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Um termo que está cada vez mais freqüente e aos poucos se inserindo no
léxico português, tendo várias palavras assimiladas e algumas dicionarizadas, que
são denominados estrangeiros, e ou empréstimos de outro idioma. Contudo o
anglicismo é moda do momento e está cada vez mais inserido em nosso Português
e, às vezes, exageradamente aplicado e substituindo o nosso idioma no cotidiano
devido à área da informática, publicidade e meios de comunicação em geral.
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1 ESTRANGEIRISMOS NA LÍNGUA PORTUGUESA
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Hoje, é fácil encontrarmos exemplos evidentes, como: home banking e coffee
break, explicitamente estrangeiros. Mas daqui a algum tempo, desaparecerão como
as palavras match (do futebol) e rouge (da moça), ou então serão incorporados a
nossa língua, no caso de garçom e sutiã. Temos termos tomado do Latim, já que o
português se derivou do Latim e dos termos árabes – denominação da Península
Ibérica, cujos termos foram adicionados ao português: álcool, alqueire, alface;
estrangeiros (GARCEZ e ZILLES, 2004).
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O latim que se vulgarizou no território ibérico, foi o povo inculto, o sermo
vulgaris, plebeius ou rusticus, de que nos dão notícia os gramáticos latinos.
A outra modalidade, denominada sermo urbanus, eruditus ou perpolitus, em
que escreveram suas obras imortais Cícero, César, Vergílio, Horácio e Ovídio, foi aí
também conhecida, sim, mas nas escolas, o que é atestado pela existência de
alguns célebres escritores hispânicos, como Sêneca, Marcial, Lucano e Quintiliano.
Mais tarde são os conventos ou mosteiros que guardam as tradições da boa
latinidade (COUTINHO, 1976).
No século V, os bárbaros invadiram a Península, povos de origem
germânicas, localizados nas costas do Báltico, cada um com seu dialeto: vândalos,
suevos e visigodos. Depois dos vândalos surgiram os suevos e se estabeleceram na
Galécia e na Lusitânia. Habitaram nesta região, onde mais tarde se desenvolveu a
nação portuguesa. No século VIII, surgem os árabes ao norte da África, a influência
árabe não foi tão grande, os termos incorporados ao léxico peninsular são quase
todos os nomes de plantas, instrumentos, ofícios, medidas etc (COUTINHO, 1976).
A nacionalidade portuguesa começa com D. Afonso Henriques proclamado rei
de Portugal em 1143. O romance falado constituiu o dialeto galeziano ou galaico-
português, com algumas influências árabes. Com a independência de Portugal,
resultou a diferenciação entre o português e o galego. Documentos do latim bárbaro
do século IX encontraram algumas formas vernáculas do galego-português. No
século XII, textos e documentos apareceram inteiramente redigidos em português, já
que, antes era apenas falado. Dado o século XV começaram a fazer várias
traduções de obras latinas, francesas e espanholas. O século XVI, foi apresentado
como o verdadeiro século de ouro da Literatura Portuguesa, surgiram grandiosos
escritores, vários gêneros literários, surge também a gramática disciplinando a
língua (COUTINHO, 1976).
Com as descobertas marítimas, no século XVI, Portugal teve um papel
importante na História, a partir daí a Língua Portuguesa se expande pelas Ilhas do
Atlântico, as costas da Ásia e da África. Nenhum povo foi jamais tão longe através
dos mares, como o lusitano, percorriam os oceanos em todos os sentidos e cuja
bandeira tremulava em todas as partes do mundo, porque em todas elas Portugal
possuía colônias. A área territorial do português é muito dilatada. Poucas línguas do
mundo lhe levam vantagem nesse ponto conforme COUTINHO (1976).
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1.1.1 Os empréstimos do inglês
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que são freqüentes seus empréstimos hoje. Devido à presença maçante da indústria
britânica e americana, o inglês se tornou a língua de contato. Certamente, há uma
invasão de anglicismos. Os termos da tecnologia e pesquisa, o consumo dos
negócios, a mídia da informação, do entretenimento e da publicidade são fatores
fortes para o uso desses termos e palavras que predominam no português
(GARCEZ e ZILLES, 2004).
Os elementos de língua inglesa no português brasileiro estão muito
freqüentes. Evidentemente, há vários termos estrangeiros que conservam sua grafia,
mesmo sendo incorporados à fonologia da língua, como software, pronunciado
sófter ou sófiter (GARCEZ e ZILLES, 2004).
Hoje, não existe uma língua que seja falada como há cinco mil anos, isso foi
comprovado cientificamente, como por exemplo; o latim que virou português
(BAGNO, apud NUNES, 2004).
O português e outras línguas românicas derivaram de uma variedade do
latim; o latim vulgar muito diferente do latim culto. O português moderno é muito
diferente do português clássico. Línguas como o inglês, o alemão, o francês e
muitas outras apresentam variantes (FIORIN, 2004).
Entretanto, a Língua Inglesa, também, tomou muitos termos de empréstimo,
deparada com a língua indígena, da qual tais termos foram emprestados em 1620,
contribuindo para o enriquecimento vocabular e incorporando-se ao léxico inglês.
Porém são poucos os empréstimos de língua indígena que ainda existem, em
grande parte, referem-se à fauna e à flora. Os franceses contribuíram com seus
empréstimos, dando nomes referentes à culinária e à vida citadina. Em 1806, os
espanhóis se fixaram em hacienas, portanto são bastante comuns em nomes de
cidades e de lugares geográficos. Os holandeses, em 1884, se estabeleceram no
Vale do Hudson, seus empréstimos revelam o estilo de vida familiar, centrado na
cozinha da casa, portanto são poucas as palavras provenientes do holandês. Em
meados de 1830 e 1849 os alemães se estabeleceram como imigrantes, em contato
com a língua inglesa, tomaram alguns empréstimos e originariam um dialeto falado
entre eles (STEINBERG, 2003).
As línguas estão em constantes mudanças por variação ou mudanças dentro
da comunidade lingüística. Segundo Garcez e Zilles (2004), sempre houve
empréstimos e sempre haverá.
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Conforme Bagno (2004), a língua é usada para a comunicação do indivíduo, é
o veículo de pensamento. Ela tem esta qualidade de ser um fenômeno histórico
público. As relações de pensamento e linguagem despertaram.
Segundo Perini (2004), o português como toda língua precisa crescer, por
isso aceita os empréstimos para poder dar conta das novidades sociais,
tecnológicas, artísticas e culturais. Isso acontece a todo tempo com todas as línguas
sem prejudicá-las e nem extingui-las, ela está inteira e sua estrutura gramatical
continua a mesma, pois nosso vocábulo é 99% nacional, ou seja, continuamos
falando português.
Em qualquer idioma do mundo a incorporação de termos faz parte do
processo de evolução da língua, pois não há línguas puras, todas as línguas
sofreram com influências de outras. No Império Romano, a língua da cultura clássica
era o grego (CIPRO, 2000).
Segundo Steinberg (2003), uma língua reflete a sociedade que dela se faz o
uso como meio de se comunicar. Se uma estrutura social está sempre em evolução,
essa mudança é acompanhada de novidades no código de comunicação lingüística
que dele faz uso.
A compreensão de uma palavra não tem nada a ver com sua etimologia, tem
a ver com as coisas, nas quais ela designa no mundo de referências remetentes. As
palavras drive, reset, delete, insert ou downloads é mais estrangeira para muita
gente culta, no entanto um camponês saberá o que é pênalti, gol e drible, portanto
são termos de origem inglesa, no qual ficaram quase inalterados ao nosso
português, principalmente a palavra de modalidade esportiva: futebol (BAGNO,
2000).
Um esforço fracassado dos registros do Novo Estado para promover o termo
LUDOPÉDIO (do latim ludus = jogo; pés, pedis = pés) como substituto do anglicismo
football: futebol. O futebol é distintivo da natureza lingüística que se torna um
elemento que passa a ser visto como parte da identidade do grupo de que ele fez o
empréstimo. Um termo novo, no qual alguns comentaristas e narradores esportistas
estão usando é o corner, que já está no dicionário como córner, substituindo a
palavra escanteio. Com várias palavras inglesas ligadas ao esporte nacional e de
preferência do brasileiro, basta lembrar que este esporte se instituiu entre os
brasileiros há uns 100 anos (GARCEZ e ZILLES, 2004).
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Apesar de muitos acreditarem que os empréstimos possam ser coisas do
outro mundo, algo alienígena, para o caráter do raciocínio pseudolinguístico é
fundamental para o caráter progressista do discurso antiestrangeirismos. Se
associarmos o preconceito ao conservadorismo com o uso de estrangeirismo seria
um tipo de estratégia de exclusão que faz com que seu combate se justifique como
uma política crítica, progressista, de inclusão democrática. O raciocínio de quem usa
termos estrangeiros é que ao convidarmos alguém para uma happy hour,
poderíamos estar excluindo quem não fala inglês, já que a vasta população
brasileira não teve oportunidade de aprender o inglês e ainda estaria fazendo o
mesmo uma instituição financeira de um banco ao oferecer o serviço home banking,
ou até mesmo uma determinada loja que oferece produtos numa sale com 25% off
(GARCEZ e ZILLES, 2004).
Recentemente, a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e o BANCO DO BRASIL
começaram a substituir os termos em inglês, o que antes era internet banking
passou a ser internet da caixa, o federal card: cartão da caixa (GARCEZ e ZILLES,
2004).
Para distinguir o termo cheeseburguer: sanduíche de hambúrguer com queijo
em inglês, este termo, aqui no Brasil, sofreu uma alteração até chegar a ser o
popular xis-queijo ou xis-burguer do português brasileiro, já que cheese (queijo) se
transformou em xis, podendo ser de queijo ou não. Basta lembrar que a palavra de
origem inglesa hambúrguer foi devidamente assimilada, ou seja, aportuguesada
obedecendo às nossas normas ortográficas como: hambúrguer (GARCEZ e ZILLES,
2004).
Um equívoco evidente e comum é considerar que os estrangeirismos,
principalmente os de origem inglesa, seriam usados por quem conhece a língua de
onde vieram, entretanto seriam incompreensíveis para um falante de inglês as
palavras usuais como: painel de publicidade de rua é billboard e não como
chamamos de outdoor (adj. e adv.: ao ar livre). O popular e famoso verbo disk que
significa disco, um ato comercial, mas se vê muito por aí, o conhecido serviço de
disk-pizza, disk-lanches, disk-agua etc, usam sem dar importância para sua
verdadeira tradução, por ser tratar de uma palavra inglesa, cuja fonética é
semelhante ao disque; estes serviços acreditavam que a clientela aumentaria, pois,
no inglês correto, to dial não ficaria bem foneticamente, a partir disto, surge uma
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palavra estrangeira e ao mesmo tempo brasileira. Inclusive o extinto walkman e o
discman que parecem ser termos anglicistas, mas foram inventados e impostos ao
mundo pelos japoneses, sem fazer sentido na sua composição (GARCEZ e ZILLES,
2004).
Segundo Schmitz (2004), não só na publicidade, mas outro grupo profissional
que muitas vezes recebem duras críticas é o jornalismo, pois lidam a todo tempo
com a linguagem, precisam redigir uma variedade de texto e entregá-los em curto
prazo, nota-se de como os vocábulos estrangeiros estão em vários jornais de São
Paulo. Esses estrangeirismos fazem com que estas palavras comecem a ingressar
como parte do idioma, por exemplo:
“Sites organizam vidas do internauta”
“O topless, em resumo, não me interessa: é cruel e narcisista”.
“EUA vão sobretaxar ação por dumping”
“Tasso lidera ranking; Covas é o pior”.
“Trekking é utilizado para reforçar trabalho de equipe”.
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1.1.2 Palavras aportuguesadas e por empréstimos usadas com freqüência.
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comumente no vocabulário e sua circunstância pode variar conforme sua
necessidade.
Há uma variedade de palavras aportuguesadas e por empréstimos, que se
usam comumente, tendo algumas dicionárizadas.
AIDS, sigla em inglês: Acquired Immunological Deficiency Syndrome, mas
seria incompreensível ao usarmos a sigla SIDA: Síndrome de Deficiência Adquirida
(AURÉLIO, 2004).
Air Bag, empréstimo do inglês, bolsa que se infla ao ocorrer uma colisão,
acessório de segurança para carros.
Bike: chamam coloquialmente a bicicleta, mas que significa moto, já que
bicicleta em inglês é bycicle (MICHAELIS, 2002).
Disk, empréstimo do inglês; disco em inglês (MICHAELIS, 2002).
Dragqueen do inglês, que se referem os homens não necessariamente
homossexuais, que cria um personagem do sexo oposto (AURÉLIO, 2004).
Black out: empréstimo do inglês que é referido quando ocorre um “apagão”
simultâneo na energia elétrica (MICHAELIS, 2002).
Bit: sigla em inglês BInary digitT (dígito binário): menor unidade de informação
do computador (AURÉLIO, 2004).
Chip, empréstimo do inglês; componente eletrônico: circuito integrado
(AURÉLIO, 2004).
Closet, empréstimo do inglês; compartimento que serve para guardar peças
vestuário e assessórios (AURÉLIO, 2004).
Drive do inglês; num computador, periférico que movimenta o disco que para
nele gravar ou ler informações (AURÉLIO, 2004).
Drive-in e drive-thru, empréstimo do inglês; instalação comercial,no qual o
serviço é oferecido dentro próprio veículo do cliente (AURÉLIO, 2004).
E-mail, empréstimo do inglês; correio eletrônico (AURÉLIO, 2004).
Fast-food, empréstimo do inglês; comida rápida servida em restaurantes e
lanchonetes (MICHAELIS, 2002).
Freezer, empréstimo do inglês; congelador, referente a um tipo de geladeira
sem compartimentos divisórios, vertical ou horizontal (MICHAELIS, 2002).
Gay, empréstimo do inglês; homossexual (MICHAELIS, 2002).
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Hacker, empréstimo do inglês; pessoa com conhecimento técnico para
invadir ilegalmente um sistema de computador (MICHAELIS, 2002).
HIV, sigla inglesa de Human Immunodeficiency Vírus, que se refere ao agente
causador da AIDS (AURÉLIO, 2004).
Hot dog, empréstimo do inglês; cachorro-quente: sanduíche de pão salsicha
quente e molho (AURÉLIO, 2004).
Homepage, empréstimo do inglês; página oficial de entrada em um sítio da
web (AURÉLIO, 2004).
Hobby, empréstimo do inglês; atividade de recreio ou descanso, passatempo
(AURÉLIO, 2004).
Iceberg, (inglês), aportuguesado: grande massa de gelo que se desprende de
plataforma de gelo e vaga, à deriva nos oceanos (AURÉLIO, 2004).
Internet, empréstimo do inglês; conjunto de redes de computadores ligadas
entre si (AURÉLIO, 2004).
Kart, (inglês), aportuguesado; pequeno automóvel dotado de embreagem
automática e sem carroceria (AURÉLIO, 2004).
Kit (inglês), aportuguesado: conjunto de materiais reunidos em embalagem
adequada (AURÉLIO, 2004).
Know-how, empréstimo do inglês; conjunto de conhecimentos necessários ao
desempenho ou função (AURÉLIO, 2004).
Light, empréstimo do inglês; leve, usualmente para classificar alimentos com
baixo teor calórico (MICHAELIS, 2004).
Laser (inglês), aportuguesado; radiação luminosa altamente concentrada,
sem defasagem. De uma só cor (AURÉLIO, 2004).
Marketing (inglês), aportuguesado; conjunto de estratégias e ações relativas a
desenvolvimento, apreçamento, distribuição e promoção de produtos e serviços
(AURÉLIO, 2004).
Milk-shake, empréstimo do inglês; leite batido (MICHAELIS, 2002).
Mouse, empréstimo do inglês; periférico móvel que controla a posição de um
cursor na tela do computador (AURÉLIO, 2004).
Office-boy, empréstimo do inglês; garoto que faz pequenos serviços em
escritório ou hotel (LUFT, 2000).
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Off set (inglês); ofsete: aportuguesado; método de impressão indireta em que
a imagem ou caracteres gravados são transferidos para o papel por intermédio de
um cilindro de borracha (AURÉLIO, 2004).
Pay-per-view, empréstimo do inglês; taxa cobrada por programa escolhido
individualmente na TV (MICHAELIS, 2002).
Personal trainer, empréstimo do inglês; treinador particular, comumente usado
em academias (MICHAELIS, 2002).
Pedal (inglês), aportuguesado; peça de um mecanismo que é acionado com o
pé (AURÉLIO, 2004).
Pedigree, empréstimo do inglês; raça pura (MICHAELIS, 2002).
Penalty (inglês): pênalti, aportuguesado; falta máxima cometida dentro da
área do gol e cobrado com chute direto a 11m do gol (AURÉLIO, 2004).
Pet, empréstimo do inglês; animal de estimação (MICHAELIS, 2002).
Playboy, empréstimo do inglês; homem de família rica que desfruta os
prazeres da vida (MICHAELIS, 2004).
Play-ground, empréstimo do inglês; pátio de recreio (MICHAELIS, 2004).
Ranking, empréstimo do inglês; classificação ou posição (MICHAELIS, 2002).
Replay, empréstimo do inglês; repetição de gravação em vídeo (MICHAELIS,
2002).
Short (inglês), aportuguesado; calça curta unissex, para esporte (AURÉLIO,
2004).
Show (inglês), aportuguesado; espetáculo de teatro, rádio, televisão ou ao ar
livre (AURÉLIO, 2002)
Show-room, empréstimo do inglês; sala de exposição (MICHAELIS, 2002).
Site (inglês), aportuguesado; conjunto de documentos inter-relacionados
disposto na web em endereços específicos (AURÉLIO, 2004).
Stripper, empréstimo do inglês; pessoa que faz número de striptease
(MICHAELIS, 2002).
Scanner, empréstimo do inglês; aparelho capaz de captar imagens e
convertê-las num conjunto correspondente de dado digital (AURÉLIO, 2004).
Telemarketing, empréstimo do inglês; serviço que utiliza o telefone como
recurso sistemático para relacionamento com clientes (AURÉLIO, 2004)>
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Topless, empréstimo do inglês; quando a mulher não usa roupa nenhuma da
cintura para cima (MICHAELIS, 2002).
Walkie-talkie, empréstimo do inglês; emissor e receptor portátil para
comunicação radiofônica (AURÉLIO, 2004).
Watt, empréstimo do inglês; unidade de medida de potência (AURÉLIO,
2004).
W.C, empréstimo do inglês (water closet); banheiro (AURÉLIO, 2004).
Web, empréstimo do inglês; sistema de hipermídia disponível na internet
(AURÉLIO, 2004).
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2 JUSTIFICATIVA DE ALDO REBELO AO PROJETO DE LEI Nº. 1676/99
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Segundo Rebelo (2004), a língua portuguesa está sofrendo uma total
descaracterização com a invasão indiscriminada e, muitas vezes desnecessária,
principalmente com o aportuguesamento duvidosos, no qual vem acontecendo
exageradamente, na comunicação escrita e oral, conforme o consumo e a
publicidade de bens, produtos e serviços, inclusive pela informática, meios de
comunicação e o modismo.
Segundo Cipro (2000), ressalta que seria uma bobagem achar que uma
língua pode se fechar para o mundo, mas usar o estrangeirismo por modismo ou só
por usar é exagero.
Segundo ele então, nota-se que o banco do Brasil comete um desrespeito ao
idioma, quando denomina de personal banking: o caixa eletrônico, e o IBGE
chamam sua página na Internet de IBGE teen. Este projeto de lei frisa que
proprietários de empresas nacionais terão que mudar seus nomes estrangeiros, já
que as empresas internacionais manterão a usar seus nomes originais respectivos
do país de que vieram. Isto foi considerado rigoroso, porém em Portugal existe uma
lista de nomes de pessoas que não poderiam ser batizadas com nomes estrangeiros
como, por exemplo: Willian ou Sheila (REBELO apud NUNES, 2000).
Em outros países como a França com a Lei de Toubon nº. 75-1349, de 1975,
substituída pela Lei nº 94-665, de 1994 (REBELO, 2004), houve também o projeto
de Lei Asís, descartado na Argentina (GARCEZ, 2004).
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O principal intuito da matéria legislativa em questão é combater o uso
indiscriminado de empréstimos de termos estrangeiros na língua portuguesa, em
particular, o inglês norte-americano. Com sua apresentação, a proposta brasileira
recebeu um enorme espaço de divulgação na imprensa, levado ao conhecimento
público limitou-se à proposta à idéia geral da proibição de uso de termos
estrangeiros, ditos como ameaças à língua portuguesa e à nação brasileira. Foi
recebida com simpatia e com manifestações de apoio por parte de pessoas e
entidades que aplaudiram a iniciativa do deputado em querer dar um basta à
invasão dos termos e expressões norte-americanos (GARCEZ, 2004).
Conforme Garcez (2004) o texto do PL 1676/1999, compreende o termo das
restrições lingüísticas que são impostas ao cidadão, não em termos de uso de
vocábulos de origem estrangeira, mas de línguas que não sejam o português.
A justificativa do projeto traz uma afirmação sobre o panorama lingüístico
brasileiro que concretiza boa parte da idealização do preconceito lingüístico, da
língua que necessita ser preservada da corrupção, dos ataques externos. Um breve
pensamento da justificativa neste raciocínio (GARCEZ, 2004):
O deputado afirma que os estrangeirismos são usados com certo abuso, mas
isso seria abusivo, ao menos que se adote como critério certa arbitrariedade. Estes
projetos fazem uma menção à Academia Brasileira de Letras como protetora, ou
seja, classificada como guardiã da língua. Um esforço para proteger o povo das
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palavras norte-americanas, julgadas como invasoras, do qual é frisado pelo projeto.
Na ditadura Vargas houve um tipo de proibição aos descendentes de imigrantes de
usar suas línguas de origem, por este motivo, tiveram suas casas invadidas, livros
queimados e seus professores foram extremamente proibidos de lecionarem em
outra língua que não fosse o português. Entretanto, havendo tal desobediência,
eram levados à delegacia para cantar o hino nacional brasileiro (ZILLES, 2004).
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deputado Aldo Rebelo, tenta pedir a proteção para melhorar o ensino da Língua
Portuguesa.
Segundo Machado (apud NUNES, 2000), é comum que uma língua do povo
dominador invada a outra, pois a língua que impera é o inglês, isso é fato, seria
normal o português seja invadido pelo inglês. Este projeto de lei é bem-intencionado
pelo deputado Aldo Rebelo, mas os excessos de purismo não têm fundamentos,
pois o deputado denota uma falta de cultura e terrível o uso de estrangeirismos.
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puras e que alguns termos estrangeiros não têm um procedimento-padrão, alguns
são aportuguesados, outros não. As línguas, possivelmente, não estejam
ameaçadas. Pode acontecer que o inglês seja a segunda língua, embora o inglês
domine como língua universal.
Durante quase duzentos anos, até o início do século XX, o grande invasor da
Língua Portuguesa foi o francês. No final do século XVIII, Frei Francisco de São Luiz
falava do vício de “pensar francês”. Já em 1816, foi publicado um livro com o título
de Glossário das palavras e frase da língua francesa, que por descuido, ignorância
de necessidade se têm introduzido na locução portuguesa moderna, com o título de
Cardeal Saraiva. Depois de um século e meio, Durval Noronha, em 1998, publicou
um livro chamado: Relembrando o português com um dicionário de anglicismos, no
qual são frisadas algumas inutilidades de vários anglicismos que são usados de
forma exagerada no Brasil e Portugal (BAGNO, 2004).
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Aldo Rebelo ressuscita estas profecias arcaicas, pois devem ser pessoas
preparadas para lidar com a questão dos estrangeirismos. O projeto tentar
convencer de que os brasileiros se deixam colonizar facilmente ao absorver os
termos e palavras de origem estrangeira, em foco o inglês. Cada palavra tem sua
própria história, contudo é fácil acusar o povo de xenofobia ou de xenofilia ao fazer
um levantamento superficial do léxico de sua língua. A análise lingüística deve evitar
o nacionalismo e o patriotismo que sempre caracterizou o discurso do purismo
lingüístico.
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estrangeiros que o deputado condena constam no dicionário Aurélio Século XXI, no
Michaelis e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. O deputado frisa que
é antiestético o acúmulo de empréstimos em nossa Língua Portuguesa. Mas os
empréstimos fazem parte do cotidiano do falante, basta notar nas letras da música
“Samba do Approach” de Zeca Balero, esta letras reflete artisticamente a
interculturalidade deste momento contemporâneo de início de um novo milênio, a
relação entre as línguas, inclusive o inglês.
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Federal de Santa Catarina, provocou um debate interno que chegou ao ponto de ter
um documento que inclui considerações com vistas a definições do políticas
linguisticas para o Brasil. Isso foi uma passo importante dado pela Associação
Brasileira de Linguística neste sentido (FARACO, 2004).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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