50.000;


Despesas de Salários 24.000; Fornecedores 10.000; Clientes 50.000; Mercadorias 3.000;
Salários a Pagar 2.000; Despesas de Aluguel antecipadas 1.000; Bancos C/ Movimento
12.000; Empréstimos a Pagar 4.900; Custo das Mercadorias Vendidas $ 15.000; Títulos a
Pagar de Longo Prazo 5.000; Títulos a Receber de Longo Prazo 6.000; Despesas de
Seguros 2.000; Receita de Juros 200; Lucros Acumulados 750; Despesas diversas 300.

Pede-se:

a) efetuar, somente em razonetes, as partidas de encerramento (das contas de resultado) e


as de distribuição de lucro, na seguinte proporção:
63

• 30% para o Imposto de Renda e Contribuição Social (a pagar em X4);


• 5% para reserva legal;
• 30% Dividendos para os acionistas;
• 10% para reservas estatutárias; (para o cálculo das reservas e dividendos usar a base
móvel)
• restante será mantido em Lucros Acumulados.

b) elaborar em 31-12-X3, a Demonstração de Resultado e o Balanço Patrimonial,


obedecendo rigorosamente à padronização legal exigida para as S/A`s.

3) A empresa “Emoções” apresentava em seu Balancete de Verificação antes do encerramento os


saldos das seguintes contas em 31-12-X3 (em $): Caixa 1.000; Bancos C/ Movimento 2.000;
Empréstimos Obtidos 5.000; Fornecedores 1.000; Imóveis 30.000; Mercadorias 2.000; Clientes
2.000; Títulos a Receber (LP) 8.000; Seguros a Vencer 18.000; Capital 27.000; Títulos a Pagar
20.000; Depreciação Acumulada de Imóveis 10.000; Terrenos não Destinados a Uso 20.000;
Vendas 80.000; CMV 25.000; Devolução de Vendas 4.000; Fretes sobre Vendas 2.000;
Despesas Bancárias 1.500; Despesas de Salários 8.500; Despesas de Aluguel 6.000; Despesas
de Propaganda 5.000; Despesas de Depreciação 2.000; Despesas de Seguros 6.000; Despesas de
Juros 2.000; Despesas Gerais 3.000; Receitas de Aplicações Financeiras 5.000.

Observações: a) o contrato de seguro tem prazo de 24 meses, a contar de 1º-7-X3; e


b) Títulos a pagar vencem 50% em X4.

Pede-se:

1- apurar o resultado do exercício, procedendo à distribuição do lucro, se houver, após 30% de


Imposto de Renda e contribuição social: 10% de participação dos empregados nos lucros, 10%
de reserva legal, 25% de dividendos (usar a base móvel);

2- elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, o Balanço Patrimonial.


64

TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS

INCORPORAÇÃO

A incorporação é um processo no qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações.

B
65

CISÃO

A cisão é um processo no qual uma companhia transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida,
se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.

Os motivos de uma cisão são os mais variados, indo desde a dissidência entre os sócios, passando
por aprimoramento de competitividade, ou até mesmo planejamento tributário, com a finalidade
de reduzir a carga tributária.

A B
Parcial

Cisão

Total A

C
66

FUSÃO

A fusão é um processo no qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que
lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

Os procedimentos contábeis de uma fusão são semelhantes aos de uma incorporação, se


analisados em termos de consolidação de demonstrações financeiras. No entanto, juridicamente,
enquanto na incorporação sobrevive a sociedade incorporadora, na fusão, as companhias
fusionadas são dissolvidas ou extintas, surgindo uma nova sociedade resultante da fusão.

B
67

DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO

A sociedade, inicialmente, entra em dissolução, passa por processo de liquidação e finaliza com a
extinção.

A dissolução é o ato de formalizar o encerramento da existência da pessoa jurídica. Esse ato


normalmente pode ser voluntário (deliberação dos sócios, fim de prazo contratual de duração da
sociedade, nos casos previstos no estatuto etc.), ou por decisão judicial (falência, liquidação
extrajudicial etc.).

A liquidação é o ato de realizar os ativos, pagar os passivos e destinar o saldo restante, se houver,
para reembolso aos sócios. A liquidação antecede a extinção da sociedade.

A extinção é o ato de conclusão do término da existência da sociedade, por meio da baixa dos
respectivos registros, inscrições e matrículas nos órgãos competentes.

FASES:

Dissolução Liquidação Extinção

3
68

EXERCÍCIOS

1) Analise as definições a seguir, e aponte a alternativa correta:


... é um processo no qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede
em todos os direitos e obrigações.
... é um processo no qual uma companhia transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes.
... é um processo no qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

a) Fusão, Cisão, Incorporação;


b) Incorporação, Fusão, Cisão;
c) Cisão, Incorporação, Fusão;
d) Incorporação, Cisão, Fusão.

2) Na operação que é considerada incorporação:


a) uma Cia. transfere a totalidade de seu patrimônio para outra, que lhe sucede juridicamente.
b) uma Cia. adquire o controle acionário de outra, comprando mais de 50% das ações com
direito a voto.
c) uma Cia. constrói um prédio para outra, em terreno previamente cedido por esta última.
d) uma Cia. une seu patrimônio ao de uma outra, para que ambas constituam uma nova
sociedade.
69

NOTAS EXPLICATIVAS
As Demonstrações Financeiras devem ser complementadas com Notas Explicativas, elaboradas com
o objetivo de destacar detalhes importantes, e prestar esclarecimentos adicionais sobre a
performance da empresa, dados estes que não são visíveis pela simples leitura e análise das
demonstrações financeiras apresentadas; porém, de suma importância para os agentes interessados
na informação contábil.

1. Informações sobre o Contexto Operacional no qual a empresa está inserida

2. os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais (ativos e passivos);

3. as participações relevantes em controladas e coligadas;

4. os investimentos de capital: investimentos de caráter permanente, imobilizado e diferido;

5. as obrigações contraídas, especificando-as pela espécie de obrigação, garantia, valor,


amortização, juros, rendimento, etc.;

6. a composição do Capital Social;

7. eventos passados e futuros que influenciaram ou influenciarão os negócios e resultados da


companhia;

8. outras informações importante sobre as demonstrações que devam ser apresentadas aos
agentes interessados na empresa.

MODELO DE NOTAS EXPLICATIVAS:


(Em milhares de Reais – R$)

1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Companhia se insere no seguimento de comércio, importação e exportação de conservas
alimentícias, doces, geléias, sucos, frutas, cereais e demais produtos alimentícios em geral e seus
derivados.

2. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS


As demonstrações financeiras foram elaboradas em obediência aos preceitos da Legislação
Comercial; aos preceitos da Leis das Sociedades Anônimas; e aos Princípios de Contabilidade
70

Geralmente Aceiros. As principais práticas na elaboração das demonstrações financeiras são as


seguintes:

a) Determinação do resultado
O resultado é apurado em obediência ao regime de competência de exercícios.
b) Ativos circulantes e realizável a longo prazo
A provisão para contas de realização duvidosa é calculada com base na experiência da
administração com perdas em anos anteriores, condições de mercado e situação econômica.
Os estoques são demonstrados pelo custo médio de aquisição ou produção, inferiores,
respectivamente, ao custo de reposição e ao valor de realização.
Importações em trânsito são demonstradas pelo custo acumulado de cada importação.
Os demais ativos circulantes e realizáveis a longo prazo estão demonstrados aos seus valores
originais, adicionados, quando aplicável, pelos valores de juros e variações monetárias ou, no caso
de despesas pagas antecipadamente, demonstrados pelo valor de custo.
c) Ativo permanente
Os investimentos permanentes e relevantes em companhias ligadas são avaliados pelo método da
equivalência patrimonial.
O ativo imobilizado é demonstrado ao custo ou valor de avaliação. As depreciações são calculadas
pelo método linear, às taxas mencionadas na Nota 5.
O ativo diferido é demonstrado ao custo e as amortizações são efetuadas entre cinco e dez anos, a
partir da data em que os benefícios começam a ser gerados.
d) Passivo circulante e exigível a longo prazo
Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos
correspondentes encargos e variações monetárias ou cambiais incorridos até a data do balanço.

3. ESTOQUES 20x9 20x8


Mercadorias 10.500 8.300
Material de embalagem 1.200 900
Material de expediente ___300 __100
Total 12.000 9.300

4. INVESTIMENTOS

Participação em Controladas:
% de Patrimônio Líquido Resultados Participação no resultado
participação
20x9 20x9 20x8 20x9 20x8 20x9 20x8
Cia Alfa 60 100.000 80.000 30.000 20.000 18.000 12.000
Cia Beta 40 200.000 140.000 50.000 40.000 20.000 16.000
38.000 28.000

5. IMOBILIZADO
20x9 20x8 % depreciação
Móveis e Utensílios 65.100 56.400 10
Instalações 28.200 13.500 10
Veículos 48.300 23.800 20
141.600 93.700
6. DIFERIDO
71

20x9 20x8 % amortização


Despesas de reorganização 5.200 - 20
Despesas com Desenvolvimento de sistemas 3.100 - 20
8.300

7. FINANCIAMENTOS
Os financiamento de bens de capital no valor de $ 7.200 ($5.600 em 20x8), estão sujeitos à
variações monetárias, além de encargos médios anuais de 18%.

8. CAPITAL
O capital social está representado por 12.934 ações sem valor nominal, sendo 7.188 ordinárias e
5.746 preferenciais.

9. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E EVENTUAIS


A Sociedade, a exemplo das demais empresas que operam no país, está sujeita à contingências
fiscais, legais, trabalhistas, cíveis e outras. Em bases periódicas a Administração da Sociedade
revisa o quadro de contingências conhecidas, avalia a possibilidade de eventuais perdas com as
mesmas, ajustando a provisão para contingências e eventuais, a débito ou crédito de resultados.

10. INSTRUMENTOS FINANCEIROS


Os instrumentos financeiros, ativos e passivos da companhia, em 31 de dezembro de 20x9 e de
20x8, estão todos registrados em contas patrimoniais e não apresentam valores de mercado
diferentes dos reconhecidos nas demonstrações financeiras.

11. COBERTURA DE SEGUROS


Face à natureza de suas atividades, à descentralização das suas instalações , a Companhia adota
política de contratar cobertura de seguros com base no conceito securitário de “perda máxima
provável” , o que corresponde ao valor máximo passível de destruição em um mesmo evento.
Dentro desse conceito, em 31 de dezembro de 20x9, os ativos da Companhia apresentavam-se
segurados contra sinistros (incêndio, raio, explosão, atos dolosos e impactos de veículos em R$
50.000,

EXERCÍCIO

As Notas Explicativas destacam e interpretam:


a) Somente os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais .
b) Os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e as participações societárias relevantes.
c) Fatos passados que venham a interferir nos resultados da empresa.
d) Fatos passados e presentes que venham a interferir nos resultados da empresa.
72

e) Fatos passados, presentes e futuros, significativos nos negócios, e resultados da empresa e de


importância para os usuários das informações contábeis.

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Os relatórios podem ser simples ou abrangentes. Devem entre outras coisas evidenciar os seguintes
fatos:
• Cenário econômico no qual se insere a atividade empresarial;
• Indicadores de qualidade e produtividade;
• Desenvolvimento tecnológico;
• Políticas social, ambiental, etc;
• Eventos subseqüentes e expectativas com relação ao futuro;
• Planos de expansão;
• Desempenho em relação aos concorrentes, responsabilidade social, etc.
• Dados estatísticos em geral;

Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à Bolsa de


Valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembléia geral ou órgãos de
administração da companhia, ou outro qualquer fato relevante ocorrido em seus negócios, fato que
possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar
valores mobiliários emitidos pela companhia.

MODELOS DE RELATORIOS DA ADMINISTRAÇÃO:

Empresa A
Senhores Acionistas: De acordo com as disposições legais e estatutárias, submetemos à
apreciação de V.Sas. os documentos relativos às Demonstrações Financeiras, compreendendo o
período de 01 de janeiro a 31 de Dezembro de 20x5, permanecendo à disposição de V.Sas. para
quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários.
São Paulo, abril de 20x6.

Empresa B
ECONOMIA
Em 20x5 a economia brasileira foi afetada por significativas mudanças, sendo a primeira e mais
representativa a flexibilização cambial, implantada logo em janeiro, medida que provocou
intensas repercussões na maioria das empresas.
73

Ao longo do ano, as providências tomadas pelo governo surtiram os efeitos desejados e o cenário
passou a ser mais positivo, com a recuperação da economia e tendência de retomada do
crescimento.
ÁREA COMERCIAL
A Estrutura comercial da companhia foi reorganizada, com o objetivo de melhorar a qualidade
dos serviços e a rentabilidade de suas vendas. A partir de uma profunda análise do mercado, o
leque de marcas e produtos foi reformado, visando melhor atingir e satisfazer todo o espectro de
clientes e consumidores alvo das marcas X e Y.
Também durante o exercício, a companhia deu início a uma agressiva política de mercado,
buscando alcançar uma participação compatível com a imagem e a qualidade de seus produtos,
tendo já alcançado um incremento de 48% em suas vendas, em relação a 20x4.
Os sistemas de Logística e Distribuição também forma reestruturados, atingindo-se expressivas
melhorias nos serviços e em custos, destacando-se a racionalização do uso de Centros de
Distribuição.
ÁREA INDUSTRIAL
A companhia concentrou suas atividades industriais no Estado M, Município N, onde mantém
unidade fabril. Tal decisão se fundamenta no objetivo de aproximar, a custos mais competitivos, a
manufatura ao campo, fator decisivo na preservação da qualidade dos produtos, e, ademais, por
tratar-se da região fornecedora de matéria-prima agrícola da melhor qualidade.
RECURSOS HUMANOS
A política de recursos humanos adotada nos aspectos de treinamento, benefícios e segurança do
trabalho para melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, tem proporcionado à empresa
figurar entre as melhores em seu ramo de atuação.
TECNOLOGIA
Em Maio de 20x5 foi implantado o SII, sistema integrado de informações, que pelas suas
características tem facilitado a administração dos negócios, conferindo maior dinamismo às
operações, na medida em que disponibiliza aos administradores dados atualizados sobre o
andamento de todas as operações.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos o apoio e a participação dos Senhores acionistas, clientes, colaboradores,
fornecedores, órgãos governamentais e a comunidade financeira nos resultados até então
alcançados.

São Paulo, Março de 20x6.


A Administração
74

BIBLIOGRAFIA

Básica:

 FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. Ed. Atlas.

 FRANCO, Hilário. Contabilidade Comercial. Ed. Atlas

 IUDÍCIBUS, S. Marion, J.C. Contabilidade Comercial. Ed. Atlas

 MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. Ed Atlas

 RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Comercial. Ed. Saraiva.

Complementar:

 CRC/SP. Curso de Contabilidade Aplicada. Ed. Atlas.

 GONÇALVES, Eugênio Celso; Baptista, Antônio Eustáquio. Contabilidade Geral. Ed. Atlas.

SITES INTERESSANTES:

JUNTA COMERCIAL – JUCESP


www.jucesp.sp.gov.br

RECEITA FEDERAL
www.receita.fazenda.gov.br

SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL


www.pfe.fazenda.sp.gov.br

PREFEITURA DE SÃO PAULO


75

www.prodam.sp.gov.br

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO


www.mtb.gov.br

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO


www.crcsp.org.br

BANCO CENTRAL
www.bacen.gov.br

Parabéns! Mais uma etapa vencida.

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