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O Papel das Plataformas Tecnológicas na Política de I+D+I da União

Europeia

A preocupação motivada pelo atraso no desenvolvimento tecnológico e das actividades de


inovação na Europa relativamente aos EUA, Japão e outros países emergentes que
apresentam um rápido nível de desenvolvimento tecnológico, tem vindo a ser uma constante
por parte dos órgãos de governo da UE desde os anos 90. Para dar uma resposta a esta
situação, os países da UE, através da Agenda de Lisboa (2000), fixaram o objectivo de
converter a UE na economia baseada no conhecimento mais dinâmica e competitiva do
mundo, de forma a superar a situação de inferioridade relativamente às economias dos EUA e
do Japão. De forma a realizar um acompanhamento anual dos avanços relativos a este
objectivo estratégico estabelecido na Agenda de Lisboa, a Comissão Europeia colocou em
marcha o European Innovation Scorecard, um instrumento desenhado para analisar um amplo
número de indicadores relativos à situação dos países europeus em matéria de I+D+I. Além
disso, a Comissão Europeia lançou no ano 2000 a proposta de criar o Espaço Europeu de
Investigação (ERA), que recebeu o apoio do Conselho Europeu, e que tem por objectivo
melhorar a coordenação das actividades de I+D+I, tanto nos Estados membros como no
âmbito comunitário, tratando de impulsionar a transferência de conhecimento desde o mundo
científico e académico para o tecido empresarial, contribuindo deste modo para que a União
Europeia possa tornar-se na economia de conhecimento mais competitiva e dinâmica do
mundo.

Contudo, em 2004 o “relatório KoK” (Kok et al., 2004) assinalava que as políticas europeias
não estavam a conseguir eliminar, nem sequer a diminuir, o desfasamento que nos separava
de outras economias mais dinâmicas. Também confirmavam esta situação as sucessivas
edições do European Innovation Scoreboard, publicadas após a Cimeira de Lisboa. Após
tomarem consciência do fracasso da realização do objectivo estratégico fixado em 2000, os
líderes da União Europeia trataram de relançar em Março de 2005 a Estratégia de Lisboa com
um novo acordo de colaboração para o crescimento e para o emprego, que se baseia nos
seguintes princípios: construir a sociedade do conhecimento e aproveitar os conhecimentos e a
inovação para impulsionar o crescimento. Por esta razão, a Comissão Europeia na sua
Comunicação de 6 de Abril de 2005 apresentou um compromisso de alcançar no ano de 2010,
3% do PIB em I+D para os Estados da União Europeia, superando assim o objectivo dos 2%
que se havia estabelecido na Cimeira de Lisboa de 2000. Este compromisso explicou-se com o
lema “Construir a Europa do Conhecimento para o Crescimento” (Comissão Europeia, 2005), e
converteu-se no guia estratégico do VII Programa Marco de I+D+I (2007-2013). Esta seria, em
última instancia para melhorar a posição competitiva em I+D+I da Europa e recuperar a
liderança histórica no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, com o objectivo de
conseguir na União Europeia a excelência na investigação, o desenvolvimento da inovação, a
atracção dos melhores talentos do mundo, o crescimento económico e de manter o bem-estar
social dos cidadãos e organizações dos países membros na sociedade do conhecimento
europeia (Comissão Europeia, 2004 y 2006).

Um instrumento desenhado e posto em marcha pela União Europeia para conseguir atingir
estes objectivos foi a constituição de uma série de plataformas tecnológicas, que se configuram
como um elemento fundamental dentro da moldura do I+D+I europeu e dos seus respectivos
sistemas nacionais e regionais de inovação. Estas plataformas tecnológicas estão constituídas
por distintos agentes relacionados com um determinado sector de actividade ou área
tecnológica, que trabalham de forma coordenada para poderem definir quais são as linhas de
investigação, desenvolvimento e inovação prioritárias para esse sector ou área tecnológica a
curto e médio prazo, e que se traduzirão num documento denominado Agenda Estratégica de
Investigação (Strategic Research Agenda, SRA). Além disso com esta nova iniciativa pretende-
se que sejam as empresas as protagonistas, liderando os diferentes projectos de I+D+I que
podem surgir dentro de cada plataforma.
Os diferentes agentes que podem fazer parte de uma plataforma tecnológica são os que se
enumeram a seguir:

• Empresas de um determinado sector ou área tecnológica, desde as grandes


empresas até às pequenas empresas, implicando toda a cadeia de valor do
sector
• Centros tecnológicos, organismos de investigação e comunidade académica,
uma vez que se pretende fomentar a interrelação empresa-universidade para
facilitar a transferência de conhecimento científico e tecnológico.
• Comunidade financeira: entidades financeiras privadas, capital de risco, Fundo
Europeu de Investimentos, Banco Europeu para a Reconstrução e
Desenvolvimento (BERD), incubadoras de empresas, etc.
• Autoridades públicas, que podem desempenhar um papel importante na hora
de favorecer e impulsionar as actividades de inovação mediante a aplicação de
determinadas políticas públicas, a concessão de ajudas e a aprovação de
incentivos fiscais.
• Sociedade civil em geral, incluindo os utilizadores e os consumidores que
poderão beneficiar dos resultados das actividades de inovação.

Devido à sua natureza estratégica, as plataformas tecnológicas podem desempenhar a sua


missão em todo o âmbito geográfico europeu, ainda que também se tenham criado plataformas
com um âmbito de actuação nacional ou regional.

Podemos considerar que os objectivos perseguidos por uma plataforma tecnológica são os
seguintes:
• Potenciar a colaboração entre os diferentes agentes do sector (empresas,
grupos de investigação, centros tecnológicos, administrações públicas…),
assumindo a própria industria do sector o papel de liderança dentro da
plataforma.
• Definir uma visão do sector a longo prazo, partilhada por todos os agentes
implicados.
• Determinar as prioridades de actuação num campo do conhecimento, a
geração de capacidades tecnológicas e a inovação.
• Favorecer a realização de projectos científico-tecnológicos singulares e de
carácter estratégico.
• Impulsionar a participação em diferentes programas nacionais e europeus de
I+D+I.

A implementação de uma plataforma tecnológica requer que se constitua uma série de grupos
de trabalho, integrados por diferentes agentes do sector e liderados pelas próprias empresas
envolvidas, que devem contar com o apoio dos mecanismos adequados de comunicação e de
colaboração. A estrutura de suporte a uma plataforma tecnológica deve ser muito flexível,
garantindo um equilíbrio adequado entre os interesses de todos os participantes e evitando
uma burocracia excessiva.

Numa primeira fase, estes grupos de trabalho incidirão na elaboração de um documento que
reflicta a visão partilhada acerca da qual poderá ser a evolução do sector a longo prazo (“Visão
2020” do sector), para avançar posteriormente até à definição da Agenda Estratégica de
Investigação, na qual se estabelecerão as prioridades e as necessidades de investigação para
certas tecnologias chave. De forma a conseguir a implementação da Agenda Estratégica de
Investigação serão apresentados projectos distintos de I+D+I, mobilizando os recursos
necessários tanto ao nível dos meios técnicos e humanos como de financiamento público e
privado.
Álvaro Gómez Vieites
Professor da Escuela de Negocios Caixanova
Director do Programa Executive MBA

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