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TOXOPLASMOSE
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1 TOXOPLASMOSE ................................................................................................... 5
1.7 Prevenção.............................................................................................................. 15
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17
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INTRODUÇÃO
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1 TOXOPLASMOSE
1.1 Zoonoses
As Zoonoses são infecções e doenças que podem ser adquiridas em contato com
animais de estimação como cachorro, gato e passarinho, ou ainda, pela ingestão de
carne contaminada de animais como o gado ou o porco. Outras doenças podem ser
contraídas através do contato não desejado com ratos, moscas e baratas, principalmente
através da ingestão de água ou alimentos contaminados.
O palavra zoonoses foi introduzido na literatura médica pelo Médico Alemão
Rudolf’ Wirchow, no século XIX, para caracterizar as doenças animais que podiam ser
transmitidas ao homem. Etmologicamente a palavra é originária do grego, sendo que
seu prefixo "zoon" significa animal e o sufixo "nosos", doenças, traduzindo-se
literalmente por doenças animal. Embora a palavra não reflita bem este sentido, o
vocábulo ficou consagrado pelo uso, passando a ser, naturalmente, utilizada nas ciências
médicas.
A amplitude do termo gerou inúmeras discussões com a finalidade de conceituar
de uma maneira mais racional e significativa, as zoonoses. Assim, em 1966, durante a
realização do "3o Encontro de Peritos em Zoonoses da Oganização Mundial da Saúde",
conseguiu-se chegar a um consenso, definindo-se as zoonoses como: "as doenças e
infecções naturalmente transmissíveis entre os hospedeiros vertebrados e o homem".
As infecções e doenças que podem ser adquiridas em contato com animais de
estimação como cachorro, gato e passarinho, ou ainda, pela ingestão de carne
contaminada de animais como o gado ou o porco são chamadas de zoonoses. Outras
doenças podem ser contraídas através do contato não desejado com ratos, moscas e
baratas, principalmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados.
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1.1.1 Aspectos das Zoonoses
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infectado a um vertebrado suscetível, por contato, veiculação ou vetor mecânico. Ex.:
Raiva, Brucelose.
2) CICLOZOONOSES: Há a participação de mais de umaespécie de hospedeiro
vertebrado na cadeia de transmissão.Ex.: Cisticercose, Hidatidose.
3) METAZOONOSES:São transmitidas biologicamente através de vetores
invertebrados. No interior do organismo do hospedeiro invertebrado, o parasita realiza
uma fase do seu ciclo biológico durante um determinado intervalo de tempo, ao qual se
denomina "período extrínseco de incubação", que precede a transmissão a outro
hospedeiro vertebrado.
Na dependência dos hospedeiros necessários para a formação da cadeia de
transmissão, as metazoonoses se dividem em quatro tipos:
a) requerem um hospedeiro vertebrado e outro invertebrado. Ex.: Febre amarela.
b) requerem um hospedeiro vertebrado e dois invertebrados. Ex.: paragonimíase.
c) requerem dois hospedeiros vertebrados e um invertebrado. Ex.: clonorquíase.
d) representam a transmissão transovariana. Ex.: encefalite dos carneiros
(Lomping-ill).
4) SAPROZOONOES: Há a participação de um hospedeiro vertebrado e de um
elemento não pertencente ao reino animal, tais como o solo, matéria orgânica e plantas.
Ex.: Histoplasmose e Ancilostomíase (solo), Fasciolose (plantas).
Além dessa classificação, hoje também começa a ser levada em consideração
aquela que relaciona as zoonoses com os agentes etiológicos. Assim, é que, em 1978,
em Genebra, o grupo de Expertos da OMS discutiram exclusivamente as zoonoses
parasitárias; em 1981, em Genebra, os expertos discutiram as zoonoses bacterianas e
viricas e já se está estudando a possibilidade de reunião dos expertos para o estudo das
zoonoses micóticas.
Hoje, em dia, as duas classificações são aceitas, e uma complementa a outra.
A transmissão das zoonoses pode ocorrer através das seguintes vias:
1) TRANSMISSÃO DIRETA: Um hospedeiro vertebrado infectado transmite o
parasita a outro hospedeiro vertebrado suscetível através do contato direto. Ex.: a raiva,
brucelose, carbúnculo hemático, sarnas, microsporidioses, tricofitoses.
2) TRANSMISSÃO INDIRETA: Pode ocorrer através de diferentes vias:
2.1) Alimentos - Ex.: leptospirose, botulismo, carbúnculo hemático, brucelose,
tuberculose, salmoneloses, teníases, triquinelose.
2.2) Secreções - Ex.: Raiva, brucelose.
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2.3) Vômitos - Ex.: leptospirose, peste, sarna, brucelose.
2.4) Artrópodes - Ex.: febre amarela, encefalomielite equina, tifo e peste.
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os gatos. Por isso, não alimente seu amigão com crua ou pouco cozida. Dê preferência à
ração.
Geralmente e erroneamente, costuma-se atribuir aos gatos a culpa pela
transmissão da toxoplasmose ao homem. No entanto, sabe-se que é pouco provável que
os animais domésticos sejam os culpados, na maioria das vezes.
O Toxoplasma gondii. É uma das mais comuns parasitoses, por afetar
praticamente todos os animais homeotérmicos, em todo o mundo, inclusive o homem,
representa uma importante zoonose. Trata-se de sério problema para as criações de
suínos e pequenos ruminantes, nas quais causa prejuízos pelos abortos, infertilidade,
além de diminuir a produção dos animais infectados pela via congênita. No homem, é a
principal causa de encefalite nos indivíduos afetados pela síndrome da imunodeficiência
imunológica adquirida (SIDA), causando também lesões neurológicas e oftálmicas em
crianças expostas durante a vida intra-uterina, e em indivíduos imunodeprimidos.
O Toxoplasma gondii apresenta três formas infectantes: os taquizoítos (taqui
vem da palavra rápido), que são as formas de proliferação rápida, e estão presentes em
grande número, nas infecções agudas. No animal afetado, o parasito pode estar no
sangue, excreções e secreções. Neste estágio sobrevive no meio ambiente ou na carcaça
por poucas horas. Os bradizoítos (bradi significa lento) são formas de reprodução lenta
do Toxoplasma gondii, e estão presentes nas infecções congênitas e crônicas.
Organizam-se aos milhares em cistos teciduais, particularmente em músculos e
tecido nervoso. Neste estágio pode sobreviver em tecidos por alguns dias depois da
morte, mas é destruído pelo congelamento a –12°C por 24 horas ou cocção a 58°C por
dez minutos. Os oocistos são as formas resultantes do ciclo sexuado do parasita, que
ocorre apenas no trato gastrointestinal dos felídeos. Os oocistos são eliminados nas
fezes ainda não esporulados, tornando-se infectantes após a esporulação no meio-
ambiente, que ocorre entre três e cinco dias de acordo com as condições ambientais. O
oocisto esporulado pode permanecer viável no meio ambiente por até um ano e meio.
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taquizoítos que espalham-se por todos os órgãos do animal. Simultaneamente o parasito
reproduz-se nas células da parede intestinal, denominando-se ciclo entero-epitelial,
culminando na formação de oocistos, que são excretados com as fezes. Na medida que
se produz a resposta imune no animal, a eliminação de oocistos é detida e os taquizoítos
reproduzem-se cada vez mais lentamente, modulando-se em bradizoítos que se
organizam em cistos teciduais, localizados nos mais diversos tecidos do corpo dos
animais.
Os felídeos são o ponto-chave da epidemiologia da toxoplasmose, sendo os
únicos hospedeiros da forma sexuada do parasita e, por eliminarem oocistos nas fezes,
são a única fonte de infecção dos animais herbívoros. Nestes animais como suínos,
caprinos, ovinos, roedores e outros mais, ocorre apenas o ciclo extraintestinal, com
proliferação de taquizoítos nos órgãos e, com a resposta imune, desenvolvem-se os
cistos teciduais. Estes permanecem viáveis e são infectantes para os gatos e para os
outros hospedeiros intermediários como o homem e o cão. Nestes últimos, a infecção
geralmente pode acontecer pela ingestão de oocistos, presentes no solo ou alimentos de
origem vegetal, ou de carne com cistos tissulares.
A transmissão congênita do T. gondii pode ocorrer quando a infecção aguda
coincide com a prenhez, com conseqüências mais sérias aos fetos, no primeiro terço ou
metade da gestação, embora quanto mais adiantada a gestação, maior é a probabilidade
da infecção fetal, porém com menos riscos de fetopatias graves. O Toxoplasma gondii
multiplica-se na placenta e, então difundem-se para os tecidos fetais. Embora a infecção
possa se desenvolver durante qualquer estágio da gestação, o feto é afetado mais
severamente quando a fêmea gestante se infecta durante a primeira metade da gestação.
Nos EUA, estima-se que a cada ano nascem cerca de 3 mil crianças com
toxoplasmose congênita e que o custo anual por estas concepções seja de US$ 31
milhões a US$ 40 milhões.
De acordo com a tabela abaixo que apresenta os resultados de inquéritos
sorológicos nas espécies canina e felina realizados no Brasil. Do ponto de vista de
Saúde Pública, a infecção na população canina significa que a área envolvida representa
um nicho ecológico para o parasita e, conseqüentemente, um risco para a população
humana.
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Cães
Gatos
Fonte: http://www.bichoonline.com.br/artigos/gcao0010.htm
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O Toxoplasma gondii é transmitido ao homem por diversas maneiras: através da
ingestão de carne mal cozida contendo cistos de Toxoplasma; pela ingestão de oocistos
provenientes de mão contaminada por fezes ou alimento e água; transmissão
transplacentária; inoculação acidental de traquizoítos ou pela ingestão de oocistos
infectantes na água ou alimento contaminado com fezes de gato. Pode ocorrer
transmissão através da inalação de oocistos esporulados. As fezes de cabras e vacas
infectadas podem conter traquizoítos. A infecção por transfusão de sangue e transplante
de órgãos de um doador infectado é rara, porém pode ocorrer.
1.4 Sintomas
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quando adulto jovem, raramente após os quarenta, mas pode - com muito menos
freqüência - ocorrer na infecção aguda.
As pessoas com estes quadros apresentam visão borrada e pontos cegos no
campo visual que podem permanecer ou até levar à cegueira do olho comprometido se
não adequadamente tratado.
Após uma fase aguda de infecção, seja com manifestações mínimas (ínguas) ou
não, a doença fica latente, como se estivesse “adormecida” assim permanecendo para
sempre ou podendo reapresentar-se mais adiante espontaneamente ou como decorrência
de uma queda do nível de imunidade.
A apresentação desta doença naqueles com imunidade diminuída, como já se
poderia imaginar é muito mais agressiva. Particularmente mais comum neste grupo são
os pacientes contaminados pelo vírus HIV-1 (vírus que causa a síndrome da
imunodeficiência adquirida, SIDA ou AIDS em inglês). Em geral também ocorre por
reativação de infecção latente.
Os sintomas nestes casos são manifestações de comprometimento do cérebro,
pulmões, olhos e coração.
A apresentação mais comum decorre do comprometimento cerebral manifesta
por dores de cabeça, febre, sonolência, diminuição de força generalizada ou de parte do
corpo (metade direita ou esquerda) evoluindo para diminuição progressiva da lucidez
até o estado de coma. Se não tratados, estes casos evoluem para uma rápida progressão
e morte.
1.5 Diagnostico
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pelo método de Giemsa também é útil em material de biópsia, principalmente punções
de linfonodo e fígado, assim como nos lavados traqueobrônquicos, principalmente nos
gatos. O exame histopatológico é limitado, uma vez que nos cortes teciduais o parasita
se confunde com as células do hospedeiro. Neste caso é indicada a utilização de técnicas
de imunohistoquímica, como a da peroxidase-anti-peroxidase e da streptavidina-
peroxidase, que identificam de forma muito sensível e específica, os microrganismos
nas lesões.
1.6 Tratamento
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apresentados pelos animais, como mostra a tabela 2. Embora se tenha relatado a
utilização da clindamicina, que tem sucesso para o tratamento da miosite provocada
pelo agente, a mesma não alcança concentrações terapêuticas, no sistema nervoso
central.
A toxoplasmose ocular felina deve ser tratada com clindamicina na dose de 12
mg/kg, duas vezes ao dia, durante um período de quatro semanas, ou sulfa-trimetoprim
na dose de 15 mg/kg, duas vezes ao dia durante quatro semanas.
1.7 Prevenção
Como a principal forma de contaminação humana é via oral, de uma forma geral
a prevenção deve ser feita: pela não ingestão de carnes cruas ou mal-cozidas, comer
apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente bem como evitar contato com
fezes de gato.
As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a
adequado acompanhamento médico (pré-natal). Alguns países obtiveram sucesso na
prevenção da contaminação intra-uterina fazendo testes laboratoriais em todas as
gestantes.
Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o
uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.
á no caso dos animais a prevenção da infecção de cães e gatos baseia-se
principalmente em cuidados com a alimentação destes animais, não permitindo o
consumo de carne crua ou mal-cozida por estes animais, prevenindo assim a exposição a
cistos teciduais. Os animais devem ser mantidos domiciliados e bem alimentados,
prevenindo que venham a caçar roedores e aves, que possam estar infectados.
Nem as pessoas que criam gatos, bem como os veterinários possuem um risco
significante maior de adquirir a toxoplasmose do que a população em geral, o mesmo
valendo-se para gestantes e pacientes imunodeprimidos. Assim, esta população não
deve ser afastada dos seus animais. Há de se tomar precauções, removendo as fezes dos
felinos diariamente, prevenindo a esporulação de possíveis oocistos no convívio
humano, tarefa que não deve ser realizada por gestantes e pacientes com
imunodepressão. Devem ser utilizadas luvas sempre que sejam manipuladas as fezes
dos gatos, assim como nos procedimentos de jardinagem.
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CONCLUSÃO
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Uma vez diagnosticada, existe tratamento para a toxoplasmose através de
antibióticos e quimioterápicos, conforme orientação médica.
REFERÊNCIAS
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