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SISAL

Problemas e soluções

INTRODUÇÃO

O Estado da Bahia é o principal produtor de sisal do País e contribui com cerca de


85% da produção brasileira.

O sisal cultivado no Brasil é a Agave Sisalana, com uma área colhida na safra de 95%
de aproximadamente 120 mil hectares e uma produção de 110 mil toneladas de fibra seca.

A importância real da cultura do sisal na economia do Brasil é a sua capacidade de


tornar produtivas regiões semi-áridas, sem outras alternativas econômicas, sendo um fator de
sobrevivência para a população rural, exigindo grande volume de mão de obra e, por isso
mesmo, abrindo mercado de trabalho para aproximadamente 800 mil pessoas em mais de 40
municípios de Estado da Bahia e mais uma dezena de municípios nos Estados da Paraíba e
Rio Grande do Norte, desde o processo produtivo até o beneficiamento, fixando, assim, o
homem no campo e evitando o êxodo rural.

Entretanto, apesar do seu potencial produtivo, apenas 4% da planta é aproveitada,


sendo completamente desperdiçado os outros 96%.

É nesse contexto que a Comissão Nacional do Sisal espera mudar essa realidade,
reestruturando todo o sistema produtivo nacional utilizando tecnologias disponíveis em outros
países, que chegam a aproveitar 80% da planta.

Para alcançar os seus objetivos, a Comissão Nacional do Sisal espera contar com o
efetivo apoio das instituições públicas e privadas.

PRINCIPAL PROBLEMA DA CULTURA SISALEIRA

A cultura do sisal existe no Brasil desde a década de 40, quando foi trazido da região
de Yucatan - México, para ser cultivado nos Estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte,
tendo em vista essas regiões apresentarem um clima propício para o desenvolvimento da
cultura sisaleira.

Desde sua implantação no Brasil, o processo de extração da fibra é exatamente o


mesmo. Não houve nenhum avanço tecnológico nesta área e, em função disso, a produtividade
brasileira é muito baixa, em detrimento de outros países produtores, que desenvolveram
tecnologias mais avançadas e, atualmente, possuem uma produtividade 4 vezes maior do que
a produtividade brasileira.

Tendo em vista a precária empregada, somente 4% da planta do sisal é aproveitado


no Brasil, na forma de fibra, enquanto os demais países produtores chegam a aproveitar 80%
da folha, produzindo, além da fibra, detergentes, fertilizantes, gás natural e medicamentos,
dentre outros.
Por essa razão, a Comissão Nacional do Sisal chegou a conclusão de que todo o
trabalho a ser desenvolvido pela Comissão deve ser voltado para implantar, no Brasil, um
sistema de produção mais avançado e moderno, semelhante aos sistemas utilizados em países
como México e China, além de diversos países africanos, com o propósito de tornar o processo
de produção mais produtivo e rentável.

Como essa proposta não é uma tarefa de fácil implantação, uma vez que significa
mudar todo o processo produtivo atual, a mudança ocorrerá de forma lenta e gradativa. Outras
medidas, então, devem ser adotadas, com o propósito de melhorar desde já, as condições de
vida das pessoas que vivem da cultura do sisal.

TRABALHO INICIAL DA COMISSÃO NACIONAL DO SISAL

A preocupação básica da Comissão, desde a sua criação, no último dia 06 de fevereiro


de 1998, foi contatar todas as organizações governamentais e não governamentais dos outros
países produtores de sisal, com o propósito de obter o máximo de informações com relação a
tecnologia utilizada no processo de extração do sisal no campo. O resultado desse trabalho
pode ser resumido, como segue:

1. Em fevereiro, o presidente da Comissão fez uma viagem ao México para


conhecer o nosso maior concorrente na plantação de fibra de sisal na América Latina. O
objetivo da viagem foi conhecer o sistema produtivo utilizado e a tecnologia disponível.

2. A Comissão deu início a um estudo minucioso para analisar a viabilidade da


utilização do sisal em outros campos, além da utilização na produção de fios e cordas.
Para tanto, tem feito contato com diversos países que já utilizam o sisal para outras
finalidades.

3. Conhecendo a tecnologia utilizada por outros países, descobriu uma máquina


decorticadora que é muito utilizada pelos países africanos, cuja produtividade é 4 vezes
maior do que a produtividade das obsoletas máquinas brasileiras de decorticação.

4. Foi feito contato com o Banco Mundial e outros organismos financeiros


internacionais, com o propósito de saber de que forma essas instituições podem colaborar
com o recuperação e reestruturação da cultura do sisal; na região semi-árida do Brasil.

5. A Comissão recebeu uma delegação chinesa interessada em conhecer a


produção de sisal no Brasil. Na altura, discutimos sobre a possibilidade de adquirir a
tecnologia chinesa para implantar no Brasil. Foram sensíveis aos problemas que a cultura
do sisal enfrenta e se mostraram dispostos a colaborar. Esse encontro contou com a
participação do Governador do Estado da Bahia, Dr. Paulo Souto

2ª ETAPA – CONHECER DE PERTO A TECNOLOGIA DISPONÍVEL E ESTUDAR A


MELHOR ALTERNATIVA PARA SER IMPLANTADA NO BRASIL

Os primeiros 5 meses de trabalho da Comissão foram suficientes para se conhecer, de


forma superficial, toda a tecnologia disponível nos diversos países produtores. A 2ª etapa é
conhecer essas tecnologias mais de perto e escolher, dentre as alternativas disponíveis, a que
se adapta à estrutura produtiva do Brasil.

Para tanto, a Comissão já fez diversos contatos no sentido de viabilizar essa etapa:

1. Foi feito contato com produtores africanos que utilizam as máquinas de


decorticação mais modernas, no sentido conhecer o funcionamento dessas máquinas.
Produtores do Kênia (África) se colocaram a disposição para receber representantes da
Comissão.

2. A Comissão Nacional do Sisal foi convidada para conhecer uma cidade no


interior da Tanzânia (África), cuja energia utilizada na cidade é gerada através de uma
usina de biogás, que utiliza lixo de sisal como combustível.

3. O governo chinês convidou a Comissão Nacional do Sisal para visitar as


empresas estatais chinesas que trabalham com sisal. O objetivo dessa viagem é conhecer
a tecnologia de extração e industrializada pelas indústrias chinesas.

MEDIDAS IMEDIATAS A SEREM IMPLANTADAS

O trabalho que a Comissão Nacional do Sisal tem por objetivo mudar todo o processo
produtivo no campo, substituindo máquinas obsoletas, que só permitem o aproveitamento de
4% da folha, por máquinas mais modernas, que possuem tecnologia para aproveitar 80% da
planta. Esse processo, seguramente, vai levar tempo. Será um processo lento e gradual, mas
que, no final, proporcionará uma revolução na estrutura produtiva do Brasil, no que diz respeito
ao cultivo do sisal.

Outras medidas, entretanto, podem e devem ser tomadas, imediatamente, para que a
produtividade no campo aumente, a qualidade do sisal melhore e os preços internacionais
sejam mais atraentes.

As medidas que podem ser tomadas e que terão um retorno de curto e médio prazo
são:

1. limpeza dos campos – o sisal é bastante sensível à concorrência de invasores,


principalmente as arbustivas de fácil reprodução que concorrem em água, luminosidade e
nutrientes, determinando redução significativa no desenvolvimento da folha e, por
conseqüência, na produção de fibras. A solução seria dar condições aos produtores para
que limpem os campos e permitam que as plantas se desenvolvam sem a concorrência de
outros arbustos. Neste caso, é indispensável que os bancos de desenvolvimento,
especificamente o Banco do Nordeste do Brasil, disponibilize linhas de crédito para esta
finalidade, a custos condizentes com a realidade da cultura. Já estamos em contato com a
superintendência do Banco do Nordeste, com o propósito de se discutir sobre o assunto.
Com a simples limpeza dos campos, a produtividade pode crescer até 30%.

2. Manutenção das máquinas decorticadoras existentes – apesar de obsoletas e


arcaicas, essas máquinas, enquanto não forem substituídas, devem receber manutenção
para que a fibra extraída tenha boa qualidade. Com uma fibra de melhor qualidade, os
produtores podem reivindicar preços melhores. O preço atual da fibra está em torno de U$
470,00 FOB Salvador. O sisal africano, de melhor qualidade, está em torno de U$ 800,00
FOB Africana. A observação desses números confirmam que, com uma qualidade melhor,
a fibra brasileira pode atingir preços mais elevados.

3. Consórcio do sisal com a caprino-ovinocultura – no contexto atual, a cultura do


sisal não tem condições de se manter como única exploração na propriedade rural, sendo
bastante recomendado o consórcio com a caprinocultura/ovinocultura, para o
aproveitamento racional e integrado da terra.

METAS PROPOSTAS

Diante dessas possibilidades, a Comissão Nacional do Sisal pretende:

1. Validar as tecnologias para o consórcio de sisal com a caprino/ovinocultura,


já disponibilizadas pela pesquisa, na região semi-árida do Estado da Bahia.

2. Avaliar e acompanhar os diferentes métodos de controle de invasoras do


sisal, a partir da utilização de equipamentos de maior capacidade operacional que a
enxada.

3. Capacitar, técnica e gerencialmente, os produtores da região sisaleira para


a otimização dos recursos disponíveis da unidade produtiva.

4. Conscientizar o produtor para a necessidade da melhoria da qualidade da


fibra, através do uso de técnicas de colheita e de desfibramento, e da padronização e
classificação adequada.

O resultado efetivo esperado essas medidas é:

1. aumento imediato da produtividade em 30% em função da limpeza dos


campos.

2. Aumento dos preços internacionais, em função da melhoria da qualidade, com


a manutenção e ajuste das atuais máquinas decorticadoras.
3. Aumento dos rendimentos auferidos pelos produtores, com o consórcio dos
sisal com a caprino/ovinocultura.

ORÇAMENTO NECESSÁRIO PARA A CONSECUÇÃO DO PROGRAMA

Para dar seguimento ao programa de modernização da cultura sisaleira, a Comissão


Nacional do Sisal necessita de um orçamento mínimo anual da ordem de R$ 120.000,00, assim
distribuído:

Viagens internacionais R$ 30.000,00

Palestras e seminários R$ 30.000,00

Acompanhamentos das mudanças sugeridas R$ 24.000,00

Marketing e publicidade R$ 36.000,00

Viagens internacionais – é preciso dispor de recursos para a realização de viagens aos


países detentores da tecnologia, para se conhecer todas as tecnologias disponíveis e escolher
a que melhor se adapta à realidade brasileira.

Palestras e seminários – a região sisaleira compreende 40 municípios em todo o


Estado da Bahia, além de contar com uma dezena de municípios nos Estados da paraíba e Rio
Grande do Norte. É necessário a realização de encontros e palestras com os produtores de
cada município, com o propósito de transmitir os princípios e metas da Comissão, com o
objetivo de conscientizar todos eles a implementar as mudanças que serão sugeridas pela
Comissão.

Acompanhamento das mudanças sugeridas – será necessário a contratação de


técnicos para realizar o acompanhamento, no campo, das mudanças sugeridas, desenvolvendo
o papel de orientador e conscientizador do programa.

Marketing e publicidade - é preciso a divulgação, através de rádios, jornais revistas


especializadas, das propostas do programa, com o objetivo de fazer chegar a todos os
produtores de sisal, não só da Bahia mas dos demais Estados produtores, as metas e objetivos
propostos pelo programa.
CONCLUSÃO

Todas as mudanças sugeridas pelo programa são indispensáveis para a modernização


da cultura sisaleira. Nos últimos anos, a produção brasileira tem caído substancialmente , em
função da baixa remuneração que a cultura proporciona aos produtores . Em 1989, a produção
brasileira chegou a 220.000 tons. Atualmente, está em torno de 110.000 tons.

Num momento em que o mundo inteiro demanda por produtos naturais, a recuperação
da cultura do sisal se torna imprescindível. A demanda por fibras de sisal tem sido superior a
oferta. Os países africanos, que possuem uma qualidade superior, já não conseguem atender a
demanda mundial. Diante desse contexto, é indispensável que o Brasil reestruture todo o seu
processo e modernize os seus campos, para que possa atender a demanda que existe em todo
o mundo por produtos de sisal de boa qualidade.

Com isso, a região semi-árida do Brasil, que não possui outras alternativas, terá
condições de prosperar e continuar gerando empregos para mais de 800.000 pessoas que
trabalham direta e indiretamente na cultura do sisal.

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