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Geoffrey Chaucer (c. 1343 - 25 de outubro, 1400) foi um escritor, filósofo, cortesão e
diplomata inglês. Embora tenha escrito muitas obras, é mais lembrado pela sua obra
narrativa inacabada, Os Contos da Cantuária ("The Canterbury Tales" em inglês), uma
das mais importantes da literatura inglesa medieval.
Às vezes chamado de pai de literatura inglesa, é atribuído a Chaucer por alguns
estudiosos o fato de ter sido o primeiro autor a demonstrar a legitimidade artística do
inglês nativo, em vez do francês ou do latim.
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Biografia
Chaucer nasceu por volta de 1343, em Londres, embora a data exata e o local do seu
nascimento não sejam conhecidos. Seu pai e seu avô eram ambos fabricantes de vinho
em Londres e, antes disso, há várias gerações, os membros da família eram
comerciantes em Ipswich. Seu nome é derivado do francês chausseur, significando
sapateiro.[1] Em 1324 John Chaucer, pai de Geoffrey, foi raptado por uma tia, na
esperança de casar o menino de doze anos de idade com sua filha, na tentativa de
manter a propriedade em Ipswich. A tia foi presa e a multa de 250 libras cobrada sugere
que a família estava bem financeiramente, pertencente à classe média alta, se não à elite.
[2] John casou-se com Agnes Copton, que em 1349 herdou as propriedades, incluindo
24 lojas em Londres, de seu tio, Hamo de Copton, que é descrito como o "fabricante de
moeda" na Torre de Londres.
Há poucos detalhes do início da vida e da educação de Chaucer, mas em comparação
com poetas contemporâneos da mesma época, William Langland e Pearl Poet, sua vida
é bem documentada, com cerca de quinhentos itens escritos que atestam a sua carreira.
A primeira vez que é mencionado é em 1357, nas contas domésticas de Elizabeth de
Burgh, a condessa de Ulster, quando ele se tornou pajem da condessa por meio de
conexões de seu pai.[3] Trabalhou também como um cortesão, diplomata e funcionário
público, bem como trabalhou para o rei, coletando e inventariando sucata.
Em 1359, nos primeiros estágios da Guerra dos Cem Anos, Eduardo III invadiu a
França e Chaucer viajou com Leonel de Antuérpia, marido de Elizabeth, como parte do
exército inglês. Em 1360, foi capturado durante o cerco de Reims, tornando-se um
prisioneiro de guerra. Eduardo III contribuiu com 16 libras, como parte de um resgate,
[4] e Chaucer foi liberado.
Após isso, a vida de Chaucer é incerta, mas ele parece ter viajado à França, Espanha e
Flandres, possivelmente como um mensageiro, e talvez até mesmo ter ido em
peregrinação a Santiago de Compostela. Por volta de 1366, casou-se com Filipa (de)
Roet. Ela era uma dama de companhia da rainha de Edward III, Filipa de Hainault, e
uma irmã de Katherine Swynford, que mais tarde (c. 1396) se tornou a terceira esposa
do amigo e patrono de Chaucer, João de Gante. É incerto quantos filhos Chaucer e
Filipa tiveram, mas três ou quatro são mais comumente citados. Seu filho, Thomas
Chaucer, teve uma carreira brilhante, como copeiro-mor de quatro reis, enviado à
França, e Presidente da Câmara dos Comuns. A filha de Thomas, Alice, casou-se com o
duque de Suffolk. O bisneto de Thomas (trineto de Geoffrey), João de la Pole, Conde de
Lincoln, era o herdeiro ao trono designado por Ricardo III antes de ser deposto. Outros
filhos de Geoffrey provavelmente incluíam Elizabeth Chaucy, uma freira na Abadia de
Barking,[5][6] Agnes, uma assistente da coroação de Henrique IV e outro filho, Lewis
Chaucer.
Chaucer pode ter estudado Direito no Inner Temple (uma Inn of Court, corporação
profissional de advogados) por volta dessa época, embora a prova definitiva esteja
faltando. Tornou-se um membro da corte real de Eduardo III em 20 de junho de 1367
em uma posição que poderia acarretar qualquer número de postos de trabalho. Sua
esposa também recebeu uma pensão para um emprego na corte. Ele viajou ao exterior
muitas vezes, pelo menos alguns deles em seu papel de um valete. Em 1368, ele pode
ter assistido ao casamento de Leonel de Antuérpia com Violante, filha de Galeazzo II
Visconti, em Milão. Duas outras estrelas literárias da época estavam presentes: Jean
Froissart e Petrarca. Por esta altura, acredita-se que Chaucer tenha escrito The Book of
the Duchess (O Livro da Duquesa) em homenagem a Branca de Lencastre, a última
esposa de João de Gante, que morreu em 1369.