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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Manual
do Professor
25.06.05, 17:05
Sumário
1. Introdução .................................................................................................................................... 4
A renovação da Geografia, 4 Sala de aula para adolescentes: a aventura do conhecimento, 4
Proposta geral da obra, 4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Unidade I Bases da Geografia: sociedade, natureza e território
Capítulo 1 A Geografia e a linguagem cartográfica ................................................................ 17
Capítulo 2 O sistema terrestre ................................................................................................ 17
Capítulo 3 Climas e hidrologia terrestres ................................................................................ 18
Capítulo 4 Os principais biomas da Terra ............................................................................... 18
Capítulo 5 As bases físicas do Brasil ..................................................................................... 19
Capítulo 6 Sociedade industrial e meio ambiente .................................................................. 19
Capítulo 7 Fronteiras e mapas políticos ................................................................................. 20
Capítulo 8 Caminhos da economia mundial ........................................................................... 21
9. Bibliografia ................................................................................................................................... 53
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e procurando encontrar um novo equilíbrio entre o po-
meira reunião nacional específica para debater temas re-
der explicativo de suas ferramentas da razão e as possi-
ferentes ao ensino da Geografia. Desde então, inúmeros
bilidades de participação na vida social e afetiva.
têm sido os fóruns de discussão de propostas alternati-
vas às estruturas curriculares tradicionais de Geografia,
centradas na reprodução do saber puramente disciplinar Proposta geral da obra
e conteudista, na memorização e no trabalho competiti- Essa obra é um convite para que os alunos assumam
vo e individual. uma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade, com
Podemos situar tais transformações da prática dos o objetivo de encontrar respostas para questões nucleado-
geógrafos no âmbito do movimento político mais am- ras que envolvem a vida social. Trata-se de uma proposta
plo de redemocratização do país, encontrando resso- que busca atender a três necessidades dos jovens:
nância nas tendências pedagógicas compromissadas
• do ponto de vista do conhecimento, permitindo que
com um ensino problematizador, crítico e voltado para
eles demonstrem o domínio de compreensão da realida-
a formação do cidadão. Ao colocar a atitude científica
de que dá consistência ao seu posicionamento crítico;
e a criatividade como eixo central do Ensino Médio,
essas novas perspectivas pedagógicas identificam no • do ponto de vista da habilidade do pensamento,
estudo da Geografia um campo fértil para a formula- permitindo que se exercitem na auto-avaliação da con-
ção e a resolução de problemas, o que pressupõe uma sistência lógica de seu posicionamento, ou seja, que tes-
permanente busca de respostas, ainda que provisórias, tem, a partir da complexidade das relações sociais
para as questões nucleadoras da disciplina. presentes no mundo, a logicidade de suas idéias; e
• do ponto de vista afetivo e social, instrumentali-
zando-os conceitualmente para que possam identificar
Sala de aula para adolescentes: a aventura em sua problemática pessoal e existencial — ou seja, em
do conhecimento sua singularidade — algumas idéias e dificuldades co-
A sala de aula é um espaço privilegiado para o exercí- muns entre seus colegas de turma assim como entre jo-
cio da problematização. Acreditamos que o trabalho de- vens de outras partes do mundo.
senvolvido ali pode resgatar a capacidade dos jovens de Tendo em vista essas necessidades dos jovens, esse
inquietar-se, primeira condição para o movimento no sen- livro apresenta-se como um material de apoio didático
tido da aprendizagem. Somam-se a isto as oportunidades interativo e participativo. A proposta do livro identifica,
que podem ser oferecidas na sala de aula para que os alu- no âmbito da cultura geral e do conteúdo específico da
nos possam compreender questões e adequar-se e fazer Geografia, as grandes questões sobre as quais essa dis-
uso das condições oferecidas para a busca de respostas. ciplina se propõe a refletir, em busca de esclarecimentos
Esses são os sustentáculos que conduzem os estudantes a e respostas. O aluno é convidado a exercitar sua capaci-
vivenciar, de forma cada vez mais plena, a aventura do dade de questionamento e argumentação sobre esses co-
conhecimento, permitindo-lhes não apenas estar no mun- nhecimentos, identificando neles o entrelaçamento do
do, mas participar de sua construção e transformação. saber científico com as relações de poder e da informa-
Mas a sala de aula de jovens adolescentes apresen- ção, conforme a divisão em unidades temáticas descri-
ta suas peculiaridades. Os adolescentes apresentam-se tas nos quadros a seguir.
Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais** Conteúdos atitudinais***
estruturador*
1. A Geografia e a linguagem Espaço • Nação • Disposição para manusear,
cartográfica geográfico • Estação-nação interpretar e produzir
2. O sistema terrestre • Ciclo da reprodução informações
3. Climas e hidrologia terrestres ampliada do capital • Interesse pela questão
4. Os principais biomas da Terra • Globalização da produção ambiental
5. As bases físicas do Brasil • Sistema financeiro • Valorização do diálogo e da
internacional reflexão em sala de aula
6. Sociedade industrial e meio
ambiente • Keynesianismo
7. Fronteiras e mapas políticos • Neoliberalismo
8. Caminhos da economia • Tempo geológico
mundial • Tempo histórico
• Ciclos naturais
• Sistema terrestre
• Bioma
• Escala geográfica
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Conceito
Capítulos Conteúdos conceituais Conteúdos atitudinais
estruturador
16. A indústria e a produção do Rede • Cadeias produtivas • Postura crítica diante da
espaço geográfico • Modelo de organização industrial sociedade de consumo
17. A produção agropecuária no • Estratégias de controle geográfico • Valorização do diálogo e da
mundo • Bloco econômico reflexão em sala de aula
18. Circulação e redes de • Dinâmica demográfica • Apreciação de manifestações
transporte artísticas
• Fluxos migratórios
19. Geografia da população • Disposição para manusear,
• Rede urbana
20. O espaço urbano interpretar e produzir
• Agentes da produção do espaço
21. Geografia do lazer, do esporte informações
urbano
e do turismo • Tempo livre e lazer
22. Blocos econômicos
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28. Saúde e políticas públicas • Exclusão social • Respeito às diferenças e
29. Movimentos sociais e • Políticas públicas opiniões alheias
cidadania • Desenvolvimento humano • Apreciação de manifestações
30. Geografia do crime • Saúde pública artísticas
31. Cultura jovem e conflito • Política urbana • Disposição para manusear,
32. O Brasil e os desafios do interpretar e produzir
• Movimento social
século XXI informações
• Reforma agrária
• Tribos urbanas
2. Estrutura da obra
Atitudes
e informações geográficas diagramas, gráficos e representações esquemáticas.
com consistência lógica, B. Estabelecer relações de ordem, de contradição e de
1 aplicando conceitos e complementaridade dos processos ambientais, econômicos,
utilizando diferentes sociais, políticos e culturais das mais diversas realidades
linguagens, em especial a histórico-geográficas.
cartográfica. C. Explicar as transformações provocadas pela revolução técnico-
científica e pelo desenvolvimento da sociedade urbano-
industrial, relacionando-as com os impactos ambientais, com
COMPETÊNCIAS
Procedimentos
Problematizar o mundo financeiro e das grandes corporações internacionais.
contemporâneo, D. Analisar o arranjo geopolítico mundial em diferentes contextos
2 considerando a históricos, associando e diferenciando sistemas político-
complexidade das econômicos e o papel dos Estados nacionais e dos
relações sociais. organismos internacionais.
E. Reconhecer e contextualizar grupos étnicos, culturais e sociais,
respeitando as diferenças e destacando o Brasil, os países
Tomar decisões diante de africanos e europeus, os Estados Unidos, a Rússia, a China,
situações concretas, o Japão e os países do Sudeste Asiático.
recorrendo aos F. Inferir e julgar opiniões/pontos de vista de interesse geográfico
conhecimentos geográficos expressos em diferentes tipos de linguagem, identificando e
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Conceitos
A estrutura do livro foi planejada com o objetivo de outros campos do conhecimento. O aluno pode, ainda,
preparar o aluno para a autonomia diante das inúmeras aprimorar-se nas linguagens que representam as temáti-
situações impostas pela vida social. Esse preparo envolve cas geográficas, ampliando sua capacidade de percep-
a problematização e o aprofundamento dos conteúdos fun- ção e relacionando-as com a vida cotidiana.
damentais de Geografia, assim como a criação de oportu-
nidades para que o jovem desenvolva sua capacidade de 4. Agora é com você!
avaliar questões a partir de seus próprios valores, manipu- Estimula-se, sempre que possível, a tomada de deci-
lando dados e informações de forma metódica, dinâmica são e a aplicação do conhecimento em situações da vida
e numa visão prospectiva. Para tal, a obra apresenta um real. Para possibilitar tal encaminhamento, Agora é com
conjunto de atividades diversificadas, que estão caracte- você! contém orientações para levantar hipóteses e testá-
rizadas a seguir. las, realizar levantamento de dados em órgãos públicos e
arquivos de jornais, elaborar e aplicar entrevistas, regis-
trar imagens (desenhar, fotografar, filmar), observar e des-
As atividades
crever paisagens, entre outras atividades.
1. Leitura cartográfica 5. Ponto de vista
Nas aberturas de unidade, o aluno deverá se posicio- Ao final de cada capítulo, são apresentados textos com
nar diante dos conteúdos que serão trabalhados. Para isto, diferentes posicionamentos a respeito do assunto estuda-
ele será convidado a realizar uma leitura cartográfica, que do. O aluno é solicitado a confrontar os conteúdos apren-
explora as habilidades de extrair, analisar e interpretar in- didos com as idéias dos diversos autores.
formações a partir de diferentes figuras cartográficas.
6. Questões dos vestibulares e do Enem
2. Lição de cartografia Ao final de cada capítulo, uma bateria de exercícios
Ao longo dos capítulos, o desenvolvimento da lingua- foi selecionada para testar os conhecimentos dos alunos.
gem cartográfica tem prosseguimento com a Lição de A maioria das questões foi retirada dos principais vesti-
cartografia, que propõe a interpretação ou a construção bulares do país, sendo dada atenção especial às provas do
de figuras que estimulam a imaginação do aluno e com- Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
plementam os sentidos do texto escrito.
7. De olho na mídia
3. Conexões Para o fechamento de cada unidade, o aluno poderá
Em Conexões, os conteúdos estudados nos capítulos aplicar os conhecimentos adquiridos para inferir e julgar
são analisados de forma integrada e interdisciplinar, pro- opiniões e pontos de vista de interesse geográfico expres-
curando-se respostas às indagações tanto no campo da sos em artigos de jornal, identificando e caracterizando
reflexão do saber geográfico quanto na sua fronteira com diferentes interlocutores.
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A linguagem cartográfica e o ensino da gráficas que visualizam a topografia terrestre por meio
Geografia deste sistema de representação cromática são denomina-
dos de mapas hipsométricos, amplamente utilizados no
O uso da linguagem cartográfica é uma poderosa fer- Ensino Fundamental.
ramenta da Geografia e um objetivo permanente desta A Cartografia Temática tem um outro tipo de preocu-
obra. No início de cada capítulo o aluno é desafiado a pação. Especializada na representação de um único fenô-
refletir a respeito de diferentes aspectos que envolvem a meno (formações vegetais, rodovias, localização industrial,
representação de dados espaciais pela Cartografia, relaci- por exemplo) ou de relações e dados geográficos não vi-
onando-os com os temas que estão sendo estudados. As- síveis e de localização apenas qualitativa, a Cartografia
sim, esperamos que o jovem desenvolva a capacidade de Temática é uma linguagem de correlação e de síntese, ele-
análise e de síntese, ampliando sua habilidade de leitura e mentos fundamentais da investigação geográfica.
de interpretação cartográfica. No Ensino Fundamental, a cartografia temática é pouco
Até o final do ensino fundamental, espera-se que o explorada. O mapa temático mais utilizado é o mapa políti-
aluno tenha completado o seu processo de alfabetização co, no qual estão representadas as fronteiras entre diferentes
cartográfica. Neste processo de aprendizado, as aulas de países, regiões ou municipalidades. Neste caso, as cores va-
Geografia devem ter contribuído para o deslocamento cres- riam de tonalidade para que sua repetição seja muito peque-
cente das relações topológicas e de vizinhança (distante/ na e o contraste entre áreas vizinhas permita a identificação
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perto, em cima/embaixo, esquerda/direita, interior/exteri- de cada elemento. Mas o repertório da Cartografia Temática
or, conectividade), com base no mapa corporal e nas ha- é muito mais rico. É preciso ampliar o conceito de mapa,
bilidades sensório-motoras, para a compreensão de ainda muito associado ao conceito de carta topográfica.
relações mais complexas que exigem o domínio do espa-
ço representado em projeção euclidiana. Mapa ou croqui?
No Ensino Médio, o desafio não é apenas utilizar os Um mapa originado da Cartografia Topográfica é,
mapas e gráficos para a representação da informação ge- necessariamente, elaborado sobre uma quadrícula geomé-
ográfica, mas ampliar o repertório das ferramentas e pro- trica que permite a realização de medidas de direção e
cedimentos do tratamento cartográfico da informação para distância entre objetos geográficos. A localização da po-
uma compreensão mais aprofundada do conhecimento sição e das dimensões das formas do terreno deve respei-
geográfico. Assim, o uso da Cartografia deve ser intensi- tar o máximo de precisão possível. Naturalmente, a
ficado, colocando o jovem, progressivamente, diante da precisão do posicionamento nos mapas depende da escala
tomada de decisão a respeito da linguagem cartográfica cartográfica. Veja na tabela abaixo a margem de erro de
mais adequada para análise e avaliação dos padrões e pro- posição em algumas escalas.
cessos geográficos. A presente obra didática oferece ao
aluno a oportunidade de construir e empregar diferentes Margem de erro em algumas escalas
figuras cartográficas (croquis, blocos-diagramas, gráfi- 1/5.000 1 metro
cos, cartogramas etc.).
1/10.000 2 metros
Gostaríamos de aprofundar a nossa conversa entre pro-
fessores focando a discussão no uso da Cartografia no pro- 1/25.000 5 metros
cesso de ensino-aprendizagem do Ensino Médio. Para isto, 1/50.000 10 metros
selecionamos alguns aspectos da representação cartográfi- 1/100.000 20 metros
ca que julgamos fundamentais nesta fase do ensino. 1/250.000 50 metros
1/500.000 100 metros
Cartografia topográfica ou temática?
1/1.000.000 200 metros
Toda carta topográfica tem como objetivo representar com
a maior precisão e detalhamento possível os elementos visí- Fonte: LIBAULT, André. Geocartografia, 1975.
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centra a análise nos aspectos mais significativos da infor-
mação. Além disto, os gráficos facilitam a interpretação
de dados quantitativos e qualitativos, numa perspectiva
temporal e espacial.
Há vários tipos de gráficos. Os mais comuns repre-
sentam dados por meio de comprimentos, de áreas ou de
volumes proporcionais.
Os gráficos de barras e de linhas são bastante utiliza- Projeção cilíndrica
dos no estudo da Geografia. Tratam-se de sistemas de re-
presentação em coordenadas (eixos X e Y), no qual é
possível estabelecer relações entre informações de um
determinado fenômeno.
Mas estes não são os únicos tipos de gráfico produzi-
dos pelos geógrafos. Há muitas outras possibilidades,
como a representação em gráficos circulares. Conhecidos
por gráfico de setores, esta representação circular é ideal
para comparar parcelas com o total.
A construção de um gráfico de setores é simples. Con-
siderando o total como equivalente a 360 graus, utiliza-se
uma regra de três para a obtenção da medida em graus de
cada parcela.
Total = 360°
Parcela = X°
Desta forma, para se obter o valor em graus da parcela Projeção azimutal
X°, será preciso a seguinte operação:
X° = Parcela x 360°
Total
A divisão do círculo nas partes que compõe o todo é
realizada com o uso do transferidor. Subdivide-se o círcu-
lo da parte maior para a menor, no sentido horário.
Caso os dados já estejam em porcentagem, é muito
mais fácil. Considera-se para isto que cada 1% equivale a
3,6 graus. Você pode observar na página 76 do livro-texto
exemplos de gráficos de setor.
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gos, se for o caso. adequado dos objetos geográficos, cabe ao autor do mapa
utilizar os elementos da linguagem visual, tais como a forma
Mapas para ver ou para ler? e o tamanho dos objetos. O uso de cores e de símbolos tam-
O mapa é um documento que representa, a partir de bém possui um forte poder de comunicação. Observe, no
um ponto de vista, características espaciais dos fenôme- quadro abaixo, os componentes da linguagem cartográfica.
nos. Mas o mapa não é simplesmente apreendido de modo Para a adequada leitura do mapa, é necessário observar
intacto do papel para a mente do leitor. Pelo contrário, atentamente a legenda, na qual se encontram indicados os
quando o leitor observa um mapa, exerce um papel ativo símbolos e as informações necessárias para a análise das
de decodificação, interpretação e avaliação. É por causa informações representadas.
(X)
12345
12345
Valor 12345 Claro, médio, escuro
o
el
Cor
rd
ar
rm
ve
am
ve
1111
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A grande maioria dos mapas temáticos procura apre-
sentar de forma esquemática as questões que envolvem
determinado assunto, superpondo num mapa-síntese to-
das as informações necessárias. Quando o conjunto de re- Nenhuma relação
lações espaciais e temporais extrapolam os limites da
percepção visual, a melhor solução é produzir uma cole-
ção de mapas. Neste caso, obtém-se uma resposta visual
instantânea para cada informação que se quer analisar. Veja
o exemplo de uma coleção de mapas na página 53 do li-
vro-texto.
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vivida/conhecida/reconhecida em todos os cantos. Mo- O conceito de ambiente
torista de ônibus, bilheteiros são conhecidos-reconheci- Elementos de epistemologia da geografia
dos como parte da comunidade, cumprimentados como contemporânea. Dirce Maria Antunes Suertegaray.
tal, não simplesmente prestadores de serviço. As casas Curitiba: UFPR, 2002.
comerciais são mais do que pontos de troca de mercado- “O século XX assistiu à lenta transformação da cono-
rias, são também pontos de encontro. É evidente que é tação dos termos ambiente e ambientalismo, visto que,
possível encontrar isso na metrópole, no nível do bairro, até meados do mesmo, as discussões relativas a essa te-
que é o plano do vivido, mas definitivamente não é o mática ainda tinham uma concepção majoritariamente na-
que caracteriza a metrópole. turalista e científica. A evolução da alteração do conceito
A tríade cidadão-identidade-lugar aponta a necessi- de meio ambiente pode ser assim observada nas seguintes
dade de considerar o corpo, pois é através dele que o palavras de Bailly e Ferras (1997, p. 115-166).
homem habita e se apropria do espaço (através dos mo- ‘Em 1917, o meio ambiente, é para uma planta “o
dos de usos). A nossa experiência tem uma corporeidade
resultante de todos os fatores externos que agem sobre
pois agimos através do corpo. Ele nos dá acesso ao mun-
ela”. Em 1944, para um organismo “a soma total efeti-
do, para Perec é o nó vital, imediato, visto pela socieda-
va de fatores aos quais um organismo responde”. Em
de como fonte e suporte de toda cultura, modos de
1964, Harant e Jarry propõem “o conjunto de fatores
apropriação da realidade, produto modificado pela ex-
bióticos (vivos) ou abióticos (físico-químicos) do hábi-
periência do meio, da relação com o mundo, relação
tat”. Em 1971, segundo Ternisien: “Conjunto, num mo-
múltipla de sensação e de ação, mas também de desejo
mento dado, dos agentes físicos, químicos e biológicos e
e, por conseqüência, de identificação com a projeção
dos fatores sociais suscetíveis de ter um efeito direto ou
sobre o outro. Abre-se aqui a perspectiva da análise do
indireto, imediato ou a termo, sobre os seres vivos e as
vivido através do uso, pelo corpo.” (p. 20-21)
atividades humanas.” E aí está a palavra na moda, víti-
ma da inflação jornalística...’
O conceito de território Na evolução do conceito de meio ambiente (envo-
O mito da desterritorialização. Rogério Haesbaert. ronment, environnenment) observa-se o envolvimento
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. crescente das atividades humanas sobretudo nas quatro
“Mesmo se privilegiarmos a definição mais estrita de últimas décadas, mas ele continua fortemente ligado a
Sack, do território como controle de processos sociais pelo uma concepção naturalista, sendo que o homem social-
controle da acessibilidade através do espaço, é imprescin- mente organizado parece se constituir mais num fator
dível verificar o quanto este ‘controle’ muda de configu- que num elemento do ambiente. De maneira geral, e ob-
ração e de sentido ao longo do tempo. Enquanto nas servando-se tanto o senso comum como o debate intra e
sociedades modernas ‘clássicas’, ou sociedades discipli- extra-academia, a impressão geral que se tem é de que a
nares, como afirmou Foucault, dominavam os territórios- abordagem do meio ambiente está diretamente relacio-
zona que implicavam a dominação de áreas (a expansão nada à natureza, como se existisse um a priori determi-
imperialista pelo mundo até ‘fechar’ o mapa-múndi em nante traduzido numa hierarquização dos elementos
termos de um grande mosaico estatal é o exemplo de mai- componentes do real, onde aqueles atinentes ao quadro
or amplitude), o que vemos hoje é a importância de exer- natural estão hierarquicamente em posição mais impor-
cer controle sobre fluxos, redes, conexões (a ‘sociedade tante e sem os quais não haveria a possibilidade da com-
de controle’ tal como denominada por Deleuze (...). preensão ambiental da realidade.
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ao estudante elementos que o faça refletir sobre a rela- vários temas que são reconhecidos socialmente como
ção entre forças internacionais e características nacio- de responsabilidade da Geografia. Dentre eles, eu gos-
nais, de modo a permitir que faça escolhas de modo taria de destacar o fortalecimento do uso das ferramen-
consciente. tas cartográficas no livro. Uma grande diferença entre
o Ensino Fundamental e Ensino Médio está aí. Uma
Quem de vocês tem trabalhado com esse livro em vez completada a alfabetização cartográfica, o aluno
sala de aula? Você? Como é ser autora e trabalhar com precisa dar um salto muito grande no uso da Cartogra-
o próprio livro? Como os alunos recebem a proposta fia como recurso da leitura geográfica. Para isto, ele
da obra em sala de aula? terá que se exercitar pelos caminhos da Cartografia
É muito gratificante. Percebo um grande envolvi- Temática. Acho que nossa obra oferece uma diversida-
mento dos alunos em relação às atividades em que se de muito grande de situações para o aluno aprofundar
colocam como participantes ativos do processo de o seu domínio da linguagem cartográfica.
4. Processo de avaliação
A avaliação é um processo contínuo e sistemático dificuldades, seus bloqueios e suas lacunas de conhe-
que visa verificar em que medida os objetivos pedagó- cimento. Essas atividades também fornecem dados que
gicos estão sendo atingidos. É uma prerrogativa do pro- confirmam ou não a avaliação diagnóstica, que deve
fessor, que planejou sua proposta de ensino de ser levada em conta ao longo de todo o processo. Por
Geografia e conhece os limites e possibilidades de seus fim, as atividades reunidas no Ponto de vista e De olho
alunos. Estes, por sua vez, podem participar ativamen- na mídia fornecem subsídios para a avaliação somati-
te da avaliação, se forem chamados a refletir a respeito va, que deve ser feita no final do processo de aprendi-
de seus avanços no processo de aprendizagem e da qua-
zagem por meio da análise do que foi aprendido, e do
lidade do trabalho coletivo.
levantamento dos pontos falhos da avaliação diagnós-
A presente obra, por se tratar de um material de
tica e da avaliação formativa.
apoio ao professor, apresenta uma série de atividades
que podem auxiliar no processo de avaliação. As uni- Para auxiliar o processo de avaliação, as atividades
dades de abertura facilitam a avaliação diagnóstica, propostas no livro foram classificadas pelo nível de com-
porque propiciam a identificação do repertório e das plexidade (básico = I, operacional = II, global = III), pela
dificuldades dos alunos diante de um tema novo. As competência (1, 2 ou 3) e pelas habilidades (A, B, C, D, E,
atividades distribuídas ao longo dos capítulos possibi- F, G). Desta forma, o professor poderá observar o desem-
litam a avaliação formativa, na qual o aluno, com a penho de cada aluno, verificando possíveis dificuldades
ajuda do professor, revê seus resultados e supera suas ou diferenças de ritmo da turma.
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as conclusões obtidas na atividade.
Tomar decisões diante de situações concretas, inferin-
do e julgando opiniões.
Procedimentos Capítulo 4 — Os principais biomas da Terra
Espera-se que o aluno formule suas próprias hipóte-
ses e possa analisá-las, mediante os dados de previsões Agora é com você! — página 54
metereológicas coletadas dos jornais diários. Competência e habilidade I.1.B
Objetivo
Agora é com você! — página 40
Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
Competência e habilidade II.1.A
tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de
Objetivo complementaridade entre processos naturais.
Analisar e interpretar informações, comparando repre- Procedimentos
sentações esquemáticas com fotografias. 1. A Biogeografia estuda a distribuição dos seres vi-
Procedimentos
vos na Terra, relacionando as características do meio físi-
2. a) cúmulo-nimbos; b) cirros; c) estrato-cúmulos.
co ao surgimento de cada espécie.
2. O hábitat é o ambiente onde vive a espécie, enquan-
Agora é com você! — página 43
to o nicho ecológico é o lugar com as condições necessá-
Competência e habilidade II.1.B
rias de alimentação e reprodução de cada ser vivo.
Objetivo 3. O ecossistema é um sistema de interações entre os
Posicionar-se diante de dados e informações apresen- seres vivos e o ambiente. Nos estudos da Biogeografia, os
tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de ecossistemas são reunidos em grandes agrupamentos de-
complementaridade entre processos naturais.
nominados biomas.
Procedimentos
1. Amplitude térmica anual é a diferença entre as mé-
dias de temperatura entre os meses mais quentes e frios Ponto de vista — página 57
de uma determinada área. Dependendo da amplitude tér- Competência e habilidade III.3.B
mica, determinadas culturas serão mais adequadas para Objetivo
as práticas agrícolas.
Posicionar-se criticamente diante das idéias do autor.
2. Para os alunos que moram próximos do mar, espera-se
Procedimentos
observações referentes à influência da brisa marítima. Com
1.Os alunos devem ser estimulados a expressar o seu
relação àqueles que moram no interior do país, espera-se
observações referentes à elevada amplitude térmica anual. próprio ponto de vista, considerando o que foi estudado
no capítulo. O fundamental é que se estabeleça um ambi-
Agora é com você! — página 44 ente de troca de idéias e que a justificativa de cada posi-
cionamento seja compreendida pelos colegas.
Competência e habilidade II.1.B
2. Dentre as atividades econômicas que colocam em
Objetivo
risco os domínios tropicais, espera-se que os alunos se
Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
refiram à expansão da agricultura mecanizada nas re-
tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de
giões de campos e savanas.
complementaridade entre processos naturais.
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contradição e de complementaridade dos processos eco-
3. Nesta pergunta espera-se que o aluno demonstre
nômicos, sociais e políticos.
compreensão a respeito ao ritmo das transformações ter-
Procedimentos
restres na escala geológica de tempo que, muitas vezes,
2. De acordo com o texto, a presença humana na Terra
não é perceptível.
pode ser dividida em cinco fases: a fase primitiva, na qual
comunidades primitivas viviam da caça e da coleta; a fase
agrícola; a fase comercial, caracterizada pela expansão Capítulo 7 — Fronteiras e mapas políticos
marítima e comercial; a fase urbano-industrial, que teve
início há 2 séculos; e o período técnico-científico, decor- Conexões — página 86
rente do desenvolvimento urbano-industrial. Competência e habilidade III.2.D
3. A fase agrícola é marcada pela domesticação de plan- Objetivo
tas e animais. Subsidiar a construção do conceito de ideologia.
4. No período técnico-científico a informação e os la- Procedimentos
ços entre ciência e produção são cada vez mais estreitos. Esta atividade é uma situação desafiadora para a mo-
5. Nesta resposta, espera-se que o aluno utilize os dados
bilização dessa habilidade. Como estímulo, sugerimos a
e informações a respeito do fluxo de energia na Terra para
releitura do boxe “O ideário nacional da Repúbica Fran-
analisar a carga imposta ao ambiente pela sociedade indus-
cesa” e a apreciação da obra de Delacroix, A liberdade
trial. A idéia central é a de que será preciso encontrar um
guiando o povo (p. 84). O aluno deve se sentir à vontade
caminho alternativo de desenvolvimento porque o atual
para elaborar suas próprias conclusões. Há evidências su-
padrão de consumo não tem sustentabilidade energética.
ficientes da forte influência do ideário francês na formu-
6. Mais da metade da superfície das terras emersas
lação da simbologia nacional da República brasileira.
do planeta foi intensamente modificada pelas ativida-
Caso julgue necessário dar continuidade a esse tipo de
des humanas. Mesmo as áreas mais longínquas e ina-
procedimento, sugerimos como atividade complementar a
cessíveis já foram de alguma forma apropriadas pelas
leitura crítica de manchetes de jornal. Os alunos podem pes-
atividades humanas.
quisar exemplos de manchetes com claro viés ideológico.
Conexões — página 80
Agora é com você! — página 89
Competência e habilidade III.2.B
Competência e habilidade III.3.D
Objetivos
Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem figu- Objetivo
rada, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers- Incentivar o aluno a posicionar-se e a justificar suas posi-
pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística. ções diante de um questionamento que implica valores.
Procedimentos Procedimentos
Sugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta, Essa atividade permite conhecer um pouco melhor como
na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema em cada aluno se coloca diante de um questionamento de natu-
conjunto, mas a elaboração da conclusão deve ser um tra- reza subjetiva. O respeito à diversidade de opiniões é con-
balho individual. dição fundamental para que se alcance o objetivo da
A canção trata de maneira figurada do ciclo de ener- atividade. O item 1 pode ser realizado oralmente. O item
gia da natureza. O elemento de “amarração” do proces- 2 permite que se trabalhe a diferença entre uma atitude
20
2121
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tura de mundo”. As atividades do Ponto de vista visam para o intervalo de tempo (50 anos) e construir a repre-
sempre a perspectiva do leitor ativo. sentação gráfica. Sugerimos que a turma adote uma
No caso das atividades propostas, o item 1 exige do mesma escala: 2 mm para cada ano. Uma vez concluído
aluno o hábito de estudo metódico. É muito importante o trabalho, os alunos poderão discurtir os resultados,
ressaltar a necessidade de ampliação do vocabulário e do comparando as duas formas de representação da expan-
uso do dicionário para o aprimoramento da leitura. O(A) são territorial dos Estados Unidos.
professor(a) poderá indagar a turma sobre quem efetiva-
mente elaborou o glossário e quais os termos selecionados.
Conexões — página 110
Quanto ao item 2, os alunos continuam a se exercitar no
Competência e habilidade III.2.D
manuseio do texto, por meio da identificação das teses citadas
e dos argumentos utilizados pelos autores para sustentá-las. Objetivo
Utilizar um cartaz de propaganda como fonte de co-
De olho na mídia — página 103 nhecimento geográfico, identificando e relacionando re-
cursos expressivos como marcas do tempo histórico.
Competência e habilidade III.3.F Procedimentos
Objetivo O mais importante nessa atividade é garantir que os alu-
Aplicar os conhecimentos adquiridos para análise crí- nos tenham oportunidade de chegar às suas próprias conclu-
tica do texto jornalístico. sões. Caso isso não ocorra, a discussão dos resultados obtidos
Procedimento será um bom momento para avaliação diagnóstica acerca do
Na seção De olho na mídia o aluno irá encontrar textos grau de compreensão do assunto por parte da turma.
extraídos de jornais e revistas, relacionados com os temas Espera-se que o aluno, com base nas idéias que estão sen-
desenvolvidos em cada capítulo deste livro. O texto de fe- do desenvolvidas no capítulo, consiga perceber o conteúdo
chamento da unidade 1 destaca uma notícia — uso e con- ideológico da mensagem visual. O controle dos meios de co-
flitos dos recursos hídricos no Brasil. Espera-se que o aluno municação de massa foi um instrumento essencial para a di-
perceba que o aparecimento dos conflitos pelo uso da água fusão dos ideais da Revolução Russa. É inegável que o anúncio
são decorrentes da deterioração de sua qualidade, assim publicitário em cores tem um poder de atração muito grande.
como da desigualdade de acesso aos recursos existentes. No caso do cartaz, o fato de ele prender a atenção e conseguir
uma rápida assimilação da mensagem está ligado à simplici-
dade da imagem e ao foco da idéia principal: o poder da liber-
UNIDADE II O mundo geopolítico contem- tação dos trabalhadores está em suas próprias mãos.
porâneo
Agora é com você! — página 112
Leitura Cartográfica — página 105 Competência e habilidade II.2.D
Competência e habilidade I.2.D Objetivo
Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresen-
Extrair informações do mapa, correlacionando-as com tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, de
aspectos da hegemonia americana. contradição e de complementaridade dos processos eco-
Procedimento nômicos, sociais e políticos.
Sugerimos que o professor comece a discussão da ati- Procedimentos
vidade chamando a atenção da turma para o fato de que a Na Conferência de Yalta, os soviéticos tiveram uma gran-
escolha da projeção cartográfica não depende apenas de de vitória: dado o poderio militar dos soviéticos, os Estados
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2323
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a Alemanha e o Reino Unido, o território francês é um dos
Procedimentos principais focos de atração da população imigrante, proveni-
Os alunos deverão elaborar uma tabela com duas co- ente da África, da Península Ibérica e do Leste Europeu.
lunas: 1. Nome do país, 2. Número de intervenções. A
turma poderá comparar os dados organizados no mapa e Ponto de vista — página 139
na tabela, procurando discutir qual foi a utilidade da ativi-
Competência e habilidade II.2.D
dade para o estudo do tema.
Objetivo
Ponto de vista – página 128 Reconhecer o ponto de vista do autor do texto.
Procedimentos
Competência e habilidade III.3.D Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos
Objetivo argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convi-
Estabelecer relação, no interior de um texto, entre um dados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma
problema apresentado e a solução oferecida. discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da lei-
Procedimentos tura, o professor poderá escrever no quadro as conclusões
Seria interessante que os alunos comparassem suas res- obtidas na atividade.
postas às três questões. A discussão das idéias do texto
permite retomar alguns dos principais pontos trabalhados
Capítulo 12 — Potências regionais
no capítulo.
1. Em nenhum outro momento histórico um país assumiu Lição de cartografia — página 145
o papel de destaque que os Estados Unidos possuem hoje, nas Competência e habilidade II.1.B
mais diversas áreas (tecnologia, cultura e geopolítica).
Objetivo
2. O poderio dos Estados Unidos é diferente daquele exer-
Fazer uso da leitura cartográfica para ordenar os acon-
cido, em outros momentos históricos, pelo Reino Unido ou tecimentos no tempo e no espaço.
por Roma, potências que souberam transformar seu domínio Procedimentos
em consenso e princípios de governo aceitos por todos. O Sugerimos que o professor discuta esta atividade em
domínio dos Estados Unidos ainda não está consolidado. sala de aula, estimulando os alunos a comparar os mapas.
3. Podemos destacar o seguinte trecho do texto, que Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na turma:
evidencia alternativas para a hegemonia dos Estados Uni- Quais potências coloniais estiveram presentes no sul da
dos: “incentivo a grupamentos de nações interessadas em África desde 1914? Qual foi a importância de cada uma
parte em recuperar maior liberdade para a tomada de de- delas na formação das atuais fronteiras políticas da re-
cisões regionais ou nacionais”. gião? As conclusões obtidas pela turma poderão ser siste-
matizadas pelo professor no quadro.
Capítulo 11 — Potências mundiais
Agora é com você! — página 149
Lição de cartografia — página 134
Competência e habilidade II.1.D
Competência e habilidade II.1.A
Objetivo
Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográ-
Interpretar a informação cartográfica, relacionando-a ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-
com o conteúdo do texto do capítulo. zando a linguagem do texto dissertativo.
24
2525
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cristianismo ortodoxo
alemães, a serviço de Franco, haviam atacado a antiga laranja Muçulmanos
Islamismo
cidade de Guernica, sem outro objetivo senão o de fa- amarelo Macedônios Catolicismo
zer uma carnificina e semear o terror entre a população
civil. Imediatamente, Picasso decide que sua pintura
será a resposta à vileza e atrocidade desse massacre. Ponto de vista — página 160
Assim, nasce, em poucas semanas, Guernica [...]. Pi- Competência e habilidade III.2.F
casso tem uma visão clara da situação: o massacre de Objetivo
Guernica não é um episódio da Guerra Civil Espanho- Estabelecer relação entre uma tese e os argumentos
la, e sim o anúncio de uma tragédia apocalíptica [...]. oferecidos para sustentá-la.
Em Guernica não há cor, apenas negro, branco, cinza Procedimentos
[...]. No quadro o que existe é a morte [...] há simetria, Ainda que não tenha sido solicitada a elaboração de
perspectiva, gradação de valores, ritmo crescente de um quadro sinótico, espera-se que os alunos o tenham in-
tons.” (Argan, 1992, p. 475). corporado em seus métodos de estudo. O(A) professor(a)
pode observar se algum aluno fez uso desse recurso es-
Lição de cartografia — página 160 pontaneamente.
Competência e habilidade III.1.E 1. Com relação à primeira pergunta, espera-se que o
Objetivo aluno perceba que o autor está procurando argumentar
Articular informações de forma sintética por meio de contra a idéia do senso comum de que qualquer tipo de
recursos da linguagem cartográfica. violência deva ser condenada — seja por qualquer causa
Procedimentos política.
Um mapa esquemático é uma representação carto- 2. Para o autor, a morte de civis numa guerra pode
gráfica simplificada, no qual os fenômenos são muito ser inevitável, caso haja um objetivo maior. No caso do
generalizados, privilegiando-se muito mais as relações atentado terrorista, em geral, pessoas inocentes são mor-
e funções contidas no espaço estudado do que a forma tas para que o fato exerça pressão contra inimigos mais
poderosos.
dos objetos (Cêurio de Oliveira, 1993). Nesse sentido,
o mapa esquemático é o equivalente, na linguagem car-
tográfica, do resumo ou sinopse de um texto. Capítulo 14 — Conflitos étnico-religiosos no
Sugerimos como primeiro passo da construção do Oriente Médio e na África
mapa esquemático a escolha de uma forma geométrica Lição de cartografia — página 168
bem simplificada do território iugoslavo, após a Segun-
da Guerra Mundial, dividido em seis repúblicas. Veja o Competência e habilidade I.2.E
mapa da página 16 (livro-texto) como exemplo. Em se- Objetivo
guida, deve-se definir a legenda, com cores para os di- Fazer uso dos conhecimentos cartográficos para orde-
ferentes grupos étnicos e símbolos para as três religiões nar os acontecimentos ao longo do tempo em uma repre-
predominantes no país. A regra fundamental é que o sentação gráfica.
resultado seja conciso; não se preocupe muito com a Procedimentos
exatidão e a precisão. Veja, a seguir, um exemplo de Como já vimos, a linha do tempo pode ser conside-
mapa esquemático. rada uma espécie de mapa histórico, uma vez que esse
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2727
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ra, situando historicamente cada período representado.
Ponto de vista — página 182 Procedimentos
Competência e habilidade II.3.B Sugerimos que o professor desenvolva uma aula di-
alogada, interrogando os alunos a respeito das caracte-
Objetivo
rísticas de cada momento representado na figura quanto
Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema.
à organização do espaço, fontes de energia e divisão do
Procedimentos
trabalho. A turma poderá ser incentivada a relacionar
Sugerimos que, inicialmente, os alunos procurem iden-
tificar as semelhanças e diferenças entre os pontos de vis- as observações feitas com os conteúdos estudados a res-
ta dos dois representantes do governo. Em seguida, a turma peito da indústria artesanal, manufatureira e maquino-
poderia ser convidada a se posicionar sobre o tema em fatureira.
debate, considerando o que foi estudado no capítulo.
Conexões — página 192
De olho na mídia — página 185 Competência e habilidade III.3.B
Competência e habilidade III.1.D Objetivo
Objetivo Apreciar a manifestação artística, relacionando a obra
Aplicar os conhecimentos para análise crítica do texto com aspectos da sociedade de consumo.
jornalístico. Procedimentos
Procedimentos O foto-realismo é um ramo recente da pop art, que
Espera-se que o aluno perceba o papel da manchete considera a sociedade de consumo sua matéria-prima e é
no texto jornalístico. Para isto, sugerimos que o professor baseada na mídia norte-americana que invadiu o mundo
estabeleça um ambiente de diálogo, ouvindo a opinião de inteiro a partir da Segunda Guerra Mundial.
diferentes alunos com relação à primeira impressão que De acordo com Janson (1996, p. 397), “ao preparar
tiveram ao ler a manchete e a mudança ou não de expecta- Sapatos novos para H, Eddy tirou uma série de foto-
tiva após a leitura do texto. grafias da vitrine de uma loja de sapatos na Union Squa-
re, em Manhattan [...]. O que o intrigava era,
UNIDADE III Geografia econômica: as redes obviamente, a forma como o vidro filtra (e transforma)
mundiais a realidade cotidiana. Somente uma estreita faixa no
canto esquerdo fornece uma estreita faixa desimpedi-
Leitura cartográfica — página 187 da; tudo mais — sapatos, transeuntes, o movimento da
Competência e habilidade I.1.A rua, os edifícios — é visto através de duas ou mais ca-
Objetivo madas de vidro, todas em ângulos oblíquos à superfície
Introduzir a temática da unidade, relacionando formas do quadro. O efeito combinado desses painéis de vidro
de representação dinâmicas com o conteúdo das redes — deslocamento, distorção e reflexo — é a transfor-
mundiais. mação de uma cena familiar numa experiência visual
Procedimentos nova e surpreendentemente rica”.
A atividade dá continuidade à discussão da lingua- Note-se alguns elementos apontados por Jason a res-
gem cartográfica, que é um objetivo permanente da obra. peito da importância da obra de Eddy:
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2929
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sugerimos que o professor discuta esta atividade em des de aprofundar seus conhecimentos geográficos por meio
sala de aula, estimulando os alunos a comparar os ma- da apreciação artística. Espera-se que possíveis resistências
pas. Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na ou dificuldades com esse tipo de atividade tenham sido su-
turma: Quais são os países, as regiões e/ou continentes peradas e a turma demonstre disponibilidade para interagir
mais importantes nos fluxos aéreos e marítimos? Quais com a produção do artista. O(A) professor(a) poderá avaliar
cidades possuem uma localização estratégica para o de- o desenvolvimento dessa capacidade pelos alunos.
senvolvimento do transporte intermodal? As conclusões Retirantes (1944) faz parte de uma série integrada
obtidas pela turma poderão ser sistematizadas pelo pro- por mais três telas pintadas entre 1944 e 1945: Criança
fessor no quadro. morta, Emigrantes e Enterro na rede. Segundo Fabris,
“exposta em Paris em 1946, a série merece uma reflexão
Ponto de vista — página 215 atenta de Germain Bazin, que não desconhece o impacto
de Guernica na visão trágica de Portinari, mas redimen-
Competência e habilidade II.2.C
siona o fato, ao reconduzi-lo ao ‘processo de gestação
Objetivo duma personalidade artística’, próxima, a seu ver, de um
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Michelangelo. O que interessa a Bazin é destacar o ‘mi-
Procedimentos lagre de Portinari’, isto é, um tipo de expressão, no qual
Sugerimos que o professor exercite a leitura de tex- tudo ‘[...] é verdade, tanto na forma como no fundo’. O
tos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser fato novo de sua arte é a interação do humano num estilo
convidados a realizar a leitura em voz alta, promoven- moderno. Se o ‘assunto’ nos comove, é por ser transmi-
do-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao tido à nossa sensibilidade por uma caligrafia trágica: con-
término da redação, a turma poderá trocar as respostas trastes veementes de tons, dilaceramentos da linha,
das questões e discutir quais foram as conclusões obti- seccionamento das formas que, sem respeito pela figu-
das na atividade. ra, recompõem uma humanidade alquebrada pela dor”.
(Fabris, Edusp, 1996, p. 112-114)
Capítulo 19 — Geografia da população
Agora é com você! — página 228
Lição de cartografia — página 220 Competência e habilidade II.2.F
Competência e habilidade II.1.G Objetivo
Objetivo Ler e extrair informações de um texto. Relacionar o
Capacitar o aluno para o uso de gráficos em análises e texto com os conceitos referentes às teorias populacionais
sínteses dos perfis etários. estudadas no capítulo.
Procedimentos Procedimentos
Os gráficos são formas de representação de interes- Nesta atividade vamos relacionar o texto da jornalista
se crescente da Geografia, pois facilitam a correlação com as teorias populacionais discutidas no capítulo. Ao
de dados sobre um plano cartesiano. Composta de dois analisar os dois textos, o aluno deve concluir que a fome
histogramas — um para cada sexo — a pirâmide etária resulta da distribuição irregular das riquezas e não da fal-
é uma representação gráfica que permite a rápida visu- ta de alimentos.
30
3131
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
meios enxergam a notícia são estratégias interessantes e Procedimentos
que podem apresentar resultados positivos do ponto de A elaboração da linha do tempo envolverá a transposi-
vista tanto conceitual quanto procedimental e atitudinal. ção dos dados organizados nos mapas das páginas 258 e
Objetivos da questão 4 259, assim como as informações fornecidas no capítulo. O
Coletar dados de campo para interpretação. Comparar fundamental é estabelecer uma escala para o intervalo de
dados, interpretá-los e elaborar um relatório. Ressaltar a tempo (50 anos) e construir a representação gráfica. Suge-
importância da atividade esportiva para a saúde e a for- rimos que a turma adote uma mesma escala: 2 mm para
mação integral do indivíduo. cada ano. Uma vez concluído o trabalho, os alunos poderão
Procedimentos discutir os resultados.
Essa atividade pode ser desenvolvida em conjunto com
a área de Educação Física e Biologia, promovendo a in- Agora é com você! — página 263
terdisciplinaridade. A partir dos levantamentos realizados Competência e habilidade II.3.G
pelos alunos, o(a) professor(a) pode introduzir uma dis- Objetivo
cussão em grupo sobre o que significa “ganhar ou per- Posicionar-se diante de dados e informações, aplican-
der” no jogo e na vida pessoal de cada um. É importante do os conceitos geográficos.
lembrar que, para os gregos, o exercício físico comple- Procedimentos
mentava as atividades intelectuais. Os alunos devem estar familiarizados em identificar o
posicionamento dos autores dos artigos coletados. Espe-
Ponto de vista — página 254 ra-se que a turma possa debater a questão, comparando os
Competência e habilidade II.2.B diferentes pontos de vista.
Objetivo
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- Agora é com você! — página 265
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Competência e habilidade II.2.D
Procedimentos Objetivo
Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de- Problematizar o mundo contemporâneo, consideran-
senvolver a habilidade de extrair informações de um tex- do a diversidade de contextos entre os diferentes blocos
to, identificando o posicionamento do autor e suas econômicos.
argumentações. A realização da atividade é uma oportu- Procedimentos
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades Se possível, sugerimos que a atividade seja feita em
nesse tipo de exercício. grupo. Os alunos poderão realizar uma síntese do que foi
estudado no capítulo, elaborando um quadro com as prin-
Capítulo 22 — Blocos econômicos cipais características de cada bloco.
32
3333
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Competência e habilidade II.2.B dissertativos.
Objetivo Procedimentos
Identificar e classificar dados e informações relevan- a) Desenvolvimento sustentável é um conceito que pro-
tes para os estudos geográficos. cura integrar a preocupação com o meio ambiente às polí-
Procedimentos ticas de desenvolvimento.
a) lixo orgânico — aterro sanitário; b)Sugerimos que o professor estimule os alunos a ex-
b) resíduos sólidos — reciclagem; plicarem as convenções ambientais escolhidas. Durante a
c) lixo orgânico — aterro sanitário; exposição, as principais características das convenções
d) resíduos sólidos — incineração; podem ser indicadas no quadro.
e) resíduos sólidos — reciclagem.
Agora é com você! — página 300
Ponto de vista — página 290 Competência e habilidade III.3.F
Competência e habilidade II.3.B
Objetivos
Objetivo Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem figu-
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- rada, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers-
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística.
Procedimentos Procedimentos
Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de- O fundamental nesta atividade é garantir a livre expres-
senvolver a habilidade de extrair informações de um tex- são dos alunos, que devem se posicionar diante das idéias da
to, identificando o posicionamento do autor e suas
autora com base nos conhecimentos trabalhados no capítulo.
argumentações. A realização da atividade é uma oportu-
Espera-se que os alunos percebam os vários pontos de vista
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades
em relação à questão ambiental, diferenciando a leitura dos
nesse tipo de exercício.
preservacionistas — que lutam contra a extinção das espé-
cies —, a dos desenvolvimentistas e ecocapitalistas — que
Capítulo 25 — Meio ambiente e política internacional mesmo concordando com as idéias da autora, acreditariam
Agora é com você! — página 295 que o atual modelo político-econômico está apto a propor
alternativas para evitar a destruição da natureza e da diversi-
Competência e habilidade II.1.A
dade cultural — e os ecologistas radicais — que não aceita-
Objetivo riam a atitude passiva diante dos fatos citados pela autora.
Ampliar a habilidade de leitura e interpretação carto-
gráfica, por meio da análise de um bloco-diagrama que Ponto de vista — página 301
ilustra o assunto estudado no capítulo.
Procedimentos Competência e habilidade III.3.G
Ao explicar o processo erosivo, os alunos devem lem- Objetivo
brar que a menor perda de solo pela erosão ocorre nas Identificar as idéias centrais do texto, posicionando-
áreas de mata. Já as áreas de plantio temporário apresen- se diante dos argumentos do autor.
tam a mais expressiva perda de sedimentos. As áreas de Procedimentos
pastagem e de cultivos permanentes registram perdas bem Espera-se que os alunos apliquem os conhecimentos ad-
menores do que as de cultivo temporário. quiridos no capítulo para interpretar o discurso nitidamente
34
ambiental poderão ser comparadas e a turma escolher aque- Leitura Cartográfica — página 317
las que maior impacto teria nos problemas detectados. Competência e habilidade II.1.A
Objetivo
Agora é com você! — página 308 Comparar mapas e refletir a respeito de sua importân-
Competência e habilidade III.3.F cia para o conhecimento geográfico.
Objetivo Procedimento
Tomar decisões diante de situações concretas, recor- A comparação dos mapas é o ponto de partida para a
rendo aos conhecimentos geográficos. discussão da temática da unidade, considerando a desigual-
Procedimentos dade de condições das mulheres de diversos países. A partir
O(a) professor(a) poderá incentivar os alunos a expor das informações colhidas, o professor poderá sugerir a dis-
seus argumentos, estabelecendo um ambiente de diálogo e cussão a respeito dos direitos humanos, explorando o reper-
respeito aos posicionamentos contrários. Antes de os alu- tório dos alunos no que se refere aos movimentos sociais.
nos escreverem no caderno as conclusões, as principais idéi-
as debatidas poderão ser sistematizadas no quadro. Capítulo 27 — A geografia dos excluídos
Agora é com você! — página 312 Agora é com você! — página 321
Competência e habilidade III.3.G Competência e habilidade II.1.B
Objetivo Objetivos
Demonstrar capacidade de percepção e de estabelecimen- Comparar e relacionar dados e informações. Relacio-
to de relações com a vida cotidiana, numa perspectiva inter- nar informações para a elaboração de relatório.
disciplinar, tomando decisões diante de situações concretas. Procedimentos
Procedimentos A tabela a ser utilizada para a execução desta tarefa
destaca os países que apresentam os 10 IDHs mais eleva-
Sugerimos que a turma faça uma busca no site
dos, os 10 IDHs mais baixos e os 10 países com IDHs
www.grupos.com.br a respeito de grupos de discussão
médios; neste caso, trata-se de países que apresentam IDHs
sobre a questão ambiental. Com base no que foi estudado
mais elevados do que o do Brasil.
no capítulo, o professor poderá solicitar uma análise com-
Os 10 IDHs mais elevados permitem ao aluno identi-
parativa entre as propostas de cada grupo de discussão. A
ficar países que se encontram na Europa, na América do
partir daí, a turma poderá ser incentivada a participar da
Norte e na Ásia (todos no hemisfério norte, excetuando-
lista, considerando o debate desenvolvido em sala de aula.
se a Austrália). Já os 10 piores IDHs são todos países que
se encontram no continente africano. Quanto aos que re-
Ponto de vista — página 312 presentam IDHs médios, a coluna reuniu países que de-
Competência e habilidade III.3.G vem ser comparados ao IDH brasileiro.
Objetivo Essa discussão permite ao aluno perceber a situação
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- social do Brasil em relação a países subdesenvolvidos (Su-
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. riname), do antigo bloco socialista (Bósnia) e outros paí-
Procedimentos ses latino-americanos, como Venezuela e Colômbia (neste
Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de- caso, ressaltando-se os problemas relativos ao narcotráfi-
senvolver a habilidade de extrair informações de um texto, co e às instabilidades políticas).
3535
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ma: “... as fontes iconográficas, nas suas diferentes
modalidades, nos informam não apenas acerca dos assuntos Competência e habilidade II.3.B
retratados, mas, principalmente, acerca dos seus próprios Objetivo
autores das representações, suas visões de mundo, suas men- Identificar dados e informações relevantes para os es-
talidades [...]. São múltiplas, também, as leituras que as ima- tudos geográficos, apresentando os resultados em textos
gens fotográficas proporcionam e é nisso que reside o desafio dissertativos.
quando de sua interpretação [...]. As imagens da câmera, tra- Procedimentos
dicionalmente aceitas como a expressão da verdade — posto 1. Dentre as razões apontadas no capítulo, destaca-se
que documentam a realidade material ‘tal como ela é’’ — , a importância dos serviços de saúde e da política de saúde
resultam, na verdade, de um complexo processo de criação, para o desenvolvimento das cidades.
elaborado por seu autor: o fotógrafo. Deve-se ter em mente, 2. Foi na Inglaterra daquela época que se desenvolve-
pois, que a imagem fotográfica resulta de uma construção ram as primeiras normas e legislação sanitária, que visa-
técnica, cultural e estética-ideológica. vam o controle das epidemias que assolavam a população
O que, de fato, nos interessa resgatar é o outro lado da das cidades. A experiência inglesa serviu de referência
imagem, ou seja, aquilo que não se encontra explícito ico- para a legislação de outros países.
nograficamente. Partindo de tais pressupostos teóricos, 3. A Revolta da Vacina foi provocada pela resistência
pode-se então perceber em que medida as fotografias se popular ao poder de polícia e de fiscalização que o poder
constituem em importantes testemunhos históricos, soci- central da República do Brasil assumiu para o controle
ológicos e psicológicos, posto que retratam, implicitamen- das epidemias na capital do país.
te, atitudes e intenções [...] A foto de Militão Augusto de 4. Como o intercâmbio entre os países é cada vez mai-
Azevedo é contundente na medida em que ultrapassa o or, muitas questões que envolvem a saúde da população
fato singular, antropologicamente identificável, trazendo dependem de uma articulação global. A Organização
à luz um significado implícito, revelador de uma realida- Mundial da Saúde (OMS) é o principal organismo inter-
de social no seu contexto social mais amplo.” nacional responsável por estas questões.
5. O SUS é o Sistema Único de Saúde. Trata-se da
Ponto de vista — página 325 forma que estão organizados os serviços de saúde pública
Competência e habilidade II.2.F no Brasil, que foram integrados em um único sistema a
partir da Constituição de 1988.
Objetivo
Identificar em um texto as referências ou remissões a
Ponto de vista — página 334
outros textos (intertextualidade), aplicando conhecimen-
tos geográficos. Competência e habilidade III.3.G
Procedimentos Objetivos
A autora destaca na obra de Milton Santos a relação Aplicar os conhecimentos adquiridos no capítulo para
entre lugar e cidadania, analisando suas implicações no interpretar o texto e posicionar-se em relação às idéias
processo de exclusão social. Sugerimos que as frases elabo- nele contidas.
radas pelos alunos sejam listadas no quadro, procurando-se Procedimentos
agrupá-las por semelhança de sentido. O professor deverá Sugerimos que as idéias levantadas pelos alunos se-
estar atento para que se evitem cópias literais do texto, pro- jam sistematizadas no quadro, construindo-se uma sínte-
curando incentivar a formulação pessoal dos alunos. se geral da turma. Ao término da atividade, porém, é
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3737
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Procedimentos dade de ouvir e debater as idéias dos outros, demonstrando
Como vimos, o rap é uma música de protesto e de uma atitude de respeito aos posicionamentos divergentes.
crítica ao sistema político e econômico vigente. Espera- O professor poderá enfatizar o peso ou não do padrão de
se que os alunos identifiquem no texto algumas marcas vida americano no “sonho de consumo” da turma.
desse protesto: a insatisfação do jovem com o seu padrão
de consumo e a contradição do capitalismo selvagem — Ponto de vista — página 367
“O seu status depende da tragédia de alguém”. Caso haja Competência e habilidade III.3.B
interesse da turma, o professor pode estimular a compara-
Objetivo
ção dessa letra de música com as de outros raps. Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
Agora é com você! — página 360 Procedimentos
Competência e habilidade III.3.C Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-
Objetivo senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-
to, identificando o posicionamento do autor e suas
Posicionar-se diante das idéias do texto, considerando
argumentações. A realização da atividade é uma oportu-
os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldade
Procedimentos
nesse tipo de exercício.
Sugerimos que os alunos comparem as suas respostas
numa discussão em grupo, procurando identificar as con- De olho na mídia — página 371
clusões comuns e as divergentes. Para finalizar a ativida-
Competência e habilidade III.3.B
de, o professor pode registrar no quadro as principais idéias
levantadas pela turma, sintetizando os conteúdos traba- Objetivo
lhados no capítulo. Aplicar os conhecimentos geográficos na análise crí-
tica do texto jornalístico.
Ponto de vista — página 361 Procedimentos
Sugerimos que o professor estabeleça um ambiente de
Competência e habilidade III.2.C debate, registrando no quadro as diferentes leituras reali-
Objetivo zadas pelos alunos. Nesta atividade, a turma poderá veri-
Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican- ficar qual foi a importância do estudo da Geografia para o
do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. desenvolvimento da leitura crítica do jornal.
38
3939
1. e 2. e 3. V, F, V, V, F 4. e 5. d 6. c
Unidade II — O mundo geopolítico contem-
Capítulo 7 – Fronteiras e mapas políticos porâneo
1. b 2. c 3. e 4. b
5. A classificação leste e oeste remonta à ordem bipolar — Os Capítulo 9 – A geografia da Guerra Fria
Estados Unidos estabeleceram sua área de influência capitalista na
porção ocidental, enquanto a URSS socialista estabeleceu sua área 1. e 2. b
de influência na porção leste. Com o fim da velha ordem bipolar, a 3. A Otan foi criada em 1949 para representar o braço geopo-
nova ordem mundial estabelece um domínio referente ao controle lítico da Doutrina Truman, estabelecendo uma aliança militar
dos países do Atlântico Norte contra possíveis intervenções da
dos mercados mundiais e à distribuição irregular das riquezas. Nes-
URSS. Em resposta à formação da Otan, a URSS criou o Pac-
se sentido a divisão norte/sul busca separar as áreas de maior ou
to de Varsóvia, aparentemente com a mesma finalidade, ou seja,
menor concentração de riquezas. Sul; pobre; norte, rico.
garantir a integridade geopolítica de sua área de influência.
6. a) A apropriação se dá quando esta sociedade estabelece as
Com o decorrer dos anos, o Pacto de Varsóvia configurou-se
bases comuns de sua cultura como elemento de integração. Po-
como a base de sustentação pela força da influência da URSS
dem também se estabelecer como Estado-nação ao definirem
no Leste Europeu.
um território — as bases físicas do Estado — um arcabouço
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4. d 5. V, V, F, F, V 6. d
legal — constituição — e um governo.
7. a) A ordem da Guerra Fria estabeleceu a separação do mun-
b) A soberania deve ser compreendida como a propriedade ou
do em dois blocos opostos. De um lado os países capitalistas e
qualidade que caracteriza o poder político supremo do Estado ocidentais regidos pelos EUA, enquanto o conjunto de países
como afirmação de sua personalidade independente, de sua au- socialistas orbitavam ao redor da URSS. A velha ordem apre-
toridade plena e governo próprio, dentro do território nacional e sentava-se sustentada por forças antagônicas militarizadas e
em suas relações com outros Estados. Desta forma é o Estado o armamentistas.
representante supremo da soberania de um país. b) A chamada Nova Ordem Mundial caracteriza-se pela prevalên-
7. a) Propriedade ou qualidade que caracteriza o poder político cia do sistema capitalista e pela disputa dos mercados mundiais.
supremo do Estado como afirmação de sua personalidade inde- 8. a
pendente, de sua autoridade plena e governo próprios, dentro do
território nacional e em suas relações com outros Estados. Capítulo 10 – A superpotência
b) As invasões realizadas pela Otan na Iugoslávia, a invasão nor-
te-americana no Afeganistão e no Iraque. 1. d 2. e 3. b 4. c
c) O desmantelamento da ordem política e jurídica de uma na- 5. Os países eram assim classificados porque essa divisão ex-
ção. O exemplo mais contundente é a desintegração do Estado pressava o mundo na época da Guerra Fria. De um lado os paí-
iraquiano pós-invasão pelos Estados Unidos. ses ocidentais representavam a área de influência capitalista e
norte-americana. Os chamados países do leste representavam a
8. d
Europa oriental, área de influência da URSS. A classificação
Capítulo 8 – Caminhos da economia mundial atual em norte e sul busca caracterizar a diferença socioeconô-
mica entre os países. Vale salientar que não é uma classificação
1. c 2. c 3. e 4. b 5. b 6. d 7. d 8. e viável, já que na porção norte existem países pobres, assim como
9. e 10. V, F, F, V 11. d na porção sul existem países que apresentam alto grau de desen-
12. a) Entre 1965/89 e 1980/89 os países desenvolvidos e os do volvimento.
Sudeste asiático apresentaram melhor distribuição de renda, en- 6. a
quanto nos países pobres da América Latina e África os dados 7. A presença militar norte-americana na Europa está vincula-
acentuam a concentração de renda. da à participação do país na Organização do Tratado do Atlânti-
b) O motivador foi a política de expansão da renda que ocorreu co Norte (Otan). Já na área 2, Oriente Médio, os motivos são a
nos países conhecidos como Tigres Asiáticos — Taiwan, Cinga- instabilidade geopolítica da região e assegurar o controle sobre
pura, Coréia do Norte e a região de Hong Kong (hoje incorpora- as reservas de petróleo da península.
da à China). 8. b 9. d 10. b
13. a) A tendência foi a formação de grandes corporações trans-
nacionais que passaram a instalar suas filiais em países subde- Capítulo 11 – Potências mundiais
senvolvidos, aliando os interesses em produzir mais e mais barato 1. c 2. a 3. c
à ampliação dos mercados e ao aproveitamento dos incentivos 4. A China localiza-se no coração da Ásia e seu crescimento
fiscais ofertados pelos governos desses países. econômico influencia sua hegemonia regional. Além disso, o
b) As empresas instalam-se em países pobres para aproveitar a país é detentor de excelente arsenal armamentista, o que lhe con-
mão-de-obra farta e barata e ampliar seu mercado consumidor. cede grande poder de liderança na porção asiática.
14. e 5. b 6. e 7. a 8. d
15. a) As facilidades na transmissão e obtenção de informação 9. Os alunos devem ressaltar a expressiva participação da China
por telecomunicações e informática favorece e acelera a capaci- como futura liderança regional e possivelmente mundial. Os
dade de circulação de dinheiro na forma de investimentos, bem dados populacionais, econômicos e militares expressam a im-
como é capaz de expandir as suas redes cada vez maiores e mais portância do país no contexto mundial.
internacionalizadas. 10. c 11. a
40
4141
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pulações locais. nal. Isso se deve, entre outros fatores, aos casamentos tardios,
maior nível de informações, planejamento familiar, acesso a aten-
Capítulo 18 – Circulação e redes de transporte dimento médico e remédios, altos custos na criação dos filhos.
11. a) Guerra Fria (Muro de Berlim); Norte rico, sul pobre, glo-
1. e 2. c 3. V, F, V, F 4. b 5. b 6. b 7. e 8. b
balização (Muro de Tijuana).
9. a) Paisagem muito variada, apresentando grande diversidade
b) Barreira que tenta impedir a entrada indesejada de popula-
em relação às suas funções e serviços oferecidos.
ções pobres e mal qualificadas em países mais ricos dotados
b) Permitem escoamento rápido da produção, facilitando e agi-
de sistemas econômicos mais desenvolvidos e sofisticados (xe-
lizando as atividades econômicas.
nofobia).
10. a) Dois entre os seguintes argumentos: o território relati-
vamente reduzido favorece o transporte rodoviário, mais ba-
Capítulo 20 – O espaço urbano
rato para distâncias não muito grandes (até cerca de 300 ou
400 km); o clima muito rigoroso provoca o congelamento de 1. b 2. e 3. e 4. Soma = 6 (02 + 04)
alguns rios e portos litorâneos, estabelecendo limites para o 5. Soma = 9 (01 + 08)
transporte aquaviário; o alto nível de urbanização do país fa- 6. Soma = 11 (01 + 02 + 08)
vorece o transporte rodoviário em função de sua flexibilida- 7. d 8. b
de, ao contrário do ferroviário, que é pouco flexível e caro 9. As características que conferem a determinadas cidades o
para pequenas distâncias. papel de metrópole mundial são: concentração de grande po-
b) Dois entre os seguintes argumentos: o alto custo de manu- der de decisão econômica, política e cultural; presença das se-
tenção das rodovias, o que é um desperdício em um país sub- des de grupos empresariais com alcance global; funcionamento
desenvolvido; a necessidade de grandes gastos de divisas com de bolsas de valores que operam com empresas nacionais e de
importação de petróleo, resultante da opção rodoviária; o ex- outros países e cujo movimento tem conseqüências sobre o
tenso litoral e a ausência de problemas de ordem climática fa- mercado produtivo e financeiro mundial; recepção de imigran-
vorecem um uso muito maior da navegação de cabotagem do tes de diversas partes do mundo, conferindo-lhe uma face cos-
que o verificado; a concentração da maioria da população e da mopolita; sede de grandes companhias do setor de comunicação
economia do país em uma faixa próxima ao litoral justifica um e agências de notícias. Além disso, as metrópoles mundiais têm
uso maior da navegação de cabotagem do que o verificado; em mais forte conexão entre si do que com os espaços nacionais
decorrência das dimensões do território nacional, dever-se-ia nos quais se situam.
privilegiar os meios de transporte mais baratos para grandes
distâncias, como o ferroviário e o aquaviário; a importância da
produção e exportação de mercadorias de baixo valor por to- Capítulo 21 – Geografia do lazer, do esporte e do
nelada (minérios, produtos agrícolas etc.), deslocadas por gran- turismo
des distâncias até os portos litorâneos, exigiria uma maior
1. O aluno poderá indicar, entre outros fatores: a difusão mundi-
participação da rede ferroviária.
al de um esporte regulamentado a partir de regras de origem
11. c
inglesa; o papel das telecomunicações que, através da transmis-
Capítulo 19 – Geografia da população são simultânea do evento, interligaram os cinco continentes; a
presença de grandes marcas transnacionais como patrocinado-
1. d 2. a 3. c 4. c 5. d 6. c ras das equipes; a organização do evento pela FIFA, um organis-
7. a) No período entre o pós-Segunda Guerra e os anos 1970, os mo internacional; o próprio processo de fragmentação que
imigrantes estrangeiros na Europa Ocidental desempenharam os acompanha a globalização, representado na diversidade cultural
seguintes papéis: mão-de-obra para a reconstrução da Europa; das equipes.
ocupação de postos de trabalho que exigiam pouca ou nenhuma 2. b 3. a
qualificação; desempenho de funções no mercado de trabalho 4. a) Há muitas razões que explicam o crescimento da “indústria”
que não interessavam à população nativa. do turismo. Entre elas, destacam-se as seguintes: transportes cada
42
rada entre empresas hoteleiras e agências de viagem, que ofere- Capítulo 23 – Geografia dos recursos naturais
cem “pacotes” vantajosos e variados aos consumidores.
b) A importância econômica, para o país de recepção, do fluxo 1. Soma = 44 (04 + 08 + 32) 2. a 3. c
turístico indicado é: a melhoria da infra-estrutura; a melhoria na 4. Soma = 13 (01 + 04 + 08) 5. c 6. c
balança de pagamentos devido à entrada de divisas no país; e o 7. a) Má distribuição de renda, predomínio de jovens, população
aumento do nível de emprego, destacadamente nos setores de ativa pouco ou mal qualificada.
comércio e serviços. b) Estados Unidos e Oriente Médio, respectivamente.
6. Hoje, no mundo, uma das atividades econômicas mais pro- 8. c 9. b
missoras é a do turismo, responsável pela movimentação de 10. a) Possibilidades de respostas: Resposta 1: O petróleo é de
origem orgânica, encontrado em bacias sedimentares. Sua ori-
bilhões de dólares anualmente. Está dividida em vários ramos,
gem remonta à Era Mesozóica, devido ao acúmulo de microor-
entre os quais dois vêm se destacando: o turismo de negócios e
ganismos animais e vegetais, em ambiente marinho, os quais
o ecoturismo. No Brasil, dadas as suas características econô-
sofreram um rápido soterramento, ficando assim em ambientes
micas e naturais, esses dois ramos têm se desenvolvido muito.
que impossibilitavam a sua decomposição. Resposta 2: Origem:
O turismo de negócios, restrito a determinados pontos do país
O petróleo é de origem orgânica e também marinha, principal-
— como, por exemplo, as regiões metropolitanas de São Paulo
mente planctônica, isto é, resulta da deposição de organismos
e Curitiba —, expandiu-se como conseqüência do desenvolvi- animais e vegetais microscópicos que habitam nas superfícies
mento econômico ocorrido no país principalmente na década dos mares (plâncton), sendo encontrado em bacias sedimenta-
de 1990. As políticas econômicas adotadas pelos últimos go- res. Sua origem remonta à Era Mesozóica. Formação: A deposi-
vernos promoveram a entrada de capitais estrangeiros em lar- ção desses organismos ocorria de acordo com as condições de
ga escala, visando principalmente à instalação de novas fábricas oxigenação na superfície e com a falta de oxigenação no fundo
e do processo de privatização. Essa situação fez o Brasil entrar das bacias, resultando num processo de putrefação incompleta.
na rota dos negócios internacionais, o que aumentou o fluxo O sapropel, uma lama semiputrefata, foi transformando-se em
de “homens de negócios” no país. Já o ecoturismo se desenvol- petróleo durante um processo continuado de deposição de sedi-
veu simultaneamente ao avanço das discussões sobre as questões mentos, não só orgânicos, num ambiente que oferecia condições
ambientais e à ampliação da consciência sobre a importância específicas de pressão e temperatura.
da natureza para o bem-estar social. As características peculia- b) Impactos: poluição das águas marinhas. No transporte do pe-
res do quadro natural brasileiro, como a área da floresta ama- tróleo em grandes navios são comuns os acidentes que provocam
zônica, do pantanal mato-grossense, da Mata Atlântica, entre vazamentos. Esses vazamentos causam danos aos ecossistemas
outros, chamaram a atenção não só dos ecologistas, mas tam- marinhos atingidos. A queima do petróleo libera o gás carbô-
bém dos turistas nacionais e internacionais, interessados em nico, que constitui um dos gases mais poluentes da atmosfera,
conhecer novas áreas. contribuindo, dessa forma, para a ocorrência do efeito estufa
7. e 8. F, F, V, F 9. b artificial.
10. A intensidade dos fluxos dos Estados Unidos para todos os 11. d
continentes reflete sua posição de potência econômica, políti-
ca e cultural em nível mundial. O fluxo relativamente mais in- Capítulo 24 – Impactos ambientais urbanos
tenso para a América do Sul indica sua condição de área de 1. a 2. e 3. b
influência imediata dos Estados Unidos. No caso da França, 4. Geração de calor a partir da queima de combustíveis fósseis.
apesar de a abrangência dos fluxos ser também mundial, há 5. a
maior intensidade daqueles dirigidos para a África, o que se 6. a) Excesso de emissão de gases a partir da queima de com-
explica pelo processo histórico de dominação colonial sobre bustíveis fósseis; expansão de áreas desmatadas; queimadas.
extensas áreas do continente. b) Aquecimento de superfície sob as camadas de nuvem, gera-
11. a ção de CO e CO2‚ que absorvem radiação.
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em obras de saneamento. temente, o controle da fronteira setentrional com o Projeto Si-
3. a) Excesso de material gasoso sulfuroso no ar. vam (Sistema de Vigilância da Amazônia, sofisticado sistema
b) Corrosão de metal e concreto, alterações na fauna e flora. de controle, que se utiliza de equipamentos de alta tecnologia) e,
4. e 5. a 6. V, F, V, F 7. d no ano 2000, a criação do Plano Cobra.
8. Soma = 47 (01 + 02 + 04 + 08 + 32) 9. b
Capítulo 31 – Cultura jovem e conflito
UNIDADE V — Geografia e mudança social 1. c 2. V, V, V, F
3. a) Os versos expressam a situação de exclusão social vivencia-
da pela maioria da população das cidades grandes dos países po-
Capítulo 27 – A geografia dos excluídos bres. A sociedade atual sofre a pressão para o consumo em oposição
1. e 2. e 3. Soma = 18 (02 + 16) à concentração de renda propalada pelo sistema capitalista.
4. d 5. b 6. d 7. c b) A falta de perspectiva resultante de uma situação geral de
exclusão; a dificuldade de acesso a melhores condições por meio
Capítulo 28 – Saúde e políticas públicas do trabalho e da educação; a violência que assola grande parte
da população jovem excluída do mercado consumidor etc. Para
1. c 2. c 3. c os professores: Este capítulo trata de uma temática nova, por
4. a) Predomínio de jovens, altas taxas de natalidade e mortalidade. isso não se encontram questões de vestibular disponíveis. É im-
b) Diminuição nos efetivos populacionais. portante que o aluno compreenda que a música expressa as in-
5. a) Maior: Sudeste; menor: Norte. quietudes de seu tempo.
b) Maior concentração populacional.
6. a Capítulo 32 – O Brasil e os desafios do século XXI
7. Doenças disseminadas por mosquitos, típicas de regiões in-
tertropicais e associadas às más condições sanitárias. 1. a 2. I e III 3. c 4. b 5. e 6. c 7. e
8. e 9. d 10. c
Capítulo 29 – Movimentos sociais e cidadania 11. a) Grande concentração de renda, com baixo poder de con-
sumo da maioria da população; falta de empregos; baixa qualifi-
1. e 2. b 3. b 4. e 5. V, F, F 6. a cação, gerando salários baixos e pequena capacidade de consumo.
b) Políticas públicas e privadas de investimentos na qualificação
Capítulo 30 – Geografia do crime
da mão-de-obra e na produção agrícola destinada ao consumo
1. e 2. c 3. b 4. e interno, melhoria das condições de vida, geração de empregos,
5. a) O termo “vietnamização” é utilizado, em Geopolítica, para distribuição de renda.
designar um processo de perda de controle sobre um país e sua 12. c 13. b
7. Atividades complementares
Atividade de avaliação diagnóstica alunos, que, organizados em grupo, procurarão interpre-
tar as imagens tendo em vista os conceitos e temas estu-
Para contribuir com a avaliação do que foi estudado, su- dados. A partir da apresentação dos resultados dos grupos,
gerimos a utilização das ilustrações a seguir como um fo- o professor poderá sistematizar no quadro as principais
mentador de debates em sala de aula. Para isto, será preciso conclusões da turma, identificando possíveis lacunas e
providenciar cópias das figuras para facilitar o trabalho dos dúvidas que ainda existirem.
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Cartaz 1
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Cartaz 2
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8. Textos complementares
Os textos dessa seção ampliam e aprofundam alguns Azerbaijão e passam pela Tchetchênia. Em março de 2003
temas abordados no livro. Eles podem ser utilizados ocorreu um plebiscito realizado pelo governo russo em
para sua própria reflexão, como referência na prepara- que a opção pela manutenção da Tchetchênia na federa-
ção de aulas ou como subsídio para os alunos na prepa- ção foi vitoriosa.
ração de seminários e outras atividades. Recomendamos No Cáucaso não russo existem movimentos guerrilhei-
que sejam utilizados complementarmente aos textos ros na Geórgia, onde o povo ossétio e os abkhazios dese-
apresentados no livro. jam independência entre a Armênia e o Azerbaijão, devido
ao enclave de Nagorno-Karabbakh, área pertencente ao
Azerbaijão, porém com maioria de população armênia.
1. Problemas étnicos na Europa
A Europa possui mais de 140 etnias, sendo que o nú-
2. Israel e o Estado palestino
mero de Estados nacionais corresponde a cerca de 44.
Sendo assim existem povos espalhados em diversos paí- Em 2003, o Likud, partido ultra-radical israelense,
ses, o que eventualmente determina conflitos armados ou aprovou a construção de um muro cercando os territórios
políticos. palestinos. A construção do muro ressuscita a idéia dos
Na Espanha, além da questão basca, estudada separa- bantustões criados pelo regime do apartheid na África do
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damente, as regiões da Catalunha e Andaluzia represen- Sul. A intenção é clara: isolar as regiões palestinas, acen-
tam outros grupos étnico-nacionais de forte identidade e tuando a segregação espacial, além de principalmente dei-
coesão. Considere-se ainda que o Tratado de Moncloa con- xar preparado o projeto de controle militar israelense nas
cedeu maior autonomia para essas regiões. áreas que formarão o possível e desejado Estado indepen-
A Ilha da Córsega, situada no Mar Mediterrâneo e dente da Palestina.
pertencente à França, também apresenta movimento se-
paratista bastante atuante, apesar de pouco divulgado.
3. Colonização e racismo
Na Bélgica, a região da Valônia — localizada no sul
da Bélgica — é disputada pelos belgo-valões de fala fran- O estereótipo do escravo negro e inferior é fruto do
cesa e pelos belgo-flamencos de fala holandesa. A consti- processo colonial e do expansionismo capitalista a partir
tuição de 1971 estabeleceu três línguas oficiais na Bélgica: do século XVI. O sistema colonial imposto no século XIX
o flamenco, o francês e o alemão. Os diferentes grupos estabeleceu fortes ideais de supremacia tanto econômica
étnicos gozam de plena autonomia cultural. quanto cultural. Se a conquista da América, a partir do
A porção oriental da Europa, o antigo bloco socialista, século XVI, tinha como pressuposto levar a fé cristã para
é a que apresenta maiores conflitos étnicos recentes. Em os povos infiéis do Novo Mundo, a colonização na África
1994, com o fim da ingerência soviética na região, a anti- e na Ásia não foi diferente. O europeu viu-se incumbido
ga Tchecoslováquia dividiu-se em dois países: a Repúbli- de levar a “civilização” às novas terras
ca Tcheca e a Eslováquia. A separação ficou conhecida Muitas teorias pseudocientíficas foram criadas para
como Revolução de Veludo, pois processou-se pacifica- legitimar a expansão colonialista. Uma das mais conheci-
mente por meio de um plebiscito, que determinou o fim das foi o darwinismo social de H. Spencer, sociólogo in-
da Federação. glês que aplicou a teoria evolucionista de Darwin para
Um grande caldeirão étnico localiza-se na região do explicar a diferença entre as sociedades. Segundo Spen-
Cáucaso, reconhecida como a mais explosiva da atualida- cer, assim como na natureza, há um processo de seleção
de na Europa. O Cáucaso é um conjunto montanhoso de natural na sociedade que permite a sobrevivência dos mais
formação terciária, localizado ao sul da Rússia, entre os capazes. Essa e outras teorias alimentaram a expansão
mares Cáspio e Negro. Nas áreas mais elevadas e em sua colonial, dando-lhe não apenas um caráter determinista,
porção norte estão incrustadas partes do território da Rús- mas também altruísta. A esse respeito, leia o que afirma
sia, além das antigas repúblicas soviéticas da Armênia, Marc Ferro:
Geórgia e Azerbaijão. O Cáucaso abriga uma grande con-
jugação de etnias, culturas e religiões responsáveis por Civilização e racismo
fortes movimentos separatistas após a dissolução do Esta- “‘Acredito nesta raça’, dizia Joseph Chamberlain em
do soviético. O caso mais violento ocorre na república 1895. Ele entoava um hino imperialista à glória dos ingle-
autônoma da Tchetchênia, onde rebeldes islâmicos lutam ses e celebrava um povo cujos esforços superavam os de
historicamente por sua independência. No final de 2000 rivais franceses, espanhóis e outros. Aos outros povos, ‘su-
combates entre rebeldes e forças militares russas dilace- balternos’, o inglês levava a superioridade de seu savoir-
raram a capital Grosny. Foram lançadas cerca de 460 to- faire, de sua ciência também: o ‘fardo do homem branco’
neladas de bombas num único final de semana em Grosny. era civilizar o mundo e os ingleses mostravam o caminho.
O interesse russo pela região está vinculado à grande quan- Essa convicção e essa missão significavam que, no
tidade de petróleo e à presença de oleodutos que vêm do fundo, os outros eram julgados como representantes de
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final do século XIX passaram a fazer parte do império
conquistas às independências. São Paulo: Companhia das
colonial francês.
Letras, 1996. p. 39-40).
Em muitas regiões da África, ocorreu um grande para-
doxo: enquanto os muçulmanos haviam perdido o poder
Em 1884, 15 nações européias, além dos Estados Uni-
em detrimento do avanço colonial europeu, o islamismo
dados, promoveram a Conferência de Berlim, convocada
conquistava cada vez mais adeptos. Tribos inteiras se con-
pelo Primeiro-ministro da Alemanha Bismarck. Nesta con-
verteram. A expansão da religião muçulmana pode ser com-
ferência discutiram-se fundamentalmente formas de utili- preendida como uma reação das comunidades africanas à
zação dos rios Níger e Congo e a apropriação do continente imposição religiosa do colonizador, associada ao caráter
africano. Estabeleceu-se posteriormente a utilização dos universalista e altamente contestador do islamismo, espe-
paralelos e meridianos e do traçado dos rios como diviso- cialmente em relação ao Ocidente imperialista.
res artificiais da partilha colonial. Com isso os europeus Como resultado da descolonização, parte das nações
estabeleceram divisões internas em suas colônias, tanto africanas foi dominada por elites locais que desencadea-
para garantir controle militar quanto para estabelecer do- ram regimes autoritários e corruptos, agravando as condi-
mínio em áreas de mineração do território conquistado. ções subumanas a que foram submetidas essas populações
Com isso muitos grupos étnicos foram separados, en- ao longo de sua história. Este contexto de crise política, na
quanto outros sofreram com o processo de artificializa- qual o Ocidente demonstrou cada vez maior interesse em
ção de fronteiras, pois as nações européias colonialistas, integrar o continente como área de investimento do capita-
ao definir as divisas desses territórios, também separaram lismo internacional, associada à fome, às secas prolonga-
povos amigos e deixaram num mesmo território povos das e ao uso inadequado do solo, fez crescer a ampliação
inimigos, com o claro objetivo de dificultar alianças que do regime islâmico em muitos destes países. Em alguns
pudessem colocar em risco o processo neocolonial no con- deles ocorreu o pleno domínio das comunidades muçulma-
tinente. Além disso, os países europeus impuseram na nas, como é o caso do Marrocos, Mauritânia, Senegal, So-
África sua língua e sua história. Negligenciaram a tradi- mália etc., configurando uma integração religiosa bastante
ção da história oral africana e impuseram uma educação poderosa. Porém há outros países em que os muçulmanos
ocidentalizada, além de práticas religiosas e administrati- são minoria, não conseguindo influir politicamente. As regi-
vas. O malês Amadou Hampâté Bâ, em seu precioso livro ões em que os conflitos religiosos se instalaram são aquelas
Amkoulell, o menino fula, relata: “O fato de nunca ter tido em que a sociedade se encontra dividida entre muçulmanos
uma escrita jamais privou a África de ter um passado, uma e outras lideranças políticas locais. Nestes casos os conflitos
história e uma cultura. Como diria muito mais tarde meu têm sido intensos, como os que ocorreram recentemente na
mestre Tierno Bokar: ‘A escrita é uma coisa, e o saber é Nigéria, Sudão e Argélia.
outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em
si. O saber é uma luz que existe no homem. É a herança de 5. União Africana: um sonho possível?
tudo aquilo que nossos ancestrais puderam conhecer e que
se encontra latente em tudo o que nos transmitiram, assim O continente africano sofre, ainda hoje, conseqüên-
como o baobá já existe em potencial em sua semente’”. cias manifestas do processo colonial.
A forma como foi executada a partilha da África ex- No início do século XX formavam-se as bases de um
plica bem a realidade africana do final do século XX. Pri- movimento pan-africano que tomou força a partir das lu-
meiro, como continente espoliado em suas riquezas, e tas nacionalistas e de independência.
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ca descolonizada manteve as mesmas fronteiras artifici- verno federal a segurança das fronteiras internacionais e a
ais impostas pelos colonizadores. Além disso, grande parte presença das forças armadas em situações que os gover-
das elites locais que se assegurara no poder após a inde- nantes avaliem como de risco à segurança nacional.
pendência representava maiorias étnicas referentes à anti- Esta organização da segurança pública do país, heran-
ga configuração territorial. Esta resolução pode ser ça do regime militar, tem sido amplamente debatida e ques-
considerada a responsável pela instabilidade das frontei- tionada, à medida que a democracia brasileira vem se
ras e pelas sucessivas guerras étnicas que caracterizam as fortalecendo. Várias iniciativas estão sendo tomadas para
nações africanas, principalmente na região subsaariana. aproximar mais a polícia da comunidade e criar novos la-
Em setembro de 2002, os líderes africanos reuniram- ços com a sociedade civil. Há também iniciativas para in-
se em Durban, África do Sul, e colocaram fim à OUA, tegrar e até mesmo unificar as duas organizações policiais,
criando a União Africana (UA). Esta nova organização para que a segurança pública tenha uma ação mais efeti-
amplia o leque de objetivos para a integração do conti- va. Para isto, estão sendo realizados treinamentos conjun-
nente. A carta de abertura da UA propõe a criação de um tos entre policiais civis e militares, e sendo aumentados
Conselho de paz e segurança, com o objetivo de garantir a os investimentos em equipamentos mais adequados e em
paz no continente. Este conselho, representado por cinco salários dignos para os policiais. Além disto, há esforços
Estados africanos, terá poderes para intervir em guerras para a modernização do nosso Código Penal e para a revi-
locais evitando atos de extermínio em massa, como tem são do sistema prisional, que, em vez de integrar e possi-
ocorrido em diversos conflitos locais. Além disso, a UA bilitar chances de recuperação, transforma-se numa
terá como objetivo promover o desenvolvimento econô- verdadeira escola do crime.
mico e social, combatendo a fome e erradicando a pobre- Contudo, todas estas ações não têm sido suficientes
za em todo o continente africano. Vale saber se as medidas para a diminuição da ação do crime organizado. Pelo con-
propostas serão colocadas realmente em prática e de que trário, tem ocorrido uma escalada no consumo de drogas
forma os países colonizadores contribuirão para inserir a entre os jovens, tornando-os presas fáceis para as organi-
África no contexto internacional, não como o continente zações criminosas.
dos excluídos, mas como participante de decisões multi- Por causa desta situação, a segurança pública brasilei-
laterais geopolíticas e econômicas. ra está se transformando numa questão de Estado. Não é
por acaso que o tema tem sido amplamente debatido na
disputa eleitoral para a Presidência da República, por
6. As ramificações do crime organizado
exemplo. Como o crime organizado encontra-se articula-
no Brasil do numa rede mundial, o governo federal terá que se or-
De acordo com pesquisas divulgadas pela Organiza- ganizar para o planejamento e a integração das ações em
ção Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o triste pos- todo o território nacional.
to de segundo país do mundo em número de homicídios, Segundo o jornalista Carlos Amorim, autor do livro CV-
ficando atrás apenas da Colômbia, país que se encontra PCC — A irmandade do crime, não há na atualidade uma
em estado de guerra desde os anos 1970. Os dados são relação entre a população carente das favelas e o crime or-
assustadores: são assassinadas 27 pessoas em cada grupo ganizado: “As lideranças do crime organizado, intimamen-
de 100 mil por ano no Brasil. O mais preocupante é que as te relacionadas com populações carentes, foram
maiores vítimas são homens com idade entre 15 e 24 anos, encarceradas, mortas ou substituídas por uma nova geração
em pleno vigor e possibilidades de futuro! de traficantes. (...) Depois de mais de 20 anos de tráfico
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sil passou a ser também consumidor expressivo, pois se- nosas conseguiram estabelecer uma conexão perfeita, de-
gundo dados da Polícia Federal, o pagamento pelos sencadeando uma rebelião coletiva em inúmeros
serviços de transporte e envio da droga para o exterior a presídios de São Paulo e do Rio de Janeiro. É um cená-
partir do Brasil passou a ser pago em espécie. Assim os rio de uma guerra declarada. Somente com investimen-
traficantes, que anteriormente serviam de trampolim para tos sociais e melhorias das condições gerais de vida
a distribuição da droga principalmente para a Europa, ini- poderíamos frear o crescimento da atividade criminosa
ciaram um ciclo crescente de distribuição interna. no país. De acordo com o Projeto Segurança Pública para
Além disso, o Brasil tem sido utilizado como a princi- o Brasil, do Instituto Cidadania do Governo Federal, “no
pal área de lavagem de dinheiro do narcotráfico no Cone caso brasileiro, uma vaga no sistema penitenciário cus-
Sul. De acordo com os dados obtidos pelo jornalista Car- ta, em média, R$ 800 por mês (alguns exemplos regio-
los Amorim em seu livro, “o Banco Central recebeu 451 nais: R$ 1,2 mil em Brasília; R$ 550 no Rio de Janeiro).
comunicações dos bancos a respeito de indícios de lava- Construir o espaço prisional necessário para abrigar um
gem de dinheiro. Ainda segundo o BC, 200 remessas diá- preso custa, em média, R$ 12 mil, em se tratando de
rias de dinheiro para o exterior são monitoradas. Ou seja: uma unidade de segurança média, e R$ 19 mil para uma
a bagatela de 63.400 transferências por ano, aproximada- unidade de segurança máxima. Esses valores tornam-
mente, descontando sábados e domingos”. se chocantes quando comparados com o custo de um alu-
As facções brasileiras que lideram as atividades ilíci- no, por mês, em uma escola pública estadual da região
tas nasceram em tempos diferentes, porém apresentam as Sudeste: R$ 75,00; e de uma casa popular construída em
mesmas características. Primeiramente surgiu o Coman- regime de mutirão em algumas regiões do país: entre
do Vermelho, que no final da década de 1970 se estrutu- R$ 4 mil e R$ 7 mil”.
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