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Santos/Novembro 2010
Clovis Rasteli Júnior
Evaldo Rocha
Fábio Rodrigo de Azevedo
Flávia Ludimila Farias Molina
Luiz Fernando Amorim
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Examinador (a)
_________________________________________________________________
Examinador (a)
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Presidente
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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
Histórico...........................................................................................................................6
1.4.3 Ecossistemas....................................................................................................24
OBJETIVO........................................................................................................................27
LICENCIAMENTO AMBIENTAL.......................................................................................28
4. CONCLUSÕES............................................................................................................51
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................52
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INTRODUÇÃO
A legislação ambiental está cada vez mais introduzida no nosso dia a dia,
e a necessidade de melhorar a qualidade do meio ambiente está
proporcionalmente interligada com a qualidade da saúde. Porém deixar de
desenvolver a economia de uma região, ou até mesmo de um país, não faz parte
da nossa realidade, por isso a ferramenta que é o licenciamento ambiental age
como uma balança, onde todos os efeitos colaterais de um novo empreendimento
são devidamente aferidos, e então através desse sistema podemos redimir
nossas ações e se necessário até compensá-las.
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Histórico
Art. 2º
Enunciar uma política nacional que incentive uma produtiva e agradável
harmonia entre o homem e o meio ambiente; promova esforços que
evitem ou eliminem danos ao meio e à biosfera; bem como estimule a
saúde e o bem-estar do homem; ampliar a compreensão dos sistemas
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Art. 1º
As florestas existentes no território nacional e as demais formas de
vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens
de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os
direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e
especialmente esta Lei estabelecem.
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Art. 1º
Na execução da Política Nacional do Meio Ambiente cumpre ao Poder
Público, nos seus diferentes níveis de governo:
I - manter a fiscalização permanente dos recursos ambientais, visando à
compatibilização do desenvolvimento econômico com a proteção do
meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - proteger as áreas representativas de ecossistemas mediante a
implantação de unidades de conservação e preservação ecológica;
III - manter, através de órgãos especializados da Administração Pública,
o controle permanente das atividades potencial ou efetivamente
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Art. 3º
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), constituído pelos
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e pelas fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, tem a
seguinte estrutura:
I - Órgão Superior: o Conselho de Governo;
II - Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA);
III - Órgão Central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República (SEMAM/PR);
V - Órgãos Executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes (Redação dada
pelo Decreto nº 6.792, de 10 de Março de 2009);
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Art. 225°
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de
material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração
e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de
vida e o meio ambiente;
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Art. 6º
A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral
o desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a
salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores
paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade
social.
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Parágrafo único.
Na proteção e na utilização do Bioma Mata Atlântica, serão observados
os princípios da função socioambiental da propriedade, da eqüidade
intergeracional, da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, da
transparência das informações e atos, da gestão democrática, da
celeridade procedimental, da gratuidade dos serviços administrativos
prestados ao pequeno produtor rural e às populações tradicionais e do
respeito ao direito de propriedade.
Art. 7º
A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica far-se-ão dentro de
condições que assegurem:
I - a manutenção e a recuperação da biodiversidade, vegetação, fauna e
regime hídrico do Bioma Mata Atlântica para as presentes e futuras
gerações;
II - o estímulo à pesquisa, à difusão de tecnologias de manejo
sustentável da vegetação e à formação de uma consciência pública
sobre a necessidade de recuperação e manutenção dos ecossistemas;
III - o fomento de atividades públicas e privadas compatíveis com a
manutenção do equilíbrio ecológico;
IV - o disciplinamento da ocupação rural e urbana, de forma a
harmonizar o crescimento econômico com a manutenção do equilíbrio
ecológico.
1.2.1 CONAMA
1.2.2 IBAMA
Art. 2º
É criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA, autarquia federal dotada de personalidade jurídica
de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao
Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de:
I - exercer o poder de polícia ambiental;
II - executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes
às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle
da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à
fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as
diretrizes emanadas do Ministério do Meio Ambiente; e
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1.2.3 CETESB
Art. 2º
A CETESB, na qualidade de órgão delegado do Governo do Estado de
São Paulo no campo do controle da poluição, de órgão executor do
Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção,
Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos
Recursos Naturais - SEAQUA, e de órgão do Sistema Integrado de
Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH, tem as seguintes
atribuições:
I - proceder ao licenciamento ambiental de estabelecimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e
potencialmente poluidores, bem como capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental;
II - autorizar a supressão de vegetação e intervenções em áreas
consideradas de Preservação Permanente e demais áreas
ambientalmente protegidas;
III - emitir alvarás e licenças relativas ao uso e ocupação do solo em
áreas de proteção de mananciais.
Por ser uma região estreita, entre o litoral e a Serra do Mar, com amplos
espaços cobertos por vegetação de mangue, restinga e vegetação de morros,
trata-se de uma região com uma complexa relação ambiental, populacional e de
atividades econômicas, o que apresenta por outro lado, os complexos portuário e
industrial de grande porte e a vocação turística, que se mesclam a reservas
ambientais e áreas de proteção legal.
1.4.3 Ecossistemas
TABELA 1
Unidades de Conservação na RMBS
D.E. 10.251
(30/08/1977)
Parque Estadual da Serra do Mar 315.390,00
D.E. 13.313
(06/03/1979)
D.E. 37.536
Parque Estadual Xixová - Japui 901
(27/09/1993)
D.E. 37.537
Parque Estadual Marinho da Laje de Santos 5.000,00
(27/09/1993)
D.E. 24.646
Estação Ecológica Juréia – Itatins 79.270,00
(21/01/1986)
D.F. 92.964
Estação Ecológica Tupiniquins 1.780,00
(21/07/1986)
D.F. 90.347
(23/10/1984)
APA Cananéia - Iguape – Peruíbe 217.060,00
D.F. 91.892
(06/11/1985)
D.F. 91.889
ARIE da Ilha (fluvial) do Ameixal 400
(05/11/1985)
OBJETIVO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
§ 1º
No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar,
obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o
local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade
com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o
caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso
da água, emitidas pelos órgãos competentes (CONAMA nº 237/97).
Art. 12º
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Art. 10º
Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em áreas de
inclinação entre 25 a 45 graus, só sendo nelas tolerada a extração de
toros, quando em regime de utilização racional, que vise a rendimentos
permanentes.
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Art. 4º
A autorização para supressão de vegetação nativa para o parcelamento
do solo ou para qualquer edificação na área urbana, somente será
concedida quando em conformidade com o Plano Diretor ou mediante
autorização do Município.
Art. 5º
Na análise técnica dos pedidos de supressão de vegetação deverá ser
avaliada a localização da vegetação a ser suprimida verificando se esta
se encontra em áreas indicadas para preservação e criação de unidades
de conservação de proteção integral ou em áreas prioritárias para
implantação de áreas verdes urbanas, reservas legais ou de reservas
particulares do patrimônio natural e para restauração de corredores
ecológicos interligando fragmentos de vegetação nativa, conforme o
“Projeto Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade
no Estado de São Paulo”, coordenado pelo Programa Biota-FAPESP.
Parágrafo 1º - No caso de pedidos de supressão de vegetação nas
áreas indicadas no caput poderão ser exigidas medidas compensatórias
suplementares em função da importância ecológica do fragmento.
Parágrafo 2º - Os pedidos para supressão de vegetação nativa em
propriedades inseridas integral ou parcialmente em áreas indicadas para
criação de Unidades de conservação pelo Projeto Biota FAPESP
deverão ser previamente submetidos à análise e manifestação do órgão
competente do SIEFLOR.
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Art. 6º
Nos processos de licenciamento de novos parcelamentos de solo e
empreendimentos habitacionais, sem prejuízo das demais medidas
mitigadoras pertinentes, deverá ser exigida a manutenção das
características naturais de permeabilidade do solo em, no mínimo, 20%
(vinte por cento) da área total do imóvel, preferencialmente em bloco
único, visando assegurar, entre outros aspectos, a infiltração das águas
pluviais, a conservação da biodiversidade, a mitigação da formação de
ilhas de calor e da poluição sonora e atmosférica.
§ 1º - A medida mitigadora prevista no caput deverá ser exigida
independente da existência de vegetação nativa na gleba.
§ 2º - As Áreas Verdes e Sistemas de Lazer definidos em lei municipal e
as Áreas de Preservação Permanente poderão ser considerados para o
atendimento da exigência prevista no caput.
§ 3º - As áreas de que trata o caput deverão ser revegetadas com o
plantio de espécies nativas ou plantio consorciado de espécies nativas e
exóticas, excetuando-se espécies exóticas consideradas invasoras,
podendo ser destinado até o limite de 30% destas áreas para
ajardinamento, instalação de equipamentos esportivos e de lazer.
§ 4º - A Resolução CONAMA 369/06 deve ser observada no caso de
áreas de preservação permanente.
Art. 7º
No caso do licenciamento de novos empreendimentos destinados à
construção de habitações de interesse social, de que trata a Resolução
CONAMA nº 412, de 13 de Maio de 2009, poderá ser dispensada a
exigência prevista no artigo 6º se houver a comprovação da existência,
na proximidade, de áreas naturais que assegurem a manutenção das
funções ambientais.
§ 1º - Para fins de aplicação do disposto no caput, poderão ser
consideradas áreas verdes públicas ou privadas, parques municipais ou
outras áreas não impermeabilizadas existentes em área urbana na
região em que se pretende implantar o empreendimento.
§ 2º - A comprovação da existência de áreas naturais de que trata o
caput deverá ser feita pela Prefeitura Municipal com base em estudo
técnico.
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I - fisionomia;
II - estratos predominantes;
III - distribuição diamétrica e altura
IV - existência, diversidade e quantidade de epífitas;
V - existência, diversidade e quantidade de trepadeiras;
VI - presença, ausência e características da serapilheira;
VII - subosque;
VIII - diversidade de dominância de espécies;
IX – espécies vegetais indicadoras.
Art. 1º
“a análise dos pedidos de supressão de vegetação nativa no Estado de
São Paulo deverá obedecer ao que determina a legislação vigente, em
especial a Lei Federal nº 4.771-1965, a Lei Federal nº 11.428-2006 e o
Decreto Federal nº 6.660-2008”.
§ 1º
“Deverão ser considerados os diferentes estágios sucessionais de
regeneração das fisionomias do Bioma Mata Atlântica definidos pelas
Resoluções CONAMA nº 10-1993, CONAMA nº 7- 1996 e a Resolução
Conjunta SMA - IBAMA-SP nº 01-1994”.
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Art. 3º
Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:
I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção
horizontal, com largura mínima, de:
a) trinta metros, para o curso d’água com menos de dez metros de
largura;
b) cinqüenta metros, para o curso d’água com dez a cinqüenta metros de
largura;
c) cem metros, para o curso d’água com cinqüenta a duzentos metros de
largura;
d) duzentos metros, para o curso d’água com duzentos a seiscentos
metros de largura;
e) quinhentos metros, para o curso d’água com mais de seiscentos
metros de largura;
II - ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente, com
raio mínimo de cinqüenta metros de tal forma que proteja, em cada caso,
a bacia hidrográfica contribuinte;...
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Art. 1°
Considera-se vegetação primaria aquela vegetação de máxima
expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das
ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significativamente suas
características originais de estrutura e de espécie.
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I - a vegetação:
a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de
extinção, em território nacional ou em âmbito estadual, assim declaradas
pela União ou pelos Estados, e a intervenção ou o parcelamento
puserem em risco a sobrevivência dessas espécies;
b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e
controle de erosão;
c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou
secundária em estágio avançado de regeneração;
d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou
e) possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos
executivos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA;
II - o proprietário ou posseiro não cumprir os dispositivos da legislação
ambiental, em especial as exigências da Lei nº 4.771, de 15 de setembro
de 1965, no que respeita às Áreas de Preservação Permanente e à
Reserva Legal.
4. CONCLUSÕES
Toda e qualquer lote em área urbana tem por direito cumprir sua função
social de moradia, estende-se esse direito à construção de escolas, hospitais,
próprios públicos, comércios e indústrias. Associado a esse direito o dever legal
de aprovação de projetos que cabe ao poder público, a autorização da supressão
de vegetação do local em concordância com o plano diretor municipal.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Decreto nº 3.942/01 - Dá nova redação aos arts. 4o, 5o, 6o, 7o, 10 e 11 do
Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990.
http://java.cimm.com.br/cimm/construtordepaginas/htm/3_24_5206.htm.
Acesso em: 17, setembro, 2010.
http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/11853-cachoeira-serra-mogi-
bertioga.htm. Acesso em: 23, setembro, 2010.
http://www.ib.usp.br/~delitti/projeto/ricardo/sucessao_primaria.htm. 3,
setembro, 2010.
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?
ido=conteudo.monta&idEstrutura=88. 4, setembro, 2010.