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Manual 56

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

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Manual
do Professor

25.06.05, 17:05
Sumário
1. Introdução .................................................................................................................................... 4
A renovação da Geografia, 4 Sala de aula para adolescentes: a aventura do conhecimento, 4
Proposta geral da obra, 4

2. Estrutura da obra ......................................................................................................................... 6


Pressupostos teórico-metodológicos, 6 As atividades, 7

3. Conversa de professor para professor ...................................................................................... 8


A linguagem cartográfica e o ensino da Geografia, 8 Os conceitos estruturadores da obra, 13
Sites interessantes, 15 Bate-papo com os autores, 15

4. Processo de avaliação ................................................................................................................ 16

5. Procedimentos e tratamento didático das atividades .............................................................. 17

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Unidade I Bases da Geografia: sociedade, natureza e território
Capítulo 1 A Geografia e a linguagem cartográfica ................................................................ 17
Capítulo 2 O sistema terrestre ................................................................................................ 17
Capítulo 3 Climas e hidrologia terrestres ................................................................................ 18
Capítulo 4 Os principais biomas da Terra ............................................................................... 18
Capítulo 5 As bases físicas do Brasil ..................................................................................... 19
Capítulo 6 Sociedade industrial e meio ambiente .................................................................. 19
Capítulo 7 Fronteiras e mapas políticos ................................................................................. 20
Capítulo 8 Caminhos da economia mundial ........................................................................... 21

Unidade II O mundo geopolítico contemporâneo


Capítulo 9 A geografia da Guerra Fria ................................................................................. 22
Capítulo 10 A superpotência .................................................................................................. 24
Capítulo 11 Potências mundiais ............................................................................................ 24
Capítulo 12 Potências regionais ............................................................................................ 24
Capítulo 13 Conflitos étnico-religiosos na Europa ................................................................. 25
Capítulo 14 Conflitos étnico-religiosos no Oriente Médio e na África .................................... 26
Capítulo 15 A geopolítica do Brasil ........................................................................................ 27

Unidade III Geografia econômica: as redes mundiais


Capítulo 16 A indústria e a produção do espaço geográfico ................................................. 28
Capítulo 17 A produção agropecuária no mundo .................................................................. 29
Capítulo 18 Circulação e redes de transporte ....................................................................... 29
Capítulo 19 Geografia da população ..................................................................................... 30
Capítulo 20 O espaço urbano ................................................................................................ 31
Capítulo 21 Geografia do lazer, do esporte e do turismo ...................................................... 31
Capítulo 22 Blocos econômicos ............................................................................................ 32

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Unidade IV Desafios ambientais
Capítulo 23 Geografia dos recursos naturais ........................................................................... 33
Capítulo 24 Impactos ambientais urbanos ............................................................................... 33
Capítulo 25 Meio ambiente e política internacional .................................................................. 34
Capítulo 26 A questão ambiental no Brasil ............................................................................... 35

Unidade V Geografia e mudança social


Capítulo 27 A geografia dos excluídos ..................................................................................... 35
Capítulo 28 Saúde e políticas públicas ..................................................................................... 36
Capítulo 29 Movimentos sociais e cidadania ............................................................................ 37
Capítulo 30 Geografia do crime ................................................................................................ 37
Capítulo 31 Cultura jovem e conflito ......................................................................................... 38
Capítulo 32 O Brasil e os desafios do século XXI .................................................................... 38

6. Respostas das questões dos vestibulares e do Enem ............................................................ 39

7. Atividades complementares ....................................................................................................... 44

8. Textos complementares .............................................................................................................. 49

9. Bibliografia ................................................................................................................................... 53

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1. Introdução

A renovação da Geografia abertos a novas experiências afetivas e emocionais e


gostam de ser desafiados. Considerando essa condi-
A Geografia produzida no Brasil viveu nos últimos
ção de ser adolescente, tais descobertas e o contato
anos um intenso processo de renovação de seus postu-
com o real complexo — com todos os seus aspectos de
lados teórico-metodológicos. Foi grande o esforço da
ordem, ruptura, contradições, conflitos, complemen-
comunidade geográfica para compreender a realidade
taridades e inter-relações — alimentam nos jovens os
de forma mais dinâmica, considerando-se a totalidade
seus próprios sonhos e desejos de transformação do
das relações entre a sociedade e a natureza. É por isso
mundo exterior e interior. É o encontro de suas com-
que a disciplina tem reunido instrumentos de análise e
petências com a construção de seu próprio código de
de prática social que colocam no centro do debate ques-
ética e moral, de sua autonomia intelectual e consciên-
tões como impacto ambiental, desemprego, falta de
cia crítica.
moradia, reforma agrária, direito à saúde e à educação.
A presente obra didática foi planejada para oferecer
Essa renovação do pensamento geográfico brasileiro
suporte adequado ao professor que ensina Geografia para
há muito extrapolou os muros da universidade. Um mar-
os jovens alunos que vivem a fase da adolescência. Com
co dessa mudança foi o Primeiro Encontro Nacional de
base na proposta do livro, o aluno é desafiado a operar o
Ensino de Geografia, promovido pela Associação dos
sistema lógico, colocando seu raciocínio em movimento
Geógrafos Brasileiros, em 1987, em Brasília. Era a pri-

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e procurando encontrar um novo equilíbrio entre o po-
meira reunião nacional específica para debater temas re-
der explicativo de suas ferramentas da razão e as possi-
ferentes ao ensino da Geografia. Desde então, inúmeros
bilidades de participação na vida social e afetiva.
têm sido os fóruns de discussão de propostas alternati-
vas às estruturas curriculares tradicionais de Geografia,
centradas na reprodução do saber puramente disciplinar Proposta geral da obra
e conteudista, na memorização e no trabalho competiti- Essa obra é um convite para que os alunos assumam
vo e individual. uma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade, com
Podemos situar tais transformações da prática dos o objetivo de encontrar respostas para questões nucleado-
geógrafos no âmbito do movimento político mais am- ras que envolvem a vida social. Trata-se de uma proposta
plo de redemocratização do país, encontrando resso- que busca atender a três necessidades dos jovens:
nância nas tendências pedagógicas compromissadas
• do ponto de vista do conhecimento, permitindo que
com um ensino problematizador, crítico e voltado para
eles demonstrem o domínio de compreensão da realida-
a formação do cidadão. Ao colocar a atitude científica
de que dá consistência ao seu posicionamento crítico;
e a criatividade como eixo central do Ensino Médio,
essas novas perspectivas pedagógicas identificam no • do ponto de vista da habilidade do pensamento,
estudo da Geografia um campo fértil para a formula- permitindo que se exercitem na auto-avaliação da con-
ção e a resolução de problemas, o que pressupõe uma sistência lógica de seu posicionamento, ou seja, que tes-
permanente busca de respostas, ainda que provisórias, tem, a partir da complexidade das relações sociais
para as questões nucleadoras da disciplina. presentes no mundo, a logicidade de suas idéias; e
• do ponto de vista afetivo e social, instrumentali-
zando-os conceitualmente para que possam identificar
Sala de aula para adolescentes: a aventura em sua problemática pessoal e existencial — ou seja, em
do conhecimento sua singularidade — algumas idéias e dificuldades co-
A sala de aula é um espaço privilegiado para o exercí- muns entre seus colegas de turma assim como entre jo-
cio da problematização. Acreditamos que o trabalho de- vens de outras partes do mundo.
senvolvido ali pode resgatar a capacidade dos jovens de Tendo em vista essas necessidades dos jovens, esse
inquietar-se, primeira condição para o movimento no sen- livro apresenta-se como um material de apoio didático
tido da aprendizagem. Somam-se a isto as oportunidades interativo e participativo. A proposta do livro identifica,
que podem ser oferecidas na sala de aula para que os alu- no âmbito da cultura geral e do conteúdo específico da
nos possam compreender questões e adequar-se e fazer Geografia, as grandes questões sobre as quais essa dis-
uso das condições oferecidas para a busca de respostas. ciplina se propõe a refletir, em busca de esclarecimentos
Esses são os sustentáculos que conduzem os estudantes a e respostas. O aluno é convidado a exercitar sua capaci-
vivenciar, de forma cada vez mais plena, a aventura do dade de questionamento e argumentação sobre esses co-
conhecimento, permitindo-lhes não apenas estar no mun- nhecimentos, identificando neles o entrelaçamento do
do, mas participar de sua construção e transformação. saber científico com as relações de poder e da informa-
Mas a sala de aula de jovens adolescentes apresen- ção, conforme a divisão em unidades temáticas descri-
ta suas peculiaridades. Os adolescentes apresentam-se tas nos quadros a seguir.

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Unidade I – Bases da Geografia: sociedade, natureza e território

Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais** Conteúdos atitudinais***
estruturador*
1. A Geografia e a linguagem Espaço • Nação • Disposição para manusear,
cartográfica geográfico • Estação-nação interpretar e produzir
2. O sistema terrestre • Ciclo da reprodução informações
3. Climas e hidrologia terrestres ampliada do capital • Interesse pela questão
4. Os principais biomas da Terra • Globalização da produção ambiental
5. As bases físicas do Brasil • Sistema financeiro • Valorização do diálogo e da
internacional reflexão em sala de aula
6. Sociedade industrial e meio
ambiente • Keynesianismo
7. Fronteiras e mapas políticos • Neoliberalismo
8. Caminhos da economia • Tempo geológico
mundial • Tempo histórico
• Ciclos naturais
• Sistema terrestre
• Bioma
• Escala geográfica
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* Idéia mais geral que organiza teoricamente a unidade.


** Idéias nucleadoras que permitem a compreensão dinâmica (relacional e gradativa) dos fatos geográficos.
*** Conteúdos que envolvem conhecimentos e crenças (valores éticos), sentimentos e preferências (atitudes) e ações e declarações de intenção (normas
ou regras de convívio social).

Unidade II – O mundo geopolítico contemporâneo


Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais Conteúdos atitudinais
estruturador
9. A geografia da Guerra Fria Território • Ordem mundial • Posicionamento pela paz
10. A superpotência • Ideologia mundial
11. Potências mundiais • Imperialismo • Respeito às diferenças entre
12. Potências regionais • Guerra Fria os povos e as opiniões alheias
13. Conflitos étnico-religiosos na • Potência • Apreciação de manifestações
Europa artísticas
• Superpotência
14. Conflitos étnico-religiosos no • Disposição para manusear,
• Hegemonia
Oriente Médio e na África interpretar e produzir
• Multipolaridade
informações
15. A geopolítica do Brasil

Unidade III – Geografia econômica: as redes mundiais

Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais Conteúdos atitudinais
estruturador
16. A indústria e a produção do Rede • Cadeias produtivas • Postura crítica diante da
espaço geográfico • Modelo de organização industrial sociedade de consumo
17. A produção agropecuária no • Estratégias de controle geográfico • Valorização do diálogo e da
mundo • Bloco econômico reflexão em sala de aula
18. Circulação e redes de • Dinâmica demográfica • Apreciação de manifestações
transporte artísticas
• Fluxos migratórios
19. Geografia da população • Disposição para manusear,
• Rede urbana
20. O espaço urbano interpretar e produzir
• Agentes da produção do espaço
21. Geografia do lazer, do esporte informações
urbano
e do turismo • Tempo livre e lazer
22. Blocos econômicos

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Unidade IV – Desafios ambientais
Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais Conteúdos atitudinais
estruturador
23. Geografia dos recursos naturais Ambiente • Impacto ambiental • Interesse pela questão
24. Impactos urbanos • Socioesfera ambiental
25. Meio ambiente e política • Política ambiental • Apreciação e sensibilização
internacional • Ambientalismo pelas manifestações artísticas
26. A questão ambiental no Brasil • Desenvolvimento sustentável • Participação ativa em debates
• Disposição para manusear,
interpretar e produzir
informações

Unidade V – Geografia e mudança social


Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais Conteúdos atitudinais
estruturador
27. A geografia dos excluídos Lugar • Estado do bem-estar social • Posicionar-se politicamente

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28. Saúde e políticas públicas • Exclusão social • Respeito às diferenças e
29. Movimentos sociais e • Políticas públicas opiniões alheias
cidadania • Desenvolvimento humano • Apreciação de manifestações
30. Geografia do crime • Saúde pública artísticas
31. Cultura jovem e conflito • Política urbana • Disposição para manusear,
32. O Brasil e os desafios do interpretar e produzir
• Movimento social
século XXI informações
• Reforma agrária
• Tribos urbanas

2. Estrutura da obra

Pressupostos teórico-metodológicos atividades propostas no livro — e podem ser categoriza-


das em três níveis distintos de relações que se estabele-
Essa obra tem como pressuposto que o Ensino Médio cem entre o sujeito e o objeto do conhecimento:
deve estar a serviço da inteligência e da recuperação dos 1o) Nível básico de operações mentais, que torna pre-
significados humanos presentes nos conteúdos escolares, sente o objeto do conhecimento para o sujeito por meio
refazendo as teias de relações das nossas tradições e raí- das ações de identificar, indicar, localizar, descrever, dis-
zes culturais e da memória coletiva. Sob essa perspectiva, criminar, apontar, constatar, nomear, ler, observar, perce-
referências importantes para o planejamento da obra fo- ber, posicionar, reconhecer, representar.
ram encontradas na Declaração Mundial sobre Educação o
2 ) Nível operacional de relações com e entre os ob-
para Todos (1990), nas Matrizes Curriculares de Referên- jetos, que reúne os procedimentos necessários para asso-
cia para o Saeb (1999), nos Parâmetros Curriculares Na- ciar, classificar, comparar, conservar, compreender,
cionais (1999), no documento básico da Matriz de compor, decompor, diferenciar, estabelecer, estimar, in-
Competências e Habilidades do Enem (1999) e numa ex- cluir, interpretar, justificar, medir, modificar, ordenar, or-
tensa bibliografia que subsidia a reforma do ensino bási- ganizar, quantificar, relacionar, representar e transformar.
co no Brasil (Coll, 1998; Perrenoud, 1999; Zabala, 1998; o
3 ) Nível global, que envolve as operações mais comple-
Zabala, 1999; Hernández, 1998). xas de aplicação de conhecimento e de resolução de proble-
O desafio maior foi estruturar a obra tendo em vista as mas inéditos, o que exige as atividades de analisar, antecipar,
competências, operações mentais que o sujeito utiliza para avaliar, aplicar, abstrair, construir, criticar, concluir, supor,
estabelecer relações entre os objetos, situações, fenôme- deduzir, explicar, generalizar, inferir, julgar e prognosticar.
nos e pessoas. Essas modalidades estruturais da inteligên- Tendo em vista esses pressupostos, as competências e
cia transformam-se em habilidades no plano do “saber habilidades exigidas e desenvolvidas nesse livro podem
fazer”— seja no processo de leitura seja na realização das ser representadas pela figura que se segue.

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HABILIDADES

A. Extrair, analisar e interpretar informações a partir de mapas de


Posicionar-se diante de dados diferentes projeções e escalas, perfis topográficos, blocos-

Atitudes
e informações geográficas diagramas, gráficos e representações esquemáticas.
com consistência lógica, B. Estabelecer relações de ordem, de contradição e de
1 aplicando conceitos e complementaridade dos processos ambientais, econômicos,
utilizando diferentes sociais, políticos e culturais das mais diversas realidades
linguagens, em especial a histórico-geográficas.
cartográfica. C. Explicar as transformações provocadas pela revolução técnico-
científica e pelo desenvolvimento da sociedade urbano-
industrial, relacionando-as com os impactos ambientais, com
COMPETÊNCIAS

a globalização da economia e com a atuação do capital

Procedimentos
Problematizar o mundo financeiro e das grandes corporações internacionais.
contemporâneo, D. Analisar o arranjo geopolítico mundial em diferentes contextos
2 considerando a históricos, associando e diferenciando sistemas político-
complexidade das econômicos e o papel dos Estados nacionais e dos
relações sociais. organismos internacionais.
E. Reconhecer e contextualizar grupos étnicos, culturais e sociais,
respeitando as diferenças e destacando o Brasil, os países
Tomar decisões diante de africanos e europeus, os Estados Unidos, a Rússia, a China,
situações concretas, o Japão e os países do Sudeste Asiático.
recorrendo aos F. Inferir e julgar opiniões/pontos de vista de interesse geográfico
conhecimentos geográficos expressos em diferentes tipos de linguagem, identificando e
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Conceitos

3 e demonstrando capacidade caracterizando interlocutores, épocas e lugares.


de percepção e de G. Utilizar diferentes escalas de espaço e de tempo para explicar
estabelecimento de relações e criticar a relação sociedade/natureza, os padrões de saúde
com a vida cotidiana, numa e o desenvolvimento das populações humanas, manifestando-
perspectiva interdisciplinar. se por escrito, apresentando propostas e agindo.

A estrutura do livro foi planejada com o objetivo de outros campos do conhecimento. O aluno pode, ainda,
preparar o aluno para a autonomia diante das inúmeras aprimorar-se nas linguagens que representam as temáti-
situações impostas pela vida social. Esse preparo envolve cas geográficas, ampliando sua capacidade de percep-
a problematização e o aprofundamento dos conteúdos fun- ção e relacionando-as com a vida cotidiana.
damentais de Geografia, assim como a criação de oportu-
nidades para que o jovem desenvolva sua capacidade de 4. Agora é com você!
avaliar questões a partir de seus próprios valores, manipu- Estimula-se, sempre que possível, a tomada de deci-
lando dados e informações de forma metódica, dinâmica são e a aplicação do conhecimento em situações da vida
e numa visão prospectiva. Para tal, a obra apresenta um real. Para possibilitar tal encaminhamento, Agora é com
conjunto de atividades diversificadas, que estão caracte- você! contém orientações para levantar hipóteses e testá-
rizadas a seguir. las, realizar levantamento de dados em órgãos públicos e
arquivos de jornais, elaborar e aplicar entrevistas, regis-
trar imagens (desenhar, fotografar, filmar), observar e des-
As atividades
crever paisagens, entre outras atividades.
1. Leitura cartográfica 5. Ponto de vista
Nas aberturas de unidade, o aluno deverá se posicio- Ao final de cada capítulo, são apresentados textos com
nar diante dos conteúdos que serão trabalhados. Para isto, diferentes posicionamentos a respeito do assunto estuda-
ele será convidado a realizar uma leitura cartográfica, que do. O aluno é solicitado a confrontar os conteúdos apren-
explora as habilidades de extrair, analisar e interpretar in- didos com as idéias dos diversos autores.
formações a partir de diferentes figuras cartográficas.
6. Questões dos vestibulares e do Enem
2. Lição de cartografia Ao final de cada capítulo, uma bateria de exercícios
Ao longo dos capítulos, o desenvolvimento da lingua- foi selecionada para testar os conhecimentos dos alunos.
gem cartográfica tem prosseguimento com a Lição de A maioria das questões foi retirada dos principais vesti-
cartografia, que propõe a interpretação ou a construção bulares do país, sendo dada atenção especial às provas do
de figuras que estimulam a imaginação do aluno e com- Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
plementam os sentidos do texto escrito.
7. De olho na mídia
3. Conexões Para o fechamento de cada unidade, o aluno poderá
Em Conexões, os conteúdos estudados nos capítulos aplicar os conhecimentos adquiridos para inferir e julgar
são analisados de forma integrada e interdisciplinar, pro- opiniões e pontos de vista de interesse geográfico expres-
curando-se respostas às indagações tanto no campo da sos em artigos de jornal, identificando e caracterizando
reflexão do saber geográfico quanto na sua fronteira com diferentes interlocutores.

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3. Conversa de professor para professor

A linguagem cartográfica e o ensino da gráficas que visualizam a topografia terrestre por meio
Geografia deste sistema de representação cromática são denomina-
dos de mapas hipsométricos, amplamente utilizados no
O uso da linguagem cartográfica é uma poderosa fer- Ensino Fundamental.
ramenta da Geografia e um objetivo permanente desta A Cartografia Temática tem um outro tipo de preocu-
obra. No início de cada capítulo o aluno é desafiado a pação. Especializada na representação de um único fenô-
refletir a respeito de diferentes aspectos que envolvem a meno (formações vegetais, rodovias, localização industrial,
representação de dados espaciais pela Cartografia, relaci- por exemplo) ou de relações e dados geográficos não vi-
onando-os com os temas que estão sendo estudados. As- síveis e de localização apenas qualitativa, a Cartografia
sim, esperamos que o jovem desenvolva a capacidade de Temática é uma linguagem de correlação e de síntese, ele-
análise e de síntese, ampliando sua habilidade de leitura e mentos fundamentais da investigação geográfica.
de interpretação cartográfica. No Ensino Fundamental, a cartografia temática é pouco
Até o final do ensino fundamental, espera-se que o explorada. O mapa temático mais utilizado é o mapa políti-
aluno tenha completado o seu processo de alfabetização co, no qual estão representadas as fronteiras entre diferentes
cartográfica. Neste processo de aprendizado, as aulas de países, regiões ou municipalidades. Neste caso, as cores va-
Geografia devem ter contribuído para o deslocamento cres- riam de tonalidade para que sua repetição seja muito peque-
cente das relações topológicas e de vizinhança (distante/ na e o contraste entre áreas vizinhas permita a identificação

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perto, em cima/embaixo, esquerda/direita, interior/exteri- de cada elemento. Mas o repertório da Cartografia Temática
or, conectividade), com base no mapa corporal e nas ha- é muito mais rico. É preciso ampliar o conceito de mapa,
bilidades sensório-motoras, para a compreensão de ainda muito associado ao conceito de carta topográfica.
relações mais complexas que exigem o domínio do espa-
ço representado em projeção euclidiana. Mapa ou croqui?
No Ensino Médio, o desafio não é apenas utilizar os Um mapa originado da Cartografia Topográfica é,
mapas e gráficos para a representação da informação ge- necessariamente, elaborado sobre uma quadrícula geomé-
ográfica, mas ampliar o repertório das ferramentas e pro- trica que permite a realização de medidas de direção e
cedimentos do tratamento cartográfico da informação para distância entre objetos geográficos. A localização da po-
uma compreensão mais aprofundada do conhecimento sição e das dimensões das formas do terreno deve respei-
geográfico. Assim, o uso da Cartografia deve ser intensi- tar o máximo de precisão possível. Naturalmente, a
ficado, colocando o jovem, progressivamente, diante da precisão do posicionamento nos mapas depende da escala
tomada de decisão a respeito da linguagem cartográfica cartográfica. Veja na tabela abaixo a margem de erro de
mais adequada para análise e avaliação dos padrões e pro- posição em algumas escalas.
cessos geográficos. A presente obra didática oferece ao
aluno a oportunidade de construir e empregar diferentes Margem de erro em algumas escalas
figuras cartográficas (croquis, blocos-diagramas, gráfi- 1/5.000 1 metro
cos, cartogramas etc.).
1/10.000 2 metros
Gostaríamos de aprofundar a nossa conversa entre pro-
fessores focando a discussão no uso da Cartografia no pro- 1/25.000 5 metros
cesso de ensino-aprendizagem do Ensino Médio. Para isto, 1/50.000 10 metros
selecionamos alguns aspectos da representação cartográfi- 1/100.000 20 metros
ca que julgamos fundamentais nesta fase do ensino. 1/250.000 50 metros
1/500.000 100 metros
Cartografia topográfica ou temática?
1/1.000.000 200 metros
Toda carta topográfica tem como objetivo representar com
a maior precisão e detalhamento possível os elementos visí- Fonte: LIBAULT, André. Geocartografia, 1975.

veis da paisagem e passíveis de localização geométrica. Se-


gundo Cêurio de Oliveira (1993), a carta topográfica foi A precisão de um mapa também depende do sistema
elaborada mediante um levantamento original, o que “inclui de projeção adotado. Esta é uma das principais preocupa-
os acidentes naturais e artificiais, permitindo a determinação ções dos cartógrafos. Como projetar numa superfície pla-
da planimetria e da altimetria”. Tendo em vista estas caracte- na a representação gráfica da superfície curva da Terra?
rísticas da carta topográfica, ela tem sido largamente utiliza- Qualquer alternativa adotada irá provocar alguma defor-
da no processo de alfabetização cartográfica. mação. Por causa disto, a Cartografia Topográfica vem
Nas cartas topográficas, para tornar mais visível as desenvolvendo há muito tempo várias propostas de proje-
formas de relevo, as cores são utilizadas para representar ção cartográfica. Há projeções que procuram conservar
diferentes faixas de altitude (verde e amarelo para as pla- as dimensões das áreas, apesar de distorcerem as formas
nícies baixas e as colinas, sépia cada vez mais escuro nas do terreno. Outras projeções procuram manter a precisão
montanhas, branco acima de 4 mil metros). Cartas topo- do cálculo das distâncias, mas distorcem as áreas. No caso

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do nosso livro, procuramos adotar diversos tipos de pro- Tabela ou gráfico?
jeções cartográficas, além da de Mercator (a projeção mais Muita gente pensa que a Cartografia somente está relaci-
difundida no ensino de Geografia). onada com a leitura e a produção de mapas. Contudo, o uso
A Cartografia Temática não tem como preocupação e a elaboração de gráficos também são poderosos instrumen-
central a precisão na localização dos objetos geográficos. tos de análise e avaliação do conteúdo da informação.
Como o objetivo da Cartografia Temática é possibilitar a Os dados utilizados na pesquisa geográfica podem
visualização de processos e relações espaciais de interesse ser de dois tipos: qualitativos e quantitativos. Os dados
da Geografia, outras qualidades dos mapas são exploradas, qualitativos referem-se às características dos objetos geo-
como a exatidão e fidelidade das informações, com base na gráficos, tais como localização e distribuição no espaço,
documentação existente sobre o assunto. Uma outra quali- vizinhança e conectividade. Os dados quantitativos são
dade do mapa temático é a sua facilidade de comunicação resultado de medidas ou contagens efetuadas acerca dos
por meio dos recursos da linguagem cartográfica. Por cau- fenômenos geográficos. Neste caso, por exemplo, os da-
sa disto, há uma diversidade muito grande de figuras carto- dos referem-se à distância entre os objetos geográficos,
gráficas utilizadas pela Cartografia Temática. bem como à concentração ou dispersão, às médias, às fre-
A figura da Lição de cartografia da página 16 é um qüências e às flutuações.
exemplo de um mapa esquemático. Neste caso, a preocu- A principal questão que precisa ser respondida é se
pação é destacar apenas os aspectos mais importantes do vale a pena ou não utilizar uma representação gráfica ou,
assunto estudado. Figuras cartográficas com estas carac- simplesmente, realizar a leitura dos dados disponibiliza-
terísticas são denominadas de croqui. dos em tabelas.
Observe a tabela abaixo. Trata-se da evolução do
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Na periferia ou no centro? desemprego em países selecionados, entre 1991 e 2000.


A escolha da projeção cartográfica não depende ape-
nas de critérios técnicos, mas também é uma decisão Evolução do desemprego em países
que revela o ponto de vista a partir do qual o autor do selecionados (% da força de trabalho)
mapa observa o mundo. Portanto, é ingênuo pensar que País 1991 1995 2000
o mapa é neutro, sem nenhum interesse.
Argentina 5,8 18,8 15
Na página 20 do livro-texto (figura 1 da questão 3),
temos um exemplo de mapa com esta projeção. O Bra- Brasil 3,5 6,1 9,4
sil está representado na área periférica do mapa. Trata- China 2,3 2,9 3,1
se do planisfério produzido pelo matemático e Coréia do Sul 2,3 2,0 4,3
cartógrafo Gerhard Kremer Mercator, em 1569. Obser- México 2,2 4,7 1,6
ve que Mercator desenhou uma quadrícula na qual os Fonte: Organização Internacional do Trabalho.
paralelos horizontais e o meridianos verticais são li-
nhas retas de igual distância entre si. Este sistema tor- Ao organizarmos estes mesmos dados em gráficos, tor-
nou o uso deste mapa extremamente prático para a na-se possível a visualização de relações entre diferentes com-
navegação, sendo amplamente utilizado pelos europeus ponentes da informação. No caso do gráfico de barras
em sua expansão marítima e comercial desde o século (abaixo), observa-se a comparação da proporção do desem-
XVI. Traçando uma linha reta entre o ponto de partida prego nos países selecionados, ano a ano. No caso do gráfico
e de chegada na folha com a projeção de Mercator, o de linhas (na página seguinte), a preocupação foi de repre-
navegante lê o rumo desta linha com o auxílio de uma sentar a variação, ao longo do tempo. No eixo horizontal,
bússola e mantêm o seu navio neste rumo. observa-se a variação do tempo e no eixo vertical a variação
Como este mapa foi amplamente utilizado e difun- da participação daquele país em termos percentuais.
dido, sua forma de representar a superfície terrestre fi-
cou muito conhecida. Muita gente chega até a pensar
Evolução do desempenho em países selecionados
que o planisfério de Mercator é a representação correta
da Terra. Porém, qualquer projeção resultará em algu-
ma distorção da representação do planeta numa super- 1991 1995 2000
%
fície plana. No caso de Mercator, como ele desenhou 20

todos os paralelos do mesmo tamanho e manteve as 18


16
mesma distância entre os meridianos, isto provocou
14
enormes distorções, quanto mais se afasta da linha do
12
Equador. Observe no mapa como a Groenlândia apa-
10
renta ser muito maior do que o Brasil, ainda que seja
8
na realidade um pouco menor.
6
Na figura da página 19 do livro-texto, o Brasil é o cen-
4
tro da projeção cartográfica. Apesar da distorção que isto
2
provoca na forma dos continentes, este mapa permite uma 0
maior precisão nos cálculos de distância de qualquer pon- Argentina Brasil China Coréia México
do Sul
to da superfície terrestre em relação ao nosso país.

99

Manual 56 9 25.06.05, 17:05


Brasil – Evolução do desempenho qual são localizados os objetos geográficos que se quer
(% da força de trabalho) representar no mapa. Cabe ao cartógrafo escolher que ca-
racterísticas espaciais ele quer valorizar: conservação das
distâncias entre lugares, proporcionalidade das superfíci-
%
20 es, forma dos continentes ou alguma outra alternativa que,
18 ainda que não garanta nenhuma destas características, re-
16 presente um pouco melhor a realidade.
14 Argentina Podemos agrupar os sistemas de projeção em 3 gran-
12 Brasil des grupos: as projeções azimutais ou zenitais, as proje-
China
10 ções cônicas e as projeções cilíndricas. Veja a ilustração.
Coréia do Sul
8
México
6 Os sistemas de projeção cartográfica
4
2
0 Projeção cônica
1991 1995 2000

Que tipo de gráfico?


A leitura e a elaboração de gráficos pode ser útil por
diversos motivos. Ao permitir uma visão de conjunto, con-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
centra a análise nos aspectos mais significativos da infor-
mação. Além disto, os gráficos facilitam a interpretação
de dados quantitativos e qualitativos, numa perspectiva
temporal e espacial.
Há vários tipos de gráficos. Os mais comuns repre-
sentam dados por meio de comprimentos, de áreas ou de
volumes proporcionais.
Os gráficos de barras e de linhas são bastante utiliza- Projeção cilíndrica
dos no estudo da Geografia. Tratam-se de sistemas de re-
presentação em coordenadas (eixos X e Y), no qual é
possível estabelecer relações entre informações de um
determinado fenômeno.
Mas estes não são os únicos tipos de gráfico produzi-
dos pelos geógrafos. Há muitas outras possibilidades,
como a representação em gráficos circulares. Conhecidos
por gráfico de setores, esta representação circular é ideal
para comparar parcelas com o total.
A construção de um gráfico de setores é simples. Con-
siderando o total como equivalente a 360 graus, utiliza-se
uma regra de três para a obtenção da medida em graus de
cada parcela.
Total = 360°
Parcela = X°
Desta forma, para se obter o valor em graus da parcela Projeção azimutal
X°, será preciso a seguinte operação:
X° = Parcela x 360°
Total
A divisão do círculo nas partes que compõe o todo é
realizada com o uso do transferidor. Subdivide-se o círcu-
lo da parte maior para a menor, no sentido horário.
Caso os dados já estejam em porcentagem, é muito
mais fácil. Considera-se para isto que cada 1% equivale a
3,6 graus. Você pode observar na página 76 do livro-texto
exemplos de gráficos de setor.

Projetar a superfície do globo a partir de qual pon-


to de vista?
As projeções cartográficas são utilizadas para dese-
Fonte: OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário cartográfico. Rio de Janeiro: IBGE,
nhar no plano a quadrícula de paralelos e meridianos, na 1993. p. 447-449.

10

Manual 56 10 25.06.05, 17:05


Nas projeções azimutais, cada ponto desenhado no disto que, ao olharmos para um mapa não mobilizamos
mapa tem uma direção verdadeira (azimute) a partir do apenas a nossa capacidade de visualização da realidade a
centro. É por isto que este tipo de projeção também é co- partir de sua representação gráfica. O mapa também exi-
nhecido por projeção zenital. Além de as linhas irradiadas ge capacidade de leitura dos códigos específicos da lin-
do ponto central do mapa corresponderem às mesmas di- guagem cartográfica.
reções destas linhas no ponto a partir do qual está sendo Em função das características dos fenômenos espaci-
observado o globo terrestre, as distâncias do centro para ais e da escala cartográfica adotada, os objetos geográfi-
cada ponto do mapa também são verdadeiras. cos são representados no mapa de três maneiras distintas:
• Implantação pontual – na qual a superfície ocupada
É possível aplicar gráficos sobre mapas? na folha de papel é insignificante, mas é possível localizar
Uma figura cartográfica cada vez mais utilizada é o com precisão. Este é o caso da representação das capitais
cartograma, resultante da junção entre gráficos e um mapa. dos países, por exemplo, nos planisférios políticos;
Além de desempenhar as mesmas funções das outras es- • Implantação linear – na qual o traçado de estradas,
pécies de representação gráfica, o cartograma informa a rios, dentre outros objetos lineares, é possível realizar com
posição geográfica das quantidades comparadas. exatidão, apesar de a largura ser desprezível em relação
Para a construção do cartograma, desenha-se um mapa ao comprimento;
de contornos de tamanho apropriado, com o menor nú-
• Implantação zonal – na qual é possível delimitar uma
mero possível de detalhes. Devem ser indicadas tão so-
área suficiente para manter a proporcionalidade com a área
mente as fronteiras do país ou da região considerada, os
existente no terreno.
limites das áreas políticas mais importantes e os mais ex-
pressivos acidentes geográficos, como grandes rios e la- Além de escolher qual é o modo de implantação mais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

gos, se for o caso. adequado dos objetos geográficos, cabe ao autor do mapa
utilizar os elementos da linguagem visual, tais como a forma
Mapas para ver ou para ler? e o tamanho dos objetos. O uso de cores e de símbolos tam-
O mapa é um documento que representa, a partir de bém possui um forte poder de comunicação. Observe, no
um ponto de vista, características espaciais dos fenôme- quadro abaixo, os componentes da linguagem cartográfica.
nos. Mas o mapa não é simplesmente apreendido de modo Para a adequada leitura do mapa, é necessário observar
intacto do papel para a mente do leitor. Pelo contrário, atentamente a legenda, na qual se encontram indicados os
quando o leitor observa um mapa, exerce um papel ativo símbolos e as informações necessárias para a análise das
de decodificação, interpretação e avaliação. É por causa informações representadas.

As duas dimensões do plano

Duas dimensões do plano (Y) (X, Y) posição do


* borrão no plano.
(Ele está à direita
e no alto.)

(X)

As seis modulações visuais sensíveis

Tamanho Pequeno, médio, grande com proporção

12345
12345
Valor 12345 Claro, médio, escuro

Granulação Textura fina, média, grosseira


ho

o
el

Vermelho, amarelo, verde


el

Cor
rd
ar
rm

ve
am
ve

Orientação Horizontal, vertical, oblíqua


Fonte: MARTINELLI,
Marcello. Gráficos e
mapas; construa-os
Forma Retângulo, círculo, polígono estrelado você mesmo. São Paulo:
Moderna, 1998. p. 9.

1111

Manual 56 11 25.06.05, 17:05


Um mapa-síntese ou uma coleção de mapas? Diagramas de Dispersão
A representação cartográfica atende a vários propósi-
tos da Geografia, dentre eles, a visualização da ordem es- Relação positiva perfeita
pacial e temporal dos fenômenos estudados.
A necessidade de visualização é inseparável do po-
der de comunicação dos mapas. Para isto, é preciso res-
peitar as regras da linguagem visual, que considera as
limitações do olho humano diante dos objetos ao seu
redor. As cores sensíveis ao olho humano, por exem-
plo, são aquelas encontradas no arco-íris: violeta, azul,
verde, amarelo, laranja e vermelho. Sem dúvida algu-
ma, as cores têm grande poder de comunicação visual
e estão fortemente relacionadas com as emoções e os
sentimentos humanos.
Por causa disto, a combinação de cores nos mapas é
intencional. Dependendo do tema, pode-se utilizar as co-
res para comunicar a idéia de contraste ou de combinação
entre os fenômenos. É preciso também considerar a capa-
cidade de percepção visual do olho humano, que conse-
gue discernir de 5 a 7 cores, ao mesmo tempo.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A grande maioria dos mapas temáticos procura apre-
sentar de forma esquemática as questões que envolvem
determinado assunto, superpondo num mapa-síntese to-
das as informações necessárias. Quando o conjunto de re- Nenhuma relação
lações espaciais e temporais extrapolam os limites da
percepção visual, a melhor solução é produzir uma cole-
ção de mapas. Neste caso, obtém-se uma resposta visual
instantânea para cada informação que se quer analisar. Veja
o exemplo de uma coleção de mapas na página 53 do li-
vro-texto.

Há relação entre os dados?


Uma questão importante para o estudo da Geografia
é saber se há ou não alguma correspondência entre dife-
rentes fenômenos ou situações. Quando observa-se, por
exemplo, que a variação em um conjunto de dados é acom-
panhada pela variação em um outro conjunto, pode-se afir-
mar que existe correlação entre eles. Ou seja, a correlação
revela a interdependência entre o aumento (ou diminui-
ção) da variável X e o correspondente aumento (ou dimi-
nuição) na variável Y.
Muitas vezes a comparação entre dados é uma tarefa Fonte: DI DIO, Renato Alberto Teodoro. Estatística. São Paulo:
difícil e exige cálculos complexos. Entretanto, por meio EPU, 1979. p. 117.

da representação gráfica, tais comparações podem ser ra-


pidamente realizadas de maneira visual. Mapa ou gráfico?
A análise de correlações pode ser efetuada por gráfi- A representação cartográfica permite a análise e a cor-
cos de dispersão. Neste tipo de gráfico, uma variável X relação geográfica entre dados. Os mapas e gráficos pos-
(renda per capita, por exemplo) é representada no eixo suem enorme poder de comunicação da maneira como as
horizontal e uma segunda variável (% da população abai- informações estão organizadas no tempo e no espaço. Mas
xo da linha de pobreza — com renda menor de 100 dóla- qual a diferença entre eles?
res, por exemplo) é representada no eixo horizontal. Os Ao elaborar um gráfico, estamos estabelecendo cor-
pontos distribuídos pela área do gráfico representam a respondências entre dados para responder perguntas, tais
combinação de valores destas duas variáveis. como: o quê? quanto? quando? em que ordem?
Nos gráficos de dispersão, quando há uma correspon- A partir do momento que introduzimos o componente
dência entre os valores de X e Y, os pontos distribuídos locacional, mediante a definição de uma quadrícula de
sobre a área tendem a se concentrar, aproximando-se de coordenadas geográficas numa superfície plana, não es-
uma reta, o que traduz uma correlação perfeita. A forma tamos mais produzindo apenas um gráfico, mas um mapa,
de um círculo, ao contrário, sugere o afastamento cada acrescentando a este conjunto de questões uma outra muito
vez maior da correlação entre as variáveis. importante: “onde?”.

12

Manual 56 12 25.06.05, 17:05


A escolha de qual representação cartográfica é mais funcionar como uma máquina. Através da presença des-
adequada depende do poder de síntese do assunto que se ses objetos técnicos: hidroelétricas, fábricas, fazendas mo-
quer tratar. É possível, inclusive, aplicar gráficos sobre os dernas, portos, estradas de rodagem, estradas de ferro,
mapas. Neste caso, eles são denominados de cartogramas. cidades, o espaço é marcado por esses acréscimos, que
Veja um exemplo na página 335 do livro-texto. lhe dão um conteúdo extremamente técnico.
O espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais
artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente im-
Os conceitos estruturadores da obra
buídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins
Os conteúdos conceituais do livro-texto são as idéias estranhos ao lugar e a seus habitantes.
nucleadoras que permitem a compreensão dinâmica (re- Os objetos não têm realidade filosófica, isto é, não
lacional e gradativa) dos fatos geográficos. A idéia mais nos permitem o conhecimento, se os vemos separados dos
geral que estrutura a obra é a de espaço geográfico. Se- sistemas de ações. Os sistemas de ações também não se
gundo Suertegaray (2002), “o espaço geográfico pode ser dão sem os sistemas de objetos.
lido através de diferentes conceitos de paisagem, e/ou ter- Sistemas de objetos e sistemas de ações interagem. De
ritório, e/ou lugar, e/ou ambiente, sem desconhecermos um lado, os sistemas de objetos condicionam a forma como
que cada uma destas discussões contém as demais. Isto se dão as ações e, de outro lado, o sistema de ações leva à
porque cada uma delas enfatiza uma dimensão da com- criação de objetos novos ou se realiza sobre objetos pree-
plexidade organizacional do espaço geográfico: o econô- xistentes. É assim que o espaço encontra a sua dinâmica e
mico/cultural (na paisagem), o político (no território), a se transforma.” (p. 51 a 52)
existência objetiva e subjetiva (no lugar), a transfiguração
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

da natureza (no ambiente)”. O conceito de rede


Na presente obra, cada unidade possui um conceito Trajetórias geográficas. Roberto Lobato Corrêa. Rio
estruturador. Na Unidade I, “Bases da Geografia: socie- de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
dade, natureza e território”, o conceito estruturador é o de
“Por rede geográfica entendemos ‘um conjunto de lo-
espaço geográfico. Na Unidade II, “O mundo geopolíti-
calizações geográficas interconectadas’ entre si ‘por um
co contemporâneo”, o conceito é o de território. Na Uni-
certo número de ligações’. Este conjunto pode ser consti-
dade seguinte, “Geografia econômica: as redes mundiais”,
tuído tanto por uma sede de cooperativa de produtores ru-
é o de rede. Na Unidade IV, “Desafios ambientais”, o con-
rais e as fazendas a ela associadas, como pelas ligações
ceito estruturador é o de ambiente. E, finalmente, na
materiais e imateriais que conectam a sede de uma grande
Unidade V, é o de lugar.
empresa, seu centro de pesquisa e desenvolvimento, suas
Não é nossa pretensão esgotar este debate. Da for-
fábricas, depósitos e filiais de venda. Pode ser ainda cons-
ma como nossa obra foi estruturada, obtemos como resul-
tituído pelas agências de um banco e os fluxos de infor-
tado apenas uma das leituras possíveis da Geografia. Nesta
mações que circulam entre elas, pela sede da Igreja
parte da nossa “conversa entre professores”, apresenta-
Católica, as dioceses e paróquias, ou ainda pela ferroviá-
mos a seguir o posicionamento de alguns autores selecio-
ria de uma dada região. Há, em realidade, inúmeras e va-
nados a respeito destes conceitos estruturadores.
riadas redes que recobrem, de modo visível ou não, a
superfície terrestre.
O conceito de espaço As redes, em realidade redes geográficas, já foram
A natureza do espaço - Técnica e tempo; razão e organizadas com base em localizações e caminhos tem-
emoção. Milton Santos. São Paulo: Hucitec, 1996. porários das hordas primitivas. Estiveram presentes nos
“Nossa proposta atual de definição da geografia con- circuitos de troca de presentes das comunidades primiti-
sidera que a essa disciplina cabe estudar o conjunto indis- vas, assim como na organização espacial centralizada
sociável de sistemas de objetos e sistemas de ação que pela cidade cerimonial e suas aldeias tributárias e na or-
formam o espaço. Não se trata de sistemas de objetos, ganização comercial dos centros do mundo mediterrâ-
nem de sistemas de ações tomados separadamente. Nem neo. Roma organizou uma rede de cidades (Lugudunum,
tampouco se trata de reviver a proposta de Berry & Mar- Argentoratum, Massilia etc.) e a Baixa Idade Média viu
ble (1968) fundada na teoria de sistemas então em moda e florescer uma rede de cidades, especialmente no norte
segunda a qual ‘todo espaço consiste em um conjunto de da Itália e na Flandres.
objetos, os caracteres desses objetos, os caracteres desses Na organização e expansão do capitalismo as redes
objetos e suas inter-relações’ (citados por J. Beaujeu-Gar- geográficas assumem diversas formas de manifestação,
nier, 1971, p. 93).” tornando-se ainda progressivamente mais importantes.
O espaço é formado por um conjunto indissociável, A divisão territorial do trabalho em escala crescente-
solidário e também contraditório, de sistemas de objetos mente mundializada só é possível a partir de numero-
e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas sas redes técnicas engendradas no bojo da expansão
como o quadro único no qual a história se dá. No começo capitalista. Redes que se manifestam sobretudo em uma
era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que cada vez mais complexa rede urbana cujos centros são,
ao longo da história vão sendo substituídos por objetos do ponto de vista funcional, simultaneamente especi-
fabricados, objetos técnicos, mecanizados e, depois, ci- alizados e hierarquizados, focos, portanto, de diversos
bernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a fluxos.” (p. 107-108)

1313

Manual 56 13 25.06.05, 17:05


O conceito de lugar Territorializar-se, desta forma, significa criar me-
O lugar no/do mundo. Ana Fani Alessandri Carlos. diações espaciais que nos proporcione efetivo ‘poder’
São Paulo: Hucitec, 1996. sobre nossa reprodução enquanto grupos sociais (para
“O lugar é a base da reprodução da vida e pode ser alguns também enquanto indivíduos), poder este que é
analisado pela tríade habitante-identidade-lugar. A ci- sempre multiescalar e multidimensional, material e
dade, por exemplo, produz-se e revela-se no plano da imaterial, de ‘dominação’ e ‘apropriação’ ao mesmo
vida e do indivíduo. Este plano é aquele do local. As tempo. O que seria fundamental ‘controlar’ em termos
relações que os indivíduos mantêm com os espaços ha- espaciais para construir nossos territórios no mundo
bitados se exprimem todos os dias nos modos do uso, contemporâneo? Além de sua enorme variação históri-
nas condições mais banais, no secundário, no acidental. ca, precisamos considerar sua variação geográfica: ob-
É o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriado viamente territorializar-se para um grupo indígena da
e vivido através do corpo. Amazônia não é o mesmo que territorializar-se para os
Como o homem percebe o mundo? É através de seu grandes executivos de uma empresa transnacional. Cada
corpo, de seus sentidos que ele constrói e se apropria do um desdobra relações com ou por meio do espaço de
espaço e do mundo. O lugar é a porção do espaço apro- formas as mais diversas. Para uns, o território é cons-
priável para a vida — apropriada através do corpo — truído muito mais no sentido de uma área-abrigo e fon-
dos sentidos — dos passos de seus moradores, é o bair- te de recursos, a nível dominantemente local; para
ro, é a praça, é a rua, e nesse sentido poderíamos afirmar outros, ele interessa enquanto articulador de conexões
que não seria jamais a metrópole ou mesmo a cidade ou redes de caráter global.” (p. 96-97)
lato sensu a menos que seja a pequena vila ou cidade —

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vivida/conhecida/reconhecida em todos os cantos. Mo- O conceito de ambiente
torista de ônibus, bilheteiros são conhecidos-reconheci- Elementos de epistemologia da geografia
dos como parte da comunidade, cumprimentados como contemporânea. Dirce Maria Antunes Suertegaray.
tal, não simplesmente prestadores de serviço. As casas Curitiba: UFPR, 2002.
comerciais são mais do que pontos de troca de mercado- “O século XX assistiu à lenta transformação da cono-
rias, são também pontos de encontro. É evidente que é tação dos termos ambiente e ambientalismo, visto que,
possível encontrar isso na metrópole, no nível do bairro, até meados do mesmo, as discussões relativas a essa te-
que é o plano do vivido, mas definitivamente não é o mática ainda tinham uma concepção majoritariamente na-
que caracteriza a metrópole. turalista e científica. A evolução da alteração do conceito
A tríade cidadão-identidade-lugar aponta a necessi- de meio ambiente pode ser assim observada nas seguintes
dade de considerar o corpo, pois é através dele que o palavras de Bailly e Ferras (1997, p. 115-166).
homem habita e se apropria do espaço (através dos mo- ‘Em 1917, o meio ambiente, é para uma planta “o
dos de usos). A nossa experiência tem uma corporeidade
resultante de todos os fatores externos que agem sobre
pois agimos através do corpo. Ele nos dá acesso ao mun-
ela”. Em 1944, para um organismo “a soma total efeti-
do, para Perec é o nó vital, imediato, visto pela socieda-
va de fatores aos quais um organismo responde”. Em
de como fonte e suporte de toda cultura, modos de
1964, Harant e Jarry propõem “o conjunto de fatores
apropriação da realidade, produto modificado pela ex-
bióticos (vivos) ou abióticos (físico-químicos) do hábi-
periência do meio, da relação com o mundo, relação
tat”. Em 1971, segundo Ternisien: “Conjunto, num mo-
múltipla de sensação e de ação, mas também de desejo
mento dado, dos agentes físicos, químicos e biológicos e
e, por conseqüência, de identificação com a projeção
dos fatores sociais suscetíveis de ter um efeito direto ou
sobre o outro. Abre-se aqui a perspectiva da análise do
indireto, imediato ou a termo, sobre os seres vivos e as
vivido através do uso, pelo corpo.” (p. 20-21)
atividades humanas.” E aí está a palavra na moda, víti-
ma da inflação jornalística...’
O conceito de território Na evolução do conceito de meio ambiente (envo-
O mito da desterritorialização. Rogério Haesbaert. ronment, environnenment) observa-se o envolvimento
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. crescente das atividades humanas sobretudo nas quatro
“Mesmo se privilegiarmos a definição mais estrita de últimas décadas, mas ele continua fortemente ligado a
Sack, do território como controle de processos sociais pelo uma concepção naturalista, sendo que o homem social-
controle da acessibilidade através do espaço, é imprescin- mente organizado parece se constituir mais num fator
dível verificar o quanto este ‘controle’ muda de configu- que num elemento do ambiente. De maneira geral, e ob-
ração e de sentido ao longo do tempo. Enquanto nas servando-se tanto o senso comum como o debate intra e
sociedades modernas ‘clássicas’, ou sociedades discipli- extra-academia, a impressão geral que se tem é de que a
nares, como afirmou Foucault, dominavam os territórios- abordagem do meio ambiente está diretamente relacio-
zona que implicavam a dominação de áreas (a expansão nada à natureza, como se existisse um a priori determi-
imperialista pelo mundo até ‘fechar’ o mapa-múndi em nante traduzido numa hierarquização dos elementos
termos de um grande mosaico estatal é o exemplo de mai- componentes do real, onde aqueles atinentes ao quadro
or amplitude), o que vemos hoje é a importância de exer- natural estão hierarquicamente em posição mais impor-
cer controle sobre fluxos, redes, conexões (a ‘sociedade tante e sem os quais não haveria a possibilidade da com-
de controle’ tal como denominada por Deleuze (...). preensão ambiental da realidade.

14

Manual 56 14 25.06.05, 17:05


Entretanto, é notório o fato de que o emprego do termo Bate-papo com os autores
meio ambiente parece ter se tornado incômodo a um seg-
mento dos ambientalistas mais contemporâneos, pois que, Nessa entrevista à editora, os autores expõem um
como o evidenciou Porto Gonçalves (1989), o fato de a pa- pouco do que pensam a respeito do trabalho desenvol-
lavra meio também significar metade, parte, porção etc. de- vido na elaboração dessa obra. As opiniões expressa-
notaria a idéia do tratamento parcial dos problemas das por cada um reflete o pensamento dos demais em
ambientais. Mesmo se esta leitura crítica apresente consi- relação aos diversos temas abordados. Leia os princi-
derável coerência etimológica, não deixa de ser lastimável pais trechos da conversa.
o fato de os geógrafos pouco terem lutado para explicar a
especificidade e importância do termo meio no que concer- Editora: Para vocês, qual seria o papel do livro didá-
ne à sua significação científica; afinal, o emprego do mes- tico para o ensino da Geografia?
mo em contexto ambiental constitui-se atualmente numa Autores: Pensamos que o livro didático de Geografia
derivação, ou mesmo numa apropriação geral do conceito não deva ser encarado como uma enciclopédia, que reúne
de meio geográfico. Há que se atentar também para o fato todos os conhecimentos possíveis. Primeiro, que esta ta-
de que muitos geógrafos consideram o termo ambiente, ou refa tem cada vez menos sentido diante da complexidade
meio ambiente, um ‘quase sinônimo’ do termo geografia, e da velocidade das transformações que o mundo está vi-
vendo no emprego de expressões tais como ‘geografia am- vendo. Mas o principal é que acreditamos que o livro é
biental’ um reducionismo.” (p. 123-125) simplesmente um material de apoio para a interação entre
o conhecimento do aluno e o conhecimento científico. Por
essa razão, tomamos como medida que o repertório e a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Sites interessantes linguagem do aluno são elementos fundamentais dessa


Relacionamos a seguir alguns sites que podem ser úteis nova pedagogia.
no ensino de Geografia.
É por causa disto que a obra de vocês foi estruturada
Portal da Cartografia com base em competências e habilidades? Em que isto
http://www.uel.br/projeto/cartografia diferencia este livro didático?
Sabemos que um dos maiores desafios da educação nas
Neste site, o professor poderá encontrar material para
últimas décadas tem sido romper com um saber conteudis-
o aprofundamento da discussão da cartografia escolar,
ta e fragmentado, que não responde mais às demandas do
assim como suporte técnico para a produção cartográfica.
século XXI. Cabe a nós, professores, desenvolvermos em
IBGE Teen nossos alunos uma aprendizagem significativa e adequada
à nova realidade, construindo em conjunto as ferramentas
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.html
que possibilitarão aos jovens fazer uma leitura adequada de
Este site foi criado pelo IBGE para atender às pesqui- seu mundo para, dessa forma, participarem, não como ato-
sas do público estudantil. Nele, é facilitado o acesso às res secundários da trama global, mas como edificadores de
informações estatísticas do Brasil. Vale a pena conferir. sua própria história e participantes ativos na construção de
ONU no Brasil uma sociedade mais humana e igualitária. Para tanto, esse
jovem do século XXI necessita dominar um conjunto de
http://www.onu-brasil.org.br/onu_brasil
ferramentas que lhe permitirá ler e interpretar criticamente
Trata-se de um portal que permite o acesso aos escritó- a realidade. O estudo por competências possibilitará uma
rios no Brasil dos organismos internacionais vinculados à aprendizagem significativa, pois, por meio da contextuali-
ONU. Além de facilitar a localização dos sites oficiais des- zação, o aluno é levado a desenvolver habilidades que lhe
tes organismos, é possível localizar muitos documentos, darão condições para aplicar conceitos nucleadores das di-
mapas e informações traduzidos para o português. versas disciplinas escolares.
Projeto de Ensino e Aprendizagem Global
Mas quais seriam estas competências?
http://cyberschoolbus.un.org
Interpretar enunciados, ler e interpretar mapas, gráfi-
Este é o site do projeto de ensino e aprendizagem cos e tabelas, posicionar-se diante de um acontecimento,
vinculado à ONU. Nas versões em inglês, espanhol e fran- distinguir os argumentos de um ou de outro autor, posicio-
cês, é possível acessar inúmeras experiências de profes- nar-se diante das contradições etc. Com essas ferramentas,
sores e alunos de diversos países, que compartilham os associadas aos saberes específicos, temos certeza de que
princípios da paz e da justiça social. nossos jovens estarão aptos a participar de forma solidária
e sensível na construção de uma sociedade mais justa.
Ciências do Programa de Meio Ambiente das
Nações Unidas É lógico que este enfoque exige a incorporação de
http://www.unep.org/science novos temas que estão sendo estudados pela ciência geo-
Neste site, o professor poderá encontrar inúmeros gráfica. Vocês poderiam dar algum exemplo?
mapas e gráficos gerados a partir dos dados de organis- Entre os temas novos que apresentamos neste livro gos-
mos internacionais vinculados à ONU. taríamos de comentar o que trata do tempo livre e do lazer.

1515

Manual 56 15 25.06.05, 17:05


A sociedade atual permite que algumas pessoas pos- aprendizagem. Além disso, muitos alunos expressam
sam exercer seu tempo livre, escolhendo o que fazer. que o livro permite uma compreensão mais adequada,
Porém, transforma grande parte das ofertas em merca- pois tem um texto apropriado à compreensão dos jovens,
dorias, abrindo mais uma frente de acumulação capita- permitindo-lhes assimilar mais facilmente os elemen-
lista. É preciso insistir que a realização do tempo livre tos constituintes dos processos de construção, tanto na-
é um exercício de cidadania e que deve estar desvincu- turais quanto socioeconômicos, no planeta. Alguns
lado do poder de comprar o acesso a uma área natural, capítulos em especial são muito motivadores para serem
a um filme ou coisa parecida. objeto de trabalhos em grupo, pois suscitam grande par-
ticipação, como Cultura jovem e conflito, Geografia do
Mas como é possível trabalhar estas novas temáti- crime e Geografia do lazer.
cas em um volume único?
Em um volume único podemos apresentar temas Apesar de tantas inovações, também é preciso não
contemporâneos que afligem a sociedade Ocidental e,
perder de vista os conteúdos tradicionalmente trabalha-
depois, trabalhá-los na escala nacional. O Brasil não
dos no Ensino Médio. Vocês tiveram esta preocupação?
está à margem dos processos globais do mundo das fi-
Produzir um livro não é uma tarefa isolada. Temos
nanças, da produção econômica, nem das decisões po-
tido muito contato com os professores do Ensino Mé-
líticas. Compreender como esses assuntos nos afetam é
dio, assim como acompanhamos as tendências dos ves-
fundamental para o posicionamento e escolha do seu
próprio destino. Por isso, a seleção de temas é funda- tibulares e a experiência do Enem. Preocupados com
mental, em um volume único, no sentido de oferecer isto, procuramos não perder de vista a discussão de

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ao estudante elementos que o faça refletir sobre a rela- vários temas que são reconhecidos socialmente como
ção entre forças internacionais e características nacio- de responsabilidade da Geografia. Dentre eles, eu gos-
nais, de modo a permitir que faça escolhas de modo taria de destacar o fortalecimento do uso das ferramen-
consciente. tas cartográficas no livro. Uma grande diferença entre
o Ensino Fundamental e Ensino Médio está aí. Uma
Quem de vocês tem trabalhado com esse livro em vez completada a alfabetização cartográfica, o aluno
sala de aula? Você? Como é ser autora e trabalhar com precisa dar um salto muito grande no uso da Cartogra-
o próprio livro? Como os alunos recebem a proposta fia como recurso da leitura geográfica. Para isto, ele
da obra em sala de aula? terá que se exercitar pelos caminhos da Cartografia
É muito gratificante. Percebo um grande envolvi- Temática. Acho que nossa obra oferece uma diversida-
mento dos alunos em relação às atividades em que se de muito grande de situações para o aluno aprofundar
colocam como participantes ativos do processo de o seu domínio da linguagem cartográfica.

4. Processo de avaliação

A avaliação é um processo contínuo e sistemático dificuldades, seus bloqueios e suas lacunas de conhe-
que visa verificar em que medida os objetivos pedagó- cimento. Essas atividades também fornecem dados que
gicos estão sendo atingidos. É uma prerrogativa do pro- confirmam ou não a avaliação diagnóstica, que deve
fessor, que planejou sua proposta de ensino de ser levada em conta ao longo de todo o processo. Por
Geografia e conhece os limites e possibilidades de seus fim, as atividades reunidas no Ponto de vista e De olho
alunos. Estes, por sua vez, podem participar ativamen- na mídia fornecem subsídios para a avaliação somati-
te da avaliação, se forem chamados a refletir a respeito va, que deve ser feita no final do processo de aprendi-
de seus avanços no processo de aprendizagem e da qua-
zagem por meio da análise do que foi aprendido, e do
lidade do trabalho coletivo.
levantamento dos pontos falhos da avaliação diagnós-
A presente obra, por se tratar de um material de
tica e da avaliação formativa.
apoio ao professor, apresenta uma série de atividades
que podem auxiliar no processo de avaliação. As uni- Para auxiliar o processo de avaliação, as atividades
dades de abertura facilitam a avaliação diagnóstica, propostas no livro foram classificadas pelo nível de com-
porque propiciam a identificação do repertório e das plexidade (básico = I, operacional = II, global = III), pela
dificuldades dos alunos diante de um tema novo. As competência (1, 2 ou 3) e pelas habilidades (A, B, C, D, E,
atividades distribuídas ao longo dos capítulos possibi- F, G). Desta forma, o professor poderá observar o desem-
litam a avaliação formativa, na qual o aluno, com a penho de cada aluno, verificando possíveis dificuldades
ajuda do professor, revê seus resultados e supera suas ou diferenças de ritmo da turma.

16

Manual 56 16 25.06.05, 17:05


5. Procedimentos e tratamento didático das atividades

UNIDADE I Bases da Geografia: sociedade, Procedimentos


natureza e território Espera-se que os alunos exercitem a interpretação de
diversas escalas, diferenciando e relacionando as escalas
Leitura cartográfica — página 9 cartográficas da geográfica, além de elaborarem textos
síntese.
Competência e habilidade I.1.A
Objetivo Ponto de vista — página 19
Extrair informações de mapas, correlacionando-as com
Competência e habilidade III.2.A
processos naturais e seus impactos ambientais.
Procedimento Objetivo
Nas atividades de abertura de unidade, o principal ob- Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema, con-
jetivo é verificar o repertório dos alunos em relação ao frontando teses e argumentos.
assuntos que serão tratados nos capítulos. O material car- Procedimentos
tográfico da atividade reúne informações a respeito do Espera-se que o aluno perceba que no primeiro caso
impacto provocado pelo tsunami em dezembro de 2004, — Projeção de Peters — há um privilegiamento da repre-
na região do Índico. O professor também poderá observar sentação dos países do hemisfério sul, enquanto no se-
as habilidades dos alunos com relação ao uso de mapas. gundo caso — Projeção Azimutal centrada no Brasil —
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observa-se o mundo na perspectiva do nosso país.


Capítulo 1 — A Geografia e a linguagem cartográfica
Capítulo 2 — O sistema terrestre
Conexões — página 12
Competência e habilidade I.1.F Lição de cartografia — página 27
Objetivo Competência e habilidade I.1.A
Aplicar os conhecimentos geográficos numa perspec- Objetivo
tiva interdisciplinar, valorizando a apreciação artística. Construir um modelo que represente os fenômenos
Procedimentos ocorridos na escala do tempo geológico.
Sugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta Procedimento
na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema em Espera-se que os alunos consigam estabelecer uma
grupos, mas a elaboração da conclusão deve ser um traba- relação de proporcionalidade entre quatro metros de pa-
lho individual. pel (400 cm) e o tempo da história da Terra (4 bilhões e
Espera-se que a turma identifique nas estrofes selecio- 600 milhões). Como para cada centímetro de papel deve
nadas de Os lusíadas a exaltação de Camões ao empreendi- ser representado 460 milhões de anos, os alunos irão
mento português de expansão marítima, sem precedentes perceber a dificuldade de representar os acontecimen-
na história. tos mais recentes. Ao comentar em sala de aula a ativi-
dade, é importante que a turma perceba que a dificuldade
Lição de cartografia — página 16
não é individual, mas do grupo, e que familiarizar-se
Competência e habilidade II.1.A com a escala geológica faz parte do processo de apren-
Objetivo dizagem.
Ampliar o domínio da leitura e interpretação carto-
gráfica, analisando um mapa esquemático. Conexões — página 34
Procedimentos
Competência e habilidade III.3.G
1. Trata-se de um exemplo de mapa esquemático. O
traçado do Japão é simplificado, sem muita preocupação Objetivos
com a exatidão e a precisão. Levantar hipóteses a partir da observação dos elemen-
2. O mapa apresenta exemplos de todas estas formas tos contidos numa fotografia. Elaborar relatório com as
de representação. Há fenômenos qualitativos, como os conclusões da análise.
túneis e pontes (informações lineares), assim como fenô- Procedimentos
menos quantitativos, como é o caso do tamanho das cida- O aluno deve observar certos aspectos importantes do
des (informações pontuais). terreno, que permitem constatar algumas evidências:
o
1 . O terreno é sedimentar.
o
Agora é com você! — página 18 2 . A presença das marcas sinaliza que havia umidade
Competência e habilidade II.1.A no terreno.
o
3 . O animal que deixou as pegadas era um bípede.
Objetivo
Além dessas constatações, os alunos podem levantar
Esta atividade tem como objetivo desenvolver os pro-
algumas suposições, por exemplo, sobre a existência de
cedimentos referentes à utilização dos elementos da car-
alimento ou água na região.
tografia.
1717

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Ponto de vista — página 35 Procedimentos
Competência e habilidade II.3.B Tanto o clima equatorial quanto o clima tropical
Objetivo apresentam elevada insolação. Porém, no primeiro caso
Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema, con- as médias de temperaturas são mais elevadas do que no
frontando teses e argumentos. segundo caso. Por sua vez, o clima tropical apresenta
Procedimentos amplitudes térmicas anuais mais elevadas do que o cli-
Espera-se que os alunos percebam as diferenças entre ma equatorial.
as duas teses sobre a evolução do planeta: atualismo e cata-
clismo. O debate a respeito desses dois pontos de vista pode Ponto de vista — página 48
ser organizado no formato de um tribunal. A classe, em Competência e habilidade II.2.F
conjunto, define os alunos que farão a defesa de cada posi-
ção e aqueles que atuarão como júri e juiz. O resultado do Objetivo
debate deve ser registrado no caderno, individualmente. Reconhecer o ponto de vista do autor do texto.
Procedimentos
Sugerimos que o professor exercite a leitura de tex-
Capítulo 3 — Climas e hidrologia terrestres
tos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser
Agora é com você! — página 38 convidados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-
Competência e habilidade II.3.B se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao tér-
mino da leitura, o professor poderá escrever no quadro
Objetivo

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as conclusões obtidas na atividade.
Tomar decisões diante de situações concretas, inferin-
do e julgando opiniões.
Procedimentos Capítulo 4 — Os principais biomas da Terra
Espera-se que o aluno formule suas próprias hipóte-
ses e possa analisá-las, mediante os dados de previsões Agora é com você! — página 54
metereológicas coletadas dos jornais diários. Competência e habilidade I.1.B
Objetivo
Agora é com você! — página 40
Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
Competência e habilidade II.1.A
tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de
Objetivo complementaridade entre processos naturais.
Analisar e interpretar informações, comparando repre- Procedimentos
sentações esquemáticas com fotografias. 1. A Biogeografia estuda a distribuição dos seres vi-
Procedimentos
vos na Terra, relacionando as características do meio físi-
2. a) cúmulo-nimbos; b) cirros; c) estrato-cúmulos.
co ao surgimento de cada espécie.
2. O hábitat é o ambiente onde vive a espécie, enquan-
Agora é com você! — página 43
to o nicho ecológico é o lugar com as condições necessá-
Competência e habilidade II.1.B
rias de alimentação e reprodução de cada ser vivo.
Objetivo 3. O ecossistema é um sistema de interações entre os
Posicionar-se diante de dados e informações apresen- seres vivos e o ambiente. Nos estudos da Biogeografia, os
tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de ecossistemas são reunidos em grandes agrupamentos de-
complementaridade entre processos naturais.
nominados biomas.
Procedimentos
1. Amplitude térmica anual é a diferença entre as mé-
dias de temperatura entre os meses mais quentes e frios Ponto de vista — página 57
de uma determinada área. Dependendo da amplitude tér- Competência e habilidade III.3.B
mica, determinadas culturas serão mais adequadas para Objetivo
as práticas agrícolas.
Posicionar-se criticamente diante das idéias do autor.
2. Para os alunos que moram próximos do mar, espera-se
Procedimentos
observações referentes à influência da brisa marítima. Com
1.Os alunos devem ser estimulados a expressar o seu
relação àqueles que moram no interior do país, espera-se
observações referentes à elevada amplitude térmica anual. próprio ponto de vista, considerando o que foi estudado
no capítulo. O fundamental é que se estabeleça um ambi-
Agora é com você! — página 44 ente de troca de idéias e que a justificativa de cada posi-
cionamento seja compreendida pelos colegas.
Competência e habilidade II.1.B
2. Dentre as atividades econômicas que colocam em
Objetivo
risco os domínios tropicais, espera-se que os alunos se
Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
refiram à expansão da agricultura mecanizada nas re-
tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de
giões de campos e savanas.
complementaridade entre processos naturais.

18

Manual 56 18 25.06.05, 17:05


Capítulo 5 — As bases físicas do Brasil Nesta primeira unidade, a habilidade exigida é de nível bási-
co, uma vez que o objetivo da atividade é apenas identificar
Lição de cartografia — página 63 as idéias apresentadas no texto por Mário Guimarães Ferri.
Competência e habilidade III.1.A
Objetivo Capítulo 6 — Sociedade industrial e meio ambiente
Ampliar o domínio da leitura e interpretação carto-
gráfica, por meio da análise de climogramas. Conexões — página 74
Procedimentos Competência e habilidade III.3.C
Segundo Martinelli (1998, p. 40), um climograma é um Objetivos
gráfico termopluviométrico que “considera a escala das Aplicar conhecimentos geográficos para reelaborar o
precipitações à esquerda e a das temperaturas à direita [...] texto de forma crítica e estabelecendo relações entre re-
Esse tipo de gráfico permite a comparação entre vários ti- cursos expressivos e efeitos de sentido.
pos de regimes climáticos em vista de uma classificação”. Procedimentos
Os climogramas destacados na atividade representam Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que as idéias
os seguintes padrões climáticos: do cacique dos teme-augama anishnabai devem ser tratadas
• São Gabriel da Cachoeira: clima equatorial, com com muito respeito. A paródia é uma forma de reelaboração
altos índices pluviométricos e temperaturas elevadas du- do texto, que será utilizada para a formulação de uma crítica
rante todo o ano; à sociedade de consumo. Sugerimos que o texto original seja
• Ilhéus: clima tropical úmido, com altos índices plu- lido em sala de aula, e que os alunos procurem, em conjunto,
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viométricos e temperaturas elevadas; identificar os seus aspectos essenciais. O resultado final do


• Goiânia: clima tropical típico ou semi-úmido, com trabalho também pode ser apresentado para a classe.
estações secas (outono e inverno) e chuvosas (primavera
e verão) bem definidas e temperaturas elevadas; Agora é com você! — página 75
• Juazeiro: clima tropical semi-árido, com índices plu- Competência e habilidade II.3.B
viométricos baixos durante todo o ano e temperaturas ele- Objetivos
vadas; Desenvolver a capacidade de observação e de coleta de
• Bagé: clima subtropical, com umidade regular du- dados de campo. Elaborar um relatório, de acordo com as ins-
rante o ano e queda acentuada da temperatura no inverno. truções da atividade. Documentar iconograficamente a visita,
por meio de ilustrações e fotos do local estudado (opcional).
Agora é com você! — página 66 Procedimentos
Competência e habilidade II.1.A A atividade pode ser executada num estudo do meio.
Seria interessante organizar a turma em três grupos, fi-
Objetivo
cando cada equipe responsável por um dos itens do rela-
Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
tório. A observação de campo permite ao aluno buscar
tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de
elementos concretos para compreender a dinâmica dos
complementaridade entre processos naturais.
agentes externos modeladores do relevo. É importante
Procedimentos
salientar os seguintes aspectos:
1. A foto a é da formação de cerrado, típica das áreas
de clima tropical (com verão úmido e inverno seco). A • o trabalho das águas correntes (construção e erosão);
foto b refere-se à Mata Atlântica, localizada nas encostas • a ação da mata ciliar no controle da erosão provoca-
da Serra do Mar, no litoral brasileiro, caracterizado pelo da pelas cheias;
clima litorâneo úmido (exposto à Massa Tropical Atlânti- • a alteração do ambiente pela ação humana.
ca). A foto c é da Mata de Araucária, característica das
áreas de Clima Tropical de Altitude ou do Clima Subtro- Lição de cartografia — página 75
pical Úmido do Brasil meridional. Na fotografia d, obser- Competência e habilidade II.1.B
va-se uma formação de caatinga, que ocorre nas áreas de Objetivo
Clima Tropical Semi-árido do Polígono das Secas do Nor- Ampliar o domínio da leitura e interpretação carto-
deste Brasileiro. gráfica, por meio da análise de uma série histórica de es-
boços de paisagem.
Ponto de vista — página 67 Procedimentos
Competência e habilidade I.1.B Espera-se que o aluno perceba as diferenças entre dois
Objetivo momentos históricos distintos, identificando marcas na
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. paisagem. Na primeira gravura, o horizonte da cidade apa-
Procedimentos rece delineado por inúmeras torres de igrejas e há espaço
As atividades propostas na seção Ponto de vista visam disponível nas margens do rio. Já a cidade industrial é
aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da unidade bem mais compacta, com elevada densidade habitacional.
na análise do pensamento de diversos autores. Elas foram As chaminés das fábricas passam a dividir a linha do ho-
programadas segundo um grau de dificuldade crescente. rizonte com as igrejas.

1919

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Lição de cartografia — página 77 so é a fotossíntese, base da cadeia alimentar. Segundo o
Competência e habilidade II.1.B poeta, a luz do Sol também é o elo entre a atmosfera e a
litosfera, por onde o rio passa, erodindo e sedimentan-
Objetivo
do. Ao homem resta “ferir com a mão essa delicadeza”,
Ampliar o domínio da leitura e interpretação carto-
provocando o impacto ambiental.
gráfica, por meio da análise de um mapa temático.
Procedimentos
Ponto de vista — página 80
Por meio da observação do mapa o aluno será capaz
de obter as respostas. Competência e habilidade II.2.B
a) São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Objetivo
b) Neste item o aluno deverá relacionar a localização de Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema
sua cidade e a área em que se encontra alguma hidrelétrica. Procedimentos
c)Neste item também há a necessidade de se estabele- O aluno deverá ser capaz de localizar no texto as idéias
cer uma relação entre o local próximo e as hidrelétricas. principais, respondendo às perguntas solicitadas.
1. Na primeira questão, espera-se que o aluno identifi-
Agora é com você! — página 80 que como “força endógena” a pressão exercida pelo man-
Competência e habilidade I.1.B to na criação de formas estruturais e como “força exógena”,
a energia solar por meio da atmosfera.
Objetivo
2. Nesta questão, o aluno deverá reconhecer que o re-
Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
levo resultante da ação das “forças endógenas” sofre des-
tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, de
gaste e esculturação de agentes das “forças exógenas”.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
contradição e de complementaridade dos processos eco-
3. Nesta pergunta espera-se que o aluno demonstre
nômicos, sociais e políticos.
compreensão a respeito ao ritmo das transformações ter-
Procedimentos
restres na escala geológica de tempo que, muitas vezes,
2. De acordo com o texto, a presença humana na Terra
não é perceptível.
pode ser dividida em cinco fases: a fase primitiva, na qual
comunidades primitivas viviam da caça e da coleta; a fase
agrícola; a fase comercial, caracterizada pela expansão Capítulo 7 — Fronteiras e mapas políticos
marítima e comercial; a fase urbano-industrial, que teve
início há 2 séculos; e o período técnico-científico, decor- Conexões — página 86
rente do desenvolvimento urbano-industrial. Competência e habilidade III.2.D
3. A fase agrícola é marcada pela domesticação de plan- Objetivo
tas e animais. Subsidiar a construção do conceito de ideologia.
4. No período técnico-científico a informação e os la- Procedimentos
ços entre ciência e produção são cada vez mais estreitos. Esta atividade é uma situação desafiadora para a mo-
5. Nesta resposta, espera-se que o aluno utilize os dados
bilização dessa habilidade. Como estímulo, sugerimos a
e informações a respeito do fluxo de energia na Terra para
releitura do boxe “O ideário nacional da Repúbica Fran-
analisar a carga imposta ao ambiente pela sociedade indus-
cesa” e a apreciação da obra de Delacroix, A liberdade
trial. A idéia central é a de que será preciso encontrar um
guiando o povo (p. 84). O aluno deve se sentir à vontade
caminho alternativo de desenvolvimento porque o atual
para elaborar suas próprias conclusões. Há evidências su-
padrão de consumo não tem sustentabilidade energética.
ficientes da forte influência do ideário francês na formu-
6. Mais da metade da superfície das terras emersas
lação da simbologia nacional da República brasileira.
do planeta foi intensamente modificada pelas ativida-
Caso julgue necessário dar continuidade a esse tipo de
des humanas. Mesmo as áreas mais longínquas e ina-
procedimento, sugerimos como atividade complementar a
cessíveis já foram de alguma forma apropriadas pelas
leitura crítica de manchetes de jornal. Os alunos podem pes-
atividades humanas.
quisar exemplos de manchetes com claro viés ideológico.
Conexões — página 80
Agora é com você! — página 89
Competência e habilidade III.2.B
Competência e habilidade III.3.D
Objetivos
Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem figu- Objetivo
rada, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers- Incentivar o aluno a posicionar-se e a justificar suas posi-
pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística. ções diante de um questionamento que implica valores.
Procedimentos Procedimentos
Sugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta, Essa atividade permite conhecer um pouco melhor como
na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema em cada aluno se coloca diante de um questionamento de natu-
conjunto, mas a elaboração da conclusão deve ser um tra- reza subjetiva. O respeito à diversidade de opiniões é con-
balho individual. dição fundamental para que se alcance o objetivo da
A canção trata de maneira figurada do ciclo de ener- atividade. O item 1 pode ser realizado oralmente. O item
gia da natureza. O elemento de “amarração” do proces- 2 permite que se trabalhe a diferença entre uma atitude

20

Manual 56 20 25.06.05, 17:05


ufanista e uma atitude consciente de respeito ao país, sem 4. Os keynesianos acreditavam que o Estado tinha um pa-
deixar de lado a crítica às desigualdades sociais existen- pel regulador na economia, enquanto os neoliberais acreditam
tes em nossa sociedade. que o verdadeiro motor da economia capitalista é o mercado.
5. A Organização Mundial do Comércio (OMC) tem
Ponto de vista — página 90 como objetivo principal a eliminação das barreiras não
tarifárias ao comércio, promovendo o crescimento das re-
Competência e habilidade I.1.D lações comerciais internacionais. A OMC é um organis-
Objetivo mo internacional, com mais de 130 Estados-membros, com
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. sede em Genebra, onde funciona o seu secretariado.
Procedimentos
As atividades propostas na seção Ponto de vista visam Conexões — página 98
aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da unidade Competência e habilidade III.2.D
na análise do pensamento de diversos autores. Elas foram Objetivo
programadas segundo um grau de dificuldade crescente. Apreciar a manifestação artística, inferindo e julgan-
Nesta primeira unidade, a habilidade exigida é de nível do opiniões/pontos de vista de interesse geográfico.
básico, uma vez que o objetivo da atividade é apenas iden- Procedimentos
tificar as idéias apresentadas no texto por Hobsbawm. Como já vimos, a obra de arte não é só representação, é
1.O autor analisa o período do entreguerras. Para também resultado da busca incessante de uma linguagem
Hobsbawm, o Tratado de Versalhes não estabeleceu as que dê conta de representar a realidade para as pessoas que
bases de uma paz mundial estável, uma vez que os Es- nela estão inseridas. É por isso que consideramos muito
tados Unidos, a Alemanha e a Rússia não participaram
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

importante o desenvolvimento da capacidade de percepção


efetivamente dos acordos. do mundo a partir da expressão artística, entendendo-a como
2. No período entreguerras, as potências européias per- resultado da vida social num determinado lugar e tempo.
deram, paulatinamente, espaço político para as duas no- No caso dessa atividade, a interpretação da obra de
vas potências: Estados Unidos e União Soviética. Assim, Dalí representa uma oportunidade para interferir ou trans-
podemos dizer que o mundo que emergia desse processo formar a perspectiva do olhar do jovem. Por isso, é muito
não era mais “eurocentrado” e “eurodeterminado”. importante que o aluno se sinta à vontade para expressar a
sua opinião. É na apreciação do Belo que se desenvolve o
gosto artístico, e a Geografia pode dar uma contribuição
Capítulo 8 — Caminhos da economia mundial
para esse desenvolvimento.
Agora é com você! — página 98 Caso a turma encontre dificuldade para estabelecer
Competência e habilidade II.2.C uma interação com a obra, fazemos a seguir algumas con-
siderações que podem ajudar o(a) professor(a) a construir
Objetivo esse caminho com os seus alunos.
Desenvolver a capacidade de síntese e de extrair idéias O pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1989) segue uma
centrais de um texto, a partir da análise das relações ex- trajetória artística que crê na força transformadora da imagi-
pressas em um mapa conceitual. nação. Fundou, com vários outros artistas, o movimento do
Procedimentos surrealismo, cujo “Manifesto” foi divulgado em 1924. Em
1. Espera-se que o aluno perceba que o Estado-nação 1928, o poeta francês André Breton (1896-1966) publicou o
cumpre um papel importante para o funcionamento da livro O surrealismo e a pintura, lançando as base da teoria
economia mundial. O elo entre o Estado-nação e a econo- estética surrealista. Segundo Argan, a estética surrealista con-
mia mundial é a burguesia (bancária, comercial e indus- siderava que “a arte, pois, não é representação, e sim comu-
trial), cada vez mais globalizada, ainda que mantenha a nicação vital, biopsíquica, do indivíduo por meio de símbolos.
sede das empresas em determinados países. Um outro Tal como na teoria e na terapia psicanalíticas, na arte é de
enfoque esperado para esta questão diz respeito à relação extrema importância a experiência onírica, na qual coisas
social entre diferentes classes (dimensão política) para a que se afiguram distintas e não-relacionadas para a consci-
realização do lucro (dimensão econômica). ência revelam-se interligadas por relações tanto mais sólidas
2. Os Estados Unidos tinham uma poupança de capi- quanto mais ilógicas e intrincáveis”. (Argan, 1992, p. 360)
tal acumulada durante o período da II Guerra Mundial. O A respeito da pintura (óleo sobre tela) Criança geopo-
país utilizará estes recursos para apoiar a reconstrução da lítica assistindo ao nascimento do novo Homem, de 1943,
Europa Ocidental e do Japão, aumentando sua influência Harris (1997, p. 61) faz a seguinte análise: “o título deste
no mundo. quadro soa como uma paródia de todas as previsões oti-
3. A Conferência de Bretton Woods, realizada em 1944, mistas feitas durante a Segunda Guerra Mundial sobre o
estabeleceu que o dólar americano seria utilizado como ‘novo mundo’ que emergiria depois da derrota do fascis-
parâmetro para as transações internacionais, tornando os mo. A geopolítica era uma ciência que estava na moda na
Estados Unidos os fiadores do sistema financeiro inter- década de 1930, focalizando os fatores geográficos que
nacional. Quando ele foi rompido, em 1973, quando os influenciavam os destinos dos estados, especialmente, sua
Estados Unidos deixaram o dólar flutuar livremente no localização nas grandes massas continentais da Terra.
mercado, como qualquer outra moeda, a intenção era pro- A presença de uma criança assistindo ao ‘nascimento’ de
teger a economia norte-americana de ter de arcar sozinha um homem adulto serve para abalar o conceito e reforçar
com a crise financeira internacional. o ceticismo do observador, compartilhado por Dalí. Como

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uma galinha, o Novo Homem está saindo do globo, que critérios técnicos, mas também é uma decisão que revela
tem uma pele mole diferente de uma casca. Mesmo os o ponto de vista a partir do qual o autor do mapa observa
continentes são moles aparentemente, a ponto de se der- o mundo. Portanto, é ingênuo pensar que o mapa é neutro,
reterem; misteriosamente. A África ocidental deixou cair sem nenhum interesse. No caso do mapa da abertura da
uma lágrima. O toldo pontiagudo e a mulher apontando, unidade, a projeção está centrada nos Estados Unidos,
ao mesmo tempo musculosa e emaciada, ajudam a dar ao permitindo a visão dos países a partir de Washington. Em
quadro uma atmosfera bastante ameaçadora”. seguida, a partir da atividade, é possível observar quais
são os alunos que conseguem trabalhar com os elementos
Ponto de vista — página 99 da legenda, identificando-os no mapa.
Competência e habilidade III.2.F
Capítulo 9 — A geografia da Guerra Fria
Objetivos
Desenvolver o hábito metódico de leitura ativa. Esta- Lição de cartografia — página 107
belecer relações entre uma tese e os argumentos ofereci- Competência e habilidade I.1.A
dos para sustentá-la. Objetivo
Procedimentos Utilizar diferentes formas de representação para ana-
Segundo Barbosa (1990), a leitura é uma espécie de lisar a formação territorial ao longo do tempo.
“escrita mental”. Na verdade, quando lemos um texto, nós Procedimentos
o recriamos em nossas mentes, concordando, discordan- A transposição dos dados organizados em um mapa
do, acrescentando, questionando as idéias do autor. Por para uma linha do tempo envolverá uma série de habili-
sua vez, ao escrevermos, estamos construindo a nossa “lei- dades: extrair informações do mapa, definir uma escala

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tura de mundo”. As atividades do Ponto de vista visam para o intervalo de tempo (50 anos) e construir a repre-
sempre a perspectiva do leitor ativo. sentação gráfica. Sugerimos que a turma adote uma
No caso das atividades propostas, o item 1 exige do mesma escala: 2 mm para cada ano. Uma vez concluído
aluno o hábito de estudo metódico. É muito importante o trabalho, os alunos poderão discurtir os resultados,
ressaltar a necessidade de ampliação do vocabulário e do comparando as duas formas de representação da expan-
uso do dicionário para o aprimoramento da leitura. O(A) são territorial dos Estados Unidos.
professor(a) poderá indagar a turma sobre quem efetiva-
mente elaborou o glossário e quais os termos selecionados.
Conexões — página 110
Quanto ao item 2, os alunos continuam a se exercitar no
Competência e habilidade III.2.D
manuseio do texto, por meio da identificação das teses citadas
e dos argumentos utilizados pelos autores para sustentá-las. Objetivo
Utilizar um cartaz de propaganda como fonte de co-
De olho na mídia — página 103 nhecimento geográfico, identificando e relacionando re-
cursos expressivos como marcas do tempo histórico.
Competência e habilidade III.3.F Procedimentos
Objetivo O mais importante nessa atividade é garantir que os alu-
Aplicar os conhecimentos adquiridos para análise crí- nos tenham oportunidade de chegar às suas próprias conclu-
tica do texto jornalístico. sões. Caso isso não ocorra, a discussão dos resultados obtidos
Procedimento será um bom momento para avaliação diagnóstica acerca do
Na seção De olho na mídia o aluno irá encontrar textos grau de compreensão do assunto por parte da turma.
extraídos de jornais e revistas, relacionados com os temas Espera-se que o aluno, com base nas idéias que estão sen-
desenvolvidos em cada capítulo deste livro. O texto de fe- do desenvolvidas no capítulo, consiga perceber o conteúdo
chamento da unidade 1 destaca uma notícia — uso e con- ideológico da mensagem visual. O controle dos meios de co-
flitos dos recursos hídricos no Brasil. Espera-se que o aluno municação de massa foi um instrumento essencial para a di-
perceba que o aparecimento dos conflitos pelo uso da água fusão dos ideais da Revolução Russa. É inegável que o anúncio
são decorrentes da deterioração de sua qualidade, assim publicitário em cores tem um poder de atração muito grande.
como da desigualdade de acesso aos recursos existentes. No caso do cartaz, o fato de ele prender a atenção e conseguir
uma rápida assimilação da mensagem está ligado à simplici-
dade da imagem e ao foco da idéia principal: o poder da liber-
UNIDADE II O mundo geopolítico contem- tação dos trabalhadores está em suas próprias mãos.
porâneo
Agora é com você! — página 112
Leitura Cartográfica — página 105 Competência e habilidade II.2.D
Competência e habilidade I.2.D Objetivo
Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
Extrair informações do mapa, correlacionando-as com tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, de
aspectos da hegemonia americana. contradição e de complementaridade dos processos eco-
Procedimento nômicos, sociais e políticos.
Sugerimos que o professor comece a discussão da ati- Procedimentos
vidade chamando a atenção da turma para o fato de que a Na Conferência de Yalta, os soviéticos tiveram uma gran-
escolha da projeção cartográfica não depende apenas de de vitória: dado o poderio militar dos soviéticos, os Estados

22

Manual 56 22 25.06.05, 17:05


Unidos tiveram de aceitar o domínio da União Soviética Procedimentos
sobre o Leste Europeu. Porém, na Conferência de Potsdam, A construção de quadros sinóticos será bastante estimu-
os soviéticos tiveram de aceitar a divisão da Alemanha e da lada ao longo dos capítulos. Consideramos uma habilidade
cidade de Berlim entre os aliados, uma vez que os america- importante para a formação do hábito de estudo metódico. A
nos já haviam testado a primeira bomba atômica. seguir, sugestões de quadros sinóticos para a atividade.

Lição de cartografia — página 116 FICHA TÉCNICA


Competência e habilidade I.1.A – Sobrenome do autor, nome: RIBEIRO, Wagner Costa
Objetivo – Referências bibliográficas: RIBEIRO, Wagner Costa.
Fazer uso dos conhecimentos cartográficos para orde- Relações internacionais: cenários para o século XXI. São
nar os acontecimentos ao longo do tempo em uma repre- Paulo, Scipione, 2000.
sentação gráfica. DIVERSOS COMEÇOS DA GUERRA FRIA
Procedimentos Marco Ano provável
Como vimos no capítulo, a Guerra Fria pode ser delimi- Argumento
histórico de início
tada entre a construção do Muro de Berlim, em 1961, e a sua O socialismo chegava
destruição, em 1989. O primeiro passo para representar esse Revolução 1917 ao poder e afrontava valores
Russa
período em uma linha do tempo é definir uma escala propor- da sociedade capitalista.
cional a essa seqüência de 28 anos. Para facilitar o trabalho,
Bomba 1945 Foi uma demonstração de
podemos considerar a escala de 1 centímetro para cada ano, atômica força dos Estados Unidos.
totalizando uma linha do tempo de 28 centímetros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Espera-se que os alunos registrem, na seqüência de Os Estados Unidos se


acontecimentos, o bloqueio aéreo de Berlim, a constru- Política de propunham a proteger todos
1947 os povos livres contra
ção do Muro, a criação da Otan e do Pacto de Varsóvia, a Contenção,
de Truman tentativas de controle de
crise do bloco soviético e a destruição do Muro de Ber- regimes considerados (por
lim. Caso julgue necessário, o(a) professor(a) pode suge- eles) totalitários.
rir que os alunos ampliem o período a ser representado na
Bloqueio de Momento em que as duas
linha do tempo, acrescentando os antecedentes da Guerra 1948 e 1949
Berlim superpotências deixaram
Fria, como as conferências de Yalta e Potsdam, a Doutrina claro seus antagonismos.
Truman e o Plano Marshall.
Os alunos podem ilustrar o trabalho, tornando sua lei- Divisão da 1949 Uma das conseqüências do
Alemanha bloqueio de Berlim.
tura mais fácil com a utilização da linguagem visual. Se-
gundo Erwin Raisz (1969, p. 329), a “linha de tempo” pode Construção
1961 Foi o maior símbolo da
ser considerada uma espécie de mapa histórico, uma vez do Muro de
Guerra Fria.
que esse tipo de representação gráfica permite a visualiza- Berlim
ção rápida das informações a respeito de um determinado
processo histórico.
FICHA TÉCNICA
Agora é com você! — página 117 – Sobrenome do autor, nome: RIBEIRO, Wagner Costa
Competência e habilidade I.1.D – Referências bibliográficas: RIBEIRO, Wagner Costa.
Relações internacionais: cenários para o século XXI. São
Objetivo Paulo, Scipione, 2000.
Diferenciar fontes e formas de documentação, levan-
DIVERSOS TÉRMINOS DA GUERRA FRIA
do o aluno a organizar o material coletado, de modo a
facilitar sua consulta e utilização. Marco Ano provável
Argumento
histórico do fim
Procedimentos
Convém que o professor repasse, com os alunos, o en- Queda do A vitória dos Estados Unidos
caminhamento da atividade, para esclarecer dúvidas refe- Muro de ficou configurada no
1989
rentes à elaboração de um dossiê, destacando tanto os Berlim desmanche do bloco
socialista.
procedimentos de pesquisa quanto os que envolvem a or-
ganização do material encontrado. Um dossiê deve apre- Com o fim da principal
Extinção
sentar capa, sumário, seções temáticas e conclusão. O oponente dos Estados
da União 1991
Unidos, a vitória norte-
material colhido pelos alunos pode complementar o as- Soviética
americana ficou consolidada.
sunto objeto de estudo. A organização do material e o seu
uso na elaboração da conclusão são importantes procedi- Tratados de Limitação de
Assinatura Armas Estratégicas que
mentos a serem observados pelo professor. 1972 e 1979,
dos acordos respectiva- permitiram o diálogo das
Salt 1 e mente superpotências em torno de
Ponto de vista — página 117 Salt 2 objetivos comuns.
Competência e habilidade III.2.D Apesar da supremacia dos
A Guerra
Objetivo Fria não
Estados Unidos, a Rússia
Estabelecer relação, no interior de um texto, entre um ainda ocupa lugar de
acabou
destaque no mundo.
problema apresentado e a solução oferecida.

2323

Manual 57 23 07.07.05, 12:07


Capítulo 10 — A superpotência Procedimentos
Consideramos que a leitura de variadas figuras carto-
Agora é com você! — página 123
gráficas é uma habilidade muito importante para o apren-
Competência e habilidade I.1.D dizado da Geografia. Segundo Joly (1970, p. 73), a
Objetivo cartografia temática “é um maravilhoso instrumento de
Desenvolver no aluno a capacidade de síntese e de des- análise científica ou técnica do espaço geográfico”. Ela
tacar aspectos nucleares do pensamento do autor do texto. expressa graficamente relações espaciais que não são per-
Procedimentos cebidas ou apreendidas de outra forma: objetos aparente-
O professor deve explicar ao aluno como se elabora mente isolados são colocados em relação sobre a superfície
um quadro sinótico. É importante lembrar que o quadro do mapa, resultando num significado, ou seja, num arran-
sinótico ressalta a idéia central do autor — Sobre o que o jo espacial. A leitura de mapas envolve, necessariamente,
autor fala em seu texto? Que posição assume diante do comparação, diferenciação e classificação dos objetos,
questionamento suscitado? A idéia central é a que dá o além de análise das relações entre eles.
significado de todo o raciocínio do autor. O mapa da atividade complementa as idéias do capítulo.
O texto comenta a questão da imigração, principalmente da
Lição de cartografia — página 125 Argélia, Marrocos e Tunísia, antigas colônias francesas. Faz
também referência aos negócios de empresas francesas em
Competência e habilidade I.1.D
várias partes do mundo, o que nos permite inferir que o país
Objetivo ocupa um posicionamento central no espaço das relações eco-
Utilizar os dados levantados no mapa para a elabora- nômicas internacionais. Observa-se no mapa que, assim como
ção de uma tabela.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a Alemanha e o Reino Unido, o território francês é um dos
Procedimentos principais focos de atração da população imigrante, proveni-
Os alunos deverão elaborar uma tabela com duas co- ente da África, da Península Ibérica e do Leste Europeu.
lunas: 1. Nome do país, 2. Número de intervenções. A
turma poderá comparar os dados organizados no mapa e Ponto de vista — página 139
na tabela, procurando discutir qual foi a utilidade da ativi-
Competência e habilidade II.2.D
dade para o estudo do tema.
Objetivo
Ponto de vista – página 128 Reconhecer o ponto de vista do autor do texto.
Procedimentos
Competência e habilidade III.3.D Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos
Objetivo argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convi-
Estabelecer relação, no interior de um texto, entre um dados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma
problema apresentado e a solução oferecida. discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da lei-
Procedimentos tura, o professor poderá escrever no quadro as conclusões
Seria interessante que os alunos comparassem suas res- obtidas na atividade.
postas às três questões. A discussão das idéias do texto
permite retomar alguns dos principais pontos trabalhados
Capítulo 12 — Potências regionais
no capítulo.
1. Em nenhum outro momento histórico um país assumiu Lição de cartografia — página 145
o papel de destaque que os Estados Unidos possuem hoje, nas Competência e habilidade II.1.B
mais diversas áreas (tecnologia, cultura e geopolítica).
Objetivo
2. O poderio dos Estados Unidos é diferente daquele exer-
Fazer uso da leitura cartográfica para ordenar os acon-
cido, em outros momentos históricos, pelo Reino Unido ou tecimentos no tempo e no espaço.
por Roma, potências que souberam transformar seu domínio Procedimentos
em consenso e princípios de governo aceitos por todos. O Sugerimos que o professor discuta esta atividade em
domínio dos Estados Unidos ainda não está consolidado. sala de aula, estimulando os alunos a comparar os mapas.
3. Podemos destacar o seguinte trecho do texto, que Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na turma:
evidencia alternativas para a hegemonia dos Estados Uni- Quais potências coloniais estiveram presentes no sul da
dos: “incentivo a grupamentos de nações interessadas em África desde 1914? Qual foi a importância de cada uma
parte em recuperar maior liberdade para a tomada de de- delas na formação das atuais fronteiras políticas da re-
cisões regionais ou nacionais”. gião? As conclusões obtidas pela turma poderão ser siste-
matizadas pelo professor no quadro.
Capítulo 11 — Potências mundiais
Agora é com você! — página 149
Lição de cartografia — página 134
Competência e habilidade II.1.D
Competência e habilidade II.1.A
Objetivo
Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográ-
Interpretar a informação cartográfica, relacionando-a ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-
com o conteúdo do texto do capítulo. zando a linguagem do texto dissertativo.

24

Manual 56 24 25.06.05, 17:05


Procedimentos • Intermon
Como o espectro de comparações entre a África do Sul, Endereço: Roger de Llúria, 15. Código Postal 08010
o Brasil, a Índia e o Irã é amplo, sugerimos que os alunos Barcelona – Espanha.
discutam os dados da tabela antes da elaboração da reda-
Endereço eletrônico: www.energ.polimi.it/development/
ção. Os trabalhos finais poderão ser trocados entre os cole-
gas e alguns textos lidos em voz alta em sala de aula. org/di430htm
• Movimento Laici América Latina
Ponto de vista — página 150 Endereço: Rua Vicolo S. Domenico, 11 — Centro.
Competência e habilidade II.2.E Cód. Postal: 37122
Objetivo Verona — Itália
Estabelecer relações entre o desenvolvimento econô- Endereço eletrônico: www.univr-it/mlal
mico da Índia e características da política industrial do país.
Procedimentos • Solidaridad
Com a leitura do texto, o aluno deverá ser capaz de Endereço: Goedestraat, 2. Código Postal: 3572-RT
identificar as principais idéias do autor, respondendo: Utrecht — Holanda
1. O poder público, desde a independência da Índia, Endereço eletrônico: www.frans.solidaridad.antenna.nl
em 1947, evitou a dependência do exterior (política de
• Terra des Hommes
substituição de importações), controlou os investimentos
do setor privado e investiu na indústria de base. Endereço: 31 Frank Thomas. Código Postal ch 1208
2. As indústrias pesadas e de bens de produção foram Genève — Suíça
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país. • Cáritas Brasileira


Endereço: SGAN – Módulo B – Q601. CEP 70830-010
Capítulo 13 — Conflitos étnico-religiosos na Europa Brasília — DF — Brasil

Agora é com você! — página 155 • Fundação Samuel


Endereço: Vitorino de Moraes, 369 — Chácara Santo
Competência e habilidade III.3.F
Antônio
Objetivo
CEP 04714-030
Despertar o interesse pelo trabalho de campo, relacio-
nando os dados levantados na pesquisa com o assunto tra- São Paulo — SP — Brasil
tado no capítulo e com a vida cotidiana.
Procedimentos Conexões — página 156
Como destacamos anteriormente, a pesquisa é estimu-
lada nesta obra como um processo privilegiado de apren- Competência e habilidade III.3.F
dizado. A definição das questões a serem incluídas na Objetivo
pesquisa pode ser objeto de um trabalho coletivo coorde- Apreciar a manifestação artística, inferindo e julgan-
nado pelo professor. Cabe também a este estabelecer os do opiniões/pontos de vista de interesse geográfico.
procedimentos para a redação final da pesquisa. Os le- Procedimentos
vantamentos realizados pelos alunos podem enriquecer as Tendo em vista a natureza do tema que nos propuse-
discussões do texto do capítulo. mos a estudar, aproximamo-nos da fronteira entre a ciên-
Talvez os alunos encontrem dificuldade em localizar as cia e a arte. A obra de arte é mais do que representação, é
organizações não-governamentais. Para facilitar a pesqui- também o resultado da busca incessante de uma lingua-
sa, fornecemos a seguir os endereços de algumas ONGs
gem que dê conta de representar a realidade para as pes-
ligadas à ajuda humanitária. Os alunos podem entrar em
soas que nela estão inseridas. Ela amplia, assim, a
contato por carta ou correio eletrônico, solicitando as in-
formações necessárias para o trabalho. Esses dados foram capacidade de percepção do mundo, possibilitando que as
retirados do site www.rits.org.br, que possui uma lista bem pessoas se identifiquem ou não com esta representação,
mais extensa de ONGs que financiam projetos sociais. que se recoloquem ou não no tempo em que vivem, en-
tendendo melhor ou não como o seu cotidiano é determi-
• Brot Für Die Welt
Nome em português: Pão para o Mundo nado. O geógrafo, em geral, não acredita que exista alguma
Endereço: Stafflenbergstrasse, 76. C. P. 70184. relação entre a ciência e a arte. Mesmo depois de muito
Caixa Postal 10 11 41 700 10 — Stuttgart — Deutschland rever os seus paradigmas epistemológicos, ainda trata o
Endereço eletrônico: www.brot-fur-die-welt.de seu objeto de estudo — o Homem — com a mesma frieza
• Canadian Catholic Organization for Development and que trata as rochas. Janson nos diz que “uma pintura su-
Peace gere muito mais do que afirma. E, como no poema, o va-
Nome em português: Desenvolvimento e Paz lor da arte encontra-se igualmente naquilo que ela diz, e
Endereço: 5633, Rue Sherbrooke est. Código Postal como diz. Mas qual é o significado da arte? O que ela
HIN 1A3 tenta dizer? Os artistas, em geral, não nos dão uma expli-
Montreal — Quebec — Canadá cação clara, uma vez que a obra é a própria afirmação. Se
Endereço eletrônico: fossem capazes de dizê-la em forma de palavras, então
www.ned.org/wais/grants-top/folder.0042/rec.oo58.html seriam escritores.” (Janson, 1996, p. 7)

2525

Manual 56 25 25.06.05, 17:05


Concordamos com este autor, por isso não há um A Iugoslávia após a Segunda Guerra Mundial
gabarito para a resposta dessa atividade. O fundamen-
tal é que os alunos tenham a oportunidade de vivenciar
a apreciação artística, estabelecendo conexões livre-
ESLOVÊNIA
mente com os conteúdos trabalhados no capítulo. Re- (verde) VOIVODINA
CROÁCIA
produzimos a seguir uma interpretação de Guernica, (vermelho)
(violeta)
que pode auxiliar o(a) professor(a) no encaminhamen-
to da atividade. BÓSNIA-
“Em 1937, a situação política estava num ponto de HERZEGOVINA SÉRVIA
(laranja) (violeta)
ruptura. Depois de tolerarem o ameaçador rearmamento
alemão e o golpe italiano na Etiópia, as democracias bur-
guesas assistiam inertes à agressão fascista na Espanha MONTENEGRO
(violeta) KOSOVO
[...]. Naquela turva atmosfera de medo e indecisão, inau- (laranja)
gura-se em Paris uma grande exposição internacional,
dedicada, como sempre, ao trabalho, ao progresso e à
paz. A Espanha republicana participa com uma finalida- MACEDÔNIA
Grupo étnico dominante (amarelo)
de política: apelar à solidariedade do mundo livre, de- verde Eslovenos
monstrar que seu projeto correspondia ao desenvolvimento
vermelho Croatas
da democracia num país socialmente atrasado [...]. Mas,
violeta Sérvios Religião predominante
em abril, espalha-se a notícia de que os bombardeiros

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cristianismo ortodoxo
alemães, a serviço de Franco, haviam atacado a antiga laranja Muçulmanos
Islamismo
cidade de Guernica, sem outro objetivo senão o de fa- amarelo Macedônios Catolicismo
zer uma carnificina e semear o terror entre a população
civil. Imediatamente, Picasso decide que sua pintura
será a resposta à vileza e atrocidade desse massacre. Ponto de vista — página 160
Assim, nasce, em poucas semanas, Guernica [...]. Pi- Competência e habilidade III.2.F
casso tem uma visão clara da situação: o massacre de Objetivo
Guernica não é um episódio da Guerra Civil Espanho- Estabelecer relação entre uma tese e os argumentos
la, e sim o anúncio de uma tragédia apocalíptica [...]. oferecidos para sustentá-la.
Em Guernica não há cor, apenas negro, branco, cinza Procedimentos
[...]. No quadro o que existe é a morte [...] há simetria, Ainda que não tenha sido solicitada a elaboração de
perspectiva, gradação de valores, ritmo crescente de um quadro sinótico, espera-se que os alunos o tenham in-
tons.” (Argan, 1992, p. 475). corporado em seus métodos de estudo. O(A) professor(a)
pode observar se algum aluno fez uso desse recurso es-
Lição de cartografia — página 160 pontaneamente.
Competência e habilidade III.1.E 1. Com relação à primeira pergunta, espera-se que o
Objetivo aluno perceba que o autor está procurando argumentar
Articular informações de forma sintética por meio de contra a idéia do senso comum de que qualquer tipo de
recursos da linguagem cartográfica. violência deva ser condenada — seja por qualquer causa
Procedimentos política.
Um mapa esquemático é uma representação carto- 2. Para o autor, a morte de civis numa guerra pode
gráfica simplificada, no qual os fenômenos são muito ser inevitável, caso haja um objetivo maior. No caso do
generalizados, privilegiando-se muito mais as relações atentado terrorista, em geral, pessoas inocentes são mor-
e funções contidas no espaço estudado do que a forma tas para que o fato exerça pressão contra inimigos mais
poderosos.
dos objetos (Cêurio de Oliveira, 1993). Nesse sentido,
o mapa esquemático é o equivalente, na linguagem car-
tográfica, do resumo ou sinopse de um texto. Capítulo 14 — Conflitos étnico-religiosos no
Sugerimos como primeiro passo da construção do Oriente Médio e na África
mapa esquemático a escolha de uma forma geométrica Lição de cartografia — página 168
bem simplificada do território iugoslavo, após a Segun-
da Guerra Mundial, dividido em seis repúblicas. Veja o Competência e habilidade I.2.E
mapa da página 16 (livro-texto) como exemplo. Em se- Objetivo
guida, deve-se definir a legenda, com cores para os di- Fazer uso dos conhecimentos cartográficos para orde-
ferentes grupos étnicos e símbolos para as três religiões nar os acontecimentos ao longo do tempo em uma repre-
predominantes no país. A regra fundamental é que o sentação gráfica.
resultado seja conciso; não se preocupe muito com a Procedimentos
exatidão e a precisão. Veja, a seguir, um exemplo de Como já vimos, a linha do tempo pode ser conside-
mapa esquemático. rada uma espécie de mapa histórico, uma vez que esse

26

Manual 56 26 25.06.05, 17:05


tipo de representação gráfica permite a visualização rápi- ritmo e sua carga de conhecimentos prévios, e, por isso,
da das informações a respeito de um determinado proces- eles se encontram em situações distintas de aprendizagem.
so histórico (Raisz 1969, p. 329). Nesse caso, sugere-se Devido à complexidade do tema deste capítulo, o recurso
que o trabalho seja ilustrado com uma série de mapas, de avaliar o “como estou caminhando em relação ao con-
do período de 1946 aos nossos dias. Espera-se que os junto da turma” é fundamental nesse momento.
alunos identifiquem como marcos importantes dos acon-
tecimentos: a partilha da Palestina e a criação do Estado Ponto de vista — página 172
de Israel, em 1947; a Guerra da Partilha, entre 1948 e Competência e habilidade II.2.D
1949; a Guerra do Canal de Suez, em 1956; a Guerra Objetivo
dos Seis Dias, em 1967; a Guerra do Yom Kippur, em Comparar as idéias do autor com os conteúdos estu-
1973; a assinatura do acordo de Camp David, em 1979; dados no capítulo.
a Intifada, em 1987; o Tratado de Oslo I, em 1994; e o Procedimentos
Tratado de Oslo II, em 1995. Os alunos precisam identificar os principais fatores
da “crise africana” analisados pelo autor. Espera-se que a
Conexões — página 171 turma consiga enumerar as idéias seguintes.
Competência e habilidade III.3.D • No poder há 40 anos, as elites africanas fracassaram
Objetivo no âmbito moral e estão associadas aos arrivistas e espe-
Analisar recursos expressivos da linguagem figurada, culadores.
relacionando-os com conteúdos da Geografia. • Os intelectuais e executivos africanos, competentes
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Procedimentos e honestos, não participam da vida política.


Sugerimos que os poemas sejam lidos em voz alta na • Os países ocidentais têm responsabilidade na “crise
sala de aula. É preciso verificar a compreensão dos alu- africana”: no processo de descolonização, eles apoiaram
nos a respeito dos diversos sentidos e pontos de vista ditadores afinados com o alinhamento político exigido pelo
dos autores. Espera-se que a turma perceba a repetição cenário da Guerra Fria.
como recurso expressivo dos dois textos. No primeiro • O “ajuste estrutural” imposto pelos organismos in-
poema, a expressão “o combate está nas ruas” é repetida ternacionais, na década de 1980, agravou ainda mais a
várias vezes, dando ritmo ao texto e tecendo relações situação, gerando um círculo vicioso que envolve o des-
entre diversos aspectos da luta do povo angolano. No perdício de recursos e a expansão de uma máquina admi-
segundo, é a palavra “alma” que estabelece a coesão tex- nistrativa ineficiente.
tual e o efeito de sentido crítico à exploração da África
pelos europeus. Pode-se solicitar aos alunos que apre- Capítulo 15 — A geopolítica do Brasil
sentem suas conclusões sobre o estudo da África, tendo
Agora é com você! — página 176
em vista os elementos contidos nos dois poemas. Seria
interessante que o(a) professor(a) sistematizasse essas Competência e habilidade III.3.D
conclusões no quadro. Objetivos
Conduzir o aluno a uma leitura atenta do texto, para
Agora é com você! — página 171 que dele extraia idéias secundárias e específicas. Identifi-
car no atlas a região descrita no texto. Explorar a criativi-
Competência e habilidade III.2.D
dade, ao redigir uma versão pessoal dos acontecimentos
Objetivos descritos pelo autor e abordados no capítulo.
1. Perceber que o Oriente Médio é uma das regiões mais Procedimentos
instáveis do globo, e que seu estudo envolve temas diver- A leitura atenta do texto proposto e o manuseio ade-
sos, sendo portanto destaque constante nos jornais do quado do atlas são condições importantes para o bom re-
mundo todo. sultado dessa atividade. Quanto à proposta de elaboração
2. Despertar o interesse pelo trabalho de campo, rela- de uma versão pessoal dos fatos ocorridos, cabe ressaltar
cionando os dados levantados nas entrevistas com o as- que, apesar de criativa, a redação deve considerar os ele-
sunto tratado no capítulo e com a vida cotidiana. mentos disponíveis para a elaboração do relato pessoal.
Procedimentos Essa observação se faz necessária para que o(a)
As notícias selecionadas pelos alunos são excelente professor(a), ao fazer a avaliação, tenha claros os objeti-
material para aprofundar e contextualizar a temática do ca- vos definidos para a atividade.
pítulo. A pesquisa e a elaboração do relatório individual
podem servir de instrumento para uma avaliação regulado- Lição de cartografia — página 179
ra do processo de ensino-aprendizagem. Consideramos Competência e habilidade I.1.A
avaliação reguladora aquela que permite ao(a) professor(a) Objetivo
observar, por intermédio de inúmeros instrumentos, em que Estabelecer as relações de ordem geopolítica da Amé-
situação de aprendizagem encontra-se cada aluno num dado rica do Sul, utilizando como ferramentas a cartografia e a
momento. É importante lembrar que cada aluno tem seu pesquisa.

2727

Manual 56 27 25.06.05, 17:05


Procedimentos Como o conteúdo da unidade privilegia os circuitos eco-
Espera-se que o aluno já tenha compreendido que a nômicos, os fluxos populacionais e as redes de consu-
cartografia é uma poderosa ferramenta de análise geográ- mo, informação e entretenimento, o mapa da abertura
fica, devendo ser utilizada de forma permanente e dinâ- ressalta as formas de representação dinâmicas por meio
mica. Seria importante estabelecer com a turma alguns de linhas de fluxo e setas. As cores são utilizadas para
parâmetros técnicos para a elaboração do mapa: fonte mais diferenciar os tipos de fluxos e as espessuras das linhas
adequada para se copiar a base cartográfica, título, cores indicam sua intensidade. Caso seja necessário reforçar a
e símbolos da legenda. A pesquisa sugerida pode comple- compreensão sobre essa forma de representação, o pro-
mentar os conteúdos trabalhados no capítulo. fessor pode orientar os alunos a procurarem, em atlas
escolares, diferentes tipos de mapas dinâmicos, associ-
Lição de cartografia — página 182 ando-os com os temas tratados.
Competência e habilidade II.2.D
Objetivo
Estabelecer as relações do Brasil na ordem geopolíti- Capítulo 16 — A indústria e a produção do
ca mundial, utilizando-se das ferramentas da cartografia. espaço geográfico
Procedimentos Agora é com você! — página 192
Os comentários da atividade anterior (Lição de carto-
Competência e habilidade II.3.B
grafia 1) também são válidos aqui. À medida que vão se
transformando em produtores de mapas, os alunos se tor- Objetivo
nam mais críticos no processo de leitura cartográfica. Interpretar a evolução da paisagem expressa na figu-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ra, situando historicamente cada período representado.
Ponto de vista — página 182 Procedimentos
Competência e habilidade II.3.B Sugerimos que o professor desenvolva uma aula di-
alogada, interrogando os alunos a respeito das caracte-
Objetivo
rísticas de cada momento representado na figura quanto
Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema.
à organização do espaço, fontes de energia e divisão do
Procedimentos
trabalho. A turma poderá ser incentivada a relacionar
Sugerimos que, inicialmente, os alunos procurem iden-
tificar as semelhanças e diferenças entre os pontos de vis- as observações feitas com os conteúdos estudados a res-
ta dos dois representantes do governo. Em seguida, a turma peito da indústria artesanal, manufatureira e maquino-
poderia ser convidada a se posicionar sobre o tema em fatureira.
debate, considerando o que foi estudado no capítulo.
Conexões — página 192
De olho na mídia — página 185 Competência e habilidade III.3.B
Competência e habilidade III.1.D Objetivo
Objetivo Apreciar a manifestação artística, relacionando a obra
Aplicar os conhecimentos para análise crítica do texto com aspectos da sociedade de consumo.
jornalístico. Procedimentos
Procedimentos O foto-realismo é um ramo recente da pop art, que
Espera-se que o aluno perceba o papel da manchete considera a sociedade de consumo sua matéria-prima e é
no texto jornalístico. Para isto, sugerimos que o professor baseada na mídia norte-americana que invadiu o mundo
estabeleça um ambiente de diálogo, ouvindo a opinião de inteiro a partir da Segunda Guerra Mundial.
diferentes alunos com relação à primeira impressão que De acordo com Janson (1996, p. 397), “ao preparar
tiveram ao ler a manchete e a mudança ou não de expecta- Sapatos novos para H, Eddy tirou uma série de foto-
tiva após a leitura do texto. grafias da vitrine de uma loja de sapatos na Union Squa-
re, em Manhattan [...]. O que o intrigava era,
UNIDADE III Geografia econômica: as redes obviamente, a forma como o vidro filtra (e transforma)
mundiais a realidade cotidiana. Somente uma estreita faixa no
canto esquerdo fornece uma estreita faixa desimpedi-
Leitura cartográfica — página 187 da; tudo mais — sapatos, transeuntes, o movimento da
Competência e habilidade I.1.A rua, os edifícios — é visto através de duas ou mais ca-
Objetivo madas de vidro, todas em ângulos oblíquos à superfície
Introduzir a temática da unidade, relacionando formas do quadro. O efeito combinado desses painéis de vidro
de representação dinâmicas com o conteúdo das redes — deslocamento, distorção e reflexo — é a transfor-
mundiais. mação de uma cena familiar numa experiência visual
Procedimentos nova e surpreendentemente rica”.
A atividade dá continuidade à discussão da lingua- Note-se alguns elementos apontados por Jason a res-
gem cartográfica, que é um objetivo permanente da obra. peito da importância da obra de Eddy:

28

Manual 56 28 25.06.05, 17:05


a) encontra-se no centro de influência dos Estados Procedimentos
Unidos; Sugerimos a leitura em voz alta do poema de Cora
b) tem como matéria-prima a vitrine de uma loja em Coralina. A resposta também poderá ser elaborada em voz
Manhattan; alta. Trata-se de um bom exemplo do sistema de agricul-
tura familiar, praticado por comunidades rurais de Goiás.
c) é um jogo de espelhos entre a imagem na vitrine e a
realidade da rua. Agora é com você! — página 204
Tais elementos podem ser considerados a própria ex- Competência e habilidade II.2.G
pressão da sociedade de consumo, na qual a moda, o tipo
Objetivo
de embalagem e o marketing se entrelaçam aos novos pro-
Posicionar-se diante de dados e informações geográ-
cessos de trabalho em escala de produção vertiginosa. Cabe
ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-
ao(a) professor(a) verificar quais desses aspectos serão
zando a representação esquemática.
considerados nas respostas dos alunos, realizando uma
Procedimentos
avaliação diagnóstica do aprendizado da turma.
a) A agricultura de jardinagem combina técnicas de
irrigação, adubação orgânica, terraceamento e utilização
Lição de cartografia — página 196 intensiva de mão-de-obra. Na agricultura itinerante, a pro-
Competência e habilidade II.2.B dução necessita de grandes extensões de terras disponí-
Objetivo veis e com solos menos desgastados para a implantação
Interpretar informações expressas no mapa. Compre- de novas lavouras. Em função disto, a produtividade agrí-
cola é muito baixa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ender a dinâmica da atividade econômica na Alemanha


unificada. Justificar a distribuição espacial da atividade b) O tipo A representa a agroindústria, que necessita
industrial na Alemanha. de grandes investimentos de maquinários e insumos agrí-
Procedimentos colas, além de exigir enormes volumes de recursos ener-
Um dos aspectos importantes da atividade é destacar géticos. O tipo B refere-se à agricultura de jardinagem,
a distribuição espacial das indústrias nas áreas correspon- que se caracteriza pelo uso intensivo de mão-de-obra. O
dentes às duas Alemanhas. Do lado oriental concentram- tipo C representa a agricultura itinerante que, para existir,
se as indústrias pesadas e de tecnologia convencional, necessita de terras disponíveis para o pousio e/ou implan-
enquanto no lado ocidental concentram-se as empresas tação de novas lavouras.
de tecnologia de ponta. Após a unificação, os maiores
investimentos foram direcionados para o lado oriental, Ponto de vista — página 204
com o objetivo de recuperar a economia da antiga Ale- Competência e habilidade III.2.F
manha socialista. Isso gerou protestos dos alemães oci- Objetivo
dentais, criando um muro “psicológico” entre as duas Reconhecer o ponto de vista do autor do texto.
partes da Alemanha. Procedimentos
Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos
Ponto de vista — página 197 argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convi-
Competência e habilidade III.3.C dados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma
Objetivo discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da lei-
Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema. tura, o professor poderá escrever no quadro as conclusões
Procedimentos obtidas na atividade.
Sugerimos que os alunos discutam as semelhanças e as
diferenças entre os pontos de vista. Em seguida, a turma Capítulo 18 — Circulação e redes de transporte
poderia ser convidada a se posicionar diante do tema, con-
siderando o que foi estudado no capítulo. O texto de Milton Agora é com você! — página 211
Santos é mais crítico do que o de Domenico De Masi em Competência e habilidade II.2.C
relação ao caráter perverso do processo de globalização. Objetivo
Um traço comum nos dois autores é a crença em um futuro Posicionar-se diante de dados e informações geográ-
melhor, mais justo e capaz de potencializar a criatividade ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-
humana colocada a serviço da própria população mundial. zando a linguagem do texto dissertativo.
Procedimentos
Capítulo 17 — A produção agropecuária no mundo 1. O comércio eletrônico é efetuado por meio da rede
mundial de computadores. Ele tem se expandido enorme-
Conexões — página 201 mente uma vez que tornou acessível a informação dos
Competência e habilidade III.3.E fornecedores em qualquer lugar do mundo, baixando cus-
Objetivos tos das operações comerciais e aproximando parceiros de
Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem poé- diferentes países.
tica, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers- 2. Os custos de transporte eram um obstáculo para um
pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística. volume maior de trocas comerciais entre os países. Com a

2929

Manual 56 29 25.06.05, 17:05


queda destes custos, tornou-se vantajosa a compra de de- alização da distribuição da população por faixas etári-
terminadas mercadorias que antes necessitavam ser pro- as. A comparação de diferentes pirâmides só é possível
duzidas no nível local. quando os dados estão organizados em valores percen-
3. O uso de contêineres metálicos revolucionou o sis- tuais, padronizando todas as figuras numa base de igual
tema de manuseio de cargas, agilizando a transferência superfície (100%). No caso das pirâmides seleciona-
das mercadorias entre os diferentes sistemas modais (fer- das para análise, a referência para cálculo das porcen-
rovia, rodovia, hidrovia, aerovia). tagens foi a população total de cada grupo por sexo;
4. O transporte intermodal consiste em um sistema de por isso, recomendamos que a comparação seja reali-
combinação entre diferentes meios de transporte (modais), zada entre as populações de homens e de mulheres, se-
visando a agilidade no manuseio e na entrega de cargas. paradamente.

Lição de cartografia — página 214 Conexões — página 228


Competência e habilidade II.1.A Competência e habilidade II.2.F
Objetivos Objetivo
Ampliar o domínio da leitura e interpretação carto- Utilizar a obra de arte como fonte de conhecimento his-
gráfica, por meio da análise de mapas de fluxos. Fazer tórico-geográfico, identificando e relacionando recursos
uso da leitura cartográfica para ordenar os acontecimen- estilísticos do artista para expressar os acontecimentos.
tos no tempo e no espaço. Procedimentos
Procedimentos Os alunos já tiveram, até o momento, várias oportunida-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sugerimos que o professor discuta esta atividade em des de aprofundar seus conhecimentos geográficos por meio
sala de aula, estimulando os alunos a comparar os ma- da apreciação artística. Espera-se que possíveis resistências
pas. Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na ou dificuldades com esse tipo de atividade tenham sido su-
turma: Quais são os países, as regiões e/ou continentes peradas e a turma demonstre disponibilidade para interagir
mais importantes nos fluxos aéreos e marítimos? Quais com a produção do artista. O(A) professor(a) poderá avaliar
cidades possuem uma localização estratégica para o de- o desenvolvimento dessa capacidade pelos alunos.
senvolvimento do transporte intermodal? As conclusões Retirantes (1944) faz parte de uma série integrada
obtidas pela turma poderão ser sistematizadas pelo pro- por mais três telas pintadas entre 1944 e 1945: Criança
fessor no quadro. morta, Emigrantes e Enterro na rede. Segundo Fabris,
“exposta em Paris em 1946, a série merece uma reflexão
Ponto de vista — página 215 atenta de Germain Bazin, que não desconhece o impacto
de Guernica na visão trágica de Portinari, mas redimen-
Competência e habilidade II.2.C
siona o fato, ao reconduzi-lo ao ‘processo de gestação
Objetivo duma personalidade artística’, próxima, a seu ver, de um
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Michelangelo. O que interessa a Bazin é destacar o ‘mi-
Procedimentos lagre de Portinari’, isto é, um tipo de expressão, no qual
Sugerimos que o professor exercite a leitura de tex- tudo ‘[...] é verdade, tanto na forma como no fundo’. O
tos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser fato novo de sua arte é a interação do humano num estilo
convidados a realizar a leitura em voz alta, promoven- moderno. Se o ‘assunto’ nos comove, é por ser transmi-
do-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao tido à nossa sensibilidade por uma caligrafia trágica: con-
término da redação, a turma poderá trocar as respostas trastes veementes de tons, dilaceramentos da linha,
das questões e discutir quais foram as conclusões obti- seccionamento das formas que, sem respeito pela figu-
das na atividade. ra, recompõem uma humanidade alquebrada pela dor”.
(Fabris, Edusp, 1996, p. 112-114)
Capítulo 19 — Geografia da população
Agora é com você! — página 228
Lição de cartografia — página 220 Competência e habilidade II.2.F
Competência e habilidade II.1.G Objetivo
Objetivo Ler e extrair informações de um texto. Relacionar o
Capacitar o aluno para o uso de gráficos em análises e texto com os conceitos referentes às teorias populacionais
sínteses dos perfis etários. estudadas no capítulo.
Procedimentos Procedimentos
Os gráficos são formas de representação de interes- Nesta atividade vamos relacionar o texto da jornalista
se crescente da Geografia, pois facilitam a correlação com as teorias populacionais discutidas no capítulo. Ao
de dados sobre um plano cartesiano. Composta de dois analisar os dois textos, o aluno deve concluir que a fome
histogramas — um para cada sexo — a pirâmide etária resulta da distribuição irregular das riquezas e não da fal-
é uma representação gráfica que permite a rápida visu- ta de alimentos.

30

Manual 56 30 25.06.05, 17:05


Ponto de vista — página 229 Agora é com você! — página 242
Competência e habilidade III.2.G Competência e habilidade II.2.C
Objetivo Objetivo
Identificar as idéias centrais do texto, posicionando- Posicionar-se diante de dados e informações geográ-
se diante dos argumentos do autor. ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-
Procedimentos zando a linguagem do texto dissertativo.
Espera-se que os alunos identifiquem dois eixos cen- Procedimentos
trais no discurso do entrevistado: 1. As megacidades são aquelas acima de 10 milhões
o
1 ) o cenário demográfico europeu aponta para o es- de habitantes e encontram-se cada vez mais nos países
gotamento da oferta de vagas de emprego para trabalha- pobres. As cidades globais comandam a economia inter-
dores tecnicamente não-qualificados no continente, nacional, sediando as empresas que lançam as inovações
associado à escassez de mão-de-obra mais especializada; tecnológicas e comandam os serviços especializados da
o
2 ) o crescimento da União Européia pode forçar a “ex- produção globalizada.
portação de cérebros” dos países pobres, o que pode repre- 2. Segundo Milton Santos, o circuito superior da eco-
sentar um impacto econômico muito grande nesses países. nomia urbana é formado pelas atividades da indústria, do
comércio de exportação e dos bancos. No circuito inferi-
or, concentram-se as atividades de nível local, com uso
Capítulo 20 — O espaço urbano
intensivo de mão-de-obra e baixos investimentos, assim
Agora é com você! — página 235 como a chamada economia informal.
5. e 6. Além do poder público — que realiza obras de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Competência e habilidade II.2.E


Objetivo infra-estrutura, cria conjuntos habitacionais e oferece ser-
Posicionar-se diante de dados e informações geográ- viços básicos — existem vários outros agentes: os propri-
ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili- etários de terra, os incorporadores imobiliários, a indústria
zando a linguagem do texto dissertativo. da construção civil, o capital financeiro e os sem-teto.
Procedimentos Sugerimos que o professor sistematize no quadro os pa-
1. O excedente da produção agropastoril liberou uma péis que os alunos conseguem identificar para cada um
parcela da população para outras atividades, aumentando-se deles, considerando os dados coletados nos classificados
a divisão social do trabalho e o desenvolvimento técnico. de jornal de grande circulação.
2. Os operários das cidades industriais viviam em con-
dições insalubres, o que acarretou o agravamento da saú- Ponto de vista — página 242
de pública. Competência e habilidade III.3.B
Objetivo
Conexões — página 240 Associar as informações contidas no texto com ima-
Competência e habilidade III.3.B gens de ilustrações ou fotos.
Objetivo Procedimentos
Estabelecer relações temáticas e estilísticas de seme- O capítulo O espaço urbano procurou enfatizar quase
lhança e de oposição entre duas pinturas de diferentes todos os aspectos a respeito da cidade enumerados pela
autores, ressaltando aspectos da vida urbana. autora, em especial a sua dimensão do trabalho, da pro-
Procedimentos dução, do consumo, da arte e das lutas sociais. Espera-
Seria interessante desencadear uma discussão em sala se que os alunos consigam expressar essas idéias por meio
de aula a respeito das preferências estilísticas dos alunos. da colagem de figuras. O resultado do trabalho pode ser
Com qual das obras eles se identificam mais e quais seri- discutido com os colegas em sala de aula.
am suas razões?
A obra de Claude Monet expressa o objetivo do ar- Capítulo 21 — Geografia do lazer, do esporte
tista (quase uma obsessão) de apreender as sensações e do turismo
visuais mais sutis e fugazes. A Catedral de Rouen, nas
Agora é com você! — página 252
proximidades de Paris, foi um tema de estudo do pintor.
Monet estudou os efeitos luminosos na fachada da igre- Competência e habilidade II.3.B
ja ao longo de uma série de telas, como a que foi repro- Objetivos das questões 1 e 2
duzida no livro do aluno. Coletar dados de campo para interpretação. Comparar
A cidade, do francês Fernand Léger, por sua vez, “é uma dados, interpretá-los e elaborar um relatório conclusivo.
paisagem industrial perfeitamente controlada [...] estável Procedimentos
sem ser estática [...] cheia de otimismo e agradável excita- Esse tipo de atividade tem um forte componente proce-
ção, evoca uma utopia mecanizada”. (Janson, 1996, p. 371) dimental. A organização dos dados e o trabalho de compa-
Sob a influência de Picasso, Léger foi integrante do ração são instrumentos interessantes de observação. Além
movimento futurista e via no novo estilo cubista a inspira- disso, é possível estender a observação a outros membros
ção para a busca da precisão geométrica e o equilíbrio da família e, assim, analisar as disponibilidades para o la-
sutil dos tempos modernos, movidos pelas máquinas. zer do conjunto familiar. Provavelmente os pais de muitos

3131

Manual 56 31 25.06.05, 17:05


alunos dispõem de bem menos tempo para o lazer do que Procedimentos
os seus filhos. Por outro lado, se o(a) professor(a) estiver Essa atividade foi extraída do vestibular da Unicamp.
trabalhando com classes do período noturno, os resultados Seria interessante que o(a) professor(a), além de comen-
podem revelar um exíguo tempo de lazer dos alunos, per- tar a questão com os alunos, enfatizasse as características
mitindo que se conheça melhor a realidade de cada um. de alguns vestibulares discursivos. A questão possibilita
Objetivos da questão 3 que se identifique a evolução do sistema de transportes
Promover a reflexão sobre o mundo real e o irreal vi- no decorrer do tempo. Os diversos sistemas incorporados
vidos por intermédio dos programas de TV. Estimular a na figura permitem ao aluno perceber o aumento da velo-
consciência crítica diante dos programas exibidos pela TV. cidade no mesmo tempo (km/h). O segundo item da ques-
Procedimentos tão provoca o aluno a relacionar “o aniquilamento do
Essa atividade possibilita que o(a) professor(a) conheça espaço pelo tempo” ao processo de globalização. Nesse
a opinião dos alunos sobre a programação dos diversos ca- ponto, o(a) professor(a) deve conduzir a discussão para a
nais de televisão e discuta com eles esse tema. Trata-se de incorporação das novas tecnologias (telecomunicações e
um trabalho que estimula a reflexão, podendo levar a uma virtuais), presentes no mundo globalizado.
nova maneira de pensar e de ver o mundo criado pela TV.
Para que a atividade atinja seu objetivo, é fundamen- Agora é com você! — página 260
tal que as opiniões dos alunos sejam ouvidas e respeita- Competência e habilidade II.1.B
das. Utilizar os questionamentos que suscitam reflexões Objetivo
sobre a qualidade da programação e seus objetivos, os in- Utilizar diferentes formas de representação para ana-
teresses por trás das notícias e a forma como os diversos lisar a formação territorial ao longo do tempo.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
meios enxergam a notícia são estratégias interessantes e Procedimentos
que podem apresentar resultados positivos do ponto de A elaboração da linha do tempo envolverá a transposi-
vista tanto conceitual quanto procedimental e atitudinal. ção dos dados organizados nos mapas das páginas 258 e
Objetivos da questão 4 259, assim como as informações fornecidas no capítulo. O
Coletar dados de campo para interpretação. Comparar fundamental é estabelecer uma escala para o intervalo de
dados, interpretá-los e elaborar um relatório. Ressaltar a tempo (50 anos) e construir a representação gráfica. Suge-
importância da atividade esportiva para a saúde e a for- rimos que a turma adote uma mesma escala: 2 mm para
mação integral do indivíduo. cada ano. Uma vez concluído o trabalho, os alunos poderão
Procedimentos discutir os resultados.
Essa atividade pode ser desenvolvida em conjunto com
a área de Educação Física e Biologia, promovendo a in- Agora é com você! — página 263
terdisciplinaridade. A partir dos levantamentos realizados Competência e habilidade II.3.G
pelos alunos, o(a) professor(a) pode introduzir uma dis- Objetivo
cussão em grupo sobre o que significa “ganhar ou per- Posicionar-se diante de dados e informações, aplican-
der” no jogo e na vida pessoal de cada um. É importante do os conceitos geográficos.
lembrar que, para os gregos, o exercício físico comple- Procedimentos
mentava as atividades intelectuais. Os alunos devem estar familiarizados em identificar o
posicionamento dos autores dos artigos coletados. Espe-
Ponto de vista — página 254 ra-se que a turma possa debater a questão, comparando os
Competência e habilidade II.2.B diferentes pontos de vista.
Objetivo
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- Agora é com você! — página 265
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Competência e habilidade II.2.D
Procedimentos Objetivo
Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de- Problematizar o mundo contemporâneo, consideran-
senvolver a habilidade de extrair informações de um tex- do a diversidade de contextos entre os diferentes blocos
to, identificando o posicionamento do autor e suas econômicos.
argumentações. A realização da atividade é uma oportu- Procedimentos
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades Se possível, sugerimos que a atividade seja feita em
nesse tipo de exercício. grupo. Os alunos poderão realizar uma síntese do que foi
estudado no capítulo, elaborando um quadro com as prin-
Capítulo 22 — Blocos econômicos cipais características de cada bloco.

Agora é com você! — página 258 Ponto de vista — página 266


Competência e habilidade III.2.G Competência e habilidade III.3.F
Objetivo Objetivo
Ler e identificar no mapa os períodos e processos que Identificar uma tese, relacionando-a aos argumentos
promoveram o aniquilamento do espaço por meio do tempo. oferecidos para sustentá-la.

32

Manual 56 32 25.06.05, 17:05


Procedimentos Agora é com você! — página 278
Espera-se que os alunos percebam que para o autor as Competência e habilidade I.1.A
críticas em relação à Alca não são consistentes. Para ele,
Objetivo
uma “Alca possível” não seria nenhum grande projeto de
Identificar dados e informações relevantes para os es-
integração hemisférica, e muito menos a realização per-
tudos geográficos, apresentando os resultados em textos
feita e acabada de uma área de livre comércio, mas uma dissertativos.
“colcha de retalhos”, segundo os interesses dos parceiros Procedimentos
e setores envolvidos. 1. O Brasil possui grandes reservas de minério de fer-
ro, manganês e bauxita, importantes recursos para o de-
De olho na mídia — página 270 senvolvimento da indústria siderúrgica.
Competência e habilidade I.2.D 2. A China e a Rússia também possuem grandes reser-
Objetivo vas de minério de ferro.
Aplicar os conhecimentos para análise crítica do texto
jornalístico. Agora é com você! — página 280
Procedimentos Competência e habilidade II.3.B
Neste fechamento de unidade, o aluno poderá explo- Objetivo
rar outros aspectos do texto jornalístico, comparando o Utilizar diferentes linguagens para expor os conheci-
lead com a idéia central da entrevista. Avaliando se o pri- mentos geográficos.
meiro parágrafo de fato expressa as idéias principais da Procedimentos
entrevista, o aluno poderá ir desenvolvendo consciência
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Os trabalhos dos alunos poderão ser expostos em sala


crítica em relação a este tipo de texto. de aula. Se for possível, alguns alunos poderão explicar o
cartaz para a turma, identificando-se os traços comuns
entre eles.
UNIDADE IV Desafios ambientais
Ponto de vista — página 280
Leitura cartográfica — página 273 Competência e habilidade II.3.G
Competência e habilidade II.2.B Objetivo
Objetivo Identificar o ponto de vista do autor, considerando as
Introduzir a temática da unidade, relacionando-a com diferenças de lidar com o recursos ambientais.
a representação cartográfica de dados nos modos zonal e Procedimentos
linear. Sugerimos que os alunos discutam as diferenças de
Procedimento lidar com os recursos ambientais. Em seguida, a turma
A partir da análise do mapa, o professor pode explo- poderia ser convidada a se posicionar diante do tema, con-
rar, em sala de aula, o repertório dos alunos a respeito do siderando o que foi estudado no capítulo.
assunto que será tratado na unidade. Uma idéia interes-
sante seria retomar as respostas das perguntas ao término Capítulo 24 — Impactos ambientais urbanos
dos capítulos, avaliando as mudanças ocorridas na com-
Agora é com você! — página 287
preensão dos alunos.
Competência e habilidade II.2.B
Objetivo
Capítulo 23 — Geografia dos recursos naturais
Identificar dados e informações relevantes para os es-
Agora é com você! — página 275 tudos geográficos, apresentando os resultados em textos
Competência e habilidade I.1.B dissertativos.
Procedimentos
Objetivo
a) O efeito estufa é a retenção da radiação infravermelha
Posicionar-se diante de dados e informações geográ-
nas baixas camadas da atmosfera. É grande o número de es-
ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-
pecialistas que reconhecem que as emissões de gases-estufa
zando a linguagem do texto dissertativo.
aceleram as mudanças climáticas globais, que poderão acar-
Procedimentos
retar a elevação da temperatura do planeta e o derretimento
1. Recursos renováveis são aqueles que podem ser re- das calotas glaciais. Estas mudanças provocariam a elevação
postos pelos processos naturais. do nível do mar, o que atingiria as atuais áreas costeiras, nas
2. Recursos não-renováveis são aqueles que apresen- quais se concentram a maior parte da população mundial.
tam estoques fixos e não se ampliam. b) A chuva ácida é decorrência da concentração, na at-
3. O uso da Biotecnologia e da Engenharia Genética mosfera, de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, li-
pode repor estoques de recursos naturais para a produção berados na combustão de petróleo e carvão mineral. Ao
das coisas de que precisamos. Porém, tal tecnologia é po- reagirem com a água das chuvas e formarem ácidos sulfú-
lêmica pelos riscos que pode provocar ao ambiente e à ricos e nítricos, têm sido os responsáveis pela destruição de
saúde humana. monumentos e fachadas das edificações.

3333

Manual 56 33 25.06.05, 17:05


c e d) A ilha de calor é a área da cidade que apresenta Agora é com você! — página 297
temperaturas mais elevadas do que o seu entorno. Nestas Competência e habilidade I.1.B
áreas ocorre com maior freqüência as inversões térmicas,
Objetivo
que prejudicam a saúde humana.
Identificar dados e informações relevantes para os es-
Agora é com você! — página 288 tudos geográficos, apresentando os resultados em textos
dissertativos.
Competência e habilidade II.3.B
Procedimentos
Objetivo a) O principal debate na Conferência de Estocolmo
Identificar dados e informações relevantes para os es- foi a questão do desenvolvimento e crescimento econô-
tudos geográficos, apresentando os resultados em textos mico, envolvendo a questão ambiental.
dissertativos. b) Um dos principais resultados da Conferência de Es-
Procedimentos tocolmo foi a aprovação da Declaração das Nações Unidas
Poluição, em geral, é toda e qualquer forma de degra- sobre o Meio Ambiente: proclamações e princípios.
dação física ou química de um ambiente. Inúmeros são os
exemplos que os alunos podem indicar. Sugerimos que o Agora é com você! — página 300
professor faça uma lista no quadro, solicitando que os alu-
nos expliquem as conseqüências de cada um deles para a Competência e habilidade II.2.B
vida na cidade. Objetivo
Identificar dados e informações relevantes para os es-
Agora é com você! — página 289 tudos geográficos, apresentando os resultados em textos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Competência e habilidade II.2.B dissertativos.
Objetivo Procedimentos
Identificar e classificar dados e informações relevan- a) Desenvolvimento sustentável é um conceito que pro-
tes para os estudos geográficos. cura integrar a preocupação com o meio ambiente às polí-
Procedimentos ticas de desenvolvimento.
a) lixo orgânico — aterro sanitário; b)Sugerimos que o professor estimule os alunos a ex-
b) resíduos sólidos — reciclagem; plicarem as convenções ambientais escolhidas. Durante a
c) lixo orgânico — aterro sanitário; exposição, as principais características das convenções
d) resíduos sólidos — incineração; podem ser indicadas no quadro.
e) resíduos sólidos — reciclagem.
Agora é com você! — página 300
Ponto de vista — página 290 Competência e habilidade III.3.F
Competência e habilidade II.3.B
Objetivos
Objetivo Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem figu-
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- rada, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers-
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística.
Procedimentos Procedimentos
Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de- O fundamental nesta atividade é garantir a livre expres-
senvolver a habilidade de extrair informações de um tex- são dos alunos, que devem se posicionar diante das idéias da
to, identificando o posicionamento do autor e suas
autora com base nos conhecimentos trabalhados no capítulo.
argumentações. A realização da atividade é uma oportu-
Espera-se que os alunos percebam os vários pontos de vista
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades
em relação à questão ambiental, diferenciando a leitura dos
nesse tipo de exercício.
preservacionistas — que lutam contra a extinção das espé-
cies —, a dos desenvolvimentistas e ecocapitalistas — que
Capítulo 25 — Meio ambiente e política internacional mesmo concordando com as idéias da autora, acreditariam
Agora é com você! — página 295 que o atual modelo político-econômico está apto a propor
alternativas para evitar a destruição da natureza e da diversi-
Competência e habilidade II.1.A
dade cultural — e os ecologistas radicais — que não aceita-
Objetivo riam a atitude passiva diante dos fatos citados pela autora.
Ampliar a habilidade de leitura e interpretação carto-
gráfica, por meio da análise de um bloco-diagrama que Ponto de vista — página 301
ilustra o assunto estudado no capítulo.
Procedimentos Competência e habilidade III.3.G
Ao explicar o processo erosivo, os alunos devem lem- Objetivo
brar que a menor perda de solo pela erosão ocorre nas Identificar as idéias centrais do texto, posicionando-
áreas de mata. Já as áreas de plantio temporário apresen- se diante dos argumentos do autor.
tam a mais expressiva perda de sedimentos. As áreas de Procedimentos
pastagem e de cultivos permanentes registram perdas bem Espera-se que os alunos apliquem os conhecimentos ad-
menores do que as de cultivo temporário. quiridos no capítulo para interpretar o discurso nitidamente

34

Manual 56 34 25.06.05, 17:05


desenvolvimentista da liderança russa. Apesar de o autor identificando o posicionamento do autor e suas argumen-
reconhecer a necessidade de se considerar a questão am- tações. A realização da atividade é uma oportunidade para
biental dentro de um novo conceito de segurança global e verificar quem ainda apresenta dificuldades nesse tipo
de ser crítico à sociedade de consumo, ele propõe que se de exercício.
façam esforços para encontrar alternativas, porém man-
tendo o contexto político e econômico, no qual seu país De olho na mídia — página 315
ocupava posição de hegemonia. Competência e habilidade III.3.F
Objetivo
Capítulo 26 — A questão ambiental no Brasil Aplicar os conhecimentos geográficos na leitura críti-
Agora é com você! — página 306 ca do texto jornalístico.
Procedimentos
Competência e habilidade III.3.F Sugerimos que o professor estabeça um ambiente de
Objetivo diálogo, incentivando vários alunos a manifestarem sua
Tomar decisões diante de situações concretas, recor- compreensão do texto. O fundamental é identificar o posi-
rendo aos conhecimentos geográficos. cionamento do autor da matéria, o que nem sempre é uma
Procedimentos tarefa fácil para os alunos. O trabalho coletivo pode ser um
Sugerimos que a turma se prepare para esta atividade, facilitador da tarefa, supervisionada pelo professor.
discutindo cuidadosamente as questões. O professor pode-
rá indagar o que os alunos esperam encontrar na observa-
UNIDADE V Geografia e mudança social
ção do intervalo da escola. As propostas de educação
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ambiental poderão ser comparadas e a turma escolher aque- Leitura Cartográfica — página 317
las que maior impacto teria nos problemas detectados. Competência e habilidade II.1.A
Objetivo
Agora é com você! — página 308 Comparar mapas e refletir a respeito de sua importân-
Competência e habilidade III.3.F cia para o conhecimento geográfico.
Objetivo Procedimento
Tomar decisões diante de situações concretas, recor- A comparação dos mapas é o ponto de partida para a
rendo aos conhecimentos geográficos. discussão da temática da unidade, considerando a desigual-
Procedimentos dade de condições das mulheres de diversos países. A partir
O(a) professor(a) poderá incentivar os alunos a expor das informações colhidas, o professor poderá sugerir a dis-
seus argumentos, estabelecendo um ambiente de diálogo e cussão a respeito dos direitos humanos, explorando o reper-
respeito aos posicionamentos contrários. Antes de os alu- tório dos alunos no que se refere aos movimentos sociais.
nos escreverem no caderno as conclusões, as principais idéi-
as debatidas poderão ser sistematizadas no quadro. Capítulo 27 — A geografia dos excluídos

Agora é com você! — página 312 Agora é com você! — página 321
Competência e habilidade III.3.G Competência e habilidade II.1.B
Objetivo Objetivos
Demonstrar capacidade de percepção e de estabelecimen- Comparar e relacionar dados e informações. Relacio-
to de relações com a vida cotidiana, numa perspectiva inter- nar informações para a elaboração de relatório.
disciplinar, tomando decisões diante de situações concretas. Procedimentos
Procedimentos A tabela a ser utilizada para a execução desta tarefa
destaca os países que apresentam os 10 IDHs mais eleva-
Sugerimos que a turma faça uma busca no site
dos, os 10 IDHs mais baixos e os 10 países com IDHs
www.grupos.com.br a respeito de grupos de discussão
médios; neste caso, trata-se de países que apresentam IDHs
sobre a questão ambiental. Com base no que foi estudado
mais elevados do que o do Brasil.
no capítulo, o professor poderá solicitar uma análise com-
Os 10 IDHs mais elevados permitem ao aluno identi-
parativa entre as propostas de cada grupo de discussão. A
ficar países que se encontram na Europa, na América do
partir daí, a turma poderá ser incentivada a participar da
Norte e na Ásia (todos no hemisfério norte, excetuando-
lista, considerando o debate desenvolvido em sala de aula.
se a Austrália). Já os 10 piores IDHs são todos países que
se encontram no continente africano. Quanto aos que re-
Ponto de vista — página 312 presentam IDHs médios, a coluna reuniu países que de-
Competência e habilidade III.3.G vem ser comparados ao IDH brasileiro.
Objetivo Essa discussão permite ao aluno perceber a situação
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- social do Brasil em relação a países subdesenvolvidos (Su-
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. riname), do antigo bloco socialista (Bósnia) e outros paí-
Procedimentos ses latino-americanos, como Venezuela e Colômbia (neste
Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de- caso, ressaltando-se os problemas relativos ao narcotráfi-
senvolver a habilidade de extrair informações de um texto, co e às instabilidades políticas).

3535

Manual 56 35 25.06.05, 17:05


Conexões — página 324 Capítulo 28 — Saúde e políticas públicas
Competência e habilidade III.3.F Analisar cartazes de propaganda em seu contexto his-
Objetivo tórico-geográfico, identificando marcas da política públi-
Analisar o registro fotográfico em seu contexto históri- ca da época.
co-geográfico, identificando marcas da desigualdade social. Procedimentos
Procedimentos Segundo Bertolli Filho (1996, p. 35), “a partir da insta-
Nesta atividade, o professor pode destacar que a desi- lação do Estado Novo, a administração sanitária buscou
gualdade social sempre existiu em nossa sociedade. O ob- reforçar as campanhas de educação popular, criando servi-
jetivo central do capítulo é levar à compreensão das ços especiais para a educação em saúde. Unindo modernas
especificidades da desigualdade no contexto de crise do técnicas pedagógicas e de comunicação com os princípios
Estado de bem-estar social. A discussão sobre a fotografia da medicina sanitária, os funcionários desse setor elabora-
permite que os alunos estabeleçam relações entre diferen- ram cartazes e folhetos que chamavam a atenção pelas ilus-
tes contextos histórico-geográficos. O registro fotográfico trações coloridas. Elas poderiam ser entendidas mesmo pelas
de Militão é a própria expressão do sistema escravagista: é pessoas que não sabiam ler”. Nos dois cartazes a sífilis é
explícita a hierarquia na disposição do senhor branco dian- associada à morte e à “promiscuidade”. Assim como a aids
te de seus escravos; observam-se, também, os pés descal- hoje, a sífilis era naquela época uma doença estigmatizada
ços e a postura de submissão dos homens negros. socialmente. Espera-se que os alunos se sintam à vontade
No livro O olhar europeu — o negro na iconografia bra- para trocar idéias e expor dúvidas.
sileira do século XIX, Boris Kossoy (1994, p. 174-175) afir-
Agora é com você! — página 334

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ma: “... as fontes iconográficas, nas suas diferentes
modalidades, nos informam não apenas acerca dos assuntos Competência e habilidade II.3.B
retratados, mas, principalmente, acerca dos seus próprios Objetivo
autores das representações, suas visões de mundo, suas men- Identificar dados e informações relevantes para os es-
talidades [...]. São múltiplas, também, as leituras que as ima- tudos geográficos, apresentando os resultados em textos
gens fotográficas proporcionam e é nisso que reside o desafio dissertativos.
quando de sua interpretação [...]. As imagens da câmera, tra- Procedimentos
dicionalmente aceitas como a expressão da verdade — posto 1. Dentre as razões apontadas no capítulo, destaca-se
que documentam a realidade material ‘tal como ela é’’ — , a importância dos serviços de saúde e da política de saúde
resultam, na verdade, de um complexo processo de criação, para o desenvolvimento das cidades.
elaborado por seu autor: o fotógrafo. Deve-se ter em mente, 2. Foi na Inglaterra daquela época que se desenvolve-
pois, que a imagem fotográfica resulta de uma construção ram as primeiras normas e legislação sanitária, que visa-
técnica, cultural e estética-ideológica. vam o controle das epidemias que assolavam a população
O que, de fato, nos interessa resgatar é o outro lado da das cidades. A experiência inglesa serviu de referência
imagem, ou seja, aquilo que não se encontra explícito ico- para a legislação de outros países.
nograficamente. Partindo de tais pressupostos teóricos, 3. A Revolta da Vacina foi provocada pela resistência
pode-se então perceber em que medida as fotografias se popular ao poder de polícia e de fiscalização que o poder
constituem em importantes testemunhos históricos, soci- central da República do Brasil assumiu para o controle
ológicos e psicológicos, posto que retratam, implicitamen- das epidemias na capital do país.
te, atitudes e intenções [...] A foto de Militão Augusto de 4. Como o intercâmbio entre os países é cada vez mai-
Azevedo é contundente na medida em que ultrapassa o or, muitas questões que envolvem a saúde da população
fato singular, antropologicamente identificável, trazendo dependem de uma articulação global. A Organização
à luz um significado implícito, revelador de uma realida- Mundial da Saúde (OMS) é o principal organismo inter-
de social no seu contexto social mais amplo.” nacional responsável por estas questões.
5. O SUS é o Sistema Único de Saúde. Trata-se da
Ponto de vista — página 325 forma que estão organizados os serviços de saúde pública
Competência e habilidade II.2.F no Brasil, que foram integrados em um único sistema a
partir da Constituição de 1988.
Objetivo
Identificar em um texto as referências ou remissões a
Ponto de vista — página 334
outros textos (intertextualidade), aplicando conhecimen-
tos geográficos. Competência e habilidade III.3.G
Procedimentos Objetivos
A autora destaca na obra de Milton Santos a relação Aplicar os conhecimentos adquiridos no capítulo para
entre lugar e cidadania, analisando suas implicações no interpretar o texto e posicionar-se em relação às idéias
processo de exclusão social. Sugerimos que as frases elabo- nele contidas.
radas pelos alunos sejam listadas no quadro, procurando-se Procedimentos
agrupá-las por semelhança de sentido. O professor deverá Sugerimos que as idéias levantadas pelos alunos se-
estar atento para que se evitem cópias literais do texto, pro- jam sistematizadas no quadro, construindo-se uma sínte-
curando incentivar a formulação pessoal dos alunos. se geral da turma. Ao término da atividade, porém, é

36

Manual 56 36 25.06.05, 17:05


imprescindível que cada aluno tenha registrado no caderno Procedimento
as suas conclusões. A saúde pública é um retrato de cada Seria importante que ocorresse a discussão na turma.
época. O autor faz referência ao recrudescimento de antigas Para isto, cada aluno poderia apresentar qual foi a sua in-
pestilências, como o cólera, associando-o à crise do planeja- terpretação da charge. Estudando com antecedência, o ren-
mento estatal excessivamente centralizado e normatizado. dimento do aluno é muito maior.

Capítulo 29 — Movimentos sociais e cidadania Ponto de vista — página 347


Competência e habilidade III.3.F
Agora é com você! — página 338
Objetivo
Competência e habilidade III.3.F Aplicação dos conhecimentos a respeito da discrimi-
Objetivos nação social para discutir as idéias do texto e apresentar
Extrair dados e informações de um texto, posicionan- alternativas para as questões identificadas.
do-se diante dos argumentos do autor. Procedimentos
Procedimentos Espera-se que os alunos percebam que a discrimina-
Os alunos devem relacionar os temas que serão trata- ção social é muito mais profunda do que a diferença de
dos no capítulo com as idéias do filósofo Jacques Bidet. renda entre os diferentes grupos sociais. A reforma agrá-
O texto citado pode ser utilizado para uma atividade inter- ria tem sido uma política de resgate da justiça social no
disciplinar com História. Discutir o período das grandes Brasil, com imenso impacto na qualidade de vida e com
revoluções, suas lutas e analisar as contradições do mun- baixo custo por família assentada.
do atual, que, apesar do desenvolvimento tecnológico, não
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

consegue erradicar a exploração da mão-de-obra e resol-


ver o problema das desigualdades sociais. Capítulo 30 — Geografia do crime
Agora é com você! — página 352
Agora é com você! — página 344
Competência e habilidade I.2.B
Competência e habilidade III.3.C
Objetivo
Objetivos Identificar dados e informações relevantes para os es-
Extrair de um texto as causas relacionadas ao desem- tudos geográficos, apresentando os resultados em textos
prego e intervir solidariamente propondo estratégias para dissertativos.
combater o problema.
Procedimentos
Procedimentos
Sugerimos que o professor discuta em sala de aula o
Esta atividade permite ao professor contextualizar a
trabalho dos alunos, que podem comparar as respostas com
questão do desemprego utilizando notícias veiculadas na
os colegas, acrescentando e/ou complementando as infor-
imprensa local ou estadual. É importante relacionar o de-
mações mais significativas.
semprego às novas formas de gerenciamento de produção e
redução das oportunidades na indústria. A discussão de pro-
Lição de cartografia — página 354
postas para combater o desemprego merece atenção espe-
cial, e o professor tem papel fundamental na orientação sobre Competência e habilidade II.2.B
a viabilidade das propostas elaboradas pelos alunos. Objetivo
Posicionar-se diante de dados e informações rele-
Conexões — página 346 vantes para os estudos geográficos, articulando escalas
Competência e habilidade III.3.F geográficas.
Objetivo Procedimentos
Reconhecer, no texto, índices que permitam identifi- Espera-se que os alunos já tenham desenvolvido com-
car características da situação dos negros no Brasil, como petências e habilidades necessárias para a articulação de
a valorização da expressão artística da capoeira. diferentes escalas geográficas (nível local: comunidades
Procedimentos indígenas; nível regional: países andinos; nível global:
Os alunos apresentam em sala de aula as suas respostas, combate ao narcotráfico). Sugerimos que o professor en-
procurando chegar a um consenso a respeito da expressão do fatize as relações de ordem, complementaridade e contra-
texto que sintetiza a situação dos negros no Brasil. Várias dição que envolvem a questão.
respostas são válidas e possíveis. A palavra luta é repetida
várias vezes e sintetiza bem a questão. Na esperança de ven- Ponto de vista — página 354
cer e Olha o negro são outras expressões que também po- Competência e habilidade III.3.C
dem ser escolhidas pelos alunos, dependendo da justificativa. Objetivo
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-
Agora é com você — página 347 do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
Competência e habilidade II.3.F Procedimentos
Objetivo Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-
Elaborar redação, considerando o léxico entre a gra- senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-
vura e os termos indicados. to, identificando o posicionamento do autor e suas

3737

Manual 57 37 07.07.05, 12:08


argumentações. A realização da atividade é uma oportu- Procedimentos
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades Com a leitura do texto, espera-se que o aluno consiga
nesse tipo de exercício. relacionar os conteúdos trabalhados no capítulo com os
novos elementos apresentados pela autora.
1. Espera-se que o aluno reconheça a especificidade
Capítulo 31 — Cultura jovem e conflito
da temática juvenil num país como o Brasil, marcado por
Conexões — página 360 profundas desigualdades sociais.
Competência e habilidade II.3.F 2. O aluno terá oportunidade de expressar sua opinião.
Sugerimos que o professor possibilite a troca de idéias
Objetivo
entre os alunos, valorizando o exercício argumentativo.
Analisar recursos expressivos da linguagem figurada,
relacionando-os com conteúdos da Geografia.
Procedimentos Capítulo 32 — O Brasil e os desafios do século XXI
Sugerimos que o texto seja lido em voz alta na sala de Conexões — página 363
aula. É preciso verificar a compreensão dos alunos a res- Competência e habilidade III.3.C
peito dos diversos sentidos e pontos de vista do autor.
Objetivo
Objetivo 2
Posicionar-se diante de dados e informações, toman-
Valorizar a manifestação artística do movimento hip hop do decisões diante de situações concretas.
como uma forma de expressão dos jovens das periferias ur- Procedimentos
banas, aplicando os conhecimentos adquiridos no capítulo. Espera-se que os alunos tenham desenvolvido a capaci-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Procedimentos dade de ouvir e debater as idéias dos outros, demonstrando
Como vimos, o rap é uma música de protesto e de uma atitude de respeito aos posicionamentos divergentes.
crítica ao sistema político e econômico vigente. Espera- O professor poderá enfatizar o peso ou não do padrão de
se que os alunos identifiquem no texto algumas marcas vida americano no “sonho de consumo” da turma.
desse protesto: a insatisfação do jovem com o seu padrão
de consumo e a contradição do capitalismo selvagem — Ponto de vista — página 367
“O seu status depende da tragédia de alguém”. Caso haja Competência e habilidade III.3.B
interesse da turma, o professor pode estimular a compara-
Objetivo
ção dessa letra de música com as de outros raps. Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
Agora é com você! — página 360 Procedimentos
Competência e habilidade III.3.C Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-
Objetivo senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-
to, identificando o posicionamento do autor e suas
Posicionar-se diante das idéias do texto, considerando
argumentações. A realização da atividade é uma oportu-
os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldade
Procedimentos
nesse tipo de exercício.
Sugerimos que os alunos comparem as suas respostas
numa discussão em grupo, procurando identificar as con- De olho na mídia — página 371
clusões comuns e as divergentes. Para finalizar a ativida-
Competência e habilidade III.3.B
de, o professor pode registrar no quadro as principais idéias
levantadas pela turma, sintetizando os conteúdos traba- Objetivo
lhados no capítulo. Aplicar os conhecimentos geográficos na análise crí-
tica do texto jornalístico.
Ponto de vista — página 361 Procedimentos
Sugerimos que o professor estabeleça um ambiente de
Competência e habilidade III.2.C debate, registrando no quadro as diferentes leituras reali-
Objetivo zadas pelos alunos. Nesta atividade, a turma poderá veri-
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- ficar qual foi a importância do estudo da Geografia para o
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. desenvolvimento da leitura crítica do jornal.

38

Manual 56 38 25.06.05, 17:05


6. Respostas das questões dos vestibulares e do Enem

Unidade I — Bases da Geografia: socieda- Capítulo 3 – Clima e hidrologia terrestres


de, natureza e território 1. b 2. b 3. d 4. a 5. b 6. c
7. a 8. c 9. b 10. V, V, V, F, F
Capítulo 1 – A Geografia e a linguagem cartográfica 11. a) A crescente disponibilidade de equipamentos de sensore-
amento remoto, satélites meteorológicos, estações de medição
1. d 2. c 3. e terrestres, aéreas e marítimas, favorece a criação de uma rede
4. a) Na projeção de Mercator, as menores distorções ocorrem mundial de cobertura que consegue avaliar as mudanças climá-
próximas ao Equador, e as maiores distorções, nas áreas próxi- ticas em tempo real e de forma muito mais acurada.
mas do pólo. b) Ao desenvolvimento das navegações, quando b) As previsões meterológicas acuradas são importantes no pla-
as descobertas de novas áreas, o surgimento de colônias e a nejamento de atividades como agricultura e na prevenção e ela-
crescente circulação de mercadorias demandavam mapas me- boração de planos de contingência contra enchentes, aspectos
lhores e mais exatos, que exigiram novas técnicas de orienta- que favorecem o crescimento econômico, menor impacto mate-
ção, mais precisos, por isso os mapas e cartas teriam de ser rial e principalmente a preservação da vida em casos de aciden-
mais corretos e detalhados. c) Trata-se da rota C. A projeção tes naturais.
de Mercator é cilíndrica, e o globo projetado no cilindro esta- 12. b 13. c 14. d 15. c 16. c
belece o princípio da ortodromia, ou seja, o arco de círculo
máximo da superfície geográfica sobre o qual um navio segue Capítulo 4 – Os principais biomas da Terra
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

uma sucessão de rumos ou rotas. 1. e


5. e 6. e 7. e 8. b 9. e 2. a) I. Taiga ou coníferas; II. Tundra; III. Florestas tropicais
10. O aluno deverá levar em consideração o mapa apresentado. úmidas; IV. Savanas; V. Estepes ou pradarias.
Deverá elaborar um texto em que ressalte a expansão das fron- b) I. Pinheiros aciculifoliados; II. Musgos e liquens; III. Espéci-
teiras agrícolas para as regiões Centro-Oeste e Norte e as altera- es latifoliadas; IV. Vegetação herbáceo-arbustiva; V. Formações
ções no espaço em virtude dessa expansão. O surgimento de de gramíneas.
estradas, cidades e áreas de exploração madeireira ocorreu em 3. b 4. b 5. 2 e 5 6. Soma = 10 (02 + 08) 7. e
virtude da apropriação do espaço geográfico pela sociedade. 8. O continente americano apresenta o seguinte quadro natural:
Extremo norte: — clima: polar — vegetação: tundra.
11. Os satélites são utilizados para diversas formas de emissão
Norte: — clima: temperado frio — vegetação: floresta boreal ou
de informações em tempo real da Terra, o que permite acompa-
taiga.
nhar a dinâmica climática, meteorológica, ambiental e movimen-
Centro-Norte: — climas: temperado continental nas regiões in-
tos da crosta com grande precisão. Além disso, a utilização das
teriores e oceânico nas áreas próximas ao mar — vegetação:
imagens geradas pelos satélites permite maior precisão na ela-
pradarias e floresta temperada.
boração de mapas temáticos.
A sul do Trópico de Câncer e norte do Trópico de Capricórnio:
12. a) Trata-se de um processo social no qual o acesso aos espa- — clima: tropical e equatorial — vegetação: floresta tropical e
ços de maior ou menor valor é determinado pelo poder aquisiti- equatorial. a) Floresta equatorial e tropical — extrativismo ve-
vo das pessoas. No contexto da produção capitalista do espaço, getal e extração de madeira.
as áreas impróprias à ocupação humana ou distantes daquelas b) Extração de madeira da Taiga para produção de papel e celulose.
que têm melhor infra-estrutura básica e facilidade de acesso 9. c 10. c 11. V, V, V, V, F
aos centros comerciais são reservadas às classes mais pobres.
Nesse fenômeno, aliás, cabe salientar o que se chama de “espe- Capítulo 5 – As bases físicas do Brasil
culação imobiliária”, isto é, o controle do acesso à terra por
indivíduos e empresas que fazem dela uma fonte de lucros. 1. d 2. b 3. a 4. b 5. a
6. a) Atuação da massa Polar atlântica (mPa).
b) As desigualdades sociais resultantes do processo histórico de b) Massa Equatorial continental (mEa) e também a massa Tro-
concentração de renda. As populações com maior renda adqui- pical atlântica (mTa). c) No verão a massa Equatorial continen-
rem terrenos em áreas mais elevadas e com acesso aos bens e tal não encontra obstáculos e se expande por boa parte do
serviços ofertados pela cidade. Cabe às populações carentes o território brasileiro. No inverno o avanço da massa Polar atlânti-
terreno com pior localização, à margem dos serviços ofertados ca inibe a presença da massa Equatorial continental que fica
pela cidade.
restrita ao noroeste amazônico.
13. a 7. e 8. c 9. d 10. c 11. c 12. d
13. Os deslizamentos freqüentes nestas regiões se devem à ocu-
Capítulo 2 – O sistema terrestre pação irregular das áreas de encosta. Inicialmente a cobertura
vegetal foi retirada, o que facilita o desmoronamento; além dis-
1. F, V, V, F, F 2. e 3. d 4. b 5. e
so, essas áreas foram sucessivamente ocupadas por construções
6. Soma = 35 (01 + 02 + 32)
que não seguem as normas técnicas de engenharia, já que são
7. a 8. c 9. d 10. d 11. e 12. a 13. d
áreas ocupadas por populações carentes, que constroem muitas
14. a) São terrenos inconsolidados, com menor espessura das
vezes em regime de mutirão, sem conhecimento de normas téc-
rochas de superfície, mais sujeitos à ação dos agentes endóge-
nicas adequadas para essas áreas.
nos expressos em fissuras resultantes da pressão interna revela-
14. a
da na forma de vulcões. b) O território brasileiro está na placa
15. a) Porque estas regiões se encontram em hemiférios diferen-
sul-americana. c) O território brasileiro encontra-se sobre uma
tes e, portanto, enquanto é inverno no hemisfério sul (Luisiânia
placa composta por rochas consolidadas, de maior espessura,
que absorvem os impactos tectônicos interiores. — GO) é verão no hemisfério norte (Roma – Itália).

3939

Manual 56 39 25.06.05, 17:05


b) Luisiânia: — tropical: verões quentes e úmidos, invernos se- b) Esses países adotam, em geral, políticas relacionadas à eleva-
cos. Roma: — clima mediterrâneo: verões quentes e secos, in- ção de suas taxas de juros, para com isso atrair capitais de curto
vernos amenos e úmidos. prazo. Os problemas principais dessa prática são a pressão infla-
cionária interna seguida de recessão econômica, achatamento
Capítulo 6 – Sociedade industrial e meio ambiente salarial entre outros.

1. e 2. e 3. V, F, V, V, F 4. e 5. d 6. c
Unidade II — O mundo geopolítico contem-
Capítulo 7 – Fronteiras e mapas políticos porâneo
1. b 2. c 3. e 4. b
5. A classificação leste e oeste remonta à ordem bipolar — Os Capítulo 9 – A geografia da Guerra Fria
Estados Unidos estabeleceram sua área de influência capitalista na
porção ocidental, enquanto a URSS socialista estabeleceu sua área 1. e 2. b
de influência na porção leste. Com o fim da velha ordem bipolar, a 3. A Otan foi criada em 1949 para representar o braço geopo-
nova ordem mundial estabelece um domínio referente ao controle lítico da Doutrina Truman, estabelecendo uma aliança militar
dos países do Atlântico Norte contra possíveis intervenções da
dos mercados mundiais e à distribuição irregular das riquezas. Nes-
URSS. Em resposta à formação da Otan, a URSS criou o Pac-
se sentido a divisão norte/sul busca separar as áreas de maior ou
to de Varsóvia, aparentemente com a mesma finalidade, ou seja,
menor concentração de riquezas. Sul; pobre; norte, rico.
garantir a integridade geopolítica de sua área de influência.
6. a) A apropriação se dá quando esta sociedade estabelece as
Com o decorrer dos anos, o Pacto de Varsóvia configurou-se
bases comuns de sua cultura como elemento de integração. Po-
como a base de sustentação pela força da influência da URSS
dem também se estabelecer como Estado-nação ao definirem
no Leste Europeu.
um território — as bases físicas do Estado — um arcabouço

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4. d 5. V, V, F, F, V 6. d
legal — constituição — e um governo.
7. a) A ordem da Guerra Fria estabeleceu a separação do mun-
b) A soberania deve ser compreendida como a propriedade ou
do em dois blocos opostos. De um lado os países capitalistas e
qualidade que caracteriza o poder político supremo do Estado ocidentais regidos pelos EUA, enquanto o conjunto de países
como afirmação de sua personalidade independente, de sua au- socialistas orbitavam ao redor da URSS. A velha ordem apre-
toridade plena e governo próprio, dentro do território nacional e sentava-se sustentada por forças antagônicas militarizadas e
em suas relações com outros Estados. Desta forma é o Estado o armamentistas.
representante supremo da soberania de um país. b) A chamada Nova Ordem Mundial caracteriza-se pela prevalên-
7. a) Propriedade ou qualidade que caracteriza o poder político cia do sistema capitalista e pela disputa dos mercados mundiais.
supremo do Estado como afirmação de sua personalidade inde- 8. a
pendente, de sua autoridade plena e governo próprios, dentro do
território nacional e em suas relações com outros Estados. Capítulo 10 – A superpotência
b) As invasões realizadas pela Otan na Iugoslávia, a invasão nor-
te-americana no Afeganistão e no Iraque. 1. d 2. e 3. b 4. c
c) O desmantelamento da ordem política e jurídica de uma na- 5. Os países eram assim classificados porque essa divisão ex-
ção. O exemplo mais contundente é a desintegração do Estado pressava o mundo na época da Guerra Fria. De um lado os paí-
iraquiano pós-invasão pelos Estados Unidos. ses ocidentais representavam a área de influência capitalista e
norte-americana. Os chamados países do leste representavam a
8. d
Europa oriental, área de influência da URSS. A classificação
Capítulo 8 – Caminhos da economia mundial atual em norte e sul busca caracterizar a diferença socioeconô-
mica entre os países. Vale salientar que não é uma classificação
1. c 2. c 3. e 4. b 5. b 6. d 7. d 8. e viável, já que na porção norte existem países pobres, assim como
9. e 10. V, F, F, V 11. d na porção sul existem países que apresentam alto grau de desen-
12. a) Entre 1965/89 e 1980/89 os países desenvolvidos e os do volvimento.
Sudeste asiático apresentaram melhor distribuição de renda, en- 6. a
quanto nos países pobres da América Latina e África os dados 7. A presença militar norte-americana na Europa está vincula-
acentuam a concentração de renda. da à participação do país na Organização do Tratado do Atlânti-
b) O motivador foi a política de expansão da renda que ocorreu co Norte (Otan). Já na área 2, Oriente Médio, os motivos são a
nos países conhecidos como Tigres Asiáticos — Taiwan, Cinga- instabilidade geopolítica da região e assegurar o controle sobre
pura, Coréia do Norte e a região de Hong Kong (hoje incorpora- as reservas de petróleo da península.
da à China). 8. b 9. d 10. b
13. a) A tendência foi a formação de grandes corporações trans-
nacionais que passaram a instalar suas filiais em países subde- Capítulo 11 – Potências mundiais
senvolvidos, aliando os interesses em produzir mais e mais barato 1. c 2. a 3. c
à ampliação dos mercados e ao aproveitamento dos incentivos 4. A China localiza-se no coração da Ásia e seu crescimento
fiscais ofertados pelos governos desses países. econômico influencia sua hegemonia regional. Além disso, o
b) As empresas instalam-se em países pobres para aproveitar a país é detentor de excelente arsenal armamentista, o que lhe con-
mão-de-obra farta e barata e ampliar seu mercado consumidor. cede grande poder de liderança na porção asiática.
14. e 5. b 6. e 7. a 8. d
15. a) As facilidades na transmissão e obtenção de informação 9. Os alunos devem ressaltar a expressiva participação da China
por telecomunicações e informática favorece e acelera a capaci- como futura liderança regional e possivelmente mundial. Os
dade de circulação de dinheiro na forma de investimentos, bem dados populacionais, econômicos e militares expressam a im-
como é capaz de expandir as suas redes cada vez maiores e mais portância do país no contexto mundial.
internacionalizadas. 10. c 11. a

40

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Capítulo 12 – Potências regionais 4. d
5. De acordo com o mapa apresentado, a cidade de Brasília
1. d 2. e 3. e 4. e encontra-se cercada pelas maiores unidades militares represen-
5. País 1: Paquistão; país 2: Índia; país 3: Bangladesh. Esta re- tando todas as armas. Nesse sentido fica clara a intenção de
gião apresenta conflitos étnicos hinduístas e islâmicos na região garantir à cidade um esquema de proteção tanto contra ataques
da Caxemira e conflitos entre hinduístas e sikhs no Punjab. externos e muito mais para assegurar a paz e a ordem na capi-
6. e 7. b 8. c
tal da República.
6. a) O Sivam — Sistema de Vigilância da Amazônia — consis-
Capítulo 13 – Conflitos étnico-religiosos na Europa
te na utilização de satélites para detectar invasões do espaço aé-
1. b 2. c reo brasileiro e monitorar o movimento de aeronaves nas regiões
3. A monarquia parlamentarista concedeu maior autonomia para Norte e Centro-Oeste.
a região, permitindo livre expressão lingüística e cultural. b) Criticou-se o fato de que a compra dos equipamentos não
4. e 5. a 6. b ocorreu de modo transparente, favorecendo capitais norte-ame-
7. a) A Irlanda do Norte ou Ulster. ricanos. Além do que não se tem certeza de que os radares fun-
b) Belfast é a capital da Irlanda do Norte ou Ulster, área em que cionarão de forma adequada quando os aviões voarem a baixa
ocorriam os mais fortes confrontos entre católicos (irlandeses altitude. Caso isso ocorra, os radares podem confundir as aero-
do IRA) e protestantes (forças militares britânicas). naves com a movimentação natural da copa das árvores.
8. A região da Iugoslávia configura-se como um grande intrin- 7. c
cado étnico-religioso-cultural. Foram mesclados nesse territó- 8. O mapa representa o Projeto Calha Norte. Esse projeto foi
rio católicos, cristãos ortodoxos, muçulmanos; utilizam-se dois desencadeado em 1987 com vista a garantir a soberania das fron-
alfabetos distintos, além de conjugarem na mesma região croa- teiras norte do Brasil. Essa região é constantemente invadida
tas, eslovenos, bósnios, montenegrinos, sérvios e macedônios. por guerrilheiros colombianos, narcotraficantes, contrabandis-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

9. a 10. c 11. b tas e garimpeiros.


9. a
Capítulo 14 – Conflitos étnico-religiosos no Oriente 10. a) objetivos: evitar a ação de contrabandistas; combater a
Médio e na África ação do narcotráfico; preservar a soberania nacional na explora-
1. a 2. d 3. b 4. a 5. a 6. c ção dos recursos naturais da região; evitar a atuação de grupos
7. a) A dominação colonial européia impôs ao continente africa- guerrilheiros dos países vizinhos, em particular da Colômbia.
no um processo de artificialização de fronteiras que provocou a b) fatores: rede urbana incompleta; redes de transporte precá-
unificação num mesmo território de tribos historicamente rivais. rias; baixa densidade demográfica; redes de comunicação in-
Com a descolonização e a conseqüente manutenção das frontei- suficientes; floresta pluvial que dificulta a locomoção.
ras coloniais, os países africanos não conseguem formar Esta-
dos nacionais sólidos.
Unidade III — Geografia econômica: as redes
b) A África abriga dois sistemas agrícolas: a agricultura rudi-
mentar, aplicada pelas famílias e comunidades locais para auto- mundiais
abastecimento, e o sistema de plantation, imposto pelos
colonizadores. Países como Nigéria, Togo, Benin são produto- Capítulo 16 – A indústria e a produção do espaço
res de café, cacau e cana para o mercado internacional. geográfico
8. b
9. a) O mosaico cultural, a posição estratégica como passagem 1. c 2. a 3. e 4. a 5. c 6. d 7. b
entre a Europa e a Ásia, a ocorrência de extensas jazidas petro- 8. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16)
líferas. 9. e 10. c
b) Ele faz referência à questão israelo-palestina. Com o surgi- 11. Os dados da tabela indicam a diminuição do parque industri-
mento de Israel em 1948, os palestinos que ali viviam viram-se al da região nordeste dos EUA, enquanto ocorre um significati-
deslocados e sem expressão territorial, daí a menção de ocupa- vo aumento do parque industrial localizado na porção oeste e
ção dos territórios por Israel. sul. O parque industrial do nordeste corresponde ao da indústria
10. b 11. a tradicional, já os parques do oeste e sul correspondem aos dos
tecnopólos. Enquanto a indústria tradicional sofre acelerado pro-
Capítulo 15 – A geopolítica do Brasil cesso de automação, as empresas dos tecnopólos utilizam nu-
merosa mão-de-obra de alta especialização.
1. Porque o Brasil foi o único país a enviar tropas aliadas com-
12. A estratégia desencadeada por Bill Gates garantirá à empre-
postas por negros, brancos, mulatos, pardos e amarelos.
sa Corbis o monopólio das obras digitalizadas no futuro.
2. Antes da Segunda Guerra Mundial o Brasil não tinha definido
um aliado preferencial, acatando influências dos Estados Uni- Capítulo 17 – A produção agropecuária no mundo
dos, da França e até da Alemanha. Após a Segunda Guerra o
país alinhou-se temporariamente aos EUA. Durante o governo 1. b 2. b 3. a 4. a 5. e
JK e nos governos seguintes houve uma preocupação em trilhar 6. Soma = 06 (02 + 04)
caminhos de autonomia diplomática. Um dos exemplos foi a po- 7. c 8. V, F, V, V
sição brasileira contrária ao bloqueio econômico a Cuba em 1960. 9. a
3. O presidente Fidel Castro refere-se ao poder de veto concedi- 10. a) Agricultura tradicional à esquerda e agricultura auto-sus-
do aos membros permanentes do Conselho de Segurança da tentada à direita do gráfico.
ONU. A eles é dado o direito de vetar uma proposta e mesmo b) À direita o processo utiliza controle biológico de pragas, acar-
com apenas um veto a resolução não é encaminhada. Outra crí- retando gradativo aumento da produção; à esquerda são utiliza-
tica do presidente cubano diz respeito à continuidade do blo- dos defensivos químicos que provocam esgotamento do solo,
queio comercial a Cuba, desencadeado em 1960 pelo governo ocorrendo ao longo do tempo diminuição da produção e choque
norte-americano. ambiental.

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11. a) Duas dentre as justificativas: preservação dos empre- b) Entre os argumentos de ordem econômica destacam-se: o
gos rurais; política de segurança alimentar, para evitar a total aumento da concorrência por postos de trabalho entre imigran-
dependência da importação de alimentos; força política e ca- tes e nativos; pressão “para baixo” dos níveis salariais em ge-
pacidade de mobilização e pressão por parte dos agricultores ral; atribuição da crise do sistema previdenciário público à
dos países desenvolvidos; interesse em favorecer toda a ca- presença crescente de trabalhadores imigrantes informais e/ou
deia de produção e circulação de produtos associada à agri- ilegais no mercado de trabalho. Entre os argumentos de ordem
cultura (agronegócio); alto custo da produção agropecuária étnico-cultural destacam-se: a visão de que os imigrantes, per-
nos países centrais, especialmente na Europa e no Japão, o manecendo com os valores de seus países de origem, ameaçam
que torna essa atividade pouco competitiva frente aos países os valores culturais nativos; medo de futuro predomínio numé-
periféricos. rico de outras etnias; receio de perda de hegemonia da língua
b) Essa política restringe as possibilidades de venda de produtos nacional; conflitos de natureza religiosa.
da agropecuária brasileira no exterior, tanto em termos de ex- 8. d 9. a
portações para os países desenvolvidos quanto para os países 10. a) Entre 1900 e 1970 pode-se observar na população brasi-
para onde eles exportam seus produtos subsidiados. leira altas taxas de natalidade (população rural) e redução das
12. c taxas de mortalidade (saneamento, vacinação), provocando au-
13. a) A análise do gráfico mostra que, no período considerado, mento nas taxas de crescimento populacional ou crescimento
houve aumento proporcional da área de plantations nos três países. vegetativo.
b) Ainda hoje, as plantations ocupam extensas áreas na Amé- b) A partir da década de 1970 ocorreu um rápido processo de
rica Latina, na África e na Ásia. As variedades cultivadas des- urbanização que afeta, sobremaneira, os indicadores populacio-
tinam-se à geração de produtos destinados à exportação. As nais brasileiros. A urbanização provoca o controle espontâneo
plantations ocupam áreas antes destinadas à agricultura de de natalidade com quedas nas taxas de natalidade e mortalidade,
subsistência, reduzindo a produção de alimentos para as po- com conseqüente declínio das taxas de crescimento populacio-

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pulações locais. nal. Isso se deve, entre outros fatores, aos casamentos tardios,
maior nível de informações, planejamento familiar, acesso a aten-
Capítulo 18 – Circulação e redes de transporte dimento médico e remédios, altos custos na criação dos filhos.
11. a) Guerra Fria (Muro de Berlim); Norte rico, sul pobre, glo-
1. e 2. c 3. V, F, V, F 4. b 5. b 6. b 7. e 8. b
balização (Muro de Tijuana).
9. a) Paisagem muito variada, apresentando grande diversidade
b) Barreira que tenta impedir a entrada indesejada de popula-
em relação às suas funções e serviços oferecidos.
ções pobres e mal qualificadas em países mais ricos dotados
b) Permitem escoamento rápido da produção, facilitando e agi-
de sistemas econômicos mais desenvolvidos e sofisticados (xe-
lizando as atividades econômicas.
nofobia).
10. a) Dois entre os seguintes argumentos: o território relati-
vamente reduzido favorece o transporte rodoviário, mais ba-
Capítulo 20 – O espaço urbano
rato para distâncias não muito grandes (até cerca de 300 ou
400 km); o clima muito rigoroso provoca o congelamento de 1. b 2. e 3. e 4. Soma = 6 (02 + 04)
alguns rios e portos litorâneos, estabelecendo limites para o 5. Soma = 9 (01 + 08)
transporte aquaviário; o alto nível de urbanização do país fa- 6. Soma = 11 (01 + 02 + 08)
vorece o transporte rodoviário em função de sua flexibilida- 7. d 8. b
de, ao contrário do ferroviário, que é pouco flexível e caro 9. As características que conferem a determinadas cidades o
para pequenas distâncias. papel de metrópole mundial são: concentração de grande po-
b) Dois entre os seguintes argumentos: o alto custo de manu- der de decisão econômica, política e cultural; presença das se-
tenção das rodovias, o que é um desperdício em um país sub- des de grupos empresariais com alcance global; funcionamento
desenvolvido; a necessidade de grandes gastos de divisas com de bolsas de valores que operam com empresas nacionais e de
importação de petróleo, resultante da opção rodoviária; o ex- outros países e cujo movimento tem conseqüências sobre o
tenso litoral e a ausência de problemas de ordem climática fa- mercado produtivo e financeiro mundial; recepção de imigran-
vorecem um uso muito maior da navegação de cabotagem do tes de diversas partes do mundo, conferindo-lhe uma face cos-
que o verificado; a concentração da maioria da população e da mopolita; sede de grandes companhias do setor de comunicação
economia do país em uma faixa próxima ao litoral justifica um e agências de notícias. Além disso, as metrópoles mundiais têm
uso maior da navegação de cabotagem do que o verificado; em mais forte conexão entre si do que com os espaços nacionais
decorrência das dimensões do território nacional, dever-se-ia nos quais se situam.
privilegiar os meios de transporte mais baratos para grandes
distâncias, como o ferroviário e o aquaviário; a importância da
produção e exportação de mercadorias de baixo valor por to- Capítulo 21 – Geografia do lazer, do esporte e do
nelada (minérios, produtos agrícolas etc.), deslocadas por gran- turismo
des distâncias até os portos litorâneos, exigiria uma maior
1. O aluno poderá indicar, entre outros fatores: a difusão mundi-
participação da rede ferroviária.
al de um esporte regulamentado a partir de regras de origem
11. c
inglesa; o papel das telecomunicações que, através da transmis-
Capítulo 19 – Geografia da população são simultânea do evento, interligaram os cinco continentes; a
presença de grandes marcas transnacionais como patrocinado-
1. d 2. a 3. c 4. c 5. d 6. c ras das equipes; a organização do evento pela FIFA, um organis-
7. a) No período entre o pós-Segunda Guerra e os anos 1970, os mo internacional; o próprio processo de fragmentação que
imigrantes estrangeiros na Europa Ocidental desempenharam os acompanha a globalização, representado na diversidade cultural
seguintes papéis: mão-de-obra para a reconstrução da Europa; das equipes.
ocupação de postos de trabalho que exigiam pouca ou nenhuma 2. b 3. a
qualificação; desempenho de funções no mercado de trabalho 4. a) Há muitas razões que explicam o crescimento da “indústria”
que não interessavam à população nativa. do turismo. Entre elas, destacam-se as seguintes: transportes cada

42

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vez mais eficientes e relativamente mais baratos, que encurtam Capítulo 22 – Blocos econômicos
distâncias e viabilizam o deslocamento de grandes massas de
1. d 2. V, F, F, V
turistas; maior competitividade entre as empresas do setor (ho-
3. Soma = 25 (01 + 08 + 16) 4. V, F, V, V
téis, agências de viagem etc.), que oferecem “pacotes” vantajo-
5. e 6. e 7. b 8. d 9. c 10. F, F, V, F, V
sos aos consumidores; importância crescente do tempo dedicado
11. a) O Brasil exporta para os Estados Unidos produtos agríco-
ao lazer, sobretudo nos países de renda mais elevada.
las e minerais e importa alta tecnologia. Com vista à moderniza-
b) Entre as conseqüências positivas que o crescimento do turis-
ção do parque industrial brasileiro, a pauta de importações de
mo vem trazendo para os países receptores estão: o aumento do
maquinários tem sido expressiva. Em contrapartida, as exporta-
nível de emprego, sobretudo no setor de comércio e serviços; a ções de bens primários sofrem restrições em razão de tarifas
melhoria na balança de pagamentos, beneficiada pela injeção de protecionistas estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos.
divisas provenientes do exterior; a melhoria da infra-estrutura; o b) Em relação ao Mercosul, a posição brasileira é vantajosa, já
aumento do intercâmbio cultural. Entre as conseqüências nega- que o país é o que abriga o maior parque industrial do bloco. Em
tivas estão a degradação ambiental de lugares sujeitos a intenso relação à Alca e ao comércio de produtos industrializados, o país
consumo turístico; a especulação imobiliária, que encarece ter- sofrerá forte concorrência de produtos canadenses e norte-ame-
renos e prédios nas áreas turísticas; a proliferação de atividades ricanos. Caso não sejam alteradas as legislações protecionistas
ilegais (prostituição, tráfico de drogas); a grande alteração da impostas pelo governo norte-americano, as relações comerciais
vida cotidiana dos moradores, que pode inclusive resultar em desiguais irão se acentuar.
ameaça a culturas locais. 12. e
5. a) Os alunos poderão apresentar, entre outros fatores: popula-
rização dos meios de transportes, cada vez mais eficientes e ba-
ratos. A agilização desse sistema, que encurta distâncias e viabiliza UNIDADE IV — Desafios ambientais
o deslocamento de maior número de turistas; competitividade acir-
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rada entre empresas hoteleiras e agências de viagem, que ofere- Capítulo 23 – Geografia dos recursos naturais
cem “pacotes” vantajosos e variados aos consumidores.
b) A importância econômica, para o país de recepção, do fluxo 1. Soma = 44 (04 + 08 + 32) 2. a 3. c
turístico indicado é: a melhoria da infra-estrutura; a melhoria na 4. Soma = 13 (01 + 04 + 08) 5. c 6. c
balança de pagamentos devido à entrada de divisas no país; e o 7. a) Má distribuição de renda, predomínio de jovens, população
aumento do nível de emprego, destacadamente nos setores de ativa pouco ou mal qualificada.
comércio e serviços. b) Estados Unidos e Oriente Médio, respectivamente.
6. Hoje, no mundo, uma das atividades econômicas mais pro- 8. c 9. b
missoras é a do turismo, responsável pela movimentação de 10. a) Possibilidades de respostas: Resposta 1: O petróleo é de
origem orgânica, encontrado em bacias sedimentares. Sua ori-
bilhões de dólares anualmente. Está dividida em vários ramos,
gem remonta à Era Mesozóica, devido ao acúmulo de microor-
entre os quais dois vêm se destacando: o turismo de negócios e
ganismos animais e vegetais, em ambiente marinho, os quais
o ecoturismo. No Brasil, dadas as suas características econô-
sofreram um rápido soterramento, ficando assim em ambientes
micas e naturais, esses dois ramos têm se desenvolvido muito.
que impossibilitavam a sua decomposição. Resposta 2: Origem:
O turismo de negócios, restrito a determinados pontos do país
O petróleo é de origem orgânica e também marinha, principal-
— como, por exemplo, as regiões metropolitanas de São Paulo
mente planctônica, isto é, resulta da deposição de organismos
e Curitiba —, expandiu-se como conseqüência do desenvolvi- animais e vegetais microscópicos que habitam nas superfícies
mento econômico ocorrido no país principalmente na década dos mares (plâncton), sendo encontrado em bacias sedimenta-
de 1990. As políticas econômicas adotadas pelos últimos go- res. Sua origem remonta à Era Mesozóica. Formação: A deposi-
vernos promoveram a entrada de capitais estrangeiros em lar- ção desses organismos ocorria de acordo com as condições de
ga escala, visando principalmente à instalação de novas fábricas oxigenação na superfície e com a falta de oxigenação no fundo
e do processo de privatização. Essa situação fez o Brasil entrar das bacias, resultando num processo de putrefação incompleta.
na rota dos negócios internacionais, o que aumentou o fluxo O sapropel, uma lama semiputrefata, foi transformando-se em
de “homens de negócios” no país. Já o ecoturismo se desenvol- petróleo durante um processo continuado de deposição de sedi-
veu simultaneamente ao avanço das discussões sobre as questões mentos, não só orgânicos, num ambiente que oferecia condições
ambientais e à ampliação da consciência sobre a importância específicas de pressão e temperatura.
da natureza para o bem-estar social. As características peculia- b) Impactos: poluição das águas marinhas. No transporte do pe-
res do quadro natural brasileiro, como a área da floresta ama- tróleo em grandes navios são comuns os acidentes que provocam
zônica, do pantanal mato-grossense, da Mata Atlântica, entre vazamentos. Esses vazamentos causam danos aos ecossistemas
outros, chamaram a atenção não só dos ecologistas, mas tam- marinhos atingidos. A queima do petróleo libera o gás carbô-
bém dos turistas nacionais e internacionais, interessados em nico, que constitui um dos gases mais poluentes da atmosfera,
conhecer novas áreas. contribuindo, dessa forma, para a ocorrência do efeito estufa
7. e 8. F, F, V, F 9. b artificial.
10. A intensidade dos fluxos dos Estados Unidos para todos os 11. d
continentes reflete sua posição de potência econômica, políti-
ca e cultural em nível mundial. O fluxo relativamente mais in- Capítulo 24 – Impactos ambientais urbanos
tenso para a América do Sul indica sua condição de área de 1. a 2. e 3. b
influência imediata dos Estados Unidos. No caso da França, 4. Geração de calor a partir da queima de combustíveis fósseis.
apesar de a abrangência dos fluxos ser também mundial, há 5. a
maior intensidade daqueles dirigidos para a África, o que se 6. a) Excesso de emissão de gases a partir da queima de com-
explica pelo processo histórico de dominação colonial sobre bustíveis fósseis; expansão de áreas desmatadas; queimadas.
extensas áreas do continente. b) Aquecimento de superfície sob as camadas de nuvem, gera-
11. a ção de CO e CO2‚ que absorvem radiação.

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Capítulo 25 – Meio ambiente e política internacional divisão por forças políticas de ideologias opostas (Guerra Fria).
Originou-se após a Guerra do Vietnã, que foi motivada por uma
1. d 2. Soma 45 (01 + 04 + 08 + 32) questão interna (a luta pela reunificação do país) e, por influência
3. Soma = 12 (04 + 08) 4. c externa, internacionalizou-se, com a entrada maciça do aparato
5. a) Papel/papelão, vidro, plástico — material orgânico. militar norte-americano. No caso da Colômbia, a chance de que se
b) Causam poluição das águas de rios, contaminação dos solos e desencadeie um processo semelhante é cada vez maior. A produ-
mananciais.
ção e o tráfico de drogas, além da expansão de atividades guerri-
6. e 7. b 8. c 9. c
lheiras de cunho socialista, são problemas internos que podem
10. Os padrões de consumo dos países ricos estão baseados no
justificar uma internacionalização do conflito, na medida em que
uso intensivo de fontes não-renováveis de energia, na baixa
os Estados Unidos têm interesse em resolvê-los.
eficiência dos processos de aproveitamento dos recursos natu-
A esses argumentos históricos que justificariam o uso do termo
rais e na redução indiscriminada da diversidade biológica. Tais
“vietnamização” para a situação da Colômbia, somam-se argumen-
padrões, se adotados pela maioria da população do planeta,
tos geográficos: em ambos os países os climas são caracterizados
podem agravar os problemas ambientais devido ao aumento de
por altas temperaturas e pluviosidades; há florestas latifoliadas,
emissões dos gases estufa, e à poluição e contaminação do ar,
hidrografia muito rica, espaços geográficos pouco articulados e
da água e do solo pelos resíduos resultantes do uso ineficaz
integrados, produzindo sub-regiões com dinâmicas próprias – o
dos recursos naturais.
que facilita a ação das guerrilhas e dos narcotraficantes.
Capítulo 26 – A questão ambiental no Brasil b) Para não correr o risco de o conflito colombiano disseminar-
se pelo território do Brasil, o governo brasileiro procurou deslo-
1. c car um maior contigente militar para a fronteira colombiana, a
2. São extensas áreas deprimidas em relação ao relevo em torno, fim de consolidar a ocupação da fronteira noroeste do país; a
excessivamente pavimentadas e com poucos recursos investidos expansão e a consolidação do Projeto Calha Norte, mais recen-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em obras de saneamento. temente, o controle da fronteira setentrional com o Projeto Si-
3. a) Excesso de material gasoso sulfuroso no ar. vam (Sistema de Vigilância da Amazônia, sofisticado sistema
b) Corrosão de metal e concreto, alterações na fauna e flora. de controle, que se utiliza de equipamentos de alta tecnologia) e,
4. e 5. a 6. V, F, V, F 7. d no ano 2000, a criação do Plano Cobra.
8. Soma = 47 (01 + 02 + 04 + 08 + 32) 9. b
Capítulo 31 – Cultura jovem e conflito
UNIDADE V — Geografia e mudança social 1. c 2. V, V, V, F
3. a) Os versos expressam a situação de exclusão social vivencia-
da pela maioria da população das cidades grandes dos países po-
Capítulo 27 – A geografia dos excluídos bres. A sociedade atual sofre a pressão para o consumo em oposição
1. e 2. e 3. Soma = 18 (02 + 16) à concentração de renda propalada pelo sistema capitalista.
4. d 5. b 6. d 7. c b) A falta de perspectiva resultante de uma situação geral de
exclusão; a dificuldade de acesso a melhores condições por meio
Capítulo 28 – Saúde e políticas públicas do trabalho e da educação; a violência que assola grande parte
da população jovem excluída do mercado consumidor etc. Para
1. c 2. c 3. c os professores: Este capítulo trata de uma temática nova, por
4. a) Predomínio de jovens, altas taxas de natalidade e mortalidade. isso não se encontram questões de vestibular disponíveis. É im-
b) Diminuição nos efetivos populacionais. portante que o aluno compreenda que a música expressa as in-
5. a) Maior: Sudeste; menor: Norte. quietudes de seu tempo.
b) Maior concentração populacional.
6. a Capítulo 32 – O Brasil e os desafios do século XXI
7. Doenças disseminadas por mosquitos, típicas de regiões in-
tertropicais e associadas às más condições sanitárias. 1. a 2. I e III 3. c 4. b 5. e 6. c 7. e
8. e 9. d 10. c
Capítulo 29 – Movimentos sociais e cidadania 11. a) Grande concentração de renda, com baixo poder de con-
sumo da maioria da população; falta de empregos; baixa qualifi-
1. e 2. b 3. b 4. e 5. V, F, F 6. a cação, gerando salários baixos e pequena capacidade de consumo.
b) Políticas públicas e privadas de investimentos na qualificação
Capítulo 30 – Geografia do crime
da mão-de-obra e na produção agrícola destinada ao consumo
1. e 2. c 3. b 4. e interno, melhoria das condições de vida, geração de empregos,
5. a) O termo “vietnamização” é utilizado, em Geopolítica, para distribuição de renda.
designar um processo de perda de controle sobre um país e sua 12. c 13. b

7. Atividades complementares
Atividade de avaliação diagnóstica alunos, que, organizados em grupo, procurarão interpre-
tar as imagens tendo em vista os conceitos e temas estu-
Para contribuir com a avaliação do que foi estudado, su- dados. A partir da apresentação dos resultados dos grupos,
gerimos a utilização das ilustrações a seguir como um fo- o professor poderá sistematizar no quadro as principais
mentador de debates em sala de aula. Para isto, será preciso conclusões da turma, identificando possíveis lacunas e
providenciar cópias das figuras para facilitar o trabalho dos dúvidas que ainda existirem.
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8. Textos complementares

Os textos dessa seção ampliam e aprofundam alguns Azerbaijão e passam pela Tchetchênia. Em março de 2003
temas abordados no livro. Eles podem ser utilizados ocorreu um plebiscito realizado pelo governo russo em
para sua própria reflexão, como referência na prepara- que a opção pela manutenção da Tchetchênia na federa-
ção de aulas ou como subsídio para os alunos na prepa- ção foi vitoriosa.
ração de seminários e outras atividades. Recomendamos No Cáucaso não russo existem movimentos guerrilhei-
que sejam utilizados complementarmente aos textos ros na Geórgia, onde o povo ossétio e os abkhazios dese-
apresentados no livro. jam independência entre a Armênia e o Azerbaijão, devido
ao enclave de Nagorno-Karabbakh, área pertencente ao
Azerbaijão, porém com maioria de população armênia.
1. Problemas étnicos na Europa
A Europa possui mais de 140 etnias, sendo que o nú-
2. Israel e o Estado palestino
mero de Estados nacionais corresponde a cerca de 44.
Sendo assim existem povos espalhados em diversos paí- Em 2003, o Likud, partido ultra-radical israelense,
ses, o que eventualmente determina conflitos armados ou aprovou a construção de um muro cercando os territórios
políticos. palestinos. A construção do muro ressuscita a idéia dos
Na Espanha, além da questão basca, estudada separa- bantustões criados pelo regime do apartheid na África do
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damente, as regiões da Catalunha e Andaluzia represen- Sul. A intenção é clara: isolar as regiões palestinas, acen-
tam outros grupos étnico-nacionais de forte identidade e tuando a segregação espacial, além de principalmente dei-
coesão. Considere-se ainda que o Tratado de Moncloa con- xar preparado o projeto de controle militar israelense nas
cedeu maior autonomia para essas regiões. áreas que formarão o possível e desejado Estado indepen-
A Ilha da Córsega, situada no Mar Mediterrâneo e dente da Palestina.
pertencente à França, também apresenta movimento se-
paratista bastante atuante, apesar de pouco divulgado.
3. Colonização e racismo
Na Bélgica, a região da Valônia — localizada no sul
da Bélgica — é disputada pelos belgo-valões de fala fran- O estereótipo do escravo negro e inferior é fruto do
cesa e pelos belgo-flamencos de fala holandesa. A consti- processo colonial e do expansionismo capitalista a partir
tuição de 1971 estabeleceu três línguas oficiais na Bélgica: do século XVI. O sistema colonial imposto no século XIX
o flamenco, o francês e o alemão. Os diferentes grupos estabeleceu fortes ideais de supremacia tanto econômica
étnicos gozam de plena autonomia cultural. quanto cultural. Se a conquista da América, a partir do
A porção oriental da Europa, o antigo bloco socialista, século XVI, tinha como pressuposto levar a fé cristã para
é a que apresenta maiores conflitos étnicos recentes. Em os povos infiéis do Novo Mundo, a colonização na África
1994, com o fim da ingerência soviética na região, a anti- e na Ásia não foi diferente. O europeu viu-se incumbido
ga Tchecoslováquia dividiu-se em dois países: a Repúbli- de levar a “civilização” às novas terras
ca Tcheca e a Eslováquia. A separação ficou conhecida Muitas teorias pseudocientíficas foram criadas para
como Revolução de Veludo, pois processou-se pacifica- legitimar a expansão colonialista. Uma das mais conheci-
mente por meio de um plebiscito, que determinou o fim das foi o darwinismo social de H. Spencer, sociólogo in-
da Federação. glês que aplicou a teoria evolucionista de Darwin para
Um grande caldeirão étnico localiza-se na região do explicar a diferença entre as sociedades. Segundo Spen-
Cáucaso, reconhecida como a mais explosiva da atualida- cer, assim como na natureza, há um processo de seleção
de na Europa. O Cáucaso é um conjunto montanhoso de natural na sociedade que permite a sobrevivência dos mais
formação terciária, localizado ao sul da Rússia, entre os capazes. Essa e outras teorias alimentaram a expansão
mares Cáspio e Negro. Nas áreas mais elevadas e em sua colonial, dando-lhe não apenas um caráter determinista,
porção norte estão incrustadas partes do território da Rús- mas também altruísta. A esse respeito, leia o que afirma
sia, além das antigas repúblicas soviéticas da Armênia, Marc Ferro:
Geórgia e Azerbaijão. O Cáucaso abriga uma grande con-
jugação de etnias, culturas e religiões responsáveis por Civilização e racismo
fortes movimentos separatistas após a dissolução do Esta- “‘Acredito nesta raça’, dizia Joseph Chamberlain em
do soviético. O caso mais violento ocorre na república 1895. Ele entoava um hino imperialista à glória dos ingle-
autônoma da Tchetchênia, onde rebeldes islâmicos lutam ses e celebrava um povo cujos esforços superavam os de
historicamente por sua independência. No final de 2000 rivais franceses, espanhóis e outros. Aos outros povos, ‘su-
combates entre rebeldes e forças militares russas dilace- balternos’, o inglês levava a superioridade de seu savoir-
raram a capital Grosny. Foram lançadas cerca de 460 to- faire, de sua ciência também: o ‘fardo do homem branco’
neladas de bombas num único final de semana em Grosny. era civilizar o mundo e os ingleses mostravam o caminho.
O interesse russo pela região está vinculado à grande quan- Essa convicção e essa missão significavam que, no
tidade de petróleo e à presença de oleodutos que vêm do fundo, os outros eram julgados como representantes de

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uma cultura inferior, e cabia aos ingleses, ‘vanguarda’ da segundo, como ocorre em diversos casos, grupos rivais
raça branca, educá-los, formá-los — embora sempre se lutam pelo poder num mesmo país, dificultando o estabe-
mantendo à distância. Se os franceses também achavam lecimento de Estados nacionais coesos.
que os nativos eram umas crianças, e sem dúvida os con-
sideravam inferiores, suas convicções republicanas leva-
4. A África islâmica
vam-nos, porém, a fazer afirmações de outro teor, pelo
menos em público, ainda que estas não estivessem neces- A África do Norte — a extensa faixa de terras do conti-
sariamente em consonância com seus atos. nente africano voltada para o Mar Mediterrâneo — sofreu
Todavia, o que aproximava franceses, ingleses e ou- forte influência dos povos árabes. Primeiramente, parte das
tros colonizadores, e dava-lhes consciência de pertence- tribos nômades naturais dessa região é etnicamente de ori-
rem à Europa, era aquela convicção de que encarnavam a gem semita e camito-semita. Depois, porque entre os sécu-
ciência e a técnica, e de que este saber permitia às socie- los VII e VIII toda a porção norte foi invadida e anexada ao
dades por elas subjugadas progredir. Civilizar-se. (...) As- Império Turco-Otomano, resultando na expansão da reli-
sim, um conceito cultural, a civilização, e um sistema de gião islâmica e na difusão da língua árabe.
valores tinham função econômica e política precisa. Não No século XIX, a expansão neocolonial também pôs
só aqueles países deviam assegurar aos europeus os direi- fim a diversos Estados islâmicos na África. Um exemplo
tos que definem a civilização — e que, na verdade, garan- é a região do Magreb, expressão árabe para designar “a
tiam-lhes a preeminência —, mas a proteção desses direitos terra do sol poente”. Localizada a noroeste da África, o
tornava-se a razão de ser, moral, entenda-se, dos conquis- Magreb abriga três países: Argélia, Tunísia e Marrocos,
tadores.” (Marc Ferro, História das colonizações; Das anteriormente parte do Império Turco-Otomano e que ao

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final do século XIX passaram a fazer parte do império
conquistas às independências. São Paulo: Companhia das
colonial francês.
Letras, 1996. p. 39-40).
Em muitas regiões da África, ocorreu um grande para-
doxo: enquanto os muçulmanos haviam perdido o poder
Em 1884, 15 nações européias, além dos Estados Uni-
em detrimento do avanço colonial europeu, o islamismo
dados, promoveram a Conferência de Berlim, convocada
conquistava cada vez mais adeptos. Tribos inteiras se con-
pelo Primeiro-ministro da Alemanha Bismarck. Nesta con-
verteram. A expansão da religião muçulmana pode ser com-
ferência discutiram-se fundamentalmente formas de utili- preendida como uma reação das comunidades africanas à
zação dos rios Níger e Congo e a apropriação do continente imposição religiosa do colonizador, associada ao caráter
africano. Estabeleceu-se posteriormente a utilização dos universalista e altamente contestador do islamismo, espe-
paralelos e meridianos e do traçado dos rios como diviso- cialmente em relação ao Ocidente imperialista.
res artificiais da partilha colonial. Com isso os europeus Como resultado da descolonização, parte das nações
estabeleceram divisões internas em suas colônias, tanto africanas foi dominada por elites locais que desencadea-
para garantir controle militar quanto para estabelecer do- ram regimes autoritários e corruptos, agravando as condi-
mínio em áreas de mineração do território conquistado. ções subumanas a que foram submetidas essas populações
Com isso muitos grupos étnicos foram separados, en- ao longo de sua história. Este contexto de crise política, na
quanto outros sofreram com o processo de artificializa- qual o Ocidente demonstrou cada vez maior interesse em
ção de fronteiras, pois as nações européias colonialistas, integrar o continente como área de investimento do capita-
ao definir as divisas desses territórios, também separaram lismo internacional, associada à fome, às secas prolonga-
povos amigos e deixaram num mesmo território povos das e ao uso inadequado do solo, fez crescer a ampliação
inimigos, com o claro objetivo de dificultar alianças que do regime islâmico em muitos destes países. Em alguns
pudessem colocar em risco o processo neocolonial no con- deles ocorreu o pleno domínio das comunidades muçulma-
tinente. Além disso, os países europeus impuseram na nas, como é o caso do Marrocos, Mauritânia, Senegal, So-
África sua língua e sua história. Negligenciaram a tradi- mália etc., configurando uma integração religiosa bastante
ção da história oral africana e impuseram uma educação poderosa. Porém há outros países em que os muçulmanos
ocidentalizada, além de práticas religiosas e administrati- são minoria, não conseguindo influir politicamente. As regi-
vas. O malês Amadou Hampâté Bâ, em seu precioso livro ões em que os conflitos religiosos se instalaram são aquelas
Amkoulell, o menino fula, relata: “O fato de nunca ter tido em que a sociedade se encontra dividida entre muçulmanos
uma escrita jamais privou a África de ter um passado, uma e outras lideranças políticas locais. Nestes casos os conflitos
história e uma cultura. Como diria muito mais tarde meu têm sido intensos, como os que ocorreram recentemente na
mestre Tierno Bokar: ‘A escrita é uma coisa, e o saber é Nigéria, Sudão e Argélia.
outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em
si. O saber é uma luz que existe no homem. É a herança de 5. União Africana: um sonho possível?
tudo aquilo que nossos ancestrais puderam conhecer e que
se encontra latente em tudo o que nos transmitiram, assim O continente africano sofre, ainda hoje, conseqüên-
como o baobá já existe em potencial em sua semente’”. cias manifestas do processo colonial.
A forma como foi executada a partilha da África ex- No início do século XX formavam-se as bases de um
plica bem a realidade africana do final do século XX. Pri- movimento pan-africano que tomou força a partir das lu-
meiro, como continente espoliado em suas riquezas, e tas nacionalistas e de independência.

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Um dos líderes do pan-africanismo foi Kwame Quais motivos nos alçam a um pódio tão indesejado?
N’Krumah, líder da independência e presidente de Gana Sem dúvida, questões como a desigualdade social, a pés-
(colônia inglesa, antiga Costa do Ouro) entre 1957 e sima distribuição de renda e os baixos investimentos em
1966. N´Krumah defendia a idéia de que o fortalecimento educação e saúde devem ser apontados. Além disso, é ne-
econômico das nações africanas seria o único caminho cessário rever a política de segurança pública do país, cu-
para sua plena independência. Em um de seus discursos jas dificuldades estruturais para controlar a ação do crime
em 1965 N´Krumah soube perceber que as nações euro- organizado tem sido responsável pelo aumento dos índi-
péias, mesmo concedendo a independência, não abriri- ces de violência no país. Vejamos por quê.
am mão de indiretamente manter sua influência Desde o regime militar — de 1964 a 1984 — a polícia
econômica, dilapidando as riquezas do continente ao di- foi dividida em duas organizações. De um lado, a polícia
zer: “a essência do neocolonialismo é que um Estado civil, responsável pelo acompanhamento dos atos de vio-
que é teoricamente independente e dotado de todos os lência contra os cidadãos e os patrimônios público e pri-
atributos da soberania tem, na realidade, sua política di- vado (homicídios, suicídios, roubos e furtos, por exemplo),
rigida do exterior”. tomando as providências para o encaminhamento dos pro-
Em 1964, foi criada no Cairo a Organização da Uni- cessos criminais pela justiça. A polícia militar, por sua
dade Africana (OUA), com o objetivo de desenvolver a vez, é a responsável pela repressão ao crime e atos de vi-
cooperação mútua e garantir a segurança entre seus paí- olência, agindo quando o poder público julgue ser neces-
ses-membros. Apesar de tais objetivos, a OUA reforçou a sário preservar a segurança. Tanto a polícia civil quanto a
fragmentação continental ao estabelecer a continuidade polícia militar têm como comando a Secretaria de Segu-
das fronteiras impostas pela colonização. Ou seja, a Áfri- rança Pública de cada unidade da federação. Cabe ao go-
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ca descolonizada manteve as mesmas fronteiras artifici- verno federal a segurança das fronteiras internacionais e a
ais impostas pelos colonizadores. Além disso, grande parte presença das forças armadas em situações que os gover-
das elites locais que se assegurara no poder após a inde- nantes avaliem como de risco à segurança nacional.
pendência representava maiorias étnicas referentes à anti- Esta organização da segurança pública do país, heran-
ga configuração territorial. Esta resolução pode ser ça do regime militar, tem sido amplamente debatida e ques-
considerada a responsável pela instabilidade das frontei- tionada, à medida que a democracia brasileira vem se
ras e pelas sucessivas guerras étnicas que caracterizam as fortalecendo. Várias iniciativas estão sendo tomadas para
nações africanas, principalmente na região subsaariana. aproximar mais a polícia da comunidade e criar novos la-
Em setembro de 2002, os líderes africanos reuniram- ços com a sociedade civil. Há também iniciativas para in-
se em Durban, África do Sul, e colocaram fim à OUA, tegrar e até mesmo unificar as duas organizações policiais,
criando a União Africana (UA). Esta nova organização para que a segurança pública tenha uma ação mais efeti-
amplia o leque de objetivos para a integração do conti- va. Para isto, estão sendo realizados treinamentos conjun-
nente. A carta de abertura da UA propõe a criação de um tos entre policiais civis e militares, e sendo aumentados
Conselho de paz e segurança, com o objetivo de garantir a os investimentos em equipamentos mais adequados e em
paz no continente. Este conselho, representado por cinco salários dignos para os policiais. Além disto, há esforços
Estados africanos, terá poderes para intervir em guerras para a modernização do nosso Código Penal e para a revi-
locais evitando atos de extermínio em massa, como tem são do sistema prisional, que, em vez de integrar e possi-
ocorrido em diversos conflitos locais. Além disso, a UA bilitar chances de recuperação, transforma-se numa
terá como objetivo promover o desenvolvimento econô- verdadeira escola do crime.
mico e social, combatendo a fome e erradicando a pobre- Contudo, todas estas ações não têm sido suficientes
za em todo o continente africano. Vale saber se as medidas para a diminuição da ação do crime organizado. Pelo con-
propostas serão colocadas realmente em prática e de que trário, tem ocorrido uma escalada no consumo de drogas
forma os países colonizadores contribuirão para inserir a entre os jovens, tornando-os presas fáceis para as organi-
África no contexto internacional, não como o continente zações criminosas.
dos excluídos, mas como participante de decisões multi- Por causa desta situação, a segurança pública brasilei-
laterais geopolíticas e econômicas. ra está se transformando numa questão de Estado. Não é
por acaso que o tema tem sido amplamente debatido na
disputa eleitoral para a Presidência da República, por
6. As ramificações do crime organizado
exemplo. Como o crime organizado encontra-se articula-
no Brasil do numa rede mundial, o governo federal terá que se or-
De acordo com pesquisas divulgadas pela Organiza- ganizar para o planejamento e a integração das ações em
ção Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o triste pos- todo o território nacional.
to de segundo país do mundo em número de homicídios, Segundo o jornalista Carlos Amorim, autor do livro CV-
ficando atrás apenas da Colômbia, país que se encontra PCC — A irmandade do crime, não há na atualidade uma
em estado de guerra desde os anos 1970. Os dados são relação entre a população carente das favelas e o crime or-
assustadores: são assassinadas 27 pessoas em cada grupo ganizado: “As lideranças do crime organizado, intimamen-
de 100 mil por ano no Brasil. O mais preocupante é que as te relacionadas com populações carentes, foram
maiores vítimas são homens com idade entre 15 e 24 anos, encarceradas, mortas ou substituídas por uma nova geração
em pleno vigor e possibilidades de futuro! de traficantes. (...) Depois de mais de 20 anos de tráfico

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organizado, está no poder uma gente cuja média de idade é rou a partir do Presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro.
inferior a 30 anos. Além do mais, o negócio da droga no Nesse presídio, detentos comuns aprenderam táticas de
Brasil ultrapassou fronteiras do crime comum e chegou ao guerrilha e de organização com os presos políticos da
sistema financeiro e aos figurões da política”. Segundo da- chamada Falange Vermelha, grupo de esquerda atuante
dos da ONU, estima-se que em 2002 o tráfico internacional durante o regime militar. Os procedimentos de guerrilha e
de drogas gerou uma renda de aproximadamente 800 bi- organização levaram o Comando Vermelho a estabelecer
lhões de dólares. Este dado preocupa não apenas pelo volu- um código próprio de honra e ética dentro dos presídios,
me, mas porque tal soma só poderia ser movimentada com orquestrando a partir desses espaços a ação criminosa fora
amplo apoio do sistema financeiro internacional. dele. Nos anos 1980, o CV passou a organizar a distribui-
O narcotráfico tem sido considerado a maior fonte ção de cocaína nos morros cariocas. A partir de então pas-
de renda do crime organizado no Brasil. Os dados da sou a organizar-se de forma hierárquica, buscando com
Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Fede- isso o controle dos principais postos de vendas e distri-
ral dão conta da apreensão de 146 toneladas de maco- buição de armas e drogas no Estado do Rio de Janeiro.
nha e 8,4 toneladas de cocaína em 2002. Esses números Seguindo os passos da organização carioca, em meados
assustadores explicam de alguma forma a presença do dos anos 1990, surgiu em São Paulo o Primeiro Comando
Brasil no esquema internacional da droga. Além de cor- da Capital (PCC), também intitulado “o partido do crime”.
redor de exportação e consumo, é do Brasil que partem O PCC tem fortes envolvimentos com o CV no Rio de Ja-
os insumos básicos para a produção de cocaína, como neiro, e, segundo dados da Polícia Federal, controla cerca
o éter e a acetona. de 30 mil presos no estado de São Paulo.
De centro distribuidor de droga para a Europa, o Bra- Nos anos de 2002 e 2003, estas organizações crimi-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sil passou a ser também consumidor expressivo, pois se- nosas conseguiram estabelecer uma conexão perfeita, de-
gundo dados da Polícia Federal, o pagamento pelos sencadeando uma rebelião coletiva em inúmeros
serviços de transporte e envio da droga para o exterior a presídios de São Paulo e do Rio de Janeiro. É um cená-
partir do Brasil passou a ser pago em espécie. Assim os rio de uma guerra declarada. Somente com investimen-
traficantes, que anteriormente serviam de trampolim para tos sociais e melhorias das condições gerais de vida
a distribuição da droga principalmente para a Europa, ini- poderíamos frear o crescimento da atividade criminosa
ciaram um ciclo crescente de distribuição interna. no país. De acordo com o Projeto Segurança Pública para
Além disso, o Brasil tem sido utilizado como a princi- o Brasil, do Instituto Cidadania do Governo Federal, “no
pal área de lavagem de dinheiro do narcotráfico no Cone caso brasileiro, uma vaga no sistema penitenciário cus-
Sul. De acordo com os dados obtidos pelo jornalista Car- ta, em média, R$ 800 por mês (alguns exemplos regio-
los Amorim em seu livro, “o Banco Central recebeu 451 nais: R$ 1,2 mil em Brasília; R$ 550 no Rio de Janeiro).
comunicações dos bancos a respeito de indícios de lava- Construir o espaço prisional necessário para abrigar um
gem de dinheiro. Ainda segundo o BC, 200 remessas diá- preso custa, em média, R$ 12 mil, em se tratando de
rias de dinheiro para o exterior são monitoradas. Ou seja: uma unidade de segurança média, e R$ 19 mil para uma
a bagatela de 63.400 transferências por ano, aproximada- unidade de segurança máxima. Esses valores tornam-
mente, descontando sábados e domingos”. se chocantes quando comparados com o custo de um alu-
As facções brasileiras que lideram as atividades ilíci- no, por mês, em uma escola pública estadual da região
tas nasceram em tempos diferentes, porém apresentam as Sudeste: R$ 75,00; e de uma casa popular construída em
mesmas características. Primeiramente surgiu o Coman- regime de mutirão em algumas regiões do país: entre
do Vermelho, que no final da década de 1970 se estrutu- R$ 4 mil e R$ 7 mil”.

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Endereços na internet
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Banco Mundial. www.worldbank.org
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Cetesb. www.cetesb.sp.gov.br
Folha de S.Paulo. www.uol.com.br/folha
IBGE. www.ibge.gov.br
Instituto Socioambiental. www.socioambiental.org
Jornal El Pais. www.elpais.es
Le Monde Diplomatique. www.diplo.com
Ministério da Saúde. www.saude.gov.br
Ministério de Minas e Energia. www.mme.gov.br
Ministério do Meio Ambiente. www.mma.gov.br
O Estado de S. Paulo. www.estadao.com.br
United Nations Development Programme. www.pnud.org.br
Veja. www.veja.com.br

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