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RELATÓRIO DE ENSAIO
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
MÉTODO DE PENEIRAÇÃO
Trabalho Pratico 1
Engenharia Civil – Materiais de Construção
I
Turno P6 – Grupo 1
Edgar Macedo N.º 44518
Manuel Miranda N.º 42909
Rafael Oliveira N.º 59689
Sara Gomes N.º 54242
Outubro de 2009
Universidade do Minho Materiais de Construção I
Mestrado em Engenharia
Escola de Engenharia
Civil
Índice
1 Resumo.................................................................................................................3
2 Descrição..............................................................................................................3
3 Aparelhagem.........................................................................................................4
3.1 Peneiros de ensaio.........................................................................................4
3.2 Tampa e recipiente de fundo adaptados aos peneiros...................................4
3.3 Estufa ventilada.............................................................................................4
3.4 Equipamento de lavagem...............................................................................4
3.5 Balança..........................................................................................................4
3.6 Tabuleiros e escovas......................................................................................4
3.7 Máquina de peneirar......................................................................................4
4 Preparação dos provetes de ensaio......................................................................4
5 Procedimento........................................................................................................4
5.1 Lavagem........................................................................................................4
5.2 Peneiração.....................................................................................................5
5.3 Pesagem........................................................................................................5
6 Resultados............................................................................................................5
6.1 Ensaio das areias A1, A2 e A3...........................................................................5
6.2 Ensaio da brita B............................................................................................6
7 Análise..................................................................................................................6
7.1 Cálculos e expressão dos resultados..............................................................6
7.2 Areia A1..........................................................................................................8
7.3 Areia A2..........................................................................................................9
7.4 Areia A3........................................................................................................10
7.5 Areia AM (média das areias A1, A2 e A3).........................................................11
7.6 Brita B..........................................................................................................12
8 Utilização dos agregados em betões de ligantes hidráulicos...............................13
8.1 Dimensão.....................................................................................................13
8.1.1 Brita B...................................................................................................13
8.1.2 Areia AM.................................................................................................13
8.2 Granulometria..............................................................................................13
8.2.1 Brita B...................................................................................................13
8.2.2 Areia AM.................................................................................................14
8.3 Teor de finos................................................................................................15
8.3.1 Brita B...................................................................................................15
8.3.2 Areia AM.................................................................................................15
9 Conclusão...........................................................................................................15
10 Referências......................................................................................................15
Anexo A - Curva Granulométrica da areia AM.............................................................16
Anexo B - Representação Triangular de Feret da areia AM.........................................17
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Universidade do Minho Materiais de Construção I
Mestrado em Engenharia
Escola de Engenharia
Civil
1 Resumo
O presente trabalho está integrado na disciplina de Materiais de Construção I
do 2º ano do Mestrado de Engenharia Civil, leccionada na Universidade do
Minho. Este relatório tem por objectivo a análise granulométrica de uma areia
AM (resultante da média de três areias A1, A2 e A3) e de uma brita B. Também
se pretende verificar se os agregados em estudo respeitam as características
mínimas para a sua utilização em betões de ligantes hidráulicos, seguindo a
especificação presente na norma LNEC E 467:2006.
Os processos de ensaio foram conduzidos seguindo a normalização existente
(NP EN 933-1:2000 e NP EN 933-2:2000) e tendo como base os ensaios
laboratoriais efectuados no dia 14 de Outubro de 2009, os quais não seriam
possíveis sem a ajuda do pessoal técnico presente no laboratório.
2 Descrição
Os ensaios efectuados encontram-se normalizados pelas normas NP EN 933-
1:2000 e NP EN 933-2:2000. A norma NP EN 933-1:2000 define o método
para a análise granulométrica dos agregados, usando peneiros de ensaio e a
norma NP EN 933-2:2000 especifica as dimensões nominais das aberturas e o
formato da tela de arame e chapas perfuradas dos peneiros de ensaio.
O objectivo dos ensaios, a análise granulométrica de agregado, consiste
simplesmente em separar uma amostra desse agregado em fracções, cada
uma contendo partículas com dimensões entre limites correspondentes às
aberturas dos correspondentes peneiros (Neville, 1995). Para tal é utilizada
uma serie especificada de peneiros de maneira a separar o material em
diversas classes granulométricas por granulometria decrescente.
O método utilizado é a peneiração, com lavagem seguida de peneiração a
seco. Na prática, a análise granulométrica é realizada agitando o agregado
através de uma série de peneiros, arranjados por ordem tal que os de malha
mais larga estejam na parte superior e os de malha mais apertada na
inferior, pesando-se o material retido em cada peneiro.
Conhecendo a massa inicial da amostra, facilmente se calcula a percentagem
da massa dos resíduos em cada peneiro, que são partículas com a mesma
dimensão granulométrica.
Os resultados da peneiração registam-se sob a forma de tabela (ver exemplo
tabela 3).
Os valores calculados na coluna dos passados acumulados são utilizados para
o traçado gráfico da curva granulométrica (ver anexo A). As curvas
granulométricas são fundamentais para apreciar rapidamente a
granulometria do agregado e as deficiências que possa ter a nível de certas
fracções granulométricas, por exemplo a falta de partículas de dada
dimensão.
Os valores calculados na coluna dos retidos acumulados, permitem
determinar o parâmetro designado por módulo de finura, que corresponde à
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3 Aparelhagem
3.1 Peneiros de ensaio
Peneiros de ensaio com aberturas como especificado na norma NP EN 933-
2:2000.
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5 Procedimento
5.1 Lavagem
O provete disponibilizado para o ensaio já se encontrava lavado e seco. Cuja
lavagem foi realizada segundo a norma NP EN 933-1:2000. O material é
pesado e registado o resultado como M2.
5.2 Peneiração
O material depois de lavado e seco é despejado na coluna de peneiros. Esta
coluna é constituída por peneiros encaixados, e dispostos de cima para baixo
por ordem decrescente da dimensão das aberturas, com fundo e tampa.
Para a areia foram utilizados os peneiros: 4 mm, 2 mm, 1 mm, 0,5 mm, 0,25
mm, 0,063 mm.
Para a brita foram utilizados os peneiros: 32 mm, 16 mm, 8 mm, 4 mm.
A coluna da areia é agitada mecanicamente recorrendo a uma máquina de
peneirar. Sendo depois retirados os peneiros um a um, começando pelo de
maior abertura e agitando manualmente, garantindo que não existe perda de
material, utilizando, por exemplo, fundo e tampa.
A brita devido as suas dimensões foi agitada manualmente segundo o
método utilizado na areia depois da agitação mecânica.
Todo o material que passa através de cada peneiro é transferido para o
peneiro seguinte antes de continuar a peneiração com este peneiro.
5.3 Pesagem
O material retido no peneiro com maior abertura é pesado e a sua massa
registada com R1. A mesma operação é efectuada para o peneiro
imediatamente inferior e a massa do material retido registada como R2.
Esta operação é repetida para todos os peneiros da coluna de modo a obter
as diferentes fracções dos materiais retidos.
O material retido no fundo é pesado e a sua massa registada como P.
6 Resultados
6.1 Ensaio das areias A1, A2 e A3
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7 Análise
7.1 Cálculos e expressão dos resultados
M1 é a massa seca do provete de ensaio, em quilogramas;
M2-(Ri+P)M2×100= <1%
(M1-M2)+PM1×100=f
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FM=[>4+>2+>1+>0,5+>0,25+>0,125]100
7.2 Areia A1
Laboratóri Laboratório de
Análise granulométrica
o: Engenharia
Método de peneiração NP EN 933-1:2000
Civil
Data: 14/10/2009
Identificação da amostra: Areia A1
Operador: Técnico
Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco
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(kg)
4 0,007 1,33 1,33 98,67
2 0,058 11,03 12,36 87,64
1 0,196 37,26 49,62 50,38
0,5 0,21 39,92 89,54 10,46
0,25 0,053 10,08 99,62 0,38
0,125 0,002 0,38 100,00 0,00
0,063 0 0,00 100,00 0,00
Fundo 0
7.3 Areia A2
Laboratóri Laboratório de
Análise granulométrica
o: Engenharia
Método de peneiração NP EN 933-1:2000
Civil
Data: 14/10/2009
Identificação da amostra: Areia A2
Operador: Técnico
Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco
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Civil
retido
(mm) simples acumulados acumulados
(kg)
4 0,004 1,2 1,2 98,8
2 0,041 12,2 13,4 86,6
1 0,133 39,6 53,0 47,0
0,5 0,126 37,5 90,5 9,5
0,25 0,029 8,6 99,1 0,9
0,125 0,001 0,3 99,4 0,6
0,063 0 0,0 99,4 0,6
Fundo 0
7.4 Areia A3
Laboratóri Laboratório de
Análise granulométrica
o: Engenharia
Método de peneiração NP EN 933-1:2000
Civil
Data: 14/10/2009
Identificação da amostra: Areia A3
Operador: Técnico
Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco
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7.6 Brita B
Laboratóri Laboratório de
Análise granulométrica
o: Engenharia
Método de peneiração NP EN 933-1:2000
Civil
Data: 14/10/2009
Identificação da amostra: Brita B
Operador: Técnico
Procedimento usado: Lavagem e peneiração a seco
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8.1 Dimensão
Segundo a norma NP EN 12620:2004 as dimensões do agregado devem ter
uma razão D/d não inferior a 1,4.
8.1.1 Brita B
De acordo com a norma a brita B possui dimensão 4/63 e cumpre o requisito
D/d ≥ 1,4.
8.1.2 Areia AM
De acordo com a norma a areia AM possui dimensão 0/4 e cumpre o requisito
D/d ≥ 1,4.
8.2 Granulometria
Segundo a norma LNEC E 467:2006 temos:
A granulometria da brita B deve cumprir os requisitos das secções 4.3.1 e
4.3.2 presentes na norma NP EN 12620:2004.
8.2.1 Brita B
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Como é possível verificar, a brita pode ser classificada como GT 17,5, pois
apesar da percentagem de passados D/2 ser aproximadamente 88, esta
encontra-se dentro da tolerância típica declarada pelo produtor.
1.1.1 Areia AM
Em função da sua dimensão superior D, a areia AM deve satisfazer os
requisitos da granulometria especificados na tabela 11, abaixo apresentada.
Tabela 13 - Requisitos para a granulometria da Areia AM
Agrega Dimensão Percentagem de passados, em Catego
do massa ria
2 1,4 D D d d/2 G
D
10 98 a 85 a 0a 0a GC85/2
D/d ≤ 2 ou
0 100 99 20 5 0
D≤11,2
10 98 a 80 a 0a 0a GC80/2
mm
Grosso 0 100 99 20 5 0
D/d > 2 e
10 98 a 90 a 0a 0a GC90/1
D>11,2
0 100 99 15 5 5
mm
D/d ≤ 4 mm e 10 95 a 85 a - - GF85
Fino
d=0 0 100 99
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0,063 ±3 ±5 ±5
1.2.1 Brita B
De acordo com a norma a brita B é de categoria f1.5, ou seja, cumpre os
requisitos especificados na norma LNEC E 467:2006.
1.2.2 Areia AM
De acordo com a norma a areia AM é de categoria f3, ou seja, cumpre os
requisitos especificados na norma LNEC E 467:2006.
2 Conclusão
Terminada a análise dos resultados e verificação das propriedades ensaiadas
obtemos informações suficientes para avaliar a possível aplicação dos
agregados em betões com ligantes hidráulicos, mas que também nos
permitem classificar os agregados.
Como foi possível verificar a brita B não cumpre todos os requisitos
discriminados na norma LNEC E 467:2006, pelo que não poderia ter como
aplicação a utilização em betões com ligantes hidráulicos, a sua
granulometria não está em conformidade com a norma. Contudo foi
classificada com a categoria GT 17,5.
No caso da areia AM, esta cumpre todos os requisitos especificados e está
classificada com a categoria GF85. É uma areia com possível aplicação em
betões com ligantes hidráulicos.
Tanto para a brita como a areia foram determinadas as propriedades
granulométricas pretendidas, das quais se destacam: percentagem de finos
(f), máxima e mínima dimensão, módulo de finura. Com as quais foi possível
fazer a representação gráfica através da curva granulométrica e triângulo de
Feret.
3 Referências
NP EN 933-1:2000 – Ensaios das propriedades geométricas dos agregados.
Parte 1: Análise granulométrica – Método de peneiração.
NP EN 933-2:1999 – Ensaios das propriedades geométricas dos agregados.
Parte 2: Determinação da distribuição granulométrica – Peneiros de ensaio,
dimensão nominal das aberturas.
LNEC E 467:2006 – Guia para a utilização de agregados em betões de
ligantes hidráulicos.
NP EN 12620:2004 – Agregados para betão.
AGUIAR, J. L. B. Materiais de Construção I Pedras. Guimarães. 2007
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