Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
O Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas
até 2025. O Governo brasileiro deve ficar atento com este cenário e criar, o mais
rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa realidade, de
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .
A Constituição de 1988 deixou clara a preocupação e a atenção que deve
ser dispensada ao assunto, quando colocou em seu texto a questão do idoso.
Existe pesquisa no Brasil sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da
Comunicação (TIC Domicílios 2008), do Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br),
que demonstram que mais da metade dos brasileiros (55%) nunca utilizou um
computador e 66% jamais acessou a internet. Os que já passaram dos 60 anos
então, o computador e a rede internet é algo inatingível, segundo o Serviço Federal
de Processamento de Dados (SERPRO).
A velhice é feia. É evidente que com o decorrer do tempo o ser humano vai
perdendo o frescor da juventude e a beleza exterior, tão valorizada pela sociedade.
A beleza, no entanto, assim como a velhice, é um conceito efêmero que muda de
geração para geração. O belo de hoje é muito diferente do belo de séculos
passados. Atualmente, no entanto, valoriza -se, até com certo exagero, a beleza
juvenil. Esconde-se, por outro lado, a beleza da idade, refletida não apenas no ar
de sensatez, sabedoria e sobriedade, mas t ambém nas rugas e nos cabelos
brancos como marcas do tempo.
Não é difícil ver pessoas com cabelos grisalhos nas ruas? Por que tanta
gente recorre à cirurgia plástica na face? Para os meios de comunicação social, a
literatura, o teatro, os jovens são sempre os galãs, os mocinhos. A fada aparece
como uma bela jovem. Já a bruxa é uma velha horrenda.
o
2.3.1 Deficiências
2.3.2 Auditiva
2.3.3 Visual
A partir dos 40 anos de idade, a visão começa a dar sinais de cansaço, por
volta dos 50 anos, a catarata também se t orna uma ameaça ao bem estar e a
autonomia do indivíduo e a retina começa a apresentar sinais de envelhecimento.
Após os 40 anos os exames oftalmológicos são obrigatórios e
imprescindíveis. Devem ser realizados anualmente. Uma das razões para a
preocupação com a saúde oftalmológica é o aparecimento da presbiopia, uma
alteração que acontece no cristalino e no músculo ciliar impedindo o indivíduo de
enxergar de perto.
A dificuldade de enxergar de perto faz com que a pessoa afaste,
regularmente, os olhos do documento que está sendo lido , ação que repetida várias
vezes causa um cansaço excessivo pelo simples atos de ler.
O declínio visual e auditivo pode ser compensado de através de algumas
estratégias: gestos, expressões faciais, entonação, falas pausadas, falar um pouco
mais alto, sem gritar, evitar gírias, evitar vocabulários pouco utilizados, repetir várias
vezes caso a pessoa não compreenda o que foi dito, introduza palavras
diferenciadas para ao auxílio da compreensão, criar exemplos que esteja
relacionada ao seu convívio social.
Tem-se essa falsa impressão, essa coisa de µcoitadinho do idoso¶, de que
ele chegou a uma fase da vida em que ninguém vai mais cuidar dele. É o contrário.
³É aí que a gente investe mais´, afirma a oftalmologista Denise de Freitas, do
Instituto da Visão, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
³Se ele tiver 70 anos e for viver mais 15, ele vai ter só 85 anos. Vale a pena
dar 15 anos a mais com qualidade de visão Muitas vezes as pessoas acham
que não tem por que operar um idoso, que ele tem poucos anos pela frente.
Mas isso é errado´.
³Um paciente com Alzheimer e catarata, se você não opera a catarata, ele
fica muito pior´, afirma. Para Cypel, a sociedade também sai ganhando:
³Você ganha uma pessoa ainda ativa, com menos depressão, mais
interação com a família, com os netos, com atividades voluntárias. Não só o
idoso ganha qualidade de vida, mas a sociedade ganha mais pessoas com
experiência participando´.
Para (Kachar, 2001, p. 44, citado por Pontes, 1996), na leitura psicanalítica
do envelhecimento mostra-se o outro lado da questão, discutem -se as perdas como
que relacionada às aquisições.
O envelhecimento é um processo estruturado não só em perdas, mas na
dinâmica da transformação. Quando ocorre a perda de objetos, a partir da liberação
de energia, podemos fazer aquisição de outros objetos.
2.5 ERGONOMIA
Ao analisar a situação social dos idosos perante a tecnologia digital pode -se
perceber que muitos estão alheios ao processo tecnológico. Na atual globalização
surge uma grande necessidade de inovação, o que as pessoas estão se
esquecendo é que há os que não possuem um fácil acesso ao processo tec nológico,
seja pela formação, condição financeira, ou até mesmo falta de vontade.
Ao invés do poder público e as empresas tentar incluí-los, o que ocorre na
maioria das vezes, é que este grupo de pessoas é excluído do processo e cada vez
mais esteja ficando de lado.
Os idosos atualmente têm melhor nível de instrução do que seus
antepassados, e essa tendência irão continuar à medida que as gerações mais
jovens envelhecerem. Pode-se dizer que a vida média das pessoas aumentou. Além
disso, um número cada vez maior de adultos mais velhos opta por continuar seus
estudos. A continuidade da atividade mental como nos programas de educação
adulta ou cursos de tecnologia, pode manter as pessoas mais velhas mentalmente
alertas.
A tecnologia em si não é neutra, ela au menta a ação humana, daí o motivo
da escolha desse tema, para saber quais os prós e contras da tecnologia digital para
a vida desse grupo de pessoas.
A inclusão digital inicia uma série de outros objetivos que não simplesmente
os tecnológicos após permitir o acesso dos indivíduos em um mundo digital que
implica em transformações culturais diversas, o seu acesso nesse mundo digital
antes intocável essa população pode se encher de saberes antes não trabalhados.
Abordando esse assunto em um projeto de pesquisa pode se analisar que a
resolução de alguns problemas podem ser sanados com o apoio de monitores e com
a participação dos demais usuários como numa verdadeira rede local humana de
aprendizagem cooperativa, focada nos contextos significativos das aplicações ,
sejam para navegar na internet para tirar uma 2º via de conta telefônica ou até
mesmo para a digitalização de um currículo.
Cada uma dessas tarefas exige um acompanhamento pedagógico
individualizado, poderia ser mais dinamicamente trabalhado sem a forma padrão de
cursos de informática, e sim com o processo de rede de investigações.
É importante considerar os vários aspectos do processo de exclusão.
Questiona-se ainda onde está a ³educação para todos´ que o governo tanto prega,
dispondo dela para liberar -se do fardo de ser visto como alguém que está
ultrapassado e descontextualizado do mundo atual.
Há uma necessidade em dominar os recursos do computador devido à
sociedade ter se tornado informatizada, atingindo todos os âmbitos, e permeando o
cotidiano dos indivíduos nas mais variadas faixas etárias. É preciso prevenir a
exclusão dos indivíduos idosos por desconhecerem a nova linguagem que se
dissemina também nas conversas sociais.
O perfil de idoso mudou muito nos últimos tempos. Apesar de ser um
universo heterogêneo, pode -se dizer que, na época dos avós, o idoso recolhia -se ao
seu aposento e vivia o resto da vida dedicado aos netos, à contemplação da
passagem do tempo pela fresta da janela, a reviver as memórias e (re)lembrar e
(re)contar as lembranças passadas.
Relegava-se a pessoa idosa ao passado, ao ontem, não reservando um
espaço digno e louvável ao indivíduo na velhice, no tempo presente. Havia (e ainda
há) uma exclusão das pessoas idosas na construção do presente e do futuro da
humanidade. O futuro foi sempre considerado dos e para os jovens. Então, quais os
espaços de ser na velhice?
Hoje, desponta um novo tempo, pois os/as idosos/as têm uma vitalidade
grande para viver projetos futuros (a curto prazo), contribuir na produção, participar
do consumo e intervir nas mudanças sociais e políticas.
Cabe aos educadores a responsabilidade de pesquisar e criar espaços de
ensino-aprendizagem que insiram os/as idoso s/as na dinâmica participativa da
sociedade e atendam ao desejo do ser humano de aprender continuamente e
projetar-se no vir a ser.
Com o aumento da população idosa nos últimos tempos conseqüentemente
aumentou também o número de idosos iletrados em Informática ou analfabetos
digitais, em todas as áreas da sociedade, gerando uma demanda por cursos
direcionados para o ensino dos recursos básicos sobre o computador.
Muitas empresas oferecem cursos básicos de Introdução à Informática,
porém, poucas destinam cursos específicos para a faixa etária da terceira idade.
Algumas universidades abertas para a terceira idade oferecem curso de
introdução sobre os recursos do computador dentro do seu leque de opções, porém,
como as pesquisas sobre o impacto da aprendizagem e utilização do computador
pela terceira idade são escassas no Brasil, acredita -se que os cursos ainda não
apresentem uma metodologia de ensino e aprendizagem específica para o idoso.
As pesquisas mostram que existem diferenças entre as faixas etári as na
forma da apropriação e no domínio da habilidade operacional do computador.
Estudos que comparam jovens, adultos e idosos na interação com a
máquina apontam a importância do dimensionamento de estratégias de ensino e
aprendizagem delineadas de acordo com as características e condições da
população, respeitando o ritmo e tempo para aprender, as limitações físicas
(auditivas, visuais) e cognitivas (memória, atenção).
Na Internet um site traz um estudo interessante sobre o idoso e a relação de
aprendizagem com o computador, do qual foram extraídas algumas questões:
"Coming of age: the virtual older adult learner", por Donald A. King (1997),
apresentado numa conferência de Educação Continuada no Canadá.
Este estudo pretendeu identificar as necessidades d e aprendizagem das
pessoas de 55 anos e mais para ajudá -las a superar seus medos e resistências às
novas tecnologias.
Àquela pesquisa contou com uma revisão de área para responder à
pergunta: ³como a terceira idade aprende as novas tecnologias´.
Alguns pontos de destaque:
È as pesquisas sobre idosos e computadores ainda são iniciais;
È instrução assistida por computador é bem aceita pelos idosos;
È idosos apresentam muitas razões para aprender as novas tecnologias;
È idosos apresentam dificuldades específicas para aprender.
As dificuldades para a aprendizagem do computador pelos idosos podem ser
superadas, utilizando-se estratégias específicas como:
È seguir etapas gradativas de aprendizagem;
È auxílio na medida da neces sidade;
È seguir no próprio ritmo;
È frequentes paradas;
È boa iluminação;
È caracteres e fontes grandes;
È classes pequenas;
È mais tempo para a execução das tarefas e repetição delas.
para os diversos grupos das sociedades humanas, fazendo com que mais e mais
pessoas passem utilizar a formas de comunicação que esse meio proporciona.
Neste início de século tem se lidado com novas formas de se comunicar
gerando novos comportamentos, entendimentos e maneiras de interagir na
sociedade contemporânea, através das comunidades de relacionamentos, bate -papo
on-line, chats, fóruns, e-mails e inclusive através de outras mídias populares mais
acessíveis como os celulares.
Essas transformações, que podem ser tanto positivas quanto negativas em
alguns aspectos, já podem ser apontadas no dia -a-dia a exemplo da utilização
desses meios para comunicação pessoal sobre determinado assunto, novas
linguagens e comportamentos, como passar horas em frente a um computador
vendo um site de relacionamento ou conversando on-line com um amigo e mesmo
alguém que acabou de conhecer na rede.
Enfim, diversos aspectos comportamentais têm surgido e merecem uma
discussão que aborde essas interações e mostre como ela está inserida no contexto
social cotidiano.
O ciberespaço, proporcionado pela internet, constitui um espaço de práticas
sociais cuja função ou participação dessa realidade não inibe ou acaba com práticas
antigas, mas desenvolve novas formas que se complementam; como defende
Lemos: ³trata-se, portanto, em insistir, não em uma lógica excludente, mas em uma
dialógica da complementaridade´
A cibercultura é entendida como um conjunto de técnicas, práticas, atitudes,
modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o
crescimento da Internet como um meio de comunicação, que surge com a
interconexão mundial de computadores.
O computador, que começou por ser usado como uma ferramenta
facilitadora de algumas tarefas transformou -se, nos anos mais recentes, com o
crescimento ou expansão da internet, num meio p ossibilitador de novos
comportamentos e atitudes.
A Cibercultura, surgida com o advento da internet, constitui no principal
canal de comunicação e suporte de memória da humanidade neste novo século, o
que tem proporcionado o surgimento de diversos comporta mentos ou maneiras de
comunicar que se pretende relatar nesse trabalho.
3 PRÁTICA PEDAGÓGICA
Castanho (2000) explica que inovação é uma pal avra que sobressai na
literatura educacional, aparecendo atrelada à perspectiva de soluções para o
³marasmo´ dos sistemas de ensino. Inovação não significa descoberta nem
invenção, mas ação para alterar as coisas pela introdução de algo novo e pode se
dar a partir de três dimensões:
(a) pela investigação;
(b) por meio da solução de problemas;
(c) com base na interação social; a primeira é o caminho mais adequado.
Para Japiassu (1983), os docentes resistem à inovação porque são
submetidos a um processo de formação baseado no chamado co nhecimento
educacional científico, o qual se ancora na pesquisa positivista e é responsável por
generalizações que interessam a planejadores de currículos e supervisores, o que
acaba por desarticular tentativas de criação pedagógica.
Amarrados à racionalidade cientifica (SANTOS, 2003) os professores
encontram mais dificuldades para incorporar o computador e rede ao seu fazer
pedagógico.
Marques (2003) afirma que a chamada µsociedade da informação¶, na qual
se articulam diferentes linguagens, passou a demandar outra educação.
A escola da contemporaneidade está inserida em uma cultura ambivalente,
que também se faz presente na sala de aula, inseparável de seus principais atores,
alunos e professores, e dos objetos culturais exigidos pelas práticas educativas.
Para ele, o desafio básico dos professores é trabalhar com essa cultura
difusa e assistemática, não tematizada, como são as estruturas simbólicas do
mundo da vida. Entende que a sala de aula tem, hoje, novas possibilidades como
3.1 METODOLOGIA
E Castro
3.2 PROBLEMA
3.3.1 Objetivos
3.3.2 Participantes
DATA CONTEÚDO
18.03.09 Aula Inaugural
Aplicação do Questionário de Sondagem Inicial
Introdução à Informática
25.03.09 Histórico e Avanços da Informática
01.04.09 ASC II e Digitação
15.04.09 Sistemas Operacionais
22.04.09 Windows XP
29.04.09 Windows XP
06.05.09 Windows XP
13.05.09 Internet
(e-mail, MSN, Orkut, manipulação de fotos e vídeos)
20.05.09 Internet (aplicações cotidianas)
27.05.09 Apresentação: dvd Info Word 2007
03.06.09 Word
10.06.09 Word
17.06.09 Word
24.06.09 1ª Avaliação
05.08.09 £
12.08.09 £
19.08.09 Apresentação: dvd Info Excel 2007
26.08.09 Apresentação: dvd Info Power Point 2007
02.09.09 Hardware
08.09.09 Revisão de manipulação de pastas,
imagens, fotos, músicas e vídeos
16.09.09 Aplicação do Questionário de Sondagem Final
Visita ao Laboratório de Hardware
23.09.09 2ª Avaliação Semestral
Entrevistas
30.09.09 Formatura
PESQUISA QUALITATIVA-QUANTITATIVA
Problema:
È Como ensinar informática a alunos da terceira idade em estágios diferentes de
conhecimento?
Objetivo Geral:
È Capacitar os alunos da terceira idade a utilizarem satisfatoriamente o computador
como ferramenta indispensável em suas atividades pessoais e de lazer.
Objetivos Específicos :
È Coletar dados acerca da turma com a aplicação de dois questionários de
sondagem, um no início e outro no final do curso;
È Tabelar os dados coletados pelos questionários de sondagem;
È Confeccionar o plano de ação conforme os níveis de conhecimento dos alunos;
È Aplicar o plano de ação de acordo com os níveis de conhecimento da turma;
È Desenvolver uma apostila de informática básica direcionada a terceira idade em
uma pasta, contendo os planos de aula e respectivos documentos utilizados nas
consultas e pesquisas do professor, sendo devidamente atualizada a cada aula,
ficando disponível a cada aluno;
È Focar o ensino da informática no desempenho de aplicações do cotidiano, tais
como: navegar na internet par a encontrar lugares e pessoas, imprimir 2º via de
documentos ou contas, retirar extratos bancários, verificar pontos e multas na
carteira de motorista junto ao DETRAN, consultas ao INSS e à Receita Federal,
dentre outras.
Sujeitos:
È Grupos da Terceira Idade
Instrumentos:
È Questionários de Sondagem Inicial e Final
È Entrevistas semi-estruturadas filmadas
As respostas utilizadas foram aquelas que tinham uma lógica mais coerente,
eis que obteu-se respostas em que os sujeitos utilizaram expressões como: muito
necessário, bom, importante, boas, diversos, muito boas, ótimo, maravilhoso,
excelente, tudo de bom, etc.; não desmerecendo estas respostas, mas foram
excluídas, pois não se relacionavam com o propósito da pesquisa.
3.8 CATEGORIAS
3.8.3 Aprendizagem
Foto 3 ± Contato com periféricos. Fonte: Autor, 2009. Foto 4 ± Casal. Fonte: O Autor, 2009.
Por que tantos idosos querem aprender a usar o computador? Alguns estão
simplesmente curiosos, ou precisam adquirir novas habilidades de trabalho
ou se atualizar. Outros querem acompanhar as tecnologias mais recentes:
comunicar-se com crianças e netos que usam computadores ou com
amigos que estão na (2000, p. 519).
Entende-se que a inclusão digital não deve ser vista separadamente, mas
como uma das prioridades das políticas públicas dos governos, pois é um direito do
cidadão assegurado por lei, e o fato de haver outras exclusões não justifica, no
contexto atual, abandoná -la, promovendo-a a um segundo plano; portanto, a
sociedade deve preocupar-se e engajar-se em promover diferentes e diversos tipos
de inclusão, conforme definiu Suaiden :
Quando você fala sociedade da informação, você pressupõe que está toda
humanidade, não é. No Brasil, atualmente, apenas 20% da população estão
incluídos nesta sociedade da informação. Uma sociedade que prega a
democratização do acesso à informação, porém que exige um
comportamento e uma infra-estrutura. E o Brasil é um país que têm
analfabetos e desnutridos, pessoas que jamais terão condições de participar
desta sociedade, na qual a exclusão e a inclusão passam a serem
parâmetros (2003).
Para os idosos, o simples acesso à rede é um grande desafio, pois uma
grande parcela dos usuários de Internet, diante dos sites de busca, não sabe o que
fazer diante de tantas respostas e chega a sentir pânico no momento seguinte ao
clique no botão µpesquisar¶ .
E, ao selecionar informações, ainda há dificuldade em analisar e produzir
seu próprio saber e transformar a pesquisa num momento de aprendizagem e de
produção criativa.
Sendo o desafio maior compreender a lógica da Internet a qual eles
entendem como uma rede complexa e descentralizada, e navegar em sites, que
aguça a curiosidade de conhecer o desconhecido .
Apesar de as informações e os conhecimentos estarem estritamente
interligados, podemos distingui-los a partir do nível de compreensão e apreensão
desses.
c
A convicção de que eles têm o potencial para aprender deve ser passada
nas primeiras aulas, como também as dúvidas devem ser sanadas, para que se
sintam confiantes em si mesmos, como salienta Claxton ³a crença em nossa pr ópria
competência para fazer diferença no curso dos acontecimentos é fundamental para
a aprendizagem ao longo da vida´ (2005, p. 47) .
Claxton também afirma
³que muitas ferramentas estão prontas para o uso, mas temos de aprender
como usá-las.Para fazer bom uso de um processador de palavras, de uma
calculadora gráfica ou da Internet, é necessário um investimento de tempo
de aprendizagem. É preciso estudar os manuais, elaborar as aulas, explorar
as competências. Todavia feito este investimento, o objeto da aprendizagem
torna-se uma ferramenta que possibilita tipos de exploração e aprendizagem
diferentes, os quais podem conduzir a um melhor desempenho´ (p.161).
3.8.5 Autonomia
3.8.6 Exclusão
[...] uma pessoa idosa sofre discriminação não somente pelo que ela é,
como um indivíduo, mas pelo que ela se torna enquanto pertencente a um
grupo que foi estereotipado de forma negativa. Em resumo, todas essas
características atribuídas às pessoas consideradas ³velhas´ (e.g.
passividade, cumplicidade, fraqueza, submissão, impotência) influenciam
como os outros vão perceber e interagir com ela, tanto no nível individual
quanto institucional (2003, p. 29).
Ao nos reportamos à exclusão digital, podemos defini -la com o termo ³info-
excluídosD (ou os que não têm acesso à Web) e às tecnologias de informação e
comunicação, na qual a Internet é a principal delas, e, se não tê m acesso às
tecnologias, conseqüentemente está excluído da sociedade:
Com o aumento da qualidade de vida, grande parte das pessoas que chega
à Terceira Idade está em condições de cuidar de si e até mesmo de pessoas com as
quais convivem, como pais, cônjuges e netos. Os grupos que necessitam de
assistência diária é menor.
Entendeu-se assim que a inclusão digital pode afetar a todos os que dela se
aproximam, acarretando uma radical mudança de mentalidade e de paradigmas.
Foto 20 - Monitor. Fonte: Autor, 2009. Foto 21 - Turma engajada. Fonte: Autor, 2009.
c c
º I P ISS
PSE
E IE
5 SE VEE
S EI
I I P I
º I º E I S
º I
P E
º
P E
º I
P E
º
P E
I
SPE I
º I IE
E 40 50 S
E 50 60 S
E 60 0 S
E 0 0 S
º I 4 IE
º I 5 I
c
c
c
º I 6 PSSI
P E
S II I
c
º I PSSI
P E
S I
|t
i , ií i t l í
t , j
t i , i i í t ,
t i
i l
ii t
.
º I J
P
c
A j
t
l t , t jit
t. i, i jit , j
it , ji ti
tt l, j fii l , ft.
c
c
c
!
c
c
!
º I
IP E S II I
º I
IP E S I
º I
IP E
SI S II I
c
º I 4
IP E
SI S I
º I 5
IP E VÍES II I
º I 6
IP E VÍES I
º I E
II I
º I E
I
"
º I E
S II I
º I 0 E
S I
"
º I J EZ S E I
I
º I E E ÍVE E E I
E E
I
I
II I
c
cc
º I
E E ÍVE E E I
E E
I
I
I
cË
##$
%%%
#
º I 5
E 0 P E
c
"
A ª t ti
i S il li it
ti it t i , t E
l , t li .
jit t l, t i, i
f tíi t, t i t i i.
º I 6
E 0 P I
c
cË
"
º I
E 0 P S
cË
º I
E 0 P P ESS
c
cË
cc
º I
E 0 P
I
" "
cË
. . Ali
È Desenvolvimento intelectual;
È Persistência no desenvolvimento das tarefas;
È Facilidade de assimilação da matéria;
È Atitude positiva em relação ao estudo;
È Pensamento criativo e independente;
È Tem espírito de solidariedade e cooperação;
È Observa as normas coletivas da disciplina;
È Tem interesse e disposição para o estudo;
È Resolve suas próprias dificuldades;
È É responsável em relação às tarefas de estudo;
È Tem iniciativa;
È Tem presteza para iniciar as tarefas;
È Apresenta as tarefas no prazo solicitado.
As avaliações foram realizadas continuamente, onde foi atribuída uma nota
final a cada aluno, pelo seu desempenho, através de testes, provas e trabalhos
escritos e práticos.
A aplicação da avaliação em laboratório de informática requereu a
construção de uma série de mecanismos que permitam a observação de todos os
passos percorridos pelo aluno, seu grau de cooperação e seu desempenho na
resolução de exercícios, provas e/ou testes.
Ao final de postular cada módulo (Introdução à Informática, Sistemas
Operacionais, Windows XP, Internet, Word, Excel, Power Point, Hardware e Redes),
aplicaram-se exercícios e trabalhos correspondentes, e ainda foi motivo de avaliação
a disciplina, a participação e a assiduidade.
Como se pode observar, a avaliação tem um papel muito importante no
processo de ensino-aprendizagem, pois através dela que acompanha -se e mede-se
a construção do conhecimento do aluno.
Neste trabalho, procurou-se mostrar a necessidade de uma avaliação
pedagógica integral, que leve em conta não somente o desempenho cogniti vo, mas
também fatores afetivos.
cc
CONCLUSÃO
Uma das principais dificuldades que se constatou foi em relação à mem ória,
porém, ao longo do curso, eles são orientados a fazerem a repetição dos exercícios
aprendidos em aula ao chegarem em casa, ajudando a memorizar os comandos
para acessar o computador. Outras dificuldades foram: ícones muito pequenos; falta
de coordenação motora para utilizar o mouse; pressionar o teclado com força; as
janelas que são abertas simultaneamente; porém a monitoria ensina como configurar
os ícones para ficar do tamanho desejado; como manusear o mouse de forma
correta; como voltar à janela qu e se quer sem se perder.
Os idosos que fizeram o curso sabem que um único curso não vai atender a
demanda de que eles necessitam para aprender a lidar com o computador e a
navegar na Internet; assim, pode -se perceber que muitos não param neste curso,
antes mesmo de acabar, procuravam informações junto à monitoria e à coordenação
para saberem onde acontecem outros cursos com o mesmo enfoque, voltados para
a Terceira Idade.
Na ocasião da formatura da turma, a Pró -reitora de Extensão e Cultura
Professora Fahena Porto Horbatiuk, informou aos presentes que a UNIUV estaria
disposta, juntamente com o professor regente, em formar uma nova turma da
Terceira Idade para o ano letivo de 2010, prosseguindo em um curso intensivo de 3
(três) meses, a iniciar em abril.
O prosseguimento do curso no ano seguinte vem a possibilitar seu
aperfeiçoamento, uma vez que já detectadas as principais dificuldades e
contratempos, os planos de aula e os módulos de estudo seriam analisados e
revistos, contaria com os meios publicitários da universidade para divulgação,
acolheria os demais participantes dos grupos da terceira idade, incluindo os grupos
de Porto União ± SC, ainda, reforçaria o aprendizado dos alunos remanescentes,
interessados em dar continuidade, e por fim, estenderia os braços a todos aqueles
que ainda não tiveram a oportunidade de incluir-se digitalmente.
Entende-se que, para os grupos de Terceira Idade, que fazem o curso de
Inclusão Digital, saber informática é desmistificar o estereótipo de que os idosos
vivem do e no passado, apesar de todas as barreiras, diferenças e incertezas que os
cercam, sendo que o maior desafio é superar seus próprios limites e preconceitos e
poder provar que, mesmo estando nesta fase, aprende -se, pois eles possuem uma
referência central que é a da µvida¶ - continuar vivendo de maneira prazerosa,
reinventando a velhice.
coo
apoio, nesta fase, fazendo com que a velhice seja vista de forma positiva, da
convivência e da valorização da pessoa idosa por sua história, sabedoria e
contribuição às famílias e à sociedade.
Observou-se que a inclusão digital tem muita teoria e pouca prática. O
correto seria criar e manter um cenário favorável para a população, e não toda vez
que muda as nossas lideranças políticas voltar a ³estaca zeroD.
Um projeto deste porte tem que haver início, meio e fim , sem demagogia e
egocentrismo partidário, pois a educação não possui
Sobretudo a terceira
idade é uma parcela da sociedade não só excluída d igitalmente, mas em várias
esferas da vida cotidiana e do conhecimento.
"Computador Para Todos" é um programa que não tem qualquer iniciativa
voltada para a alfabetização digital. É um projeto governamental totalmente focado
em custos: prevê isenção de tributos para máquinas de razo ável valor, facilidades no
financiamento de micros com configuração pré-determinada e acesso subsidiado à
internet. O público alvo dessas máquinas são pessoas que ainda não têm
computadores em suas casas e, sem as facilidades de preço e financiamento, não
teriam condições de comprá-los. As operadoras de telefonia fixa prevêem que 90%
desses novos usuários conectem-se à internet.
Esse tipo de plataforma deve ser adotado em países desenvolvidos e em
desenvolvimento, pois ele vai contra os monopólios. Relacionado à idéia de
democracia e justiça social está o software livre. Não é só grátis, representa o uso
para todos, quebrando a fro nteira da exclusão digital.
Basta facilitar a proliferação de computadores, e o ser humano? Senão
souber como usar a ferramenta para obter benefícios, ela servirá apenas p ara bater-
papo, mandar e-mails e descontrair. Ora, estamos na era do conhecimento, em que
o valor está nas informações de qualidade.
Na pesquisa, ao final dos testes, embora os sujeitos tenham afirmado que
acharam os procedimentos fáceis ou tenham responsabilizado a si pelos erros do
processo, acredita-se que tenham formada uma idéia de qu e os erros e dificuldades
encontrados durante a tarefa sejam causados por inexperiência e insegurança com a
máquina e com o ambiente.
As respostas finais dadas pelos sujeitos da pesquisa demonstraram que
estes entendem que é papel do usuário adaptar -se à tecnologia, em vez de, como
afirma Norman (1988), a tecnologia adaptar -se às necessidades do usuário.
co
REFERNCIAS
DEMO, Pedro. Instrucionismo e nova mídia. In: SILVA, Marco. Educação on-line ±
teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003, p. 75-
88.
IZQUIERDO, Ivan. Questões sobre memoria . Coleção Aldus 19. São Leopoldo:
UNISINOS, 2004a.
MELO, Orfelina Vieira. O idoso cidadão. 1. ed. Rio Grande do Sul: Editora Gráfica e
Editora Padre Berthier,1994.
MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Educação, Porto Alegre, v.22, nº. 37, p.7 -
31, 1999.
MORRIS, J. M. ë
Educational
Gerontology, 20: (6), 541 -555, sep. 1994.
_______. Educação , Porto Alegre, ano VIII, Nº. 9, p.17 - 32, 1985.
co
_______. A educação no terceiro milênio Porto Alegre: v. 25, p. 43-58, set 2003.
MÜLLER, Marisa Campio; SILVA, Juliana Dors Tigre da. (orgs.). Espiritualidade e
qualidade de vida. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, p. 37 -49.
PELLANDA, Nilze Maria Campos; SCHLÜZEN, Elisa Tomoe Moriya, JUNIOR, Klaus
Schlüzen (orgs). Inclusão digital: tecendo redes afetivo-cognitivas. Rio de
Janeiro: DP&A, 2005. 151 .
PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Cortez:
1993.
SANCHO, Juana Maria (org.). Para uma tecnologia educacional . Trad. Beatriz
Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SILVEIRA, Mª. Helena. Das escolas sem letras. Salto para o Futuro: Educação
do Olhar. Vol.1. Série de Estudos - Educação à Distância. MEC/SEED. Brasília,
1998.
SUHR, Myong Won. Abertura de espírito para uma vida melhor. In: DELORS,
Jacques (org.). Educação: um tesouro a descobrir. 9. ed. São Paulo: Cortez;
Brasília: MEC, UNESCO, 2004.
Occupational Medicine - Oxford. (50) Sep 2000, p. 478-
482 (49).
c
<http://www.comunidade.sebrae.com.br/servicos/Estudos+e+Pesquisas/30478.aspx
>. Acesso em 05 jun 2009.
<http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0071610RCDR2MS >.
Acesso em 31 jul 2009.
<http://www.crde-unati.uerj.br/crde/crdee.htm >.
Acesso em 31 jul 2009.
<http://www.emdianews.com.br/noticias/cuidar-da-visao-dos-idosos-melhora-a-
saude-e-recupera-a-auto-estima-5843.asp>. Acesso em 31 jul 2009.
ANEXOS
co
LISTA DE ANEXOS