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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DA INTERVENÇÃO


DE ENFERMAGEM RELACIONADOS
À ASSEPSIA

Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus


Professora Adjunto
Faculdade de Ciências da Saúde
Departamento de Enfermagem

Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus


PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DA INTERVENÇÃO
DE ENFERMAGEM RELACIONADOS À
ASSEPSIA

-Histórico da assepsia

-Microorganismos

-Processo infeccioso e Infecção Hospitalar

-Assepsia hospitalar

-Esterilização, desinfecção e anti-sepsia

Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus


DADOS HISTÓRICOS DA ASSEPSIA
IDADE ANTIGA
• Tecidos feridos sofriam ação deletéria da
infecção (supuração)
• Hipócrates (460-370 AC): recomendava limpeza
das mãos, uso de água fervida e vinho nas
feridas
• Escola Greco-romana: Galeno (131-201 AC)
cuidados com feridas que eram lavadas com
vinho, suturadas com linho e cobertas com
ataduras
• Decadência do Império Romano: obscurantismo
• Cristianismo Î arte cirúrgica praticada por
leigos (mas hábeis)

Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus


DADOS HISTÓRICOS DA ASSEPSIA

IDADE MÉDIA (Séc. IV a XV)

• Medicina clerical, sem arte


• Tratamento de feridas com retirada de pus
(Ugo de Lucca e Theodorico - Séc. XII)
• Agravamento da situação após
descobrimento da pólvora (Séc. XIII) Î 600
anos de guerras
• Peste negra (1340-1360)
• Anatomia X microbiologia

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DADOS HISTÓRICOS DA ASSEPSIA
IDADE MODERNA

• Leeuwenhoek (1677) Î descoberta do


microscópio
• John Hunter (1728-1793) Î adquiriu
gonorréia e sífilis a partir do pus
• Semmelweis (Viena - 1840) Î infecção
puerperal transmitida por estudantes
• Jenner (1796) Î vacina antivaríola
• Spallanzani (1729-1799) Î destruiu a teoria
da geração espontânea
• Guerra da Criméia (1853-1856): dentre
300.000 soldados 10.000 foram mortos por
feridas contaminadas

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DADOS HISTÓRICOS DA ASSEPSIA

SÉCULO XIX - “era bacteriológica”

• Louis Paster (1822-1895): químico no


estudo da fermentação
• Joseph Lister (1827-1912): cirurgião inglês
introdutor da antissepsia
• Von Bergmann (1886) e Schimmelbush:
técnica cirúrgica asséptica e esterilização
pelo calor úmido
• Halsted (1890) e Hunter (1900): luvas de
borracha e máscaras de gaze
• Século XX: uso da anti-sepsia como
método profilático em cirurgias
• Revolução nas técnicas cirúrgicas
Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus
DADOS HISTÓRICOS DA ASSEPSIA

SÉCULO XX - “a antibioticoterapia”

• Terapêutica das infecções: ainda


problemática
• Alexander Fleming (1929): penicilina
• Domagk (1935): sulfonamida
• Terapia antibacteriana generalizada e
indiscriminada
• Uso profilático generalizado e abusivo
dos antibióticos fez surgir cepas
resistentes e virulentas
• Descuido e falha nos procedimentos de
assepsia
• Reservatórios hospitalares
Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus
MICROORGANISMOS

REINO: Protista (Haeckel - 1866)

Protistas Protistas
Superiores Inferiores
(Eucarióticos) (Procarióticos)

Algas Bactérias
Protozoários Cyanobacteria
Fungos Vírus
Mixomicetos

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CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS
BACTERIANAS

Reino Procariótico Nucleóide

Parede celular única contendo peptídeoglican


(mucopeptídio)

Ribossomas menores comparados aos das células


eucarióticas

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PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS

¾ Gram positivo: composta primariamente


de peptídeoglican, polímeros associados
ao ácido teicóico e lipoteicóico e
algumas proteínas

¾ Gram negativo: composta de uma


camada de pepitídeoglican e uma
membrana externa

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TIPOS MORFOLÓGICOS DE BACTÉRIAS

¾ Visualização: Gram positivos e Gram


negativos
¾ Formas e agrupamentos:
Gram positivos:
Staphylococcus aureus (grupos de cachos de uvas)
Streptococcus (cadeias)
Clostridium perfringens (bastonete esporulados)
Corynebacterium diphtheriae (não esporulado)

Gram negativos:
Neisseria gonorrhoeae (cocos)
Escherichia coli (pequeno bastão)
Klebsiella pneumoniae (forma de bastão)
Treponema pallidum (espiralada)
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CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS
QUANTO À:

¾ Forma:
Bacilos Î bastonetes

Diplococos
Cocos Î esféricos
Estafilococos
Estreptococos

¾ Formação de esporos
Esporulante
Não-esporulante

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CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS
QUANTO À:

¾ Utilização do oxigênio
Aeróbios
Anaeróbios

¾ Coloração em exame
Gram-positivas
Gram-negativas

¾ Nutrição do meio
Autotróficas
Heterotróficas

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FATORES QUE AFETAM O
CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS

Nutrição Sais Enzimas


inorgânicos

Umidade Oxigênio Luz

Temperatura pH do meio
Pressão
osmótica

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CRESCIMENTO E MORTE DAS BACTÉRIAS

Fase Fase
exponencial estacionária

Fase de
Fase declínio e
inicial morte

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PRINCIPAIS GERMES RESPONSÁVEIS POR
INFECÇÕES BACTERIANAS -
Bactérias Aeróbias

- Estafilococos
Cocos - Estreptococos
- Pneumococos
Gram +
Bacilos - Mycobacterium

Cocos - Neisserias
- Escherichia coli
Gram − - Enterobacter aerogenes
Bacilos - Klebsiella
- Pseudomonas aeruginosa
- Salmonella
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PRINCIPAIS GERMES
RESPONSÁVEIS POR INFECÇÕES
1. Bacterianas
- Bactérias Anaeróbias
Bacilo Gram + Clostridium tetani
- Infecções Mistas
Microorganismos aeróbios e anaeróbios
Microorganismos Gram + e Gram −
2. Não Bacterianas
- Fungos Candidíase
Blastomicose
Coccidioidomicose
- Vírus Herpesvírus
Vírus da hepatite
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PROCESSO INFECCIOSO

Infecção Î processo pelo qual um patógeno


(agente infeccioso) invade o
organismo, cresce e se multiplica.

Patógenos comuns Î bactérias patogênicas


alguns protozoários,
fungos, vírus e helmintos

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CICLO DA INFECÇÃO

Agente Infeccioso

Reservatório

Porta de Saída
entrada

Veículos de
Transmissão

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VEÍCULOS DE TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO

Partículas
no ar

Objetos inanimados
Água (fômites)

Insetos

Poeira e Alimentos
sujeira

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MODOS DE TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO

¾ Contato endógeno

¾ Contato de indivíduo para indivíduo: beijo,


contato sexual, toque com partes
infectadas ou exsudatos de uma ferida,
gotículas expelidas pelo nariz ou boca e
indiretamente pelas mãos dos profissionais
de saúde.

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FENÔMENOS ENVOLVENDO A INFECÇÃO

Lesão ou infecção
Exsudato: purulento,
Resposta inflamatória seroso, fibrinoso ou
hemorrágico
Abcesso

Linfangite e linfadenite

Trombose de pequenos vasos

Bacteremia / septicemia

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INFECÇÃO

¾ Sinais inflamatórios locais

¾ Sinais sistêmicos

• Febre
• Letargia, cansaço, anorexia
• Náuseas, vômitos, diarréia
• Leucocitose (superior a 10.000 mm3)
• Nódulos linfáticos aumentados e
dolorosos
• VHS aumentada ( Ç 15 mm/h homens
Ç 20 mm/h mulheres)

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INFECÇÕES

¾ Trato respiratório
-Superior: infecções de nariz, garganta e
ouvido
-Inferior
¾ Trato urinário
-Assintomática
-Sintomática
¾ Trato intestinal
-Gastrenterite
¾ Cutâneas
-Infecções em queimados
-Infecções cirúrgicas
-Outras: dermatites, úlceras de decúbito
¾ Corrente sangüínea
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FATORES QUE INTERFEREM
NA RESPOSTA À INFECÇÃO

• Estado nutricional
• Condições patológicas preexistentes
• Lesão tecidual
• Deficiências na produção de anticorpos
• Alterações na crase sangüínea
• Extremos de idade
• Imunidade adquirida
• Resistência aos antibióticos
• Distúrbios hormonais

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ASSEPSIA HOSPITALAR - TIPOS

A infecção já existe, procura-se evitar sua


Assepsia propagação. Consiste em práticas que
Médica auxiliam a reduzir o número e a impedir a
transmissão de microorganismos
patogênicos de uma pessoa (ou lugar)

A infecção não existe, procura-se evitar seu


Assepsia
aparecimento. Busca impedir a penetração
Cirúrgica
de germes em locais que não o contenham.
Procedimentos da equipe de saúde

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FONTES COMUNS DE INFECÇÃO EM HOSPITAIS

¾ Excretas: secreção do nariz e garganta,


vômito, fezes e urina
¾ Supurações de orifícios do corpo
¾ Exsudato de feridas ou de lesões da pele
¾ Equipamentos e materiais utilizados no
cuidado
¾ Roupas (de cama e pessoal) usadas por
pacientes
¾ Mãos dos profissionais
¾ Procedimentos diagnósticos e
terapêuticos
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INFECÇÃO HOSPITALAR

• Manifestação clínica de infecção a partir de 72


horas após a admissão, desde que não haja
sintomatologia clínica/laboratorial no momento
desta
• Paciente com menos de 72 horas de
hospitalização em caso de ter sido submetido a
procedimentos diagnósticos e terapêuticos
associáveis ao processo infeccioso
• Quando em um mesmo local onde existe uma
infecção se isolar patógenos diferentes
• Quando depois de internado com uma infecção
comunitária o paciente apresentar sinais e
sintomas clínicos de infecção em localização
topográfica diferente
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MECANISMO DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Médico Enfermagem
Pele
Fontes de Orofaringe
contaminação Nasofaringe
hospitalar Fezes
Secreções
Paciente Pessoal
Auxiliar
Ar
Instrumental
Curativos
Paciente Roupas
infectado Meio

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CUIDADOS QUE ENVOLVEM
MEDIDAS ASSÉPTICAS

• Cuidados com uniformes, roupas e higiene


dos pacientes
• Lavagem das mãos em ambiente clínico
• Arrumação da cama hospitalar
• Colocação de luvas
• Manipulação de materiais esterilizados
• Transferência de líquidos estéreis
• Troca de curativos
• Procedimentos diagnósticos e terapêuticos

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MÉTODOS DE ASSEPSIA

Degermação Desinfecção

Esterilização
Anti-sepsia

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MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO

Seco estufa

Calor
água ebulição
Úmido
Físico autoclave

Radiação Raios ultravioleta


Raios gama

Líquidos
Químico
Gasosos
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ESTERILIZAÇÃO - CALOR SECO
ESTUFA - Forno de Pasteur

• Destruição a partir da oxidação da célula


• Temperatura: 140 a 180 ºC (cerca de 2 horas)
• Termostato para aquecimento rápido
• Processo: irradiação do calor
• Indicado vidrarias
para instrumentos de corte ou ponta
materiais impermeáveis como
pomadas e óleos
• Artigos devem estar completamente limpos e
protegidos em invólucros adequados
• Vantagens / desvantagens
Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus
ESTERILIZAÇÃO - CALOR ÚMIDO
AUTOCLAVE
• Vapor de água sob pressão destruindo os
germes por coagulação do protoplasma da
célula
• Alcançam temperaturas superiores a 121 ºC
• Eficaz para destruir microorganismos
• Destruição de esporos
• Materiais: todos desde que não se prejudiquem
com a umidade (borrachas, vidros, roupas,
gazes, etc.)
• Materiais devem ser colocados em pacotes
envolvidos por pano duplo ou papel indicado
• Vantagens / desvantagens
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ESTERILIZAÇÃO - RADIAÇÃO

Radiação ultravioleta:
• Pouco poder de penetração em artigos
• Age provocando mutação do DNA das
células
• São necessários cuidados especiais com as
lâmpadas

Radiação ionizante:
• Criam radicais livres e alguns peróxidos os
quais têm efeitos deletérios aos germes
• Raios gama têm excelente penetração e são
usados para esterilizar plásticos
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ESTERILIZAÇÃO - QUÍMICA
LÍQUIDOS

• Destruição de todos microorganismos inclusive


esporos
• Os esterilizantes são antimicrobianos com
toxicidade não seletiva e agem dentro de 18 horas
• Ação depende: produto utilizado, contaminação
do material e do agente microbiano
• Artigos devem estar limpos e secos
• Solução deve ficar em recipiente fechado
Formaldeído - Germikil, Proester
• Tipos
Glutaraldeído (2%) - Glutacide

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ESTERILIZAÇÃO - QUÍMICA
GASOSOS - ÓXIDO DE ETILIENO
C2H4O

• Agente alquilante de proteínas - inativando-as


• Gás explosivo - está associado ao CO2
• Método eficaz
• Excelente penetração
• Materiais sensíveis ao calor (equipamentos
cirúrgicos, plásticos)
• Material esterilizado requer aeração
• Exige invólucros adequados e limpeza prévia
do material

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DESINFECTANTES - TIPOS
1. Compostos de cloro
¾Hipoclorito

2. Compostos fenólicos
¾ Fenóis sintéticos - Tercil, Piso-Cide

- Lavar material em água corrente


- Cria película protetora e não é inativado por
secreção ou água
- Age de 10 a 30 minutos
- Bactericidas, viruscidas, fungicidas e
tuberculicidas
- Não matam esporos e alguns vírus
- Provoca irritação na mucosa e despigmentação
da epiderme
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DESINFECTANTES QUÍMICOS

A eficácia depende:

¾ Concentração
¾ Tempo de exposição
¾ pH
¾ Temperatura
¾ Natureza do organismo
¾ Presença de matéria orgânica

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ANTI-SÉPTICOS

- Bactericidas e bacteriostáticos
- Não tóxicos, não corroem e são hipoalergênicos
1. Iodo
- Álcool iodado
- Polivinilpirrolidona-iodo (PVP-I) Povidine

Degermante Tópico Alcoólico

2. Cloro-hexidina: clorofenil-di-guanidohexano
Germ-Hand
3. Álcoois
4. Hexaclorofeno: di-fenilfenol clorado Fisoex, Soapex

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CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O RISCO DE
TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO

ÁREAS HOSPITALARES

¾ Críticas

Ð resistência Ï risco de
antiinfecciosa transmissão de
infecção

¾Semicríticas

¾Não-críticas

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CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O RISCO DE
TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO
Artigos Hospitalares

todos que penetram nos tecidos


Críticos subepiteliais, no sistema vascular e
em órgãos isentos de flora microbiana
própria

aqueles que entram em contato com a


Semicríticos
mucosa íntegra

todos que entram em contato com a


Não-críticos pele íntegra ou não entra em contato
direto com o paciente

Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus


LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS

ƒInstrumentos de exame clínico

ƒArtigos de higiene pessoal

ƒRoupas de cama

ƒColchões e travesseiros

ƒSuperfície de mobiliários

ƒPisos

ƒEquipamentos de aspiração
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FIM

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