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DERVILLE - Profª.

Maria Socorro

1 - DEFINIÇÃO E OBJETO DA ECONOMIA

Os indivíduos possuem uma série de necessidades individuais que precisam ser satisfeitas para garantir sua
sobrevivência, exemplos: respirar, alimentar-se que são necessidades de natureza biológica. Já as
necessidades coletivas surgem pelo fato de o ser humano viver em sociedade como é o caso da educação,
transporte coletivo, segurança e etc.

O que é economia?
É uma ciência que se preocupa com a alocação dos recursos escassos para a satisfação das necessidades
humanas, que são ilimitadas, ou seja, processo que combina fatores de produção para criar bens e serviços.
A satisfação das necessidades individuais e coletivas é feita com o consumo de bens e serviços. Esses bens e
serviços juntos compõem a produção econômica composta por elementos recebem o nome de fatores de
produção que são: recursos naturais, trabalho e capital.
• Recursos naturais = são elementos da natureza utilizados pelo homem com a finalidade de
criar bens, exemplo: terra, água, minerais, animais, etc.
• Trabalho = contribuição do ser humano, na produção, em forma de atividade física.
• Capital = conjunto de equipamentos, ferramentas e máquinas, produzidos pelo homem,
aumentando a eficiência do trabalho humano.

TRABALHO + RECURSOS BENS E


CAPITAL + = SERVIÇOS
NATURAIS

Objeto da Economia: Atividade humana denominada econômica e dirigida no sentido de escolher, entre
várias alternativas, o que fazer com os recursos escassos existentes no mundo.

PROBLEMAS ECONÔMICOS TEORIA DA ESCASSEZ

A atividade econômica é realizada com o propósito de produzir bens e serviços que se destinam à satisfação
das necessidades individuais ou coletivas dos elementos da sociedade. Em razão da própria natureza do
seres humanos, suas necessidades se ampliam continuamente, aumentando em conseqüência das exigências
do consumo em suas necessidades ilimitadas.

A produção de bens e serviços exige a organização e a combinação dos fatores da produção existente à
disposição da sociedade. Entretanto, esses fatores são limitados e escassos, pois não existem na quantidade
desejada pelos produtores e consumidores. Por esta razão é que se explica e justifica a existência da teoria
econômica. Observa-se que as necessidades das pessoas são ilimitadas e, por outro lado, os fatores
disponíveis para a produção de bens e serviços que satisfaçam essas necessidades são limitados. Este é o
problema fundamental da economia, que os economistas denominam “LEI DA ESCASSEZ”.

A teoria econômica procura conhecer e sistematizar essas soluções através da análise do comportamento dos
agentes econômicos envolvidos nesse problema, para procurar alternativas, e soluções posteriores.

Concluindo, o problema fundamental da economia é a impossibilidade de se produzir bens e serviços em


quantidades ilimitadas para satisfazer as necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores
de produção são limitados, denominados lei da escassez.

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PERGUNTAS FUNDAMENTAIS AO SISTEMA ECONÔMICO

Como é impossível, atender plenamente as necessidades humanas, através dos fatores de produção, em
virtude da escassez dos recursos, quatro questões são levantadas em suas respostas envolvem o problema de
escassez.

• O QUE PRODUZIR?: Diz respeito à natureza das necessidades. Devemos identificar as


necessidades dos indivíduos e, conseqüentemente o bem que irá satisfazê-la. Por exemplo:
alimentos, roupas, casas, etc.
• QUANTO PRODUZIR?: Determinar o quanto do produto é necessário. Essa questão
complementa a anterior e é definida na medida da impossibilidade de produzir em quantidade
ilimitada todos os bens. Se utilizarmos todos os recursos no processo produtivo, a produção
atingiria um limite máximo. Se for necessário aumentar a produção, teremos que diminuir a
produção de um outro bem.
• COMO PRODUZIR?: Envolve um problema de ordem técnica. Para se obter um bem, é
necessário empregar os fatores da produção(trabalho, capital e recursos naturais). Entretanto,
à proporção em que esses recursos serão combinados vai depender da abundância ou da
escassez de cada um deles.
• PARA QUEM PRODUZIR?: Questão ligada diretamente ao consumo. Está ligada às
necessidades humanas, vai nos dizer de que forma será distribuído o produto para os
indivíduos da sociedade.

CONCLUINDO: é necessário identificar as necessidades para relacioná-las com os bens, reconhecer as


disponibilidades dos fatores produtivos, combinar os fatores produtivos para se obter os bens e distribuí-los
entre a sociedade.

Bens: mercadorias quem resultam da produção econômica e que direta ou indiretamente satisfazem as
necessidades humanas, como alimentos, roupas, pontes, etc.
Serviços: são determinados atos executados por indivíduo ou empresas, que satisfazem as necessidades
humanas, mas não têm uma existência concreta ou tangível, como uma consulta médica, um telefonema, etc.
Fatores de produção: são os recursos empregados pelo homem para produzir os bens e serviços.
Agentes econômicos: indivíduos que fazem parte da economia e desempenham diferentes papéis, como o
consumidor (adquire bens e serviços), o empresário (organiza fatores de produção), e o trabalhador (vende
sua força de trabalho).
Teoria econômica: ramo do conhecimento humano que estuda as leis que regem a produção, a distribuição
e a circulação de bens e serviços numa sociedade.
Riqueza: a riqueza de um país num determinado momento é a soma dos recursos naturais disponíveis, mais
sua população e mais tudo o que foi produzido e preservado pela economia do país durante a sua existência.

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Verificação de Aprendizagem

1 - Cite três exemplos de necessidades individuais e três de necessidades coletivas.


2 Qual é a diferença entre bens e serviços?
3 O que são fatores de produção?
4 O que é a riqueza de um país?
5 Resuma em poucas palavras o que você entende por teoria da escassez?
6 O que são agentes econômicos?
7 Explique qual é o objetivo da teoria econômica.
8 Complete as lacunas com a alternativa correta:
a) Podemos dizer que a disponibilidade de fatores de produção é______________(escassa /
abundante), enquanto as necessidades humanas são ___________________(finitas /
infinitas).
b) O problema fundamental da economia, também conhecido como lei da
_________________(abundância / escassez), está relacionada com a
_________________(possibilidade / impossibilidade) de se atender à totalidade das
necessidades humanas através da produção de ____________________(fatores de
produção / bens e serviços).
c) As quatro perguntas fundamentais da economia estão relacionadas à
_________________(inflação / lei da escassez).
d) A primeira pergunta – o que produzir? – refere-se à ____________________(quantidade /
natureza) das necessidades humanas e identifica os
____________________________(bens e serviços / fatores de produção) que devem ser
produzidos.

2 - CURVA POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

Vamos imaginar que uma economia produza apenas dois tipos de bens: alimentos e roupas. Se todos os
fatores disponíveis fossem destinados à produção de alimentos, poderia ser obtida a quantidade de 10
milhões de toneladas de alimentos. Naturalmente, nessas circunstâncias, não seria obtida uma única peça de
vestuário. Por outro lado, se todos os fatores disponíveis fossem alocados na produção de roupas, poderiam
ser obtidas 20 milhões de peças de vestuário. Neste caso, igualmente, não seria produzida uma única
tonelada de alimento.

Esse exemplo esclarece os limites que uma economia tem para produzir o necessário ao atendimento das
necessidades das pessoas. No entanto, sabe-se que as pessoas gostariam de consumir roupas e alimentos.
Neste caso, a economia iria empregar seus recursos disponíveis na produção de dois tipos de bens e,
conseqüentemente, seriam obtidas quantidades menores de alimentos e roupas que as citadas anteriormente.

Na figura a seguir, representamos graficamente o exemplo dado. Nela, temos um sistema de eixos
cartesianos. No eixo da abscissas (horizontal), representamos a quantidade de peças de vestuário que nossa
economia hipotética pode produzir. No eixo das ordenadas (vertical), representamos a quantidade de
alimento que pode ser produzida.

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Alimentos
(milhões de toneladas)

10

A
7,5

B
5

Vestuário
(milhões de peças)

5 7,5 Q 20
Curva de possibilidades de produção

A linha que une os pontos P e Q é denominada curva de possibilidades de produção. Essa curva indica as
diferentes quantidades dos dois bens que podem ser produzidos em uma economia, quando todos os
recursos disponíveis são utilizados. É importante observar que não pode uma economia produzir apenas dois
tipos de bens, pois as pessoas necessitam bem mais e que a curva possibilidade de produção utiliza-se do
pleno emprego dos fatores da produção em disponibilidade.

CONCLUSÃO
A curva possibilidade de produção, indica as quantidades máximas de bens e serviços que podem ser
produzidos em uma economia, quando todos os fatores de produção disponíveis são utilizados.
EXEMPLO: considerando a curva possibilidade de produção
1
2

B
A

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Os pontos “A” e “B” são possíveis. O ponto “A” é um ponto normal sobre a curva, indica que todos os
recursos estão sendo utilizados. No ponto “B”, indica que existem fatores de produção ociosos na economia,
e a produção é menor. O ponto “C” é impossível, pois não há disponibilidade suficiente para se produzir
quantidade além do que é oferecido como mostra o gráfico, ele está além dos recursos disponíveis.

No 2º gráfico o ponto “B” mostra que a produção é menor, não atinge a linha possibilidade de produção e no
terceiro gráfico caso a produção excede além da linha de produção, é impossível.

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1) Complete as lacunas:

a) A curva de possibilidade de produção é um gráfico que representa a


_________________________________ de bens e serviços que podem ser produzidos em
uma economia, considerando que todos os fatores de produção disponíveis estejam
____________________________.

2) Considerando a curva de possibilidade de produção a seguir, diga se é possível a existência dos


pontos K, L e M. Justifique sua resposta.

M
L
K

3 - DEFINIÇÃO DE SISTEMA ECONÔMICO

Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos participantes da produção
de bens e serviços que satisfazem as necessidades humanas da sociedade, organizados não apenas do ponto
de vista econômico, mas também social, jurídico e institucional. Observe que os elementos integrantes de
um sistema econômico não são apenas pessoas, mas todos os fatores de produção: trabalho, capital e
recursos naturais.

As instituições onde são organizados os fatores de produção são denominadas unidades produtoras.
Exemplos: uma fábrica de automóveis, um banco ou uma fazenda, pois em cada um deles os fatores
trabalho, capital e recursos naturais estão organizados para a produção de algum bem ou serviço.

A produção econômica pode ser classificada em três categorias, de acordo com a sua destinação:
• Bens e serviços de consumo: são aqueles bens e serviços que satisfazem as necessidades das
pessoas quando são consumidos no estado em que se encontram, como alimentos, roupas ,serviços
médicos, etc.

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• Bens e serviços intermediários: são bens e serviços que não atendem diretamente as necessidades
das pessoas, pois precisam ser transformados para atingir a sua forma definitiva, como chapas de aço
que serão utilizadas na produção de automóveis, ou serviços de computação que preparam folhas de
pagamento para as empresas.
• Bens de capital: são bens que aumentam a eficiência do trabalho humano no processo produtivo.
Exemplo: máquinas, estradas, etc.

COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO

São classificados de acordo com as características fundamentais de sua produção. As unidades produtoras
podem ser agrupadas em três setores básicos, que compõem o sistema econômico:

• Setor primário: Constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os recursos
naturais, exemplo: atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam minerais, animais ou vegetais,
como agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que
fornece a matéria-prima para a indústria de transformação. A produção e exportação de matérias-
primas não geram muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor econômico, pois
estes produtos não possuem valor agregado como ocorre, por exemplo, com os produtos
industrializados.

• Setor secundário: Constituídos pelas unidades produtoras dedicadas às atividades industriais através
da transformação de bens, utilizando o fator capital como máquinas e equipamentos, exemplo:
indústrias de automóvel, roupas, refrigerantes, etc. Países com bom grau de desenvolvimento
possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário. A exportação destes
produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.

• Setor terciário: É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços, tais como bancos,
transportes, hospitais, turismo, restaurantes, serviços públicos, serviços de consultoria, corretagem de
imóveis, comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, serviços de
limpeza, serviços de alimentação, etc. Este setor é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento
econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presença de atividades do setor terciário. Com o
processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o setor da economia que mais se desenvolveu
no mundo.

O setor terciário representa 50% dos custos de produção e 50% de empregos. Os serviços representam
mais de 60% do PIB brasileiro onde de forma crescente mantém relação com as indústrias
manufatureiras. No Brasil, a atividade terciária conta com 945 mil empresas que geram 15,8 milhões de
empregos. Com isso, a atividade terciária tem representatividade em grandes empresas à micro -
empresas.

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. O que você entende por sistema econômico?


2. Classifique os bens e serviços a seguir em bens e serviços de consumo, bens de capital e
bens e serviços intermediários:

Sapatos – trigo – petróleo – torno mecânico – estrada – ferro- serviços de transporte coletivo –
serviços de auditoria contábil – serviços de diversões, tais como cinema e teatro.

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3. O que são unidades produtoras?

4. Identifique os três setores da economia e apresente as características básicas de cada um deles:

5. Classifique as empresas a seguir por setor primário, secundário ou terciário.

Empresa de Pesca____________________________

Hospital_____________________________

Indústria de Alimento________________________

Financeira_____________________________

Cia de Seguros__________________________

Empresa Jornalística___________________________

Companhia de Teatro_____________________________

Fazenda Agrícola________________________________

Metalúrgica_________________________________

Escritório Contábil______________________________

Empresa de Transporte Coletivo______________________________

Indústria de Automóvel_________________________________

Supermercado___________________________________

6. Assinale V ou F nas alternativas abaixo, justificando as falsas:

( ) As atividades agropecuárias e extrativas, quando apresentam maior peso na economia de uma


nação, indicam que esta apresenta um elevado nível de desenvolvimento econômico.

( ) Para que um país seja considerado economicamente desenvolvido, é necessário que tanto o
setor primário como o secundário tenham a mesma importância na economia.

( ) Os países desenvolvidos apresentam maior preponderância dos setores secundário e terciário


em sua economia.

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OS FLUXOS DO SISTEMA ECONÔMICO

Durante o processo de produção, em que são obtidos bens e serviços, as unidades produtoras remuneram os
fatores de produção por elas empregadas: pagam salários aos seus trabalhadores, aluguel pelas instalações
que ocupam, juros pelos financiamentos obtidos e distribuem lucros aos seus proprietários. Essa
remuneração é recebida pelos proprietários dos fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens e os
serviços de que necessitam.

Este é um aspecto fundamental do sistema econômico, e que garante sua eficiência: as unidades produtoras,
ao mesmo tempo em que produzem bens e serviços, remuneram os fatores de produção por elas
empregadas, permitindo que as pessoas adquiram bens e serviços produzidos por todas as outras unidades
produtoras.

Uma pessoa que trabalha numa fábrica de roupas, por exemplo, não vai adquirir apenas o produto de seu
trabalho (as roupas) com o salário que recebe. Precisa, também, comprar alimentos, alugar ou comprar uma
casa, tomar condução, etc. E através da remuneração de sua força de trabalho (fator de produção que
concorreu para a produção das roupas) que ela poderá adquirir as coisas de que necessita para viver.

Pode-se dizer, portanto, que num sistema econômico existem dois fluxos. O primeiro é o fluxo formado
pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico, que também recebe o nome de produto. O segundo
são os fluxos nominais ou monetários, formados pelo pagamento que os fatores de produção recebem
durante o processo produtivo, também denominado renda.

Esses dois fluxos têm um significado muito importante para a teoria econômica. É importante observar que
o termo mercado, na Teoria Econômica, não significa apenas o lugar onde as pessoas estão localizadas
como uma feira livre, por exemplo. Seu significado é mais amplo. O termo mercado se refere a todas as
compras e vendas realizadas no sistema econômico, tanto os bens de consumo, intermediários e de capital
como os serviços.
No sistema econômico existem dois fluxos:
• FLUXO REAL – Formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico
(denominado produto). Constitui a OFERTA, que representa tudo o que foi produzido e está
à disposição dos consumidores.
• FLUXO NOMINAL OU MONETÁRIO – Formado pelo pagamento que os fatores de
produção recebem durante o processo produtivo (denominada renda). Constitui a
PROCURA, tudo que o indivíduo necessita e procura satisfazer.

A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico. Essas duas
funções formam o mercado onde as pessoas que querem vender se encontram com as pessoas que querem
comprar.

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FLUXO MONETÁRIO - DEMANDA S. PRIMÁRIO


S. SECUNDÁRIO SISTEMA ECONÔMICO
S. TERCIÁRIO

SALÁRIOS ALIMENTOS
JUROS VESTUÁRIOS
LUCROS SERVIÇOS
ALUGUÉIS EQUIPAMENTOS ETC.

AT REF O- L AE R OXULF
MERCADO

Verificação de Aprendizagem

1. A afirmativa a seguir está incorreta, reescreva-a corrigindo:

- Apenas o fator trabalho recebe, no processo produtivo, uma remuneração.

2. Complete as lacunas:

a) O fluxo real é formado pelos ___________________e_______________________ produzidos no sistema


econômico, recebendo também o no de ________________.
b) O fluxo nominal ou __________________ é formado pela totalidade do pagamento que os
_________________________ recebem durante o processo produtivo, sendo também denominado
____________________.

3 - Qual é o significado do termo mercado, na teoria econômica?


4 - Ligue o fluxo real e o monetário aos conceitos de oferta e demanda da economia, de acordo com o
que você entendeu na leitura do texto.
5 - Ao reproduzir o esquema que sintetiza os fluxos real e monetário e seu encontro no mercado, o
desenhista confundiu os termos, distribuindo-os de maneira incorreta. Faça um novo esquema,
reordenando a seqüência.

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S. PRIMÁRIO
S. SECUNDÁRIO
S. TERCIÁRIO
FLUXO MONETÁRIO OFERTA

SALÁRIOS ALIMENTOS
JUROS VESTUÁRIOS
LUCROS SERVIÇOS
ALUGUÉIS EQUIPAMENTOS ETC.

MERCADO

ADNA ME D- L AE R OXULF
5 - O MERCADO

DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE EQUILÍBRIO

O mercado, num sistema econômico, é formado pelas pessoas que querem comprar e pelas que querem
vender bens e serviços, ou seja, os consumidores e os empresários. Assim o mercado pode ser definido
como o encontro da oferta com a demanda por bens e serviços em uma economia. O resultado desse
encontro é a determinação do preço a que cada bem ou serviço será negociado, assim como as quantidades
transacionadas.

As curvas de oferta e procura (demanda) expressam uma relação entre preços e quantidades. Entretanto,
essa relação não é efetiva e sim potencial, pois tanto produtores como consumidores estão apenas
expressando as quantidades dos bens que ofertariam ou consumiriam a determinados preços. Portanto, com
a análise isolada das curvas de oferta e demanda, não é possível determinar a quantidade em que cada bem
será negociado.

Para determinar esse preço e essa quantidade, o mercado deve estar em equilíbrio. Em outras palavras, deve
ser encontrado um preço pelo qual os empresários e consumidores realizem seus negócios, isto é, vendam e
comprem certa quantidade de bens ou serviços. Esse preço é chamado preço de equilíbrio.

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Px
A B O (oferta)
4
E
3

C
D
2
D (demanda)

10 18 25 Qx

Legenda
O = oferta, D = demanda, Px = preço do bem, Qx = quantidade do bem.

A figura a seguir representa o mercado de um determinado bem “X”.


Ao preço de R$ 4,00, os consumidores estariam dispostos a comprar apenas 10 unidades do produto (ponto
A), enquanto os produtores oferecem 25 unidades do produto (ponto B). Este não é o preço de equilíbrio,
pois a oferta é maior que a demanda. Por outro lado, se o preço fosse R$ 2,00, a oferta seria de 10 unidades
(ponto C), e a demanda, de 25 unidades (ponto D), o que também não determinaria o preço de equilíbrio.
O PREÇO DE EQUILÍBRIO é aquele que torna iguais a oferta e a demanda. Podemos observar essa
situação no ponto E, onde o preço é de R$ 3,00 que correspondente a 18 unidades. Quando isso acontece, a
oferta e a demanda são iguais a um determinado preço e dizemos que o mercado está em equilíbrio.
Efetivamente, esse é o mecanismo que determina os preços dos bens e serviços numa economia capitalista,
ou economia de mercado. O preço que pagamos por um maço de cigarros, por um par de sapatos ou por um
quilo de feijão é determinado pelo mercado, pela oferta e procura de cada um desses bens.

CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS

Para que se tenha um bom conhecimento dos mercados, eles são classificados com dois critérios. O primeiro
diz respeito à importância da empresa no mercado em que opera e o segundo refere-se ao fato de os
produtores vendidos no mercado serem homogêneos ou não. Com base nesses critérios os mercados foram
classificados em quatro tipos:
• Concorrência pura ou perfeita;
• Monopólio puro;
• Oligopólio;
• Concorrência monopolista.

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CONCORRÊNCIA PURA OU PERFEITA - É caracterizado pela existência de um grande número de
pequenos compradores e vendedores; o produto transacionado é homogêneo (o bem produzido por uma
empresa é exatamente igual ao bem produzido por outra empresa); há livre entrada de empresas no mercado;
perfeita transparência para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado; perfeita
mobilidade dos insumos produtivos. O exemplo que mais se aproxima desse tipo de mercado é dos produtos
agrícolas. Podemos citar a laranja que é produzida por várias fazendas e que ao ser consumida não é
importante para o consumidor de onde ela vem.

MONOPÓLIO PURO – É um tipo extremo de mercado, em que apenas uma empresa vende um produto
para o qual não existem bons substitutos. O produto ofertado nesse mercado é diferenciado, não homogêneo,
não havendo possibilidade de ser substituído por outro satisfatoriamente. Os casos de monopólio puro são
encontrados somente nos setor público, como o abastecimento de água de uma cidade, distribuição de
energia elétrica ou sistema de telefonia são exemplos característicos de monopólios naturais. O monopólio
estatal do petróleo foi instituído no Brasil em 1953 pela Lei Nº 2004, que estabeleceu o monopólio da
União na exploração, produção, refino e transporte do petróleo no Brasil, e criou a Petrobrás para exercê-lo.

OLIGOPÓLIO - O oligopólio é uma situação de mercados concentrados, na qual a produção se concentra


num pequeno número de firmas. No oligopólio também existem barreiras à entrada de potenciais
concorrentes, mas as ações entre as empresas não são necessariamente coordenadas. Exemplos de oligopólio
são os produtos que podem ser substituídos entre si, por outras marcas de preferência do consumidor, como
geladeiras, sabão em pó, automóveis, etc.

Quando há algum tipo de acerto referente ao preço que será praticado, o oligopólio caracteriza-se como um
cartel. O objetivo do cartel é, por meio da ação coordenada entre concorrentes, eliminar a concorrência, com
conseqüente aumento de preços, aumento do lucro de seus membros e redução de bem-estar para o
consumidor.

Cartéis são considerados a mais grave lesão à concorrência e prejudicam consumidores ao aumentar preços
e restringir oferta, tornando os bens e serviços mais caros ou indisponíveis. A política brasileira de defesa da
concorrência é disciplinada pela Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994.

De acordo com a legislação brasileira, no âmbito administrativo, uma empresa condenada por prática de
cartel poderá pagar multa de 1 a 30% de seu faturamento bruto no ano anterior ao início do processo
administrativo que apurou a prática. Por sua vez, os administradores da empresa direta ou indiretamente
envolvidos com o ilícito podem ser condenados a pagar uma multa de 10 a 50% daquela aplicada à empresa.
Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime no Brasil, punível com multa
ou prisão de 2 a 5 anos em regime de reclusão.

CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA – É uma estrutura de mercado em que são produzidos bens


diferentes (monopólio), entretanto, com substitutos próximos passíveis de concorrência.

Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que
não se confunde com o oligopólio pelas seguintes características:

• Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrências, porém com segmentos de
mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas, embalagem ou prestação de
serviços complementares, como por exemplo, pós-venda;
• Margem de manobra para fixação dos preços não é muito ampla, uma vez que existem produtos
substitutos no mercado.
• Muitos compradores e muitos vendedores;
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• Consumidores têm as suas preferências definidas e vendedores tentam diferenciar seus produtos,
daqueles produzidos pelos seus competidores diretos, ou seja, bens e serviços são heterogêneos;
• Não existem barreiras de entrada e saída.

Essas características acabam atribuindo um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto,
apesar do mercado ser competitivo (daí o nome concorrência monopolista).

Esses produtos podem ser iguais, mas cada empresa vai tentar diferenciar seus artigos. Exemplo: batata frita
(sabor a queijo, natural, tipos de embalagem, com brindes, com tatuagens, formato ondulado, liso, entre
outros), encanadores existem vários, porém a preferência e confiança de um profissional podem torná-lo
única opção.

A PROPAGANDA E OS TIPOS DE MERCADO

A propaganda é um recurso utilizado para divulgação do produto, realçando suas qualidades, para
diferenciá-lo dos outros. Objetivo principal é o aumento das vendas. Em alguns casos a empresas não
podem fazer uma propaganda eficaz de seus produtos, pois isso depende do tipo de mercado em que a
empresa opera, tipo de renda necessário para adquiri-lo. Entretanto não é apenas o nível de renda que
determina o mercado para um produto. Consideremos, como exemplo, uma fábrica de fraldas descartáveis,
que tem seu mercado formado pelos bebês. Um casal sem filhos ou com filhos adolescentes, por maior que
seja sua renda, não vai comprar nenhuma fralda descartável, porque o consumidor potencial, o bebê, não
está na família.

Sendo assim a propaganda pode atuar sobre as vendas de um produto de duas formas, que dependerão do
mercado em que a empresa atua.

A primeira é atrair os consumidores dos produtos concorrentes. Naturalmente estamos falando de dois
regimes de mercado: o oligopólio e a concorrência monopolística, sendo mais intensa no oligopólio, pela
simples razão de as atitudes de uma empresa, nesse mercado terem efeito sobre as demais, na medida em
que uma pode atrair consumidores de outra, dessa maneira as empresas afetadas revidam com campanhas
publicitárias para seus produtos, estabelecendo uma verdadeira guerra publicitária. Um bom exemplo é a
indústria automobilística, indústria cervejeira, etc.

A segunda maneira de a propaganda influir nas vendas é aumentando o mercado, atraindo novos
consumidores para o produto. Essa forma de atuação é mais usada nos mercados monopolistas, em que a
ausência de concorrentes deixa como única opção para o aumento das vendas o alargamento do mercado, a
atração de novos consumidores. No caso dos mercados oligopolizados ou de concorrência monopolística, a
propaganda também pode atuar atraindo novos consumidores e não apenas “roubando” consumidores dos
concorrentes.

A IMPORTÂNCIA DO MERCADO NO SISTEMA ECONÔMICO

Foi visto que o problema fundamental da economia está associado à escassez dos fatores de produção –
também chamados de recursos -, já que essa escassez possibilita a produção de uma quantidade limitada de
bens e serviços, enquanto as necessidades humanas são ilimitadas. É nesse ponto que surgem as questões
fundamentais: o que, quanto, como e para quem produzir? As respostas serão dadas pelo mercado, através
de sua manifestação mais visível, que é o conjunto de todos os preços da economia, chamado de sistema de
preços. Os preços são fundamentais na determinação da procura e da oferta, a curva da procura nada mais é
do que a manifestação das pessoas com relação aos bens e às respectivas quantidades que querem consumir.

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Por outro lado, a oferta expressa um processo de produção em que o empresário organiza os seus fatores de
produção, através da alocação de seus recursos, para atender à demanda, sempre tendo o preço como
elemento fundamental em seu processo. Portanto, o empresário estabelece como produzir, tendo como
indicadores a sua disponibilidade de recursos e o sistema de preços. Assim, podemos colocar de forma
definitiva a importância do mercado no sistema econômico. O mercado, através do sistema de preços, aloca
os escassos recursos para produzir uma certa quantidade de bens e de serviços, que correspondem a um
nível de satisfação das necessidades das pessoas – o nível de vida ou padrão de vida.

6 - MACROECONOMIA E MICROECONOMIA

Atualmente, a teoria econômica é dividida em dois ramos básicos que não se excluem, mas pelo contrário,
se completam. O primeiro é a microeconomia, que se preocupa estudar os elementos mais simples do
sistema econômico, como o consumidor individual, ou seja, a pessoa que se dirige ao mercado com uma
determinada renda para adquirir bens e serviços. Outro exemplo de estudo da microeconomia é a unidade
produtora tomada isoladamente.
A microeconomia estuda a maneira como o consumidor gasta a sua renda, de forma a ter o maior grau de
satisfação possível. Estuda, também, a maneira como a empresa emprega os fatores de produção para obter
o maior lucro possível.
O segundo ramos, a macroeconomia, preocupa-se em estudar o conjunto dos consumidores de uma
sociedade, assim como o conjunto de empresas dessa sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que
influenciam o nível total de renda e do produto do sistema econômico.
No esquema a seguir, pode-se visualizar melhor a divisão da teoria econômica e o objeto de estudo de cada
um dos seus ramos.

MICROECONOMIA

Estuda os agentes
econômicos
individualmente

Atividade Teoria
observação
econômica econômica

Estuda os fatores
que determinam o
nível de renda e do
produto.

MACROECONOMIA

Resumindo: Microeconomia é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos


individualmente, como o consumidor e a empresa. Macroeconomia é a parte da teoria econômica que
estuda os agentes econômicos em seu conjunto. Tem como objetivo principal determinar os fatores que
interferem no nível total da renda e do produto de uma economia.
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EVOLUÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO BRASILEIRO

Quando se estuda a história do Brasil, particularmente do ponto de vista econômico, nota-se que o país
esteve, desde o princípio, empenhado em atividades econômicas do setor primário. Esse aspecto é mais
evidente durante a época em que o Brasil foi uma colônia portuguesa, que vai do seu descobrimento até a
independência política, em 1822. De fato, Portugal proibia terminantemente qualquer atividade
manufatureira em sua colônia, permitindo apenas as atividades agrícolas e extrativas. Dessa forma, a vida
econômica do Brasil baseou-se em ciclos de produtos agrícolas e minerais, como o ciclo da cana-de-açúcar,
o ciclo da mineração e o ciclo do café.

O café, como atividade econômica, talvez tenha sido o ciclo mais importante na economia brasileira.
Iniciou-se por volta de 1850, quando o país já tinha autonomia política, e estendeu-se, como a atividade
econômica mais importante, até o início da década de 30, quando o país iniciou uma profunda modificação
na estrutura do seu sistema econômico.

A modificação a que nos referimos é o início da industrialização, processo que significou a modernização da
economia brasileira, com o declínio da importância da agricultura como atividade econômica e o
crescimento das atividades industriais. Até o momento, não falamos do setor terciário, por uma razão
simples. Tradicionalmente, esse setor costuma acompanhar a evolução dos outros setores, o primário e o
secundário, nos quais se fundamenta o sistema econômico. Em outras palavras, o setor terciário surge como
conseqüência dos outros setores, desenvolvendo-se juntamente com eles, apesar de contribuir para o seu
crescimento — isso numa etapa em que o sistema econômico como um todo já se encontra estruturado.

A seguir, apresentaremos um quadro que mostra a evolução da com posição do sistema econômico
brasileiro a partir de 1950. Esse quadro mostra o quanto cada setor contribuiu para a formação do total de
bens e serviços que o país produziu nos anos apresentados. Cabe, aqui, uma observação, para melhor
entendimento dos dados apresentados. A soma dos bens e serviços expressos em valor monetário recebe o
nome de Produto Interno Líquido a custo de fatores,. Por enquanto, basta saber que os números
apresentados equivalem à contribuição de cada setor na formação do total de bens e serviços produzidos.

Evolução da composição do sistema econômico do Brasil — 1950/85


(Cr$ bilhão de 1985)

SETOR 1950 1960 1970 1980 1985


Primário 24,4 40,8 36,9 155,9 130,7
Secundário 21,6 45,4 130,5 407,3 562,3
Terciário 45,8 94,1 192,6 633,9 759,0
Produto Interno 91,8 180,3 360,0 1197,1 1452,0
Liquido.
Fonte: Fundação Getúlio Vargas.

Analisemos, agora, a evolução da contribuição de cada setor no de correr do tempo. Em 1950, o setor
primário contribuiu com Cr$ 24,4 bilhões, num total de Cr$ 91,8 bilhões, o que equivale a aproximadamente
26,6%. Enquanto isso, o setor secundário contribuiu com CrS 21,6 bilhões, equivalentes a 23,5%, e o setor
terciário contribuiu com Cr 45,8 bilhões, que significaram 49,9% da produção total de bens e serviços
naquele ano. Passando para o ano de 1980, vemos que a situação mudou consideravelmente em termos de
importância relativa de cada setor. O setor primário contribui, agora, com apenas 9% da produção total de
bens e serviços, enquanto o setor secundário elevou sua contribuição para 38,7%. O setor terciário foi
praticamente o único que não apresentou alteração substancial, contribuindo com 52,3%.
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As variações observadas em termos de contribuição de cada setor para a produção total de bens e serviços
no Brasil, durante o período em questão, refletem a mudança estrutural pela qual passou o sistema
econômico brasileiro nas últimas décadas, quando o país se industrializou e aumentou a importância relativa
do setor secundário, enquanto diminuía a do setor primário.

7 - CONTABILIDADE NACIONAL

Contabilidade Nacional – É um método de estudo e interpretação das atividades econômicas realizada


durante um determinado período de tempo. A contabilidade nacional se insere na moderna macroeconomia,
que nos fornece os meios para a análise do conjunto da economia de uma sociedade.

O mais abrangente de todos os agregados macroeconômicos é o produto, que traduz o valor de todos os
bens e serviços que são produzidos numa economia (num país ou numa região). Representa a soma dos bens
e serviços produzidos por todas as empresas, instituições com ou sem fins lucrativos, profissionais liberais,
etc.
Produto – É a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos por um país num
determinado período de tempo.
A segunda ótica sob a qual se pode medir a atividade econômica é a da renda.

Renda – È a soma das remunerações feitas aos fatores da produção empregados no processo produtivo
durante um determinado período de tempo, ou seja, é total de salários, aluguéis, juros e lucros.
Outros dois importantes agregados da análise macroeconômica são o emprego e a moeda.
O emprego analisa a intensidade da utilização de um importante fator produtivo: o trabalho.
A moeda reflete o uso do dinheiro, que é um importante intermediário nas trocas dos bens produzidos, bem
como no financiamento da atividade econômica.

PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS


Produto interno bruto (PIB) – representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços
finais produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período
determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com
o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região.

Considerando a presença do Estado nas atividades econômicas, há duas maneiras de se medir o Produto
Interno Bruto de uma economia:

Produto Interno Bruto a preços de mercado: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços
produzidos, computando-se os impostos diretos e subtraindo os subsídios.

[Subsídio é, nas ciências econômicas, o fornecimento de fundos monetários a certas pessoas. Subsídios
governamentais fornecidos a empresas (comércio e indústrias) possuem o intuito de abaixar o preço final
dos produtos vendidos por tais companhias, para que estes produtos possam competir com os produzidos
em outros países a preços menores (entre outras razões, por causa dos menores custos de mão-de-obra e de
diferenças de taxas cambiais)

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Subsídios também podem ser dados com outros objetivos. Por exemplo, subsídios governamentais podem
ser dados a pessoas de baixa renda para o auxílio da compra de uma casa própria. Os subsídios
governamentais a empresas são comuns em países desenvolvidos, cujos produtos são sensivelmente mais
caros do que similares fabricados em países em desenvolvimento, assim abaixando o preço final dos
produtos vendidos por tais empresas.]

Produto Interno Bruto a custo de fatores: É a soma dos valores monetários dos bens e serviços
produzidos, subtraindo-se os impostos indiretos e somando-se os subsídios.

Exemplo: Vamos imaginar um país onde haja quatro entidades:

- consumidores
- as empresa
- o governo
- e o resto do mundo

No período de um ano esse país tenha apresentado um PIB p.m.(preço de mercado) de 250 bilhões, os
impostos indiretos somam 50 bilhões e os subsídios 40 bilhões. Obter o PIB c.f. (custo de fatores).

250 bilhões (PIB p.m)


- 50 bilhões (impostos indiretos)
+ 40 bilhões (subsídios)
___________________________________
240 bilhões (PIB c.f.)

Produto Interno Líquido (PIL) – É o produto a custo de fatores menos a parcela de depreciação.

Por depreciação podemos entender como sendo o custo ou a despesa decorrentes do desgaste ou da
obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações) da empresa.

Ao longo do tempo, com a obsolescência natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo
valor, essa perda de valor é apropriada pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha valor
reduzido a zero.

Continuando com o exemplo anterior, se as máquinas e equipamentos do país apresentarem uma


depreciação de 50 bilhões, o Produto Interno Líquido a custo de fatores (PIL c. f.) será de 190 bilhões.
Assim:

240 bilhões (PIB c.f.)


- 50 bilhões (depreciação)
___________________________________
190 bilhões (PIL c.f. ou renda líquida)

Produto Nacional Líquido (PNL) – É o produto interno líquido a custo de fatores menos a renda enviada
para o exterior mais renda recebida do exterior.

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Suponhamos que o país tenha enviado para o exterior a quantia de 20 bilhões, a título de remuneração dos
fatores de produção estrangeiros, e recebido 15 bilhões como remuneração de produção que se encontram
no exterior.

Assim o Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNL c.f.) é de 185 bilhões.

190 bilhões (PIB c.f.)


- 20 bilhões (renda enviada ao exterior)
+ 15 bilhões (renda recebida do exterior)
___________________________________
185 bilhões (PNL c.f. ou RNL c.f., ou simplesmente, RN)

RENDA PESSOAL (RP)

É a Renda Nacional menos os lucros retidos pelas empresas, ou impostos diretos das empresas (imposto de
renda) e as contribuições feitas à previdência, mais as transferências do governo, ou seja, as despesas com
inativos, pensionistas, salário família e outros benefícios pagos pela previdência social mais juros pagos.

Suponhamos que o governo arrecada 70 bilhões como imposto de renda das empresas e contribuições feitas
à previdência social e transfere, para as pessoas, 50 bilhões como benefícios pagos pela previdência social e
5 bilhões de juros. Teremos, então, uma Renda Pessoal de 170 bilhões. Assim:

185 bilhões (PNL c.f.)


- 70 bilhões (imposto de renda das empresas e contribuições à previdência social)
+ 50 bilhões (benefícios pagos pela previdência social)
5 bilhões (juros pagos pelo governo)
___________________________________
170 bilhões (Renda Pessoal)

RENDA PESSOAL DISPONÍVEL (RP)

É a renda pessoal menos impostos diretos pagos pelas pessoas, ou seja, o imposto de renda.

170 bilhões (Renda Pessoal)


- 30 bilhões (imposto de renda pago pelas pessoas)
_________________________________
140 bilhões (Renda Pessoal Disponível)

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

É a forma como a renda nacional de um país, num período de tempo é distribuído entre as regiões desse
país.

Renda per capta – É a renda de um país, num período de tempo, dividido pelo número de habitante de um
país.

Distribuição Funcional de renda – É a forma como a renda de um país, num período de tempo, é
distribuída entre os fatores de produção trabalho e capital.

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CONSUMO E POUPANÇA

Componentes do consumo:

• Bens não duráveis de consumo: São bens de consumo cuja vida útil é curta. Produtos
alimentícios; bebidas; tabaco; produtos de toucador; vestuário e outras confecções de têxteis;
produtos farmacêuticos e outros.
• Serviços de consumo: São as despesas feitas pelas pessoas com serviços prestados por outras
pessoas ou equipamentos, com vistas à satisfação de suas necessidades. Exemplo cuidados de
saúde.
• Bens de consumo duráveis: São bens de consumo com vida útil bastante longa. Exemplo:
automóveis.

Poupança: É a parte da renda das pessoas que não é gasta com a aquisição de bens e serviços. Pode ser
calculada pela fórmula:

S=Y–C
ou
Y=C+S
S = POUPANÇA
Y = RENDA
C = CONSUMO

Investimentos – É a parcela de renda destinada a compra de máquinas e equipamentos que visam aumentar
a capacidade do produto do sistema econômico. A variação nos estoques também é considerada
investimento.

Igualdade Fundamental da macroeconomia – Poupança igual a investimento (S = I).

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VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM: TEXTOS 6 E 7

1) O que é Macroeconomia?
2) O que é Microeconomia?
3) Estabeleça o conceito de produto e renda.
4) Estabeleça o conceito e objetivo de contabilidade nacional.
5) O que é PIB e para que é utilizado?
6) O que é PIL?
7) Escreva nos parênteses, a letra correspondente à definição correta da coluna à direita:

( ) PIB p.m a) Renda Nacional Líquida, menos impostos diretos das


empresas e as contribuições à Previdência, mais as
transferências do Governo.
( ) PIB c.f b) É a soma dos valores monetários dos bens e serviços
finais, computando-se os impostos indiretos e
subtraindo-se os subsídios.
( ) PIL c ) É igual ao produto bruto a custo de fatores menos a
parcela de depreciação.
( ) PNL d) É a soma de valores monetários dos bens e serviços
finais, subtraindo-se os impostos indiretos e somando-
se os subsídios.
( ) RP e) É igual a renda Pessoal menos os impostos
diretos pagos pelas pessoas.
( ) RPD f) É igual ao Produto Interno Líquido menos a renda
enviada ao exterior, mais a renda recebida do exterior.

8 ) A partir dos dados a seguir, calcule os diversos agregados econômicos:

a) PIB a preço de mercado de um país 180 bilhões de dólares


b) Impostos indiretos 100 bilhões
c) Subsídios 50 bilhões
d) Depreciação 10 bilhões
e) Renda enviada ao exterior 80 bilhões
f) Renda recebida do exterior 100 bilhões
g) Lucros retidos pelas empresas 10 bilhões
h) Impostos de renda das empresas 20 bilhões
i) Aluguéis pagos ao governo 10 bilhões
j) Contribuição à Previdência Social 30 bilhões
k) Transferência do governo 20 bilhões
l) Impostos diretos das pessoas 15 bilhões

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