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MAIO DE 1968: A JUVENTUDE DISSE NÃO AO NÃO


Publicada em 31/05/2008

O mês de maio do ano de 1968 foi marcado pela eclosão de


uma enorme manifestação na França, iniciada a partir de uma
série de greves estudantis, que ganhou posterior adesão de
trabalhadores e repercutiu em diversos países. Estudantes das
Universidades francesas de Nanterre e Sorbonne protestavam
contra a disciplina rígida, os currículos escolares e a estrutura
acadêmica conservadora. Os estudantes contestavam ainda a
situação social e política do país e o governo do general Charles de Gaulle, então presidente do país,
em virtude do desgaste provocado pela guerra de independência da Argélia.

Cerca de dez milhões de trabalhadores aderiram ao movimento realizando greves, ocupações e


passeata, para reivindicar seus direitos. Os protestos chegaram ao ponto de levar de Gaulle a criar um
quartel general de operações militares para lidar com a insurreição, dissolver a Assembléia Nacional
e marcar eleições parlamentares para 23 de Junho de 1968. O controle da situação por parte do
governo chega a deixar cerca de 1,5 mil estudantes feridos.

Para muitos historiadores, a revolta foi um dos mais importantes movimentos do século XX. O mês
de maio daquele ano representou o ápice de um momento de intensas transformações políticas e
sociais vivenciadas pelo ocidente.

O momento histórico em que ocorreu o movimento representava o surgimento de novos interesses.


Tratava-se do pós Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), em que novos valores passaram a ser
difundidos, contribuindo para a noção do poder transformador do jovem. Ao lado disso, o número de
estudantes na França crescia de maneira repentina. Eram utilizados diversos slogans que
expressavam a política "libertária" desejada pelos jovens universitários: "A imaginação ao poder", "É
proibido proibir", "Abaixo a universidade" e "Abaixo a sociedade espetacular mercantil".

O Maio de 68, por agregar não só estudantes, mas diversos segmentos da sociedade, contribuiu para
a mudança das relações entre raças, sexos e gerações não só na França, mas também em diversos
outros países da Europa. A longo prazo, a contribuição do movimento se deu no sentido de ajudar na
fundação de idéias como as das liberdades civis democráticas, dos direitos das minorias, e da
igualdade entre homens e mulheres, brancos e negros e heterossexuais e homossexuais.

A repercussão do movimento no Brasil:

O país vivenciava o período da ditadura militar. No governo, estava o presidente general Artur Costa
e Silva, que assumiu o poder em março de 1967, quando também entrava em vigor uma nova
Constituição, que incorporava os atos institucionais, estabelecia a censura prévia à imprensa e
autorizava a prisão de suspeitos de atuar contra a “segurança nacional”.

A pressão das medidas governamentais sobre a sociedade fez crescer,


sobretudo no ano de 1968, a reação ao regime autoritário, que se
manifestou através de associações liberais, partidos políticos, como o
MDB (partido oficial de oposição), e principalmente através da atuação
do movimento estudantil, que poderia ser considerado como o grande
eixo da mobilização popular, cominando com a eclosão, em 25 de julho
da Passeata dos Cem Mil (foto ao lado), que mobilizou milhares de
estudantes no Rio de Janeiro. Crescia ainda a mobilização da classe
trabalhadora liderada por dirigentes sindicais associados a grupos e
partidos de esquerda.

Em meio a todo esse momento de transformações sociais que apontavam

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para a incompatibilidade do sistema autoritário com os anseios da


sociedade, foi indispensável a atuação dos compositores e músicos, que representavam a voz da
sociedade resistindo à repressão por diversos meios e formas.

Inúmeros atos de repressão foram manifestados por parte do governo: em 1968, o comando de caça
aos comunistas CCC invadiu um teatro em São Paulo durante a apresentação da peça Roda Viva, de
Chico Buarque de Hollanda, e espancou os atores. Surgiam também o Cinema Novo e o movimento
artístico e cultural da Tropicália, que, liderado pelos compositores baianos Gilberto Gil e Caetano
Veloso, defendia a liberdade de criação. Tais manifestações refletiam claramente o
descontentamento com o governo militar.

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