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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

ESTEVAM ELPÍDIO CAMPOS JÚNIOR

REESTRUTURAÇÃO DA ÁREA DE PLANEJAMENTO,


PROGRAMAÇÃO E CONTROLE NA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO
PORTUÁRIA - CVRD

São Luís
2006
1

ESTEVAM ELPÍDIO CAMPOS JÚNIOR

REESTRUTURAÇÃO DA ÁREA DE PLANEJAMENTO,


PROGRAMAÇÃO E CONTROLE NA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO
PORTUÁRIA – CVRD

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Mecânica da Universidade
Estadual do Maranhão, para obtenção do grau
de Bacharel em Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. M. Sc. Antonio Pereira e Silva

São Luís
2006
2

Campos Júnior, Estevam Elpídio

Reestruturação da área de planejamento, programação e


controle na gerência de manutenção portuária – CVRD / Estevam
Elpídio Campos Júnior. – São Luís, 2006.

74 f.

Monografia (Graduação em Engenharia Mecânica)


Universidade Estadual do Maranhão, 2006.

1. Planejamento 2. manutenção. I. Título


CDU: 627: 658.012.2
3

ESTEVAM ELPÍDIO CAMPOS JÚNIOR

REESTRUTURAÇÃO DA ÁREA DE PLANEJAMENTO,


PROGRAMAÇÃO E CONTROLE NA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO
PORTUÁRIA – CVRD

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Mecânica da Universidade
Estadual do Maranhão, para obtenção do grau
de Bacharel em Engenharia Mecânica.

Aprovada em / /

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________
Prof. M. Sc. Antonio Pereira e Silva (Orientador)

_________________________________________
Prof. Ivan Braga

_________________________________________
Prof. M. Sc. Wellinton de Assunção
4

A Deus, fonte da vida e inspiração.

À minha mãe, pelo incentivo e apoio em

todos os momentos.

Ao meu pai, Estevam Campos (in

memoriam) pelos ensinamentos deixados.

Aos meus irmãos pela compreensão e

incentivo nos momentos difíceis.


5

AGRADECIMENTOS

A Deus, que me iluminou dando-me força e coragem para realizar este

trabalho.

À minha mãe, pelo auxílio e dedicação constante.

Aos meus irmãos e amigos, pela compreensão por eventuais ausências

para a elaboração deste trabalho.

À Caroline Santos, pelo companheirismo em todos os momentos.

Ao Professor Antonio Pereira, pela orientação e compromisso durante a

elaboração deste trabalho.

Ao professor Wellinton de Assunção pela compreensão e colaboração

durante a elaboração deste trabalho.

Aos meus amigos Kardilson Pereira e Josenildo Lopes, pelo apóio e

incentivo constantes.
6

“Perseverar é um dos grandes segredos

do êxito. Muitas coisas na vida dependem

da continuidade da perseverança que tudo

alcança”.

Roque Schneider
7

RESUMO

Planejamento, programação e controle da manutenção. Apresentam-se as etapas

realizadas para estruturar a área de planejamento, programação e controle da

manutenção em uma empresa de grande porte. Enfatizam-se as atividades

realizadas em cada uma dessas etapas. Apresentam-se os cargos necessários para

essa estrutura, indicando as atividades e fluxos a serem seguidos para a execução

de cada atividade dentro desta área. Apresentam-se as fases necessárias para a

elaboração de um mapa de 52 semanas, bem como sua importância dentro de uma

estrutura de planejamento de manutenção. Enfatiza-se um sistema informatizado de

manutenção, capaz de dar suporte à área de planejamento, programação e controle

da manutenção. Apresenta-se uma estrutura de controle da manutenção capaz de

garantir a disponibilidade de dados confiáveis para a gestão da manutenção.


8

ABSTRACT

Planning, Programming and maintenance control. Are presented the stages realized

to structuralize the area of plannig, programming and maintenance control in a big

company. Are emphasized the activities realized in each one of the stages. Are

presented the necessary employments to that structure, indicating the activities and

flows to be followed to the execution of each activity of this area. Are presented the

necessary stages to elaboration of a 52-week´s map, as well as your importance

inside a Planning of maintenance structure. A maintenance’s software, able to give

support to the Planning programming and control area is emphasized. Is presented a

maintenance control structure, able to guarantee the availability of trustworthy datas

to the maintenance management.


9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 8.1 – Organograma CVRD...........................................................................30

Figura 8.2 – Organograma GEPON ....................................................................... 31

Figura 8.3 – Pilares de sustentação do projeto ProAtivo........................................ 35

Figura 8.4 – Pirâmide do SGM................................................................................36

Figura 8.5 – Diagnóstico dos blocos da pirâmide do SGM..................................... 37

Figura 8.6 – Organograma do PPC antes da reestruturação................................. 41

Figura 8.7 – Critérios para definição da criticidade dos equipamentos.................. 45

Figura 8.8 – Critérios de criticidade A,B e C........................................................... 46

Figura 8.9 – Planilha de criticidade ProAtivo.......................................................... 48

Figura 8.10 – Planilha de criticidade dos equipamentos.......................................... 49

Figura 8.11 – Estratégias de manutenção............................................................... 50

Figura 8.12 – Mapa de 52 semanas......................................................................... 52

Figura 8.13 – Tela de apresentação do MÁXIMO.................................................... 54

Figura 8.14 – O.S. encerrada no MÁXIMO...............................................................54

Figura 8.15 – Códigos de serviços realizados pela manutenção............................. 55

Figura 8.16 – Indicadores de desempenho da manutenção ................................... 63

Figura 8.17 – Indicadores de desempenho dos ativos............................................. 64

Figura 8.18 – Planilha de aderência ao planejamento..............................................65


10

LISTA DE SIGLAS

CCO – Centro de Controle Operacional

CVRD – Companhia Vale do Rio Doce

DIFN – Departamento de Ferrosos Norte

DF – Disponibilidade Física

FDM – Ficha de Devolução de Materiais

GAPUN – Gerência de Manutenção Portuária

GEPON – Gerência Geral de Operações Portuárias

LIC – Lista de Ítens Críticos

MTBF – Mean Time Between Failure (Tempo Médio Entre Falhas)

MTTR - Mean Time to Repair (Tempo Médio para Reparo)

O.S. – Ordem de Serviço

PPC – Área de Planejamento, Programação e Controle da Manutenção

SGM – Sistema de Gerenciamento da Manutenção

TMPM – Terminal Marítimo de Ponta da Madeira


11

SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .....................................................................................................9

LISTA DE SIGLAS.................................................................................................................10

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................14

2 HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO....................................................................................16

3 CONCEITOS DE MANUTENÇÃO ..................................................................................16

4 TIPOS DE MANUTENÇÃO ..............................................................................................17

4.1 Manutenção Corretiva .................................................................................................18

4.1.1 Manutenção corretiva não planejada .......................................................................18

4.1.2 Manutenção corretiva planejada ...............................................................................19

4.2 Manutenção Preventiva...............................................................................................20

4.3 Manutenção Preditiva ..................................................................................................21

4.4 Engenharia de Manutenção .......................................................................................22

5 ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO..............................................................................23

6 SISTEMA INFORMATIZADO DE MANUTENÇÃO......................................................25

7 PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO .........................................................................26

7.1 Considerações Gerais .................................................................................................26

7.2 Conceitos ........................................................................................................................27

7.3 Objetivos do Planejamento ........................................................................................28

7.4 Vantagens de um Bom Planejamento de Manutenção .......................................29

8 ESTUDO DE CASO NA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO PORTUÁRIA DO TMPM

NA CVRD ................................................................................................................................30

8.1 Visão Geral da CVRD ...................................................................................................33

8.2 Visão Geral da GAPUN ................................................................................................33

8.3 A manutenção como Função Estratégica ..............................................................34


12

8.4 Criação do Proativo......................................................................................................35

8.4.1 Diagnóstico da manutenção da CVRD.....................................................................36

8.4.2 Plano de implantação..................................................................................................38

8.5 Reestruturação da Área de Planejamento, Programação e Controle da

Manutenção...........................................................................................................................39

8.5.1 Situação atual da área de planejamento, programação e controle da

manutenção ............................................................................................................................40

8.5.2 Elaboração da nova estrutura de PPC.....................................................................42

8.5.3 Criação da equipe de programadores de turno (Help Desk)................................43

8.5.4 Mapa de 52 semanas..................................................................................................44

8.5.4.1 Definição da criticidade dos equipamentos..........................................................45

8.5.4.2 Definição da estratégia de manutenção ...............................................................50

8.5.4.3 Elaboração dos planos de manutenção ...............................................................52

8.5.4.4 Elaboração do mapa de 52 semanas ...................................................................53

8.5.5 Sistema informatizado.................................................................................................54

8.5.6 Definição das atividades e fluxos da área de PPC ................................................56

8.5.6.1 Planejador de manutenção .....................................................................................57

8.5.6.2 Aprovisionador de materiais ...................................................................................58

8.5.6.3 Programador de manutenção.................................................................................59

8.5.6.4 Programador de turno (Help Desk) .......................................................................61

8.5.6.5 Técnico de gestão de sobressalentes...................................................................62

8.5.6.6 Controladores............................................................................................................63

8.5.7 Reestruturação da área de controle da manutenção.............................................63

8.5.8 Implantação da nova estrutura de PPC na GAPUN ..............................................66

9 CONCLUSÃO .....................................................................................................................68
13

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................70

GLOSSÁRIO............................................................................................................................71

ANEXOS ..................................................................................................................................72
14

1 INTRODUÇÃO

A manutenção deixou de ser, nas últimas décadas, uma simples atividade

de reparo para se tornar um meio essencial ao alcance dos objetivos e metas da

organização. Coloca-se, estrategicamente, como parte fundamental do processo

produtivo em um ambiente onde, cada vez mais, se utilizam equipamentos de última

geração, com os mais modernos sistemas mecânicos e eletro-eletrônicos, de maior

grau de complexidade, alto custo e exigências elevadas quanto ao nível da

manutenção.

A maior complexidade dos equipamentos e diversidade dos ativos físicos

fez da manutenção uma função igualmente complexa, levando ao desenvolvimento

de novas técnicas, modernas ferramentas de gestão e abordagens inovadoras

quanto à organização e estratégia de manutenção.

Gerenciar corretamente esses modernos meios de produção exige

conhecimento de métodos e sistemas de planejamento e execução que sejam ao

mesmo tempo eficientes e economicamente viáveis. Equipamentos parados em

momentos inoportunos comprometem a produção e podem significar perdas

irrecuperáveis num ambiente altamente competitivo.

Diante desse cenário, a estrutura de planejamento, programação e

controle da manutenção tem um papel importantíssimo: fazer com que a

manutenção trabalhe de forma planejada, para que os recursos sejam aplicados de

forma correta, no momento adequado garantindo assim a disponibilidade dos

equipamentos e conseqüentemente uma maior produtividade.

Neste trabalho serão apresentadas todas as etapas de implantação de

uma nova estrutura na área de planejamento, programação e controle da


15

manutenção na Gerência de Manutenção Portuária, enfatizando a organização da

mesma com cargos e fluxos bem definidos e utilizando um sistema informatizado de

manutenção capaz de suportar as necessidades de crescimento da gerência e da

companhia.
16

2 HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO

Até 1914, inexistência de manutenção, as empresas reparavam seus

equipamentos com o efetivo disponível.

De 1914 a 1930 (1ª Guerra Mundial), aparece a manutenção corretiva

como parte integrante do organograma das empresas (em nível de seção).

De 1930 a 1940 (2ª Guerra Mundial), aparece a manutenção preventiva

atuando junto à corretiva. Os organogramas das empresas apresentam um órgão de

supervisão de manutenção do mesmo nível do de produção.

De 1940 a 1950, surge a Engenharia de Manutenção em nível

departamental, subordinada a uma gerência de manutenção e em mesmo nível do

órgão de execução de manutenção.

De 1950 a 1966, o órgão de Engenharia de manutenção assume posição

mais destacada, passando a desenvolver controle de manutenção a processo de

análise, visando a redução de custos de manutenção.

De 1966 à época atual, o órgão de Engenharia de Manutenção se vale de

processos sofisticados de controle, usando o computador e programas para análise

de resultados, passando a aplicar fórmulas mais complexas para o cálculo dos

mesmos. (VIANA, 2002)

3 CONCEITOS DE MANUTENÇÃO

“Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as

de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual


17

possa desempenhar uma função requerida” NBR 5462 (1994 apud DRUMOND,

2004, p. 103).

“Garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de

modo a atender a um processo de produção e a preservação do meio ambiente,

com confiabilidade, segurança e custo adequados” (PINTO e XAVIER, 1999, p.16).

4 TIPOS DE MANUTENÇÃO

Segundo Viana (2002) os tipos de manutenção, nada mais são do que as

formas como são encaminhadas as intervenções nos instrumentos de produção, ou

seja, nos equipamentos que compõem uma determinada planta. Neste sentido

observamos que existe um consenso, salvo algumas variações irrelevantes, quanto

aos tipos de manutenção.

Segundo a classificação de Pinto e Xavier (1999), são estes os principais

tipos de manutenção:

ƒ Manutenção Corretiva

ƒ Manutenção Preventiva

ƒ Manutenção Preditiva

ƒ Engenharia de Manutenção

Desta classificação foi excluída a manutenção detevtiva, por entender que

se trata apenas de uma técnica utilizada para realizar a manutenção preditiva.


18

4.1 Manutenção Corretiva

“Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a

colocar um item em condições de executar uma função requerida” NBR 5462 (1994

apud DRUMOND, 2004, p. 103).

“É a atuação para a correção da falha ou do desempenho menor que o

esperado” (PINTO e XAVIER, 1999, p. 32).

Segundo Pinto e Xavier (1999), é importante lembrar que a manutenção

corretiva ocorre em duas situações específicas: quando o equipamento apresenta

um desempenho abaixo do esperado, apontado pelo monitoramento do

equipamento; ou quando ocorre a falha do equipamento.

Dessa forma, podemos verificar que a principal função da manutenção

corretiva é restaurar ou corrigir as condições de funcionamento de um determinado

equipamento ou sistema. E baseado nisto, a manutenção corretiva se divide em:

Planejada ou Não Planejada.

4.1.1 Manutenção corretiva não planejada

“É a correção da falha de maneira aleatória” (PINTO e XAVIER, 1999, p.

32).

Este tipo de manutenção, segundo Pinto e Xavier (1999), acontece após a

falha ou perda de desempenho de um equipamento sem que haja tempo para a

preparação dos serviços, trazendo prejuízos enormes para as empresas, pois

implica em altos custos (causados pela interrupção da produção ou pelos altos


19

custos necessários para realizar esta manutenção inesperada) e dependendo da

atividade da empresa, perda da qualidade do produto.

Segundo Pinto e Xavier (1999), um dos grandes desafios da manutenção

é conseguir evitar esse tipo de manutenção, que apesar de todos os transtornos,

ainda é muito praticada nos dias de hoje.

4.1.2 Manutenção corretiva planejada

“É a correção do desempenho menor do que o esperado ou da falha, por

decisão gerencial, isto é, pela atuação em função de acompanhamento preditivo ou

pela decisão de operar até a quebra” (PINTO e XAVIER, 1999, p. 34).

Segundo Pinto e Xavier (1999), este tipo de manutenção depende da

qualidade da informação fornecida pelo acompanhamento preditivo e possibilita um

planejamento para a execução das tarefas, de forma que os custos podem ser

minimizados, uma vez que estamos esperando a falha ou a perda de rendimento do

equipamento.

A decisão por este tipo de manutenção pode advir de vários fatores: a

falha não oferece qualquer possibilidade de risco às pessoas e ou instalações;

possibilidade de conciliar a necessidade da intervenção com os objetivos de

produção; garantia de disponibilidade de sobressalentes e ou ferramentas

necessárias à execução da manutenção; existência de recursos humanos

necessários à execução da atividade.


20

4.2 Manutenção Preventiva

“Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com

critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do

funcionamento de um item” NBR 5462 (1994 apud DRUMOND, 2004, p. 104).

“É a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou quebra no

desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em

intervalos definidos de tempo” (PINTO e XAVIER, 1999, P. 35).

Segundo Pinto e Xavier (1999) a manutenção preventiva, ao contrário da

corretiva, visa evitar a falha do equipamento. Este tipo de manutenção é realizado

em equipamentos que não estejam em falha, ou seja, estejam operando em

perfeitas condições. Desta forma podemos ter duas situações bastante diferentes

quando realizamos este tipo de manutenção: a primeira situação é quando paramos

o equipamento bem antes do necessário para fazer a manutenção do mesmo; a

segunda situação é a falha do equipamento, por termos estimado o período de

reparo do mesmo de maneira incorreta.

Baseando-se nestas duas situações é importante que a definição do

período de parada dos equipamentos seja efetuada por pessoas experientes, ou

seja, que conheçam bem o equipamento a ser manutenido, baseando-se em

informações do fabricante do equipamento e principalmente nas condições

climáticas que estes se encontram, pois um mesmo equipamento pode se comportar

de maneira bem distinta quando submetido a condições climáticas diferentes.

Segundo Pinto e Xavier (1999), a manutenção preventiva tem um lado

negativo, pois pode introduzir defeitos não existentes no equipamento devido a:

falhas humanas, falhas nos componentes sobressalentes, contaminações em


21

sistemas de óleo dos equipamentos, falhas ocasionadas durante partidas e paradas

dos equipamentos e falhas nos procedimentos de manutenção.

4.3 Manutenção Preditiva

“Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com

base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de

meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao

mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva” NBR

5462 (1994 apud DRUMOND 2004, p. 104).

“É a atuação realizada com base em modificações de parâmetro de

condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma sistemática”

(PINTO e XAVIER, 1999, p. 35).

Na verdade este tipo de manutenção, nada mais é do que uma

manutenção preventiva baseada na condição do equipamento. Este tipo de

manutenção é interessante, pois permite o acompanhamento do equipamento

através de medições realizadas com o equipamento em pleno funcionamento, o que

lhe possibilita uma maior disponibilidade, já que este vai sofrer intervenção, somente

quando estiver próximo de um limite estabelecido previamente pela equipe de

manutenção.

Podemos dizer que a manutenção preventiva prediz a falha do

equipamento e quando se resolve fazer a intervenção para o reparo do mesmo, o

que acontece, é na verdade uma manutenção corretiva programada.


22

Segundo Pinto e Xavier (1999), as condições básicas para que seja

estabelecido este tipo de manutenção, são as seguintes:

a) o equipamento, sistema ou instalação deve permitir algum tipo de

monitoramento;

b) o equipamento, sistema ou instalação deve ter a escolha por este tipo

de manutenção justificada pelos custos envolvidos;

c) as falhas devem ser originadas de causas que possam ser monitoradas

e ter sua progressão acompanhada;

e) adoção de um programa de acompanhamento, análise e diagnóstico,

sistematizado.

4.4 Engenharia de Manutenção

A Engenharia de Manutenção é na verdade uma evolução da manutenção

industrial. Segundo Pinto e Xavier (1999, p. 42), “Engenharia de Manutenção

significa perseguir benchmarks, aplicar técnicas modernas, estar nivelado com a

manutenção de Primeiro Mundo”.

Segundo Fabro (2003), quando a área de manutenção de uma empresa

passa a praticar a engenharia de manutenção, ela começa a mudar sua cultura;

passa a investigar as causas das quebras e interrupções, modificar situações

crônicas, melhorar sistemáticas, enfim, almeja garantir maior disponibilidade à

planta, utilizando técnicas consagradas a custos aceitáveis. Neste mesmo sentido, a

engenharia de manutenção encarrega-se da gestão do processo de manutenção,

procurando melhorar continuamente a eficiência do mesmo.


23

Dentre as atividades, que geralmente são atribuídas à Engenharia de

Manutenção, podemos citar segundo Fabro (2003).

a) arquivo técnico: documentação técnica em geral, elaboração de

procedimentos;

b) desenvolvimento de fornecedores;

c) estudos, automações e melhorias de manutenção;

d) apoio técnico a manutenção;

e) normalizações: componentes, sobressalentes, treinamentos.

5 ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO

Segundo Menezes e Almeida (2002), a estratégia de manutenção para

cada equipamento consiste na escolha da política de manutenção mais adequada

para o equipamento, visualizando-se os objetivos claros de: maior disponibilidade

através do aumento da confiabilidade e manutenibilidade (MTBF máximo e MTTR

mínimo), maximização da vida útil e minimização dos custos. E essa escolha é

fundamental para que a empresa obtenha êxito na manutenção dos equipamentos.

Segundo Fabro (2003), para que possamos determinar corretamente

quais os tipos de manutenção são mais adequados para os equipamentos que serão

manutenidos, é importante a verificação de alguns fatores, como:

a) recomendações do fabricante;

b) segurança;

c) características do equipamento;

d) meio ambiente;

e) custos;
24

É importante a verificação de manuais do fabricante do equipamento para

que possam ser observados aspectos relevantes para cada tipo de equipamento,

como por exemplo: periodicidade de manutenção, procedimentos de correção de

falhas, etc.

O aspecto segurança deve ser colocado em primeiro plano, para que não

tenhamos acidentes fatais por conseqüência da quebra de um equipamento.

Uma boa harmonia Homem – Máquina – Meio Ambiente deve sempre

existir. Para que isso ocorra, aspectos legais devem sempre ser observados e

seguidos à risca.

As características dos equipamentos não podem ser esquecidas, já que

para a determinação da estratégia de manutenção, aspectos como tempo médio

entre falhas, vida dos componentes, tempo médio do reparo, são muito importantes.

O fator econômico, também é determinante para a definição da estratégia

de manutenção e deve ser analisado com muita frieza, uma vez que é determinante

para o sucesso de qualquer empresa. Devem ser observados, neste caso, todos os

custos relacionados com a parada do equipamento, como por exemplo: quanto vai

custar para a empresa deixar de produzir por um determinado intervalo de tempo

para fazer manutenção em certo equipamento, ou quanto vai custar à quebra de um

determinado equipamento que não parou para receber manutenção. Outro aspecto

importante é quanto a empresa irá gastar com recursos humanos, ferramentas e

peças para realizar uma determinada estratégia de manutenção.

Uma vez definidas as políticas de manutenção mais adequadas para cada

equipamento, devem ser elaborados os planos de manutenção. Através dos Planos

de Manutenção Preventiva são operacionalizadas as políticas de manutenção dos


25

equipamentos, estabelecendo-se as freqüências e abrangências das intervenções

bem como os parâmetros de monitoramento.

6 SISTEMA INFORMATIZADO DE MANUTENÇÃO

Segundo Branco Filho (2005), um sistema de manutenção informatizado

permite a interligação da manutenção com as demais áreas da empresa, tornando o

gerenciamento de custos, materiais e pessoal mais ágil e seguro. O fator primordial

da informatização da manutenção é o gerenciamento dos equipamentos e

instalações, visando possibilitar a formação de um banco de dados histórico dos

equipamentos, o planejamento e programação de recursos para a manutenção,

orientar atividades e estabelecer o panorama das condições dos equipamentos.

O uso de sistemas informatizados no gerenciamento da manutenção

segundo Dias (2002 apud Fabro 2003, p. 29), “é fundamental para a execução da

política de manutenção, em razão do alto volume de informações manuseado pela

equipe e do pequeno número de profissionais envolvidos”.

Desta forma podemos dizer que um sistema de manutenção

informatizado possui um papel importante na evolução do processo de manutenção,

dinamizando o mesmo, através do fluxo rápido das informações, sendo utilizado

como ferramenta para o gerenciamento, além de formar um banco de dados,

permitindo o uso de históricos na busca de informações para o planejamento e para

o rastreamento de problemas que já ocorreram.


26

7 PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO

7.1 Considerações Gerais

Segundo Branco Filho (2005), é através de um planejamento adequado

de manutenção que se consegue obter melhores níveis de disponibilidade do

equipamento e conseqüentemente do processo produtivo, sendo a disponibilidade

operacional o grande indicador da excelência da manutenção e da garantia de

produtividade.

O processo de manutenção, cada vez mais tem importância no alcance

dos objetivos globais da organização, principalmente aqueles relacionados com a

estratégia de produção. O processo de manutenção deve servir de apoio para que a

produção consiga atingir seus objetivos, ou seja, ele deve estar adequado às suas

necessidades. Este alinhamento desejado entre o processo de manutenção e os

objetivos de produção é alcançado com um bom planejamento de manutenção.

De acordo com Fabro (2003), o planejamento de manutenção é resultante

do processo de manutenção, que deve ser desenvolvido com base nas estratégias

de produção e deve estar conseqüentemente orientado pelo planejamento

estratégico da empresa. Assim, tanto o planejamento de manutenção quanto seu

processo de gestão, precisam ser constantemente revistos e readequados para o

atendimento das necessidades cada vez mais flexíveis da produção.

Se tivermos atividades de manutenção realizadas sem planejamento,

corremos o risco de trazer prejuízos e comprometer inclusive a imagem da empresa

junto a seus clientes. Imaginemos que uma empresa deixe de produzir porque está

com equipamentos danificados e o tempo de reparo destes foi muito grande e


27

comprometeu a produção diária. Esta empresa está correndo o risco de

comprometer os prazos de entrega dos produtos junto aos seus clientes, perder a

credibilidade e afetar negativamente a imagem da empresa.

Segundo Barbosa (2002), a média de trabalho de funcionário de

manutenção é cerca de quatro horas para uma jornada de oito horas. Isso mostra

que diversas empresas têm uma deficiência muito grande para planejar suas

atividades de manutenção.

Os principais problemas que afetam a manutenção e comprometem os

tempos de reparo, segundo Barbosa (2002) são: muitas idas ao almoxarifado e a

ferramentaria, falta de material no local de trabalho (esperando entrega do

almoxarifado), insuficiência de mão-de-obra programada, transferência de mão-de-

obra para outro local de trabalho por causa de manutenção de emergência, etc.

Todos estes problemas podem ser evitados se existir um planejamento bem feito

para as atividades, onde os materiais e a mão-de-obra sejam alocados de maneira

correta, o almoxarifado entregue os materiais em tempo hábil, as ferramentas sejam

programadas com antecedência e estejam no local de trabalho para a execução dos

serviços.

7.2 Conceitos

“Elaboração, por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com

objetivos definidos” Aurélio (1986 apud BARBOZA, 2002, p. 6).

“Análise e decisões prévias das intervenções, seqüência, métodos de

trabalho, materiais e sobressalentes, dispositivos e ferramentas, mão-de-obra e


28

tempo necessário para a reparação de um item, máquina e instalação” (BRANCO

FILHO, 1996).

O planejamento tem como finalidade comunicar as intenções daquilo que

se planeja, levando outras pessoas a conhecerem a realidade que se pretende e,

assim, à execução das etapas que conduzem às metas e objetivos.

Segundo Viana (2002),todo plano tem duas características:

a) tarefas: coisas a fazer;

b) recursos: pessoas, máquinas, materiais - que serão utilizados para a

realização das tarefas.

7.3 Objetivos do Planejamento

Segundo Fabro (2003) o planejamento visa proporcionar maior

confiabilidade, manutenibilidade e conseqüentemente disponibilidade ao

equipamento. Deve atender bem os equipamentos críticos da produção, por isso sua

elaboração precisa ser orientada pela união de objetivos e políticas de produção

juntamente com os de manutenção. Cabe a engenharia de manutenção proporcionar

um processo de manutenção que dê sustentação para a eficiente elaboração e

execução de um plano de manutenção. Plano este que deve ser orientado em

função da criticidade dos processos, e ou equipamentos, visando direcionar os

esforços para os equipamentos dos processos realmente críticos, e economizando

os esforços para os menos críticos.


29

7.4 Vantagens de um Bom Planejamento de Manutenção

De acordo com Fabro (2003), a adoção de um bom planejamento pode

trazer muitos benefícios para a área de manutenção da empresa. Abaixo estão

listadas algumas vantagens importantes, como:

a) possibilidade de planejamento de recursos humanos;

b) evita erros na contratação de terceiros e na aquisição de sobressalente

(possibilita o gerenciamento de sobressalente);

c) possibilidade de aquisição de materiais com melhor qualidade e com

menor custo;

d) através de planos de trabalho, cronogramas podem ser preparados e

coordenados com planos de produção;

e) permite a identificação de padrões de trabalho ainda não elaborados;

f) o senso de responsabilidade das pessoas pode ser estimulado;

g) evita-se o trabalho desnecessário;

h) possibilita a manutenção de oportunidade (quando há uma paralisação

do equipamento para preparações, falta de matéria-prima, ou outro

fator que permita a entrada da equipe de manutenção para a

realização de manutenção);

i) é possível estimar o número de etapas envolvidas no plano de

manutenção e o custo de cada uma.


30

8 ESTUDO DE CASO NA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO PORTUÁRIA DO TMPM

NA CVRD

Este estudo foi realizado na CVRD, no Terminal Marítimo de Ponta da

Madeira, mais especificamente na Gerência de Manutenção Portuária (GAPUN), que

está ligada à Gerência Geral de Operações Portuárias (GEPON), Gerência esta que

faz parte da Diretoria de Ferrosos Norte (DIFN). Na figura 1 é mostrado o

organograma da CVRD até o nível da GEPON.

Na figura 2 é mostrado o organograma da GEPON, situando a GAPUN

bem como a área de planejamento, programação e controle da manutenção.


31

Conselho de
Administração

Auditoria Interna

Diretor
Presidente

Secretaria Depto de Depto de Consultor Fundação Depto de


de Apóio à Relações Gestão Geral Vale do Rio relações
Gov. e Ass. Institucionais Ambiental e Doce Internacionais
Corp. Nac. territorial

Depto de Depto
serviços Jurídico
Jurídicos Corporativo

Diretoria
de
Ferrosos

Departamento
de Ferrosos
Norte (DIFN)

Gerência
Geral de
Operações
Portuárias
(GEPON)

Figura 8.1 – Organograma CVRD. Fonte GAPUN.


32

GEPON
Gerência Geral de
Operações Portuárias

Coordenação de Coordenação de
Estudos de Capacidade e Qualidade, Segurança e
Processos Meio Ambiente

Coordenação de Gestão
Integrada (Econômica,
Contratos e Materiais)

GAPON GAPUN GANOG


Gerência de Operações Gerência de Manutenção Gerência de Operações
Porto - Ferrosos Porto – Carga Geral

Staff
Facilitador SSO, Qualidade e Meio
Ambiente.
Gestão integrada de contratos
Engenheiros de Manutenção
Analista de Gestão de Manutenção

PPC Inspeção Descarga & Embarque Máquinas Transport. Força e Lubrificação Turno
Peneiram. de Pátio De correia Energia

Figura 8.2 – Organograma GEPON. Fonte GAPUN.


33

8.1 Visão Geral da CVRD

A CVRD é a maior empresa de mineração diversificada das Américas.

Presente em 14 estados brasileiros e em cinco continentes, opera mais de 9 mil

quilômetros de malha ferroviária e 10 terminais portuários próprios.

Líder mundial no mercado de minério de ferro e pelotas, a Vale é

a segunda maior produtora integrada de manganês e ferroligas, além de maior

prestadora de serviços de logística do Brasil. Maior exportadora global de minério de

ferro e pelotas, comercializa seus produtos para indústrias siderúrgicas do mundo

inteiro. No Brasil, o produto é explorado em três sistemas integrados, cada um

formado por mina, ferrovia, usina de pelotização e terminal marítimo.

No exterior, tem empresas controladas e coligadas nos Estados Unidos,

Argentina, Chile, Peru, França, Noruega e Bahrain, e escritórios em Nova York,

Bruxelas, Gabão, Tóquio e Xangai (DRUMOND, 2004).

8.2 Visão Geral da GAPUN

No anexo A podemos ter uma visão geral de toda a área do Terminal

Marítimo de Ponta da Madeira, onde podemos verificar a grandeza da área com um

uma grande quantidade de equipamentos como: transportadores de correia,

empilhadeiras, carregadores de navios, etc.

A GAPUN é responsável pela manutenção de todos os equipamentos do

TMPM, ou seja, é responsável pela garantia da disponibilidade desses

equipamentos para a GEPON. Para tanto é imprescindível a existência de uma área


34

de planejamento de manutenção capaz de suportar todas as manutenções

realizadas pela execução.

8.3 A manutenção como Função Estratégica

Em 2003, ao analisar seus gastos, a CVRD observou que cerca de 40%

do custo total da Companhia era relacionado à manutenção. No segundo semestre

de 2003, a Vale contratou os serviços da DATAFCVV Consultoria Empresarial e

Representações Ltda, com o objetivo de levantar a situação da Confiabilidade

Técnica das Gerências de engenharia e manutenção do desempenho da função dos

equipamentos ou instalações da CVRD.

Verificou-se o gerenciamento da rotina, o ciclo de vida dos equipamentos

ou instalações, apresentando os resultados obtidos nas reuniões informativas com

as equipes, através da amostragem do acompanhamento das tarefas de execução,

das atividades da rotina de manutenção na área, desde as suas diretrizes, passando

pelo planejamento, inspeção, programação etc., até a avaliação do comportamento

do sistema de gestão da manutenção, conforme modelo proposto pelo SGM/CVRD

no Manual de Manutenção Industrial, material elaborado por empregados da Vale.

Em 2004, foram discutidas na CVRD as estratégias para que a empresa

pudesse avançar com mais velocidade em busca de patamares mais elevados. Foi

constatado que a falta de um sistema de manutenção unificado para toda a empresa

não estava contribuindo para esse objetivo.

A partir de então, e com a oficialização do manual do SGM pelo

presidente da CVRD, foram dados os primeiros passos em busca da excelência da


35

manutenção, ou seja, elevar a manutenção da CVRD ao nível de manutenção

Classe Mundial (DRUMOND, 2004).

8.4 Criação do Proativo

A meta do presidente da CVRD era estar entre as 03 maiores

mineradoras do mundo até 2010 (DRUMOND, 2004). Para que esta meta fosse

alcançada, foram levantados alguns pontos importantes e indispensáveis:

a) aumento da capacidade produtiva;

b) aquisição de outras empresas;

c) produzir mais com os mesmos ativos.

Produzir mais com os mesmos ativos foi o ponto chave e o principal

motivo para que começasse um processo de transformação da manutenção na

CVRD. Este passou a ser o foco da manutenção. Contudo, notou-se que somente a

implantação dos processos do SGM não levaria a manutenção ao status de Classe

Mundial, era necessário também dar atenção especial às pessoas, qualificando e

capacitando a força de trabalho. Além disso, era necessário um sistema de

manutenção que interagisse de maneira eficaz com as demais interfaces e tornasse

mais fácil o manuseio e geração de informações. Para isto, foi implantado em

paralelo o projeto ELO, com o objetivo de unificar todos os sistemas de informação

da companhia.
36

Em agosto de 2004, uma equipe formada por 12 engenheiros da CVRD e 11

consultores da empresa ACCENTURE, reuniu-se e deu início então ao Projeto

ProAtivo, tendo como pilares de sustentação do mesmo: as pessoas, os processos e

a tecnologia e como meta atingir a Manutenção de Classe Mundial até o ano de

2008 (DRUMOND, 2004).

Programa
Programa de
de Transformação
Transformação da
da Manutenção
Manutenção ProAtivo
ProAtivo

Meta
Meta 2008
O 2008
Manutenção
Manutenção
de
de Classe
Classe
Mundial
Mundial

Objetivo
Pessoas Processos Tecnologia Longo Prazo
Estrutura Práticas SGM ELO -MAXIMO
Perfil
Capacitação

Figura 8.3 – Pilares de sustentação do projeto ProAtivo. Fonte: Drumond, 2004.

8.4.1 Diagnóstico da manutenção da CVRD

Era necessária uma ferramenta de comparação com os melhores

processos de manutenção em nível mundial (Benchmarking) para avaliação das

áreas de manutenção da CVRD. Para isto a equipe do projeto baseou-se nos

processos da pirâmide do SGM (ver figura 4) e elaborou o guia de implantação do

SGM, que serviu de ferramenta para o diagnóstico da manutenção. A pirâmide é

dividida em 4 estágios. As metas de 2005 a 2008 são o alcance de 85% de cada

estágio por ano.


37

Figura 8.4 – Pirâmide do SGM. Fonte: Drumond, 2004.

Em outubro de 2004, a equipe do ProAtivo realizou o diagnóstico que

retratou a situação das áreas de manutenção. Cada uma das 80 áreas

diagnosticadas recebeu o seu resultado específico, mostrando a aderência em

relação aos processos da pirâmide do SGM. As áreas passaram a ser chamadas de

funções manter. Na oportunidade a equipe do projeto levantou as melhores práticas

das áreas e elaborou o guia de melhores práticas. Este serve como balizador para a

realização das atividades da pirâmide.

Na figura 5 pode ser verificado o resultado do diagnóstico, que mostra o

benchmark interno para cada um dos blocos da base da pirâmide, bem como a

média CVRD.
38

Implantatação SGM
100%
Resultado de
80% Priorização
Desempenho
60%

40%

Sistema Padrão 20% Planejamento


0%

Falhas Manut.Preventiva

Ger.Materiais e Contratos Sistematização Padrão

Benchmark interno
Média CVRD
Figura 8.5 – Diagnóstico dos blocos da pirâmide do SGM. Fonte: Drumond, 2004.

8.4.2 Plano de implantação

Após o diagnóstico, foi dado início à fase de planejamento das atividades

do projeto. O ProAtivo entregou para cada Função Manter um kit de implantação,

arquivo em Excel contendo todas as ações do Guia de Implantação do SGM. De

posse desta ferramenta, cada Função Manter verificou as ações que se traduziram

em iniciativas do projeto de transformação, de forma que ao final de 2005 o primeiro

estágio da pirâmide estivesse implantado.

O direcionamento estratégico do projeto foi que primeiramente a Função

Manter deveria garantir o cumprimento de todos os requisitos de fundamento da

manutenção, para somente então partir para outros estágios.


39

Uma vez garantido que tais fundamentos estivessem implementados

adequadamente, o direcionamento é que fossem priorizadas as iniciativas que

trouxessem maior benefício e com menor dificuldade de implantação.

A partir destas definições foi elaborado um cronograma contendo todas as

atividades que deveriam ser realizadas para que fosse possível atingir a base da

pirâmide. Neste cronograma todas as atividades foram descritas com seus

respectivos prazos e recursos necessários para realização, bem como os

responsáveis pela execução das mesmas.

8.5 Reestruturação da Área de Planejamento, Programação e Controle da

Manutenção

A atividade de reestruturação da área de planejamento, programação e

controle da manutenção está contemplada no bloco dois da base da pirâmide da

excelência (figura 8.4).

O fato do bloco de planejamento está localizado na base da pirâmide,

mostra o quanto ele é importante para a atividade de manutenção e que uma

estrutura bem definida na área de planejamento é fundamental para uma área que

quer ser considerada como manutenção de Classe Mundial.

Para reestruturar a área de planejamento, programação e controle da

manutenção na GAPUN, fez-se necessária primeiramente uma avaliação da

situação atual, ou seja, a real situação da área antes da implantação do projeto

ProAtivo.
40

8.5.1 Situação atual da área de planejamento, programação e controle da

manutenção

Segundo observações realizadas na área e o depoimento do novo

Supervisor de PPC, Anderson Souza, que foi contratado para juntar-se a equipe do

ProAtivo na GAPUN para reestruturar a área no que diz respeito a planejamento,

programação e controle da manutenção, a situação não é muito confortável, pois

atividades essenciais estão sendo colocadas de lado por falta da devida organização

na estrutura do planejamento. A seguir são mostradas algumas das dificuldades

enfrentadas pela área:

a) um dos problemas detectados na estrutura do PPC é a inclusão da

inspeção como parte desta área, ou seja, existe na verdade uma área

de planejamento, programação, controle e Inspeção (PPCI). Isto até

pode ser aceito, porém devido ao tamanho da área de manutenção no

Porto de Ponta da Madeira, fica complicado para um único supervisor

comandar duas equipes distintas, ou seja, trabalhar junto aos

inspetores na inspeção e trabalhar junto aos planejadores,

programadores e controladores no PPC. Ainda neste ponto,

verificamos que é necessária uma adequação da estrutura para

atender todas as áreas da gerência.

b) o efetivo não consegue desempenhar suas funções corretamente. Isto

se deve principalmente ao fato da não existência de fluxos definidos

para cada função.

c) utilização de um sistema informatizado de manutenção com muitas

falhas devido à inserção incorreta de dados. A área não possui um


41

histórico confiável dos dados dos equipamentos. Outro problema é a

falta de interação com os demais sistemas corporativos, prejudicando a

realização das atividades de planejamento, programação e controle da

manutenção. Um exemplo típico é que para verificar a existência de

materiais no almoxarifado é necessário o acesso a um programa

diferente daquele utilizado para fazer a programação das atividades.

d) falta de direcionamento na realização das atividades. Planejadores

realizando atividades de planejamento sem a existência de um plano

anual de manutenção (mapa de 52 semanas). Isto faz com que o

planejador execute suas atividades de maneira aleatória, não tendo

condições de controlar os recursos necessários e sem ter uma

previsão de quanto a GAPUN gastará com a manutenção dos seus

ativos (equipamentos) durante o ano, o que acaba comprometendo o

orçamento anual da gerência.

e) falta de controle eficiente das atividades de manutenção. Este

problema tem como principal causa, a inserção incorreta de dados no

sistema de manutenção (SISMAN), devido à falta de mão-de-obra

dedicada á realização desta atividade.

f) não realização de manutenção de oportunidade (manutenção realizada

nos intervalos de funcionamento dos equipamentos) por falta de

programação dos serviços. Isso faz com que a área tenha que parar o

equipamento para manutenção num horário em que o mesmo poderia

está sendo utilizado, prejudicando às vezes a operação, porque não

soube como aproveitar os espaços oferecidos.


42

Estes são os principais problemas encontrados por falta de uma estrutura

bem definida na área de planejamento, programação e controle na GAPUN. São

elementos básicos, que devem fazer parte da manutenção do dia-a-dia de qualquer

área de manutenção que pretende ser considerada como Classe Mundial. Para a

reestruturação da área de PPC foi seguido o referencial teórico citado neste

trabalho, bem como sugestões da equipe de implantação do projeto ProAtivo –

CVRD.

8.5.2 Elaboração da nova estrutura de PPC

Como foi verificado anteriormente, um dos problemas encontrados foi

exatamente a inclusão da Inspeção na estrutura de PPC e a não adequação desta

estrutura à realidade da gerência. A figura 8.6 mostra este modelo de estrutura.

PPCI 25 Técnicos

11 Técnicos PPC INSPEÇÃO. 14 Técnicos


CONTROLE
02 Técnicos

DESCARGA PÁTIOS EMBARQUE VULC./ TRANSP. MECÂNICA ELÉTRICA ANÁLISE


EQUIP.AUX. END
01 Planejador 01 Planejador 01 Planejador 01 Planejador
09 Técnicos 03 Técnicos 03 Técnicos
01 Programador 01 Programador 02 Programadores 01 Programador

Figura 8.6 – Organograma do PPC antes da reestruturação. Fonte GAPUN.

Para solucionar este problema foi elaborada uma nova estrutura de PPC,

separando a área de inspeção e adequando a estrutura com a realidade atual da

gerência.
43

Este trabalho contou com a participação do supervisor da área de PPC e

da equipe do ProAtivo – GAPUN e foi realizado de acordo com a necessidade de

cada área e os cargos necessários para uma estrutura de PPC. O resultado pode

ser verificado no anexo B, que mostra uma estrutura mais completa e capaz de

abranger todas as áreas da GAPUN.

8.5.3 Criação da equipe de programadores de turno (Help Desk)

Para solucionar o problema da não execução dos serviços de

manutenção de oportunidade, seria necessária a existência de alguém focado nos

horários de funcionamento dos equipamentos, para que a equipe de manutenção

pudesse executar suas atividades nos intervalos de funcionamento dos mesmos.

Para tanto foi criada a equipe de Help Desk (ver figura 8.8), cujo principal

objetivo é observar as janelas (tempo que o equipamento está ocioso) e programar

para estes intervalos manutenções pendentes ou cumprimento dos planos de

manutenção. Outro objetivo desta equipe é verificar todas as quebras dos

equipamentos durante todo o dia, ou seja, esta equipe registra todas as

manutenções realizadas corretivamente 24 horas por dia. Isso possibilita uma

obtenção confiável de dados para que possam ser controlados os índices de

manutenção corretiva.

Esta equipe foi composta por seis técnicos que fazem revezamento de

turno e ficam localizados no Centro de Controle Operacional (CCO), onde podem

obter informações de todos os equipamentos da planta, o que é essencial para a

programação de serviços.
44

Abaixo estão descritos os papéis do programador de turno:

a) direcionar e controlar os tempos das manutenções corretivas (MTTR);

b) programar as manutenções de oportunidade de acordo com a

priorização das O.S. planejadas;

c) requisitar material de manutenção corretiva;

d) encerrar as O.S. executadas de manutenção corretiva;

e) reportar dificuldades ocorridas no turno para uma correta execução das

manutenções corretivas;

f) solicitar ajuda extra.

Com esta equipe de programadores de turno resolve-se o problema de

falta de aproveitamento das oportunidades de manutenção e garante-se que todas

as paradas e manutenções corretivas por quebra serão registradas e tratadas pelos

responsáveis, permitindo assim um melhor gerenciamento da manutenção.

8.5.4 Mapa de 52 semanas

O mapa de 52 semanas consiste num plano anual que contempla todas

as paradas ao longo do ano em todos os equipamentos da planta. Este

planejamento deve conter além do número da semana que os equipamentos

sofrerão manutenção preventiva, todos os recursos necessários para a realização

destas manutenções, tais como: recursos financeiros, materiais e mão-de-obra.

Porém, para a elaboração deste planejamento, é imprescindível que se

conheça o plano de manutenção de cada equipamento, que por sua vez é

determinado de acordo com a estratégia de manutenção definida para o mesmo.

Esta estratégia é determinada em função da criticidade de cada equipamento, por


45

isso será mostrado como foi realizada cada uma destas etapas durante o processo

de reestruturação da área de PPC na GAPUN.

8.5.4.1 Definição da criticidade dos equipamentos

A definição da criticidade de cada equipamento é na verdade, a maneira

utilizada para determinar o grau de importância de cada equipamento dentro do

processo produtivo, levando-se em conta aspectos importantes como: segurança,

meio ambiente, custo, etc. Dentro deste conceito, um equipamento pode ser

classificado como: A (equipamento crítico), B (equipamento importante) ou C

(equipamento auxiliar).

A criticidade dos equipamentos A, B ou C define qual a estratégia a ser

aplicada no mesmo, visando principalmente o tipo de manutenção a ser aplicado e a

atuação das equipes de manutenção em cada equipamento; seu objetivo é orientar

a abordagem de manutenção adotada, assim permitindo a focalização do esforço de

manutenção, e a hierarquização das prioridades de atendimento.

Para a definição da criticidade dos equipamentos foi utilizada a seguinte

metodologia:

a) seguiu-se as indicações propostas pelo grupo de implantação do

projeto ProAtivo, que padronizou cinco critérios para a avaliação da

criticidade dos equipamentos, como mostra a figura 8.7;


46

Figura 8.7 – critérios para definição da criticidade dos equipamentos. Fonte: GAPUN.

b) em seguida foi adotada uma planilha elaborada também pelo grupo de

implantação do projeto ProAtivo. Esta planilha foi confeccionada de

acordo com os critérios citados na figura acima, e a criticidade de cada

equipamento depende de uma combinação de resultados, que estão

mostrados nas figura 8.8 (a) a 8.8 (f). Na figura 8.9 é apresentado o

modelo da planilha utilizada para a avaliação da criticidade dos

equipamentos de acordo com os critérios definidos pela equipe de

implantação do projeto ProAtivo - CVRD;


47

Figura 8.8 (a) – Critérios de criticidade A Figura 8.8 (b) – Critérios de criticidade A

Figura 8.8 (c) – Critérios de criticidade B Figura 8.8 (d) – Critérios de criticidade B

Figura 8.8 (e) – Critérios de criticidade C Figura 8.8 (f) – Critérios de criticidade C
48

Classificação A:

1º) Um dos níveis assinalados na figura 8.8 (a).

2º) Um dos níveis assinalados da primeira coluna mais um dos níveis

assinalados da segunda coluna da figura 8.8 (b).

Classificação B:

1º) Um dos níveis assinalados na figura 8.8 (c) e os demais na segunda

ou terceira coluna.

2º) Pelo menos dois dos níveis assinalados na segunda coluna da figura

8.8 (d)e os demais na coluna 3.

Classificação C:

1º) Um dos níveis assinalado na segunda coluna da figura 8.8 (e) e os

demais na terceira coluna.

2º) Todos os níveis assinalados na terceira coluna.


49

Figura 8.9 – Planilha de criticidade ProAtivo. Fonte: GAPUN.

Para a obtenção da critidade de um equipamento basta inserir o TAG do

mesmo na primeira coluna da tabela acima, a sua classe na segunda coluna, a

descrição (nome do equipamento) na terceira coluna e preencher as colunas 5,6,7,8

e 9 de acordo com os critérios estabelecidos na figura 8.7.

c) reuniram-se os representantes das áreas de planejamento, engenharia,

operação e manutenção para que juntos analisassem os critérios

definidos e classificassem assim a criticidade de todos os

equipamentos.
50

Na figura 8.10 é apresentada a criticidade de alguns equipamentos após a

avaliação da criticidade, seguindo os critérios determinados.

Figura 8.10 – Planilha com a criticidade de equipamentos. Fonte: GAPUN.

8.5.4.2 Definição da estratégia de manutenção

A estratégia de manutenção é o tratamento de manutenção dado a cada

equipamento de acordo com a sua classe de criticidade com o objetivo de

racionalizar o esforço, a ordem e a prioridade de tratamento de suas necessidades.

As estratégias de manutenção adotadas para cada classe de criticidade

de equipamentos, definidas com a participação das áreas de PPC, engenharia e

equipe ProAtivo – GAPUN, foram as seguintes:


51

Classe A – Equipamento Crítico: definida através do cumprimento do

planejamento de Manutenção preventiva conforme planos periódicos, melhorias e

monitoramento de subconjuntos / componentes para substituição conforme condição

(preditiva).

Classe B – Equipamento Importante: necessita de Manutenção Periódica

baseada em limpeza, lubrificação e inspeção a intervalos regulares e Manutenção

Programada orientada pelos resultados de inspeção e planos do sistema.

Classe C – Equipamento Auxiliar: Lubrificação, inspeção com intervalos

de freqüência maiores e manutenção preventiva.

Na figura 8.11, mostramos algumas estratégias de manutenção definidas

para cada classe de criticidade de equipamentos.

Figura 8.11 – Estratégias de manutenção em função da criticidade. Fonte: GAPUN.


52

8.5.4.3 Elaboração dos planos de manutenção

Apesar da elaboração dos planos de manutenção fazer parte das etapas

para criação do mapa de 52 semanas, não é de total responsabilidade da área de

PPC a execução desta tarefa. A responsabilidade pela elaboração dos planos de

manutenção é compartilhada com a engenharia de manutenção, ou seja, a área de

PPC fornece o planejador de manutenção para acompanhar os trabalhos de

elaboração dos planos junto à engenharia de manutenção. Após a elaboração dos

planos a responsabilidade pela programação dos mesmos passa a ser inteiramente

da área de PPC, que utiliza esses planos como balizadores para a elaboração do

mapa de 52 semanas.

Para a realização desta atividade, que depende da dedicação exclusiva

de seus executantes para que o trabalho seja executado com qualidade, foi

contratada uma empresa que ficou responsável tanto pela elaboração quanto pela

inserção de todos os planos no sistema informatizado de manutenção MÁXIMO.

Um fator muito importante para a elaboração dos planos de manutenção é

o conhecimento dos equipamentos, por partes dos elaboradores. Por isso todos as

pessoas contratadas para a realização desta atividade possuem grande experiência

na área e conhecimento profundo dos equipamentos.

É importante colocar que para muitos equipamentos já haviam planos

elaborados, cabendo à equipe contratada apenas fazer a revisão desses planos.


53

8.5.4.4 Elaboração do mapa de 52 semanas

Após a definição da criticidade dos equipamentos, a melhor estratégia de

manutenção e os planos de manutenção, pode então ser elaborado o mapa de 52

semanas (mapa anual de paradas) para todos os equipamentos da área, levando-se

em consideração aspectos econômicos, mão-de-obra necessária para a realização

das intervenções e principalmente os intervalos determinados para cada

equipamento no seu respectivo plano de manutenção.

Na figura 8.12 mostramos um modelo simples de mapa de 52 semanas.

Este mapa contém as informações básicas necessárias ao mesmo, como por

exemplo: mês que o equipamento vai sofrer a MP (manutenção preventiva) com sua

respectiva semana, valores a serem gastos com recursos materiais e quantidade de

HH (homem hora) necessária para a execução das atividades no tempo

programado, com seus respectivos valores.

Figura 8.12 – Modelo de mapa de 52 semanas. Fonte: GAPUN.


54

8.5.5 Sistema informatizado

O sistema informatizado de gerenciamento da manutenção é uma

ferramenta extremamente importante para o controle e o sucesso das ações de

melhorias, pois o histórico dos serviços executados, quando bem detalhado e

cadastrado, possibilita o real conhecimento da situação da área de manutenção.

A Ordem de Serviço, que é o principal documento da manutenção, deve

ser bem registrada e para que isso aconteça faz-se necessário um sistema que, ao

mesmo tempo, seja de fácil interação com o usuário, simples, objetivo e possa gerar

relatórios e indicadores confiáveis.

A CVRD possuía mais de vinte sistemas diferenciados de manutenção. E

estes não tinham interface com outras áreas, tais como financeira, suprimentos, etc.

Para resolver essas dificuldades, a empresa resolveu adotar um sistema único para

a manutenção em todas as áreas. O MÁXIMO é o mais novo sistema informatizado

de gestão da manutenção da companhia e será adotado como padrão. O novo

sistema veio através do projeto conhecido como ELO, que objetivou a unificação de

vários sistemas, facilitando a interface entre diversas áreas da Companhia.

A elaboração e implantação do MÁXIMO contaram com a participação de

representantes das Funções Manter. Isto possibilitou que as particularidades das

diversas áreas fossem consideradas na elaboração do projeto. Isso inclui a lista de

indicadores gerados, que varia de acordo com a especialidade da área, como por

exemplo: porto, ferrovia, mina.

Nas figuras abaixo são mostradas algumas telas desse novo sistema, O

MÁXIMO.
55

Figura 8.13 Tela de apresentação do MÁXIMO. Fonte: GAPUN.

Fig 8.14 OS encerrada no Sistema MÁXIMO. Fonte: GAPUN.


56

No MÁXIMO são encontrados todos os tipos de serviços realizados pela

manutenção com seus respectivos códigos. Estes tipos de serviços permitem

planejar e programar as atividades de acordo com cada situação. Na figura 8.15

pode ser verificada a relação dos tipos de serviços com seus respectivos códigos.

Os programadores utilizam também para realizar as programações

semanais e diárias o programa Ms Project, ferramenta importante capaz de gerar

gráficos de Gantt, que permitem uma melhor visualização do início e término das

atividades a serem executadas, permitindo assim uma programação de atividades

mais segura e de fácil visualização.

Código Tipo de Serviço


MC Manutenção Corretiva de Emergência
CP Manutenção Corretiva programada
MP Manutenção Preventiva Sistemática
PC Manutenção Condicional
IP Inspeção / Preditiva
MM Manutenção de Melhoria
RR Reformas / Recuperações
FR Fabricação / Recuperação
AS Serviços de Apóio
NI Novas Instalações
AC Aferição / Calibração
Figura 8.15 – Códigos dos serviços realizados pela manutenção. Fonte: GAPUN.

8.5.6 Definição das atividades e fluxos da área de PPC

Um problema encontrado na estrutura do PPC foi a realização das

atividades sem um fluxo definido. Isto acontece principalmente quando não temos

papéis definidos para cada função, exatamente o problema da área de PPC da

GAPUN. O resultado disso é desastroso, pois alguns empregados acabam


57

realizando atividades que não deveriam ser realizadas por eles, acumulando assim a

função de um outro empregado, que por sua vez pode ficar com uma carga de

trabalho reduzida em virtude disso.

Para solucionar este problema foram definidas todas as atividades para

cada cargo dentro da área de PPC. Este trabalho contou com a participação do

supervisor de PPC, empregados da área de PPC e equipe do projeto ProAtivo

GAPUN. Durante a definição das atividades os empregados puderam colocar as

suas atribuições atuais e suas principais dificuldades para a realização das mesmas.

Neste ponto foram identificados alguns problemas como, por exemplo: planejadores

realizando atividades de programação, programadores realizando atividades de

aprovisionamento, dentre outras. Em seguida foram definidas as atividades

coerentes para cada cargo, utilizando o Manual de Manutenção Industrial da CVRD,

e por fim foram elaborados os fluxos para cada um desses cargos. A união desses

fluxos fecha o ciclo de todas atividades que devem ser realizadas pela área de PPC.

Abaixo estão descritas as atividades para cada um dos cargos.

8.5.6.1 Planejador de manutenção

A função do planejador de manutenção é definir os métodos e tarefas de

manutenção preventiva que levem à maximização do Desempenho Global dos

Equipamentos e minimização do custo global de Manutenção.

O planejador de manutenção irá definir basicamente O QUE fazer e

QUANDO fazer, no sentido das freqüências ou periodicidades, o que é mostrado em

um mapa de 52 semanas, conforme tratado na seção 8.8.4.4. Esse planejamento é

realizado com base nos planos de manutenção.


58

Também é função do planejador, realizar o planejamento das atividades

de manutenção de acordo com os dados levantados pela área de inspeção, ou seja,

quando um inspetor verifica alguma anormalidade em determinado equipamento, ele

abre uma ordem de serviço que fica no status de aguardando planejamento. A partir

desse momento a responsabilidade de fazer o planejamento da manutenção para

corrigir a anormalidade detectada, é do planejador de manutenção.

8.5.6.2 Aprovisionador de materiais

As atividades do aprovisionador de materiais têm um peso muito grande

para a manutenção dos equipamentos, pois a falha da mesma pode acarretar no

atraso de uma manutenção ou até mesmo na não realização da mesma por falta dos

materiais necessários. A seguir temos a descrição das atividades do aprovisionador

de materiais.

a) receber do planejamento as OS. Dependendo da complexidade da

manutenção de um equipamento o aprovisionador deve se antecipar

ao planejamento preparando os subconjuntos para a manutenção. Isto

ocorre porque a preparação / recuperação dos subconjuntos depende

das condições de atendimentos da oficina;

b) abrir OS para oficina. Os materiais utilizados na recuperação dos

componentes deverão ser solicitados no almoxarifado pelo

aprovisionador (rolamentos, buchas, rodas, eixos);

c) devolver material / componente para almoxarifado. Na devolução do

material o aprovisionador deverá preencher uma ficha de devolução de

materiais (FDM), solicitar a autorização do gerente de área e


59

encaminhar a ficha aos gestores de estoques para análise e

verificação do item. Somente após esta verificação o material poderá

ser encaminhado ao almoxarifado limpo e identificado;

d) informar gestor de estoque. Verificar no sistema informatizado os

parâmetros de reposição do item e solicitar alteração dos mesmos,

quando necessário;

e) encaminhar OS para programação. Depois de disponibilizado todo o

material, o aprovisionador deverá, no MÁXIMO, alterar o status da OS

para aguardando programação.

De acordo com a descrição das atividades, listamos abaixo os papéis e

responsabilidades do aprovisionador de materiais.

a) requisitar ao almoxarifado todos os materiais necessários à execução

dos serviços;

b) acompanhar as recuperações dos subconjuntos junto à oficina;

c) acompanhar, junto ao técnico de gestão de sobressalentes, as

recuperações externas;

d) disponibilizar materiais para a equipe de execução;

e) devolver materiais não utilizados ao almoxarifado;

8.5.6.3 Programador de manutenção

As atividades do programador estão listadas abaixo.

a) análise da carteira de serviço: atualizar diariamente a carteira semanal

de O.S. pendentes e ordenar as O.S. por Prioridade (Urgência): 0

(zero) = urgente - no máximo uma semana para executar. 1 (um) =


60

normal - acima de uma semana para executar; Verificar se as O.S.

estão planejadas adequadamente e caso não estejam, reunir com o

planejador e solicitar o replanejamento das O.S., informando os

motivos do replanejamento; Mudar a situação das O.S. a serem

replanejadas para "aguardando planejamento".

b) análise das condições dos recursos: verificar se os recursos materiais e

logísticos necessários à execução dos serviços estão disponíveis, caso

não estejam verificar com o planejador se é possível replanejar e

solicitar o replanejamento. Não sendo possível, o Programador deverá

acionar o Aprovisionador para providenciar os recursos faltantes. Se o

Aprovisionador não conseguir os recursos, deverá solicitar apoio do

Superior imediato.

c) análise das condições físicas, operacionais e de segurança: verificar se

há condições físicas, operacionais, de segurança e meio ambiente

para execução do serviço, em caso positivo, programar os serviços

observando as prioridades das O.S. Em caso negativo, providenciar as

condições físicas, operacionais e de segurança necessárias. Isto deve

ser realizado através de contato com a operação ou outros órgãos de

apoio.

d) programação de serviços: Elaborar cronograma semanal de serviço (7

dias) no software de manutenção "Máximo / MS Project" para cada

equipe executante; estabelecer as O.S. a serem executadas, a

seqüência de execução, as interferências, as especialidades, a

quantidade de pessoas e o tempo de execução para cada O.S.


61

e) negociação de paradas: o planejador deverá passar uma cópia do

cronograma para o programador negociar as paradas dos

equipamentos com a Operação toda quarta-feira.

f) fechamento da programação: tendo as paradas dos equipamentos

confirmadas pelo programador deverá fechar a programação toda

quinta-feira e distribuir cópias do cronograma e PROs para os

supervisores das equipes executantes.

g) confirmação de paradas: diariamente o programador deverá confirmar

com a Operação as paradas dos equipamentos para manutenção.

h) encerramento das Ordens de Serviço: o executante deverá encerrar as

O.S. fornecendo todos os dados para registro histórico e cálculo de KPI

(indicadores) de manutenção.

i) reprogramação: as ordens de serviço que não forem executadas

deverão ser reprogramadas. Este retorno deverá ser dado pelo

executante da tarefa, voltando a Ordem de Serviço para a condição de

"Aguardando programação”.

8.5.6.4 Programador de turno (Help Desk)

Estas atividades foram definidas na seção 8.8.3 quando foi criada a

equipe de programadores de turno. As atribuições desta equipe estão descritas

abaixo.

a) direcionar e controlar os tempos das manutenções corretivas

(MTTR);
62

b) programar as manutenções de oportunidade de acordo com a

priorização das O.S. planejadas;

c) requisitar material de manutenção corretiva;

d) encerrar as O.S. executadas de manutenção corretiva;

e) reportar dificuldades ocorridas no turno para execução das

manutenções corretivas;

f) solicitar ajuda extra

8.5.6.5 Técnico de gestão de sobressalentes

As atribuições para o técnico de gestão de sobressalentes são as

seguintes:

a) acompanhar o processo de inspeção de recebimento de material

realizado pelo almoxarifado através das inspeções periódicas ao

almoxarifado;

b) verificar e auditar inventário realizado pelo almoxarifado;

c) acompanhar recuperação externa de componentes;

d) acompanhar evolução do valor de estoque;

e) controlar a lista de itens críticos (LIC);

f) controlar as solicitações de materiais de rodízio;

g) participar de grupos de padronização de itens na CVRD.


63

8.5.6.6 Controladores

Com a nova estrutura de PPC na GAPUN verificamos a existência de dois

tipos de programadores. O primeiro tipo cuida do controle da O.S. que são

executadas, ou seja, suas atribuições são as seguintes:

a) verificar a consistência dos dados inseridos na O.S. durante a

execução (H.H. executado, materiais utilizados, tempo de serviço,

assinatura do supervisor na O.S., descrição das atividades realizadas);

b) devolver a O.S. ao programador, caso os dados inseridos na mesma

estejam incoerentes ou faltantes;

c) encerrar a O.S. no sistema informatizado de Manutenção;

d) fazer a movimentação dos componentes ou equipamentos substituídos,

no sistema de manutenção informatizado;

O segundo tipo de controlador tem as seguintes atribuições:

a) controlar todos os indicadores de manutenção, por exemplo: MTBF,

MTTR, Disponibilidade Física (DF), etc;

b) fornecer dados diários dos indicadores para todos os supervisores de

manutenção e também para o gerente de manutenção;

c) fornecer os indicadores de manutenção mensalmente para a equipe de

implantação do Projeto ProAtivo.

8.5.7 Reestruturação da área de controle da manutenção

Após a adequação da área de planejamento de manutenção, com a

utilização de um novo sistema de informatizado de manutenção, com uma equipe de


64

planejadores e programadores capazes de elaborar bons planejamentos e

programações de acordo com a realidade da área, com uma equipe completa dando

suporte, é necessário medir o resultado do trabalho dessa equipe. Para realizar essa

medição e verificar se o trabalho está rendendo bons frutos é necessária uma

estrutura de controle de manutenção capaz de organizar os dados que servirão de

base para as análises.

Surgiu então a necessidade de reorganizar a estrutura de controle da

manutenção. Para tanto foi seguida a seguinte seqüência:

Primeiramente foram verificados quais os indicadores seriam medidos.

Para isso foram escolhidos os indicadores sugeridos pela equipe de implantação do

projeto ProAtivo, que indicou os seguinte indicadores:

Indicadores de desempenho da manutenção


Índice de manutenção Relação entre as horas de manutenção planejada e as
planejada (%) horas totais de manutenção no período
Relação entre as horas de retrabalho e o total de Hh
Retrabalho (%)
executados no período.
Aderência ao Relação entre Nº de ordens de serviço planejadas e o Nº
planejamento de O.S. executadas.
Cumprimento dos Planos Percentual de horas executadas de planos periódicos em
(%) relação ao total de horas previstas no período
Cumprimento da Percentual dos serviços realizados em relação aos
Programação (%) serviços programados em um período determinado
Cumprimento das Rotas Percentual entre as rotas de inspeção realizadas e as
de Inspeção (%) rotas de inspeção programadas
Total de dias necessários para atendimento de todas as
Backlog
ordens de serviço em carteira
Utilização da mão-de-obra Percentual de horas reais trabalhadas em relação às
(%) horas diretas totais
Percentual de horas padrão produzidas em relação ao
Eficiência (%)
total de horas totais trabalhadas
Percentual de horas padrão produzidas em relação às
Produtividade (%)
horas diretas totais
Fig. 8.16 – Indicadores de desempenho da manutenção. Fonte: GAPUN.
65

Indicadores de desempenho dos Ativos


Percentual de tempo em que o equipamento ou sistema
Disponibilidade física (%)
esteve disponível para operar
Disponibilidade Intrínseca Relação entre o tempo médio entre as falhas e o tempo
(%) médio para reparo
Percentual do tempo utilizado em relação ao tempo
Utilização
disponível
Relação entre as horas efetivamente trabalhadas e o total
Rendimento
de horas calendário
Percentual de tempo em que o sistema esteve operando
Taxa de performance
sem perdas de produtividade devido a problemas de
devido à manutenção (%)
manutenção
Unidades de produção (ou movimentação) por hora
Produtividade
trabalhada
Tempo médio entre falhas Relação entre o tempo de operação e o número de falhas
- MTBF (h) dos equipamentos
Tempo médio para reparo Relação entre o tempo de reparo dos equipamentos e
- MTTR (h) número de falhas
Tempo médio entre ações Relação entre o tempo de operação e as ações de
de manutenção - MTBM manutenção de qualquer natureza
Tempo médio de
Relação entre o tempo de interrupção de qualquer
intervenções preventivas
natureza e o número de intervenções (inclui atrasos por
e corretivas - MDT (Mean
motivos administrativos ou logísticos)
Downtime)
Custo horário de Relação entre o tempo executado e o total de horas
manutenção trabalhadas
Custo unitário de Custo executado para realização das atividades de
manutenção manutenção em relação ao total de produto gerado
Fig. 8.17 – Indicadores de desempenho dos ativos. Fonte: GAPUN.

Em seguida foram estabelecidas as metas para cada um dos indicadores.

Estas metas são estabelecidas a nível gerencial.

Após a definição das metas foram elaboradas planilhas para cada

indicador, no programa Excel, que permite ao controlador inserir os dados fornecidos

pelo sistema de manutenção e gerar gráficos automaticamente indicando se o

indicador está acima ou abaixo da meta estabelecida. Estas planilhas facilitam o a

gestão por parte dos supervisores, porque permite uma visualização rápida dos

dados já organizados sem a necessidade de verificação no sistema de manutenção

MÁXIMO.
66

Na figura 8.19 pode ser verificado um modelo de planilha utilizado para o

indicador de cumprimento da programação.

Figura 8.18 – Planilha de aderência ao planejamento. Fonte: GAPUN.

8.5.8 Implantação da nova estrutura de PPC na GAPUN

Para a obtenção do sucesso esperado na implantação da nova estrutura

de planejamento, programação e controle da manutenção foi necessário uma

preparação prévia por parte de todos os envolvidos no processo. Essa preparação

aconteceu através de treinamentos dos fluxos definidos para cada função do PPC,

divulgação do mapa de 52 semanas para que todos conhecessem e soubessem

para que serve e como funciona essa ferramenta, e principalmente através dos

cursos oferecidos para todos os empregados da área da manutenção no sistema

informatizado de manutenção MÁXIMO.


67

Esses treinamentos foram essenciais para que a nova estrutura fosse

implantada, pois a base da mesma está na utilização correta das ferramentas, ou

seja, na utilização correta do mapa de 52 semanas e na utilização correta do

sistema MÁXIMO para planejar, programar e controlar as atividades de manutenção.

A implantação do sistema de manutenção MÁXIMO aconteceu em

novembro de 2005. Espera-se com a nova estrutura de PPC uma adaptação

tranqüila ao novo sistema e com isso uma melhora na manutenção do Terminal

Marítimo de Ponta da Madeira.


68

9 CONCLUSÃO

Neste trabalho foram apresentadas as etapas para a reestruturação da

área de planejamento, programação e controle da manutenção na GAPUN, de

acordo com as orientações propostas pelo projeto de transformação da manutenção

(ProAtivo). Foi apresentada uma seqüência de atividades para a elaboração de um

mapa de 52 semanas capaz de atender as necessidades da área, dando suporte

inclusive para uma previsão dos gastos com manutenção num horizonte de um ano.

Foi apresentado também um sistema informatizado de manutenção que permite a

interface entre diversas áreas, permitindo uma maior agilidade nas atividades da

área de PPC e execução de manutenção. Foi evidenciada uma sistemática para

controlar os indicadores de manutenção que permite o controle eficiente dos

mesmos, possibilitando um gerenciamento seguro da manutenção na gerência em

estudo.

Como resultado dessa reestruturação podemos destacar: a realização

das atividades de forma mais consciente e segura por parte dos empregados da

área de PPC, o que permitiu uma melhoria significativa na área, através do melhor

planejamento das atividades; uma melhor gestão da manutenção, em virtude de um

total controle dos indicadores; uma melhor interface com as áreas de manutenção

devido a proximidade do PPC com as mesmas; e podemos destacar também uma

melhor qualificação dos profissionais, que receberam treinamentos e estão cada vez

mais preparados para os novos desafios da manutenção.

Contudo é importante ressaltar que, a partir de agora, o sucesso dessa

nova estrutura depende em grande parte, da maneira como os dados serão

cadastrados no sistema informatizado. Caso sejam cadastrados dados incorretos,


69

teremos informações incorretas e conseqüentemente falhas nos planejamentos, nas

programações e nos controles da manutenção. Por isso para que essa estrutura

continue rendendo bons resultados é importante o comprometimento e empenho de

todos os envolvidos na realização de suas tarefas.


70

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Paulo. Planejamento e programação da manutenção: 2° Curso de


Especialização em Engenharia de Manutenção. Vitória, 2002.

DRUMOND, Mauricio Rocha. Manual do sistema de gerenciamento da


manutenção: Companhia Vale do Rio Doce. Minas Gerais, 2004.

FABRO, Elton. Modelo para planejamento de manutenção baseado em


indicadores de criticidade de processos. Florianópolis, 2003.

FILHO, Gil Branco. Dicionário de Termos de Manutenção, Confiabilidade e


Qualidade. ABRAMAN. 1996.

FILHO, Gil Branco. Planejamento e controle de manutenção: Curso de


Planejamento e Controle de Manutenção. Minas Gerais, 2005.

FILHO, Gil Branco. A organização e a administração da manutenção: Curso de


planejamento e controle de manutenção. Minas Gerais, 2005.

MENEZES, Ivan Montenegro & ALMEIDA, Magnus de Lellis. Manual de


manutenção industrial: Companhia Vale do Rio Doce. Minas Gerais:
Lettragráfica. 2002.

PINTO, Alan Kardec & XAVIER, Júlio Nascif. Manutenção: função estratégica. Rio
de Janeiro: Qualitymark. Ed.1999.

VIANA, Herbert Ricardo Garcia. PCM, Planejamento e controle da manutenção.


Rio de Janeiro: Qualitymark. Ed., 2002.
71

GLOSSÁRIO

ATIVO – Bem durável (tangível ou intangível) que a organização explora como meio
para atingir seu objetivo.

BENCHMARK – É uma medida, uma referência, um nível de performance


reconhecido como um padrão de excelência para um processo ou negócio
específico.

BENCHMARKING – É a atividade de comparar um processo com os líderes


reconhecidos para identificar oportunidades para melhoria da qualidade.

ELO – Projeto de unificação dos sistemas de informação da CVRD.

EQUIPAMENTO – Unidade Complexa, constituída por subconjuntos, componentes e


peças, agrupados para formar um sistema funcional.

FALHA – Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida.


Depois da falha o item tem uma pane. A falha é um evento, diferente da pane que
é um estado. Esta ocorrência impede o seu funcionamento.

FUNÇÃO MANTER – Gerência de área de manutenção na CVRD.

MÁXIMO – Sistema informatizado de gestão da manutenção.

PANE – Estada de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar uma


função requerida, excluindo a incapacidade durante a manutenção preventiva ou
outras ações planejadas, ou pela falta de recursos externos (NBR 5462 – 1994).

SISMAN – Sistema de manutenção anterior ao MÁXIMO.

TAG – Etiqueta de identificação. Identifica o local onde determinado equipamento


está localizado.
72

ANEXOS
73

ANEXO A – Layout do TMPM


74

ANEXO B – Organograma da estrutura de PPC

Supervisor do PPC

Controle (3) Técnico de


Gestão de

Descarga Peneiram. Embar. Transp. Máq. de Força e Lubrif. / Turno (Help


Pátio Energia Hidr. Desk)

Descarga Peneiramento

Turma da Turma da Turma da Turma da


Mecânica Elétrica Mecânica Elétrica

Planejador Planejador Planejador Planejador


Nijackson Jorgevaldo Vago Jorgevaldo

Programador Programador Programador Programador


Emanuel Vago Emanuel Vago

Aprovisionador Aprovisionador Aprovisionador Aprovisionador


Caires Vago Vago Vago

Controle de
OS (Vago)
Controle de
OS (Yrisnaldo)
75

ANEXO B – Organograma da estrutura de PPC

Embarque Transportadores

Turma da Turma da Turma de Turma de


Mecânica Elétrica Rolos Vulcanização

Planejador Planejador Planejador Planejador


Nascimento Jorgevaldo Vago Vago

Programador Programador Programador Programador


Carlos Vale Janilson André Aleandra

Aprovisionador Aprovisionador Aprovisionador Aprovisionador


Alisson Vago Vago Vago

Controle de Controle de Controle de


OS (Raquel) OS (Vago) OS (Vago)

Máquinas de Pátio Força e Energia Lubrificação / Turno (Help Desk)


Hidráulica

Turma A
Planejador Planejador Planejador
Magno Jorgevaldo Vago
Turma B
Programador Programador Programador
Adriano vago Merentina
Turma C

Aprovisionador Aprovisionador Aprovisionador


Aginaldo Vago Vago Turma D

Controle de Controle de Controle de Turma E


OS (vagol) Vago Vago

Turma X

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