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Apresentação do Negócio

Com a agitação da vida moderna, a exigência de maior qualidade, a


fuga do trivial e o desejo de comodidade, está surgindo um
consumidor mais exigente e mais sofisticado, que busca serviços mais
elaborados, variedade de produtos, lojas agradáveis e modernas.

De olho nesse novo nicho de mercado, os empreendedores começaram


a investir em uma nova concepção de negócio. A casa de carnes é um
negócio que relaciona alimentação e conveniência.
Com a busca da qualidade de vida e o consumo de uma alimentação
saudável, o mercado das carnes naturais vem crescendo cada vez mais,
e muitas oportunidades se abrem para os empresários.

Casas de carnes são lojas diferenciadas dos açougues tradicionais. As


maiores diferenças estão no layout das lojas, nos tipos de corte das
carnes oferecidas, na forma como os produtos são acondicionados
dentro do freezer, no atendimento personalizado e na diversidade de
tipos de carne oferecidos que podem incluir carnes raras e exóticas
como: avestruz, javali, codorna, faisão e outras, dependendo do
mercado potencial. A loja também pode oferecer carnes temperadas e
preparadas especificamente para clientes especiais e para eventos
específicos.

É comum encontrar-se casas de carnes que oferecem todos os


complementos para acompanhar um bom churrasco, inclusive bebidas,
utensílios e equipamentos diversos, favorecendo a satisfação das
necessidades do cliente em um único lugar. Lojas com essa concepção
podem ser montadas em qualquer região do país, com as devidas
adaptações relacionadas à cultura local.
Mercado

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango e o


quarto maior produtor de carne suína. São dados indicativos de que a
carne já faz parte da alimentação dos brasileiros e sua procura está
ligada a vários fatores, como preço, qualidade, aspectos nutricionais,
preferências e gosto.

O consumo de carne bovina no Brasil varia de acordo com o poder


aquisitivo da população. Pessoas de renda elevada têm taxas de
consumo semelhantes às dos maiores consumidores mundiais — mais
de 50 kg por habitante ao ano — enquanto que nas camadas de baixa
renda o consumo é menor do que 10 kg por habitante ao ano. A oferta
da carne bovina gira em torno de 34 kg anuais por habitante. O
aumento do consumo da carne tem uma relação significativa com a
ampliação da renda. Em um período em que as projeções da economia
para os próximos anos indicam variações positivas da renda familiar,
os empreendimentos ligados ao consumo de carnes apresentam um
potencial de crescimento .

O consumo de carne bovina no Brasil deve aumentar


aproximadamente 0,8% em 2008, de acordo com relatório do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América –
USDA, aumentando para aproximadamente 37,6 kg per capita. Mesmo
com essa projeção de crescimento, o mercado de consumo de carne
bovina perdeu espaço para a carne de frango, que já corresponde a
37,9 kg per capita.

Os supermercados e hipermercados são os grandes concorrentes das


casas de carnes e açougues, respondendo hoje por 56% das carnes e
aves vendidas no Brasil, segundo a pesquisa Consumidor Brasileiro –
Comportamento de Compra, realizada pelo Instituto Latin Panel, dos
grupos Ibope, Taylor Nelson Sofres e NPD.

Localização

A loja deve ser instalada em ruas de grande fluxo de pessoas e


veículos, como grandes avenidas e cruzamentos, para onde fluem
pessoas de diversas regiões da cidade. Para isso, é necessário
identificar no local os chamados "pólos geradores de público", tais
como: supermercados, agências bancárias, serviços públicos,
terminais de ônibus e/ou metrô, parques, clubes, instituições de ensino
superior, hospitais e maternidades.

Conveniência e proximidade são fatores fundamentais para o


consumidor na escolha da loja. Os bairros com grande número de
residências podem ser considerados pontos excelentes para instalação.

Outro aspecto fundamental é a visibilidade, ou seja, os clientes, ao se


movimentarem em uma rua ou avenida, devem identificar facilmente a
loja.

Se possível, a casa de carnes deve dispor de estacionamento para os


clientes.

Exigências legais específicas

Devido às suas peculiaridades e importância, o ramo de alimentação é


bastante regulamentado, como se pode ver a seguir:

- A Lei nº 6.437/1977 — alterada pela Lei nº 9.005/1995, Lei nº


9.695/1998 e Medida Provisória nº 2.190-34-2001 — estabelece
infrações à legislação sanitária federal e trata das punições e restrições
respectivas.

- O Decreto Lei nº 986/1969, que foi alterado pela Medida Provisória


nº 2.190-34/2001, prevê normas básicas sobre alimentos.

- A Portaria nº 326, de 30 de julho de 1997 da ANVISA, aprova o


Regulamento Técnico sobre Condições Higiênico-sanitárias e de Boas
Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores e
Industrializadores de Alimentos.

- O Decreto nº 30692, de 29 de março de 1952 da ANVISA, endossa o


novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal.

- A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, institui o Código de


Defesa do Consumidor.

Caberá a um contador profissional — contratado pelo empreendedor


— verificar a legislação e exigência dos órgãos municipais, estaduais e
representação local da ANVISA e para legalizar a empresa nos
seguintes órgãos:
- Junta Comercial;
- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual de Fazenda;
- Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
- Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada a recolher, por
ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a
Contribuição Sindical Patronal);
- Caixa Econômica Federal para cadastramento no sistema
“Conectividade Social – INSS/FGTS”;
- Corpo de Bombeiros Militar.

Além de cumprir exigências acima, é necessário pesquisar na


Prefeitura Municipal se a Lei de Zoneamento permite a instalação de
casa de carnes no local definido para a loja. O Sebrae local poderá dar
orientações nesse sentido.

Resolução RDC nº 2, de 08 de janeiro de 2004. Aprova o uso do


ÁCIDO PERACÉTICO
como coadjuvante de tecnologia na função de agente de controle de
microrganismos na lavagem de ovos, carcaças e ou partes de animais
de açougue,
peixes e crustáceos e hortifrutícolas em quantidade suficiente para
obter o
efeito desejado, sem deixar resíduos no produto final. D.O.U. - Diário
Oficial
da União; Poder Executivo, de 09 de janeiro de 2004.

Resolução RDC nº 7, de 02 de janeiro de 2001. Aprova a extensão de


uso Ácido
Lático (INS 270) como coadjuvante de tecnologia, na função de
agente de
controle de microrganismos na lavagem de ovos, carcaças ou partes de
animais de
abate açougue na em quantidade suficiente para obter o efeito
desejado. D.O.U.
- Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 08 de janeiro de 2001.

Resolução RDC nº 13, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o


Regulamento Técnico
para Instruções de Uso, Preparo e Conservação na Rotulagem de
Carne de Aves e
Seus Miúdos Crus, Resfriados ou Congelados. D.O.U. - Diário Oficial
da União;
Poder Executivo, de 02 de janeiro de 2001.

Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o


Regulamento Técnico
sobre padrões microbiológicos para alimentos. D.O.U. - Diário Oficial
da União;
Poder Executivo, de 10 de janeiro de 2001.

Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Aprova


Regulamento Técnico de
Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional.
D.O.U. -
Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 26 de dezembro de 2003.

Estrutura

A estrutura de uma casa de carnes é bastante simples. Deve contar


com um balcão para atendimento aos clientes, a área do caixa e um
espaço para exposição dos produtos em balcões refrigerados ou em
freezers (congelados). Os demais produtos serão expostos em
gôndolas ou prateleiras. Se houver oferta de bebidas geladas, haverá a
necessidade de geladeiras com portas de vidro.

O empresário poderá escolher entre o modelo convencional, com


balcão de atendimento, ou o modelo self-service.A área destinada ao
depósito do estoque deverá ter câmara fria apropriada e estar instalada
fora do espaço destinado ao atendimento dos clientes. De maneira
geral, a estrutura sugerida a seguir é a mais utilizada.

Balcão de atendimento e exposição de produtos – Os balcões


refrigerados são uma ótima solução, porque ao mesmo tempo que
expõem as diversas carnes, também servem de espaço para os pedidos
dos clientes e entrega dos produtos vendidos. Expor as carnes de
forma a evidenciar sua qualidade e aspecto saudável é fundamental
para o empreendimento; portanto os balcões refrigerados com vidros
transparentes são itens indispensáveis.

Prateleiras e gôndolas –É sobre elas que serão expostos os produtos


agregados ao negócio de carnes. Devem, portanto, estar dispostas em
locais de fácil visualização e ao alcance dos clientes.

Caixa – É aconselhável a instalação de local próprio para recebimento


e, de acordo com o fluxo potencial de clientes, decidir a quantidade de
caixas.

Depósito e estoques – Área destinada ao armazenamento do estoque.


Cuidados especiais de higiene e refrigeração devem ser adotados, com
o objetivo de manter a aparência e a qualidade dos alimentos
armazenados. As carnes, de acordo com a sua origem e forma, devem
ser armazenadas em temperaturas diferenciadas. O empresário deve
buscar informações seguras sobre o tipo de geladeiras ou câmaras frias
mais adequadas ao seu negócio, considerando o porte da loja e
perspectivas de crescimento.

Administração – Área destinada às atividades de gestão do negócio.


Engloba compras, relações com clientes, com fornecedores e eventuais
parceiros, controle da movimentação financeira, pagamentos,
definição das estratégias do negócio, atendimento aos empregados e
outras. Deve ser instalada em ambiente reservado, fora do espaço
destinado ao atendimento da clientela.

Estacionamento – Se não houver disponibilidade permanente de vagas


nas proximidades, será necessário realizar convênio com
estacionamento próximo.

Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do
empreendimento. Para uma casa de carnes de pequeno porte pode-se
começar com três empregados:
- dois para atendimento no balcão;
- um operador de caixa.

Casas de carnes maiores podem necessitar de um auxiliar de serviços


para o depósito, que será responsável pelo acondicionamento das
carnes, corte primário das peças e transporte para a loja.

O empresário deve contratar pessoas com experiência comprovada e


com boas referências de empregos anteriores. Caso prefira capacitar
novos colaboradores, deverá procurar cursos específicos existentes no
mercado.

O bom atendimento é fator fundamental para o sucesso do negócio.


Além de oferecer produtos de qualidade, é importante ouvir os clientes
e perceber suas aspirações, gostos e desejos.

O treinamento dos colaboradores deve ter como objetivo o


desenvolvimento das seguintes competências:
- capacidade de percepção para entender as necessidades individuais e
expectativas dos clientes;
- conhecimento da atividade, especialmente quanto às características e
uso dos temperos em cada espécie de carne, teor de gordura, manuseio
e armazenamento para criar o estado de satisfação pretendido pelo
cliente;
- técnicas de embalagem;
- noções de vendas;
- relacionamento interpessoal.

A apresentação pessoal dos empregados em termos de limpeza, asseio


e higiene confere boa imagem ao empreendimento.
O empreendedor deverá participar de seminários, congressos e cursos
direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e
sintonizado com as tendências do setor.

Deve-se estar atento à Convenção Coletiva do Sindicato dos


Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e
orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências
desagradáveis.

O Sebrae da localidade poderá ser consultado para dar mais


orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.

Equipamentos

Uma casa de carnes de pequeno porte poderá fazer uso dos seguintes
móveis e equipamentos:
- um microcomputador completo;
- uma impressora;
- uma linha telefônica – telefone e banda larga;
- uma impressora de cupom fiscal;
- mesas, cadeiras, armários, de acordo com o dimensionamento das
instalações;
- gaveteiro para guardar dinheiro, cheques e tickets de cartões de
débito e crédito;
- equipamento para recebimento através de cartões de débito e crédito
(à escolha do empreendedor);
- veículo para transporte – decidir pela compra ou terceirização;
- balcões refrigerados;
- freezer horizontal;
- freezer vertical com porta de vidro;
- câmara refrigerada;
- balanças eletrônicas com etiquetadora;
- moedor de carne industrial;
- serra-fita para cortar carnes congeladas ou com ossos;
- gancheira – para pendurar carne;
- picador de carne;
- amaciador de carne;
- mesa de corte em polipropileno;
- utensílios de cozinha.

Veículos para transporte devem ser refrigerados ou térmicos a fim de


conservar a temperatura adequada das carnes.

Matéria Prima / Mercadoria

As mercadorias básicas a serem adquiridas nesse tipo de


estabelecimento são as carnes das mais variadas origens: aves, suínos,
ovinos, caprinos, pequenos animais, bovinos de corte, peixes e outras,
conforme decisão do empresário.

Havendo a opção de incluir outros produtos complementares no


estoque, o mix de produtos definirá o conjunto de mercadorias a serem
adquiridas.

Organização do processo produtivo

Os processos de uma casa de carnes são divididos em:


1. Compras – Compreende o processo de suprimento das mercadorias
e geração de estoques. Requer fornecedores cadastrados, negociação
de condições favoráveis para se obter qualidade garantida,
regularidade na entrega e preços razoáveis.

2. Estocagem e armazenamento – Cada produto ou grupos de produtos


requerem cuidados específicos com a guarda e armazenamento. As
carnes necessitam de ambiente refrigerado para a sua conservação. É
necessário ter conhecimento sobre as temperaturas indicadas para cada
tipo de carne. O empresário deve se informar sobre as normas
estabelecidas pelos órgãos de fiscalização municipais e pela
ANVISA.

3. Atendimento ao cliente e exposição de produtos – Uma boa e


adequada exposição dos produtos estimula o cliente e transmite
confiança com relação à higiene e à segurança. A organização do
processo de atendimento deve permitir fácil visualização e acesso aos
produtos desejados pelo cliente. Rapidez e presteza são fatores
fundamentais para que ele volte outras vezes e continue comprando na
loja. Tanto no fornecimento dos produtos, quanto no atendimento do
caixa, o serviço deve ser rápido, eficiente e amistoso.

4. Serviço de entrega –Deverá ser rápido. O funcionário responsável


pela entrega deverá ter a noção de que é uma extensão da loja,
dispensar tratamento respeitoso, ouvir o cliente e dar retorno para
possibilitar melhoria no atendimento.

Automação

Há no mercado uma boa oferta de sistemas para


gerenciamento de casas de carnes. Os softwares possibilitam o
controle dos estoques, cadastro de clientes, serviço de mala direta para
clientes e potenciais clientes, controle de estoque de produtos, cadastro
de móveis e equipamentos, controle de contas a pagar e a receber,
fornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa, fechamento de
caixa, etc. Investir em embalagens com códigos de barras, impressoras
para preenchimento automático de cheques e sistemas de
gerenciamento integrado permite ao empresário redução de custos e
aumento na produtividade.

Canais de distribuição

O canal de distribuição é a própria loja.O empresário pode utilizar


também o atendimento de pedidos por telefone e a entrega por
motoboys ou pequenos furgões refrigerados.

Investimentos

Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e


viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser
caracterizado como:

- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de


imóveis, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, instalações,
reformas, veículos (se for o caso) etc.;
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas
realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa,
projeto de decoração, honorários profissionais e outros;
- capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e
despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa.
Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos
primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de
contador, despesas com vendas, financiamento de vendas a prazo, giro
de estoques e outros.

Para uma pequena casa de carnes, o empreendedor terá de dispor de


capital suficiente para fazer frente aos seguintes itens de investimento:

- reforma e adaptação do imóvel – inclui placa de identificação e


mecanismos de segurança;
- um microcomputador completo, software, impressora e impressora
de cupom fiscal;
- infra-estrutura de comunicação – telefone, internet, site;
- móveis, veículo de entregas, estantes, balcões, prateleiras,
refrigeradores;
- câmara frigorífica;
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc.;
- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de
atividade.

Capital de giro

Capital de giro é um montante de recursos financeiros que a empresa


precisa manter para garantir a dinâmica do seu processo de negócio.
Precisa de controle permanente, pois tem a função de minimizar o
impacto das mudanças no ambiente de negócios no qual a empresa
atua.

O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à


ocorrência de :
- variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;
- aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades
desse mercado provocadas pela sazonalidade da produção;
- perdas provocadas por mudança de hábitos de consumo;
- altos níveis de estoques;
- perda do estoque por refrigeração insuficiente, queda de energia
elétrica, etc.

O empreendedor deverá ter um controle orçamentário rígido de forma


a não consumir recursos sem previsão. Deverá, também, evitar a
retirada de valores além do pró-labore estipulado, pois no início todo
recurso que entrar na empresa nela deverá permanecer, possibilitando
o crescimento e a expansão do negócio. Dessa forma, a empresa
poderá alcançar mais rapidamente sua auto-sustentação, reduzindo as
necessidades de capital de giro e agregando maior valor ao novo
negócio.
No caso de uma casa de carnes, o empresário deve reservar em torno
de 20% do total do investimento inicial para o capital de giro. Esse
ramo de negócio trabalha com vendas à vista, podendo contar com
retorno rápido de capital.

Custos

São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e


que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou
serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários
profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos
consumidos no processo de comercialização.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos


na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o
negócio indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso,
na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de
desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as
despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.

Os custos para abrir uma casa de carnes devem ser estimados


considerando-se os itens abaixo:
1. salários, comissões e encargos;
2. tributos, impostos, contribuições e taxas;
3. aluguel, taxa de condomínio, segurança;
4. água, luz, telefone e acesso à internet;
5. serviços de limpeza, higiene, manutenção e segurança;
6. assessoria contábil;
7. propaganda e publicidade da empresa;
8. aquisição de matéria-prima e insumos;
9. despesas com armazenamento e transporte.

Diversificação / Agregação de valor

A concorrência acirrada dos supermercados e hipermercados é o


principal fator que justifica a alteração substancial que se verifica no
mercado de carnes. O açougue antigo está desaparecendo e em seu
lugar surgem casas de carnes modernas, com alto nível de
especialização, ambientação e layout diferenciados.

Carnes nobres e exóticas são oferecidas como novidade, desafiando o


gosto do consumidor. Com certa facilidade, encontra-se carne de
avestruz, búfalo, capivara, javali, cabrito, coelho, cordeiro, marreco,
perdiz, faisão, galinha-de-angola, codorna, pato, entre outras.

O mix de produtos agregados pode ser bastante diversificado, e alguns


outros itens estão sendo comercializados, tais como: utensílios para
churrasco, temperos e complementos variados, bebidas, sorvetes,
latarias, produtos de primeira necessidade como feijão, arroz, leite,
açúcar e café. A tendência de mercado que atrai clientes é a
diversificação na oferta de produtos e serviços e já representa, em
média, 10% do faturamento mensal do negócio.

A qualidade do atendimento é sempre fator de diferenciação e


agregação de valor. Conhecer o gosto e a preferência do cliente
permite a satisfação das suas expectativas e desejos. Para fidelizar a
clientela é preciso surpreender e encantar cada consumidor.

É importante manter site na internet com exposição da variedade de


produtos ofertados. O atendimento por telefone, com entrega em
domicílio, pode ser um diferencial valioso. A comodidade deve estar à
disposição do cliente.

Divulgação

Os meios para divulgação de uma casa de carnes variam de acordo


com o porte e o público-alvo escolhido.

Para um empreendimento de pequeno porte, pode-se utilizar a


distribuição de panfletos nas proximidades da loja contendo
informações sobre alimentos, receitas balanceadas, modos de embalar
e acondicionar os produtos para manter sua qualidade por mais tempo
e evitar desperdícios, etc. Trata-se de uma ótima estratégia de
marketing, pois o consumidor está cada vez mais em busca de
alimentos que lhe proporcionem melhor qualidade de vida.

Divulgar promoções e novos produtos via contatos telefônicos


também pode estimular as vendas.

De acordo com o interesse e as possibilidades, poderão ser utilizados


ainda anúncios em jornais de bairro, jornais de grande circulação,
rádio, revistas, outdoor e internet

Um site na internet, aliás, representa uma possibilidade de


comunicação muito interessante, pois nele pode-se expor fotografias
do ambiente e dos produtos comercializados.

Outros recursos poderão ser utilizados e, se for de interesse do


empreendedor, um profissional de marketing e comunicação poderá
ser contratado para desenvolver campanha específica.

Vale lembrar que descontos, brindes, estímulos para a compra de


quantidades maiores, etc. são boas estratégias para promover mais
vendas e podem ser divulgados em quaisquer dos meios acima
relacionados.

Informações Fiscais e Tributárias

O segmento de casa de carnes, assim entendido o comércio varejista


de carnes de bovino, suíno, caprino, ovino e eqüídeo, frescas,
frigorificadas e congeladas, e ainda aves frescas e pequenos animais
abatidos, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei
Complementar nº 123/2006, caso a receita bruta de sua atividade não
ultrapassar R$ 240.000,00 (microempresa) ou R$ 2.400.000,00
(empresa de pequeno porte) e respeitando os demais requisitos
previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e


contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS
(Documento de Arrecadação do Simples Nacional):
- IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
- CSLL (contribuição social sobre o lucro);
- PIS (programa de integração social);
- COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
- ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
- INSS (contribuição para a seguridade social).

Conforme o Anexo I da referida Lei Complementar nº 123/2006, as


alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, vão de
4% até 11,61%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio.
No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção
pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no
primeiro mês de atividade, o empreendedor utilizará, como receita
bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração
multiplicada por 12 (doze).

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade


conceder benefícios de isenção e/ou substituição tributária para o
ICMS, a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera
Federal poderá ocorrer a redução quando se tratar de PIS e/ou
COFINS (Resolução nº 05/2007, do Comitê Gestor de Tributação das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

Essa opção de tributação poderá ser amplamente vantajosa para o


segmento de negócio de casa de carnes, motivo pelo qual sugerimos
uma avaliação cuidadosa do regime de tributação apresentado.

Orienta-se ao empreendedor que atente ao tópico Exigências legais


especificas, que inclui as normas e regulamentos que devem ser
atendidos para operacionalização dessa atividade.

Eventos
Expo Supermercados – Feira de negócios
Evento periódico.
Local: Em estados diferentes a cada feira.
www.exposupermercados.com.br

Feira Técnica Internacional de Produtos para a Indústria da Carne –


TecnoCarne
Evento anual
Local: São Paulo
http://www.agrosoft.org.br

Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação –


FISPAL
Evento anual
Local: São Paulo e Nordeste (Fispal Nordeste)
www.paginarural.com.br

Entidades em geral
Relação de entidades para eventuais consultas.

Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL


Av. Brasil, 2880 – Jardim Brasil – Campinas (SP)
Caixa Postal 139 – CEP: 013073-001
(19) 3743-1700
www.ital.sp.org.br

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA


Embrapa Sede – Parque Estação Biológica – PqEB s/n – Brasília (DF)
CEP: 70770-901
(61) 3448-4433
www.embrapa.br
Ministério da Saúde
www.saude.gov.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitária


www.anvisa.gov.br

Procurar na localidade:
Sindicato do comércio varejista de carnes frescas

Entidades em Geral

Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL


Av. Brasil, 2880 – Jardim Brasil – Campinas (SP)
Caixa Postal 139 – CEP: 013073-001
(19) 3743-1700
www.ital.sp.org.br

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA


Embrapa Sede – Parque Estação Biológica – PqEB s/n – Brasília (DF)
CEP: 70770-901
(61) 3448-4433
www.embrapa.br

Ministério da Saúde
www.saude.gov.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitária


www.anvisa.gov.br

Procurar na localidade:
Sindicato do comércio varejista de carnes frescas
Normas Técnicas

As normas técnicas são documentos de uso voluntário utilizados como


importantes
referências para o mercado.

As normas técnicas podem estabelecer requisitos de qualidade, de


desempenho, de
segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua
destinação
final), mas também podem estabelecer procedimentos, padronizar
formas,
dimensões, tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e
glossários,
definir a maneira de medir ou determinar as características, como os
métodos de
ensaio.

As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de


Normas Técnicas
– ABNT.

A norma técnica NBR ISO 22000 - Sistemas de gestão da segurança


de alimentos -
Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de
alimentos – é
aplicável ao negócio.

A norma técnica NBR 13767 - Picadores de carne - Requisitos de


segurança –
Estabelece os requisitos de segurança aplicáveis a picadores de carne
de
pequeno e médio portes, cuja boca seja facilmente removível,
acionados por
motor elétrico e ligados a uma rede elétrica, visando assegurar aos
seus
usuários maior segurança durante a operação. É aplicável aos
picadores de carne
destinados a serem ligados a uma rede elétrica de alimentação,
previstos para
uso industrial ou para uso geral similar – é aplicável ao negócio.

Glossário

Dicas do Negócio

Para ter sucesso em seu empreendimento e tornar-se mais


competitivo, o empresário deve:
- dimensionar o conjunto de serviços que serão agregados, avaliando
o custo-benefício;
- investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou seja:
qualidade do serviço, com profissionais atenciosos e interessados no
cliente;
- oferecer comodidades adicionais: atendimento rápido, boa
iluminação e ventilação do ambiente, organização e facilidade para
encontrar os produtos;
- procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como: envio
de cartões de aniversário, comunicação de novos serviços e novos
produtos ofertados, contato telefônico lembrando de eventos e
promoções;
- estar presente na loja em tempo integral;
- estar sintonizado com a evolução do setor e com as exigências legais
que envolvem o negócio.

Características específicas do empreendedor

O empreendedor envolvido com atividades relacionadas ao


comércio de carnes e alimentos precisa adequar-se a um perfil
comprometido com a evolução acelerada de um setor altamente
disputado por concorrentes. É aconselhável uma auto-análise para
verificar qual a situação do futuro empreendedor frente a esse
conjunto de características e identificar oportunidades de
desenvolvimento. A seguir, algumas características desejáveis ao
empresário desse ramo:
- Conhecer bem o ramo de negócio.
- Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está
instalado, promovendo ajustes e adaptações no negócio.
- Ter atitude e iniciativa para implementar as mudanças necessárias.
- Acompanhar o desempenho dos concorrentes.
- Saber administrar todas as áreas internas da empresa.
- Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos.
- Ter visão clara de onde quer chegar.
- Planejar e acompanhar o desempenho da empresa.
- Ser persistente e não desistir dos seus objetivos.
- Manter o foco definido para a atividade empresarial.
- Ter coragem para assumir riscos calculados.
- Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças.
- Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir
rapidamente para aproveitá-las.
- Ter habilidade para liderar a equipe de profissionais da casa de
carnes.

Bibliografia Complementar
AIUB, George Wilson et al. Plano de negócios: serviços. 2.ed. Porto
Alegre: Sebrae, 2000.

BARBOSA, Mônica de Barros; LIMA, Carlos Eduardo de. A cartilha


do ponto comercial: como escolher o lugar certo para o sucesso do seu
negócio. São Paulo: Clio, 2004.

BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios do


empreendedor. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.

COSTA, Nelson Pereira. Marketing para empreendedores: um guia


para montar e manter um negócio. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.

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