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- Produção Mundial:
1º Lugar = EUA 300 milhões de toneladas (aproximadamente 10.000kg/ha)
2º Lugar = China 120 milhões de toneladas
3º Lugar = Brasil 50 milhões de toneladas (aproximadamente 3.620kg/ha)
- Brasil:
* Produção = 50 milhões de toneladas
* Área = 13,5 milhões de ha, dos quais 4,5 milhões são ocupados na 2ª Safra (“Safrinha”)
* Produtividade = 3.620kg/ha (muito baixa)
Obs.: As maiores produtividades são obtidas na região Centro-Oeste, já que, por
encontrar-se em solos de baixa fertilidade (Cerrado), não há margem para erros de condução da
cultura. Além disso, grande parte é produzida na 2ª safra, mais um motivo para uma “seleção” de
produtores que sabem trabalhar com a cultura.
Obs.: No início do cultivo com híbridos duplos, a produtividade continuou a cair pois ainda não
havia adubação química. Portanto, durante o período em que se cultivou as variedades, todos os
nutrientes eram exportados do solo pela cultura mas não eram repostos ao mesmo. Isso ocorreu até
a 2ª Guerra Mundial, quando então surgiram os fertilizantes químicos.
- O principal fator de produção para a cultura do milho é a LUZ, a qual pode ser comprometida por
danos causados por pragas e doenças foliares.
Grandes Culturas 3 2 Milho
- Lei do Mínimo de Liebig:
* Sementes * Água
* Tratos Culturais * Adubação
* Controle de plantas daninhas, pragas e doenças
Obs.: Adubação: Para a produção de 1 ton de milho, a cultura exige, dentre outros nutrientes, 20kg
de N e 1g de Mo. Contudo, não existe um nutriente mais importante que o outro devido à interação
existente entre eles. Ex.: sem o Mo, não há redução do NO3 absorvido pelas raízes em NO2.
Morfofisiologia
Sistema Radicular
Perfilhamento
Polinização (os grãos di pólen podem chegar a até 500m de distância pelo ar, o que ser torna
um problema para o milho Bt; outro problema é a má polinização em dias chuvosos, repercutindo
em baixas produtividades devido à baixa taxa de polinização por causa da “lavagem” do pólen)
Fisiologia
- Temperatura
- Luz
- Água
- Vento
Obs.: Milho Prolífico é aquele capaz de produzir 2 espigas: a espiga de cima é maior, pois está
mais próxima às folhas acima da espiga, onde são produzidos cerca de 70% dos fotossintatos que
soa drenados pelas espigas.
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Grandes Culturas 3 3 Milho
1. Origem do Milho
Zea mays (2n = 20)
Origem americana (América do Sul ou América Central):
- Evidências Lingüísticas
- Evidências Arqueológicas (grãos de pólen)
- Evidências Botânicas (ancestrais = Teosinto e Tripsacum)
As evidências lingüísticas indicam que o milho provavelmente tenha se originado na
América do Sul. Contudo, todas as demais evidências indicam que este cereal tenha sua origem na
América Central.
Milho Ancestrais
Dominância apical Sem dominância apical (vários perfilhos
Pouco sensível ao fotoperíodo Muito sensível ao fotoperíodo
Órgãos masc. e fem. localizados em Órgãos masc. e fem. localizados na
flores separadas na mesma planta mesma flor (hermafroditas)
(monóica)
Obs.: A planta de milho é protândrica (grãos de pólen se desenvolvem antes da espiga se tornar
receptiva) e de polinização cruzada (apresenta somente 10% de autopolinização).
2. Evolução Botânica
Obs.: A grande diferença entre as subespécies de milho está na qualidade do endosperma (grãos de
amido mais ou menos justapostos, concentração de sacarose convertida ou não em amido, etc.).
- No Brasil, dá-se preferência aos milhos “flints” (duros) pois os dentados (moles) são fáceis de
serem atacados por pragas de armazenamento.
Amido
Amilose cadeias pequenas e lineares de glicose (milho duro)
Amilopectina cadeias longas e ramificadas de glicose (milho dentado)
Milhos especiais
Milho com alto valor biológico (QPM) apresentam alto teor de lisina e triptofano,
devido à presença do gene opaco-2
Milho com alto teor de óleo enquanto o milho normal pode apresentar no máximo
4,0-4,8% de óleo, esse milho apresenta valores de até 8% de óleo, concentrado principalmente na
região do embrião.
Grandes Culturas 3 5 Milho
4. Morfologia
Obs.: Enquanto o milho produz até 1000 grãos a partir de 1 semente, a soja produz apenas 200
grãos, já que o milho é uma planta C4 e a soja uma planta C3. Assim, a fotorrespiração das plantas
de soja representam um custo energético muito alto, culminando em perda de energia que poderia
ser desviada para a produção de fotossintatos.
4.1. Sementes
Possui todas as informações genéticas para originar uma nova planta
4.4. Folhas
As duas primeiras folhas (1ª e 2ª), as quais ainda são folhas embrionárias, possuem pontas
arredondadas, e também são contadas para definição do estádio de desenvolvimento da planta.
A partir de V2, a planta passa a se sustentar por conta de sua própria fotossíntese, já que a
reserva de energia da semente se exaure (o amido já foi metabolizado pela respiração).
Lígula assim como na cana-de-açúcar, essa membrana tem a função de evitar a entrada de
água e torrões na bainha. Porém, ela dificulta que as folhas fiquem eretas. Assim, nos programas de
melhoramento, alguns híbridos são produzidos sem lígula, característica essa garantida pelo gene
leguleless-2.
As folhas do milho estão dispostas disticamente (uma de um lado e outra de outro).
Quanto à estrutura celular da folha, quando esta apresenta alta concentração de cloroplastos, as
folhas apresentam uma coloração mais escura, enquanto que híbridos que apresentam baixa
concentração de cloroplasto nas células foliares apresentam uma coloração mais clara. Contudo,
isso não é considerado um fator de produtividade.
Obs.: - Milho “ferroando” = milho emergindo apresenta coloração amarela, já que há uma
alta concentração de etioblastos nas células e baixa concentração de cloroplastos, por isso ainda não
é capaz de realiza fotossíntese. À medida que se desenvolve, os etioblastos são convertidos em
cloroplastos, começando então a realizar fotossíntese.
- O colmo é formado pelos fotoassimilados produzidos pela planta.
V3 (± 15 dias) durante esse início de desenvolvimento da planta, ela emite 1 folha a cada 4
a 5 dias.
Entre V3-V6, inicia-se a diferenciação dos primórdios da espiga, o que faz com que a planta
mereça um tratamento diferenciado, já que está diferenciando seu potencial produtivo. Por isso, é
de grande importância o controle de plantas infestantes (Período Crítico de Competição).
Ainda em V3, o colmo e o ponto de crescimento (gema apical) estão localizados abaixo do
nível do solo (crescimento hipogeal, ao contrário da soja que apresenta crescimento epigeal).
V3-V4 é uma fase extremamente delicada, já que a planta apresenta um colmo delicado,
facilitando a ocorrência de pragas iniciais. Esse problema é agravado quando em altas temperaturas
( TºC), por dois motivos principais:
- A planta sofre com o déficit hídrico, diminuindo sua capacidade de recuperação.
- O tempo de duração do ciclo de vida dos insetos pragas diminui com o aumento da
temperatura, enquanto que o dos inimigos naturais não acompanha essa rapidez.
A cultura do milho não tolera perda de estande já que, ao contrário de culturas como a soja, o
feijão e o algodão, apresenta baixa plasticidade.
Após definido o potencial produtivo (V6), só ocorrem perdas de produtividade, ou seja, a
cultura está sujeita apenas a perdas e não mais a ganhos de produção, mesmo que se
disponibilizados os melhores tratos fitossanitários. Essas perdas ocorrem por pragas, doenças, erros
de adubação de cobertura, nebulosidade acentuada durante vários dias (falta de luz para a realização
da fotossíntese).
Materiais de folhas eretas permitem ser trabalhados em maiores populações, pois interceptam
melhor a luz, permitindo que luz de boa qualidade ainda chegue às folhas mais baixas.
Grandes Culturas 3 7 Milho
Em espaçamentos maiores, ocorre perda de luz nas entrelinhas, além de favorecer o
desenvolvimento de plantas infestantes, as quais recebem essa luz “perdida” pela cultura.
Após V9, o crescimento da planta é extremamente rápido (1 folha a cada ± 3 dias), já que a
planta apresenta um maior número de folhas, conseguindo produzir fotoassimilados em maior
quantidade para atender às suas exigências.
Em áreas semeadas com espaçamentos menores, a produtividade chega a ser 5 a 10% maior
que em espaçamentos convencionais, devido a um maior aproveitamento da luz.
Estádio reprodutivo cerca de 70% dos fotoassimilados que são carreados para a espiga são
provenientes das folhas acima da espiga, por se tratarem de folhas mais jovens (maior atividade
metabólica) e que recebem luz de melhor qualidade (comprimento de onda ideal).
No estádio reprodutivo, a planta não aumenta sua área radicular nem foliar, se “preocupando”
apenas em encher grãos.
Para o enchimento dos grãos da espiga, é necessária água, já que o transporte de fotossintatos
ocorre por meio aquoso (floema).
As folhas abaixo da espiga estão mais relacionadas ao desenvolvimento de raízes, já que estão
mais próximas a este órgão da planta.
“Stay Green” processo fisiológico no qual as folhas permanecem verdes mesmo com a
espiga pronta para a colheita (espiga na maturação fisiológica). A grande vantagem desse processo
é que o colmo dura mais tempo, pois a produção de fotossintatos continua depois da maturação
fisiológica e esses fotossintatos são enviados para o colmo, permitindo permanecer no campo sem
problemas de tombamento. Isso permite que se colha o milho quando os grãos já estiverem com
umidade de aproximadamente 14% (ponto ideal de colheita).
4.5. Colmo
O caule do milho é do tipo colmo, apresentando nós e entrenós.
Abaixo do solo existem cerca de 5 a 6 nós compactados, de onde saem as raízes definitivas.
Acima do solo, o primeiro entrenó é curto, e o primeiro e, talvez, o segundo e o terceiro nós
são os locais de origem das raízes esporões (3º sistema radicular).
Em V6, o ponto de crescimento da planta (gema apical) ultrapassa o nível do solo.
Por se tratar de uma gramínea, pode acontecer perfilhamento, mas sem ocasionar efeitos sobre
a produtividade. As causas para esse perfilhamento são:
- Morte do meristema apical perda da dominância apical
- Ataque de pragas ao atacarem a gema apical, podem desarranjá-la, mesmo sem causar
sua morte, causando perfilhamento.
- Causa genética híbrido que perfilha muito
- Dias quentes e noites frias (alta amplitude térmica)
- Desbalanço nutricional altas concentrações de N e baixas concentrações de K no solo
(Ex.: áreas onde a cultura anterior é batata adubação nitrogenada muito pesada).
4.6. Flores
As chances da planta se autopolinizar são muito baixas (< 10%)
A polinização é feita pelo vento (anemofilia)
Assim, para a produção de sementes, deve-se fazer o isolamento espacial (> 500m de distância
de uma área de produção de sementes e outra) ou temporal (plantios em épocas diferentes) das
linhagens.
O milho é protândrico (pólen liberado 3 dias antes do amadurecimento do órgão feminino, ou
seja, antes da espiga se tornar receptiva).
O pendão fica na parte apical da planta, ocorrendo liberação de pólen de cima para baixo. Em
híbridos, o pendão pode produzir até 5 a 20 milhões de grãos de pólen, os quais devem polinizar
1000 estigmas por espiga. Após os polens serem todos liberados, o pendão passa a ser um órgão que
pode vir a atrapalhar a produtividade, já que causa até 15% de sombreamento na planta.
Nos estilo-estigmas, o grão de pólen pode cair em qualquer parte do “cabelo” que irá germinar
e formar o tubo polínico normalmente. Os primeiros estilo-estigmas a serem formados são os da
base da espiga.
Devido à riqueza energética do estilo-estigma, vários insetos atacam essa parte da espiga,
ocasionando a não formação de grãos nos locais da espiga de onde saíram esses estilo-estigmas.
Os estilo-estigmas podem apresentar coloração creme ou vinho.
Após polinizado, o grão de pólen apresenta uma vida de cerca de 12 a 13 horas para encontrar
o estilo-estigma e fecundar o óvulo. É um momento crítico para a produção, pois qualquer estresse
pode matar os estilo-estigmas.
Problemas de fetilização:
- Falhas na espiga
Grandes Culturas 3 9 Milho
- Fasciação emissão de espigas laterais na base da espiga principal quando esta não é
polinizada. Esse fenômeno ocorre na tentativa da planta em receber pólen para perpetuação da
espécie.
Quando o estilo-estigma não é polinizado (chuva, calor, etc), ele continua crescendo,
chegando a medir cerca de 30-40cm.
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FISIOLOGIA DO MILHO
O milho é uma planta C4, por isso não apresenta fotorrespiração. Portanto, é mais eficiente
que a soja, o feijão, etc, mas somente em condições tropicais.
Como o teor de CO2 na atmosfera é muito baixo (320ppm = 0,032%), a planta deve ser muito
eficiente em capturá-lo. É o que ocorre com as plantas C4.
A planta de milho, assim como qualquer outra, passa por uma fase vegetativa (± 60 a 70 dias)
e depois pela fase reprodutiva (± 60 dias).
Os elétrons para a reação de redução advêm da água (oxidação da água pela enzima Mangano
Proteína) e por isso, a falta de água (falta de chuvas, raízes mal formadas, etc.) é extremamente
prejudicial à fotossíntese.
Grandes Culturas 3 11 Milho
2 H2O 4 H+ + 4 e - + O2
Ciclo de Calvin-Benson
Grandes Culturas 3 12 Milho
Grandes Culturas 3 13 Milho
Obs.: N ≡ N Ligação muito difícil de ser quebrada, sendo que o milho não consegue quebrá-la
para produzir aminas, como é o caso da soja.
3. Fotorrespiração
Nas plantas C3, a fotossíntese ocorre próximo aos estômatos, nas células do mesófilo. Neste
local, ocorre grande entrada de O2 já que o ar atmosférico que entra pelos estômatos possui 21% de
O2 contra apenas 0,032% de CO2. Isso faz com que a RUBISCO capture O2 e não CO2.
O CO2 tem muita capacidade de difusão na água, chegando mais facilmente até o cloroplasto.
A relação ideal CO2/O2 é acima de 0,04 para que a RUBISCO capture CO2 e não O2.
Esquema da Fotorrespiração
Fotorrespiração esse processo recebe esse nome por passar na mitocôndria e formar 2
aminoácidos essenciais.
Nas plantas C4, a fotossíntese ocorre nas células próximas dos vasos condutores (xilema e
floema), chamadas Células de Krans ou células da bainha do feixe vascular. Nas células das
folhas das C4, existe uma enzima de 3 carbonos (PEP Carboxilase) que captura apenas CO2.
Assim, ela se liga ao CO2 (1 C), formando um composto de 4 C (Oxaloacetato). Esse composto é
levado até às células da bainha, onde deixa o C do CO2 para a RUBISCO. Assim, a RUBISCO não
entra em contato com o O2, não ocasionando fotorrespiração. Para cada 2 C capturados pela PEP
Carboxilase, há um consumo de 2 ATP.
Grandes Culturas 3 14 Milho
Assim, o primeiro composto estável formando nas plantas C3 é o 3-PGA (3 C) e nas plantas C4
é o oxaloacetato (4 C).
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Milho:
- Planta C4
- Cultivada entre 58º N e 40º S de latitude influência do fotoperíodo e temperatura
- Altitudes de cultivo: desde abaixo do nível do mar até 2500m de altitude influencia da
temperatura (a cada 100m de altitude crescente, ocorre um abaixamento da temperatura em 1 ºC)
- O milho produzido em altas latitudes (EUA e Argentina) produz até 4 vezes mais que o
produzido em baixas latitudes (próximo à linha do Equador) influência direta da luz.
Fatores Climáticos
- Temperatura
- Luz
- Água
- Vento
1. Temperatura
Tmín = 10ºC = Temperatura basal (Tb) a esta temperatura, a semente sobrevive mas não se
desenvolve.
Normalmente, a temperatura dos solos está próxima de 15ºC, levando cerca de 15 dias para
que ocorra a germinação e emergência das plântulas. Este tempo é muito longo, propiciando o
ataque de patógenos e pragas de solo.
Grandes Culturas 3 15 Milho
Tmáx = 42ºC
T ótima = 25 a 35ºC Emergência em 3 a 4 dias
A temperatura é que dita o tempo gasto para o desenvolvimento da planta, ou seja, quantos
dias serão necessários para sua maturação.
Berger, 1962: T = 21,1ºC Florescimento: 70 dias
T = 22,1ºC Florescimento: 67 dias
- A cada 1ºC de aumento na temperatura depois dos 21ºC, o milho antecipa em 3 dias a
sua fase vegetativa, o que diminui o tempo para a planta realizar fotossíntese. Isso faz com que a
planta não tenha tempo para se formar adequadamente (colmo, raízes, folhas), podendo ocasionar
tombamento de plantas.
Obs.: Materiais precoces nunca produzem mais que materiais tardios, já que estes últimos têm mais
tempo para encher grãos e produzir.
Como o desenvolvimento do milho é ditado pela temperatura, pode-se dizer que o milho é
uma planta Termossensível, sendo o seu ciclo calculado em função dos Graus Dias (GD).
Tmáx + Tmín
* GD = − Tb , sendo Tb (Temperatura basal) = 10ºC
2
Os graus dias são calculados diariamente, sendo o total de GD requeridos pela planta, uma
característica genética, ou seja, cada híbrido necessita de uma determinada Soma Térmica (ST).
* ST = ΣGD = UC = Unidades Calóricas = Unidades Térmicas de Desenvolvimento
- Híb. Super precoces ST< 830ºC
- Híb. Hiper precoces ST< 790ºC (importantes no Sul do Brasil)
- Híb. Normal ST > 891ºC
- Híb. Precoces ST = 831 a 890ºC
Obs.: Na Safrinha no Sul do Brasil são usados Híb. Super ou Hiper precoces para “fugir” da geada.
No Brasil Central, estes híbridos são usados para “fugir” da estiagem. Portanto, em ambos os casos,
são usados para que no período de enchimento de grãos ainda haja água no solo.
Exemplo:
Híbrido de UC = 900ºC
São Gotardo Capinópolis
Tmáx = 30ºC Tmáx = 30ºC
Tmín = 15ºC Tmín = 20ºC
30 + 15 30 + 20
GD = − 10 = 12 ,5º C GD = − 10 = 15 º C
2 2
Supondo que todos os dias o GD=12,5ºC: Supondo que todos os dias o GD=15ºC:
900 900
Tempo = = 72 dias de ciclo Tempo = = 60 dias de ciclo
12 ,5 15
Porém, a soma térmica não pode ser analisada em separado. Às vezes, GD menores, ou seja,
maiores ciclos, não implicam em altas produtividades, se a luz for de baixa qualidade, ou seja, a
radiação solar for muito baixa (cal.cm-2.dia-1). Por isso, esses dois fatores devem ser analisados
conjuntamente.
1.3. Fase Reprodutiva
Grandes Culturas 3 16 Milho
2. Luz
Obs.: Caso falte fotossintatos para armazenar nos grãos, a planta passa a utilizar as suas reservas
para encher grãos.
Arquitetura da Planta:
- Plantas eretas / decumbentes
- Tamanho do pendão (pode ocasionar até 15% de sombreamento)
O milho é considerada uma planta de dias curtos (P.D.C.) em latitudes superiores a 33º, apesar
de sofrer pouco efeito do fotoperíodo em sua fenologia.
No Brasil, o milho é considerado Fotoneutro.
Produtividade de Milho
- EUA (10.000kg/ha) x Brasil (3.600kg/ha)
Soluções para essa diferença
Obs.: As plantas fotossensíveis, como a soja, o arroz, possuem uma Linha Crítica de Fotoperíodo
(L.C.F.), abaixo da qual a planta floresce se ela for uma Planta de Dias Curtos e acima da qual ela
floresce ser for de Dias Longos. No caso da soja, é uma P.D.C.
3. Água
Germinação/Emergência
Fase vegetativa: raízes têm dificuldade em encontrar água já que ainda apresentam-se
pequenas; pragas de solo causam danos severos quando a há baixa disponibilidade de água para a
planta.
Fase reprodutiva: relação Fonte x Dreno a água leva fotossintatos da fonte até o dreno.
4. Ventos
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FENOLOGIA DO MILHO
Estádios Vegetativos:
- VE = Emergência
- V1 = 1ª folha completamente desenvolvida*
- V2 = 2ª folha completamente desenvolvida
- V3 = 3ª folha completamente desenvolvida
- V6 = 6ª folha completamente desenvolvida
- V9 = 9ª folha completamente desenvolvida
- V12 = 12ª folha completamente desenvolvida
- V15 = 15ª folha completamente desenvolvida
- V18 = 18ª folha completamente desenvolvida
- VT = Pendoamento
Estádios Reprodutivos:
- R1 = Florescimento
- R2 = Grãos bolha d’água
- R3 = Grãos leitosos
- R4 = Grãos pastosos
- R5 = Grãos farináceos (formação do dente)
- R6 = Maturidade fisiológica
1. Germinação e Emergência
Semeadura Embebição Germinação Emergência
2 a 4 dias ( TºC), chegando até a 15 dias ( TºC)
2. Estádio V3
Começa-se a definir o potencial produtivo da planta, já que começa a diferenciar as espigas e o
pendão.
Gema apical abaixo do solo não agüenta inundação
O sistema radicular definitivo passa a ser o grande promotor da absorção de água e nutrientes
Grandes Culturas 3 19 Milho
Grande preocupação com adubação de N (advinda da semeadura)
Controle de plantas infestantes
3. Estádio V6
O meristema apical rompe o nível do solo
Tolera melhor encharcamento
Potencial produtivo teórico definido
Altas chances de ocorre perfilhamento, devido à facilidade de ocorrer dasarranjamento do
meristema apical por ataque de pragas
Folhas diferenciadas, assim como o pendão e a(s) espiga(s)
4. Estádio V8
Fase do “cartucho” fácil alojamento de Spodoptera frugiperda
É o estádio que melhor tolera o excesso de água
Queda de folhas no máximo 1 a 2 folhas é normal
Adubação de cobertura (1 ou 2) V4 a V8
Até aqui já foram realizados quase todos os tratos culturais (adubação de cobertura, adubação
foliar, controle de pragas, controle de plantas infestantes, etc.)
Definição do número de fileiras da espiga
5. Estádio V9
Área foliar bastante densa alta taxa fotossintética rápido crescimento
Adubação de cobertura já passa a se tornar um risco devido ao eixo do trator causar rachaduras
no colmo, ocasionando queda de plantas.
6. Estádio V12
Aparecimento do 3º sistema radicular (esporões)
Definição do tamanho da espiga (número de óvulos por fileira)
7. Estádio V15
É a segunda fase crítica quanto à disponibilidade de água (2 semanas antes do florescimento)
É possível observar uma pequena parte da espiga já apontando
8. Estádio V18
O milho está quase pendoando Pré-pendoamento (“milho na bucha”)
Liberação da última folha
Estádio mais recomendado para aplicação de fungicidas para manter a área foliar intacta
por mais tempo (20 a 25 dias), já que as doenças começam a se tornar mais agressivas uma vez que
as plantas deslocam sua produção de fotossintatos para o enchimento de grãos, não tendo energia
suficiente para se defenderem dos patógenos adequadamente.
Obs.: O primeiro nó acima do solo deu origem à 6ª folha contagem de nós para identificação do
estádio fenológico das plantas nas quais já houve queda de folhas.
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Grandes Culturas 3 21 Milho
HÍBRIDOS DE MILHO
Híbrido Simples:
- Apresenta o máximo de uniformidade
- Ponto forte produtividade alta em todas as plantas
- Ponto fraco suscetibilidade a doenças de toda a população caso uma planta já
demonstre suscetível
Híbrido Triplo:
- Plantas ligeiramente desuniformes, porém mais uniformes que o híbrido duplo
- É formado por uma linhagem + 1 “híbrido simples”
Híbrido Duplo:
- Plantas bem desuniformes (espigamento bem desuniforme)
- É formado por 4 linhagens
- Vantagem Suscetibilidade a doenças em níveis diferentes para as plantas da
população, ou seja, 1 planta pode ser suscetível enquanto que outra não.
Linhagem:
- Plantas pequenas e raquíticas homozigose total
- Uma linhagem pura deve ser totalmente homozigota, seja dominante ou recessiva
1. Histórico
Mendel, 1860 (Lei da genética)
Pioneer (1925)
Transgênicos (1996)
Obs.: Uma linhagem ♀ considerada uma boa progenitora deve produzir entre 4.000 e 5.000 kg/ha
no mínimo.
2. Princípios
Heterose: fenômeno no qual progênies de cruzamentos entre duas linhagens endogâmicas são
superiores aos pais, excedendo ambos no desempenho ou vigor.
- Ex.:
( P1 + P 2) (3.000 + 1.800 )
- Heterose = F1 − = 15 .000 −
2 2
Obs.: Atualmente, a escolha da linhagem ♀ é feita não apenas em função da sua produtividade, mas
sim em função da produção de sacos de semente comercializável, já que se leva em conta também
outros fatores, como a produção de grãos ardidos, grãos danificados, etc.
A) Teoria da Dominância:
- Vale pouco para o milho, já que essa teoria considera a hipótese:
B) Teoria da Sobredominância:
- O híbrido produz a soma dos parentais ou mais do que essa soma
- É a teoria mais aceita para o milho
O difícil não é conseguir as linhagens, já que para isto basta realizar sucessivas
autofecundações. O que realmente é difícil é produzir uma linhagem totalmente homozigota
dominante e outra recessiva.
As linhagens devem ser contrastantes (não devem ser parentes) para obter o máximo de loci
com diferentes dominâncias.
Passos para a obtenção da linhagem:
* Autofecundação:
- Em V12-V18, usa-se uma proteção plástica para cobrir as espiguetas (bonecas) antes destas
emitirem o 1º estilo-estigma (fase de proteção das bonecas)
- Quando protegida e já com bastante estilo-estigmas, começa-se a se preocupar com o pendão,
pois já deve estar em fase de polinização (planta protândrica)
- Inicia-se, assim, a segunda fase da autofecundação, que é a cobrição do pendão com um saco
de papel. Esse saco é dobrado no sentido da cola e, em seguida, grampeado. Antes de se agitar o
saco, deixa-se o mesmo por 24h para matar possíveis grãos de pólen advindos de outra planta.
- Após essas 24h, deve-se retirar o saco de papel cuidadosamente, com a boca o mais fechada
possível para não deixar o pólen sair.
- Esse saco é então colocado no lugar do saco plástico que cobria a espiga e deixado até o final
do ciclo (os sacos impedem que algum grão de pólen de outra planta polinize algum estilo-estigma
que ainda não fora polinizado, além de servir de marcação para a colheita das espigas que sofreram
o processo de autofecundação).
Para se fazer o cruzamento das linhagens com os testadores, utiliza-se campos de lotes
isolados.
- Ex.: 2.000 linhagens do G.H X (x) Testador G.H. Y
O híbrido triplo é feito com 3 linhagens = 1 “híbrido simples” (errado falar em híb. simples)
montado com 2 linhagens do mesmo grupo heterótico, ou seja, um parental, e uma linhagem de um
grupo heterótico diferente.
O híbrido duplo é o cruzamento de dois parentais
Após encontrado o cruzamento ideal, o híbrido produzido parte para a fase pré-básica.
5. Híbridos Comerciais
Exemplo:
* Pesquisa:
- Verificou o cruzamento e os cuidados a serem tomados com as linhagens, e emitiu um
relatório dizendo como realizar o cultivo das linhagens:
Lin. W ♀
Lin. B ♂
Proporção de linhas ♂/♀ = 1 ♂ : 4 ♀
Tolerância a herbicidas
Manejo ideal
Split (semeadura das linhagens ♂ e ♀ em tempos diferentes – Ex.: Split = 2 dias)
* Pré-básica:
- Multiplicar as linhagens em campos de lotes isolados. Esses campos podem ser isolados
espacial ou temporalmente. No segundo caso, as linhagens podem ser cultivadas na mesma área ou
em áreas próximas, sendo separados por um intervalo de tempo que não permita que uma linhagem
polinize a outra (diferença de data de semeadura).
- Além de multiplicar os materiais, a linha Pré-Básica tem que verificar os dados que vieram da
Pesquisa, realizando as alterações que achar necessário no cultivo das linhagens, como: inverter o ♂
e a ♀, aumentar ou diminuir a proporção de linhs ♂/♀, rever a necessidade se realizar ou não o
split, etc. Todo esse estudo é chamado de Estudo de Hibridação.
- Ex.: Após checar os dados, a Pré-Básica resolveu alterar:
W♂eB♀
Proporção= 1:5
* Básica:
- Multiplicar as linhagens em maior escala e em diversos campos de produção, agora em
tamanho maior. Além disso, novamente deve realizar o Estudo de Hibridação, para checar os
dados da Linha Pré-Básica.
* Produção:
- Utiliza os dados detalhados pela Linha Básica para semear as linhagens para a produção do
híbrido em larga escala, em pivôs, grandes áreas, etc. Esse produto já será enviado para a
comercialização, por isso deve atender a quantidade demandada pela Linha Comercial. Ex.: A
Comercial demanda uma quantidade de 500 mil sacos para venda na próxima safra, demanda essa
que deverá ser produzida pela Linha de Produção.
* Comercial:
- Responsável pela venda e pela Assistência Técnica ao produtor ($)
- Ex.: Venda de 200 mil sacos para lançamento do híbrido.
6. Híbrido Simples
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Semeadura de Linhagens
* Cálculos para o ♂:
- Informação da Linha Básica ♂ = 100.000 plantas/ha
10 .000 m 2
- Em 1ha = =14 .285 m lineares
0,7 m
100 .000 plantas / ha
- = 7,00 plantas/m Corrigir germinação (ex. 95%) e/ou vigor
14 .285 ml
(ex. 90%) para cálculo de sementes/m para a
semeadura (geralmente se utiliza a % de
vigor para essa correção).
7,0
- 0,9 = 7,78 →7,78 ×1,10 = 8,56 sementes/m (10% de perdas por pragas, doenças, etc.)
10 % perdas
* Cálculos para a ♀:
- Mesma linha de raciocínio do macho
O pendão da fêmea é arrancado quando estiver coberto por 2 folhas (“pendão na bucha”).
Deve-se dar o repasse na lavoura após o arranquio do pendão para conferir se não sobrou nenhum
pedaço do pendão, já que este pode ainda liberar pólen, o que resulta na fecundação de outras
fêmeas (autofecundação).
8. Híbrido Triplo
As linhagens A e B são do mesmo Grupo Heterótico, apesar de não serem irmãs. Se fossem
irmãs, o híbrido final seria um Híbrido Simples Modificado.
O Parental (AxB) é mais produtivo que as linhagens A e B em separado, já que apresenta um
maior número de loci em heterozigose. Contudo, esse número de loci em heterozigose não pode ser
muito alto pois senão elas já seriam consideradas de grupos heteróticos distintos e, portanto,
gerariam um híbrido simples se o cruzamento com a linhagem C.
Como o Parental (AxB) é mais produtivo, o preço da semente é menor.
Apesar das vantagens econômicas durante a produção de sementes de Híbrido Triplo, esse
ainda apresenta um grande defeito: devido ao baixo, porém representativo, vigor híbrido (choque
heterótico) do Parental (AxB), que é a fêmea no cruzamento, estas plantas ficam, relativamente,
muito mais altas que os machos (Linhagem C) que são quase totalmente homozigotos. Isso
dificulta, e muito, a polinização do macho (Linhagem C) sobre a fêmea (Parental AxB).
Para resolver esse problema, criou-se o híbrido Triplo Modificado, no qual a linhagem que
funciona como macho no cruzamento final (Linhagem C) é cruzada com uma irmã, à semelhança
do que ocorre na formação do Simples Modificado, também a fim de se dar um “choque heterótico”
nessa linhagem para aumentar o seu tamanho (porte mais elevado).
Assim, podemos dizer que na formação do Híbrido Simples Modificado, o objetivo de se
cruzar a fêmea com uma irmã é produzir plantas mais produtivas que servirão como fêmeas,
enquanto que na formação do Híbrido Triplo Modificado, o cruzamento do macho com uma irmã é
gerar plantas mais altas para facilitar a polinização.
11. Variedades
Obs.: Ranking de Custo: Simples > Simples Mod. > Triplo > Triplo Mod. > Duplo > Varied.
Ranking de Produt.: Simples > Simples Mod. > Triplo > Triplo Mod. > Duplo > Varied.
Ranking de Estabilidade: ao contrário dos anteriores (as variedades são “Estavelmente
Ruins”).
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Deve-se fazer a calagem em função do sistema de cultivo como um todo, não apenas em
função da cultura do milho.
O primeiro passo a ser dado na tentativa de corrigir todos os níveis de nutrientes e o pH do
solo é a análise do solo. A Análise Química do Solo deve ser feita nas profundidades de 0-20cm e
20-40cm.
Unidades:
- mg.dm-3 = ppm
- cmolc.dm-3 = ??? mg.dm-3
Grandes Culturas 3 30 Milho
1. Acidez do Solo:
Causas do solo de cerrado serem ácidos:
- Material de origem (arenito) pobre em bases
- CTC baixa = não retém as poucas bases que possui
- Exportação de nutrientes (depende de cada nutriente)
- Decomposição da matéria orgânica libera H+ que acidifica o solo
- Adubação nitrogenada com uréia ou S.A. (fontes amoniacais) também libera H+
- Acidez Trocável = quantidade de Al3+ presente no solo. É considerada acidez por estar
competindo com as bases por locais de ligação no colóide do solo. Al3+ inibe o crescimento e
desenvolvimento celular, já que compete com Ca++, o qual é responsável pela formação e
integridade da membrana plasmática. Por isso, o Al3+ inibe o crescimento radicular (toxidez de
Al3+).
Para medida dessa acidez, é usada grande concentração de K+ (KCl) para deslocar todas as
bases para a solução do solo, onde é contabilizado o Al3+.
Outro problema do Al3+ é a sua fácil complexação com o fósforo (H2PO4-).
Grandes Culturas 3 31 Milho
Concentrações de Al+3 abaixo de 0,3cmolc.dm-3 não são problema para a cultura do milho.
7. Calagem:
Quais são os efeitos da calagem?
- Elevar o pH para uma faixa ideal para a cultura (milho = 5,6 – 5,8)
- Elevar o teor de Ca e Mg
Grandes Culturas 3 32 Milho
- Libera OH- para precipitar Al3+
Obs.: Deve-se tomar cuidado com a supercalagem, pois, além de precipitar o Al +3, irá também
precipitar todos os micronutrientes catiônicos como Fe+++, Zn++, Cu++, Mn++.
Escolha do Calcário:
- Teor de Ca e Mg
- Poder Neutralizante (VN) = é a capacidade do calcário neutralizar a acidez
- Eficiência Relativa (ER) = se deve à granulometria do calcário (quanto mais fino, mais
reativo é o calcário)
- PRNT = VN x ER
Y % Argila
1 < 15% (arenoso)
2 15-35%
3 35-60%
Grandes Culturas 3 33 Milho
4 > 60% (argiloso)
NC (t/ha) = Y x [(Al – (mt x t/100)] + X – (Ca + Mg) Fórmula nova: leva em conta
que a precipitação total do Al3+ proposta na fórmula antiga também poderia precipitar os
micronutrientes catiônicos.
8. Gessagem:
Quais os objetivos da gessagem?
- Corrigir condições subsuperficiais, onde o calcário não consegue chegar. Nas condições
subsuperficiais, existe muito Al e poucas bases e enxofre.
Doses:
Textura NG (kg/ha)
Arenoso (< 15% argila) 400kg/ha
Médio (15 – 35% argila) 400-800kg/ha
Argiloso (35 – 60% argila) 800-1200kg/ha
Muito argiloso (> 60% argila) Não passar muito de 1200kg/ha
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NUTRIÇÃO MINERAL
Critérios de Essencialidade
- Na ausência do nutriente, a planta não completa seu ciclo
- Não é possível sua substituição
- O nutriente deve participar do metabolismo da planta
Grandes Culturas 3 34 Milho
Elementos Benéficos:
- Si em gramíneas
- Co na soja
- Al em pequenas quantidades
Elementos Tóxicos:
- Al
- Mn e todos os outros nutrientes em grandes quantidades
* Dinâmica da Absorção:
Como o elemento entra em contato com a raiz do milho?
1) Interceptação radicular (raiz apresenta apenas 2% de área em contato com o solo)
importância de se ter um sistema radicular vigoroso.
2) Fluxo em massa o elemento entra na planta pela raiz, junto à água absorvida
3) Difisão o elemento em alta concentração no solo entra na raiz já que dentro da
mesma a concentração desse elemento é pequena. Ocorre a curtíssimas distâncias e
somente com K, P e Zn. Além disso, é necessária água para que ocorra esse processo.
Como a absorção de nutrientes pelo sistema radicular definitivo se inicia em V3,
quando a raiz está muito pequena, a possibilidade de ocorrer esse processo nessa fase é
muito pequena.
Retranslocação
Grandes Culturas 3 36 Milho
- A prioridade da planta são as folhas novas, por estarem mais próximas do meristema
apical e realizarem fotossíntese mais eficientemente.
1) Nutrientes móveis: N, P, K, Mg e Cl deficiência ocorre nas folhas mais baixas
2) Nutrientes imóveis: Ca e B deficiência nas folhas mais jovens (superiores)
3) Nutrientes intermediários: Fé, Mn, Zn, Cu, S e Mo deficiência geralmente aparece
nas folhas superiores da planta.
Macronutrientes:
1. Nitrogênio (N):
a) Teor no solo: é muito variável, por isso não serve de parâmetro para verificação
de sua deficiência no solo
Obs.: A análise foliar é feita próximo ao florescimento, pois após essa fase, a planta utiliza todos os
nutrientes possíveis para o enchimento de grãos. Além disso, a análise foliar é realizada sempre na
folha +3.
Obs.: Como a soja tem mais N nos grãos (proteínas e lipídeos), ela requer mais N que o milho
(80kg de N/ton de grãos produzidos).
g) Relação C/N: Alta relação C/N causa imobilização de N, causando deficiência desse
nutriente. Por isso, deve-se aplicar grandes quantidades de N na adubação de base. Deve-se tomar
cuidado com o Plantio Direto com relação à cobertura anterior (leguminosa ou gramínea).
i) Deficiência: clorose generalizada, iniciando-se em formato de “V” invertido nas pontas das
folhas do baixeiro.
2. Fósforo (P):
a) Teor no solo: é um dos elementos que mais limitam a produtividade. Nossos solos têm uma
“fome” (adsorção) muito forte por esse nutriente. Grande parte do P aplicado é fixado. Seus níveis
ideais no solo são baseados na textura do mesmo. Assim, em solos argilosos, 10ppm de fósforo
significa que este é mais rico em P do que os mesmos 10ppm em solo arenoso. Isto porque o
extrator de P para análise do solo é o mesmo (Mehlic-1, Resina, etc.), então ele retira todo o P do
Grandes Culturas 3 38 Milho
solo arenoso mas não consegue retirar todo o P do solo argiloso, ou seja, apesar de terem sido
detectados 10ppm de P na análise, ainda há P que a mesma ainda não detectou no solo argiloso.
% Argila Teor bom
(mg.dm-3)
> 60% 8,0 – 12,0
36 – 60% 12,0 – 20,0
16 – 35% 20,0 – 30,0
< 15% 30,0 – 45,0
* A água é sempre importante no processo de difusão do P até a raiz, assim como na difusão de
todos os outros nutrientes.
e) Teor foliar: 0,25 a 0,30% (muito baixo em relação à quantidade aplicada, devido à adsorção
ao solo).
f) Absorção: H2PO4- (transporte do tipo Simporte = assim que entra o H2PO4-, entra também
um cátion, em geral H+, para equilibrar cargas no interior da célula).
Obs.: A mesma proteína que transporta H2PO4- também transporta moléculas dos herbicidas
inibidores de EPSPS.
Grandes Culturas 3 39 Milho
g) Exigências: 10kg/ton
h) Fontes:
- Fosfato natural: aplicar em solos ainda ácidos, ou seja, antes de realizar a calagem, pois a
acidez acelera a reação dos fosfatos naturais (íons H+)
- Superfosfato Simples: 20% de P2O5; apresenta ainda boa concentração de S.
- Superfosfato Triplo: 45% de P2O5; não apresenta S na fórmula
- MAP e DAP: são fontes de P2O5 e N
i) Formas de aplicação:
- Fosfato Natural área total e incorporado para aumentar a área de contato com o solo e,
com isso, acelerar a reação do mesmo para liberação de P2O5
- Super Simples e Super Triplo aplicados concentrados na linha de semeadura (sulco de
semeadura) para diminuir a área de contato com o solo e, consequentemente, a fixação de P ao solo
- Não é recomendada a aplicação de MAP e DAP em área total, apesar de que essa técnica
vem sendo adotada em áreas de cultivo na BA.
j) Interações:
- P x Zn esses dois nutrientes competem pelo mesmo sítio de absorção na célula.
Portanto, quando a concentração de P está muito alta no solo, a absorção de Zn é dificultada,
provocando deficiência desse nutriente na planta, mesmo que ele esteja em concentrações ideais no
solo.
3. Potássio (K):
- Muitas vezes, quando se acerta o teor de P2O5, o fator limitante passa a ser o K2O.
a) Teor no solo:
Classificação Teor
Muito Baixo < 15,0 mg.dm-3
Baixo 16,0 – 40,0 mg.dm-3
Médio 41,0 – 70,0 mg.dm-3
Bom 71,0 – 120,0 mg.dm-3
Muito Bom > 120,0 mg.dm-3
* O K também chega à raiz por difusão e, por isso, necessita de água para que consiga chegar até
esta. Contudo, é um elemento de fácil lixiviação e, portanto, deve-se tomar cuidado com a
quantidade de água que é fornecida (excesso de chuvas e taxas de irrigação muito altas).
* Ca, Mg e K devem estar em equilíbrio no solo pois são transportados para dentro da planta pelo
mesmo transportador.
d) Absorção: K+ (Antiporte)
Grandes Culturas 3 40 Milho
e) Exigência: 23 a 25kg/ton de grãos (muito pouco K é exportado - 20 a 30% - pelos grãos,
ficando na palhada)
f) Funções: Nutriente atípico, o K não faz parte da estrutura de nenhum composto da planta;
regula a abertura e fechamento dos estômatos (estômato fechado não absorve CO2 não realiza
fotossíntese); ativador de mais de 50 enzimas na planta, dentre elas a RUBISCO; a saída de
fotoassimilados das folhas para o enchimento de grãos ocorrem somente em presença de K (espigas
com grãos murchos nas pontas podem indicar deficiência de K para a etapa final de enchimento de
grãos, já que os grãos das pontas são os últimos a serem enchidos); correlacionado à síntese de
lignina, sendo muito importante para evitar tombamento de plantas; relacionado à resistência da
planta ao frio, à geada, ataque de pragas e doenças, etc.
h) Interações: Como é absorvido pelas raízes pelo mesmo transportador do Ca e Mg, deve estar
em equilíbrio com esses dois nutrientes.
i) Parcelamento ou Antecipação?
- Semeadura: parte do N e do K junto à semeadura (limite = 100kg/ha de N + K2O)
- Parcelamento: a outra parte do N e do K aplicados em 1 ou 2 coberturas
- Antecipar a aplicação (????)
- Quase todo o K é absorvido até o florescimento, devendo-se então tomar o cuidado de
realizar todas as coberturas ainda na fase vegetativa.
4. Cálcio (Ca):
a) Teor no solo: a calagem já é suficiente para suprir a necessidade de Ca, na maioria dos casos
Classificação Teor
Muito Baixo < 0,4 cmolc.dm-3
Baixo 0,4 – 1,2 cmolc.dm-3
Médio 1,2 – 2,4 cmolc.dm-3
Bom 2,4 – 4,0 cmolc.dm-3
Muito Bom > 4,0 cmolc.dm-3
b) %T O teor de Ca no solo deve corresponder a 40-45% da CTC total deste solo. Assim,
além dos teores desse nutriente estarem em níveis bons ou muito bons, esse nível deve corresponder
a 40-45% da CTC do solo. Esse alto teor (40-45% da CTC) em relação ao K (3-5%) e ao Mg (9%)
se deve ao fato de ser um elemento fortemente adsorvido pela argila (perde apenas para o Al3+).
5. Magnésio (Mg):
a) Teor no solo: Quase totalmente disponibilizado pela calagem
Classificação Teor
Muito Baixo < 0,15 cmolc.dm-3
Baixo 0,16 – 0,45 cmolc.dm-3
Médio 0,46 – 0,90 cmolc.dm-3
Bom 0,91 – 1,50 cmolc.dm-3
Muito Bom > 1,50 cmolc.dm-3
b) % T O teor de Mg no solo deve estar entre 9 a 15% da CTC, ou seja, 9-15% da CTC do
solo deve estar ocupada por Mg. Isso faz com que a relação Ca:Mg = 3:1.
6. Enxofre (S):
a) Teor no solo: ideal > 15mg.dm-3
* CUIDADO !!! Os adubos atuais não utilizam fontes que contenham S na fórmula. Por isso,
estão ocorrendo muitos casos de deficiência de S.
c) Absorção: SO42- (simporte) pelo fato de ser um ânion, é muito lixiviado devido ao fato
de ser fracamente adsorvido ao solo.
e) Funções:
- Constituinte dos Sulfolipídeos
- Constituinte de aminoácidos
- Participa na estrutura terciária das proteínas
f) Fontes:
- Gesso (fonte mais barata de S)
- Sulfato de Amônio [(NH4)2SO4] 24% de S
- Super Simples 12% de S
7. Ferro (Fe):
a) Teor no solo: 30 a 45mg.dm-3 (chega à raiz por difusão)
Grandes Culturas 3 43 Milho
c) Abosorção: Fe++ (antiporte) absorvido na forma de ferro reduzido, já que no solo a maior
concentração desse nutriente está na forma de Fe+++.
e) Funções:
- Elemento estrutural da Ferrodoxina (FS I)
- Ativador de várias enzimas na planta
f) Deficiência: apesar de rara, quando aparece tem como sintoma o branqueamento das folhas.
8. Zinco (Zn):
É um dos micronutrientes mais preocupantes nas condições de cerrado
a) Teor no solo: 1,6 a 2,2mg.dm-3 (chega à raiz por difusão, sendo portanto extremamente
dependente de água no solo)
- Apresenta antagonismo com P, ou seja, altas concentrações de P no solo (o que é difícil
nos solos brasileiros) causam deficiência de Zn, já que são carreados para o interior da célula pela
mesma proteína carreadora.
h) Deficiência:
- Folhas com listras brancas e amarelas
- Internódios curtos (baixa concentração de auxinas)
- Necrose de folhas
Obs.: Aplicação foliar de Zn em caso de deficiência deve-se tomar cuidado com a mistura do
adubo foliar junto a inseticidas e/ou herbicidas, pois o adubo foliar é formado por sais, os quais
Grandes Culturas 3 44 Milho
podem ser quelatados pelos inseticidas e herbicidas. Por isso, em caso de misturas, deve-se deixar
uma faixa sem aplicá-la para servir de testemunha para o próximo ano.
9. Manganês (Mn):
Nutriente muito presente em nossos solos, podendo ser tóxico em algumas regiões por estar
em excesso no solo.
a) Teor no solo: 9,0 a 12,0mg/dm-3 (Difusão)
e) Funções:
- Constituinte da Mangano Proteína no Fotossistema II
- Ativador de proteínas
g) Foliar: 300 a 400g.ha-1 (Fancelli, 2001) planta de milho tem alguma dificuldade de
capturar o Mn no solo (aplicação entre V4 e V8)
Obs.: O B é muito móvel no solo já que não fica adsorvido aos colóides do solo. Contudo, é um
elemento imóvel dentro da planta (não se redistribui na planta). Por isso, a aplicação de fertilizantes
foliares para suprir sua necessidade não é recomendada, pois agirá somente nas células que
receberem as gotas do fertilizante.
c) Absorção: H3BO30 (como sua carga é nula, seu transporte não é nem simporte nem antiporte)
e) Funções:
- Divisão e alongamento celular
- Fertilidade dos grãos de pólen
- Diferenciação dos vasos do xilema
- Transporte de carboidratos
f) Fontes: Ulexita (ideal, pois é de liberação gradual, não ocorrendo tanta lixiviação), Ácido
Bórico e Bórax (ambos de liberação muito rápida, ocasionando fácil lixiviação)
Grandes Culturas 3 45 Milho
h) Deficiência:
- Faixas alongadas aquosas ou transparentes que ficam secas ou brancas (semelhante ao Ca)
nas folhas novas
- Morte dos pontos de crescimento
- Baixa polinização
- Má formação dos sabugos (não ficam compactos)
e) Funções:
- Fotossíntese (plastocianina)
- Superóxido desmutase (enzima responsável pela quebra da água oxigenada)
- Afeta a lignificação (semelhante ao K)
f) Deficiência:
- Amarelecimento das folhas novas logo que começam a se desenrolar
- Curvatura (enrolamento) das pontas das folhas e necrose na ponta
- Colmos ficam macios e se dobram
- Folhas amarelas e com margens necrosadas
12. Molibdênio:
a) Teor no solo: quase nulo (muito móvel – assim como o B, é muito lixiviado)
e) Funções:
- Redutase do nitrato
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Grandes Culturas 3 46 Milho
MILHO x DOENÇAS
Algumas doenças chegam bem cedo no milho (estádio vegetativo), como é o caso das
ferrugens (V8)
A grande maioria das doenças atacam a partir do florescimento pois a planta concentra
fotossintatos no enchimento de grãos, e deixa de carreá-los para sua defesa.
A aplicação de fungicidas é ideal no pendoamento pois irá proteger a cultura por 20 a 25 dias.
Conceito Clássico de Doenças de Plantas = Triângulo de Doenças (Patossistema selvagem)
Na safra 1999/2000, surgiu uma doença que “jogou por terra” a idéia de uso exclusivo do
controle de doenças por resistência varietal: a Cercosporiose (Cercospora zea-maidis). Esse fungo
produz a toxina Cercosporina, a qual reage dentro da planta formando água oxigenada, queimando
as células. Grande parte dos híbridos no mercado em 1999/2000 eram suscetíveis à doença, o que
derrubou o uso exclusivo da resistência genética. Como era um patógeno “novo”, também não se
sabia como realizar o controle químico (qual fungicida?, qual dose?, qual época de aplicação?).
Ensaio conduzido em Uberlândia, na safra 2002, mostrou que a aplicação de fungicidas
(Mancozeb, Estrobilurina, Difeconazole, Propiconazole) aos 45 e 60 dias após semeadura, tinha
efeitos sobre a produtividade, da seguinte maneira:
- Fungicida não aumenta o potencial produtivo, apenas evita perdas de produtividade que
seriam causadas pelas doenças.
- O material mais tolerante a Cercosporiose ainda respondeu à aplicação de fungicida pois
a Cercospora não era a única doença na área
- Mesmo materiais altamente resistentes à Cercosporiose responderam à aplicação de
fungicidas.
4. Ferrugens
Ferrugem Tropical coloração creme
Ferrugem Polissora coloração avermelhada, de baixas altitudes (dias e noites quentes)
Ferrugem Comum coloração avermelhada, de altas altitudes (noites frias)
Obs.: 500g de amostra ------- 50g de grãos ardidos = 10% de grãos ardidos ERRADO!!!
Motivos do erro:
- Os grãos ardidos são muito leves devido ao consumo da reserva do grão pelos fungos
(principalmente Stenocarpella). Assim, na verdade, os 50g de grãos deveriam pesar muito mais,
mascarando o resultado
- Como os grãos ardidos são muito leves, grande parte deles fica no campo pois é
eliminada pelos mecanismos de limpeza da colhedora (peneiras e ventiladores). (isso dissemina
ainda mais os fungos no campo).
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COLHEITA MILHO/ARROZ
1. Planejamento da Colheita
Após 35-40% de umidade do grão, ele atinge a maturidade fisiológica. A partir daí, a planta
começa a morrer (senescência), não tendo mais folhas verdes após atingir 20% de umidade do grão.
2. Época de Colheita
Colheita de grãos
- Milho desde 28% até a umidade de venda (13%)
- Arroz 20 a 25% de umidade (abaixo disso, ou seja, no ponto exato de venda, a
colheita não é adequada pois os grãos quebram e degranam facilmente)
Colheita de sementes
- Milho Maturidade fisiológica (30-35%)
Grandes Culturas 3 52 Milho
- Arroz igual à colheita de grão (20-25%)
Milhos especiais:
- Milho verde e doce 70% (R4)
- Milho para silagem 55% (R5)
3. Tipos de Colheita
Manual
Semi-mecanizada
Mecanizada (é a mais importante para atualmente)
4. Colheita Mecânica
Recolhimento (plataforma)
Alimentação (corrente transportadora)
Debulha (cilindro e côncavo) – feita de forma mecânica, sendo responsável por grande parte
das perdas que ocorrem na colheita
Separação (saca-palha ou “jacaré”) – separação dos grãos + sabugo + palha
Limpeza – extremamente importante
A) Recolhimento:
Perdas:
- Plataforma tem bico coletor coincidindo com a linha de cultivo, derrubando a planta.
- Perda de espiga ao bater com muita força na plataforma caso a velocidade da colhedora
estiver alta. Se o material for mal-empalhado, pode haver perda de grãos isolados
- Embuxamento por plantas infestantes, principalmente as do gênero Ipomoea
Essa fase é fonte de perdas de espigas e grãos
B) Alimentação:
Feita pela corrente transportadora (“garganta”)
É onde ocorre o embuxamento
A espiga chega até a alimentação pelo caracol (roscas sem-fim)
C) Debulha:
Feita entre o Cilindro Batedor e o Côncavo (esse espaço entre os dois é regulado em função do
tamanho da espiga)
A velocidade de rotação do cilindro também é regulável (deve ser maior em material mais
úmido, já que é mais difícil de se retirar o grão da espiga).
Não pode haver nem grãos quebrados nem grãos aderidos ao sabugo quando passar por essa
etapa.
D) Separação:
Feita no Saca-Palhas (“jacaré”), o qual separa os grãos da palha
Esse sistema é contínuo até o fim da colhedora
Grandes Culturas 3 53 Milho
E) Limpeza:
Retira as impurezas dos grãos, já que, assim como os grãos ardidos, as impurezas também
diminuem o preço do grão
É feito nas Peneiras e pelo Fluxo de Ar.
A) Perdas em espiga
Determinada em amostragem em áreas de ± 40m2 (quanto maior o número de repetições,
melhor é a amostragem, sendo o mínimo ideal de 10 repetições)
Perdas em espigas em pré-colheita (tombamento e quebramento)
Perdas em espigas na plataforma
Perdas totais em espigas
- Perdas em Pré-colheita:
Considerando que foram encontradas 5 espigas caídas em 40m2 de amostragem, tem-se:
5 espigas/40m2 = 333,33kg/ha
- Perdas na Plataforma:
Considerando que foram encontradas 25 espigas em 40m2 de amostragem, tem-se:
25 espigas/40m2 = 1.666,67kg/ha
B) Perdas em grãos
Nesse caso, as amostragens são feitas em áreas menores, de aproximadamente 1,0m2, em
vários pontos (repetições).
Grãos soltos na plataforma e na limpeza
Grãos aderidos a pedaços de sabugo causados pelo cilindro/côncavo mal regulados
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A) Limpeza
B) Secagem
Umidade de colheita = 20-25% Umidade ideal de beneficiamento = ± 13%
A secagem não pode ser rápida, devendo ser lenta e gradativa. Caso contrário, haverá
formação de trincas.
* Descascamento:
- Realizado com esmeril, o que ocasiona problemas de quebra de grãos
- Objetivo: retirada da casca e pequenas partes da camada de aleurona, pericarpo e
embrião.
- Não se consegue descascar 100% dos grãos, pois senão haveria muita quebra de grãos.
Assim, sobram alguns “marinheiros” (grãos com casca)
- Produtos: casca, farelo, arroz integral e marinheiros (voltam para o descascador)
* Brunimento / Branqueamento:
- O brunidor é um cilindro revestido interiormente por lixas. À medida que o cilindro gira,
o grão vai sendo lixado.
- Produto: farelo e arroz brunido (tempo de prateleira de aproximadamente 6 meses)
- Retira-se o embrião (lipídios e vitaminas), camada de aleurona (proteínas) e pericarpo.
* Polimento:
Grandes Culturas 3 55 Milho
- Objetivo: retirar o farelo ocasionado pelo brunidor
- O polidor é semelhante ao brunidor, porém com panos no lugar das lixas
- Produto final: arroz brunido polido
D)