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13/02/2008 – 4ª feira/1ª aula

1 ª PROVA DE PENAL – 16 DE ABRIL – QUARTA-FEIRA


2º PROVA DE PENAL – 13 DE JUNHO – SEXTA-FEIRA

DIREITO PENAL IV – CHRISTIAN


Título VIII – Dos crimes contra a incolumidade pública

CAPÍTULO I – Crimes de Perigo comum

Art. 250, CP – incêndio

Perigo concreto – tem que haver a existência de perigo concreto


quanto aos bens protegidos.

Perigo Abstrato/presumido – não exige a demonstração do perigo


causado pela conduta.

Sujeitos:
Ativo – pode ser qualquer pessoa, é indeterminado.
Passivo – determinado, a coletividade, perigo para todos.

Incêndio é a combustão de qualquer material líquido, sólido e/ou


gasoso, ele tem que colocar em risco a vida, integridade física, ou
patrimônio da coletividade. Não pode ser qualquer incêndio,
depende da intensidade. Quem vai determinar qual incêndio causa
perigo à coletividade é a perícia, ela vai dizer se tinha a possibilidade
de se propagar ou não.

O incêndio criminoso pode ser tentado, pois pode ser divido em


etapas. Ex.: Se a pessoa tem a intenção de incendiar algo, mais está
apenas nos atos executórios, jogando a gasolina no local, e após ser
encontrada pela polícia, ela será processada por incêndio tentado,
mesmo tendo iniciado o incêndio.
É um crime de ação penal pública incondicionada (não depende de
queixa/denúncia).

O resultado “perigo” não precisa exclusivamente ser resultado do


incêndio, mas também de causas relacionadas a esse incêndio, por
exemplo, um tumulto, correria, pânico... Assim, o crime de incêndio
se configura da mesma forma.

Indícios são provas indiretas. E a prova indireta já é suficiente para


se instaurar o processo.

Existe a modalidade Dolosa simples (art. 250, “caput”), Dolosa


qualificada (art. 250, §1º) e Culposa (art. 250, §2º).

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O incêndio pode ser provocado na modalidade Comissiva
(comissão/ação/atos) ou Omissiva (omissão).

Art. 250, §1º, II,


a – serve, também, em casa desabitada, ou em lugar para exercer
atividades.
b – se for dano por incêndio não entra no crime de Dano (art. 163) e
sim, em incêndio qualificado. Pode ser particular, mas se for
destinado ao uso público também é incêndio, por exemplo, cinema...
destinado a obra de assistência social ou de cultura, por exemplo,
hospitais, bibliotecas...
c – a embarcação, aeronave... podem ser de particulares.
d – o legislador se omitiu quando a rodoviária, porto.
e – oficina (lugar onde se exerce ofício, trabalho artesanal, ex.: ateliê)
f – pois há maior risco de propagação.

Art. 258, CP, aumento de pena, a lesão corporal grave e a morte não
podem ter sido dolosa.

15/02/08 – 6ª feira

Art. 251, CP – Explosão


Reação química que gera violento estrondo, e violento deslocamento
de ar, capazes de afetar a vida, o patrimônio, e a integridade física.
Tem que ser potencialmente lesivo e tem que gerar risco a
coletividade. Terão que se valer de peritos que saberão se a explosão
é de grande potencial, e aí sim, estará configurado o crime. É crime
de resultado, caso contrário, não haverá a consumação, tem que se
demonstrar a concretização de um perigo.
Arremesso – jogar, atirar mediante força física ou mecânica.
Os peritos atestarão se os efeitos análogos têm o mesmo potencial
danoso da dinamite. No “caput” é a forma dolosa, e o dolo é de expor
a risco, de perigo.

§1º - figura privilegiada – quando a substância não for dinamite, e


tiver a lesividade menor.
§2º - causas de aumento de pena – mesmos casos do incêndio, art.
250, §1º, I e II.
§3º - crime culposo – só faz menção à explosão, e não ao “arremessar
e colocar explosivo”. Logo, só há crime culposo para a explosão. “Nos
demais casos” = explosivos de menor potencialidade.

Art. 258, CP, aumento de pena, a lesão corporal grave e a morte não
podem ter sido dolosa.

Art. 252, CP – Uso de Gás ou Asfixiante


O gás pode causar envenenamento, sufocação. O gás tem que ser
suficiente para causar dano à vida, ao patrimônio, e à integridade
física.

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Art. 253, CP - Fabrico, fornecimento, aquisição, posse ou
transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante
Pune os atos preparatórios dos arts. 252 e 251. Crime de perigo
abstrato, pois a Lei presume que ao fabricar o explosivo já expõe a
perigo as pessoas. Somente é punido em caso de dolo.
Art. 254, CP - Inundação
É punido em caso de dolo ou culpa.

Art. 255, CP - Perigo de inundação


Pessoa que rompe um obstáculo à inundação, e a inundação não
ocorre, por outros motivos.
Art. 256, CP – Desabamento ou desmoronamento

Art. 257, CP – Subtração, ocultação ou inutilização de material


de salvamento
Ex.: Pessoa que esconde o material necessário para prestar socorro
às pessoas, colocando-as em risco.
Normalmente ocorre em concurso formal, com o furto. Ex.: a pessoa
subtrai para obter uma vantagem patrimonial, e ao mesmo tempo
coloca as pessoas risco dificultando o salvamento.
Art. 258, CP – Aumento de Pena

Art. 259, CP - Difusão de doença ou praga


Não deveria estar neste capítulo, pois existe uma Lei específica (Lei
dos Crimes Ambientais) e mais abrangente para este caso. Artigo
revogado tacitamente.
O artigo permite modalidade culposa e art. 61 Lei 9.605/98 não
permite. A posição majoritária é a de que quando o artigo é revogado,
o parágrafo é revogado junto, logo, não se pune a modalidade
culposa, pela doutrina majoritária.

20/02/2008
CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE TRANSPORTE
E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 260, CP – Perigo de desastre ferroviário
Sujeito ativo, qualquer um, e Sujeito passivo, a coletividade.
Caput - Impedir – interromper, obstruir
Perturbar – atrapalhar, desarranjar
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Estrada de ferro – abrangem trens, metrôs, bondes e teleféricos.
I – Obra de arte – túneis, pontes...
IV – Norma genérica.
Todos os incisos exigem a criação de perigo concreto ou efetivo
(probabilidade de desastre ferroviário – expor a perigo a incolumidade
de pessoas ou coisas, apresentando certo vulto o fato e revelando-se
por modo grave e extenso).
Se consuma com a efetiva situação de perigo, mas admiti-se a
tentativa.
Se a sabotagem tem finalidade política, não cabe neste artigo, e sim,
no art. 15 da Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional).
Ação penal pública incondicionada.
§1º - figura qualificada, se resulta desastre (preterdoloso). Não cabe
tentativa nesse parágrafo, e se consuma com o efetivo desastre.
§2º - modalidade culposa, o agente dá causa a efetivo desastre, por
não-observância do cuidado objetivo necessário (negligência). Só
haverá punição da modalidade culposa, caso ocorra o desastre.
JURISPRUDÊNCIA – há desastre ferroviário se ocorre relevante dano à
composição e à carga transportada, a par de lesões corporais;
todavia, se há mero descarrilamento, sem conseqüências de vulto, a
figura pode ser a do art. 121, §3º ou 129, §6º.
Art. 261, CP – Atentado contra segurança de transporte
marítimo, fluvial ou aéreo
Conduta dolosa.
Caput – expor a perigo – colocar em perigo
embarcação – qualquer transporte marítimo ou fluvial (não precisa
ser motorizado)
aeronave – veículo de transporte que se move no ar
própria ou de terceiro, mas tem que ser usado para transporte
coletivo.
praticar qualquer ato tendente a impedir – não permitir, interromper,
fazer cessar
dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.
Das condutas deve resultar perigo concreto, e não presumido.
Consuma-se com o perigo concreto de acidente. Admite-se tentativa.
Se a sabotagem tem finalidade política, não cabe neste artigo, e sim,
no art. 15 da Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional).
Ação penal pública incondicionada.
§1º figura qualificada – preterdoloso.
§2º - figura qualificada - alcança o caput, e o §1º deste artigo.
Vantagem econômica não consiste só em dinheiro, e não precisa ser
efetivamente conseguido. Na doutrina tradicional é o “dolo
específico”.
§3º - modalidade culposa – Somente se ocorre o sinistro (§1º) por falta
do cuidado objetivo necessário pelas circunstâncias.

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Art. 262, CP – Atentado contra a segurança de outro meio de
transporte
Caput – ônibus, embarcações lacustres, lotações, táxis e etc., desde
que se destinem a transporte público. Exige-se o perigo concreto. Se
consuma com o surgimento da situação de perigo concreto e
desastre. Admite-se tentativa. Ação Pública Incondicionada.
§1º - figura qualificada – não é admitida tentativa neste §.
§2º - modalidade culposa
Art. 263, CP – FORMA QUALIFICADA (para os artigos 260-262)
No caso de lesão corporal ou morte, aplica-se o disposto no art. 258,
CP.
Art. 264, CP – Arremesso de projétil
Arremessar – atirar, lançar, mesmo que não seja com a mão, pode ser
com qualquer coisa/máquina.
Projétil – coisa ou objeto sólido e pesado que se arremesse no espaço
(o arremesso deve ser contra veículo, em movimento, não se
tipificando a figura caso o veículo esteja parado. O projétil tem que
ser apto a causar dano a pessoas ou bens indeterminados. O veículo
deve ser destinado ao transporte público, por terra, por água ou pelo
ar. Entende-se ser suficiente o perigo presumido/abstrato, desde que
possível.
Consuma-se com o arremesso do projétil, mesmo que não atinja o
veículo em movimento. Não se admite a tentativa, pois a ação de
arremessar, não pode ser fracionada/dividida. Se o agente não
arremessou, só existirão atos preparatórios que são impuníveis.
Ação penal pública incondicionada.
§único – aumento de pena, preterdoloso.
Não existe a modalidade culposa. Cabe dolo eventual.
Art. 265, CP – Atentado contra a segurança de serviço de
utilidade pública
Existe a tentativa, mas é difícil a sua ocorrência na prática. Se
consuma com a prática do ato capaz de perturbar a segurança ou o
funcionamento.
Se a sabotagem tem finalidade política, não cabe neste artigo, e sim,
no art. 15 da Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional).
§único – aumento de pena, furto de material essencial ao
funcionamento dos serviços.
Se ele possuía desígnios autônomos, entra no art. 70, CP. Se ele tinha
a vontade de somente furtar, e o homem médio pudesse imaginar
que furtando um fio causaria transtorno à utilidade pública, ele será
punido pelo art. 70, CP. Se ele furtou um fio, para vender, ou obter
alguma vantagem, é o art. 70, concurso formal. Mas, se ele subtraiu o

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fio, com a intenção de atentar o serviço de utilidade pública, e largou
em outro lugar, ele só responderá pelo art. 265, CP.
Admite a forma tentada. Não é necessária a paralisação do serviço.
Art. 266, CP – Interrupção ou perturbação de serviço telégrafo
ou telefônico
Admite-se a tentativa. Ação penal pública incondicionada
§único – aumento de pena (o dobro em caso de calamidade pública)
Só pode ser praticado com dolo. Não é necessário que ocorra algum
resultado naturalístico, específico, decorrente das atitudes previstas
no artigo, pois, o crime é de perigo presumido.

TÍTULO VIII – CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA


CAPÍTULO III – DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
Art. 267, CP – Epidemia
Crimes contra um grupo social, as pessoas como um todo, pessoas
indeterminadas. Epidemia ocorre quando várias pessoas se
contaminam de uma mesma doença. Tem que haver o dolo de
propagar a doença, causando uma epidemia. Exige um resultado, a
causa da epidemia. Não basta a propagação de germes patogênicos
deve causar a epidemia, para que seja na forma consumada.
§1º - aumento de pena – independente do número de mortes a pena
será aplicada em dobro.
§2º - forma culposa
Admite-se a tentativa. Pode se dar através da ação ou omissão.
Art. 268, CP - Infração de medida sanitária preventiva
Depende da complementação de outra norma (infringir determinação
do poder público). Ex.: um cidadão reutilizar material descartável.
1º - aumento de pena
Não importa se ocorreu o resultado de propagação da doença ou não,
crime de perigo abstrato. Somente o fato de infringir a determinação
já gera o crime. E se houver a propagação irá responder pelo
aumento do art. 285 (que leva ao aumento do art. 267).
Art. 269, CP - Omissão de notificação de doença

22/02/2008 – sexta-feira
Art. 271, CP (Corrupção ou poluição de água potável) x Art.
54, Lei 9.605/98 (Lei dos crimes ambientais)
A Lei revogou tacitamente o art. 271. A lei é posterior, e é especial.
Art. 272, CP – Falsificação, Corrupção, Adulteração, ou
Alteração de produtos alimentícios.

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Caput –
“Falsificar” é essencialmente doloso.
É normalmente subsidiário ao 273.
§1º-A- Quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em
depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega
§1º - abrange bebida alcoólica também.
§2º - Modalidade Culposa
Art. 273, CP - Falsificação, corrupção, adulteração ou
alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais
Caput - produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
§1º - Quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito
para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega (É necessário
o dolo e o fim de venda).
§1º-A - matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os
saneantes (produtos de limpeza) e os de uso em diagnóstico.

Art. 278 – CUIDADO


Art. 279 – REVOGADO
Art. 280 –
Art. 281 –
Art. 282 –
Art. 283 – Charlatanismo
“Inculcar”, “Anunciar” – crime instantâneo, se consuma com o
simples anúncio, não exige o resultado. Praticado por vigaristas. Isso
trás um risco para sociedade, pois, as pessoas podem acreditar nisso
e, por exemplo, parar um tratamento de cura de doença... Uma vez
que a pessoa diga que pode curar (sem poder), já configura este
crime.
Art. 284 – Curandeirismo
“Exercer” – crime habitual, exige reiteração de atos da mesma
espécie. A pessoa deve saber que os gestos, palavras... São inúteis.
Não é o caso do religioso, pois a pessoa tem fé.
Quando o curandeiro leva a pessoa a erro e aufere vantagem, aplica-
se concurso formal do curandeirismo c/c estelionato, pois os desígnios
são autônomos.
§único – remuneração, recebimento de valores, ou coisas com valor
econômico.
Se ocorrer morte ou lesão corporal, cabe o art. 285 (só cabe culposo,
se for doloso, responde pelos artigos referentes à morte e à lesão).

Art. 285, CP – Forma Qualificada


Aplicável em todos os artigos deste capítulo (exceção: 267, pois já há
previsão específica de aumento de pena).

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TÍTULO IX
DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA

Art. 286, CP – Incitação ao Crime


Estimular, Incentivar... Se o indivíduo comenta algo particularmente
incitando ao crime não se configura neste artigo, deve ser
publicamente. Se for incentivado pela imprensa aplica-se a Lei
5.250/67, art. 19. Se for, por exemplo, no Orkut entra neste artigo,
pois o Orkut não é feito como imprensa, e por isso não pode se
enquadrar na Lei da imprensa.

Art. 287, CP – Apologia de crime ou criminoso


Deve ser algo genérico, aplicável a todos. Instigar à liberação de
drogas, dizer que um criminoso tem a conduta correta, aplaudir ou
soltar fogos para um criminoso... Homenagear um crime, por
exemplo. Mas, defender alguém que é criminoso dizer que ele não
cometeu o crime não é apologia.

Art. 288, CP – Quadrilha ou Bando


Mais de 3 pessoas, deve ser 4 ou mais, e não importa se algum deles
é menor de idade, configura o crime da mesma forma. O artigo diz
“Crimes”, por isso não basta um crime somente, se não eles
responderão somente pelo crime que cometeram. Situação de
permanência e estabilidade para prática de crimes. Somente o ato de
se unirem com o fim de praticar os crimes já configura o crime, não
há necessidade de cometerem o crime. É diferente do crime de
Organização Criminosa (Lei 9.034/95, art. 1º), que é definida pela
doutrina é como uma quadrilha e/ou bando mais organizados, mais
poderosos. E também é diferente de Associação criminosa (Lei
11.343/06), que é necessário somente 2 ou mais pessoas.

05/03/08 - quarta-feira
TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO I
DA MOEDA FALSA
Art.289, CP – Moeda Falsa
Falsificar: *Fabricando (manufaturar, produzir, confeccionar,
contrafação) ou *Alterando (modificar o valor da moeda para um
valor maior). Exige-se o dolo. É uma contravenção penal quando
indivíduo eu está no Brasil recusa a moeda do Brasil. A falsificação
deve ser apta a enganar o homem médio, caso contrário não há este
crime, mas, pode ser tentativa de estelionato. Não importa a
quantidade da moeda. Cabe também a falsificação de moedas
estrangeiras. Cabe a tentativa. Os artigos 289, 290 e 291, são de
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competência da Justiça Federal.
§1º Crimes Subseqüentes – importa ou exporta, adquire, vende, troca,
cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. Não
necessita de vantagem nenhuma. Com dolo.
§2º Figura Privilegiada – adquire com boa-fé e transfere com dolo (se
a pessoa for ao banco ou governo, não será restituída).
§3º Fabricação ou emissão com fraude ou excesso.
§4º pessoa que faz a moeda circular antes da hora.
Art. 290, CP - Crimes assimilados ao de moeda falsa
Pessoa que junta fragmentos de células para fazer uma célula nova.
Os artigos 289, 290 e 291, são de competência da Justiça Federal.
§único – aumento de pena
Art. 291, CP - Petrechos para falsificação de moeda
Só cabe este artigo se a máquina/objeto for destinado especialmente
à falsificação da moeda. Os artigos 289, 290 e 291, são de
competência da Justiça Federal.
Art. 292, CP - Emissão de título ao portador sem permissão
legal
Norma penal em branca, necessita do descumprimento de outra
normal.
CAPÍTULO II
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
Art. 293, CP - Falsificação de papéis públicos
A falsificação deve ser algo que interfira no caixa público.
Petrechos de falsificação
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto
especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis
referidos no artigo anterior.
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

12/03/08 - quarta-feira
CAPÍTULO III
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
Art. 296 - Falsificação do selo ou sinal público
Falsificar  é fazer, produzir falsamente. Tudo é falso, todo o
documento.
Alteração  existe o selo verdadeiro, mas é modificado.
Ação penal pública incondicionada.
Só se caracteriza o crime, se o sujeito souber que é falso.
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Art. 297 - Falsificação de documento público
É o escrito que expressa um pensamento e que tenha relevância
jurídica (para provar os fatos ou gerar direitos). Documento que tem
origem na administração pública e é expedido na forma da Lei.
Falsificação = Contrafação  é produzir na totalidade um documento
falso. Existe também a falsificação parcial, em que a célula, o papel é
verdadeiro e o conteúdo é falso.
Alterar  existe o selo verdadeiro, mas é modificado.
§1º - o funcionário público deve se prevalecer do cargo para falsificar
o documento, se ele não obtiver nenhuma vantagem por ser
funcionário publico a pena dele é a do “caput”.
§2º - o legislador equiparou o cheque, duplicata, nota promissória, as
ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento
particular (em vida ou pós morte), a documento público. Mas se tiver
fim de sonegação fiscal ele responderá por tal crime, em sua Lei
específica, e não pelo art. 297.
§3º - INSS – quem vai julgar é a Justiça Federal.
Só pode ser DOLOSO, não admite a culpa.
Art. 298 – Falsificação de documento particular
Todos os documentos que não são abrangidos pelo art. 297, cabe
neste artigo. Ex.: recibo de salário, aviso prévio, contratos...
Mas se tiver fim de sonegação fiscal ele responderá por tal crime, em
sua Lei específica, e não pelo art. 298.
Súmula 17 do STJ  se o crime de falsificação se exaurir em um único
crime, ele responderá só pelo estelionato, somente quando ele
falsifica, por exemplo, uma folha se cheque, pois ele irá se exaurir
naquele fato, somente em um crime.
Art. 299 – Falsidade Ideológica
Inserção de documento de declaração falsa, ou verdadeira que não
deveria constar, ou omissão de uma informação que deveria constar.
A pessoa que insere tem legitimidade para inserir a informação.
Somente doloso. É possível a tentativa. Mediata (o sujeito faz a
pessoa inserir a informação falsa) e Imediata.
Art. 300 - Falso reconhecimento de firma ou letra
Crime próprio – praticado somente funcionário com fé pública.
Ação penal pública incondicionada. Somente doloso. Não importa a
intenção, se foi de graça, com recompensa...
Art. 301 - Certidão ou atestado ideologicamente falso
Certificação de fatos que habilite alguém a obter cargo público,
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra
vantagem. Crime próprio. Não há necessidade de produção de
efeitos, ela é destinada a isso, mas não há necessidade de alcançar o
fim pretendido.
§1º - Falsidade material de atestado ou certidão - pode ser praticado
por qualquer pessoa. Falsificar ou alterar, uma certidão com conteúdo
verdadeiro.
§2º - qualificadora: fim de lucro.
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Art. 302 - Falsidade de atestado médico
Só pode ser praticado pelo médico, crime próprio. O conteúdo é falso,
mas a assinatura é verdadeira, a letra e etc.
§único – qualificadora: fim de lucro.

Art. 303 - Reprodução ou adulteração de selo ou peça


filatélica
Peça filatélica: carimbo que vai sobre o selo, qualquer objeto que
possa marcar o selo.
Artigo quase não utilizado.

Art. 304 - Uso de documento falso


Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se
referem os arts. 297 a 302. Quem falsificou e utilizou não responde
por este crime, e sim pelo de falsificação, este fica absorvido. Usa-se
o documento quando se prestar o documento para praticar algum
ato, quando apresenta o documento falso. A carteira de habilitação é
considerada pela jurisprudência como utilizada sempre que o
indivíduo está dirigindo, mesmo que ele não seja parado pela polícia e
etc. A carteira de identidade, entra no crime do artigo 307 (falsa
identidade), pelo entendimento da jurisprudência, somente a carteira
de identidade. Qualquer um pode praticar o crime. A cópia de
documento não configura o crime, somente o original, ou cópia
autenticada. Necessidade de dolo.
Art. 305 – Supressão de documento

Art. 306 – Falsificação do sinal empregado no contraste de


metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros
fins
Abrange quem falsifica e quem usa.
Art. 307 – Falsa Identidade
Ação penal pública incondicionada.

26/03/2008 - quarta-feira
Art. 308 – Falsa identidade com outros documentos
Pode ser um crime subsidiário, o crime “maior” o absorve. Ex.:
estelionato.
Bem jurídico – fé pública.
Sujeitos:
- Ativo – crime comum, qualquer pessoa pode praticar.
- Passivo – sociedade, coletividade, Estado.
Tipo objetivo – usar; ceder
Tipo subjetivo – dolo (só há culpa quando vier previsto no artigo, o
que não é o caso).
Consumação e tentativa – não cabe tentativa no caso de “usar”, mas
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alguns doutrinadores entendem que no “ceder”, existe a
possibilidade, mas é difícil a realização na prática. A consumação se
dá no momento em que o documento é utilizado ou cedido.
Art. 309 – Fraude de Lei sobre estrangeiro
Lei aberta (necessita de uma Lei para complementar).
Sujeitos:
- ativo – “caput”: crime próprio, somente o estrangeiro. §1º:
crime comum, qualquer pessoa.
- passivo – sociedade
Objeto Jurídico – usar; atribuir
Tipo subjetivo – dolo.
Consumação e tentativa – “usar” consuma-se com a utilização do
nome falso, e não cabe tentativa. “atribuir” (desde que não surta
efeitos) é possível ocorrer a tentativa apesar de muito difícil na
pratica, ex.: se a atribuição for por meio de documentos.
Art. 310
Ex.: estrangeiro n pode ser dono de empresa de rádio ou televisão, e
uma pessoa age como “testa-de-ferro” do estrangeiro, ele empresta,
cede o seu nome, como proprietário da empresa rádio ou televisão.
Depende da complementação de uma lei, a lei que define a proibição
da aquisição, da posse, por parte do estrangeiro, de determinadas
ações, valores, que o Estado protege contra estrangeiros.
Sujeitos:
- ativo – crime comum.
- passivo – Estado.
Art. 311 – Adulteração de sinal identificador de veículo
Bem jurídico – fé pública.
Sujeitos:
- ativo – crime comum.
- passivo – Estado.
Tipo objetivo – adulterar (modificar um número que já possui,
entende-se que o transplante, tirar o chassi de um carro legalizado e
passar para um furtado, por exemplo, também é adulteração);
remarcar (apagar o que existe e marcar um novo número). Aquele
que apaga, somente, a numeração, não é tipificado neste crime, e
nem em nenhum outro, é atípico (falha do legislador).
Tipo subjetivo – dolo.
Condutas plurisubsistentes, podem ser divididas em vários atos, por
isso, cabe a tentativa.
§1º - agravante – crime próprio, somente funcionário público.
§2º - agravante – crime próprio, funcionário público que contribui.
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28/03/2008 - sexta-feira
TÍTULO XI
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
CONTRA
A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Peculato, Art. 312 – O funcionário público também tem a posse.


Recebe sem origem a erro nenhum, temos um peculato desvio, em
que da diversa da que deveria. Se o particular souber que está
cometendo o crime juntamente com um funcionário público ele
responderá, também, pelo peculato, mesmo não sendo funcionário
público (em concurso de pessoas). E deve ser em razão do cargo, que
ele possui o bem. Não há a necessidade de ser proveito patrimonial,
pode ser proveito moral também (ex.: prestigio político...).
Bem jurídico: a administração pública (a honestidade da
administração pública)
Sujeitos:
• Ativo – funcionário público – crime próprio
• Passivo – Estado/União (competência da justiça federal,
art. 109, CF)/Município
Tipo Objetivo: apropriar-se (inverter o ônus da posse); desviar;
subtrair (o bem não está em sua posse, ele tem acesso ao local, por
ser funcionário público); ou concorrer para que seja subtraído.
Peculato: malversação – é o peculato que se configura com a falta de
zelo (má administração) dos bens do particular que estão aos
cuidados da administração pública.
Peculato: Uso – é aquele em que a pessoa não se apropria, ela pega
para usar, somente. Não é punido no Brasil, somente para os
Prefeitos (Decreto-Lei 5.301/67), mas se o bem é consumível e o
funcionário o usou, é peculato. Ex.: o funcionário que usa o carro da
administração pública, a gasolina se consumiu, portanto, se trata de
peculato.

Peculato culposo
Elementos:
• Desobservância do dever cuidado objetivo (negligência,
imprudência e imperícia)
• Previsibilidade
• Resultado involuntário
• Tipicidade

04/04/2008 - sexta-feira

Art. 313 – Peculato mediante erro de outrem

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O funcionário se apropria ele se omite em corrigir o erro. Ele se
aproveita do erro e pega o dinheiro.

“Peculato – Estelionato” – surge a partir de um erro a quem integra, a


quem recebe o benefício. O erro da vítima não pode ter sido
provocado por um funcionário público. Somente um funcionário
público pode praticar o crime.

Objeto Jurídico – administração pública


Sujeitos:
• Ativo: o funcionário público
• Passivo: o Estado
Tipo Objetivo: apropriar-se; dinheiro; qualquer utilidade, no exercício
do cargo; mediante erro de outrem.
Tipo subjetivo: dolo.
Consumação (sempre que houver a apropriação) e tentativa (quando
o dinheiro é entregue no envelope, e é surpreendido antes de abri-lo).

313 – A <– diferente -> 313 – B


A conduta recai sob objetos diferentes
Art. 313 – A:
No facilitar é outro que vai inserir os dados falsos. Somente
funcionário público autorizado para manipular (precisa de senha...)
Art. 313 – B:
Objeto material é o programa, o próprio sistema utilizado para
armazenar aqueles dados. É o caso do funcionário público que muda
o programa que a administração pública utiliza.

09/04/08 - quarta-feira

Correção dos exercícios

11/04/08 - sexta-feira

Correção dos exercícios – Revisão

Omissivo – por meio de uma omissão.


• Próprio – não exige nenhum resultado.
• Impróprio – exige sempre o resultado.
Comissivo – por meio de alguma ação.
Lei 8.078/90 art. 66 (Código de Defesa do Consumidor) – questão do
uísque.
ART. 253 (ATENÇÃO)
Unisubsitente – Crime que pode ser praticado por somente uma
pessoa.
Plurissubsistente ou plurisubjetivo – Ex.: formação de quadrilha. Só
pode ser praticado por mais de uma pessoa.
ART. 297 (PROVA) – O QUE É ALTERAR E O QUE É FALSIFICAR?

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ART. 299 – HABEAS CORPUS, DIZENDO QUE É ADVOGADO, SEM SER
NÃO INTERFERE.

__________________________2º BIMESTRE__________________________

18/04/2008 - sexta-feira
****ESTUDAR****ARTS. 314 a 323

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23/04/08 - quarta-feira
Art. 316, §1º - Excesso de exação – excesso de rigor na cobrança
de tributos (impostos taxas, contribuições de melhorias), ou
contribuição social (cobranças que o governo institui para cumprir
metas sociais, possui fins específicos).
Sujeito ativo: funcionário público (crime próprio).
Sujeito passivo: o Estado e o Particular prejudicado.
Tipo Objetivo: são duas as modalidades de conduta: exigência
indevida (o funcionário público impõe o recolhimento de tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido. Será indevida
a exigência quando não determinada por Lei, ou porque não a deve o
contribuinte, ou porque excede ao quantum legal) e cobrança
vexatória (a cobrança é devida, e o funcionário público está fazendo o
seu trabalho, mas faz isso de forma vexatória. Neste caso, não
obstante ser devido pelo contribuinte o tributo ou contribuição social,
o agente emprega na cobrança, meio vexatório, humilhante,
vergonhoso, utilizando ofensas morais ou físicas, diligência aparatosa,
alarde ou publicidade desnecessária, força policial, ou gravoso – que
causa maiores despesas para o contribuinte – que a Lei não autoriza).
Tipo subjetivo: na 1ª parte do §1º, é o dolo direto (“que sabe”), ou
dolo indireto – eventual ou culpa (“ou deveria saber”), há grande
divergência na doutrina, se é dolo indireto ou culpa, mas a maioria
entende que é CULPA (mas, a minha opinião é que é Dolo eventual,
pois o legislador não separou o dolo da culpa, e ainda deixou com a
mesma pena).
Na 2ª parte do §1º é apenas dolo direto.
Consumação e tentativa:
1ª parte: consuma-se com a efetiva exigência, sem dependência do
recebimento.
2ª parte: consuma-se com o emprego de meio não autorizado.
Admite-se em ambos os casos, a tentativa (se o agente utilizar
conduta fracionável em atos).

§2º - Forma Qualificada


Se o desvio se der após o recolhimento ao tesouro público,
caracteriza peculato.

Corrupção passiva (Art. 317)


Sujeito ativo: funcionário público (crime próprio)
Sujeito passivo: o Estado e pessoa lesada.
Tipo objetivo:
Três condutas: 1) solicitar (pedir, manifestar o desejo); 2) receber
(aceitar, entra na posse); 3) aceitar promessa (concordar com a
proposta).
Objeto material é a vantagem indevida. A doutrina se divide: apenas
vantagem patrimonial, ou qualquer espécie de benefício ou satisfação
de desejo (maioria da doutrina).
A solicitação de vantagem:
• Deve ser para si ou para outrem;
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• Pode ser feita de forma direta (pelo próprio agente) ou indireta
(por intermédio de outra pessoa);
• É imprescindível que seja feita em razão da função (para a
prática ou omissão de ato inerente à função do agente).
Receber ou aceitar promessa: a omissão ou ato elo qual funcionário
público recebe ou aceita promessa de recebimento pode ser:
• Legítimo, justo, lícito (corrupção imprópria)
• Ilegítimo, ilícito, injusto (corrupção própria)

§1º - Forma Qualificada


Retardar (praticar o ato a que se estava obrigado após o transcurso
de um tempo juridicamente relevante);
Deixar de praticar ato (abster-se de praticar ato que estava
obrigado);
Praticar ato com infração de dever funcional (ato ilícito –
descumprindo as normas legais e regulamentares que presidem a
atividade do funcionário público).

§2º - Forma Privilegiada


Não há solicitação, recebimento ou aceitação de promessa de
vantagem, mas simplesmente a prática de ceder a um pedido ou
influência de outrem.

Facilitação de contrabando ou descaminho


Art. 318 – (art. 334): só admite conduta dolosa.
Sujeito Ativo: funcionário público que tem o dever funcional de
reprimir o contrabando ou descaminho (caso contrário responderá
pelo crime previsto no artigo 334). Ex.: fiscal da receita, de fronteiras,
entrada e saída de mercadorias...
Sujeito Passivo: Estado.
Tipo objetivo:
Facilitar – tornar fácil, auxiliar, de forma comissiva ou omissiva.
Contrabando – importação ou exportação fraudulenta de mercadoria
cuja entrada ou saída seja absoluta ou relativamente proibida.
Descaminho – é a fraude que se destina a evitar, total ou
parcialmente, o pagamento de direitos e impostos previsto pela
entrada saída a ou consumo de mercadorias pagável na alfândega.
Tipo Subjetivo:
Somente admite conduta dolosa.
Consumação e tentativa:
Consuma-se o crime com a facilitação por parte do agente,
independentemente de se completar o contrabando ou descaminho.
É possível a tentativa (na conduta comissiva).

Prevaricação
Art. 319 –
Sujeito ativo: funcionário público (crime próprio)

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Sujeito passivo: Estado (Gilberto passos de Freitas, diz que pode ser
também o particular afetado; eu e Gustavo também entendemos
assim)
Tipo objetivo:
Duas condutas Omissivas:
1) Retardar – protelar, procrastinar ou atrasar a realização do ato.
É não praticá-lo no momento adequado e devido, para só fazê-
lo posteriormente.
2) Deixar de praticar – não praticar o ato de ofício, omitir sua
realização. Não realizar o ato em tempo algum.
Conduta Comissiva:
1) Praticar (realizar, concretizar, executar) ato de ofício contra
disposição expressa em Lei (norma penal em branco; a doutrina
entende que o termo Lei é restrito à Lei, isto é, não admite
portarias, estatutos). Ato de ofício é aquele inserido no âmbito
das atribuições e competências conferidas ao funcionário.
Tipo Subjetivo:
Dolo, exigindo-se o elemento subjetivo do tipo que é o intuito de
satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Interesse – relação entre
agente e o fato (pode ser patrimonial/material ou moral). Sentimento
pessoal – é o estado afetivo ou emocional (paixão ou emoção – ódio,
amor, simpatia, aversão, vingança, piedade, caridade...).
O interesse ou sentimento pessoal pode ser positivo ou negativo,
nobre ou abjeto, pouco importa, praticando o crime aquele que agir
com o fim de satisfazê-lo, por que o funcionário púbico não é dado
atuar movido por razões de natureza pessoa, mas, sempre, por
inspiração do cumprimento das Leis. Só há possibilidade dolosa.
Consumação e tentativa:
Consuma-se o crime com o retardamento, a omissão ou a prática do
ato.
Nas formas omissivas não se admite tentativa.
Na forma comissiva é possível a tentativa.

Alguns funcionários públicos têm certa liberdade de escolha. A


doutrina e a jurisprudência entendem que não incorre neste crime,
quando estes funcionários, tomam atitudes equivocadas (também,
por faltar o interesse ou sentimento pessoal). Ex.: Prefeito que decide
destinar a verba para construir a quadra da escola X, e não o da
escola Y, ele não pode ser punido por esta escolha, por ter deixado de
construir a quadra da escola Y.

Prevaricação Imprópria
Art. 319-A
A doutrina tem dito que este artigo é inconstitucional, por ferir o
princípio da proporcionalidade. Sendo a pena muito pequena em
relação à gravidade do crime (detenção de 3 meses a 1 ano).
Sujeito ativo: funcionário público – diretor de presídio e outros
funcionários do sistema prisional.
Sujeito passivo: Estado.

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Tipo objetivo:
Deixar de cumprir o dever (crime omissivo puro).
Aparelho telefônico (qualquer aparelho)
Rádio (aparelho receptor e transmissor de sinais)
Qualquer outro aparelho similar (interpretação analógica)
Só haverá o crime se o aparelho for apto a possibilitar a comunicação.
Ex.: um celular sem bateria não configura o crime.
Tipo subjetivo:
Só há previsão da modalidade dolosa. O omitente deve saber que
está descumprindo o dever de impedir a entrada do aparelho e atuar
com consciência e vontade de se omitir.
Consumação e tentativa:
Não admite tentativa. A consumação ocorre com a conduta omissiva
independentemente de ocorrer o ingresso do aparelho. Nos crimes
omissivos puros (não exige resultado, e o impuro, exige resultado)
nunca caberá tentativa.

Art. 320 - Condescendência criminosa


Sujeitos:
Ativo: o funcionário público superior hierárquico do funcionário
infrator.
Passivo: o Estado
Tipo objetivo
Deixar de responsabilizar: não determinar a apuração ou não aplicar
a cominação legal.
Não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: deixar
de comunicar o fato a quem de direito para adotar as medidas de
responsabilização.
Imprescindível que tenha havido INFRAÇÃO (penal ou administrativa)
e que haja RELAÇÃO entre a INFRAÇÃO e o EXERCÍCIO DO CARGO.
Tipo subjetivo
O DOLO (vontade livre e consciente de omitir). Só haverá a infração
se a omissão se der por INDULGÊNCIA (piedade; misericórdia;
tolerância); caso não seja por indulgência, havendo outro interesse,
ou sentimento pessoal, o crime será de prevaricação (art. 319) ou
corrupção passiva (art. 317), se o agente visa obter vantagem
indevida. Não se admite a forma CULPOSA.
Consumação e tentativa
Consuma-se o crime com a OMISSÃO. Não se admite a TENTATIVA.
(trata-se de crime omissivo puro, não exige resultado).

Art. 321 – Advocacia administrativa


Sujeitos
Ativo: FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Passivo: o Estado
Conduta e elementos do tipo
Patrocinar: advogar, defender, postular perante o órgão da
administração pública um interesse de um particular. Por exemplo:
escrevente de tabelião que se propõe e obtém, para os

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interessados, documentação necessária à lavratura de
escritura. Havendo comprovação de que ele se valeu da
condição de serventuário da justiça o crime se configura
(Fernando Capez).
É conduta COMISSIVA e pode ser realizado diretamente pelo
funcionário público ou por interposta pessoa que participa do crime.
Exemplos de condutas
Formular requerimento escrito ou verbal, expor razões, acompanhar o
andamento de procedimentos solicitando urgência ou sugerindo
providências, etc.
Tipo subjetivo
É crime DOLOSO o agente deve estar consciente de que patrocina um
interesse de um particular, sem qualquer outro fim especial.
Consumação e tentativa
Trata-se de crime formal. Consuma-se o crime com a realização do
primeiro ato de defesa do interesse privado, ainda que não venha o
particular a obter sucesso em sua postulação.
A tentativa é possível.

OBS.: distinção entre:


Advocacia administrativa e Prevaricação – na advocacia
administrativa quem pratica o ato é outro funcionário competente
para tal, e na prevaricação é o próprio agente.
Advocacia administrativa e corrupção passiva – na corrupção o
agente solicita ou recebe a vantagem para praticar ato irregular ou
deixá-lo se praticar, ao passo que na advocacia administrativa o
funcionário defende interesses privados perante quem detém a
competência para beneficiá-lo.
Advocacia administrativa e concussão – na advocacia o agente usa de
influência sobre o agente público para beneficiar o extraneus
(expressão latina usada quanto aos crimes praticados por funcionário
público para designar os particulares que dele participam (art. 29 do
C.P.)), ao passo que na concussão há emprego de violência ou grave
ameaça por parte do funcionário para obter a vantagem.

14/05/08 - quarta-feira (matéria que será repetida na próxima aula,


por causa da greve de ônibus)

Art. 322, CP – Violência Arbitrária – Revogado tacitamente


STF e alguns tribunais têm decidido pela não revogação.

Art. 323, CP – Abandono de Função


Objeto jurídico protegido – A normalidade funcional da Administração
Pública.
Sujeito ativo – crime próprio, quem ocupa cargo público que pode
praticar ou a ele equiparado.
Sujeito passivo – Estado

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Tipo objetivo – abandonar, largar, deixar, deserta de cargo público,
em omissão criminosa, distanciar-se dele, ainda que não em caráter
definitivo, desde que se trate de um tempo apreciável para causar
perigo de dano à Administração. Para doutrina majoritária e a
jurisprudência, para haver o abandono punível é necessário que o
fato acarrete perigo à administração pública. Pressuposto do delito é
que, com o abandono, o cargo fique acéfalo, ou seja, sem nenhum
agente que dê prosseguimento à atividade funcional abandonada, de
forma que, estando presente o substituto do agente, não se configura
o presente crime (Prado, Luiz Regis, in Curso de Direito Penal
Brasileiro. Editora Revista dos Tribunais).
Tipo subjetivo – dolo. A vontade de abandonar o cargo, não se
exigindo qualquer fim especial de agir. A expressão “fora dos casos
permitidos em lei” é NORMA PENAL EM BRANCO (necessita de
complementação para sua exata compreensão). É crime DOLOSO
(consciência e vontade de abandonar as funções do cargo, ainda que
de forma provisória).
Consumação e tentativa – consuma-se com o abandono, por tempo
juridicamente relevante, que possa criar a possibilidade de dano.
Tratando-se de crime omissivo puro (próprio), não é possível a
tentativa. É crime OMISSIVO PRÓPRIO (não admite tentativa),
PERMANENTE (tempo juridicamente relevante), FORMAL (não exige
resultado) e de PERIGO (não exige resultado, e sim que o ato seja
suficiente para causar dano à administração). Consuma-se com a
concretização do abandono por tempo relevante para causar perigo
de dano à Administração Pública.
Impossível a tentativa (crime omissivo).
§§ 1º e 2º - conduta qualificada.
O prejuízo público deve ser conseqüência do abandono e traduzir-se
em DANO CONCRETO, com a afetação dos serviços públicos ou de
interesse da coletividade.
Exemplos de PREJUÍZO PÚBLICO:
Interrupção do fornecimento de água, paralisação do serviço postal,
etc.
Faixa de fronteira: 150 quilômetros ao longo das fronteiras nacionais
(Lei 6.634/79)
A reprovabilidade da conduta se torna maior porque a conduta tem a
potencialidade de fragilizar a SEGURANÇA NACIONAL.
Jurisprudência
“O crime de abandono de função pressupõe, necessariamente, a
conseqüente acefalia do cargo, isto é, a inexistência ou ocasional
ausência do substituto legal do desertor. Estando presente
funcionário público a quem caiba a substituição do ausente, não há,
sequer, probabilidade de dano, que constitui condição mínima para a
existência do evento criminoso. (TACRIM-SP-AC- Rel. Dínio Garcia- RT
451/423).

Art. 324, CP – Exercício funcional ilegalmente antecipado ou


prolongado

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Bem jurídico protegido - O normal funcionamento da Administração
Pública, no intuito de assegurar a estrutura e o exercício funcional dos
entes públicos ou paraestatais, que não podem ser turbados pelo
exercício IRREGULAR da função.
Sujeito ativo – funcionário público.
Sujeito passivo – Estado
Tipo objetivo – Primeira modalidade: antecipação do exercício – o
agente já está nomeado, mas ingressa no exercício da função pública
antes de satisfazer as exigências legais.
Segunda modalidade: o agente permanece na função, sem
autorização, quando já não tem mais a qualidade de funcionário
público ou permissão para o desempenho daquela.
A primeira modalidade (antecipação de exercício) é norma penal em
branco (“...antes de satisfeitas as exigências legais...”).
Exemplo de exigências legais: posse, apresentação de declaração de
bens, inspeção médica oficial, comprovação de direitos políticos, etc.
O exercício da função: representa a prática de qualquer ato de ofício
inerente ao cargo.
Segunda modalidade: permanência na função após exoneração,
remoção, substituição e suspensão.
É necessário, para a configuração do delito, que o funcionário tome
conhecimento através de comunicação oficial das situações que o
impedem de permanecer exercendo as funções.
Exoneração: desligamento voluntário.
Substituição: deslocamento do funcionário das suas funções, com a
inserção de outro agente.
Suspensão: imposição de pena administrativa pela prática de falta
disciplinar, desinvestindo-o temporariamente do exercício das suas
funções.
Tipo subjetivo – dolo. A vontade de exercer a função pública. Não
basta, pois, a culpa ou o dolo eventual, e o erro sobre essa
circunstância exclui o crime.
Consumação e tentativa – Se consuma quando o funcionário público
pratica qualquer ato constitutivo de exercício da função antes de
satisfeitas as exigências legais (norma penal em branca) ou depois do
conhecimento oficial do impedimento; é indiferente que não persista
o agente na prática irregular dos atos de exercício. Tratando-se de
crime plurissubsistente, é admissível a tentativa. Não exige o dano
efetivo. Consuma-se o delito com a prática de qualquer ato que
implique a antecipação indevida do exercício funcional ou perpetrado
quando o agente já não se reveste da qualidade de funcionário
público ou não tem mais autorização legal para fazê-lo, NÃO SE
EXIGINDO QUE HAJA DANO EFETIVO À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. A
tentativa é admissível
(CRIME PLURISSUBSISTENTE).

Exonerado (se aceita também demitido; devido a mens legis,


intenção do legislador), removido, substituído ou suspenso (aceita-se
também o aposentado).

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21/05/08 - quarta-feira

Art. 325 – Violação de sigilo funcional


Bem jurídico protegido – o normal funcionamento da administração
pública, resguardando o interesse de que não sejam divulgados
determinados segredos de relevância para a perfeita atuação
funcional do estado, protegendo, ainda, o interesse do particular.
Sujeito ativo: funcionário público que revela ou facilita a revelação de
fato de que deva guarda segredo.
Sujeito passivo: o Estado. E eventualmente o particular caso tenha
sido lesado.
Tipicidade objetiva:
Revelar – comunicar pessoalmente, de forma escrita ou oral, fato do
qual deveria guardar segredo (sempre através de ação)
Facilitar – pode ser na forma omissiva.
Segredo funcional é tudo que não é nem pode ser conhecido senão
de determinadas pessoas, ou de certa categoria de pessoas, em
razão do oficio (elemento normativo).
Tipo objetivo: o conhecimento do segredo deve decorrer do exercício
funcional do agente que revela ou facilita a revelação. O segredo
deve ser relevante. Mesmo que o segredo seja temporário o crime se
configura.
Crime doloso.
Consumação e tentativa: basta somente que uma pessoa tome
conhecimento, não sendo imprescindível a ocorrência de dano efetivo
(delito formal). É possível a tentativa.

§1º -
Tipicidade Objetiva: Permitir, consentir admitir, tolerar, que pessoa
não autorizada tenha acesso a login e senha de sistemas de
informações ou banco de dados da Administração Pública (não sendo
necessária a obtenção de informação sigilosa).
Tipo Subjetivo: é crime doloso. Admitindo-se o dolo eventual. Não
admite culpa de forma alguma.
Se consuma no exato momento em que o terceiro acessa a
informação vedada (
É delito plurissubsistente, admitindo, portanto a tentativa.

28/05/08 - quarta-feira

Art. 325 – Violação de sigilo funcional


Bem jurídico protegido:
O normal funcionamento da Administração Pública, resguardando o
interesse de que não sejam divulgados determinados segredos de
relevância para a perfeita atuação funcional do Estado, protegendo-
se, ainda, o interesse do próprio particular.
Sujeito ativo – funcionário público.

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Sujeito passivo – o Estado e pessoa atingida.
Tipo objetivo – Revelar: comunicar pessoalmente, de forma escrita ou
oral, fato do qual deveria guardar segredo. Facilitar: transmitir o
segredo de forma indireta, fornecendo ou propiciando os meios
necessários para que o terceiro obtenha o segredo funcional. Segredo
funcional: é tudo que não é nem pode ser conhecido senão de
determinadas pessoas, ou de certa categoria de pessoas, em razão
do ofício. (elemento normativo)
Permissão de acesso não autorizado a sistema informatizado – art.
325, § 1º
Sujeitos:
Ativo: é o funcionário público autorizado que tem privilégio de acesso
ao sistema informatizado ou banco de dados da Administração
Pública, mediante a utilização de código de identificação e senha.
Passivo: o Estado
Tipicidade objetiva:
Permitir: consentir, admitir, tolerar, etc.
- O funcionário consente que pessoa não autorizada acesse
informações vedadas ao usuário comum, fornecendo-lhe o código
secreto para que atinja tal fim.
Facilitar: auxiliar, coadjuvar.
- O próprio funcionário auxilia o terceiro a obter as informações.
“Qualquer outra forma”: interpretação analógica.
Tipo subjetivo:
É crime DOLOSO – vontade e consciência de permitir ou facilitar o
acesso do terceiro ao sistema de informações ou ao banco de dados,
admitindo-se o DOLO EVENTUAL quando o agente, por exemplo, após
acessar a área restrita, se retira da sua sala ou do seu gabinete sem
acionar o sistema de segurança, antevendo e não se importando com
a possibilidade de um terceiro ingressar e obter informações sigilosas.
Consumação:
Se consuma no exato momento em que o terceiro acessa a
informação vedada do banco de dados ou do sistema de informações,
independentemente de qualquer resultado (CRIME FORMAL).
Tentativa:
É delito PLURISSUBSISTENTE, admitindo, portanto, a T E N T A T I V A.
UTILIZAÇÃO INDEVIDA
II –
Sujeito ativo: funcionário público autorizado a manipular o sistema de
informações e o banco de dados da Administração Pública.
Sujeito passivo: o Estado e eventual particular prejudicado.
Utilização indevida: uso não autorizado das informações para outros
fins que não o interesse administrativo.

§2º -

Art. 326 e 327 – já estudados bimestre passado.

Art. 328 - Usurpação de função pública

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Objeto jurídico protegido: O normal funcionamento da administração
pública. A função pública.
Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive funcionário público quando
atue completamente fora da sua área de atribuição.
Sujeito passivo – o Estado.
Tipo objetivo – usurpar: alcançar, apossar-se, apoderar-se, sem direito
ou com fraude de uma função pública tomando o lugar do
funcionário.
Elemento subjetivo – Dolo; é necessário a vontade e consciência de
praticar a conduta. Vontade e consciência de usurpar o exercício da
função pública, com pleno conhecimento da ilegitimidade do ato
perpetrado. Não se admitindo a forma culposa.
Consumação e tentativa – se consuma no momento em que o agente
pratica qualquer ato inerente à função usurpada. É crime formal (não
exigindo o resultado), de forma livre, comissivo e instantâneo. Admite
a tentativa, quando iniciada a prática de atos inequívocos à
concreção delitiva, o agente não consegue consumar o ato de oficio
inerente à função usurpada por circunstâncias alheias a sua vontade.

§ único – Usurpação de função pública qualificada


Vantagem: patrimonial ou moral, que se destine ao agente ou a
terceiro.

Art. 329 – Resistência


Resistir contra funcionário público. Seja violência física ou moral.
Bem jurídico protegido – é o normal funcionamento da administração
pública, assegurando o exercício da autoridade estatal, o prestígio da
função pública e a segurança dos agentes públicos, bem como
daqueles que lhe prestam auxílio para a consecução de atos
funcionais/de ofício.
Sujeito ativo – qualquer pessoa (crime comum).
Sujeito passivo – o Estado, funcionário público competente para a
função e também o particular que auxilia o funcionário público.
Tipo objetivo – opor-se: colocar obstáculo, dar combate. A conduta
consiste no ato de opor-se, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente, ou ao seu auxiliar, visando à não-realização
do ato de ofício. É necessário que o ato a ser executado seja lega e
que o funcionário seja competente para praticá-lo.
Elemento Subjetivo – é o Dolo, consciência e vontade de praticar
violência ou ameaça a funcionário público ou a seu assistente, com
conhecimento da qualidade do sujeito passivo e de que este se
encontra no exercício das suas funções, acrescido do fim especial de
agir, que é se opuser à execução de ato legal.
Consumação e tentativa –
Se consuma no momento em que o agente pratica a violência ou
ameaça contra o funcionário público ou seu eventual assistente, com
o escopo de que não seja realizado o ato de ofício, não se exigindo
resultado, bastando que a conduta seja apta a atingir aquele fim
(DELITO FORMAL). A tentativa é juridicamente possível. Ex.: ameaça

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escrita dirigida a funcionário público, interceptada antes de chegar ao
destinatário.

§1º - forma qualificada


O ato não se pratica em função da resistência. Se o ato não se
caracterizar no momento da resistência, e se no dia seguinte
conseguir a prática do ato, configura-se da mesma forma o crime
qualificado.

§2º -
O sujeito vai responder pelas penas correspondentes à violência.

Art. 330 – DESOBEDIÊNCIA


Sujeitos
Ativo: qualquer pessoa (crime comum). O funcionário público
somente incorrerá no crime de desobediência se estiver agindo como
um particular.
Passivo: Estado (o objeto jurídico tutelado é a regularidade da
atividade administrativa).
Jurisprudência:
“Crime de Desobediência. Só excepcionalmente tem por sujeito ativo
funcionário público.” (RT 613/413)
“O crime de desobediência somente é praticado por agente público
quando este está agindo como particular” (STF-HC76.888)
“Servidor público que desrespeita ordem no exercício de suas
funções. Atipicidade. Trancamento da ação penal. Só ocorre o crime
de desobediência quando o servidor público desrespeita ordem que
não seja referente às suas funções.”
(RT 738/574)
“Desobediência à ordem de juiz pelo Delegado de Polícia: crime não
caracterizado. Embora não esteja a autoridade policial sob
subordinação funcional ao Juiz ou ao membro do Ministério Público,
tem ela o dever funcional de realizar as diligência requisitadas por
estas autoridades, nos termos do art. 13, II, do CPP. A recusa no
cumprimento das diligências requisitadas não consubstancia, sequer
em tese, o crime de desobediência, repercutindo apenas no âmbito
administrativo-disciplinar.” (STJ-RT747/624)
Tipo objetivo:
DESOBEDECER: não acatar, não atender, não cumprir a ordem. Pode
ser praticada por OMISSÃO (deixando de agir quando deveria fazê-lo)
ou por AÇÃO (agindo quando devia abster-se).
A desobediência só ocorre quando não atendida a ordem legal, ou
seja, emanada de autoridade competente, a quem tem o dever de
obedecê-la. Se a ordem é abusiva é ILEGAL e o seu descumprimento
não caracteriza desobediência.
A ordem deve ser:
- transmitida diretamente ao destinatário (verbalmente ou por
escrito);

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- Tem que ser individualizada, isto é, dirigida inequivocamente a
determinada pessoa.
Tipo subjetivo:
DOLO: vontade e consciência de não obedecer a ordem legal do
funcionário público.
Consumação e tentativa:
Na forma omissiva, o crime consuma-se quando o sujeito devia agir e
não faz no lapso de tempo determinado. Na forma comissiva, quando
pratica o ato de que devia abster-se. É possível a tentativa APENAS
NA FORMA COMISSIVA.
Jurisprudência:
“O delito de desobediência se consuma depois de decorrido o prazo
fixado pela autoridade ou lapso suficiente que caracteriza o
descumprimento da ordem.” (TJSP RT499/504)
Observações:
Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) descumprimento de ordem
judicial nas ações em que a parte for pessoa idosa (art. 100, IV e art.
101).

04/06/08 - quarta-feira

Art. 331 – Desacato

DÚVIDA
1) Explique as espécies de advocacia administrativa
existentes na legislação penal.
Interesse legitimo (própria) e ilegítimo (imprópria)
2) Quando o sujeito opõe-se, mediante violência, à
execução de ato legal emanado de funcionário público
visando o descumprimento de uma ordem, pratica qual
(is) crime (s)? Há concurso de crimes (resistência e
desobediência) ? Por que ?
Eu acho que é desobediência, por que o dolo dele era esse + pena
correspondente a violência. Gustavo Zé Mané diz que é resistência
mesmo sabendo que e necessário o dolo.
3) Quando alguma lei de conteúdo extrapenal
(administrativa) comina penalidade administrativa para
o caso de determinada desobediência, o sujeito pode
também responder criminalmente pelo crime de
desobediência. Explique.

REVISÃO PARA PROVA (SÓ IRÁ CAIR O QUE ELE FALAR NA


REVISÃO):
Excesso de exação
• O que é (definição)? 316, §1º.
• Qual o alcance do conceito de cobrança indevida? Quando a
cobrança não é amparada em lei, quando cobra valores
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especificados em Lei, mas a pessoa não deve, e quando a
pessoa esta devendo, mas o valor cobrado é mais alto do que
deveria ser.
• Desvio do tributo indevido (diferença do peculato em que
primeiro o bem passa a ser da administração pública e depois o
funcionário se apropria. E no excesso de exação, ele se apropria
do bem antes mesmo de depositar o valor nos cofres do
Estado).

Corrupção passiva – art. 317


• Chama atenção para a forma privilegiada (§2º, em que não há
vantagem nem promessa alguma, ele somente cede a pedido
ou influência de outrem).

Facilitação de contrabando ou descaminho – art. 318


• Não é praticado por qualquer funcionário público, e somente
aquele que tem o dever de proibir o contrabando ou
descaminho (art. 334).
• Consumação – se consuma com a facilitação,
independentemente se o crime se consumou (crime
formal ou consumação antecipada) ATENÇÃO.

Prevaricação (PROVA) – art. 319


• Possui o elemento subjetivo do tipo (especial intenção do
agente, dolo específico), exige a intenção especial de satisfazer
interesse ou sentimento pessoal.
• Distinção entre interesse (relação entre o autor do crime e o
fato, a omissão, retardamento...) e sentimento (é o estado
afetivo ou emocional do agente, ódio, paixão, vingança,
compaixão, pode ser qualquer qualidade, positiva ou
negativa..., pois o funcionário público deve praticar seu ato
independente da sua vontade).

Prevaricação imprópria – art. 319-A


• Só será caracterizado se o aparelho for apto a propiciar ao
preso a comunicação (ex.: celular sem bateria não configura...)
• É crime omissivo doloso. A negligência, imprudência ou
imperícia, não caracterizam o crime.
• Consumação – não exige o efetivo resultado, a simples
facilitação já consuma o crime, mesmo que outro agente
consiga detectar antes de chegar ao preso. Não admite
tentativa.

Condescendência Criminosa – art. 320


• Infração (penal ou administrativa) cometida no exercício do
cargo, deve estar relacionada com a função do agente.
• Sujeito ativo – funcionário público superior hierarquicamente do
funcionário infrator.
• Omissivo puro = omissivo próprio. Impossibilidade de tentativa.
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• Só admite a forma dolosa.

Advocacia administrativa – art. 321


• Admite a tentativa por ser crime comissivo, e os atos poderem
ser praticados.

Abandono de função – art. 323


• Norma penal em branco (depende da complementação de outra
norma)
• Omissivo próprio

Revelação de sigilo funcional – art. 325


• É um tipo anormal, contêm elementos que exigem um juízo de
valor, uma valoração para se verificar o que é que deve
permanecer em sigilo, pois às vezes não existe uma Lei que diz
o que deve ser sigiloso.

Usurpação de função pública – art. 328


• Esse sujeito ativo pode ser funcionário público, desde que
usurpe uma função totalmente diferente da exercida por ele,
que não se relaciona direta nem indiretamente com a sua
função.

Resistência – art. 329


• Exige intenção específica do agente, dolo direto, específico. De
que o ato resistido não seja praticado.
• Violência física ou moral

Desacato – art. 331


• Só configura se ocorrer na presença do funcionário público. Se
não estiver presente caracteriza crime contra a honra.
• Se exige que o sujeito que ofende, saiba que a vítima é
funcionário público.
• Ameaça, crime contra a honra e lesão leve, ficam absorvidos
pelo desacato.

Corrupção ativa – art. 333


• Crime formal (diferente do material, que exige o resultado), se
consuma com a conduta de oferecer vantagem, independente
de o funcionário aceitar ou não.

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