Sunteți pe pagina 1din 3

c  

Capítulo IX

O capítulo IX inicia-se com o dia da famosa soirée dos Cohens. Carlos acordou
cedo, mas decidiu não sair nessa manhã. Tenta escrever, mas sente-se sem qualquer
inspiração.
Chega Vilaça, a fim de lhe falar da venda de umas terras no Alentejo, que lhe
podiam fazer ganhar dois contos de réis para cima! Carlos assina, Vilaça sai, diz que
tem que ir ter com o Eusebiozinho, e Carlos tenta voltar a escrever.
Não consegue, pois desta vez aparece Afonso da Maia, que vinha do seu passeio
matinal pelo bairro. Trazia-lhe uma carta da condessa de Gouvarinho, um convite para
jantar no sábado seguinte do conde para Carlos.
Chega entretanto também Ega, que rompe pelo quarto adentro, com ar
atordoado, com a barba por fazer, desesperado por uma espada! Não conseguia
encontrar uma espada que ficasse bem com a sua máscara, para o baile de logo à
noite! Encontrava-se desesperado. Conseguem felizmente arranjar-lhe uma,
proveniente do Brasil.
Quando Carlos tenta voltar à sua escrita, mas aparece então Dâmaso, igualmente
esbaforido, com a face até em brasa. Pede-lhe ajuda, diz ser uma urgência, a filha dos
Castro Gomes não se estava a sentir bem. Os pais haviam partido para Queluz, a
pequena tinha ficado com a Governanta, e após o almoço tinha-lhe dado uma dor. A
Governanta queria um médico inglês, pois era a única língua que sabia.
Partem para o Hotel Central, onde os Castro Gomes estavam hospedados, e na
viagem Dâmaso gaba-se do seu romance com a brasileira e de como é um íntimo da
casa. Já dentro da casa, Carlos, enquanto esperava pela Governanta, fica a admirar um
casaco branco de Maria Eduarda, o casaco que esta havia vestido no primeiro dia que a
vira. E imagina-a ali com o perfume de jasmim.
Chega entretanto a Governanta, Miss Sara, que era redondinha e pequenina.
Leva-o ao quarto da pequena, a menina Rosa, que para Carlos parecia um verdadeiro
anjo, muito branca com os cabelos negros e os olhos azuis. Felizmente, Rosa não tinha
nada, era só o susto de se ter visto sem a mãe. Passa uma receita à Miss Sara, e volta
para casa com Dâmaso.
Este volta novamente a falar dos seus romances, da próxima ida a Sintra.
Comenta que os Castro Gomes estavam à procura de casa, mas recomeça a falar de si
próprio, e do seu tio Guimarães, que vive em Paris, uma pessoa muito influente e
chique a valer!
Despedem-se, mas combinam encontrar-se logo à noite na festa dos Cohen.
Dâmaso estava todo entusiasmado com o seu fato divino de selvagem, chique a valer.
Às dez horas, Carlos estava a vestir-se para o Baile, quando entretanto alguém
toca à campainha, e logo de seguida, surge um diabo vermelho, o Ega vestido de
Mefistófeles. Vinha numa aflição, os olhos vermelhos, numa terrível palidez. O Cohen
havia-o expulsado da sua casa, ali, no meio de toda a gente! Com certeza que havia
descoberto a sua relação amorosa com Raquel. Ega estava furioso, berrava que o
queria bater num duelo de cinco passos, que lhe queria meter uma bala no peito. Batia
com os pés, esmurrava o ar, praguejava, berrava sem cessar. Ai como queria matá-lo!
Carlos tenta meter-lhe algum juízo. Afirma que o Cohen estava no seu direito, e
que ele é que devia manda-lo desafiar. Decidem ir falar com Craft, aos Olivais.
Chegaram por volta da uma da manhã. Craft percebeu logo que havia desastre. Ega
contou tudo numa só lufada. Pedia -lhe conselhos, que haveria de fazer. Craft disse o
mesmo que Carlos. Ega devia acalmar-se e esperar pelo dia seguinte. Afinal, fora
Cohen o insultado.
Ega fez literalmente uma birra, afirmou não ter amigos, que ele é que tinha sido
insultado publicamente, que merecia vingança. Queria lavar a sua honra.
Carlos zanga-se por Ega duvidar da sua amizade. Mas Ega já nada ouvia,
continuando a disparatar. Por fim decidem ir jantar e beber Borg onha e Chambertain.
Ega devorou tudo o que encontrou, quer tenha sido comida ou bebida. No final, nem
se aguentava de pé, só falando de Raquel, e acabando por cair redondamente no chão.
E ficou a dormir nos Olivais.
No dia seguinte, Carlos voltou, para ver Ega. Acordou-o apressado, Ega precisava
de voltar para a sua casa, caso o Cohen mandasse lá ir alguém para o desafiar. Se não o
encontrassem podiam pensar que tinha fugido. Ega saltou imediatamente da cama, e
partiram para Lisboa.
Não apareceu ninguém, nem chegou nenhum telegrama. Por fim, à noite,
alguém bateu à porta. Era a Dona Adélia, a empregado dos Cohen, que trazia notícias.
Raquel havia sido espancada pelo marido, mas no final tinham feito as pazes. Voltava
no dia seguinte para Inglaterra. Ega não queria acreditar que Raquel se tinha rebaixado
por uma bengala. E tinham «feito as pazes», e isso ainda era o pior para ele.
E assim terminou, reles e insignificante, o melhor romance da vida de Ega. Foram
jantar ao Chiado, mas Ega não conseguia parar de pensar a maneira como o Cohen
havia descoberto o seu romance. Era impossível, eles tinham tantos cuidados. A dona
Adélia tinha dito que a Senhora costumava falar enquanto dormia, e talvez tenha sido
isso. Mas essa desculpa não convencia muito Ega. Contudo, mal se via sozinho no
quarto desabou, agarrado a uma fotografia de Raquel e soluçando pelo resto da noite.
E aquela foi uma semana muito dolorosa para Ega. Logo no dia seguinte
apareceu Dâmaso no Ramalhete, e por ele ouviram os rumores que seguiam em
Lisboa. Já se sabia no Grémio, no Chiado, enfim por toda a cidade, que Ega fora
expulso da casa dos Cohen. Alguns diziam até que este havia levado um pontapé do
Cohen; outros, como Alencar, acreditavam na inocência de Ega.
Carlos, ao voltar do jantar dos Gouvarinhos, contou-lhe também o que se dizia. O
Cohen dissera que Ega escrevera uma carta indecente e imunda, e que por isso o
expulsara. Afinal, poucos sabiam a verdade. Ega era o odiado em Lisboa, e por isso
decidiu voltar para as terras da sua mãe, deixar a cidade, acabar de escrever ͞As
Memórias de um Átomo͟, e reaparecer um ano mais tarde em Lisboa, triunfante e
glorioso. Pelo menos, era isso que imaginava.
Com esta história de Ega, Carlos ficou a repensar na sua vida. Tinha vindo de
Inglaterra cheio de ideias, o consultório, o laboratório, o livro de Medicina! E nada
tinha conseguido realmente completar. Mal tinha pacientes, escrevera apenas um
capítulo do livro, e meia dúzia de artigos. Naquela altura, sentia -se um falhado.
Carlos fica a saber por Dâmaso, que o Castro Gomes estava de cama, doente.
Ficou à espera de ser chamado, mas nada aconteceu. Dias depois, avistou-os mas mais
nada de especial. Decidiu pedir a Dâmaso que o apresentasse aos Castro Gomes. Ele
precisava de ouvir a voz dela, de ver os seus olhos, de sentir o seu perfume.
Contudo, acabou por passar a semana inteira com os Gouvarinhos. Depressa se
tornou amigo do conde, e amante da sua mulher. Os dias passaram, Dâmaso queixou -
se que o Castro Gomes nunca mais se decidia em ir para o Brasil, o que lhe estava a
estragar o romance com Maria Eduarda. O Castro Gomes queria também conhecer
Carlos para lhe agradecer por ter ido ver Rosa, quando esta se sentiu mal.
Nesse mesmo dia, foi visitar a condessa de Gouvarinho. Apareceu Teles da Gama,
um íntimo da casa, que procurava o conde. Ficou a conversar um pouco, mas depressa
abalou.
Não resistiram à tentação, mais uma vez. Aparece entretanto o conde, que fica
muito contente por ver Carlos. Falaram por algum tempo, e ao despedirem -se o conde
não se contentou com um simples aperto de mão, mas dando-lhe um grande abraço e
chamando-lhe o seu querido Maia.

S-ar putea să vă placă și