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INTRODUÇÃO
A Igreja sempre teve uma grande devoção e zelo pela Palavra de Deus. Por isso, sempre
orientou a uma boa e digna preparação daqueles que proclamam a Palavra de Deus. Houve tempos,
inclusive, em que este ministério foi reservado unicamente aos ministros ordenados, isto é, aos
diáconos, padres e bispos.
Ministério significa serviço, e, na liturgia, quer dizer “ação em favor
de alguém”. Ministério do leitor é serviço em favor de toda a assembleia que
celebra o Senhor na liturgia.
O proclamador da Palavra fala em nome de Deus. Esta missão exige
de seu ministro a condição de porta voz: fidelidade ao Senhor que fala,
fidelidade à palavra que anuncia, fidelidade ao se colocar como instrumento
do Senhor para que Deus possa falar através de seu instrumento “ o
ministro” a todo povo.
Por isso, deve ter consciência da importância da Palavra de Deus. Para ajudar a ilustrar isso,
vejamos dois textos significativos, um de são Jerônimo, outro de Cesário de Arles:
“Eu penso que o Corpo de Cristo é o Evangelho e que seus ensinamentos são as sagradas
escrituras. Quando, pois, Jesus diz: ‘Quem não come minha carne e não bebe o meu sangue, não
tem a vida,’, podemos certamente entender que ele está falando da eucaristia. Mas é certo
igualmente que o Corpo de Cristo e seu sangue são a palavra das escrituras, seu divino
ensinamento. Quando participamos da celebração da eucaristia, tomamos cuidado para que
nenhuma migalha se perca. Quando ouvimos a palavra de Deus, quando a
palavra de Deus é dada a nossos ouvidos e nós, então, ficamos pensando
em outras coisas, que cuidado tomamos? Alimentamo-nos da carne de
Cristo, não somente na eucaristia, mas também na leitura das escrituras.”
(São Jerônimo, Comentário sobre o Livro do Eclesiastes)
"Eu lhes pergunto, irmãos e irmãs, digam o que, na opinião de
vocês, tem mais valor: a Palavra de Deus ou o Corpo do Cristo? Se
quiserem dar a verdadeira resposta, certamente deverão dizer que a
Palavra de Deus não vale menos que o Corpo do Cristo. E por isso, todo o cuidado que tomamos
quando nos é dado o Corpo do Cristo, para que nenhuma parte escape de nossas mãos e caia por
terra, tomemos este mesmo cuidado, para que a Palavra de Deus que nos é entregue, não morra em
nosso coração enquanto ficamos pensando em outras coisas ou falando de outras coisas; pois
aquela pessoa que escuta de maneira negligente a Palavra de Deus, não será menos culpada que
aquela que, por negligência, permitisse que caia por terra o Corpo do Cristo." (São Cesário de
Arles, Sermo 78,2, Sources Chrétiennes, 330, p. 241).
I. NOÇÕES DE LITURGIA
Os agentes da Pastoral da Liturgia devem possuir noções claras e objetivas sobre a Liturgia
da Igreja. Segue-se um pequeno resumo, o qual pode servir como um pequeno auxílio.
1. LITURGIA E RITO
O QUE É A LITURGIA?
A liturgia é a ação sagrada por excelência. É uma ação divina, realizada “por Cristo, com
Cristo e em Cristo”: é uma ação da Igreja que estabelece a ligação com Deus por meio de Jesus.
A liturgia se dá por meio de ritos, os quais são percebidos pelos sentidos
e remetem a seu significado. Por meio dos sacramentos, uma realidade que
pode ser sentida humanamente e revela uma realidade superior e espiritual,
conferindo a graça de Deus.
A Liturgia é celebrada pelo próprio Jesus Cristo, Sumo e Eterno
Sacerdote, quem exerce uma mediação entre nós e o Pai (Cf. Hb 5, 1-14). É Ele
quem age na Igreja, em proveito da Igreja. E também é a Igreja quem atua, e é
por meio da ação dela que a ação de Cristo se atualiza e se faz presente. Ou
seja, a Igreja é o instrumento pelo qual Cristo age no mundo.
O fim de todo ato litúrgico é a glorificação de Deus, ou seja, louvá-lo e adorá-lo. A principal
forma de glorificar a Deus de que o homem é capaz é buscar a sua própria santificação (que é a união
com Deus), e a Liturgia também oferece meios para aproximar o homem de Deus, santificando-o,
fazendo-o buscar a Deus e amá-lo.
A CELEBRAÇÃO
Um ato litúrgico, como a Santa Missa, não é uma repetição, mas uma celebração. Apesar de
haver Missas todos os dias, em todos os países do mundo, em todos os momentos, nenhum padre
repete a Santa Missa, mas a celebra.
Para que haja uma celebração, são necessários três elementos: um fato que é lembrado e
comemorado, um rito que se realiza e a comunicação
de sentimento entre as pessoas que participam no
evento que ocorre.
Para se entender o que é celebração, é bom
imaginar uma festa de aniversário de um ano de uma
criança: o que se celebra na festa é o fato que ocorreu
de um nascimento e da vida de uma criança que se
conservou por um ano. Este fato é invocado, lembrado,
narrado e divulgado entre os presentes. É considerado como uma coisa muito boa, caso contrário,
não seria comemorado.
3. FUNÇÕES NA LITURGIA
A Celebração eucarística constitui uma ação de Cristo e da Igreja, isto é, o povo santo, unido
e ordenado sob a direção do Bispo. Por isso, a celebração eucarística pertence a todo o Corpo da
Igreja e o manifesta e afeta; mas atinge a cada um dos seus membros de modo diferente, conforme a
diversidade de ordens, ofícios e da participação atual. Todos, portanto, quer ministros ordenados,
quer fiéis leigos, exercendo suas funções e ministérios, façam tudo e só aquilo que lhes compete.
As pessoas que se reúnem na igreja formam a Assembleia. A Assembleia é, em sentido
religioso, a reunião das pessoas convocadas pela Palavra de Deus. Cristo enviou seus apóstolos a
convocarem a assembleia cristã, que ouvirá sua mensagem, viverá os sacramentos e renovará sua
Aliança com Cristo.
A Assembleia é uma reunião de irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai e sem diferenças
entre si. Não há privilegiados ou discriminados perante Deus: todos são iguais. Mas Deus convida
todos a servi-lo, de maneiras diferentes, a exercer uma função específica.
O PRESIDENTE DA CELEBRAÇÃO
O presidente: o Celebrante ou presidente da Assembleia é normalmente o bispo ou o
sacerdote, mas poderá ser um diácono ou ministro extraordinário, dependendo da celebração.
O presidente da assembleia representa Cristo Cabeça do seu Corpo, a Igreja. Em nome de
Cristo, está a serviço da Igreja, una, santa, católica e apostólica. Mas ele não age sozinho, mas em
harmonia com outros ministérios e funções.
AS DEMAIS FUNÇÕES
Na falta de leitor instituído, podem-se delegar outros leigos para proferir as leituras da
Sagrada Escritura, como proclamadores da Palavra. Também há o salmista, responsável por
proclamar o salmo ou outro cântico bíblico colocado entre as leituras.
Entre os fiéis, exerce sua função os cantores ou coral. Cabe-lhe executar as partes que lhe são
próprias, conforme os diversos gêneros de cantos, e promover a ativa participação dos fiéis no canto.
Também há pessoas que exercem funções que auxiliam na celebração da Eucaristia, como o
sacristão, que dispõe com cuidado os livros litúrgicos, os paramentos e outras coisas necessárias para
a celebração da Missa; o comentarista ou animador, que, oportunamente, dirige aos fiéis breves
explicações e exortações, visando a introduzi-los na celebração e dispô-los para entendê-la melhor.
Também podem ser citados os que recolhem as ofertas dos fiéis, os que acolhem as pessoas à entrada
da porta e os que organizam as procissões.
As funções litúrgicas que não são próprias do sacerdote ou do diácono podem ser confiadas
também pelo pároco a leigos idôneos com bênção litúrgica ou designação temporária. Quanto à
função de servir ao sacerdote junto ao altar, observem-se as normas dadas pelo Bispo para sua
diocese.
4. LIVROS LITÚRGICOS
Missal: É o livro que contém as orações e fórmulas necessárias para a celebração da Santa
Missa, com exceção das leituras.
Lecionário: É o livro que traz as leituras (I Leitura, Salmos, II Leitura e Evangelho) da
Sagrada Escritura para a Santa Missa. Divide-se em três volumes: Dominical, Semanal e Santoral.
Lecionário dominical: compreende as leituras para as
Missas dos domingos e das solenidades. Toda Missa dominical
apresenta três leituras, mais o salmo responsorial: a primeira
leitura, do Antigo Testamento (salvo no tempo pascal em que se lê
os Atos dos Apóstolos); a segunda, das Cartas dos Apóstolos ou do
Apocalipse; a terceira, do Evangelho.
Para que haja uma leitura mais variada e abundante da Sagrada Escritura, a
Igreja propõe, para os domingos e festas, um ciclo de três anos: A, B, C,
nos quais se leem, respectivamente, os Evangelhos de São Mateus, São
Marcos e São Lucas. O Evangelho de são João é geralmente proclamado
nos tempos especiais (Advento, Quaresma, Tempo Pascal) e nas grandes
festas.
Lecionário semanal: contém as leituras para os dias de semana de todo o Ano
litúrgico. A primeira leitura e o salmo responsorial de cada dia estão classificados por ano
ímpar e ano par. O Evangelho é o mesmo para os dois anos.
Lecionário santoral: contém as leituras para as solenidades e festas dos santos.
Estão aí incluídas também as leituras para as diversas necessidades.
Evangeliário: É o livro que contém as leituras do Santo Evangelho dos Domingos e
Solenidades.
Rituais: São os livros que contêm os ritos para as celebrações dos diversos Sacramentos e
bênçãos para diversas ocasiões.
Estar de pé: É a posição de alerta, de quem está preparado e pronto para obedecer. É sinal
também de atenção, de quem ouve com respeito.
Sentado: É uma posição mais cômoda, de quem fica à vontade e ouve com atenção e sem
pressa. É usada durante as leituras, exceto o Evangelho, durante a apresentação das ofertas e após a
Comunhão, durante a Ação de Graças.
Ajoelhado: É uma atitude de profunda oração e de grande respeito. É destinada à consagração
e para a ação de graças após a Comunhão. Simboliza a oração pessoal.
* Canto de entrada de pé
* Acolhida e saudação de pé
RITOS INICIAIS * Ato penitencial de pé
* Hino de louvor (Glória) de pé
* Oração "Coleta" de pé
* Monição para as leituras sentados
* Proclamação da 1ª Leitura sentados
* Salmo Responsorial sentados
* Proclamação da 2ª Leitura sentados
LITURGIA DA PALAVRA * Aclamação ao Evangelho de pé
* Proclamação do Evangelho de pé
* Homilia sentados
* Profissão de fé de pé
* Oração dos fiéis de pé
* Apresentação das Ofertas sentados
Preparação das * Incensação da Assembleia de pé
Oferendas * Orai, irmãos! de pé
LITURGIA EUCARÍSTICA
Para proclamar devidamente a Palavra de Deus, é preciso entender como funciona o veículo
utilizado, isto é, a voz, e como corrigir alguns problemas na dicção, respiração e outros, além de
buscar meios de conservar melhor a voz.
1. A PRODUÇÃO DO SOM
Os sons da fala são resultados, quase todos, da ação de órgãos sobre a corrente de ar vinda
dos pulmões.
Os sons da fala são produzidos no momento da expiração.
Para a produção dos sons da fala, opera-se uma série de tensões e contrações no aparelho
respiratório e na parte superior do aparelho digestivo. O aparelho fonador é um excelente
instrumento para a produção dos sons. Os órgãos constutivos do aparelho fonador são, além de
músculos e nervos, palato duro, palato mole, úvula, bochechas, fossas nasais, faringe, laringe, glote,
dois pares pequenos de músculos (as pregas, cordas vocais), a traquéia e os brônquios.
O APARELHO FONADOR
O aparelho fonador é formado por:
Boca – que é limitada à frente pelo dentes e pelos lábios, em
cima pelos alvéolos e pela abóbada palatina, atrás pelo véu palatino,
aos lados pelas bochechas, embaixo pela língua.
Fossas nasais – que começam nos orifícios nasais e
terminam na faringe.
Faringe – que é o canal
misto que dá passagem aos
alimentos da boca para o esôfago e
ao ar das fossas nasais (ou da boca) para a laringe.
Laringe – que é o canal que dá passagem ao ar da faringe
para a traquéia, tendo na sua entrada a epiglote e, na sua parte
média, as cordas vocais, que são os órgãos da voz mais importantes.
RESPIRAÇÃO
O primeiro cuidado que se deve tomar para que a voz adquira a qualidade desejada é respirar
corretamente. Existe normalmente falta de sincronismo fono-respiratório, o que prejudica
sensivelmente a fabricação da voz mais adequada. Algumas pessoas falam quando ainda estão
inspirando ou continuam a falar quando o ar praticamente já terminou. Assim, não há aproveitamento
da coluna de ar que deveria ser formada pelos foles pulmonares, exigindo um esforço excessivo das
últimas partes do aparelho fonador.
A respiração mais indicada para falar é aquela que utiliza inspiração costo-diafragmática e
expiração costo-abdominal, como fazem os bebês quando estão dormindo.
A respiração é a energia da fala. Sem a respiração equilibrada, o som não se realiza. Além
disso, controlar a respiração é uma maneira de controlar o lado emocional também. A inspiração
profunda tira a tensão.
Alguns meios de equilibrar e garantir a expressão clara da fala:
- Nunca emitir um som sem ter os pulmões cheios;
- Nunca falar inspirando, isto é, quando estiver colocando ar dentro dos pulmões;
- Nunca respirar no meio de uma palavra ou frase: quebra o sentido e ritmo;
- A respiração deve ser profunda, frequente, silenciosa e abdominal;
- A posição do tórax deve ser mantida ereta;
A RESPIRAÇÃO CORRETA
Respirar devagar e profundamente melhora o fluxo de oxigênio para o corpo e, assim, o fluxo
de sangue para o cérebro. Isto o ajuda a pensar com clareza, a ordenar os pensamentos ao ler.
Inspirar mais oxigênio também melhora o fluxo de ar para as cordas vocais, o que dá clareza à voz e
a mantém calma.
2. A VOZ
O TIMBRE
É o resultado dos fenômenos acústicos que se localizam nas cavidades supra-laríngeas. É
modificando o volume, a tonicidade dessas áreas, assim como a dos lábios e das bochechas, que o
som fundamental, emitido pela laringe, vai ser enriquecido ou empobrecido voluntariamente segundo
a ordem, o número, a intensidade dos harmônicos que o acompanham e que são filtrados nestas
cavidades conforme a altura tonal e a vogal. (a, ã, e, é, ê, i, o, ó, u).
O timbre é definido de diferentes maneiras. Fala-se do seu colorido e este está diretamente
relacionado com a forma dos ressonadores.
Estas diferentes formas acústicas são realizadas por mecanismos extremamente delicados, por
todo um conjunto de movimentos musculares e pela maior ou menor tonicidade.
Mas o timbre pode ser transformado com a utilização de certos métodos que o modificam,
enquanto é a realização do mecanismo fisiológico da voz que permitirá desenvolver e apreciar o
timbre natural de alguém.
Para ter um bom timbre de voz evite falar pelo nariz, de boca fechada, com a flor dos lábios,
muito depressa ou devagar demais.
O TOM
Dois aspectos, entonação e ênfase, contribuem decisivamente para o êxito de um discurso.
Sabemos que uma voz tediosa e pouco interessante cansa o público. O ato de baixar e
levantar o tom de voz fazem com que o discurso seja agradável ao público.
A ênfase da voz quando usada de um a forma apropriada transmite, ao ouvinte a idéia exata
do que se deseja comunicar. Muitos discursos são interpretados erroneamente porque o orador não
coloca ênfase em suas palavras e deixa a interpretação a critério do ouvinte.
As pausas permitem que o leitor respire, possa mudar o tom de voz e permite que o público
pense no que foi proclamado.
Use algumas regras:
Faça pausa quando começar a falar;
Faça pausa necessárias pela pontuação;
Quando fizer uma pausa, faça-a claramente, evitando ruídos.
Se for possível, marque com antecedência os momentos de pausas.
É importante que cada um descubra a nota em que soa melhor a sua voz e maneje-a com
cuidado. Há diversos tipos de tons, mas dois são principais:
1. Tom natural – exige uma voz modulada (velocidade normal e dicção correta);
2. Tom solene – o tom solene precisa de uma voz grave, vagarosa com pronunciação.
Entonação é a melodia da voz. Falar com a entonação certa é transformar a palavra em arte.
Assim como o pintor dá o colorido com a tinta à sua tela, o homem falante com a articulação da voz
compõe o seu texto de fala com o aparelho fonador.
Classificação simples do tom de voz:
Vozes masculinas: Tenor – Barítono – Baixo
Vozes femininas: Soprano – Mezzo Soprano e Contralto.
INTENSIDADE
A intensidade da voz depende do volume com que o som é produzido através da expiração do
ar dos pulmões (“fraca” ou “forte”).
IMPOSTAÇÃO DA VOZ
Impostar a voz é falar no tom adequado para o momento, como se cada uma das palavras
representasse nota de um texto musical.
A palavra falada no texto obedece a normas formais. O texto falado possui uma flexibilidade
infinita, pois está ligado à personalidade de cada falante.
Conseguimos a impostação da voz através de exercícios e do uso correto do diafragma.
O USO DO DIAFRAGMA
O diafragma é responsável pela respiração natural. Ao se contrair e se
abaixar, na inspiração, o diafragma precisa de espaço, empurrando assim os órgãos
do aparelho digestivo para baixo e para os lados. Se, como se faz na ginástica
aeróbica, eu tiver que encolher a barriga, para onde vão os meus órgãos do
aparelho digestivo? Serão comprimidos ate o extremo, ou a inspiração vai ficar
prejudicada. Na maioria das vezes a respiração é que sofre com isto.
Outro problema da inspiração forçada do estilo aeróbico está na força desnecessária que se
faz para estufar o peito. Os músculos intercostais são, por natureza, muito fracos e, qualquer
movimento forçado e repetitivo gera um cansaço desnecessário e prejudicial à ação de quem usa a
voz.
O jeito correto de se inspirar e expirar é movimentando o abdômen, respectivamente, para
fora e para dentro. Em outras palavras, ao se inspirar estufamos o abdômen, e ao expirar o
encolhemos. Desta maneira, na inspiração, estamos favorecendo o deslocamento dos órgãos do
aparelho digestivo para frente, deixando espaço para o diafragma se contrair e descer livremente. Na
expiração, ao contrario, encolhemos o abdômen, assim favorecendo o movimento de subida do
diafragma que, empurrado pelos órgãos do aparelho digestivo e pela musculatura do abdômen,
esvazia os pulmões com mais facilidade e menos força. Isto é apoio.
A inspiração natural começa de baixo para cima,
em nosso corpo. Isto resulta primeiro em expansão
abdominal e intercostal devido ao abaixamento do
diafragma, e apenas depois, na expansão antero-
posterior do tórax. Isto quer dizer que, mesmo não
movimentando o tórax através dos músculos intercostais,
ele se movimenta, obviamente, devido ao enchimento
dos pulmões de ar.
3) Aprender a relaxar-se para produzir o som sem esforço; isto significa relaxar a tensão
excessiva dos músculos, nunca abandonar-se a uma postura inadequada ou cair numa hipotonicidade
ineficiente;
4) Aprender a respirar corretamente;
5) Aprender a emitir uma voz valorizada, focalizando o som de modo a que os ressonadores
(cavidade bucal, nasal e faringe) operem livremente e articulando com nitidez a voz falada, o que não
só favorece a dicção, mas a própria emissão da voz, além de assegurar maior expressividade;
6) Manter boa postura;
7) Beber água frequentemente durante o dia;
8) São indicados: maçãs, sucos cítricos, goles de água fresca, em temperatura ambiente;
9) Vestuário: usar roupas leves e folgadas, sapatos baixos e de material natural.
ALGUMAS DICAS
Volume: Use o volume da voz de acordo com o ambiente. Observe a acústica do lugar, a
distância em que se encontram aos últimos fiéis e se algum ruído poderá interferir na compreensão
da mensagem. Depois dessa avaliação determine o volume de voz mais
apropriado para a circunstância. De maneira geral procure falar um pouco mais
alto do que seria necessário para que as pessoas pudessem ouvir. Assim, se tiver
de falar para um grupo de 20 ouvintes, fale como se a platéia fosse de 50, se tiver
de falar para 50, fale como se fossem 100. Falando um pouco mais alto, desde
que o volume não agrida os ouvintes, evidentemente, poderá demonstrar mais
envolvimento e interesse pelo assunto que tratar.
Velocidade: A velocidade da sua fala deverá ser sempre de acordo
com suas características e o sentimento da mensagem. Não existe,
portanto, um padrão de velocidade. Fale mais rápido ou mais devagar de
acordo com a sua dicção e a emoção transmitida pelo texto bíblico. Por
exemplo, se falasse “Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias”, a
fala deveria ser mais rápida; se, entretanto, dissesse “Tomando o menino
do regaço, levou-o ao quarto de cima, onde ele pernoitava, e o deitou sobre
o leito”, deveria falar mais devagar para que a mensagem fosse
interpretada de maneira adequada.
Ritmo: A alternância do volume da voz e da velocidade da fala torna a
comunicação mais atraente e estimulante. O fato de falar mais rápido, mais
devagar, mais alto, mais baixo, motiva o ouvinte a acompanhar a mensagem com maior interesse.
Portanto, evite falar com aquele tom único, desinteressante que aos poucos vai dando
sonolência na platéia. Um bom exercício para melhorar o ritmo e a cadência da fala é fazer leituras
frequentes de poesias em voz alta.
3. DICÇÃO
A palavra dicção inclui o ato de dizer, a pronunciação correta dos vocábulos. É necessário
que o leitor, o falante, articule perfeitamente as vogais e as consoantes.
São importantes os acentos tônicos, as sílabas finais e ritmo, os
acentos prosódicos e fraseológicos. A imagem é a vida na leitura.
Palavras belas, ditas ou lidas com uma má voz, se tornam feias.
Quanto à dicção, que é a pronúncia dos sons das palavras, notamos
que a sua deficiência é quase sempre provocada por problemas de
negligência. É costume quase generalizado omitir os “r” e os “s” finais, como, por exemplo: “leva”,
no lugar de levar, “trazê” no lugar de trazer, “fizemo” no lugar de fizemos, da mesma forma que se
omitem comumente os “is” intermediários: “janero” em lugar de janeiro, “tercero” em lugar de
terceiro etc. Outros erros de dicção provocados pela negligência é troca do “u” pelo “l” e omissões
de sílabas: “Brasiu” no lugar de Brasil, “pcisa” no lugar de precisa etc.
Entre pessoas mais simples encontramos vários erros provocados por alterações fonéticas. É o
caso da hipértese, que é a transposição de som de um a sílaba para outra da mesma palavra: trigue
(tigre), drento (dentro), e da metátese, que é a transposição de som dentro de uma mesma sílaba:
troce (torce), proque (porque).
Certos vícios de linguagem também provocam erros na pronúncia das
palavras:
Rotacismo – É a troca do l por r: crássico (clássico), Cráudio (Cláudio).
Lambdacismo – é a troca do r pelo l: talde (tarde), folte (forte).
Trava-línguas
Trava-línguas são ótimos para treinar a pronúncia e a
dicção.
Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um
paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepípedovia. Uma paralelepípedovia tem mil
paralelogramos. Então uma paralelepípedovia É uma paralelogramolândia?
A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã, nem a rã arranha a aranha.
Cinco bicas, cinco pipas, cinco bombas. Tira da boca da bica, bota na boca da bomba.
O peito do pé de padre Pedro é preto. Quem disser que o peito do pé de padre Pedro é preto, tem o
peito do pé mais preto do que o peito do pé de padre Pedro.
Se cada um vai a casa de cada um é porque cada um quer que cada um lá vá. Porque se cada um não
fosse a casa de cada um é porque cada um não queria que cada um fôsse lá.
Três tigres tristes para três pratos de trigo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que o
tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.
Gato escondido com rabo de fora tá mais escondido que rabo escondido com gato de fora.
Se o bispo de Constantinopla
a quisesse desconstantinoplatanilizar
não haveria desconstantinoplatanilizador
que a desconstantinoplatanilizaria
desconstantinoplatanilizadoramente.
Cozinheiro cochichou que havia cozido chuchu chocho num tacho sujo.
Devora Dor Doída, Distante Da Dor Desmedida, Daquilo Dista Dimensões, Do Devorador Disto!
O que é que Cacá quer? Cacá quer caqui. Qual caqui que Cacá quer? Cacá quer qualquer caqui.
O tatuador tatuado tatuou a tatua do tatu. Tatua tatuada enfezada, tatuou o tatu e o tatuador já
tatuado!
Pardal pardo, por que parlas? Parlo porque sempre parlei, porque sou pardal pardo, parlador del-rei.
4. O MICROFONE
Para que você possa fazer uma boa leitura deverá desenvolver e aprimorar algumas técnicas
básicas e se dedicar a um árduo treinamento. Para que saiba do trabalho que deverá enfrentar para
dominar a técnica da leitura talvez seja suficiente dizer que o tempo destinado ao preparo de uma
leitura em público é aproximadamente o tempo de lê-la vinte vezes em particular.
A comunicação visual
Procure se lembrar de pessoas que você viu lendo em público. Provavelmente durante a
leitura a maioria deles não olhou ou olhou de forma inadequada para os ouvintes. Você deve ter
observado que alguns não tiraram os olhos do livro, parecendo até que conversavam com o papel, e
não com a assembleia; enquanto que outros olharam tão rapidamente, que davam a impressão de
querer apenas certificar-se de que a assembleia ainda não havia fugido; é provável também que tenha
encontrado outros que só levantavam rapidamente os olhos, sem olhar para ninguém, como se
estivessem concentrados em algum tipo de monólogo interior.
Para que sua leitura seja correta, você não precisará olhar para os ouvintes o tempo todo, mas
deverá ter comunicação visual com eles durante as pausas mais prolongadas e no final das frases.
O procedimento é bastante simples, olhe para o público ao dizer as duas ou três últimas
palavras de cada frase ou as que precedem as pausas mais expressivas. Se você não estiver
acostumado a agir dessa maneira, no início talvez encontre um pouco de dificuldade, mas com
alguns exercícios se habituará a fazer, em silêncio, uma rápida leitura dessas duas ou três palavras e a
pronunciá-las, quando já estiver olhando para o público, com a cabeça levantada, pousando os olhos
nos ouvintes para que percebam o contato visual.
Se for possível, prepare o texto para a leitura. Use apenas os dois terços superiores da página,
pois esse cuidado ajudará no processo da comunicação visual. Se utilizar o terço inferior, ou será
obrigado a baixar muito a cabeça para ler ou precisará subir em demasia a folha, correndo o risco de
seu rosto não ser visto pelos ouvintes. São pequenos detalhes que vão tornando sua leitura mais
cômoda.
Não tenha pressa. Depois de olhar para os ouvintes, volte ao texto com calma, sem
precipitação. Essa calma o ajudará a manter o domínio da leitura e poderá dar mais expressividade à
mensagem.
Uma boa dica para você não se perder durante a leitura, enquanto olha
para os ouvintes, é acostumar-se a marcar a linha de leitura usando o dedo
polegar. Dessa forma, quando retornar ao texto para a sequência da leitura,
saberá exatamente onde a interrompeu. O Lecionário já possui um espaço
maior entre as linhas para facilitar isso.
Quanto mais você puder olhar para a assembleia, será mais eficiente. A partir da observação
do comportamento dos ouvintes, para se adaptar à reação deles, é falar com mais ou menos emoção,
de maneira mais ou menos vibrante. A finalidade da comunicação visual com a assembleia, portanto,
é a de valorizar e prestigiar a presença das pessoas presentes, fazendo com que se sintam incluídas e
possam se interessar mais pela mensagem proclamada. Para que esse objetivo seja atingido, distribua
o contato visual olhando na direção da platéia, ora para quem está à esquerda, ora para quem está à
direita.
Você passará a ter um bom contato visual com o público depois de treinar a leitura de dez a
15 vezes. Um treinamento bem-feito permitirá que você saiba quais palavras deverá pronunciar
apenas com uma rápida passada de olhos sobre o texto. Entretanto, se essa prática fizer você decorar
toda a leitura, quando estiver diante da assembleia, esforce-se para ler.
6. POSTURA
Mantenha o busto bem posto, ombros para trás, cabeça erguida permitindo ampla
ventilação dos pulmões para bem falar;
Relaxe todos os músculos, principalmente os do maxilar, o que dá uma sensação de
bem estar;
Deixe a boca levemente aberta como se fosse pronunciar letra “A”, enquanto olha
calmamente toda a platéia (sem fixar o olhar em alguém em
especial) durante alguns segundos;
Evite toda a atividade que distraia o público, como ou balançar-se
para frente e para trás ou de lado;
Evite a todo custo manter as mãos atrás das costas, nos bolsos,
apoiadas sobre a mesa, ou braços cruzados etc.;
Apoiar-se jogando o peso do corpo totalmente sobre a perna
esquerda ou sobre a perna direita(caracteriza uma atitude incorreta, que retira toda a
elegância do posicionamento);
Abrir demasiadamente as pernas, como se fossem um compasso, forma uma figura
grotesca;
Normalmente as pernas deverão ficar afastadas a uma distância de aproximadamente
um palmo (cerca de 20 centímetros) é o que dará bom equilíbrio ao corpo e
promoverá uma postura elegante. Se uma das pernas estiver um pouco mais à frente, o
equilíbrio poderá ser maior;
As mulheres, principalmente quando estiverem usando saia ou vestido, poderão
colocar uma das pernas um pouco à frente da outra. É uma postura elegante, embora
deixá-las levemente afastadas também não seja errado.
7. SUPERANDO O MEDO
b) Controle seu nervosismo: evite atitudes como roer unhas, fumar descontroladamente, andar
de um lado para outro, pois isto somente fará aumentar sua tensão. Tente deixar seu corpo em
posição descontraída, solte os braços e as pernas, respire profundamente;
c) Tenha uma atitude correta: demonstre pela sua postura um comportamento seguro e
confiante, sorria olhando para todos e não hesite. A assembleia ficará atento quando ouvir alguém
que demonstra um atitude equilibrada. Com o tempo você se acostumará a comandar seu corpo e
agirá naturalmente, adquirindo e transmitindo segurança;
d) Desenvolva sua autoconfiança, pense positivamente. Predisponha sua mente para o
sucesso. Ficar pensando nos erros que poderá cometer irá deixa-lo mais inseguro;
e) Não adquira vícios, pois mexer nas folhas do Lecionário, fitas, fio do microfone, não
poderá lhe oferecer segurança. Acostume-se a não colocar os cotovelos sobre o ambão, não apoiar-se
ora numa perna ora em outra. Enfrente o medo sem artifícios para controlá-
lo mais rapidamente, sem fugas. Descarregue o excesso de tensão
apertando as mãos, alongando o corpo e soltando os braços. Faça isso
somente uma ou duas vezes e sem ser visto pelo público;
f) respiração: o nervosismo deixa a voz enroscada na garganta e as
palavras saem com dificuldade. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável
para quem ouve, não vai resolver seu problema. Se este desequilíbrio,
ocorrer, mantenha a tranquilidade, respire profundamente. Antes da Missa, faça exercícios para soltar
as cordas vocais e a mandíbula;
g) A prática lhe dará segurança: com o tempo a insegurança tende a passar.
1. OS “COMENTÁRIOS” OU MONIÇÕES
Uma parte da Santa Missa a que estamos bastante habituados são as monições, chamadas
erroneamente de “comentários”.
Na celebração litúrgica, monições são como “introduções”, as quais prestam o serviço de
“iniciar”, despertar, dispor a assembleia para a escuta atenta da Palavra. Para usarmos um termo dos
Meios de Comunicação Social, estas “introduções” poderiam ser comparadas às “chamadas” que
anunciam e preparam a assembleia para a escuta do Senhor.
Os “comentários” não têm a finalidade de dar informações catequéticas ou moralistas, mas
devem ser mistagógicos, isto é, conduzir a assembleia à plena participação da ação litúrgica. Devem
ser convites de cunho espiritual, sempre discretos, orantes, a serviço do diálogo entre Deus e seu
povo reunido, portanto, sem interrupção do fluxo do rito. Vale lembrar um dos princípios na ação
litúrgica: “que as nossas palavras na Liturgia não neguem a Palavra, mas a sirvam”.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia (CEPL) da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), em julho de 2007, fez o seguinte pedido: “Pedimos não mais usar a palavra
“comentarista” ou “comentário” em nossos folhetos, visto que não é este o espírito das monições
apresentadas. Muitos usam a palavra “animador” que, mesmo não sendo a ideal, é a que mais se
aproxima da função litúrgica exercida por esta pessoa”1.
O ANIMADOR DA CELEBRAÇÃO
Segundo o Missal Romano, essa é uma função que cabe por excelência ao sacerdote
presidente da celebração, mas que pode ser delegada a um leigo. São previstas monições ou
admoestações para:
Antes da procissão de entrada; caso o sacerdote as faça, serão após a saudação inicial
e antes do Ato penitencial: essa monição tem o objetivo de introduzir os fiéis na missa
do dia;
Antes da Proclamação das Leituras, na Liturgia da Palavra: essa monição deve ser
uma breve introdução à Palavra a ser proclamada, se possível abarcando o espírito
comum da mensagem transmitida nas Leituras e no Evangelho. Não se pode fazer
uma monição para cada leitura, pois isso quebra o ritmo da celebração, e já há um
momento específico para explicação da Palavra, que é a homilia;
Antes da Oração Eucarística: contudo, é reservada somente ao sacerdote;
Antes da despedida do povo, como encerramento da celebração, mas reserva-se
somente ao sacerdote.
1
Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia aos redatores dos “folhetos litúrgicos” a respeito das
monições (comentários) antes da Liturgia da Palavra.
2
Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia aos redatores dos “folhetos litúrgicos” a respeito das
monições (comentários) antes da Liturgia da Palavra.
meditar a leitura em casa, durante a semana para ser verdadeiro ministro da Palavra. Ele deverá
aprender a “sumir” diante de Cristo a quem empresta sua voz e seu jeito de comunicar.
Quem as proclama deve ao menos dar uma olhada no Lecionário e ai estudá-las. Por ser um
livro litúrgico, ao qual se deve verdadeiro respeito, e também pelo seu preço elevado, a Igreja tem
verdadeiro cuidado em sua conservação. Mas é sempre possível consultá-lo com antecedência na
sacristia paroquial ou mesmo através de outros subsídios litúrgicos, como os jornaizinhos ou folhetos
litúrgicos, missais para o povo, semanários ou revistas litúrgicas (como a Liturgia Diária e a Deus
Conosco), ou mesmo na internet, onde há vários sites disponibilizando o conteúdo diário das leituras
da Santa Missa, inclusive com comentários, como http://www.catolicanet.com/?system=liturgia,
http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/, http://www.mundocatolico.org.br/leitura.html,
http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php (este site possui também um breve
comentário a cada leitura e um resumo breve da vida do santo celebrado em cada dia), e muitos
outros. Há ainda Bíblias que trazem no final o elenco das leituras da Santa Missa, mas normalmente
o texto é um pouco diferente do texto litúrgico. Mas, sempre que se recorre a qualquer um desses
subsídios, é importante ler ao menos algumas vezes no Lecionário, pois pode haver algum erro em
algumas dessas edições, e o leitor pode ser surpreendido no ambão. Também se deve estar atento que
em determinadas situações poderão haver leituras mais apropriadas às circunstâncias.
3. SALMOS
O salmo, na missa, faz parte integrante da liturgia da palavra, não podendo por isso ser
omitido. É prolongamento da palavra bíblica, em sentido lírico-meditativo, tendo portanto o mesmo
valor da palavra de Deus. É também canto de repouso e de meditação.
Na liturgia, o salmo tem os nomes de "Salmo Responsorial", de "Salmo", simplesmente, e
também de "Cântico Bíblico". Este último porque também podem aparecer cânticos bíblicos que não
são tirados do livro dos Salmos, como é o caso do cântico de Moisés (Ex 15) e do cântico de Isaías
(Is 12), usados na Vigília Pascal do Sábado Santo, por exemplo.
É palavra de Deus: após a primeira leitura proclama-se o salmo. Cuidadosamente escolhido
ele tem relação direta com a primeira leitura.
Lugar de destaque: É palavra de Deus, por isso proclame-se da mesa da palavra,
preferencialmente do lecionário.
Forma mais comum: início do canto com o refrão, pelo salmista, sendo
repetido por toda a assembleia. Após cada estrofe, feito pelo salmista, volta-se
ao refrão com o povo. Por isso o nome Responsorial, ou seja, dialogal. Evite-
se falar no meio das estrofes: “refrão”, “todos”. (Já participei de uma missa na
qual o salmista gritava para a assembleia: “Força! Todos juntos, vamos lá!”)
Silêncio: Observe-se um pequeno silêncio entre a primeira leitura e o
salmo, cujo caráter é de interiorização.
Melodias: O refrão dos salmos apresenta ricas melodias, procurando traduzir o espírito da
letra. De preferência, o salmo deve ser preparado com antecedência pela equipe de canto e cantado
do ambão. Quando isso não for possível, um leitor o proclame.
4. PRECES
“Na oração dos fiéis ou oração universal, a assembleia dos fiéis, iluminada pela graça de
Deus, à qual de certo modo responde, pede normalmente pelas necessidades da Igreja universal e da
comunidade local, pela salvação do mundo, pelos que se encontram em qualquer necessidade e por
grupos determinados de pessoas” (IGMR 30).
O povo de Deus pede a Deus a graça de poder realizar a sua vontade e pede
por todos para que também possam realizar esta palavra e assim encontrar o sentido
para suas vidas. Pede pela Igreja, para que esta tenha coragem de continuar
proclamando esta palavra. Pede por aqueles que sofrem e pelas autoridades locais,
para que concretizem o Reino de Deus entre nós. Finalmente faz
seus pedidos pela comunidade local.
As orações da comunidade ou salmo reservam-se ao diácono, mas também
podem ser feitas por leigos.
A Oração Universal podem ser feitas do ambão ou de outro lugar
apropriado. Porém, deve-se ter sempre em vista que as preces são também uma
expressão da Palavra proclamada, a Palavra feita oração, e o local mais conveniente para isso seria o
ambão.
As preces devem ser pronunciadas também em tom de oração de petição (súplica, ação de
graças etc.) e não somente como leitura de uma prosa.
O texto deve ser preparado com antecedência ou retirado de algum subsídio litúrgico
(jornaizinhos, folhetos, semanários e outros), verificando se é condizente com a celebração em si e
com o contexto em que se vive.
CONCLUSÃO