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DIREITOS DA ANTIGUIDADE

Os mais antigos documentos referentes ai direito que se tem notícia datam demais ou
menos 3000 a.C., no Egito e na Mesopotâmia. No segundo milênio as regiões limítrofes também
iniciam a história do direito (direito escrito) – Hititas, Fenícia, Israel, Grécia e outras. No
primeiro milênio Grécia e Roma dominam, esta dominação dura praticamente até a expansão do
Império Romana que finda por englobar várias regiões (países).
Até muito recentemente (100 anos), quase nada se conhecia dos direitos da antiguidade,
somente o direito grego e o hebraico. Com as descobertas arqueológicas e a tradução de textos
jurídicos pode-se reconstruir o desenvolvimento do direito egípcio e a grande diversidade dos
direitos cuneiformes.
O Egito não nos transmitiu, pelo menos até o momento, códigos nem livros jurídicos,
porém, foi a primeira civilização na história da humanidade que desenvolveu um sistema jurídico
que pode chamar-se individualista (Gilissen, 1979).
A Mesopotâmia foi o país que conheceu as primeiras formulações do direito. Os
Sumérios, os Acadianos, os Hititas, os Assírios, redigiam textos jurídicos que se pode chamar
“códigos”, os quais chegaram a formular regras de direito mais ou menos abstratas.
Os Hebreus, situados entre o Egito e a Mesopotâmia, registraram na Bíblia um conjunto
de preceitos morais e jurídicos eu foram perpetuados, não somente no seu próprio sistema
jurídico até nossos dias, mas, sobretudo no direito canônico, direito dos Cristãos, e mesmo no
direito muçulmano.
A Grécia, como o Egito, não deixou grandes escritos jurídicos, mas com os seus
pensadores, sobretudo Platão e Aristóteles, fundou a ciência política, ou seja, a ciência do
governo (da polis, da cidade), que é a base do nosso direito público moderno.
Enfim Roma, na época da República, principalmente no tempo do Império, fez a síntese
de tudo o que os outros direitos da antiguidade nos tinham trazido. Os romanos desenvolveram
um sistema jurídico inigualável para a época, formularam regras de direito e redigiram vasas
obras, podemos atribuir a eles a criação da ciência do direito, o que os jurisconsultos romanos
(séculos II e III) escreveram, serve ainda hoje de base a uma importante parte do nosso sistema
jurídico.
Não é possível separar, em qualquer momento histórico que se procure enfocar, a
modificação da sociedade e a evolução do direito. A simples descrição dos textos jurídicos e
instituições judiciárias não é suficiente para que se possa aferir o real significado das
manifestações do direito que surgem ao longo do tempo. Todo trabalho de destinado à
recuperação de documentos, vestígios, testemunhos etc, só se justifica a partir de um olhar
abrangente; é preciso, antes de tudo, ampliar o campo histórico, buscar os elementos
fundamentais de cada civilização e, a partir dessa perspectiva, passar ao estudo do direito
propriamente dito. Não há direito fora da sociedade. E não há sociedade fora da história
(Wolkmer, 2008).
Luhmann (apud Wolkemer, 2008) classifica três grandes grupos de manifestações do
direito – que ele denomina estilos – ao longo da história: a) o direito arcaico, característico dos
povos sem escrita; b) o direito antigo, que surge com as primeiras civilizações urbanas e c) o
direito moderno, próprio das sociedades posteriores às Revoluções Francesa e Americana.
Ainda segundo o citado autor, os dois primeiros modelos de direito antigo são aqueles
verificados na Mesopotâmia e no Egito. A transição das formas arcaicas de sociedade para as
primeiras civilizações da Antiguidade ocorreram por influência dos seguintes fatores: 1) o
surgimento das cidades, 2) a invenção e o domínio da escrita, e 3) o advento do comércio e, numa
etapa posterior, da moeda metálica.

A Mesopotâmia:

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Nome grego que significa "entre rios" (meso - pótamos) - é uma região de interesse
histórico e geográfico mundial. Trata-se de um planalto de origem vulcânica localizado no
Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, ocupado pelo atual território
do Iraque e terras próximas. Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda é rodeada por
desertos.

Inserida na área do Crescente Fértil - de Lua crescente, exatamente por ela ter o formato
de uma Lua crescente e de ter um solo fértil -, uma região do Oriente Médio excelente para a
agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para
qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas: ao Norte a Alta
Mesopotâmia ou Assíria, uma região bastante montanhosa, desértica, desolada, com escassas
pastagens, e ao Sul a Baixa Mesopotâmia ou Caldéia, muito fértil em função do regime dos rios,
que nascem nas montanhas da Armênia e deságuam separadamente no Golfo Pérsico.

A Mesopotâmia foi uma região por onde passavam muitos povos nômades oriundos de
diversas regiões. A terra fértil fez com que alguns desses povos aí se estabelecessem. Do convívio
entre muitas dessas culturas floresceram as sociedades mesopotâmicas. Os povos que ocuparam a
mesopotâmia foram os sumérios, os acádios, os amoritas ou antigos babilônios, os assírios, os
elamitas e os caldeus ou novos babilônios. Como raramente esses Estados atingiam grandes
dimensões territoriais, conclui-se que apesar da identificação econômica, social e cultural entre
essas civilizações, nunca houve um Estado mesopotâmico.

Sumérios (antes de 2000 a.C.)

Os sumérios foram provavelmente os primeiros a habitar o sul da Mesopotâmia. A região


foi ocupada em 5000 a.C. pelo povo sumério, que ali construiu as primeiras cidades de que a
humanidade tem conhecimento, como Ur, Uruk e Lagash. As cidades foram erguidas sobre
colinas e fortificadas para que pudessem ser defendidas da invasão de outros povos que buscavam
um melhor lugar para viver. Sua organização política era semelhante a uma confederação de
cidades-Estado, governadas por um chefe religioso e militar que eram denominados patesi. Como
a maioria dos povos antigos eram politeístas. Porém os deuses serviam mais para resolver
problemas terrenos do que solucionar os problemas após a morte. Cada cidade sumérica tinha seu
Deus "comandante". Seus deuses tinham características antropomórficas (comportamento
semelhante aos seres humanos), praticavam o bem e o mal, e eram muito mais temidos do que
amados.

Os Sumérios são conhecidos pelo desenvolvimento da escrita cuneiforme (assim


chamada porque o registro era feito em placas de argila com auxílio de estilete que imprimia
traços com forma de cunha) e desde o quarto milênio a.C., possuíam um complexo e completo
sistema de controle da água dos rios. Realizavam obras de irrigação, barragens e diques,
utilizavam também técnicas de metalurgia do bronze. Sua organização social influenciou muitos
povos que os sucederam na região.

Grupos de nômades, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao


norte das regiões sumerianas. Conhecidos como acadianos, dominaram as cidades-estados da
Suméria por volta de 2550 a.C.

Amoritas (2000 a.C.-1750 a.C.)


No início do segundo milênio a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e
unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas
margens do rio Eufrates. Os amoritas, povos semitas proveniente da Arábia, edificaram o

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Primeiro Império Babilônico. Este povo é conhecido também como "antigos babilônicos", o que
os diferencia dos caldeus, fundadores do Segundo Império Babilônico, denominados
neobabilônicos.
O soberano que mais se destacou foi Hamurabi (1728 a 1686), elaborando leis que
ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, que tinha como base um código sumeriano “Ur-
nammu". O caráter das leis que constituíam o Código de Hamurabi era bastante severo - a pena
era equivalente à falta cometida.
Se um filho agredisse um pai, teria as mãos decepadas. Caso um médico perdesse seu
paciente, responderia pelos seus erros, tendo também as mãos decepadas. Dessa forma, pode-se
dizer que as leis deste governante se baseavam no principio do olho por olho, dente por dente.
Apresenta uma série de penas para delitos domésticos, comerciais, ligados à propriedade, à
herança, à escravidão e a falsas acusações, sempre baseadas na Lei de Talião ("Olho por olho,
dente por dente"). Após sua morte, a Mesopotâmia foi abalada por sucessivas invasões, até a
chegada dos assírios. Desenvolveram um preciso relógio de sol.

Assírios (1300 a.C.-612 a.C.)


De origem semita (família etnográfica e lingüística originária da Ásia ocidental,
compreende os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios, os árabes) viviam do pastoreio e
habitavam as margens do rio Tigre. A partir do final do segundo milênio a.C., passaram a se
organizar como sociedade altamente militar e expansionista. Realizaram diversas conquistas e
expandiram seu domínio para além da própria Mesopotâmia, chegando ao Egito. O centro
administrativo do império assírio era Nínive, onde foi feita a biblioteca real de Assurbanípal, com
mais de 22 mil placas de argila.
O exército assírio era um dos mais notáveis da Antigüidade, fato que lhes proporcionou o
poder de conquistar diversos territórios. A cada território conquistado o exército aumentava
devido aos alistamentos obrigatórios que esses implementaram.
Mesmo com um exército enorme o império não conseguiu se sustentar por oposição da
população ao regime militar cruel. O rei que mais se destacou foi Assurbanípal.

Caldeus (612 a.C.-539 a.C.)


Povo de origem semita que se estabeleceu na Baixa Mesopotâmia no início do primeiro
milênio a.C., foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios (pois, junto com os
medos, saquearam Nínive) e pela organização do novo império babilônico. Nabucodonosor foi o
soberano mais conhecido dos caldeus. Famoso pela construção dos Jardins Suspensos da
Babilônia e da Torre de Babel, governou por quase sessenta anos e após sua morte os persas
dominaram o novo império babilônico. O Império dos caldeus durou apenas 73 anos, pois foi
incorporado ao Império Persa.

Economia e sociedade

Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia


baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos
só usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os
meios de produção estavam sobre o controle do déspota, personificação do Estado, e dos templos.
O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades,
além de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina cidade-templo.
Estudos recentes mostram que, além do setor da economia dos templos e do palácio,
havia um setor privado que participava, também, da economia da cidade-estado.
Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que teoricamente eram dos
deuses, eram entregues aos camponeses. Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao

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templo uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as propriedades
particulares eram cultivadas por assalariados ou arrendatários.
Entre os sumerianos havia a escravidão, porém o número de escravos era relativamente
pequeno.
Em contraste com as cheias regulares e benéficas do Nilo, o fluxo das águas dos rios
Tigre e Eufrates, é irregular e imprevisível, produzindo condições de seca em um ano e
inundações violentas e destrutivas em outro. Para manter algum tipo de controle, fazia-se
necessário a construção de açudes e canais, além de complexa organização. A construção dessas
estruturas também era dirigida pelo Estado. O controle dos rios exigia numerosíssima mão-de-
obra, que o governo recrutava, organizava e controlava.
As principais atividades econômicas da Mesopotâmia eram: a agricultura, base da
economia. A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se
na agricultura de irrigação. Cultivavam trigo, cevada, linho, gergelim (sésamo, de onde extraiam
o azeite para alimentação e iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos de
trabalho eram rudimentares, em geral de pedra, madeira e barro. O bronze foi introduzido na
segunda metade do terceiro milênio a.C., porém, a verdadeira revolução ocorreu com a sua
utilização, isto já no final do segundo milênio a.C. Usavam o arado semeador, a grade e carros de
roda. A criação de animais. A criação de carneiros, burros, bois, gansos e patos era bastante
desenvolvida. O Comércio. Os comerciantes eram funcionários a serviço dos templos e do
palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográfica e a pobreza
de matérias primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam
vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre do Chipre e o
estanho do Cáucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e
perfumes. As transações comerciais eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca
inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as mais
diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda. A existência de um comércio
muito intenso deu origem a uma organização econômica sólida, que realizava operações como
empréstimos a juros, corretagem e sociedades em negócios. Usavam recibos, escrituras e cartas
de crédito. O comércio foi uma figura importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento
do grupo mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar na
desagregação da forma de produção templário-palaciano dominantes na Mesopotâmia.

A título de complementação histórica citamos as principais ciências por esses povos


desenvolvidas:
A Astronomia. Entre os babilônicos, foi a principal ciência. Notáveis eram os conhecimentos dos
sacerdotes no campo da astronomia, muito ligada e mesmo subordinada à astrologia. As torres
dos templos serviam de observatórios astronômicos. Conheciam as diferenças entre os planetas e
as estrelas e sabiam prever eclipses lunares e solares. Dividiram o ano em meses, os meses em
semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, as horas em sessenta minutos e os
minutos em sessenta segundos. Os elementos da astronomia elaborada pelos mesopotâmicos
serviram de base à astronomia dos gregos, dos árabes e deram origem à astronomia dos europeus;
A Matemática. Entre os caldeus, alcançou grande progresso. As necessidades do dia a dia
levaram a um certo desenvolvimento da matemática. Os mesopotâmicos usavam um sistema
matemático sexagesimal (baseado no número 60). Eles conheciam os resultados das
multiplicações e divisões, raízes quadradas e raiz cúbica e equações do segundo grau. Os
matemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessas operações, através da multiplicação
dos exemplos. Jamais divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria as repetições dos
exemplos desnecessárias. Também dividiram o círculo em 360 graus, elaboraram tábuas
correspondentes às tábuas dos logaritmos atuais e inventaram medidas de comprimento,
superfície e capacidade de peso;

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A Medicina. Os progressos da medicina foram grandes (catalogação das plantas medicinais, por
exemplo. Assim como o direito e a matemática, a medicina estava ligada a adivinhação. Contudo,
a medicina não era confundida com a simples magia. Os médicos da Mesopotâmia, cuja profissão
era bastante considerada, não acreditavam que todos os males tinham origem sobrenatural, já que
utilizavam medicamentos à base de plantas e faziam tratamentos cirúrgicos. Geralmente, o
médico trabalhava junto com um exorcista, para expulsar os demônios, e recorria aos adivinhos,
para diagnosticar os males.

A linguagem escrita é resultado da necessidade humana de garantir a comunicação e o


desenvolvimento da técnica. A escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos
sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era uma
escrita ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma idéia. Os sumérios - e, mais
tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso extensivo da escrita
cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escrita convencional,
que não tinha nenhuma relação com o objeto representado. As convenções eram conhecidas por
eles, os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala humana, isto
é, cada sinal representava um som. Surgia assim a escrita fonética, que pelo menos no segundo
milênio a.C., já era utilizado nos registros de contabilidade, rituais mágicos e textos religiosos.
Quem decifrou a escrita cuneiforme foi Henry C. Rawlinson. A chave dessa façanha ele obteve
nas inscrições da Rocha de Behistun, na qual estava gravada uma gigantesca mensagem de 20
metros de comprimento por 7 de altura. A mensagem fora talhada na pedra pelo rei Dario, e
Rawlinson identificou três tipos diferentes de escrita (antigo persa, elamita e acádio - também
chamado de assírio ou babilônico). O alemão Georg Friederich Grotefend e o francês Jules
Oppent também se destacaram nos estudos da escrita sumeriana.
Apesar de inventarem a escrita sua literatura era pobre. A que foi encontrada é uma
literatura a serviço do poder do Estado, da religião e dos negócios. Há crônicas sobre os feitos dos
governantes e dos deuses, hinos, fábulas, versos, além de anotações de comerciantes. Tudo
registrado em tábuas de argila, em escritas cuneiforme, assim denominada porque seus caracteres
têm forma de cunha. Destacam-se apenas o Mito da Criação e a Epopéia de Guilgamesh (rei de
Uruk) - aventura de amor e coragem desse herói deus, cujo objetivo era conhecer o amor da
imortalidade.

Direito
O Código de Hamurabi, até pouco tempo o primeiro código de leis que se tinha notícia, é
uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições semitas. Ele apresenta uma
diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes.
Contém 282 leis (inscritas em 21 colunas – enorme pedra de basalto), abrangendo praticamente
todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio (caixeiro viajante ocupava lugar
importante), propriedade, herança, direitos da mulher, família (divórcio, pátrio poder, adoção,
adultério, incesto), falsas acusações e escravidão.
As determinações inseridas no código referem-se às três classes sociais então existentes:
a dos homens livres (awelum) – a classe mais alta merecedora de maiores compensações por
injúria e que também arcava com as multas mais pesadas por ofensa; homens livres mas de
relevância social inferior (mushkenum) – com obrigações mais leves; por último, os escravos
(wardum) – marcado mas que poderia ter propriedade.
Suas principais características são: Pena ou Lei de Talião (Lex talionis), isto é, “olho por
olho, dente por dente” (o castigo do criminoso deveria ser exatamente proporcional ao crime por
ele cometido), desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a posição social
da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes. O Código de Hamurábi reflete a
preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos,
etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos

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invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os
julgamentos. A pena de morte era largamente aplicada, na fogueira ou na forca ou por
afogamento ou por empalação. A mutilação era infligida de acordo como o ilícito. As penas eram
cruéis.
A noção de “uma vida por uma vida” atingia aos filhos dos causadores de danos
aos filhos dos ofendidos.
Obs.: O código mais antigo de que se tem notícia, segundo alguns historiadores, é o código de
Ur-Nammu, rei de Ur, Suméria, 2112 - 2095 a. C.

Bibliografia:
CASTRO, Flávia Lages. História do direito geral e Brasil. Lúmen Júris, 2008.
PRADO, Antônio Orlando de Almeida (org.). Código de Hamurabi e outros. Paulistanajur Ltda,
2004.
WOLKEMER, Antonio Carlos (org.). Fundamentos de história do direito. Del Rey, 2008.

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