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Pensador.

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Artur da tavola despedida


Encontrados 68 com a expressão artur da tavola despedida

Coisas que a vida ensina depois dos 40

Amor não se implora, não se pede não se espera...


Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola

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• Na coleção de 954 pessoas

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TER OU NÃO TER NAMORADO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima,
nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é
fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a
quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo
proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão
ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não
sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois
amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche
de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou
lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa
o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de
Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia
rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo
alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o
mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques,
fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical
da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta
artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na
madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos
quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma
escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de
quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons
de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer
frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida
parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.
Artur da Távola

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Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer
bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar
bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.

Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos,
sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas
isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte
e ternura de mãos jardineiras.

Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas
e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam;
deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se
de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.
Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade,
equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual
não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com
justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor
do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor
apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar,
para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre,
igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a
cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.
Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não
atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa
importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para
quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda
atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz
encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos) :não teorize sobre o amor, ame. Siga o
destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a
sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.
Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é
sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a
vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas
criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo
do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu
gosto, eu estou com vontade.

Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor,
ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a
mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível,
ser.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide
agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-
se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.
Artur da Távola
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Aos que não casaram,


Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis
espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,


A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de
cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige
mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às
vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver
competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram
previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições,
demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio,
amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não
escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que


O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode
durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma
turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!


Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!
Artur da Távola

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AQUELE AMOR

Ela pertence à espécie de mulheres que possuem um só amor em toda a sua vida. Ou amam de verdade
apenas uma vez. Seria espécie de mulheres ou a maioria assim o é, mesmo sem o saber?
Também há homens de eterno amor, embora o machismo e as deformações de sua cultura e
comportamento nem sempre os convença de tal. Ou não convença a maioria. Ou será que o fato de
serem colocadores de semente por determinismo biológico os leva a não prestar a devida atenção à sua
destinação para o amor?
No meio da conversa ela diz, de repente, que só gostou de verdade de um homem e eis que vai buscar lá
entre papéis amassados, daqueles que esturricam o couro das carteiras, não um mas três retratos dele,
que espalha, qual cartas de baralho, sobre a mesa do restaurante. E fala dele com a mistura de ternura e
tristeza que assaltam as mulheres que não lograram viver com o seu amor, casar-se com ele, ter seus
filhos, viver em função dele e dela, unidos, pois esta é a verdadeira vontade e destinação da mulher:
viver ao lado do verdadeiro amor.
Sim, elas vivem de modo proibido se necessário, casam-se com outro, têm filhos, os amam fundamente,
mas a verdade de seu ser é a do amor verdadeiro, até porque mulher vive para amar e por amor, o resto
se ajeita. Podem até deixar seu amor dormitar por anos e parecer serenado. Volta, porém a qualquer
apelo ou menção do nome dele, encontro fortuito na rua com um conhecido dos tempos do namoro ou
da relação.
Como são comoventes e lindas na sua integralidade bíblica as mulheres quando expressam para os
demais ou para si mesmas, o amor de suas vidas ou quando consultam, escondido, os retratos
guardados, recortes, flores secas, a memória úmida das restantes lembranças em momentos de silêncio
e solidão!
Abençoados sejam, porque são, os homens e as mulheres que na passagem por esta vida receberam um
dia de alguém, ou deram, um amor único, original e definitivo. Abençoados sejam e para todo o sempre.
Como o amor que existe apesar de todas as ternas e dolorosas circunstâncias que não impedem a sua
verdade mas em muitos casos esmagam a sua plena realização.
Artur da Távola

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Freqüentemente sou compreendido por quem não me conhece e
incompreendido por quem me conhece
Artur da Távola

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Amor não se implora, não se pede não se espera...


Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Tavola

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TER OU NÃO TER NAMORADO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima,
nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é
fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a
quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo
proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão
ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não
sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois
amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche
de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou
lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa
o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de
Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia
rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo
alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o
mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques,
fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical
da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta
artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na
madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos
quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma
escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de
quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons
de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer
frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida
parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.
Artur da Távola

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Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima,
nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é
fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a
quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo
proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão
ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não
sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois
amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche
de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou
lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa
o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de
Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia
rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo
alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o
mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques,
fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical
da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta
artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na
madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos
quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma
escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de
quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons
de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer
frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida
parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.
Artur da Távola

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Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da
realidade.
Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail, um telefonema, uma canção suave,
um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.

Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais.
Admira paisagens, poeira e chuva.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e
dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que
seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

Gente de coração desarmado,


em ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.

Gente que erra e reconhece, cai e se levanta,


apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim como VOCÊ


e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!
Arthur da Távola

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AFINIDADE
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,


as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.


Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.


Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos


fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.


Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.


É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.


Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,


quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.


Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,


porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,


a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,


é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,


sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.
Arthur da Távola

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Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição
no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar!
Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos
faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que
muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É tudo
o mesmo amor, só que entre amantes existe
sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis
espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao
cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser
ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por
sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige
mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que
haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja,
antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma
paciência.
Amor, só, não basta!
Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não
foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de
carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições,
demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não
gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio,
amigos de infância, vida própria, um tempo pra
cada um. Tem que haver confiança! Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta
que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não
basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão,
racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não
dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!
Arthur da Tavola

É preciso prosseguir ainda quando se saiba que os outros não estão


preparados para a nossa generosidade.
Artur da Távola

O amor... Ah, o amor...


O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola

DESPEDIDA

Existem duas dores de amor:


A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,


a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.


Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.


Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.


É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Martha Medeiros

Mensagem de despedida aos amigos


Até aqui viajamos juntos.
Passaram vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas...
Não faltaram os grandes obstáculos.
Freqüentes foram as cercas, ajudando a transpor abismos...
As subidas e descidas foram realidade sempre presente.
Juntos, percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos cidades...
Chegou o momento de cada um seguir viagem sozinho...
Que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para
alcançarmos a alegria de chegar ao destino projetado.
A nossa saudade e a nossa esperança de um reencontro aos que, por vários
motivos, nos deixaram, seguindo outros caminhos.
O nosso agradecimento àqueles que, mesmo de fora, mas sempre presentes, nos
quiseram bem e nos apoiaram nos bons e nos maus momentos.
Dividam conosco os méritos desta conquista, porque ela também pertence a
vocês. Uma despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez.
Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
desconhecido

Despedida

E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez
fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile
de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer
cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito —
depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os
despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.

Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será
proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo
tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um
recôndito despeito.

E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida;
que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz:
que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso
confuso sonho?

Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos
obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos
maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois
bonecos na mão de um titeriteiro inábil.

Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que
não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio
torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra:
adeus.

A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.

Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág. 83.
Rubem Braga

Despedida

Eu não podia imaginar as coisas que me aconteceriam, o início foi incerto, confuso e incomum, onde
todos os estranhos fariam parte da minha vida, onde todos os cantos teriam histórias escondidas. Aqui
passei os melhores anos de minha vida, fize amigos, muitos dos quais, me acompanharão para sempre.
Por isso tenho que comemorar!

Esse é um momento especial! É hora de olhar para trás e ver por tudo o que já passei. Sem dúvida,
muitas tristezas e conflitos mas, felizmente, por inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de
cumplicidade.

Devo esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados e agradecer àqueles que me
impulsionaram adiante. É hora, mais do que nunca, de valorizar as amizades e os conhecimentos
adquiridos aqui.
desconhecido

Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo


que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.


E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.


Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.


Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.


(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
Cecília Meireles

Despedida de amigo de trabalho

Se por um instante Deus esquecesse de que somos uma marionete de pano e nos presenteasse com mais
um pouco de vida ao teu lado, possivelmente não diríamos tudo o que pensamos, mas definitivamente
pensaríamos em tudo o que dissemos.

Por tanto, pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, percebemos que os momentos de história
que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos.

Trabalhamos, mas também rimos muito, e podemos dizer que se Deus nos concedesse mais um pouco
de vida ao seu lado, morreríamos de tanto rir.

Neste momento palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na saudades que iremos sentir,
mas sorriso é o que te demonstraremos neste instante por ser o motivo deste até logo, a realização de
mais uma vitória em sua vida.

Sempre há um amanhã e a vida nos dá sempre mais uma oportunidade para fazermos as coisas bem, e
temos que aproveitar cada oportunidade, por isso sabemos que você tem que ir, mas ficaremos aqui
torcendo eplo seu sucesso hoje e sempre. Que você faça mais histórias maravilhosas e intensas como foi
a nossa.
Hoje é apenas a última vez que você verá as pessoas que conviveu no trabalho, mas o início de uma vida
de convivência de amigos eternos.
desconhecido

A Despedida

- Você vai aprender a viver sem mim, eu sei que vai. Ah, e... Se eu esqueci alguma coisa minha por aqui,
por favor, avise-me depois. Tchau.

Ela colocou a mochila nas costas e saiu antes que ele pudesse dizer uma ou duas palavras. Bateu a porta
e sumiu logo após a primeira curva da estrada. Nos olhos dele, milhares de lágrimas contidas
ameaçavam saltar para fora a qualquer momento. Não, ela não sabia o que estava dizendo. Ela não
imaginava que jamais ele aprenderia a viver novamente sozinho ou com outra garota qualquer. Era
tudo tão completo, tão perfeito e tão feliz que, sem ela, nada restava. Nada.

Mas finais são sempre assim, tristes e frios. Em alguns momentos de lucidez, ele lembrava de certos
filmes que havia visto, livros que havia lido e músicas que havia ouvido. Todos falavam sobre abismos,
sobre amores despedaçados, sobre dores agudas, sobre estradas sem fim. Mas, dentro da ficção, tudo
sempre tem cura: um outro amor, uma reconciliação, um novo brilho de presente aos olhos. Na
realidade, tudo é diferente. Ela não voltaria, ele jamais encontraria alguém que pudesse substituí-la e
talvez ele esquecesse, com o passar do tempo, coisas simples como andar ou falar, mas jamais
esqueceria a sensação de estar ao lado dela.

O problema é que ela sabia demais. Sabia sorrir, brigar, escrever, contar histórias, chorar baixinho e
ouvir as melhores músicas. Além disso ela era linda, linda além da conta, uma mistura de elementos
doces, ásperos, cítricos e delicadamente aromatizados. Ela sabia bater o pé, impor suas vontades,
perder a compostura e ainda assim manter aquele olhar inexplicavelmente sedutor. Maldito olhar,
maldito sorriso. Ele tinha caído em todas as armadilhas, sem exceção. Para ela, era apenas mais um -
um número, uma vítima, um degrau a ser superado.

Com a cabeça encostada na mesa, ele se lembrou que ainda morre-se por amor, por mais que a postura
contemporânea tente absorver certos ditos poéticos. Decidiu, então, morrer um pedaço, necrosá-lo e
extirpá-lo do próprio corpo, mesmo sabendo a quantidade de sangue que isto lhe custaria. Só assim
poderia trilhar os caminhos de sua própria estrada, ainda que com um enorme buraco cavado no peito.
Esta parecia a única saída no meio de tanta amargura: aprender a viver sem aquela carne, suportando
apenas as marcas do ferimento.

Um corte sem cicatriz, que vez ou outra inflamava. A cada inflamação, o fogo cortante partia ao meio
suas vísceras. Mas ele sabia como sobreviver, apesar de ferido. Ferido e sem ela.
Vanessa Marques

O mais triste de uma despedida


é a incerteza de uma volta.
desconhecido

A despedida é um momento de tristeza , em que corações se preparam


para viver uma saudade
desconhecido

"E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez
fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile
de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer
cordão. É melhor pensar que a última vez que se encontraram se curtiram muito — depois apenas
aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um
para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será
proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo
tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um
recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida;
que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz:
que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso
confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos
obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos
maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois
bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que
não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio
torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra:
adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo."
Rubem Braga

Ai de quem ama

Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida

Amar é triste
O que é que existe?
O amor

Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade

Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus
Vinícius de Moraes

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