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Serviço Diocesano da Catequese

Leiria-Fátima
ESCOLA DIOCESANA DE CATEQUISTAS: 2010-2011
Curso Geral – PSICOLOGIA EVOLUTIVA- INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tema 2: Bases Fisiológicas da Psicologia

“O sistema nervoso é a parte mais complexa e sofisticada do


organismo, pois permite-nos desenvolver as funções intelectuais.”

Introdução: O sistema nervoso é formado por um conjunto de estruturas que


devido à sua relação anatómica e funcional, forma uma espécie de rede que
o liga a todas as partes do corpo; dai todas as acções do organismo, quer as
inconscientes e automáticas, como as conscientes e voluntárias, são
controladas pelo sistema nervoso, onde também é desenvolvida a
actividade intelectual própria do ser humano.
O sistema nervoso é um sistema de comunicação muito complexo, capaz de
enviar e receber, em simultâneo, um grande volume de informações. No
entanto, é sensível a doenças e a lesões. Por exemplo, a degeneração dos
neurónios dá origem à doença de Alzheimer ou à doença de Parkinson; as
bactérias ou vírus podem infectar o encéfalo, a medula espinal ou os seus
revestimentos, provocando encefalites, mielites ou meningites; a obstrução
da irrigação sanguínea do cérebro dá origem a um acidente vascular
cerebral e os traumatismos ou tumores lesionam a estrutura encefálica ou
medular.

1. Componentes do tecido nervoso

O sistema nervoso é formado por uma intensa rede de células


especializadas que controlam todas as actividades do organismo e
permitem o nosso relacionamento com o mundo exterior, sendo também
responsáveis pelas funções intelectuais.
O sistema nervoso engloba vários elementos: por um lado, é constituído
pelo conjunto de órgãos presentes no crânio (encéfalo) e na coluna
vertebral (medula espinal); por outro lado, pelos inúmeros nervos que
percorrem todo o organismo, e que chegam a todos os órgãos do corpo.
Embora cada um destes elementos tenha uma estrutura e funções
específicas, todos eles, ligados de uma maneira muito particular, são
constituídos pelo mesmo tecido, essencialmente formado por células
especializadas, encarregues de gerar e transmitir os impulsos nervosos – os
denominados neurónios – e por um conjunto de células que lhe
proporcionam sustentação, nutrição e protecção a neuróglia.
Os neurónios também conhecidos por “células nervosas”, são elementos
fundamentais do sistema nervoso, pois como mantêm relações e ligações
muito complexas, encarregam-se de funções tão distintas como a criação
dos impulsos que nos permitem controlar os movimentos do corpo, a
captação dos estímulos provenientes do exterior que nos informam sobre o
que nos rodeia, o processamento de toda a informação de que dispomos e a
elaboração das funções intelectuais.

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Embora existam milhares de neurónios de vários tipos, formas e tamanhos
no organismo, todos eles apresentam a mesma estrutura. Todos os
neurónios são compostos por um corpo celular de onde nascem os diversos
prolongamentos, que permitem a ligação da célula a outros neurónios ou
tecidos, como as glândulas os músculos, controlados pelo sistema nervoso.
O corpo celular por apresentar várias formas (triangular, poligonal, ovóide,
fusiforme). O corpo celular é o ponto de partida para dois tipos de
prolongamentos encarregues de receber e transmitir impulsos desde e para
outras células adjacentes: as dendrites e o axónio.
As dendrites são prolongamentos curtos com várias ramificações, através
das quais os estímulos provenientes de outras células nervosas são
transmitidos ao neurónio. O seu número pode ser variável. O axónio é um
prolongamento único, presentes em todos os neurónios, através do qual o
impulso nervoso é transmitido às outras células nervosas ou a outros
tecidos. Embora todos os neurónios apresentem um diâmetro semelhante, o
seu comprimento pode variar: em alguns casos, pode ter alguns milímetros,
e noutros medir vários centímetros ou mais de um metro como acontece
com os axónios que compõem os nervos que chegam às zonas mais distais
do corpo. A parte final do axónio é de tal forma ramificada que o neurónio
está ligado a cada um dos elementos adjacentes.
O axónio encontra-se, na grande maioria dos neurónios, revestido por uma
série de camadas concêntricas, constituídas por uma substância gordurosa
esbranquiçada com propriedades isoladoras, denominada bainha de
mielina. Esta bainha de mielina é muito importante para a transmissão dos
impulsos nervosos.
Os neurónios comunicam entre si por impulsos nervosos.

2. Transmissão do Impulso Nervoso

O neurónio é uma célula com a peculiar capacidade de gerar ou receber


sinais de outros neurónios, transmitidos através de um complexo
mecanismo físico-químico sob a forma de impulsos nervosos. A ocorrência
destes estímulos favorece a produção de determinadas alterações
bioquímicas no neurónio, capazes de desencadear um sinal eléctrico que
percorre toda a célula ao longo do axónio, prolongamento que actua como
se fosse um “cabo”, até estabelecer a comunicação com os neurónios
adjacentes, na extremidade do axónio.
No fundo o processo é o seguinte: uma ordem elaborada no cortéx cerebral
vai passando sucessivamente através de diversos neurónios até chegar a
um músculo do pé e provocar a sua contracção ou através de um estímulo
táctil aplicado sobre a pele de um dedo do pé que percorre o sentido
inverso até chegar ao cérebro e converter-se numa sensação.
Todos os neurónios apresentam uma carga eléctrica diferente do interior
para o exterior da membrana celular, sendo essa diferença determinada
pela diferente concentração de iões, ou seja, partículas com carga eléctrica
positiva ou negativa. Em condições de repouso, o exterior da membrana
celular apresenta uma carga eléctrica positiva, enquanto a do interior é
negativa – a diferença, denominada potencial de membrana, é de 60 a 70

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µv. Esta diferença é assegurada por um mecanismo bioquímico denominado
“bomba de sódio”.
O impulso nervoso é desencadeado por um qualquer factor que provoque
um brusco aumento da permeabilidade da membrana celular ao sódio, pois
a entrada de partículas deste leva a um aumento de carga positiva no
interior da célula, o que vai progressivamente invertendo a diferença de
potencial, num processo denominado despolarização. Ao atingir um
determinado ponto, casa haja estímulo suficiente, ou seja, caso se produza
uma inversão de cerca de 50 a 150 µv na carga eléctrica, desencadeia-se
um potencial de acção, em que a corrente se propaga por toda a célula até
à extremidade do axónio. Para alcançar novamente o estado eléctrico de
repouso, altera imediatamente a permeabilidade da membrana de potássio,
através de uma “bomba” que estimula a saída de iões K+ da célula e
também de sódio, que não consegue penetrar no seu interior. Graças a este
processo, denominado repolarização, consegue alcançar a situação de
repouso, na qual o neurónio deixa de gerar ou receber um novo impulso,
durante determinado período de tempo, denominado período refractário,
pelo que a realização de um novo potencial de acção apenas é possível
após o fim deste período.
Cada estímulo nervoso gerado no neurónio, devido a alterações metabólicas
espontâneas produzidas no interior da célula por mecanismos ainda pouco
claros ou como resposta a um determinado estímulo sobre a superfície
(eléctrico, táctil, térmico, etc.), percorre o axónio sob a forma de sinal
eléctrico até chegar à extremidade da fibra nervosa, onde o impulso é
transmitido a outros neurónios adjacentes, mas não por contacto directo,
mas através de uma ligação especial denominada sinapse.
Substância cinzenta e substância branca
Os órgãos do sistema nervoso central apresentam zonas compostas
basicamente por neurónios, designadas “substância cinzenta”, por essa ser
a cor predominante dos neurónios, e outras compostas essencialmente por
fibras nervosas correspondentes aos prolongamentos das células – os
axónios. A acumulação de fibras nervosas constitui a denominada
“substância branca”, já que cada uma delas se encontra rodeada por uma
bainha de mielina de cor branca.

3. Constituição do Sistema Nervoso

O sistema nervoso é constituído por dois sistemas distintos:


Sistema Nervoso Central: formado pelo encéfalo e medula espinal

Sistema Nervoso Periférico: formado pelos nervos localizados


fora do encéfalo e da medula espinal.
a) Sistema Nervoso Central

i) Encéfalo: O encéfalo é formado por diversas estruturas:


Cérebro, Tronco Cerebral e Cerebelo.

Tronco Cerebral

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O tronco cerebral liga o cérebro à medula espinal. Um sistema de células
nervosas e de fibras (denominado sistema reticular activador), localizado
nas zonas profundas da parte superior do tronco cerebral, controla os níveis
de consciência e de alerta. Este também regula, automaticamente, algumas
funções do organismo, como a respiração, a deglutição, o controlo da
pressão arterial e a frequência cardíaca. Para além disso, contibui para o
ajuste da postura.
Se ocorrer uma lesão grave no tronco cerebral, perde-se a consciência e
todas estas actividades automáticas deixam de funcionar, dando origem à
morte.

Cerebelo

O cerebelo situa-se por baixo do cérebro e por cima do tronco cerebral,


coordena os movimentos corporais. Com a informação relativa à posição
dos membros enviada pelo córtex cerebral e pelos gânglios basais, o
cerebelo ajuda os membros a moverem-se com maior suavidade e precisão,
ao ajustar de forma constante a tensão muscular e a postura. O cerebelo
interage com zonas do tronco cerebral, denominadas núcleos vestibulares
que estão ligados aos órgãos do equilíbrio do ouvido interno. O conjunto
destas estruturas proporciona o sentido de equilíbrio. O cerebelo também
armazena recordações de movimentos já efectuados, permitindo executar
movimentos coordenados, como a pirueta de ballet, com rapidez e
equilíbrio.

Cérebro

O cérebro é composto por massas de tecido, densamente agrupadas, que


formam circunvoluções. A camada externa é o cortéx cerebral contém a
maior parte dos neurónios do sistema nervoso.
O cérebro divide-se em duas partes: os hemisférios cerebrais direito e
esquerdo, ligados entre si por um conjunto de fibras nervosas, conhecido
como o corpo caloso. Por sua vez, cada hemisfério divide-se em quatro
lobos: o frontal, o pareital, o occipital e o temporal.

Lobos Frontais

Os lobos frontais iniciam numerosas acções voluntárias, desde observar um


objecto de interesse, a atravessar uma rua ou descontrair a bexiga para
urinar. Controlam as actividades motoras aprendidas como, por exemplo,
escrever, tocar um instrumento musical e atar os sapatos ou ainda
processos intelectuais complexos como a linguagem, o pensamento, a
concentração, a capacidade para resolver problemas e a planificação do
futuro. Controlam, da mesma forma, as expressões faciais e os gestos das
mãos e dos braços, coordenando as expressões e outros gestos variáveis,
como o humor e os sentimentos. Determinadas áreas dos lobos frontais
controlam movimentos específicos, sobretudo da parte contralateral do

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corpo. Na maioria das pessoas, o lobo frontal esquerdo controla a maior
parte das funções da linguagem.

Lobos Parietais

Os lobos parietais interpretam a informação sensorial do resto do corpo e


controlam o movimento corporal. Combinam as impressões relativas à
forma, à textura e ao peso e convertem-nas em percepções gerais. Estes
lobos influenciam as capacidades para as matemáticas e para a linguagem,
que são controladas, mais especificamente por zonas adjacentes nos lobos
temporais. Os lobos parietais armazenam a memória espacial, que permite
à pessoa orientar-se no espaço (saber onde está) e manter o sentido de
orientação (saber para onde vai). Também processam a informação que
ajuda a pessoa a perceber a posição das várias partes do seu corpo.

Lobos occipitais

Os lobos occipitais processam e interpretam a visão, permitem a formação


de recordações visuais e fazem com que as percepções visuais se integrem
com a informação espacial, fornecida pelos lobos parietais adjacentes.

Lobos temporais

Os lobos temporais controlam a memória e as emoções. Processam os


acontecimentos imediatos na memória recente e armazenam e recuperam
memórias antigas na memória de longo prazo. Também interpretam sons e
imagens, permitindo reconhecer outras pessoas e objectos, integrando a
audição e a linguagem.

Outras estruturas

Gânglios Basais: colaboram na coordenação dos movimentos.


Tálamo: organiza as mensagens sensoriais de e para as camadas
superiores do cérebro, proporcionando uma consciência geral das
sensações como a dor, o tacto e a temperatura.
Hipotálamo: coordena algumas das actividades mais automáticas
do organismo (por exemplo coordena os estados de sono e de vigília,
controla o apetite e regula o balanço hídrico e a temperatura corporal.
Sistema Límbico: liga o hipotálamo a outras zonas dos lobos
frontais e temporais. Controla a experiência e a expressão das emoções ,
bem como as funções automáticas do corpo. Ao produzir emoções, como o
medo, a raiva, o prazer e a tristeza, contribui para que a pessoa se
comporte de forma adequada, para comunicar e resistir perante problemas
físicos e psicológicos. Graças a esta estrutura as recordações com carga
emocional são mais fáceis de recordar que outras.
Hipocampo: também contribui para a formação e recuperação de
recordações.

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a) Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é formado pelos nervos que nascem no


encéfalo e na medula espinal, encarregues da recolha dos estímulos
provenientes do exterior e do próprio organismo e do transporte das ordens
que regem o funcionamento de todo o corpo.

i) Sistema Nervoso Autónomo

O sistema nervoso autónomo é formado por várias estruturas que controlam


de maneira inconsciente as múltiplas funções do corpo, como os processos
digestivos, as secreções glandulares, a respiração, a actividade
cardiovascular, a temperatura corporal, etc..
É possível distinguir, no sistema nervoso autónomo, dois subsistemas muito
diferentes, com efeitos antagónicos e que, graças a um especial equilíbrio,
proporcionam a rápida adaptação do organismo às múltiplas situações com
que nos deparamos no quotidiano: o sistema nervoso simpático e o sistema
nervoso parassimpático.

Sistema nervoso simpático

O sistema nervoso simpático tem origem nas regiões dorsal e lombar da


medula espinal, apesar de ser controlada por estruturas pertencentes ao
encéfalo. É activado em situações de alerta de forma a preparar o
organismo para enfrentar imediatamente qualquer emergência: para a
acção ou para a fuga.

Sistema nervoso parassimpático

Esta parte do sistema nervoso autónomo provém do encéfalo,


nomeadamente de vários núcleos situados no tronco cerebral e na região
sagrada da medula espinal. Tem acção predominante nos momentos de
relaxamento e tranquilidade.

Efeitos do envelhecimento

A função do encéfalo não é a mesma ao longo de toda a vida. Na infância, a


capacidade para pensar e raciocinar aumenta de forma constante,
permitindo que a criança aprenda coisas cada vez mais complexas. Durante
a maior parte da vida adulta, a função do encéfalo, é relativamente estável.
Depois de uma determinada idade, que varia consoante a pessoa, a função
encefálica diminui. Distintos aspectos da função encefálica modificam-se em
ocasiões diferentes. A memória a curto prazo e a capacidade de aprender
coisas novas ficam afectadas de forma relativamente precoce. As
capacidades verbais, incluindo o vocabulário e a utilização de palavras,
começam a diminuir, aproximadamente aos 70 anos de idade. O
rendimento intelectual, isto é, a capacidade de processar informação
(independentemente da velocidade com que se faça), mantém-se até cerca

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dos 80 anos, sempre que não surjam problemas neurológicos. O tempo de
reacção e de rendimento pode ser mais demorado, pois o encéfalo processa
os impulsos com maior lentidão. No entanto, é difícil distinguir os efeitos da
função cerebral sobre a função cerebral de outras perturbações frequentes
em pessoas adultas, como, por exemplo, depressões, acidentes vasculares
cerebrais, a existência de uma glândula tiróide hipoactiva (hipotiroidismo) e
as perturbações degenerativas como a doença de Alzheimer.
Com o envelhecimento, o número de neurónios do encéfalo tende a
diminuir, ainda que a perda varie muito em cada caso, dependendo do
estado de saúde da pessoa. À medida que o número de neurónios diminui,
formam-se diferentes ligações entre as células nervosas que persistem e
essas ligações podem ajudar a compensar a perda destas células. Além
disso, o encéfalo tem mais neurónios do que os que necessita para
funcionar com normalidade.
Em determinadas áreas do encéfalo, podem formar-se novas células
nervosas, mesmo durante a idade avançada.
À medida que se envelhece, a irrigação sanguínea do encéfalo diminui,
numa média de20%. Nas pessoas com aterosclerose com afectação das
artérias do encéfalo (doença vascular cerebral), a diminuição do fluxo
sanguíneo é maior, o que pode estar associado ao vício de fumar, aos altos
níveis de colesterol, à diabetes ou à hipertensão arterial. A redução do fluxo
sanguíneo, resultante destas doenças, pode provocar a perda prematura
das células nervosas do encéfalo e, por esse motivo, a função encefálica
destas pessoas diminuirá de forma prematura.

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