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SENAI – HORTOTEC / CA

CURSO APREND. INDUSTRIAL - MECÂNICA DE AUTOMÓVEIS

TRABALHO AVALIATIVO – SUSPENÇÃO E DIREÇÃO

SISTEMAS DE DIREÇÃO

Manoela Tarcila Martins Rosa


II

BELO HORIZONTE

2010
III

INTRODUÇÃO
Para condução de um veículo faz-se necessário o uso do volante para
alteração de trajetória durante um percurso, onde as rodas dianteiras se movem
para a direção pretendida e as rodas traseiras seguem o trajeto das mesmas. Caso
o volante fosse diretamente ligado às rodas, o condutor não teria força suficiente
para comandá-las ou até mesmo manter a estabilidade da direção. Para uma
direção mais segura que exige menor esforço e oferece maior conforto ao condutor,
é utilizado o sistema de direção que pode ter acionamento mecânico ou servo-
assistido (direção hidráulica, eletro-hidráulica e elétrica).
O objetivo do sistema de direção é transmitir o movimento do volante através
de um conjunto de peças articuladas para as rodas e possibilitar o alinhamento
destas com o veículo após descreverem uma curva, garantindo a dirigibilidade do
automóvel. O sistema trabalha também em conjunto com a suspensão, de modo a
não transmitir ao condutor os efeitos da irregularidade da pista, embora lhe
proporcione certa sensibilidade a estes efeitos. O conjunto que o constitui compõe-
se basicamente de volante, coluna de direção, árvore de direção, caixa de direção,
barras de direção e braços de direção.

Figura 1. Sistema de direção e


suspensão completo
O comando de direção dado pelo do volante é transmitido para caixa de
direção através árvore de direção, que é uma haste cilíndrica de aço ou um conjunto
de hastes menores articuladas entre si. A coluna de direção aloja a árvore de
direção e a apóia, podendo ser constituída de modo a ceder ou deformar em caso
de colisão frontal, evitando assim que o condutor seja prensado contra o banco pelo
volante. A caixa de direção é uma carcaça metálica, contendo um conjunto de peças
responsáveis por transformar o movimento de rotação do volante em movimento de
translação, transferindo-o para as rodas através dos braços e barras de direção, que
constituem as articulações da direção.
Serão aqui apresentados os sistemas de direção existentes no mercado
automotivo atualmente. Tem-se como objetivo a descrição do seu funcionamento e
de seus componentes, visando a compreensão do sistema como um todo e da sua
atuação diante da necessidade direcional identificada pelo condutor.

DIREÇÃO MECÂNICA
No funcionamento da direção mecânica a caixa de direção atua como redutor
direto dos esforços efetuados no volante, auxiliando o condutor a dirigir as rodas
sem empregar demasiado esforço. Mas por se tratar de um sistema totalmente
mecânico, quando comparado aos demais sistemas de direção existentes ele
acarreta um esforço maior e possui uma relação de transmissão mais alta. A relação
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de transmissão é a relação entre o giro do volante (em graus) e a angulação


projetada pelas rodas. Por exemplo, se o giro completo do volante (360°) resultar no
esterçamento (ângulo de deslizamento projetado pela roda) de 20°, esta relação
será de 18:1 (360°:20°). Portanto a relação de transmissão esta diretamente
relacionada ao esforço que será exercido pelo condutor.
Na direção mecânica são empregados basicamente três tipos de caixa de
direção: com setor e rosca sem fim, com rosca sem fim e esferas recirculantes e
com pinhão e cremalheira.

Figura 2. Direção com setor e rosca sem fim (esq.) Figura 3. Direção com
pinhão e cremalheira (dir.)

Figura 4. Caixa de direção rosca sem fim e esferas recirculantes

A caixa de direção com setor e rosca sem-fim é composta por um eixo de


entrada, onde o volante é acoplado, que possui uma rosca sem-fim que fica
engrenada no setor de direção (rolete) que pertence ao eixo de saída (conforme
figura 5). A rosca sem-fim tem diâmetro maior nas extremidades do que no centro
permitindo ao setor ajustagem em toda a sua movimentação e o setor pode
apresentar forma cônica ou dentada.
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Figura 5. Vista em corte de mecanismo rolete e


sem-fim
Com a rotação do volante a rosca sem-fim recebe este movimento e o
transmite para o setor ocasionando um deslocamento angular, a este está acoplado
um braço de direção (“Pitman”) que o acompanha. O braço de direção por sua vez
transmite este movimento para as mangas de eixo (ligadas às rodas) através dos
barramentos de direção acoplados a ele na sua extremidade.

Braço de acionamento (Pitman)

Figura 6. Caixa de direção com setor (rolete) e rosca sem fim

A caixa de direção com rosca sem-fim e esferas recirculantes tem o mesmo


princípio de funcionamento da citada anteriormente. Neste mecanismo o volante se
conecta através de uma haste com rosca sem-fim a um bloco de metal (cremalheira
de esferas) com furo rosqueado. Na parte externa do mesmo existem dentes de
engrenagem aos quais se acoplam no setor de engrenagem que movimenta o braço
de direção. O giro do volante é transmitido à rosca sem-fim que desloca a
cremalheira movimentando o braço de direção.

Figura 7. Esquema de funcionamento de direção mecânica

A rosca sem-fim não faz contato direto com a rosca da cremalheira, devido ao
alojamento de esferas em todos os filetes, que recirculam através da engrenagem
enquanto ela se movimenta. As esferas atuam na redução do atrito e do desgaste da
engrenagem e também reduzem a folga de engrenamento.
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Figura 8. Mecanismo de direção com sem-fim e esferas recirculantes

Na caixa de direção com pinhão e cremalheira a articulação que gira as rodas


é ligeiramente diferente das apresentadas anteriormente. Trata-se de um
mecanismo muito simples, com poucos componentes, o que representa menor
custo. Na extremidade da árvore de direção está montado um pinhão engrenado a
cremalheira, a rotação do volante resulta no mesmo movimento de rotação do
pinhão que é transformado em movimento de translação da cremalheira (haste linear
dentada).

Figura 9. Corte ilustrando o engrenamento pinhão e cremalheira

A cremalheira é a parte central da caixa de direção, tendo em cada


extremidade barras laterais bi articuladas (barras de direção) que promovem sua
união às mangas de eixo. O acionamento do volante gira o pinhão que obriga a
cremalheira a deslocar-se, comandando as barras de direção, assim o movimento
linear da cremalheira é transformado em movimentos angulares das rodas.

Figura 10. Ilustração do princípio de funcionamento do mecanismo


de pinhão e cremalheira

DIREÇÃO HIDRÁULICA
VII

A direção hidráulica deixou de ser um acessório de luxo e se tornou um


equipamento necessário e comum, reduzindo o esforço (projetado para auxiliar de
70% a 80% no esforço exercido pelo condutor) e proporcionando maior precisão
durante as manobras. Este sistema reduz consideravelmente o giro do volante
(relação de transmissão) e o tempo necessário para manobras tornando a direção
mais segura em situações críticas.
O HPS (Hydraulic Power Steering) é um sistema de direção servo-assistido
que conta com a assistência de fluído sobre pressão para auxiliar no deslocamento
dos componentes de direção ligados às rodas. O sistema é constituído basicamente
de mecanismo de direção, bomba hidráulica, reservatório de óleo e tubulações de
alta e baixa pressão onde circula o fluído.

Válvula de rotação

Figura 11. Ilustração do sistema hidráulico de direção

A bomba hidráulica é acionada pelo motor do veículo por meio de polia e


correia, como seu funcionamento é constante ocorre desperdício de potência que
representa maior consumo de combustível. O reservatório hidráulico pode ser
remoto ou acoplado a bomba, caso ele se encontre afastado da mesma, necessita
de mangueira (tubulação) de alimentação. As tubulações que compõe o sistema são
a de alimentação (quando se trata de reservatório remoto), a de pressão que conduz
o fluido pressurizado da bomba para o mecanismo de direção e a de retorno,
responsável pela condução do fluído do mecanismo para o reservatório.

Figura 12. Bomba hidráulica

O acionamento da bomba hidráulica ocorre quando o motor entra em


funcionamento, ela contém um conjunto de palhetas retráteis que giram no interior
de uma câmara oval. À medida que as palhetas se movimentam, elas aspiram o
fluido sob baixa pressão da linha de retorno e o forçam para a saída sob alta
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pressão, uma válvula de alívio de pressão assegura que a pressão do sistema não
se eleve em excesso.

Figura 13. Esquematização do funcionamento da bomba hidráulica

Como o sistema deve fornecer assitência somente quando houver força exercida
sobre o volante, ocorre um monitoramento por meio de um dispositivo chamado válvula
de rotação, acoplada a uma barra de torção que está conectada ao volante. Ela é a
responsável pela função de resposta das entradas geradas pelo condutor e saída nas
rodas, de forma que o esterçamento dependerá do torque aplicado no volante. Quando o
sistema está em repouso, o fluído passa através de dois orifícios de comunicação com o
mecanismo de direção aplicando pressão igual aos dois lados de um pistão contido num
cilindro ligado a este mecanismo. O giro do volante aciona a válvula de rotação que
provoca a abertura de um orifício e bloqueio do outro, assim a pessão será exercida em
apenas um dos lados do pistão, levando o mecanismo de direção a orientar as rodas na
direção desejada. A construção do sistema pode ser do tipo integral (esferas
recirculantes), pinhão e cremalheira e booster (cilindro auxiliar).

Figura 14. Sistema de direção em Figura 15. Acionamento do


repouso sistema de direção
Apesar de ser largamente utilizado, este sistema ainda apresenta algumas
ineficiências. A vazão fornecida pela bomba está diretamente ligada ao
funcionamento do motor, que faz com que a bomba libere mais ou menos fluído
conforme a sua rotação, este fluxo torna a direção mais rígida ou mais leve. Quando
o motor trabalha em rotações mais elevadas a bomba libera mais fluído do que o
necessário para o acionamento do sistema, tendo como conseqüência uma direção
mais mole à medida que o veículo ganha velocidade. Alguns veículos contam com a
direção hidráulica progressiva, um mecanismo que torna a direção mais rígida
proporcionalmente ao aumento da velocidade. Neste sistema eletrônico a centralina
recebe a informação da velocidade através de sensores e comanda a abertura ou
fechamento da válvula que controla a vazão do fluído pelo sistema, mantendo a
direção sempre estável e mais segura. Em caso de avaria do sistema o veículo
poderá ser conduzido mecanicamente, porém exigindo maior esforço, pois o
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mecanismo de direção hidráulico tem menor relação de redução que o mecânico e o


fluído do circuito oferece certa resistência à movimentação do volante.

DIREÇÃO ELETRO-HIDRÁULICA
O EHSP (Electric Hydraulic Power Steering) possui o mesmo princípio de
funcionamento do sistema de direção hidráulica convencional, a diferença está no
acionamento da bomba hidráulica que é realizado por meio de um motor elétrico de
corrente contínua, controlado eletronicamente. O sistema de direção eletro-
hidráulica visa minimizar o consumo de energia do veículo e proporcionar uma
melhor dirigibilidade ao condutor e possui 1. Velocímetro eletrônico do sistema

2. Unidade eletrônica de controle (ECU)

3. Transdutor eletro-hidráulico

4. Mecanismo de direção eletro-assistido

5. Bomba da direção

6. Reservatório

7. Mangueira expansível anti-vibração

8. Coluna de direção ajustável


manualmente

uma independência funcional por não estar acoplada ao motor.


Figura 16. Sistema de direção eletro-hidráulico

O sistema inicia a sua operação após receber da ECU um sinal de ignição e


um sinal do alternador do veículo. O controle é feito por velocidade e consumo da
corrente elétrica, em resposta ao torque aplicado no volante que provoca o
fechamento do conjunto pinhão e válvula rotativa do mecanismo. Esta ação causa
um aumento no torque do eixo da bomba hidráulica que é movida pelo motor
elétrico. A redução dos esforços é obtida por meio do direcionamento do fluxo na
válvula rotativa, sempre para o lado oposto ao movimento da cremalheira.
Algumas das vantagens apresentadas pelo sistema são o baixo consumo de
potência do motor e a facilidade da partida do motor, pela possibilidade de manter a
bomba hidráulica desligada durante este período. A classificação deste sistema
também é dada como progressiva.

DIREÇÃO ELÉTRICA
O EPS (Electric Power Steering) é um sistema totalmente elétrico
(independente do motor) que apresenta melhor eficiência na utilização do espaço do
compartimento do motor, maior flexibilidade de projeto e maior economia de
combustível, graças à redução das perdas de potência do motor. Este sistema
elimina a utilização de bombas e mangueiras e é considerado dentre os sistemas de
direção, o que apresenta operação menos danosa ao meio ambiente (devido à
inexistência de fluído hidráulico).

Volante de direção
X

Coluna de direção

Motor elétrico

Caixa de direção

Este sistema pode ser17.subdividido


Figura em 3 famílias: a da coluna de direção
Ilustração do EPS
elétrica (Column Drive), a da cremalheira elétrica (Rack Drive) e a do pinhão elétrico
(Pinion Drive). Ele é composto por um atuador elétrico formado por um motor elétrico
acoplado ao sem-fim engrenado a uma cora solidária ao eixo da coluna de direção.
São aplicados sensores visando medir o torque e posição da coluna, como também
sensores para medir as condições internas do sistema. A unidade de controle
eletrônico (ECU) tem a função de processar os sinais dos sensores, calcular a
assistência de acordo com os sinais dos sensores e o status do veículo e controlar o
motor.

Figura 18. Sistema de direção Column Drive (esq.), Rack Drive (ao centro) e Pinion Drive (dir.)

Os sensores detectam o movimento e a força aplicada à coluna de direção e enviam


estes dados à ECU. Esta aciona um motor elétrico, que aplica a potência necessária para
tornar o volante mais leve ou mais rígido de acordo com as condições de condução. Nos
sistemas progressivos, a atuação varia de acordo com a velocidade do veículo. Em
manobras de estacionamento, por exemplo, o motor elétrico atua mais intensamente, já
quando o automóvel trafega em velocidades mais elevadas o motor fornece menor
assistência.

A ampliação do conceito de energia limpa e a tendência de que no futuro os


veículos serão movidos a energia elétrica, deram margem ao desenvolvimento deste
sistema. Mas já existem protótipos de um novo sistema que não utilizaria ligação
mecânica entre o volante e as rodas conhecido como Steering by Wire - direção por
fios.
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Figura 19. Ilustração de protótipo equipado com Steering by Ware

CONCLUSÃO
Os sistemas de direção existentes se diferem em um ponto comum a todos: o
funcionamento do mecanismo de direção. Os componentes que acionam as rodas
após receberem o comando destes têm o mesmo esquema de funcionamento, e
estes mecanismos sempre a mesma finalidade, que é o auxilio na condução e
direção de um veículo. Seja por auxílio mecânico, hidráulico ou elétrico, se faz
necessário que um sistema de direção promova a dirigibilidade e estabilidade na
direção. A evolução do sistema de direção ocorreu não só para proporcionar maior
conforto ao condutor, o propósito é se obter um sistema cada vez mais eficaz e
seguro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] A Bíblia do Carro_COSTA, Paulo G. (pág. 197 a 207)

[2] Apostila SENAI-MG _ Mecânica automobilística I e II – Suspensão e direção (pág. 37 a 45, pág. 80)

[3] http://coysdenver.com/images/service/steering.jpg

[4] http://dhldirecoes.com.br/SERVICOSDIRECAO.htm

[5] http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL1012160-9658,00.html

[6] http://odia.terra.com.br/portal/automania/acessorios/html/2010/8/a_direcao_na_eletricidade_102538.html

[7] http://pt.wikipedia.org/wiki/EPHS

[8] http://www.automotiva-poliusp.org.br/mest/banc/pdf/fernandes_marcelo.pdf

[9] http://www.bombasingetoras.com.br/direcao-hidraulica/

[10] http://www.cdtm.com.br/artigostecnicos_v.asp?Contador=49

[11] http://www.dana.com.br/Automotivo/SolucoesChassis/AcionamentosInteligentesSistemasDirecao.asp

[12] http://www.folhaderondonia.com.br/noticias/noticia.php?ID=3097
XII

[13] http://www.infomotor.com.br/site/category/sistema-de-direcao/

[14] http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/artigos/51-automotivos/108-a-evolucao-da-direcao.html

[15] http://www.nitroz.com.br/noticias/carros-da-nissan-terao-direcao-eletro-hidraulica-e-freios-inteligentes/

[16] http://www.r19club.com/How-to/comofunciona_direcao.php

[17] http://www.scribd.com/doc/9115606/CURSO-DHB

[18] http://www.sincopecas.org.br/materias/?COD=1077

[19] http://www.trw.com.br/treinamento/apostilas/Sistemas_Hidraulicos_Direcao.pdf

[20] http://www.tuning4girls.com.br/site/modules/xt_conteudo/index.php?id=37

[21] http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/Colunista6_Conteudo.vxlpub?hnid=36789

[22] http://www.zf.com/media/media/img_1/brands_1/zf_parts/products_zf_parts/steering_gear_zf_parts/zf_serv
otronic/ZF_Servotronic_2.jpg

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