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2.1. ORIGEM:
A partir do século XIV, alarga-se o uso das máquinas de desenhar, que são,
muitas vezes, constituídas por um caixilho e por um “visor” com o qual o olho pode
permanecer fixo sobre o objecto. No século XVI, Alberto Durer, inenta vários com
configurações diferentes. Em 1615, M. Marolais inventa o pantógrafo para reduzir ou
aumentar mecanicamente o desenho com a ajuda de um paralelogramo articulado, que
mais tarde será aperfeiçoado.
Embora seja a quantidade de luz que mais importância tem, no aspecto técnico, e
mais influi no modo como a imagem é registada na superfície sensível, é a qualidade da
iluminação que caracteriza o estilo do fotógrafo. Uma das principais distinções é entre a
luz dura e directa, como a do sol com o céu desanuviado e claro, e a luz suave e difusa,
como em tempo enevoado. A luz não difusa projecta sombras duras e evidentes,
enquanto que a luz completamente difusa envolve o objecto, sem projectar sombras.
Nos Estados Unidos, ainda no fim do século XIX, assim como na Inglaterra e na
França, os fotógrafos tentavam estabelecer seu ofício como artístico. As discussões
eram centradas naquela distância criativa (máquina/intelecto) e argumentava-se que a
produção fotográfica estava longe da criação ou da expressão. Os artistas declaravam
que a fotografia não contribuía para as artes e que ela não era tradução, mas mera
imitação e reprodução. Ou seja, que a fotografia referia-se directamente ao objecto e
não a qualquer forma de criação, o poder individual da imaginação e da originalidade
não poderia ter qualquer influência na mecânica impessoal. E, mais uma vez, apresenta-
se o conceito da finalidade sem fim separando a arte dos objectos úteis – onde se
encaixava a fotografia.
O futurismo foi um movimento Italiano que surge com a publicação do texto “le
Futurisme” de Filippo Tommaso Marinette, em 1909 num jornal francês. Sendo este
caracterizado pela sua celebração agressiva das modernas tecnologias, da velocidade, da
vida urbana e todos os elementos que pudessem ser associados a evolução, ao futuro, as
maquinas e as novas tecnologias.
Com este texto acabam por se juntar muitos artistas que entre sí articulam toda a
frustração de uma geração “esmagada” pelo peso das tradições.
Rejeitando a arte e a cultura do passado, os futuristas pretendiam dar lugar a novidade e
a evolução e destruir tudo o que fosse associado ás tradições.
Alguns jovens artistas tentaram reavivá-lo após 1918, mas sem sucesso; porém,
sua influência sobre os outros movimentos modernos foi importante e duradoura.
Este movimento irá abranger quase todo o tipo de expressão artística, contando
com a pintura, a escultura, a literatura, a musica, o teatro e a fotografia.
Na pintura, os artistas Balla, Boccioni, Carrà, Russolo e Severini subscreveram a 11 de
Fevereiro de 1910 o Manifesto dos Pintores Futuristas, seguindo-se depois vários
manifestos ou registo sobre as várias áreas, descrevendo os objectivos que cada uma
pretendia alcançar e quais as suas motivações.
Defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a aos seus
elementos mais puros e buscando as suas características mais próprias através da
redução das formas e planos geométricos puros e ortogonais em composições
abstractas.
O segundo período, Dessau, entre 1924 e 1930, foi o mais fecundo e próspero da
Bauhaus, conduzido por Hannes Meyer. A escola orientou-se por critérios mais
racionalistas e funcionais, cujos produtos marcaram posição pela qualidade do desenho,
pela modernidade dos materiais e pela adequação forma/função.
Em 1933, a Bauhaus muda-se para Berlim que foi 1 prolongar do seu iminente
desfecho. Na Bauhaus, a Gropius sucedeu-se Hannes Meyer e a este Mies van der Rohe,
no período em que a escola funcionou em Berlim. Com a ascensão do Nazismo na
Alemanha muitos dos integrantes da Bauhaus se viram obrigados a refugiar em vários
campos do mundo, especialmente nos E.U.A.
Após o encerramento da Bauhaus pelos Nazis, em 1933, também Mies van der
Rohe se deslocou para os Estados Unidos, que muito contribuiu para o desenvolvimento
do Estilo Internacional.
No que diz respeito à fotografia, os artistas da Bauhaus revelam-se nos seus usos
inusitados da imagem através de fotogramas, sobreposições, fotomontagens e diferentes
enquadramentos fotográficos.
O surrealismo é uma corrente que surge em 1924, redigido pelo poeta André
Breton e que tem como pano de fundo o Dadaísmo e toda a sua irreverência, embora
não exclua totalmente o percurso histórico da arte. Este novo movimento surge talvez
como uma continuidade destas atitudes, pois do irracional irá evoluir para o
inconsciente. Aproxima-se do Dadaísmo na utilização técnicas e de procedimentos
fotográficos, cinematográficos e na atribuição de novos significados a objectos comuns.
O surrealismo utiliza a arte para descrever o inconsciente, pois é no inconsciente que
tudo se formula por imagens e a arte será a materialização destas mesmas imagens.
Man Ray que tinha já experimentado o Dadaísmo acabará depois por evoluir
normalmente chegando ao surrealismo, começando a criar com maior liberdade e
inconsciência. Deixando a razão e a imagem do mundo que conhecia de lado e criando
sem qualquer pensamento especifico, deixando-se levar pelos seus impulsos.
A partir de 1960, a arte-acção deixa de ser improvisada e passa a ter uma ideia
planificada de antemão tendo como objectivo demonstrar a complexidade da realidade.
No final da década de 1960 surge uma série de obras que definiam bem o objectivo da
arte conceptual conseguido através da arte-acção. Para estes artistas o objecto
tradicional era substituído pela concepção da ideia, atendendo basicamente a teoria e
desprezando a obra como objecto estético já que o importante era o seu processo
formativo e não o seu produto final.
Deste modo a arte conceptual acaba por tornar-se num processo de auto
conhecimento e auto-reflexão da prática magnética. Com isto procuram-se novos meios
de produção e acabam por se basear na fotografia, no filme, nas fitas magnéticas, nas
obras de rádio, nas entrevistas, etc.
Na arte conceptual alguns dos artistas que se iram destacar pelo seu trabalho
elaborado em fotografia serão; Arnulf Rainer, que utilizará bastante a técnica da sobre
pintura sobre fotografia, deixando-se levar pelo automatismo da mão e da pintura
gestual improvisada e realizada até por vezes as cegas. Arnulf experimentará todo o tipo
de obras onde a vontade fica relegada para segundo plano, integrando a linguagem
O hiper-realismo, também
conhecido como realismo fotográfico é
um estilo de pintura e escultura que
teve lugar no final da década de 1960,
apresentando expansão no início dos
anos 70, tendo grande popularidade
nos Estados Unidos e em Inglaterra.
Portanto, a série de exposições
realizadas entre 1964 (O Pintor e o
Fotógrafo, Universidade de Novo
México, Albuquerque) e 1970 (22
Realistas, Whitney Museum, Nova
York) assinalam o reconhecimento
público da nova vertente.
Trata-se da retomada do
realismo na arte contemporânea,
contrariando as tendências abertas pelo Fig. 20. Marilyn (Vanitas), 1977
minimalismo e pelas pesquisas formais
da arte abstracta. Pretende mostrar uma abrangência muito grande de detalhes, tornando
a obra quase idêntica a uma fotografia ou a uma cena da realidade. O próprio termo do
estilo demonstra a ambição de atingir a imagem na sua clareza objectiva. Se pintura e
fotografia não se confundem, a imagem fotográfica é um recurso permanente dos
“novos realistas”, sendo utilizada de maneiras variadas. Antes de mais, a fotografia é
utilizada pelos pintores como meio para obter registos/ informações do que os rodeia. O
pintor trabalha tendo como primeiro registo os movimentos congelados pela câmara,
num instante preciso, para depois pintar a partir deles. A máquina fotográfica regista e
cristaliza a cena ou modelo vivo que é observado e que está em constante movimento e
permanente interacção com o meio ambiente que o envolve, este facto faz com que as
obras hiper-reais apresentem uma exactidão de pormenores bastante minuciosos e
impessoais originando um efeito de irrealidade.
Contudo, a sociedade europeia demorou muito tempo para compreender o real valor da
produção fotográfica. Em 19 de Agosto de 1939, a Academia Francesa mal anunciava
publicamente a invenção do Daguerreótipo e o pintor Paul Delaroche já declarava
enfaticamente: “de hoje em diante, a pintura está morta”. Nos círculos mais
conservadores e nos meios religiosos da sociedade, “a invenção foi chamada de
blasfémia, e Daguerre era condecorado com o título de ‘Idiota dos Idiotas’”.
A aceitação da fotografia será gradual e demorará alguns anos para ser vista com a
devida importância.
A fotografia veio dar origem a uma nova forma de documentação, até aí reservada á
escrita. Com efeito, torna-se possível o relato da vida quotidiana. Destacou-se
principalmente com o desenvolvimento do fotojornalismo.
Será uma nova vertente da fotografia, com uma função principalmente social, mais
representativa e com um objectivo único; retratar acontecimentos importantes que iriam
completar noticia, reportagens, textos informativos que já existiam e que ganham aqui
uma nova verosimilitude. A sociedade percebeu a força de denúncia que uma fotografia
pode conter. Os problemas sociais começam a ser realmente a ser tomados em
consideração: o nascimento do marxismo, a forte industrialização…
Actualmente foram encontradas para a fotografia funções mais além. Continua a ser
principalmente uma forma de relembrar e internizar momentos e personalidades. De
uma forma geral ganhou simpatia por parte das pessoas na criação de álbuns familiares,
nos casamentos e etc... havendo uma nítida evolução na forma como é captado o
momento.
Canton esclarece que, enquanto que no Renascimento havia uma procura pelo registro
de pessoas e famílias de forma popularizada, no final do século XIX ocorre uma
“...liberação da busca da verossimilhança da imagem humana, e as novas pesquisas
trazidas pelo pós impressionismo e, posteriormente, pelo cubismo na primeira década
de 1920, o retrato e o auto–retrato readquirem força e comportam formas e conceitos
inovadores”. O auto–retrato não se configura apenas como uma representação narcísica,
mas como uma forma de representação da própria identidade.
O êxito alcançado por estas imagens turísticas será reforçado pela realização de
fotografias panorâmicas, como a que o gravador alemão que residia em Paris, Frederich
Von Martens, produxiu em 1845 e com a ajuda da qual obteve fotografias esplêndidas
da capital. Outros célebres paisagistas empregam a panorâmica, tal como: Hesler, os
irmãos Bisson, Samuel Bourne, Henry Jackson, E. Waltkins, Careldon e Eadeward
Muybridge.
O intuito de tornar as paisagens cada vez mais autênticas, leva estes fotógrafos a
realizarem longas e difíceis viagens, devido ás dimensões dos aparelhos.
Frequentemente, é necessário um carro puxado por animais para transportar o material.
Um grande exemplo será a viagem de Samuel Bourne, nas suas expedições aos
Himalaias, 1863, 1864 e 1868, deslocando-se com 650 placas de vidro, dois aparelhos,
uma tenda de 3m, duas caixas de químicos e 42 carregadores. Charles Bayless
encontrou a mesma dificuldade ao querer fotografar o porto de Sydney.
A fotografia pode ter contribuído para inúmeras actividades, mas obteve grande
destaque quando usufruída pela imprensa, culminando o surgimento do fotojornalismo.
Por definição o que entendemos por fotojornalismo será a prática do jornalismo por
meio da linguagem fotográfica em substituição à linguagem verbal. E como se afirma
“uma imagem vale mais do que mil palavras”. Mas de inicio nem tudo é tão simples.
A semelhança com a pintura, o aparelho como réplica do olho humano e o visor
comparado a uma tela vazia foram os aspectos fundamentais para que a fotografia
rompesse modelos e se destacasse na sociedade como forma de representação visual
mais próxima do real.
O momento fulcral
do fotojornalismo, é
marcado com a realização
de um daguerreótipo de
autoria do alemão Carl
Friedrich Stelzer, do trágico
incêndio de Hamburgo, a
cinco de Maio de 1842, em
que dois terços da cidade
ficou destruído.
Gradualmente vai surgir um novo tema para o fotojornalismo, a guerra, que teve
o seu culminar nos de 1846 e 1848, com o primeiro registo de guerra durante o conflito
Mexicano-americano, bem como daguerreótipos anónimos que registam soldados no
cerco de Roma.
É com isto, que surgem os primeiros fotógrafos viajantes, viajam por todo o
mundo em busca de aventura e de primorosas paisagens
Tudo isto que vem contribuir para a expansão do fotojornalismo que passa a
experimentar novas técnicas, com o aparecimento dos estúdios com a iluminação
artificial e a abertura de exposições por toda a Inglaterra, revalorizando cada vez mais a
câmara fotográfica como o instrumento fulcral de trabalho para a imprensa.
Em 1855, aquando a exposição no Palácio da Indústria em Paris, aumenta o debate
sobre questões de autoria da imagem fotográfica, e vieram a discussão as primeiras
indicações sobre manipulações de originais aperfeiçoados ainda na condição de
negativos.
A técnica de half tone manteve-se em vigor até à última metade do séc. XIX
quando as fotografias de jornal passaram a ser produzidas a partir dos originais e não
mais das pinturas como anteriormente.
Estes foram alguns dos aspectos que contribuíram para que a Guerra como
notícia fosse mostrada com horror. Com a possibilidade de se aproximarem das cenas
escolhidas a representar, alguns fotojornalistas começam-se a expor ao perigo e até
mesmo a morrer. Por volta de 1870, esta proximidade aos objectos a serem fotografados
contribui bastante para a ascensão do fotojornalismo.
Surgem então nomes como Jacob Riis (1888), Eugene Atget (1898), August
Sander (1928), Lewis Hine (1908), que procuravam mostrar nas suas fotografias o
quotidiano da sociedade, sem poses, simplesmente ao natural, permitindo deste modo
que a fotografia estabelecesse uma relação directa com a cultura social.
Depois desta descoberta ao longo do século XVIII, muitas pessoas tentaram criar
aparelhos que fizessem uma imagem apresentar movimento.
Só então a Fotografia entra no cinema: pois é preciso o filme para poder fazer
filmes!
Horst Peter Horst utiliza a fotomontagem e Angus Mac Bean, bem como George
Platt Lines e mesmo Cecil Beaton, sofrem a influência dos surrealistas.
Nos dias de hoje nenhuma revista pode viver sem publicidade, embora desde os
anos oitenta os orçamentos tenham baixado consideravelmente.
Entre o séc. XIV até ao séc. XIX prevaleceu a moda das máquinas de desenhar.
Surgindo depois a câmara escura, que viria a ser o primeiro invento importante para a
fotografia
1793- Niepce começa as suas investigações com o objectivo de conseguir fixar uma
imagem através de processos químicos e da câmara escura
1838- Surge a primeira máquina fotográfica que permitia fixar imagens de grande
nitidez em placas metálicas através da aplicação de banhos de sal e de mercúrio
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