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Org. Profª.
Adriana Marques Pereira de Melo Alves
Cizone Maria Carneiro Acioly
Jacqueline Oliveira de Paiva Ferreira
Maria Amélia de Sousa
Maria de Fátima Alves dos Santos
2007
O conteúdo desta apostila constitui numa coletânea de textos sobre a assistência de
enfermagem direcionada ao indivíduo, família e comunidade e, se torna, portanto, um
dos meios para o aluno sistematizar seu conhecimento. Vale ressaltar que estes
conteúdos devem ser complementados com outras leituras no sentido de enriquecer seu
conhecimento.
Que a leitura deste material sirva de alicerce para trilhar pela disciplina Semiologia e
Semiotécnica em enfermagem, em busca de novos conhecimentos.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
Assistência de enfermagem nas necessidades de higiene pessoal 04
UNIDADE II
Assistência de enfermagem na administração de medicamentos 18
UNIDADE III
Assistência de enfermagem nas necessidades de termoterapia e
crioterapia 78
UNIDADE IV
Assistência de enfermagem no tratamento de feridas 86
UNIDADE V
Assistência de enfermagem na aplicação de ataduras 101
UNIDADE VI
Assistência de enfermagem nas necessidades de oxigenioterapia 105
UNIDADE VII
Assistência de enfermagem nas necessidades de sondagens 111
Cateterismo gástrico 111
Cateterismo vesical 117
Lavagem intestinal 128
UNIDADE VIII
Assistência de enfermagem aos pacientes graves e agonizantes 131
REFERÊNCIAS 93
4
A higiene é a ciência da saúde e quando é bem executada é importante para a saúde geral do
indivíduo. A pele sadia íntegra é a primeira barreira de defesa contra a infecção e a lesão dos tecidos.
Dentes e gengivas saudáveis são essenciais à manutenção das condições nutricionais. A má condição
da cavidade oral representa fontes potenciais de infecção, assim como causa desconforto e dor ao
paciente. Neste sentido, o fato de ajudar a se manter limpo através de remoção de impurezas, produtos
de secreções e excreção, elimina muitas substâncias nas quais estas bactérias se reproduzem. Além
disso, as medidas higiênicas ajudam o paciente a sentir-se mais confortável e relaxado.
Freqüentemente, as pessoas doentes sentem-se preocupadas com os odores desagradáveis que
se instala em seu corpo pela falta de higiene que, temporariamente ou não, estará suspensa. Sabemos
que a auto-estima ficará afetada com o comprometimento da higiene de um paciente e que a resolução
deste poderá se concentrar na execução desta higiene.
Fatores que influenciam as medidas de higiene
Auto-imagem: O profissional não deve transmitir sentimentos de desaprovação se a higiene do
paciente for insatisfatória;
Nível socioeconômico: Os hábitos de higiene são influenciados pelos recursos econômicos
disponíveis do paciente.
Conhecimento: geralmente o seu nível de conhecimento influencia sua motivação e prática de
higiene.
Variáveis culturais: As crenças culturais, a formação, a idade, os valores pessoais e os hábitos
familiares influenciam nos cuidados de higiene do indivíduo.
Preferências pessoais: Cada paciente tem seus hábitos pessoais e de higiene. O profissional de
Enfermagem pode adotar horários em um plano individualizado.
O profissional de Enfermagem deve procurar manter seus pacientes limpos e livres de maus
odores, incentivando para que participem do seu autocuidado.
5
HIGIENE ORAL
Conceito
É a limpeza da cavidade oral, ou seja, dentes, gengivas, lábios, véu palato e língua. Um dos
fatores essenciais à manutenção da saúde é prevenir o aparecimento de infecção na boca, pois esta faz
parte do sistema digestório e também do respiratório. A higiene oral é indicada pela manhã, após as
refeições e de 02 em 02 horas em pacientes graves, febris, e com SNG.
Objetivos
Proporcionar conforto e bem estar ao paciente, favorecendo o aumento do apetite e permitindo
que ele se sinta socialmente aceitável; - Evitar halitose; - Prevenir cáries dentárias; - Prevenir
infecções bucais, digestivas e respiratórias; - combater infecções já instaladas;
Material
Escova de dente ou espátula e gaze; - creme dental ou solução dentrifícia; - copo com água; -
cuba rim ou similar; - toalha de rosto; Lubrificante para os lábios, se necessário;
Procedimentos
1. Explicar ao paciente o procedimento e observar as condições da cavidade oral.
2. Lavar as mãos
3. Prepara o material necessário
4. Erguer a cabeceira da cama (posição de fowler) ou solicitar ao paciente que se sente.
5. Fornecer a toalha de rosto para que proteja o tórax.
6. Dispor o material junto ao paciente.
7. Solicitar ao paciente que escove a face anterior e posterior dos dentes, no sentido gengiva-dente
inclusive a língua;
8. Orientar o paciente para que deixe escorrer a água na cuba rim por um dos cantos da boca,
enxaguando bem a cavidade oral;
9. Solicitar ao paciente que enxugue a boca com a toalha de rosto.
10. Orientar o paciente para enxaguar, secar e guardar a escova de dente;
11. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem
12.Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da cavidade bucal.
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PACIENTE DEPENDENTE
Procedimentos
1. Orientar o paciente sobre o procedimento, observando as condições da cavidade oral.
2. Lavar as mãos
3. Preparar o material
4. Erguer a cabeceira da cama (posição de fowler)
5. Colocar a toalha de rosto sobre o tórax do paciente.
6. Colocar a cuba rim próxima ao rosto do paciente.
7. Umedecer a escova na água, colocar creme dental. Na falta de escova, umedecer a gaze envolta
na espátula com solução dentrifícia.
8. Escovar a face anterior e posterior dos dentes no sentido gengiva-dente.
9. Escovar a língua evitando feri-la e provocar náuseas
10. Oferecer água para o paciente bochechar e enxaguar a boca; se necessário, usar canudo.
11. Orientar o paciente para que deixe escorrer a água na cuba rim, por um dos cantos da boca.
12. Retirar a cuba rim e enxugar a boca com a toalha de rosto
13. Lubrificar os lábios, se necessário.
14. Enxaguar a escova de dente, seca-la e guarda-la;
15. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
16. Lavar as mãos.
17. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da cavidade bucal.
Material
Duas espátulas e gaze; copo com solução dentifrícia (Cepacol ou similar a 50% e bicarbonato de
sódio a 2%); saco para lixo; toalha de rosto; um par de luvas de procedimento; lubrificante para os
lábios;
Para paciente entubado um aspirador montado.
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Procedimento
1. Informar ao paciente sobre o procedimento, observando as condições da cavidade oral.
2. Lavar as mãos
3. Preparar o material
4. Posicionar o paciente de lado e lateralizar a sua cabeça colocando a toalha;
5. Envolver a gaze na espátula ou pinça e umedece-la com solução dentifrícia
6. Abrir a boca do paciente com o auxilio da outra espátula e, delicadamente, friccionar a espátula
envolta em gaze nos dentes, gengiva e língua.
7. Repetir a limpeza quantas vezes for necessária, trocando as gazes.
8. Secar os lábios e lubrifica-los.
9. Retirar a toalha de rosto, deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
10. Lavar as mãos
11. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da cavidade bucal (ex. presença
de sangramento gengival, mucosa ressecada, ulcerações ou crostas na língua).
Cuidados importantes
TRATAMENTO DE PEDICULOSE
Conceito
É a eliminação de parasitas (parasitas hematófagos), conhecidos popularmente por PIOLHOS.
São encontrados no couro cabeludo e regiões pilosas do corpo.
Objetivos
Evitar a propagação de infecções e pedículos; Proporcionar higiene e conforto; Proporcionar
higiene do couro cabeludo.
Material
Solução para pediculose (Benzoato de Benzila, Tetmosol, micosina, preparados caseiros); um
par de luvas; toalha de banho ou similar e impermeável; fita adesiva; bolas de algodão; pente;
recipiente para lixo; biombo.
Procedimentos
1. Lavar as mãos
2. Explicar ao paciente o procedimento.
3. Desocupar a mesa-de-cabeceira e colocar biombo.
4. Lavar as mãos
5. Preparar o material.
6. Levar o material para junto do paciente, organizar a bandeja
7. Calçar as luvas
8. Forrar o travesseiro com o impermeável e toalha de banho.
9. Aplicar a solução para pediculose, mecha por mecha – com auxilio de algodão e pente –
umedecendo todo o cabelo e o couro cabeludo (começando pelo lado mais distante para o mais
próximo);
10. Envolver a cabeça do paciente com a toalha de banho, fixando-a com fita adesiva, de maneira
que todo o cabelo permaneça oculto por duas horas, no mínimo. De preferência colocar a noite
para que seja retirado no outro dia, não deixando que os outros pacientes saibam;
11. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
9
Cuidados importantes
No caso de pedículos nos pêlos da região pubiana, convém executar tricotomia na área.
1. Proceder ao tratamento de pediculose e lêndeas por três dias consecutivos após uma semana do
primeiro dia de tratamento, ou de acordo com indicação da solução aplicada.
2. Duas horas após o tratamento, realizar a higiene dos cabelos prosseguindo posteriormente com o
tratamento de lêndeas, conforme a técnica padronizada.
3. Evitar que a solução atinja os olhos.
4. Caso o paciente concorde, cortar os cabelos.
5. Em casos de pedículos nos cílios usa-se pomada de óxido amarelo de mercúrio;
6. Devido ao ciclo biológico do parasita, recomenda-se mais de uma aplicação do produto para
exterminar os pedículos;
7. Após a aplicação do produto faz-se necessário a troca de toda a roupa de cama e colocação desta
em um saco plástico com a identificação Piolho.
REMOÇÃO DE LÊNDEAS
Conceito: É o extermínio de ovos dos pedículos nos fios de cabelo, que precisam ser removidos para
extermínio completo dos parasitas.
Material: Vinagre puro aquecido ou ácido acético a 5%; bolas de algodão; pente fino e gazes; toalha
de banho e impermeável; recipiente de lixo; um par de luvas.
Procedimentos
1. Explicar ao paciente o procedimento
2. Lavar as mãos.
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3. Preparar o material.
4. Forrar o travesseiro com a toalha de banho ou, caso o paciente esteja sentado, coloca-la nos
ombros.
5. Embeber o algodão no vinagre aquecido. Aplicar ao longo dos cabelos, mecha por mecha.
6. Deixar o vinagre nos cabelos, no mínimo meia hora. Neste período, utilizar o pente fino ou
gazes para remover as lêndeas.
7. Fazer higiene dos cabelos.
8. Trocar a roupa de cama e do paciente. Coloca-la dentro do saco plástico e lacra-la com a
identificação de PIOLHO.
9. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
10. Lavar e guardar o material.
11. Lavar as mãos.
12. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; reações do paciente.
Cuidados importantes
1. Fazer aplicação de vinagre durante três dias consecutivos. Até a remoção completa de todas as
lêndeas.
2. Repetir o tratamento após uma semana do primeiro dia do tratamento.
Material: Impermeável ou saco de lixo plástico com as duas extremidades abertas e a lateral até o
meio envolvendo o cobertor (na forma de um funil); toalha de banho e rosto; impermeável;
cuba rim; duas bolas de algodão; cotonetes; recipiente para lixo; jarro com água morna e
adaptador com borracha de látex, chuveiro ou pinça; balde vazio; papel toalha; um par de
luvas; shampoo ou sabão líquido; pente.
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Procedimentos
1.Explicar ao paciente o procedimento.
2.Preparar o ambiente: fechar janelas; esvaziar a mesinha-de-cabeceira.
3.Preparar o material.
4.Lavar as mãos.
5.Forrar o travesseiro com o impermeável e sobre este, colocar a tolha de banho.
6.Colocar a toalha de rosto no ombro do paciente.
7.Colocar o travesseiro sob os ombros do paciente.
8.Colocar o rolo com o impermeável (funil) sob a cabeça do paciente.
9.Colocar a escadinha próxima da cabeceira da cama. Forra-la com papel toalha e colocar o balde
em cima da mesma.
10. Colocar a extremidade mais fina do impermeável (bico do funil) dentro do balde.
11. Calçar as luvas.
12. Colocar as bolas de algodão nos ouvidos do paciente.
13. Irrigar, ensaboar e massagear o couro cabeludo com a polpa dos dedos.
14. Enxaguar retirando todo o sabão.
15. Retirar o impermeável do rolo com cuidado para não molhar o cobertor.
16. Repetir os itens 12 e 13 quantas vezes forem necessárias.
17. Enxugar a cabeça com a toalha de rosto e retirar as bolas de algodão do ouvido
18. Colocar o travesseiro no lugar.
19. Limpar os ouvidos com cotonetes.
20. Pentear os cabelos.
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Cuidados importantes
1. Observar condições do couro cabeludo (lesões, lêndeas, pedículos, etc.).
2. No caso de cabelos embaraçados, aplicar álccol com auxilio de bolas de algodão.
3. Evitar que escorra água e sabão nos olhos do paciente.
4. Pentear os cabelos iniciando das pontas para a raiz.
5. Preferencialmente, estas técnicas devem ser executadas por duas pessoas.
TRICOTOMIA
Material: Aparelho de barbear; cuba de anti-sepsia; água; recipiente com sabão; gazes; papel
higiênico; recipiente para lixo; biombos e foco auxiliar, se necessário; toalha impermeável.
Procedimentos
1. Lavar as mãos.
2. Comunicar ao paciente o procedimento e sua finalidade.
3. Preparar o material.
4. Cercar a cama com biombo, se necessário.
5. Proteger a cama com impermeável, se necessário.
6. Colocar o paciente em posição confortável e expor apenas a área a ser tricotomizada.
7. Ensaboar as bolas de algodão, aplicando-as na pele em pequenas áreas de cada vez.
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8. Esticar a pele com uma das mãos e, com a outra, raspar seguindo a direção do crescimento dos
pêlos.
9. Retirar o excesso de pêlos do aparelho com papel higiênico e/ou com a água da cuba.
10. Com a gaze, remover os pêlos soltos.
11. Revisar a área tricotomizada e refazer a raspagem nos pintos necessários.
12. Encaminhar o paciente ao chuveiro ou lavar e enxugar a área.
13. Proceder á desinfecção do material conforme rotina e desprezar a lâmina no recipiente de
material cortante.
14. Lavar as mãos.
15. Anotar na prescrição do paciente: horário; área tricotomizada.
Cuidados importantes
1. Fazer a tricotomia na sala de curativo, sempre que possível.
2. Na tricotomia de pêlos longos, cortar os cabelos com tesoura antes de iniciar a raspagem.
3. Limpar bem a cicatriz umbilical, quando for tricotomia abdominal.
4. Nas proeminências ósseas, cuidar para não cortar o paciente.
5. Na tricotomia ciliar, lubrificar a tesoura (curva, de preferência) com vaselina para que os pêlos
fiquem retidos na mesma.
Indicações
Pela manhã e à tarde
Pacientes com corrimento
Pacientes com sangramento vaginal
Antes de curativos ginecológicos
Antes da realização de cateterismo vesical
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Procedimentos
1. Identificar os pacientes em risco de contrair infecções genitais, isto é, presença de cateter,
incontinência fecal e infecção cirúrgica;
2. Orientar a paciente sobre o procedimento, observando as condições de higiene.
3. Prepara o ambiente cercando o leito com biombo, desocupar a mesa de cabeceira e dispor uma
cadeira aos pés da cama.
4. Preparar o material
5. Lavar as mãos
6. Levar o material e dispô-lo na mesa de cabeceira, de modo que facilite o procedimento. Bandeja
na mesa de cabeceira e comadre na cadeira.
7. Soltar o lençol protetor do paciente coloca-lo na diagonal e fazer o sapatinho.
8. Colocar a toalha transversalmente sob a região pubiana.
9. Colocar a comadre forrada sob as nádegas.
10. Pedir a paciente para fletir as pernas mantendo-as separadas e protegidas com lençol.
11. Calçar as luvas de látex.
12. Irrigar as coxas e púbis
13. Ensaboar e secar as regiões antes citadas
14. Enxaguar e secar as regiões antes citadas.
15. Colocar gazes dobradas na região inguinal
16. Separar com uma das mãos os grandes lábios; utilizando bolas de algodão, ensaboar os grandes
lábios, fazendo movimentos de cima para baixa.
17. Utilizar outra bola de algodão para proceder à limpeza do vestíbulo vaginal, observando as
condições do clitóris e do orifícios (meato uretral, vaginal e glândulas).
18. Lavar o ânus e região perianal por ultimo. Utilizar movimentos delicados e trocar as bolas de
algodão quantas vezes necessárias.
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Obs.: NA HIGIENE ÍNTIMA MASCULINA (Lavagem externa masculina), muda-se apenas o item
16 e 17, onde se deve proceder da seguinte maneira:
a) Afastar o prepúcio e ensaboar com bolas de algodão – no sentido meato uretral – raiz
do pênis – bolsa escrotal – voltar o prepúcio à posição norma após enxaguar.
b) E o item 07, onde se deve descer o lençol em leque até o joelho.
Cuidados importantes
1. Retirar todo o sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritação da pele.
2. Sempre que possível, orientar e estimular o paciente a auxiliar na higiene.
3. Manter o diálogo constante e respeitar a privacidade.
BANHO NO LEITO
Conceito: É o método utilizado para higiene corporal realizada no leito. É indicada uma vez ao dia de
preferência pela manhã e sempre que for necessário.
Objetivos: Remover odores. – Proporcionar um bom sono e repouso. Limpar e proteger a pele;
Estimular a circulação; Proporcionar conforto físico e mental ao paciente. Aliviar a
sensação de fadiga. Identificar alterações na integridade da pele. (ex.: Úlcera de pressão).
Material: Biombo; cotonete; roupa de cama; toalhas de banho e rosto; camisola ou pijama; um par de
luvas de banho; sabonete; cuba rim ou similar; uma bacia; um balde para desprezar a água
utilizada; jarra com água morna; hidratante; comadre forrada; material para desinfecção
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concorrente; recipiente para lixo; pente; material para higiene íntima; material para higiene
oral.
Procedimentos
1. Orientar o paciente,observando as condições de higiene.
2. Preparar o material.
3. Prepara o ambiente: colocar biombo; fechar janelas, se necessário.
4. Afastar a mesinha de cabeceira e retirar o material da mesma.
5. Lavar as mãos.
6. Colocar o material de modo que facilite a execução do procedimento.
7. Colocar a roupa de cama no espaldar da cadeira. Fronha, camisola e toalhas no assento da
mesma.
8. Soltar as roupas de cama.
9. Improvisar hamper, evitando colocar as roupas no chão
10. Desamarrar as tiras da camisola e tira-la por baixo do lençol, não expondo o paciente.
11. Fazer a higiene do rosto.
a. Lavar os olhos sem sabão.
b. Ensaboar, enxaguar, enxugar e secar o rosto, orelhas e pescoço anterior e posterior.
c. Limpar ouvidos e nariz com cotonetes.
12. Proteger o tórax com a toalha de banho no sentido transversal. Colocar os membros superiores
sobre a mesma. Dobrar o lençol em leque até a cintura.
13. Ensaboar, enxaguar e enxugar o antebraço, braço, escápula e por último a axila, no sentido de
baixo para cima friccionando e fazendo movimentos circulatórios; Começando do lado distal
para o proximal.
14. Mergulhar as mãos na bacia, ensaboar, enxaguar e enxuga-las.
15. Abaixar o lençol em leque até o abdome sem expor o paciente.
16. Colocar a toalha de banho, no sentido Transversal, do tórax até o abdome.
17. Ensaboar, enxaguar e enxugar o tórax e abdome. Tomar cuidados especiais ao lavar as pregas
inframamamárias nas mulheres, observando sinais de assaduras;
18. Colocar a toalha de banho, no sentido longitudinal, sob os membros inferiores. Começando do
distal para o proximal.
17
19. Ensaboar,enxaguar e secar, no sentido de baixo para cima friccionando e fazendo movimentos
circulatórios.
20. Colocar um dos pés na bacia , lavar, enxaguar e secar. Em seguida fazer proceder da mesma
forma no outro pé. Desprezar a luva.
21. Colocar comadre e fazer higiene íntima conforme técnica descrita anteriormente.
22. Desprezar a luva e toalha de rosto
23. Retirar a comadre e posicionar o paciente em decúbito lateral.
24. Forrar o lençol com a toalha de banho. Ensaboar e enxugar as costas, coxa posterior, glúteos e
interglúteos.
25. Massagear, com vaselina sólida, as costas no sentido do retorno venoso, coxa posterior e
glúteos.
26. Trocar a roupa de cama fazendo a desinfecção concorrente.
27. Massagear com vaselina sólida os membros superiores no sentido do retorno venoso.
28. Colocar a camisola ou pijama e pentear os cabelos.
29. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
30. Fazer a desinfecção do material usado e guarda-lo.
31. Lavar as mãos.
32. Fazer anotações na prescrição do paciente: horário; condições da pele (sinais de escara, pele
ressequida, lesões); cavidade bucal e couro cabeludo.
Cuidados importantes
1. Retirar o sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritações na pele.
2. Trocar a água sempre que necessário.
3. Manter o diálogo constante e respeitar a privacidade.
4. Sempre que possível, orientar e estimular o paciente a auxiliar na higiene.
5. Utilizar vaselina em pele seca e álcool em pele oleosa.
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1. Classificação da dosagem:
a. Dose de manutenção: é a dose necessária para manter os níveis desejáveis
b. Dose mínima: menor quantidade do medicamento em produzir o efeito terapêutico.
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c. Dose máxima: é a maior quantidade da droga capaz de produzir efeito terapêutico sem
danos para o organismo.
d. Dose letal: quantidade necessária para causar a morte.
d. Horário certo
e. Medicamento certo
9. Certificar-se das condições de conservação do medicamento (sinais de decomposição;
turvação; deteriorização; precipitação, etc.).
10. Nunca administrar medicamento sem o rótulo.
11. Ler o rótulo do medicamento três vezes:
a. Antes de retirar o recipiente do local onde estiver (farmácia; armário; etc.).
b. Antes de preparar o medicamento.
c. Antes de guardar o recipiente no local apropriado.
12. Sempre verificar a data de validade do medicamento.
13. Em caso de dúvida nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja esclarecida.
14. Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou 15 minutos depois
do horário prescrito
15. Não administrar medicamento preparado por outras pessoas, evitando assim causar danos ao
paciente.
16. Manter sob refrigeração medicamentos como: insulina; vacinas; soro antiofídico,
antitetânico, anti-rábico; supositórios; alguns antibióticos; frascos de Nutrição Parenteral
Prolongada (NPP); entre outros.
17. Controlar rigorosamente os narcóticos e seus derivados, guardando-os em GAVETA
FECHADA COM CHAVE.
18. Registrar todos os narcóticos e guardar as ampolas utilizadas.
19. Identificar o paciente, certificando-se do seu nome completo.
20. Manter a bandeja de medicamento sempre à vista do executante.
21. Orientar quanto ao perigo da automedicação.
22. Posicionar o paciente adequadamente mantendo-o confortável.
23. Identificar a seringa ou recipiente de via oral: enfermaria; leito; via; nome do medicamento,
hora a ser administrado.
24. Checar e rubricar o horário do medicamento administrado durante a noite, com tinta
vermelha e durante o dia com azul.
22
Cuidados na diluição
• Todas as drogas que provocam irritações e com gosto forte, devem ser diluídas, caso
não haja contra-indicação.
• Satisfazer o quanto possível os pedidos do paciente quanto ao gosto, que pode ser
melhorado, dissolvendo-se o medicamento em água, leite, suco de frutas.
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Objetivos - Obter efeitos no trato digestivo; - Produzir efeitos sistêmicos após a absorção na
circulação sangüínea.
Via oral – é a administração de medicamentos pela boca.
Contra-indicações
Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.
Em casos de vômitos.
Quando o paciente está em jejum para cirurgias ou exames.
Vantagens
Método simples de administração.
Econômico por custarem menos.
Seguro por não romper as defesas orgânicas.
Desvantagens
Paladar desgostoso.
Irritação gástrica.
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Formas de apresentação
Forma líquida (xarope, suspensão, elixir, emulsão, outros).
Forma sólida (comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas, outros).
Material: conta-gotas; copos graduados ou colher; gaze; fita adesiva; recipiente para medicamento
sólido.
Procedimentos
1. Lavar as mãos
2. Identificar o paciente, perguntando seu nome completo.
3. Verificar as condições do paciente: condições de deglutição; presença de SNG; higiene das
mãos.
4. Verificar se o paciente não está em jejum.
5. Prepara o material mantendo a prescrição medica próximo à bandeja.
6. Colocar os medicamentos nos recipientes adequados com a respectiva identificação: nome do
paciente; quarto; leito; via; nome do medicamento abreviado (com fita adesiva. Esparadrapo
ou etiquetas auto-adesivas).
7. Diluir o medicamento se necessário
8. Chamar o paciente pelo nome completo.
9. Informar o paciente o nome e a ação do medicamento.
10. Certificar-se de que o paciente tenha deglutido o medicamento.
11. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
12. Lavar as mãos.
13. Checar o horário da administração do medicamento.
14. Anotar qualquer intercorrências antes, durante e após administração do medicamento.
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Cuidados importantes
1. Antes de prepara o medicamento certificar-se da dieta, jejum e ou controle hídrico do
paciente.
2. Ao manusear vidros com medicamentos líquidos, colocar o rotulo voltado para a palma da
mão para evitar suja-lo.
3. Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente.
4. O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro):
a. 15 ml = 1 colher de sopa.
b. 10 ml = 1 colher de sobremesa
c. 5 ml = 1 colher de chá
d. 3 ml = 1 colher de café
e. 15 ml = 1 medida adulta
f. 5 ml = 1 medida infantil
5. Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, certificando-se da
graduação correta.
6. Fazer limpeza do frasco de medicação e devolve-lo ao local apropriado.
7. Evitar mistura dos medicamentos em forma líquida.
8. Dissolver os medicamentos para os pacientes que apresentam disfagia (dificuldade na
deglutição)
9. Os medicamentos por via oral devem ser diluídos, no máximo, em 15 ml de água.. Após a
ingestão deste, oferecer mais água.
10. Quando não houver correspondência entre a dose prescrita e o comprimido disponível, deve-
se preferencialmente diluí-lo para obtenção de dosagem correta.
11. Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos.
12. Os medicamentos à base de óleos devem ser administrados com outros líquidos de sabor
agradável (sucos, por exemplo).
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Via sublingual: nesta via os medicamentos são colocados sob a língua e absorção se dá nos vasos
sanguíneos existentes no dorso da língua.
Procedimentos
1. Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares.
2. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orienta-lo para não deglutir a saliva até
dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado.
3. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento.
4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.
Material – estetoscópio; triturador; copo graduado; seringa de 20 ml; gaze; espátula; recipiente para
lixo; bolas de algodão com álcool.
Procedimentos
1. Colocar o paciente em posição de fowler para evitar aspiração, exceto quando contra-
indicado.
2. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do
suco gástrico.
3. Introduzir lentamente o medicamento por sinfonagem, ou através de seringa, evitando
desconforto para o paciente.
4. Na introduzir ar evitando, desta forma, a flatulência.
5. Lavar a sonda com 10 a 20 de água ou soro fisiológico, após a administração do
medicamento,a fim de remover partículas aderidas na sonda e introduzir todo medicamento
até o estômago.
6. Fazer a desinfecção da extremidade da sonda antes e após a administração de medicamentos,
utilizando bolas de algodão com álcool.
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7. Caso a sonda tenha a finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos após a
administração de medicamentos.
Via retal: É a introdução de medicamento na mucosa retal, através do ânus, sob a forma de
supositório ou clister medicamentoso.
Material: gaze; papel higiênico; recipiente para lixo; medicamento; luva de látex.
Procedimentos
1. Envolver o supositório numa gaze.
2. Colocar o paciente em decúbito lateral ou SIMS expondo somente a área necessária para a
introdução do supositório.
3. Calçar a luva de látex para autoproteção.
4. Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do
ânus.
5. Orientar o paciente a respirar fundo ao introduzir o supositório.
6. Introduzir o supositório além do esfíncter anal delicadamente, com o dedo indicador, numa
profundidade correspondente ao dedo indicador, e pedir ao paciente que o retenha por trinta
minutos.
7. Certificar-se de que o supositório realmente tenha sido introduzido.
8. Caso o paciente tenha condições de auto-aplicação, orienta-lo quanto ao procedimento.
Via cutânea ou tópica: É a aplicação do medicamento na pele. Pode ser aplicado por fricção à pele,
na forma de loções, pomadas, cremes ou gel, adesivos, antissépticos.
Visando absorção através de poros até atingirem acorrente sanguínea. Tem
ação local ou sistêmica.
Procedimentos
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1. Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, se necessário
(pele oleosa e com sujidade).
2. Desprezar a primeira porção da pomada.
3. Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente.
4. Observar qualquer alteração na pele: erupções; pruido; edema; eritema; etc.
5. Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retira-lo com auxílio da espátula.
6. Antes de aplicar a pomada, fazer o teste de sensibilidade.
Via nasal: É a aplicação de medicamento na mucosa nasal. Com o objetivo de aliviar a congestão
nasal; Facilitar a drenagem de secreção nasal, proteger a mucosa nasal e tratar infecções.
Procedimentos
1. Prepara o paciente.
a. Paciente em decúbito dorsal: colocar o travesseiro sob o ombro, de modo que a
cabeça fique inclinada para trás (cabeça em hiperextensão);
b. Paciente sentado: inclinar a cabeça para trás.
29
2. Instilar o medicamento nas narinas evitando que o conta-gotas toque a mucosa nasal.
3. Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por 02 a 03 minutos, a fim de que o
medicamento penetre profundamente na cavidade nasal.
Via ocular: Consiste em aplicar medicamento, sob forma de colírio ou pomada, no saco conjuntival
inferior. Com o objetivo de Combater infecção; Evitar ulceração da córnea; Provocar
midríase (dilatação da pupila) ou miose (constrição da pupila); - Aplicar anestésico;
Diminuir a congestão ocular.
Procedimentos
1. Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada para
trás.
2. Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas.
3. Afastara a pálpebra inferior com o dedo polegar – com auxílio da gaze – apoiando a mão na
face do paciente.
4. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio.
5. Pedir ao paciente que olhe para cima. Pingar o medicamento no núcleo da conjuntiva ocular
(porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada na
conjuntiva.
6. Ao aplicar a pomada, deposita-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior.
7. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios o globo ocular, a
fim de dispersar o medicamento.
8. Remover o excedente do medicamento com a gaze.
Via vaginal: Consiste em introduzir o medicamento na mucosa vaginal, sob a forma de óvulos,
pomadas, geléias, espumas ou lavagem vaginal. Com o objetivo de diminuir a
infecção vaginal; Prevenir infecção vaginal; Preparar a paciente para cirurgias dos
órgãos genitais.
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Material – medicamento (óvulos e pomadas vaginais); gaze; recipiente para lixo; aplicador próprio.
Procedimentos
1. Respeitar a privacidade da paciente cercando a cama com biombos.
2. Colocar a paciente em posição ginecológica.
3. Colocar o óvulo ou a pomada vaginal no aplicador próprio.
4. Afastar os pequenos lábios com o dedo indicador e o polegar – com auxilio de gazes.
5. Introduzir delicadamente o aplicador, 10 cm aproximadamente, e pressionar seu êmbolo.
6. Retirar o aplicador e pedir que è paciente para que permaneça no leito.
7. Lavar o aplicador com água e sabão ( o aplicador é de uso individual).
8. Em caso de paciente VIRGEM: qualquer medicação via vaginal pode ser administrada
utilizando-se ESPÉCULO DE VIRGEM, ou uma seringa na qual adapta-se uma sonda
uretral nº 4 ou nº 6.
9. Fazer higiene íntima, antes da aplicação, se necessário.
Vantagens
Absorção mais rápida e completa.
Maior precisão em determinar a dose desejada.
Obtenção de resultados mais seguros.
Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.
Desvantagens
Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga.
Em casos de engano pode provocar lesão considerável
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necroses, causado por técnica incorreta, desconhecimento dos locais adequados para diversas
aplicações, falta de rodízio dos locais.
Cuidados gerais
Lavar as mãos.
Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de minimizar o perigo de injetar microorganismos
na corrente sangüínea ou nos tecidos.
Fazer anti-sepsia da pele.
Manejar corretamente o material esterilizado.
Explicar ao paciente quanto ao procedimento.
Utilizar o método de administração corretamente.
Posição da agulha – A agulha é inserida na pele formando ângulo de 15º ou paralela à superfície da
pele.
Áreas de aplicação – Face interna do antebraço, escapular, inserção inferior do deltóide. Locais onde
há pouca pilosidade e pigmentação.
Material
Seringa de 1cc
Agulha 13x3, 8 ou 4,5.
Etiqueta de identificação.
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Procedimentos
1. Fazer anti-sepsia ampla da pele.
2. Esticar a pele com auxílio dos dedos polegar e indicador, para facilitar a introdução da
agulha.
3. Introduzir somente o bisel, voltado para cima, sob a epiderme.
4. Injetar o medicamento, lentamente , até a formação da pápula.
5. Retirar a agulha sem fazer compressão no local, pois o objetivo é retardar a absorção da
droga que, quando injetada por esta via, pode provocar fenômenos alérgicos graves
dependendo das condições do cliente.
Via subcutânea (SC)
Conceito – É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme. É indicada para drogas
que não necessita ser rapidamente absorvidas (absorção mais lenta que a via IM e EV).
Administra somente de 0,5 a 1 ml de medicamentos.
Áreas de aplicação – Face externa do braço, região glútea, face externa da coxa, região periumbilical,
região escapular, e flanco direito ou esquerdo.
Procedimentos
1. Fazer anti-sepsia ampla no local.
2. Fazer uma prega na pele com os dedos polegar e indicador, levemente.
3. Introduzir a agulha com impulso. Em seguida, tracionar o êmbolo para certificar-se de que
não tenha atingido um vaso.
4. Aplicar lentamente o medicamento.
5. Retirar agulha fazendo leve compressão do local, sem friccionar a pele.
6. Evitar aplicação próxima à região inguinal, às articulações e ao umbigo, na cintura e na linha
mediana do abdome e face anterior do antebraço (insulina).
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Posição da agulha – A inserção da agulha deve ser perpendicular à pele, ou formando ângulo de 90º,
a fim de evitar o risco de lesar as fibras musculares, ou a droga ser injetada no
tecido subcutâneo.
Áreas de aplicação – A seleção de uma região para injeção intramuscular depende de vários fatores:
idade, quantidade de tecido, natureza do medicamento e estado da pele.
Locais utilizados
DELTÓIDE
A aplicação do medicamento deve ser na parte mais volumosa de massa muscular.
A localização correta é importante para não lesar o nervo radial.
GLÚTEO
Observar o local de introdução da agulha para evitar lesão do nervo ciático, responsável pela
motricidade dos membros inferiores.
Para evitar lesar o nervo ciático: divide-se a nádega em quatro partes, toma-se uma linha que
vai da crista ilíaca posterior à borda inferior da nádega, e outra que vai das últimas vértebras
sacrais à parte superior da articulação coxofemoral
A injeção é feita no quadrante superior externo.
Procedimentos
1. Fazer anti-sepsia ampla.
2. Posicionar o bisel da agulha seguindo o sentido da fibra muscular para minimizar lesão das
mesmas.
3. Aplicar com um único impulso, sem hesitar, para diminuir o desconforto.
4. Tracionar o êmbolo até retornar as bolhas de ar.
5. Injetar o medicamento lentamente.
6. Fazer massagem no local após aplicação.
Aplicação em Z ou com desvio: É usada para evitar o refluxo da medicação, prevenindo irritação
subcutâneas ou manchas pelo gotejamento da solução no trajeto da agulha.
Puxar a pele ou o tecido para um dos lados e manter assim até o fim da aplicação.
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Com a outra mão, inserir a agulha, aspirar com a ajuda dos dedos polegar e indicador e
empurrar o êmbolo com o polegar.
Retirar a agulha e só então liberar a mão não dominante, deixando o tecido SC e a pele voltar
ao norma.
Finalidade
Obter efeito imediato do medicamento.
Administração de drogas contra-indicadas pelo VO, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos
digestivos ou por serem irritantes para tecidos.
Administração de grandes volumes de solução em casos de desidratação, choque,
hemorragias e cirurgias.
Efetuar NPP
Instalar terapêutica com sangue.
Áreas de aplicação – Veias superficiais de grande calibre da região cubital (cefálica, mediana e
basílica), dorso da mão e antebraço.
Material
Bandeja contendo seringa de preferência de bico lateral.
Agulhas
Algodão e álcool à 70%.
Garrote
Toalha, papel toalha.
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Etiqueta de identificação.
Luva de procedimento.
Saco para lixo.
Procedimentos
1. Calçar as luvas.
2. Garrotear 4 cm acima do local escolhido para punção a fim facilitar a visualização e seleção
das veias.
3. Fazer antissepsia ampla obedecendo o retorno venoso.
4. Posicionar o bisel da agulha voltado para cima.
5. Fixar a veia e esticar a pele com auxilio do dedo polegar.
6. Puncionar a veia. Refluindo o sangue, soltar o garrote.
7. Aplicar a droga, lentamente, observando a reação do paciente.
8. Retirar a agulha fazendo compressão no local, sem friccionar a pele.
VENÓCLISE
Objetivos: Manter veia para medicação; Repor líquidos; Manter equilíbrio dos eletrólitos;
Administrar nutrientes.
Material: frasco com solução prescrita; equipo de soro; escalpe ou agulha; esparadrapo ou adesivo
antialérgico; recipiente com bolas de algodão embebido em álcool; garrote; identificação
de soro; tesoura estéril; tesoura limpa; recipiente para lixo.
Procedimentos
1. Orientar o paciente quanto ao procedimento.
2. Lavar as mãos.
3. Preparar o material.
4. Abrir o pacote do equipo de soro.
5. Desinfetar o gargalo e o bico do frasco de soro com algodão embebido em álcool.
6. Cortar o bico do frasco de soro com tesoura estéril.
7. Conectar o equipo no frasco de soro.
8. Fazer o nível da câmara gotejadora e do equipo e retirar todo o ar do mesmo. Em seguida,
fechar a presilha.
9. Identificar o soro.
10. Colocar escala de horário no frasco de soro.
11. Levar todo o material na unidade do paciente.
12. Colocar o frasco de soro no suporte.
13. Conectar escalpe ou agulha na extremidade do equipo e retirar o ar.
14. Puncionar a veia conforme as inscrições para injeção endovenosa.
15. Abrir a presilha do equipo imediatamente e certificar-se de que a agulha esteja dentro da
veia.
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Cuidados importantes
1. Caso modifique a altura do frasco, controlar o gotejamento do soro para manter o fluxo
constante.
2. Controlar rigorosamente o gotejamento de soro para evitar desequilíbrio hidroeletrolítico.
3. Verificar a infusão em intervalos regulares para manutenção do volume do fluxo.
4. Evitar punções venosas em veias localizadas nas articulações.
5. Caso haja dificuldade em puncionar a veia, anotar a freqüência e o motivo.
6. Se a punção venosa for próxima de uma articulação aconselha-se o uso de tala para evitar
transfixação da veia pela agulha.
7. Observar o local da punção venosa freqüentemente, observando a presença de edema, rubor,
infiltração de soro e queixas do paciente.
8. Manter o equipo sem bolhas de ar.
9. Para verificar se a agulha está dentro da veia, abaixar o frasco de soro a níveis inferiores ao
do local da infusão. Ocorrendo retorno de sangue constata-se que a agulha está dentro da
veia.
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10. A identificação de soro deve conter os seguintes dados: nome; enfermaria; leito;medicação;
números de gotas; início; término; data; rubrica.
11. Pacientes que deambulam devem ser orientados para manter o frasco elevado com
gotejamento contínuo.
12. Sempre que possível iniciar a punção das veias pelas extremidades do membro superior.
Cálculo de gotejamento
1ml = 20 gotas
20 gotas = 60 microgotas.
Para fazer o cálculo em macrogotas é só seguir a fórmula:
Onde: V = volume em ml T = tempo em horas
Nº de gotas/min = V/T.3
Podemos fazer cáculo do número de microgotas de uma outra maneira como uma gota é igual a 3
microgotas, então temos:
Nº de microgotas = nº de gotas x 3
Retirada de venóclise
Material: recipiente com bolas de algodão seco; recipiente com bola de algodão embebido em álcool;
benzina ou éter; recipiente para lixo; tira de esparadrapo.
Procedimentos
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1. Lavar as mãos.
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento.
3. Prepara o material.
4. Fechar a presilha do equipo. Descolar o esparadrapo com bolas de algodão embebido em
benzina.
5. Comprimir o local junto ao escalpe ou agulha com algodão embebido em álcool e retira-lo.
6. Pressionar o local, de onde foi retirada a agulha ou escalpe, até obter a hemóstase.
a. O algodão com álcool não deve ser friccionado.
b. Se necessário, promover a hemostasia utilizando uma tira de esparadrapo.
7. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
8. Lavar as mãos.
9. Anotar na prescrição: horário e procedimento.
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ANEXOS
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2. TIPOS DE LÍQUIDOS:
ISOTÔNICO – uma solução com a mesma pressão osmótica do plasma.
a. Solução fisiológica a 0,9%, 0,7%.
b. Ringer com lactato.
c. Componentes do sangue
i. Albumina a 5%
ii. Plasma
d. Solução glicosada a 5% (SG 5%).
HIPOTÔNICO – Uma solução com pressão osmótica inferior à do plasma. A
administração desta solução geralmente dilui a concentração de soluto do plasma e força a
passagem de água para as células, de maneira a restabelecer o equilíbrio intracelular e
extracelular; as células se expandirão ou incharão.
a. Solução glicosada em 2,5% em soro fisiológico a 0,45%.
b. Solução fisiológica a 0,45%.
c. Solução fisiológica a 0,2%.
HIPERTÔNICO – Uma solução com pressão osmótica maior do que a do plasma. A
administração deste líquido aumenta a concentração de soluto no plasma, no sentido de
restaurar o equilíbrio osmótico; as células encolherão.
a. Glicose a 5% em solução fisiológica a 0,9%.
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CÁLCULO DE GOTEJAMENTO:
GT = VT
TX3 T = VT
3XGTS
VT = VOLUME TOTAL
T = TEMPO EM HORAS OBS.: Nº DE MICROGOTAS X3
3 = CONSTANTE DA FÓRMULA
GT = V X 20
Nº DE MINUTOS
GT = GOTEJAMENTO
20 = CONSTANTE DA FÓRMULA (1ML = 20 GOTAS)
OBS.: Um exemplo simples para cálculo de dose de medicamento é feito com a regra de três.
REGRA DEYONG:
DOSE INFANTIL = I. C. X D. A.
1. C + 12
REGRA DE FRIED: A regra de Fried é usada para calcular a dose de bebês com menos de um ano.
DOSE INFANTIL IC (EM MESES) X DA
150
IC = IDADE DA CRIANÇA EM MESES
DA = DOSE DO ADULTO
150 = CONSTANTE DA FÓRMULA
DA = DOSE DO ADULTO
DI = DOSE INFANTIL
1. No rótulo de liquemine, lê-se: 25.000 U cm 5 ml. Para administrar-se 1.000 U, debe-se aspirar
a seguinte unidade em ml.
a. 0,1 ml
b. 0,2 ml
c. 0,3 ml
d. 0,4 ml
e. 0,5 ml
Em um período de 6 horas. Quantas gotas deverão correr por minuto? Considerando o equipo
macrogotas).
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4. Um paciente precisa receber ampicilina sódica 500 mg, de 6 em 6 horas, via intramuscular. A
enfermeira dispõe do medicamento em frasco de 1 grama em pó e do diluente cm ampla de 3,0
ml. Para atender a dose prescrita, ela deverá administrar.
a. 1,5 ml
b. 1,7 ml
c. 2,0 ml
d. 2,5 ml
e. 3,0 ml
7. Referente ao enunciado anterior, o fenômeno ocorre devido a não absorção do antígeno, o que
ocasiona:
a. Infiltração, cianose, hiperemia, edema de glote e hemorragia.
b. Infiltração e tremores, edema, dilatação dos vasos.
c. Infiltração, edema, hemorragia e necrose no ponto de inoculação.
d. Edema infiltração, hemorragia e congestionamento da face.
10. Podemos reduzir a dor nas injeções, utilizando as seguintes técnicas exceto:
a. Realizar rodízio de locais
b. Injetar solução vagarosamente
c. Deixar pequena bolha de ar na seringa
d. Introduzir a agulha vagarosamente e injetar o líquido rapidamente.
11. Foi prescrito Teinam 250 mg EV 6/6horas. E temos disponível Teinam 500 mg fr/amp para
diluir em 20 ml. Quantos ml devemos aspirar?
12. Foi prescrito Keflin 120 mg EV 6/6horas. Temos no posto Keflin 1g para diluir em 10ml.
Quantos ml devemos aspirar.
13. O enfermeiro recebeu o plantão ás 19 horas e, após verificar o prontuário, do paciente dôo L
01, observa que o mesmo encontra-se na sexta e última fase de soro, restando apenas 400 ml a
ser infundido. Qual o gotejamento que deve ser colocado para essa infusão permanecer até as
7:00 hs do dia subseqüente?
14. Se a dose adulto de certa droga é 1 cc, quanto deverá ser dado a uma criança que pese 20
quilos?
15. A dose adulta de biontal é 2,0 g para dose de manutenção. Qual será a dose de biontal para
uma criança de 12 anos?
16. Um bebê de 6 kg precisa tomar uma dose de acetato de cortisona. A dose adulta é 150 mg.
Qual deverá ser a dose para a criança?
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17. Um paciente foi atendido com uma crise de asma, o medicamento que deve ser prontamente
providenciado é:
a. digoxina
b. Aminotilina
c. Dolantina
d. Heparina
e. Insulina
Introdução
A aplicação local de frio e calor a uma parte lesada do corpo, pode proporcionar benefícios
terapêuticos. Antes, porém, da utilização desses tratamentos, o profissional precisa compreender as
reações de um organismo normal às variações da temperatura local, alem de avaliar a integridade da
parte do corpo em questão, determinar a habilidade do paciente em sentir as variações de temperatura
e assegurar o funcionamento correto do equipamento. O profissional é legalmente responsável pela
administração segura de todas as aplicações de calor e frio.
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As aplicações externas de calor e de frio têm por objetivo ajudar as funções naturais do corpo.
É um dos tratamentos mais antigos e os pacientes recebem-no muito bem, encontrando alívio após a
sua aplicação. Modernamente, além dos raios solares, água fria ou quente, vapor, compressa, as
aplicações elétricas, raios infravermelhos, bolsas elétricas e duchas, são empregadas com bons
resultados.
O calor age estimulando ou acalmando, de acordo com a temperatura, tempo de aplicação e
local onde é aplicado. Calor moderado relaxa os músculos, calor em grau mais elevado facilita a
circulação, pela dilatação dos vasos sanguíneos e diminui a dor local.
O frio diminui a circulação pela contração dos vasos sanguíneos, retarda a supuração de
abscesso, diminui a dor local.
São utilizados de forma seca (bolsa de água quente ou fria, forno de Bier) ou
úmida (compressas ou cataplasma).
A exposição ao calor e frio pode provocar reações tanto sistêmicas quanto locais. Reações
sistêmicas ocorrem através de mecanismos de perda de calor ou de mecanismos que promovem sua
conservação e produção de calor; As reações locais ao calor e ao frio ocorrem através do estímulo das
terminações nervosas da pele, sensíveis à temperatura.
O corpo humano pode tolerar amplas variações de temperatura. A temperatura normal na
superfície da pele é de 34ºC, mas os termorreceptores normalmente se adaptam rapidamente a
temperaturas locais entre 45ºC e 15ºC. Quando as temperaturas locais ultrapassam esses limites,
aparece a dor; o estímulo quente excessivo produz uma sensação de dormência antes do aparecimento
da dor.
A habilidade de adaptação do corpo cria o maior problema na proteção dos pacientes contra
lesões resultantes de extremos de temperatura; cabe ao profissional conhecer os pacientes com maior
risco de lesões provocadas pela aplicação de calor e frio como mostra o quadro 1.
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Quadro 1 Condições que Aumentam o Risco de Lesão pela Aplicação de Calor e Frio
Condição Fatores de Risco
Pessoas muito jovens ou Camadas de pele mais finas nas crianças aumentam o risco de
muito idosas queimaduras; os idosos apresentam reduzida sensibilidade à dor.
Feridas abertas, fissura na Os tecidos subcutâneos ou vicerais são mais sensíveis às variações
pele, estomas de temperatura; esses tecidos também não dispõem de
termorreceptores e apresentam pouca quantidade de receptores para
dor.
Áreas com edema ou Reduzida sensibilidade aos estímulos de temperatura devido à
formação de cicatriz pouca espessura das camadas de pele, em função da formação de
líquidos ou cicatrizes.
Doença vascular periférica Extremidades do corpo menos sensíveis a estímulos de
(p. ex. diabetes ou temperatura e dor devido ao comprometimento circulatório e lesões
arteriosclerose) no tecido local; a aplicação de frio comprometeria ainda mais o
fluxo sanguíneo.
Confusão ou inconsciência Reduzida percepção de estímulos sensoriais e dolorosos.
Lesão na medula espinhal Alterações nas vias nervosas prevenindo a recepção dos estímulos
.sensoriais ou dolorosos.
Abscesso no dente ou Infecção altamente localizada; a aplicação de calor pode
apêndice provocar ruptura coma disseminação sistêmica de microorganismos.
Os estímulos de calor e frio criam reações fisiológicas diferentes. A escolha da terapia de calor
ou frio depende das reações locais desejadas para a cura da lesão.
O calor é geralmente muito terapêutico, melhorando o fluxo sanguíneo em uma região lesada
do corpo;já a exposição prolongada da pele ao frio resulta em um reflexo de vasodilatação.
1. Duração da aplicação. Uma pessoa tem maior capacidade de tolerar exposições de curta
duração a extremos de temperatura.
2. Parte do corpo. O pescoço, a superfície interna do pulso e antebraço e as regiões do períneo
são mais sensíveis às variações de temperatura. Os pés e as palmas das mãos são menos
sensíveis.
3. Lesões da superfície do corpo. As camadas expostas da pele são mais sensíveis èas variações
de temperatura.
4. Temperatura prévia da pele. O corpo reage melhor a ajustes menores de temperatura.
5. Área da superfície do corpo. Uma pessoa é menos tolerante a alterações de temperatura em
uma grande área do corpo.
6. Idade e condições físicas. Os mais jovens e os mais idosos são mais sensíveis ao calor e ao
frio. Se a s condições físicas de um paciente reduzem a recepção ou percepção de estímulos
sensoriais, a tolerância a extremos de temperatura é alta, mas o risco de lesões também é
elevado.
APLICAÇÕES QUENTES
As aplicações quentes são indicadas com freqüência para envolver os membros inferiores em
casos de flebite e superiores quando há traumatismos resultantes de punções venosas, flebites e
soroma. O calor geralmente acelera as reações químicas e, em conseqüência, o metabolismo geral e
local, porquanto este ultimo é devido em grande parte a reações químicas.
A aplicação quente pode ser de duas formas: a úmida que inclui o emprego de banho,
cataplasmas, compressas e embebição; e a seca que também inclui o emprego de raios
infravermelhos, almofada elétrica, cobertor elétrico e bolsa de água quente.
De acordo com o quadro 2, pode-se demonstrar as vantagens e desvantagens de aplicações
úmidas e aplicações secas.
As aplicações quentes têm como finalidade à supuração; aliviar a dor; aumentar a circulação;
tornar os exsudados mais fluidos; acelerar a cicatrização; relaxar os tecidos e aumentar a temperatura.
Está indicado no tratamento e fraturas; traumatismos (após 24 horas); distenções e entorses (após 24
horas); mialgias; furunculoses e abscessos; torcicolos; fascites; artralgias reumáticas; contraturas
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musculares; fibrosites; rinite; sinusite; miosites; tendinites; rigidez pós-imobilização; dentre outras
diversas indicações.
O profissional de enfermagem, também deve estar atento as inúmeras contra-indicações na
hora de fazer as aplicações quentes como, por exemplo, pacientes com feridas cirúrgicas;
hemorragias; lesões abertas; febre alta; traumatismo agudos; tumores malignos; áreas anestesiadas;
dentre outras.
Indicações do procedimento
Em abscessos, para diminuir exsudatos, ajudar a cicatrização, aumentar o peristaltismo,
favorecer o relaxamento e o bem estar do adulto e da criança e em caso de hipotermia.
Material necessário
Compressas
Panos
Recipiente para água quente
Toalha pequena
Toalha de banho
Protetor para a cama
Termômetro.
Indicações de procedimento
Em abscessos,para diminuir exsudatos, ajudar a cicatrização aumentar o peristaltismo,
favorecer o relaxamento e o bem-estar do adulto e da criança, em caso de hipotermia.
Material necessário
Bolsa de água quente
Almofada elétrica
Manta elétrica
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APLICAÇÕES FRIAS
As aplicações frias são geralmente usadas para aplicar na testa ou sobre os olhos, para
diminuir congestão e dor. Quando se faz aplicação fria em uma região do corpo do paciente,
acontecerá uma mudança local ou sistêmica da temperatura tissular.
As reações ao frio modificam-se pela forma e duração da aplicação, o grau de temperatura,
estado do tecido e superfície corporal.
O frio é aplicado ao organismo visando efeitos sistêmicos e locais; para os fins sistêmicos,
utiliza-se o frio para tornar lento o metabolismo basal. É indicado em certos tipos de cirurgias
cardíacas, para baixar a febre, controlar as hemorragias, aliviar a dor, além de outras indicações. As
aplicações frias têm como finalidade diminuir a inflamação local; baixar a temperatura; aliviar a
dor; dentre outras. Os profissionais de enfermagem devem ficar atentos as contra-indicações no
momento de fazer a aplicação fria.
Existem dois tipos de aplicação fria: aplicação fria úmida e aplicação fria seca.
Indicações do procedimento
Em contusões, entorses e no caso de hipertemia.
Material necessário
Compressa
Panos
Recipiente para água fria
Toalha pequena
Toalha de banho
Protetor para cama
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Indicações do procedimento
Em contusões, entorses e no caso de hipertemia.
Material necessário
Bolsas de gelo
Colares de gelo
Bolsas de frio comerciais
Mantas de hiportemia
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b) Causa
Lesão intencional: que resulta de tratamento. Ex.: Incisão cirúrgica.
Lesão não intencional: Lesão traumática que ocorre inadvertidamente. Ex.: lesão com faca,
queimadura.
c) Gravidade
Lesão superficial: que envolve apenas a camada epidérmica da pele. Ex.: queimadura de
primeiro grau.
Lesão penetrante: que envolve ruptura da camada epidérmica, assim como da derme e
tecidos mais profundos ou órgãos. É causada por corpo estranho que entra profundamente
nos tecidos. Ex.: ferimento à bala, punhalada.
d) Limpeza
Ferida Limpa: que não contém organismos patogênicos. É causada por ferida cirúrgica que
não entra no trato gastrointestinal, no trato respiratório ou na cavidade orofaríngea. Estas
feridas possui um baixo risco de infecção. Ex.: mastectomia, cirurgia cardíaca e neurológica
sem prévia contaminação.
Ferida potencialmente contaminada: provocada sob condições assépticas, mas envolvendo
penetração em cavidade do corpo que normalmente abriga microorganismos. Riscos de
infecção maior que nos casos de ferida limpa. Ex.: gastrectomia, apendicectomia sem
supuração, colecistectomia.
Feridas contaminadas: existente sob condição propícia à presença de microorganismos,.
Pode ser causada por feridas traumáticas, ferida cirúrgica na qual ocorreu uma falha nos
padrões de assepsias. Ex.: cirurgia de emergência, trauma abdominal envolvendo penetração
do intestino.
89
Feridas infectadas: envolvendo bactérias presentes no local da lesão. É causada por qualquer
ferida que não cicatriza adequadamente, permitindo a proliferação de microorganismos,
feridas traumáticas antigas, incisão cirúrgica em uma área infeccionada E.]x.: apêndice
supurado, drenagens de abscesso.
e) Qualidade descritiva
Laceração: a ruptura de tecidos resulta em uma lesão com bordas irregulares. É causada por
lesão traumática grave. Ex.: ferimento por faca, maquina industrial e vidros quebrados.
Escoriações: lesão superficial envolvendo esfoladuras ou esfregaduras de superfícies da pele
por atrito. Resulta freqüentemente de queda.
Contusões: lesão fechada causada por um golpe infringido ao corpo por meio de um objeto
rombo; contusão ou equimose caracterizada por edema, descoloração e dor. Há sangramento
nos tecidos, causado por golpe brusco contra uma parte do corpo.
A cicatrização
Durante os processos dinâmicos da cicatrização, ocorre uma seqüência de fases, no qual a
efetividade do evento depende do sucesso do procedente. O corpo mobiliza sua força no sentido de:
Estancar a perda de sangue.
Remover patógenos e restos celulares.
Regenerar a cobertura epidérmica natural.
Repara o tecido mais profundo danificado.
Diabetes:o paciente portador de diabetes tem uma pequena doença vascular que prejudica a
perfusão dos tecidos. O suprimento de oxigênio pode ser insuficiente. Estresse de uma lesão:
91
Infecção: A infecção de uma lesão por bactéria inibe a cicatrização devido ao aumento da
lesão dos tecidos e alteração das camadas da pele e tecidos. A infecção sistêmica afeta a
cicatrização, porque a ferida precisa disputar os glóbulos brancos e os nutrientes com
qualquer infecção. A cicatrização só ocorrerá depois que o organismo tiver superado a
infecção. A infecção sistêmica está freqüentemente associada à pirexia. A pirexia causa um
aumento do ritmo metabólico, aumentando assim o catabolismo ou colapso tecidual.
Deiscência: quando a ferida não cicatriza adequadamente, pode ocorrer a separação parcial
ou total das camadas da pele e tecidos.
Fístula: Caracteriza-se por uma passagem anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e o
lado externo do corpo. Um cirurgião pode criar uma fistula por razões terapêuticas
(gastrostomia). Porém, a maioria das fistulas resulta de processos inadequados de
cicatrização ocasionados por traumas, infecções exposição à radiação e doenças malignas.
Aumentam os riscos de infecção, de desequilíbrio hidroeletrolítico e ruptura da pele devido a
processos de drenagem crônica.
93
CURATIVO
É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida,
quando necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e
infecção.
Finalidades
1. Prevenir a contaminação.
2. Remover corpos estranhos.
3. Manter a umidade da superfície da ferida.
4. Promover a cicatrização do tecido.
5. Proteger a ferida.
6. Facilitar a drenagem.
7. Aliviar a dor.
8. Promover o conforto e bem estar do paciente.
9. Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida.
10. Fornecer isolamento térmico.
11. Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necrosado.
12. Absorver exsudato e edema.
13. Promover hemostasia.
94
Tipos de curativos
O curativo é feito de acordo com as características da lesão.
1. Aberto: Curativos feitos em ferida sem infecção que após a limpeza podem permanecer
abertos; Ex.: curativo de ferida cirúrgica.
2. Oclusivo: Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou
ocluido com gaze ou atadura. Permite vedar a ferida em casos drenagem torácica prevenindo
um pneumotórax.
3. Compressivo: É o que faz compressão para levar à hemostasia ou vedar bem uma incisão,
quando se deseja aproximar as bordas de um ferimento.
4. Com irrigação: Realizado nos ferimentos com infecções, dentro de cavidades ou fístulas,
com indicação de irrigação com soluções salinas ou anti-sépticas. A irrigação é feita com
seringa.
5. Com drenagem: Realizado nos ferimentos com grande quantidade de drenagem de exsudato,
são utilizados drenos, tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
6. Outros tipos de curativos: Bota de unna, bota de algodão, Hidrocolóides, etc.
DESBRIDAMENTO
Açúcar: tem poder bactericida quando usado puro ou em pasta, porém não atua sobre bactérias
esporuladas. Tem como característica diminuir o edema local; reduzir a congestão vascular,
promovendo melhor oxigenação e irrigação da ferida; desenvolvendo a maturação de tecido
de granulação; desbridar tecidos mortos e desvitalizados. Deve-se limpar com SF antes. A
troca deve ser freqüente, mais de 4 horas se torna mio de cultura (chama insetos, baratas,
trocar a cada 2 horas).
Papaína: pode ser encontrado na forma de pasta, pó e na forma líquida. Possui ação bactericida,
cicatrizante, antiinflamatória e desbridante. Facilita a ação de drogas na ferida. É utilizada
em feridas necróticas. Deve ser preparado em frascos de vidro pelo poder de oxidação que
possui (Fé, O2 e I). Desvantagens: exige cobertura secundária com gaze ou outro curativo, o
preparo deve ser antes do uso, deve-se trocar diariamente, deve ser aplicado a limpeza.
Ácidos Graxos Essenciais (AGE) e ácido linoléico: uso em todo tipo de lesão deve ser realizado
debridamento prévio, limpar, cobrir com gaze e irrigar, trocar a cada 48h, pode ser associado
a qualquer tipo de cobertura.
Hidrocolóides: (atualmente mais usado). Mantém a umidade da ferida, possui barreira contra
infecção, favorece debridamento, reduz calor, é de fácil remoção. À prova d’água. É
indicados em lesões não infectantes, lesão com médio ou pouco exsudato, feridas
operatórias, úlceras de pressão, áreas de transplantes, proteção da pele. É contra-indicado em
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Alginato: É altamente absorvente, promove hemostasia em feridas com baixo exsudato. Protege as
terminações nervosas, facilita a formação de tecido de granulação, necessita de curativo
secundário. Não usar em feridas com pouco exsudato, com sangramento, não utilizar em
implantes cirúrgicos. Trocar de 2 a 3 dias.
Filmes transparentes: promove umidade local. É indicado em ferida superficiais (com acometimento
da derme e epiderme), para proteção da pele, enxertos, pouco exsudato, curativo de cateter.
Deve ser trocado na presença de exsudato. Tempo de permanência é de 05 a 12 dias.
Carvão ativado: Usados em feridas exsudativas e infectantes. Possui ação bactericida com alto grau
de absorção de exsudato. Diminui odor, é de fácil remoção, pode ser usado com ácidos
graxos e deve ser aplicado após limpeza com SF. A troca deve ser realizada a cada 48 a 72h.
É contra-indicado em lesão que esteja com tecido de granulação (absorve e resseca muito);
em áreas queimadas; área doadora; distúrbios de coagulação. Tem como desvantagem ter
que se usar uma cobertura secundária (fita crepe ou micropore).
Clorexedine: anti-séptico.
PVPI: bactericida e fungicida. Pode causar lesão retardatária à cicatrização, age retirando todo o
processo de cicatrização da ferida; é tóxico para cavidades, não usar em lesões abertas.
Procedimentos
1. Conservar com o paciente e explicar sobre o cuidado a ser feito;
98
Procedimentos
1. Lavar as mãos;
2. Observar no coletor as características da secreção (cor, odor, etc);
3. Organizar bandeja estéril, mais o material necessário, de acordo com o tipo de curativo;
4. Observar o ambiente (ventilação, iluminação);
5. Conversar com o paciente confortável;
6. Deixar o paciente confortável;
7. Descobrir a área a ser tratada e proteger a cama com impermeável e traçado;
8. Colocar as luvas;
9. Colocar as pinças na ordem com os cabos voltados para fora. Abrir o pacote de gase e
colocar dentro do campo;
10. Retirar o curativo com o auxilio da pinça e espátula com gaze embebida em éter, desprezar
esta pinça no campo e espátula com curativo no saco de lixo;
11. Pinçar o látex se necessário, principalmente no caso de necessidade de troca da solução;
12. Fazer a limpeza da ferida obedecendo aos princípios de contaminação e seguindo a ordem de
seqüência e de uso.
13. Limpar e secar inicialmente nas bordas e depois na área ao redor do dreno;
14. Prepara a gaze fazer uma abertura com a tesoura pegando pela parte que não vai tocar no
dreno, se usa 2 ou mais gases dependendo da necessidade;
15. Tirar as luvas com a técnica;
16. Colocar os esparadrapos, prendendo toda a gaze pela extremidade;
17. Organizar o material e recolher deixar o paciente confortável;
18. Lavar as mãos;
19. Anotar no prontuário todo o procedimento: colocando hora, dia o que foi observado.
Retirada do dreno
1. Se for retirar o dreno o paciente não deve estar em fawler médio;
2. Colocar bastante gaze perto do dreno e mandar o paciente respirar;
3. Fazer o curativo compressivo (vedar todo o curativo);
100
4. Dreno torácico exige troca de curativo extremamente rápida e curativo oclusivo para evitar
que ocorra pneumotórax. Não deve apresentar dobras para garantir uma boa drenagem;
CURATIVO INFECTADO
Procedimento
1. Conversar com o paciente e explicar o que vai ser feito;
2. Organizar o material e organizar o ambiente *ventilação, iluminação);
3. Colocar o biombo;
4. Lavar as mãos;
5. Levar o material até a mesa de cabeceira;
6. Colocar o impermeável ou lençol, expondo a área do ferimento;
7. Abrir com técnica o pacote de curativo estéril;
8. Colocar as luvas de procedimento e proceder a retirada da atadura, em seguida retira-las;
9. Colocar as luvas estéril e organizar pela seqüência os instrumentos do pacote: anatômico com
dente, kocher, anatômica sem dente e tesoura;
10. Umedecer a gaze com soro fisiológico para soltar com maior facilidade;
11. Retirar as gazes com a pinça anatômica com dente despreza-la;
12. Limpar as bordas da ferida;
13. Irrigar a ferida com a seringa e soro fisiológico;
14. Depois enxugar, da parte mais limpa para a mais contaminada, sempre utilizando o auxilio da
pinça de kocher;
15. Colocar solução prescrita,pomada ou anti-séptico prescrito;
16. Colocar gazes suficientes e fixar com a atadura;
17. Organizar todo o material, deixar o paciente confortável;
18. Lavar as mãos;
19. Anotar no prontuário todo o procedimento.
101
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
14. Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela incisão fechada e limpa,
seguindo-se as lesões abertas não infectadas e, por último as infectadas;
15. Geralmente, nas feridas cirúrgicas, 48 horas após a cirurgia, é recomendado deixar o curativo
aberto;
16. Ao dar banho em pacientes com curativo, aproveitar para lavar a lesão;
17. Não jogar o curativo anterior e as gazes utilizadas na cesta de lixo do paciente.
18. Não comprimir demais com ataduras e esparadrapo o local da ferida a fim de permitir boa
circulação.
19. O saco plástico que recebe gazes e ataduras usadas no curativo deve ser de uso individual.
Um para cada paciente.
20. Não é necessário o uso de luvas para fazer curativo. Exceto quando não utilizar pinça. Neste
caso as luvas devem ser esterelizadas.
21. Nas feridas, com exsudato, com suspeita de infecção deve ser colhida amostra para
bacterioscopia e encaminhada imediatamente ao laboratório.
Conceito
Atadura é uma faixa de várias larguras e comprimentos, geralmente enrolada. Usada para
envolver, fixar e proteger partes lesadas, e ainda, manter curativos no lugar.
As ataduras mais usadas são de gaze, crepe e elástica, estão disponíveis no mercado em rolo
de varias larguras e comprimento; sendo recomendados:
Proteção: para evitar o contato das partes em tratamento com o meio exterior, proteger
curativos, proporcionar calor.
Aplicação
1. Circular ou orbicular: É feita com uma volta sobre a outra. Usada em partes cilíndricas do
corpo ou para manter curativos; Ex: testa, pescoço, pulso, tornozelos, tórax.
2. Espiral: a atadura é enrolada obliquamente num segmento corporal. A volta é colocada
sempre do diâmetro menor para o maior, para evitar que se desmanche.
a. Lenta: é aplicada nas partes cilíndricas do segmento corporal: braço, antebraço,
dedos, tronco e pernas.
b. Apressada ou oblíqua: as voltas não se tocam entre si. É usada para fixar talas
imobilizando as articulações e para unir a mesma atadura duas partes, como mão
e cotovelo. Deve-se tomar cuidado, pois com os espaço sem compressão que
ficam entre as voltas da atadura podem ocasionar edema, devido à deficiência
circulatória, se a atadura estiver muito apertada.
c. Reversa ou espiral com inversão: em cada volta se inverte a atadura, de forma tal
que sua parte interna fique sendo externa e na seguinte volta, vice-versa. Desta
forma há diminuição na largura da atadura, evitando que a atadura fique frouxa.
A volta em espiral reversa é aplicada nas partes cônica; regiões onde há
acentuado aumento do diâmetro (braço, antebraço, pernas, coxas).
3. Cruzada ou em oito: também conhecida com espica. Consiste em cruzar a atadura em
forma de oito. É usada, sobretudo nas articulações (cotovelo, joelho, punho, tornozelo),
nas partes cilíndricas do corpo (braço, tórax) e quando se quer mudar de um segmento para
outro: cabeça – pescoço, braço – tórax, mão – punho, etc. Permitindo os movimentos
articulares.
4. Recorrente: utilizada para cobrir porções distais do corpo como cabeça (capacete),
extremidades dos dedos da mão e pé cotos de membros amputados.
105
Oxigenioterapia
Consiste na administração de oxigênio medicinal com finalidade terapêutica. Trata-se de uma
intervenção mais comum para melhorar as trocas gasosas entre alvéolos e sangue, aumentando a
concentração de oxigênio no sangue, enquanto diminui o trabalho da respiração e o estresse do
miocárdio. O oxigênio é uma droga terapêutica e deve ser usado com cautela.
Indicações
Hipoxemia de qualquer origem;
Reanimação cardiorespiratória;
Manutenção da integridade capilar;
Infarto agudo do miocárdio;
Pós-operatório imediato;
Doenças pulmonares agudas, infecciosas e crônicas;
Pacientes com DOPCs.
Material básico:
Oxigênio canalizado ou em torpedo;
Manômetro e/ou fluxômetro;
Umidificador;
Aviso de não fumar;
Esparadrapo, micropore ou fita adesiva;
Gaze;
Água destilada;
Lubrificante;
Saco para resíduos;
Intermediário de látex ou plástico.
Cânula nasal
Tubo plástico com pequeno diâmetro e duas protusões que são introduzidas nas fossas nasais.
Seu uso é mais confortável do que a maioria dos dispositivos, especialmente o cateter nasal;
Controla o fluxo de oxigênio (1 a 6 1/min);
Fornece concentração de oxigênio de 25 a 40%;
É usada quando não é necessária grande pressão na administração de oxigênio.
Obs: Acrescentar ao material básico a cânula nasal.
Procedimento
1. Conversar com o paciente sobre o cuidado;
2. Preparar ambiente , verificando as medidas de segurança;
3. Organizar o material;
4. Lavar as mãos;
5. Colocar o paciente em posição confortável;
6. Adaptar a cânula ao tubo de látex ou plástico;
7. Abrir o oxigênio;
8. Colocar a cânula no nariz do paciente, fixando-a com a fita adesiva;
9. Manter o fluxo de oxigênio – 1 a 6 1/min ou de acordo com pm;
10. Lavar as mãos;
11. Anotar no prontuário os cuidados prestados.
108
Máscaras de oxigênio
É um dispositivo de plástico transparente com uma saída para a expiração que recobre o nariz
e a boca;
Usa a parte da face e os seios nasais como reservatório do oxigênio, se mistura com o ar
ambiente entra pelos orifícios durante a inspiração;
A quantidade de oxigênio através da máscara oscila entre 5 a 8 1/min.
Obs: alguns pacientes podem sentir claustrofobia, tranqüilizá-
lo de que existe ar e oxigênio suficiente para respiração.
Procedimento
1. Prepara ambiente verificar a medida de segurança;
2. Conversar com o paciente e explicar o que vai ser feito;
3. Colocar o paciente confortável em posição de fowler;
4. Preparar o material e colocar na mesa de cabeceira;
5. Unir a máscara ao intermediário e este ao umidificador;
6. Abrir a válvula do torpedo e deixar sair um pouco de oxigênio para evitar saída intempestiva;
7. Regular o número de litros de oxigênio até a quantidade prescrita (5 a 8 litros);
8. Deixar o ambiente em ordem;
9. Lavar as mãos;
10. Anotar os cuidados prestados no prontuário.
Cateter nasal
Caracteriza-se pela introdução de uma sonda fina de plástico ou borracha, com alguns orifícios
pequenos na extremidade, que introduz no nariz e na faringe;
Concentração de oxigênio é de 60%.
Material: (acrescentar)
Cateter nasal estéril (sonda número 6, 8, 10 ou 12);
Luva de procedimento.
109
Procedimentos
Lavar as mãos;
Explicar o paciente o que vai ser feito;
Preparar o ambiente, verificando as medidas de segurança;
Preparar o material, levando para junto do paciente;
Lavar as mãos;
Colocar o paciente em posição fowler;
Verificar a quantidade de litro prescrita pelo médico;
Colocar o umidificador no local e adaptar o látex;
Colocar xilocaína na gaze;
Medir a distância entre a ponta do nariz e lóbulo da orelha e marcar com esparadrapo;
Com gaze umedecida de xilocaína, introduzir a porção do cateter correspondente à fossa
nasal;
Fazer fixação correta do cateter de O2 junto a narina e sobre a orelha;
Quantidade de O2 é de 2 a 3 1/min;
Organizar o material;
Deixar o paciente confortável;
Lavar as mãos;
Anotar no prontuário todo o procedimento.
Cuidados de enfermagem
Fazer a troca de narina a cada seis horas e proceder a uma limpeza do cateter e da narina;
Substituir o cateter a cada 24 horas no caso de permanência de O2, considerando a profilaxia
de infecções;
Colocar avisos para não fumar;
Ao verificar que o nível da água no umidificador está baixo, desprezar a água restante e
recolocar nova água. Jamais acrescentar água ao volume restante;
Manter o umidificador sempre com água até a marca 2/3 de sua capacidade;
Água usada no umidificador deve ser estéril;
Observar o paciente durante o tratamento;
Capacidade do cilindro 300 libras, se estivar abaixo de 50 libras chamar a manutenção;
110
Cuidados importantes
1. Seguir rigorosamente a prescrição médica quanto à quantidade de oxigênio por minuto, para
evitar graves complicações;
2. Observar a presença de vazamento de oxigênio em todo o sistema;
3. Nunca ligar o oxigênio sem umidificação para evitar sérias lesões no trato respiratório;
4. Ao utilizar o torpedo de oxigênio, observar os seguintes cuidados:
Proibir o uso de fumo próximo ao cilindro ou torpedo de oxigênio;
Transportar em carrinho apropriado;
Abrir lentamente a válvula de cilindro ou torpedo;
Evitar quedas.
5. Trocar o cateter a cada horas devido à obstrução e mudar o local de fixação;
6. Anotar na prescrição do paciente o horário da suspensão do tratamento.
AEROSSOLTERAPIA/NEBULIZAÇÃO
Conceito
É a introdução de medicamentos, transformados em pequenas partículas voláteis, através do
trato respiratório por um aparelho chamado nebulizador. Pode ser realizada por meio de ar
comprimido ou oxigênio.
111
Objetivo
Fornecer um excesso de umidade às mucosas que revestem o trato respiratório. A umidade
ajuda a aliviar a irritação da mucosa, dilui secreções espessas e afrouxa as crostas.
Procedimentos
1. Lavar as mãos;
2. Retirar o nebulizador já desinfetado do recipiente;
3. Colocar a solução prescrita no nebulizador;
4. Posicionar o paciente de maneira confortável, de preferência em Fowler ou sentado;
5. Orientar o paciente para manter a máscara junto à face, inspirar pelo nariz e expirar pela boca;
6. Graduar o fluxômetro até visualizar a saída de névoa (no máximo 5 litros por minuto);
7. Manter a nebulização por 15 a 20 minutos ou de acordo com prescrição médica;
8. Deixar o paciente confortável;
9. Fazer a desinfecção do nebulizador conforma a rotina;
10. Lavar as mãos;
11. Checar o horário na prescrição.
Cuidados importantes
1. Ao fechar a válvula do fluxômetro, observar se não há vazamento;
2. Estimular a expectoração e anotar a quantidade e características;
3. Nos pacientes traqueostomizados adaptar o nebulizador próximo à traqueostomia;
4. Na nebulização contínua, manter a água esterilizada do frasco em níveis adequados;
5. Utilizar oxigênio somente quando não houver ar comprimido disponível ou quando houver
prescrição médica para uso do oxigênio.
112
Introdução
A sonda é um instrumento para ser introduzido em um canal ou cavidade para fins
propedêuticos (determinar a presença de estenose, corpo estranho ou uma outra situação mórbida).
Pode ser fina e flexível, para explorar ou dilatar um canal natural; ou rígida, geralmente com uma
extremidade pontiaguda, para separar tecidos de dissecação.
A sondagem é um método muito utilizado e eficiente em pacientes em situações delicadas,
quase sempre dentro do hospital. Ela pode ser utilizada no pré-operatório, por exemplo, para fazer
esvaziamento vesical, no pós-operatório para exercer funções que o corpo ainda não está adaptado
(por exemplo: uso de sonda nasogástrica para alimentação após uma cirurgia esofagiana) e no caso de
perda de funções vitais (exemplo: um paraplégico que não tem reflexos vesicais que tem necessidade
de estar sempre com uma sonda vesical).
CATETERISMO GÁSTRICO
Conceito
É a introdução de uma sonda plástica ou de borracha, flexível, podendo ser curta ou longa,
pela boca (SOG) ou nariz (SNG) até o estômago.
Objetivos
Estabelecer uma via para alimentar o paciente;
Examinar o conteúdo gástrico;
Administrar medicamentos;
Preparar para cirurgias e exames;
Para aspirar ou esvaziar o conteúdo gástrico;
Nas cirurgias e afecções da boca;
Estabelecer um meio de drenar o conteúdo gástrico;
Aliviar distensão abdominal.
113
Tipos de sonda
Sonda Levine: é uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de plástico como de
borracha com orifícios laterais próximos à ponta; são passadas normalmente pelas narinas.
Apresenta uma única luz (números 14 a 18 ). A sonda é usada para remover líquidos e gases
do trato gastrointestinal superior em adultos, obter uma amostra do conteúdo gástrico para
estudos laboratoriais e administrar alimentos e medicamentos diretamente no trato
gastrointestinal;
Sonda Ewald: usada para retirada do conteúdo gástrico (tubo de borracha com uma grande
abertura);
Sonda Jutte: com ponta de malha metálica;
Sonda Rhefus: ponta metálica, aumenta força da gravidade;
Sonda de Miller-Abbott: sonda longa de borracha, com luz dupla e com um balão na
extremidade, que é introduzida, geralmente, através de uma narina e levada até o piloro; é
utilizada para localizar e tratar processos obstrutivos do intestino delgado;
Sonda de Dobhoff: usada para alimentação.
Contra-indicações
TU de mediatisno
Estenose de esôfago
Varizes de esôfago
Material
Biombo, sonda gástrica; cuba rim; toalha de rosto; anestésico local e lubrificante (xilocaina
gel à 2%); gaze; seringa de 20 ml; estetoscópio; esparadrapo, recipiente para lixo; copo com
água.
Procedimentos
1. Verificar na prescrição do paciente a finalidade da sondagem.
2. Explicar o procedimento ao paciente.
3. Prepara o material.
4. Lavar as mãos.
5. Posicionar o paciente em Fowler ou sentado.
6. Cortar o esparadrapo para fixação e para marcar a sonda.
7. Medir a sonda:
a. Da asa do nariz ao lóbulo da orelha.
b. Medir do lóbulo da orelha até o apêndice xifóide e marca-la com esparadrapo.
8. Lubrificar a sonda com anestésico local do tópico com auxilio de gaze.
9. Introduzir a sonda lentamente, sem forçar.
10. Fletir a cabeça do paciente para frente quando a sonda ultrapassar o obstáculo da parede
nasofaríngea.
11. Pedir ao paciente para deglutir e respirar profundamente, enquanto, a sonda é introduzida. A
sonda deve ser introduzida delicadamente até a marca do esparadrapo.
12. Verificar se a sonda está no estômago através dos seguintes procedimentos:
a. Colocar o estetoscópio abaixo do apêndice xifóide: introduzir 10 ml de ar pela sonda
com auxilio de seringa. O ar introduzido produzirá ruídos que serão auscultados
através do estetoscópio, confirmando a localização correta da sonda.
b. Aspirar suco gástrico.
c. Colocar a sonda em um copo d’água se não borbulhar está no estômago.
d. Pedir ao paciente que diga “HUM” com a boca fechada;
13. Fixar a sonda com esparadrapo, sem comprimir a narina, de modo que fique segura.
14. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
15. Guardar o material.
16. Lavar as mãos.
17. Anotar na prescrição do paciente: horário; nº da sonda; reações do paciente.
115
Cuidados importantes
1. Caso o paciente apresente tosse durante a introdução da sonda, interromper o procedimento até
cessar o estado tussígeno. Se a tosse persistir, retirar totalmente a sonda.
2. Anotar volume e aspecto da secreção gástrica quando a sonda permanecer aberta.
3. Limpar as narinas, duas vezes ao dia, com cotonete.
4. Trocar a fixação diariamente, massageando as narinas para evitar lesão.
5. Cercar a cama com biombo, se necessário.
6. Verificar se houve desvio na introdução, em caso de cianose, ruídos sibilantes, sair ar pela
sonda, tosse intensa e rouquidão.
7. Uma radiografia e o único meio seguro de se verificar a posição da sonda.
Possíveis complicações
Gastrointestinais: diarréia, náuseas vômito, gases, plenitude gástrica, cólicas, Síndrome de
Dumping, constipação.
Mecânicas: pneumonia por aspiração, má colocação, obstrução da sonda, resíduo, irritação
nasofaríngea.
Metabólicas: hiperglicemia, desidratação, azotemia, Síndrome das alimentações por sondas.
GAVAGEM
Objetivo: Este procedimento é utilizado para oferecer alimentos aqueles pacientes que não
conseguem alimentar-se devido à perda de apetite, inconsciência fraqueza ou debilidade
excessiva ou obstrução do esôfago, bebês prematuros ou crianças que sofrem cirurgias
reparadoras da boca.
Material: seringa de 20 ml; pacote de gaze; copo com água; recipiente para lixo; estetoscópio;
recipiente com alimentos; bolas de algodão com álccol.
Procedimentos
1. Lavar as mãos.
2. Preparar o material.
3. Orientar o paciente sobre o procedimento.
4. Lavar as mãos.
5. Elevar a cabeceira da cama, se não houver contra-indicação.
6. Verificar se a sonda está no estômago conforme técnica da sondagem gástrica.
7. Verificar temperatura do alimento (próxima à temperatura corporal).
8. Limpar a extremidade da sonda com bola de algodão embebida em álccol.
9. Aspirar o alimento com a seringa.
10. Introduzir o alimento lentamente.
11. Repetir o procedimento até o término, evitando a introdução de ar, ou injetar a dieta por
sifonagem (colocar a extremidade da sonda dentro do recipiente da dieta e eleva-lo para obter
a cão da gravidade).
12. Injetar 10% de água em relação à quantidade do alimento.
13. Limpar a extremidade da sonda novamente.
14. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
15. Proceder à limpeza dos materiais.
16. Lavar as mãos.
17. Anotar na prescrição do paciente: horário; tipo e a unidade do alimento; intercorrências se
houver.
Cuidados importantes
Antes de administrar o alimento aspirar a sonda para verificar se o estômago não está repleto
de alimento;
Não deixar entrar ar mantendo a sonda fechada evitando distensão abdominal;
Pinçar a sonda para evitar a entrada de ar sempre que for manuseá-la;
Elevar o decúbito ou deixar o paciente em decúbito lateral nos casos em que o paciente tenha
facilidade de rugurgitamento.
117
LAVAGEM GÁSTRICA
Objetivos:
Remover substâncias tóxicas ou irritantes;
Preparar pacientes para cirurgias e/ou exames;
Auxiliar no tratamento de hemorragia gástrica.
Material: o mesmo material de sondagem gástrica acrescida da solução prescrita para lavagem (Soro
fisiológico, solução de bicarbonato de Na, água), pedaço de látex.
Procedimentos
1. Lavar as mãos;
2. Verificar se o paciente deverá permanecer com a sonda após a lavagem;
3. Preparar o material;
4. Orientar o paciente sobre o procedimento;
5. Executar técnica de sondagem gástrica;
6. Colocar o paciente em posição de Fowler ou decúbito lateral;
7. Adaptar o frasco de soro fisiológico (S.F.) na sonda e injeta-lo lentamente;
8. Deixar que a solução retornasse ao frasco através da força da gravidade, deixando o frasco
mais baixo que o corpo;
9. Proceder desta forma quantas vezes forem necessárias, usando tantos frascos de soluções
forem prescritos;
10. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
11. Fazer limpeza dos materiais;
118
Procedimentos
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Colocar a toalha sobre o tórax do paciente;
5. Retirar o espadrapo que fixa a sonda com auxílio de gaze e éter;
6. Fechar a sonda;
7. Retirar a sonda lentamente com auxílio de uma gaze;
8. Proceder à limpeza das narinas com auxílio de cotonete;
9. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
10. Fazer limpeza dos materiais;
11. Lavar as mãos;
12. Anotar na prescrição do paciente: horário; motivo; reações do paciente em relação à retirada
da sonda.
Conceito
É a introdução de uma sonda na bexiga através do meato urinário, devendo ser feito com
técnica rigorosamente asséptica.
119
Objetivos
Aliviar a distensão vesical pela retenção de urina;
Evitar a constante umidade em pacientes com incontinência urinária;
Proceder ao preparo pré-operatório de algumas cirurgias;
Possibilitar o controle rigoroso da diurese;
Obter amostra estéril de urina.
Observações
1. Antes da sondagem em pacientes com retenção urinária, procura meios que estimulem a
diurese espontânea do paciente:
a. Abrir uma torneira perto do paciente;
b. Fazer lavagem externa com água aquecida;
c. Colocar o paciente sobre uma comadre com água aquecida;
d. Colocar bolsa de água quente sobre a região hipogástrica;
e. Pingar água morna sobre o clitóris;
f. Colocar as mãos do paciente em água aquecida.
2. Para pacientes com incontinência urinária, ao invés de cateterizar, é preferível usar fraldas
descartáveis para mulheres e uropen para homens.
Indicações do cateterismo
☺ Método intermitente: (sonda nelaton ou de alívio)
a. Para alívio imediato da distensão da bexiga: nos casos de paciente que não consegue
urinar 8 a 12 horas de cirurgia; pacientes com retenção urinário aguda, devido a
traumatismo na uretra; pacientes sob efeitos sedativos;
b. No tratamento prolongado de pacientes com incompetência vesical;
c. Obter amostra estéril de urina;
d. Verificar presença residual após a micção.
Minimização de traumatismos
O traumatismo da uretra pode ser minimizado com um cateter do tamanho apropriado. O
cateter é lubrificado de modo a ser introduzido de forma fácil e de forma delicada. O cateter
é fixado apropriadamente para evitar sua movimentação, causando tração da uretra, ou
remoção acidental.
Obs.: Sonda nelaton ou de alívio: varia de nº 04 a 22
Sonda de foley ou de borracha: varia de nº 12 a22
Riscos de infecção
A presença de um cateter de demora pode levar à infecção. Os patógenos responsáveis pelas
infecções do trato urinário associado ao cateter incluem Escherichia coli, Klesbsiella, Proteus,
Pseudomonas, Enterobacter, Serratia e Cândida.
Os cateteres impedem a maioria das defesas naturais do trato urinário inferior através da
obstrução dos dutos peri-uretrais, irritando a mucosa vesical e promovendo uma via artificial para a
entrada de organismos na bexiga.
Por isso (devido aos riscos de infecção), o paciente com um cateter de demora é avaliado
quanto aos sinais e sintomas de infecção do trato urinário: urina turva, hematúria, febre, calafrios,
anorexia, e mal-estar.
Além disto, determinados princípios são essenciais nos cuidados de um sistema fechado de
drenagem urinária, de modo a prevenir essas indesejáveis infecções.
Cuidados importantes
1. A sondagem vesical de demora tem indicações específicas conforme descrito nos objetivos.
Assim, nos casos de retenção urinária de qualquer origem, quando o objetivo for
essencialmente a sondagem de alívio, deve-se antes executar medidas visando estimular a
micção espontânea, como descritas anteriormente;
2. Utilizar sempre o sistema de drenagem fechado estéril;
3. Observar rigorosamente a técnica asséptica;
4. Utilizar a posição ginecológica em pacientes obesos ou quando for difícil a visualização do
meato;
121
5. Caso a executante da técnica seja destra, deve permanecer ao lado direito do paciente. Se for
sinistra, permanecer ao lado esquerdo e calçar a luva na mão direita;
6. Perfurar o bico do anestésico com agulha estéril após desinfecção do mesmo;
7. Em pacientes com sonda de Foley, observar os seguintes cuidados:
a. Higiene íntima duas vezes ao dia;
b. Esvaziar a bolsa de drenagem a cada seis horas;
c. Orientar o paciente para não elevar a bolsa de drenagem acima do nível da
bexiga;
d. A bolsa nunca deve tocar no chão;
e. Preservar o bom fluxo urinário evitando dobras;
f. Anota no relatório de enfermagem do paciente: alteração no aspecto da urina,
queixas de dores e elevação da temperatura;
8. O cateter não deve ser mantido mais tempo do que o necessário;
9. Se o cateter é mantido por dias ou semanas, então deve ser trocado periodicamente, uma vez
por semana, e nunca ser suspenso sem um treinamento prévio da bexiga, a fim de evitar a
instalação da atonia vesical;
10. Deve ser evitada a manipulação inadvertida do cateter pelo paciente ou pela equipe.
Material
Luva látex esterilizada; máscara; pacote de cateterismo vesical estéril contendo (cuba
redonda, cuba rim, pinça, bolas de algodão, gazes, campo fenestrado); antiséptico; anestésico
local tópico (xilocaina à 2%); um pacote de gaze esterilizada; saco para lixo; material para
higiene íntima; sonda foley de calibre adequado; uma seringa de 10 ml com água destilada
para encher o balão; uma seringa de 10 ml para testar o balão; esparadrapo; sistema de
drenagem fechado estéril.
122
Procedimentos
1. Verificar as condições de higiene íntima da paciente;
2. Orientar a paciente com relação as tapas o procedimento e ao objetivo do mesmo.
Importância de sua colaboração no relaxamento muscular. Informa-la sobre a sensação d
ardência no local e que também pode provocar o desejo de urinar;
3. Preparar o ambiente;
4. Lavar as mãos;
5. Prepara o material e deixar o sistema de drenagem ou similar montado (frasco, tampa de
borracha e prolongamento). Manter o intermediário protegido;
6. Fazer higiene íntima;
7. Dobrar as roupas de cama em leque até os pés da cama deixando apenas o lençol;
8. Deixar o paciente em decúbito dorsal e afastar os membros inferiores o máximo possível,
sem provocar desconforto;
9. Trazer o lençol e colocar na diagonal fazendo o sapatinho ou ajusta-lo sob as coxas
internamente (os genitais ficam protegidos), deixando a paciente em posição ginecológica;
10. Abrir o pacote de cateterismo em cima da mesa de cabeceira que já deve estar ao lado dos
pés da paciente, e colocar todo o material (anti-séptico, sonda, seringa para teste do balão,
lubrificante) e prepara na seringa a água destilada que deverá ficar fora do campo. Desprezar
a 1ª porção do anestésico e anti-séptico;
11. Colocar o saco de lixo próximo à cama;
12. Calçar a luva da mão esquerda e expor a genitália da paciente;
13. Calcar a luva na mão direita;
14. Testar a sonda;
15. Lubrificara sonda com xilocaina;
16. Colocar o campo fenestrado em cima da genitália;
17. Colocar a cuba rim e cuba redonda em cima do campo fenestrado, entre as pernas da
paciente;
18. Iniciar a anti-sepsia da genitália, começando pela vulva, grandes lábios, pequenos lábios,
clitóris, meato urinário e introito vaginal, usando o algodão no sentido de cima para baixo e
desprezando sempre que usar em cada uma destas partes;
19. Desprezar a pinça na lateral do campo;
123
20. Introduzir metade da sonda (5 a 8 cm), lentamente e com movimentos delicados, diretamente
no meato sem tocá-la nas áreas adjacentes;
21. Constatar a saída de urina e injetar água destilada para encher o balão;
22. Testar se a sonda está fixa na bexiga tracionando-a delicadamente e conectar o
prolongamento;
23. Cobrir os genitais com a camisola;
24. Retirar as luvas e fixar a sonda com esparadrapo na face interna da coxa, sem tracioná-la;
25. Retirar os materiais da cama;
26. Colocar a paciente em posição confortável e a unidade em ordem;
27. Proceder à desinfecção dos materiais;
28. Lavar as mãos;
29. Anotar na prescrição da paciente: horário; reação da paciente; nº da sonda; tipo de
sondagem; volume e aspecto da urina retirada; volume de água destilada injetada no balão de
sonda.
Procedimentos
Material
Luva látex esterilizada; máscara; pacote de cateterismo vesical estéril contendo (cuba
redonda, cuba rim, pinça, bolas de algodão, gazes, campo fenestrado); antiséptico; anestésico
124
local tópico (xilocaina à 2%); um pacote de gaze esterilizada; saco para lixo; material para
higiene íntima; sonda nelaton de calibre fino; comadre.
Procedimentos
1. Verificar as condições de higiene íntima da paciente;
2. Orientar a paciente com relação às etapas do procedimento a ao objetivo do mesmo.
Importância de sua colaboração no relaxamento muscular. Informa-la sobre a sensação de
ardência no local e que também pode provocar o desejo de urinar;
3. Preparar o ambiente;
4. Lavar as mãos;
5. Fazer higiene íntima;
6. Dobrar as roupas de cama em leque até os pés da cama deixando apenas o lençol;
7. Deixar o paciente em decúbito dorsal e afastar os membros inferiores o máximo possível, sem
provocar desconforto;
8. Trazer o lençol e colocar na diagonal fazendo o sapatinho ou ajusta-lo sob as coxas
internamente (os genitais ficam protegidos), deixando a paciente em posição ginecológica e
colocar a comadre entre as pernas da paciente;
9. Abrir o pacote de cateterismo em cima da mesa de cabeceira que já deve estar ao lado dos pás
da paciente, e colocar todo o material (anti-séptico, sonda, lubrificante). Desprezar a 1ª porção
do anestésico e anti-séptico;
10. Colocar o saco de lixo próximo à cama;
11. Calçar a luva da mão esquerda e expor a genitália da paciente;
12. Calçar a luva na mão direita;
13. Lubrificar a sonda com xilocaina;
14. Colocar o campo fenestrado em cima da genitália;
15. Colocar a cuba rim e cuba redonda em cima do campo fenestrado, entre as pernas da paciente;
16. Iniciar a anti-sepsia genitália começando pela vulva, grandes lábios, pequenos lábios, clitóris,
meato urinário e introito vaginal, usando o algodão no sentido de cima para baixo e
desprezando sempre que usar em cada uma destas partes;
17. Desprezar a pinça na lateral do campo;
18. Pegar a sonda lubrificada, abrir a extremidade de entrada e a outra colocar dentro da cuba rim;
125
19. Afastar os pequenos lábios com o dedo indicador e o polegar da mão esquerda, mantendo-os
firmemente e tracionando-os em direção a sínfese púbica;
20. Introduzir metade da sonda (5 a 8cm), lentamente e com movimentos delicados, diretamente
no meato sem toca-la nas áreas adjacentes;
21. Após a extração total da urina retirar a sonda;
22. Cobrir os genitais com a camisola;
23. Retirar as luvas;
24. Colocar a paciente em posição confortável e a unidade em ordem;
25. Proceder à desinfecção dos materiais;
26. Lavar as mãos;
27. Anotar na prescrição da paciente: horário; reação da paciente; nº da sonda; tipo de sondagem;
volume e aspecto da urina retirada.
Material
Luva látex esterilizada; máscara; pacote de cateterismo vesical estéril contendo (cuba
redonda, cuba rim, pinça, bolas de algodão, gazes, campo fenestrado); antiséptico, anestésico
local tópico (xilocaína à 2%); um pacote de gaze esterilizada; saco para lixo; material para
higiene íntima; sonda nelaton de calibre fino;comadre.
Procedimentos
O cateter suprapúbico é removido quando não é mais necessário, sendo colocado um curativo
estéril sobre o local.
AUTOCATETERIZAÇÃO INTERMITENTE
LAVAGEM VESICAL
Conceito: É a lavagem da mucosa que reveste a bexiga, através da introdução de uma solução, via
sonda vesical.
127
Material
Bandeja; solução prescrita; cuba rim estéril; duas bolas de algodão com álccol; material de
lavagem de sonda (cuba rim, seringa de 20ml); uma tira de esparadrapo; éter e uma bola de
algodão; um pacote de luva látex estéril.
Procedimentos
1. Lavar as mãos;
2. Lar a prescrição médica;
3. Preparar o material;
4. Orientar o paciente a respeito do procedimento;
5. Retirar o esparadrapo que fixa a sonda com o éter e a bola de algodão;
6. Posicionar a cuba rim ao lado do paciente, sem abri-la;
7. Utilizando as bolas de algodão com álccol, fazer a desinfecção da extremidade bifurcada da
sonda adaptada ao prolongamento;
8. Abrir a cuba rim posicionada ao lado do paciente;
9. Desconectar o prolongamento e apoiar a bifurcação da sonda na borda da cuba rim;
10. Proteger a extremidade do prolongamento adaptada à sonda na borda da cuba rim;
11. Abrir o material de lavagem de sonda e montar a seringa sem contamina-la;
12. Colocar a solução na cuba rim;
13. Calçar as luvas;
14. Aspirar solução imergindo apenas o bico da seringa;
15. Injetar, lentamente, 20ml da solução e aspirar sem forçar demasiadamente;
16. Repetir o processo quantas vezes for necessário;
17. Adaptar o prolongamento e fixar a sonda;
18. Proceder à desinfecção dos materiais;
19. Lavar as mãos;
20. Anotar na prescrição do paciente: horário; solução utilizada; aspecto do retorno; quantidade
introduzida e retirada; reação do paciente.
128
Cuidados importantes
1. Não permitir que a sonda fique imersa na solução e urina eliminada;
2. Evitar contato com os dedos na extremidade da sonda ao introduzir a solução.
Material: seringa de 20ml; benzina; gaze; luva de ´látex de procedimento; recipiente de lixo.
Procedimentos
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Retirar o esparadrapo que fixa a sonda com auxílio de gaze e éter;
5. Colocar luva de látex;
6. Adaptar a seringa a via do balonete, esvaziando totalmente o balão;
7. Retirar a sonda delicadamente, solicitando ao paciente respirar profundamente enquanto a
sonda estiver sendo retirada;
8. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
9. Medir o volume de urina drenado;
10. Fazer a limpeza dos materiais;
11. Lavar as mãos;
12. Anotar na prescrição do paciente: horário; reação do paciente; volume e aspecto da urina.
Antes de se retirar o cateter, ele é fechado por 20 minutos e, então, aberto. Este
procedimento deve favorecer o enchimento da bexiga e a contração do
músculo, evitando que a pessoa fique incapacitada de urinar após a retirada do
cateter.
Conceito
É a introdução de uma solução, medicamentosa ou não, no intestino grosso através de uma
sonda retal.
Objetivos
Combater constipação intestina;
Preparar o paciente para cirurgia, parto e exames;
Promover evacuação através de estimulação do peristaltismo;
Para fins terapêuticos.
Tipos de enema
Enema de limpeza: remover as fezes;
Enema de retenção à base de óleo: lubrifica o reto e cólon, as fezes absorvem o óleo e
amolecem;
Enema carminativo: alivia a distensão gasosa e facilita a eliminação de flatos;
Enema medicamentoso: contêm remédios.
Material
Sonda reta nº 14 a 30; solução prescrita; pinça; lubrificante vaselina; gaze; impermeável ou
similar; esparadrapo; lençol móvel; cuba rim ou similar; comadre forrada; biombo; papel
higiênico.
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Procedimentos
1. Orientar o paciente sobre o procedimento;
2. Lavar as mãos;
3. Aquecer a solução prescrita;
4. Cercar a cama com biombo;
5. Preparar os materiais:
a. Marcar 8 a 10cm na sonda retal com esparadrapo;
b. Adaptar a sonda retal no frasco da solução;
c. Deixar escoar pequena quantidade da solução na cuba rim para retirar o ar testar a
temperatura no dorso da mão (temperatura corporal) e pinçar;
d. Lubrificar a sonda retal com vaselina ou xilocaína gel;
6. Dispor o material de modo que facilite o procedimento;
7. Proteger a cama com o impermeável, ou similar, forrado com lençol móvel;
8. Colocar o paciente em posição lateral;
9. Dobrar as cobertas deixando exposta apenas a região glútea;
10. Afastar os glúteos com auxílio de papel higiênico;
11. Solicitar ao paciente que inspire profundamente e introduzir delicadamente a sonda retal até o
ponto marcado, no máximo 10cm;
12. Abrir a pinça e infundir lentamente a solução;
13. Pinçar a sonda retal ao término da solução;
14. Retirar a sonda retal e colocar na cuba rim;
15. Solicitar ao paciente que retenha a solução por 10 a 15 minutos;
16. Colocar a comadre ou acompanhar o paciente ao banheiro orientando-o para não para não dar
descarga;
17. Observar a quantidade e o aspecto da eliminação;
18. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
19. Lavar e guardar o material;
20. Lavar as mãos;
21. Anotar na prescrição do paciente: horário; quantidade e aspecto da eliminação (cor,
consistência); reação do paciente.
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Cuidados importantes
1. Pinçar a sonda em caso de dor e desconforto e aguardar o alívio dos sintomas;
2. A infusão rápida ou a temperatura inadequada da solução levam a um efeito insatisfatório da
lavagem intestinal devido ao desconforto, espasmo e à dificuldade de retenção da solução;
3. Em pacientes acamados, colocar a comadre para eliminação das fezes e após, proceder à
higiene íntima;
4. Em casos de enteroclisma gota a gota (Murphy), fixar sonda retal e controlar o gotejamento da
solução de acordo com a prescrição médica;
5. Em pacientes com muita dificuldade de retenção da solução, utilizar a posição genupeitoral ou
Trendelemburg.
132
O paciente grave ou agonizante está com as funções vitais muito comprometedoras, o que
caracteriza sintomas desagradáveis com sinais de morte.
O paciente pode passar por cinco estágios psicológicos em preparação para a morte. Apesar
de serem percebidos de forma diferente em cada paciente, e não necessariamente na ordem mostrada,
o entendimento de tais sentimentos pode ajudar na satisfação dos pacientes.
A negação: quando o paciente toma conhecimento pela primeira vez de sua doença terminal,
pode ocorrer uma recusa em aceitar diagnóstico;
A ira: uma vez que o paciente parando de negar a morte, é possível que apresente um
profundo ressentimento em relação aos que continuarão vivos após sua morte – a você, ao
pessoal do hospital e até contra sua própria família;
A barganha: apesar de haver um aceitação da morte por parte do paciente, pode haver uma
tentativa de negociação de mais tempo de vida junto a Deus ou com o destino;
A depressão: é possível que o paciente se afaste dos amigos, da família, médicos e também
da enfermeira. É possível que venha sofrer de anorexia, aumento da fadiga, falta de cuidados
pessoais;
A aceitação: nessa fase, o paciente aceita a inevitabilidade e a iminência de sua morte, sem
emoções. É possível que deseje simplesmente o acompanhamento silencioso de um membro
da família ou de um amigo.
a) Paciente consciente:
Conversar com ele m termos da verdade, usando tática especial para que aceite a morte;
Dar-lhe toda assistência: transmitir seus recados, escrever sua cartas, procurando tranqüiliza-
lo.
133
b) Paciente inconsciente:
Não deixar pessoas da família chorar perto do paciente ou comentar seu estado;
Falar-lhe frases curtas, palavras bem pronunciadas, junto à orelha para que não tenha a
sensação de isolamento e solidão;
Providenciar sacerdote ou ministro religioso.
ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA
Prestar esclarecimento sobre o estado do paciente;
Orienta-la sobre a conduta ideal, preparando-a psicológicamente;
Permitir que permaneça o máximo possível junto ao paciente.
Obs: nos cuidados a esse tipo de paciente, proteja a cama com biombo e se o
paciente estiver agitado ou inconsciente, coloque grades ou faça
restrições.
135
Sinais Evidentes
Parada cardíaca e respiratória sem possibilidade de ressuscitação;
Pupilas dilatadas, não reagindo à presença de luz;
Ausência total de movimentos;
Rigidez muscular;
Palidez cadavérica.
Morte Aparente
O termo morte aparente é a dominação aplicada ao corpo, o qual parece morto, mas que tem
condições de ser reanimado. É mais freqüente nos casos de asfixia parcial, catalepsia,
síncope e parada cardíaca, podendo o paciente ser reanimado.
136
Finalidades
Deixar o corpo limpo e asseado;
Colocar em boa posição;
Evitar a saída de gazes, mau odor, sangue e excreções.
Material
Gaze ou fitas macias; luvas; cuba rim com pinça anatômica; esparadrapo ou fita adesiva;
saco plástico para colocar os pertences do paciente; material para banho; bolas de algodão;
envoltório plástico para o corpo ou lençóis; duas etiquetas de identificação; material para
curativo; ataduras; maca.
Implementação
1. Cercar o corpo com biombo;
2. Colocar avental e calçar luvas;
3. Posicione o corpo em decúbito dorsal, com os braços ao lado do corpo e a cabeça sobre um
travesseiro. Em seguida, eleve um pouco a cabeceira da cama para impedir a descoloração
ocasionada pelo sangue retido na face;
4. Se o paciente usava dentaduras e a política do hospital assim o permitir, coloque
delicadamente e em seguida feche a boca, se necessário faça uso de ataduras;
5. Feche os olhos do corpo, se fizer necessário utilize algodão embebido em éter, aplicando
compressa;
137
6. Remova sonda vesical, drenos, outros dispositivos e fitas adesivas de fixação, aplicando
bandagens adesivas nos locais perfurados.
7. Remova todos os pertences valiosos do paciente para evitar extravio. Se não for possível
remover um anel, cubra com gaze, e cubra com uma fita adesiva até o pulso para evitar que se
solte;
8. Limpe o corpo com cuidado, usando o sabonete, uma bacia com água e panos de banho;
9. Realiza os tamponamentos: ouvido, nariz, ororfaringe, vagina e ânus. Coloque uma ou mais
compressas entre as nádegas para absorver drenagens retais e coletar urina;
10. Vista a roupa que será utilizada no sepultamento;
11. Enfaixe pés e mãos, usando ataduras;
12. Cubra o corpo usando um lençol limpo;
13. Preencha as duas fitas etiquetas de identificação. Cada etiqueta deve conter o nome do
paciente falecido, número do quarto e leito, data e horário da morte, e o nome do médico. Fixe
uma etiqueta na mão ou pé do paciente, mas não remova a pulseira de identificação do hospital
para garantir uma correta identificação;
14. Envolva o corpo e feche o envoltório. Em seguida, coloque outra etiqueta de identificação,
cobrindo o corpo com um lençol limpo;
15. Coloque os pertences pessoais do paciente falecido, incluindo valores, em uma sacola e
identifique com a terceira etiqueta;
16. Se o paciente morreu devido a uma doença infecciosa, identifique o corpo seguindo a política
do hospital;
17. Feche as portas de quartos vizinhos, se possível. Em seguida, leve o corpo ao necrotério.
Utilize corredores pouco utilizados e, se possível, use um elevador de serviço;
18. Providencie a limpeza e ordem do material;
19. Tire o avental, as luvas e lave as mãos;
20. Providencie a documentação.
Antes da morte
Fazer higiene oral sempre que necessário;
Lubrificar os lábios ressecados.
138
Depois da morte
Avisar a família;
Avisar ao setor de informações ou portaria e internações;
Avisar ao serviço social;
Anotar no prontuário do paciente, na folha de relatório de enfermagem, com todos os
detalhes;
Anotar no relatório geral da clínica;
Providenciar o atestado de óbito para ser preenchido pelo médico;
Enviar o prontuário depois de todas as anotações ao arquivo;
Fazer limpeza terminal da unidade.
DOCUMENTAÇÃO
Registra as alterações ocorridas nos sinais vitais do paciente, a ingestão e a eliminação, e o
nível de consciência. Anote os horários de ocorrência da paradas cardíacas e o final da
respiração, notificando o médico quanto a essas ocorrências, bem como o momento da
constatação do óbito, relatando o nome do médico assistente;
Apesar de haver uma certa variação nos hospitais quanto aos documentos necessário, sempre
registre o destino dado aos pertences do paciente, especificamente no caso de jóias e dinheiro
(se possível, protocole). Anote também a data e hora em que o paciente falecido foi
transportado ao necrotério..
Cuidados importantes
Evitar comentários desnecessários e manter atitude de respeito ao morto;
Em casos de necropsia e encaminhamento para IML, não fazer tamponamento.
139
REFERÊNCIAS
ANEXOS
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142
Obs: Caso algum material dessa lista for usado mais vezes além do período determinado na rotina
terá que ser justificado por escrito no prontuário.
Cateter venoso profundo – trocar qualquer tipo de cateter quando apresentar sinais de
inflamação/infecção e fazer cultura da ponta do mesmo.
Curativo de lesões – As trocas de curativos são orientadas conforma a Comissão de curativo,
podendo a rotina ser alterada.
CPM: conforma prescrição médica.
FONTE:
FERNANDES, Antonio Tadeu. Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde, editora
Atheneu, volume 1 e 2, São Paulo, 2000.
Guias de Prevenção do Centro de Controle de doenças (CDC), Atlanta, Estados Unidos.
CCIH/2001 Neusa Maria Martini
Enfermera chefe do SCIH
www.saude.sc.gov.br/infecção/rotinas/período permanenciadispositivos. Html.