0 evaluări0% au considerat acest document util (0 voturi)
827 vizualizări3 pagini
O documento discute a realização da moral na sociedade em três pontos. Primeiro, analisa como as relações econômicas, estrutura social e ideologia influenciam a moral individual e coletiva. Segundo, descreve como a família, classes sociais e Estado contribuem para a moralização da sociedade. Terceiro, explica que a vida econômica, política e espiritual de uma sociedade moldam como os princípios morais são aplicados na prática.
O documento discute a realização da moral na sociedade em três pontos. Primeiro, analisa como as relações econômicas, estrutura social e ideologia influenciam a moral individual e coletiva. Segundo, descreve como a família, classes sociais e Estado contribuem para a moralização da sociedade. Terceiro, explica que a vida econômica, política e espiritual de uma sociedade moldam como os princípios morais são aplicados na prática.
Drepturi de autor:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Formate disponibile
Descărcați ca DOC, PDF, TXT sau citiți online pe Scribd
O documento discute a realização da moral na sociedade em três pontos. Primeiro, analisa como as relações econômicas, estrutura social e ideologia influenciam a moral individual e coletiva. Segundo, descreve como a família, classes sociais e Estado contribuem para a moralização da sociedade. Terceiro, explica que a vida econômica, política e espiritual de uma sociedade moldam como os princípios morais são aplicados na prática.
Drepturi de autor:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Formate disponibile
Descărcați ca DOC, PDF, TXT sau citiți online pe Scribd
Acadêmicos: Raullyan Aquino; Ruana Jucá; Mario Guilherme; Hilquias Nunes; Vana Nunes. Disciplina: Filosofia e Ética Turma: 4º ADN - 1
CAPÍTULO IX - A REALIZAÇÃO DA MORAL
Realização da moral é a atuação dos princípios, normas e valores como uma tarefa coletiva em dada sociedade, ou seja, é o processo social onde as diferentes relações, instituições e organizações sociais desempenham um papel decisivo. 1. Os Princípios Morais Básicos A realização da moral traz consigo certos princípios básicos de comportamento de acordo com a época. Os princípios morais básicos nascem normalmente através das necessidades apresentadas pela sociedade, mas podem também surgir por uma elaboração teórica, que justificaria sua necessidade e fundamentaria a sua validade. A realização da moral como concretização de certos princípios põe à tona a necessidade de se fazer uma relação com as condições sociais em que se englobam, com todos os interesses e anseios que os inspiram e com o tipo de relações humanas que pretendem regulamentar. 2. A Moralização do Indivíduo Dentro do ato moral temos englobado a consciência e a liberdade. O indivíduo, como ser social, é o verdadeiro agente da moral. Os comportamentos morais do indivíduo provem dos princípios e das normas e correspondem às necessidades e interesses sociais. Por outro lado, essa atividade moral se realiza dentro de várias condições objetivas, constituídas por Instituições Culturais e Educativas e pelos Meios de Comunicação em Massa. O caráter pessoal vem através do modo particular e original de decidir e agir, de uma forma que não seja casual. Ele se forma, sobretudo, com a influência do meio social, no decorrer da participação do indivíduo na vida em sociedade, sendo algo adquirido, dinâmico e modificável. Como o caráter não é algo constitucional ou casual, o indivíduo pode adquirir uma série de qualidades morais sob influência da educação e da própria vida social. A tais qualidades dá-se o nome de virtudes. 3. As Virtudes Morais A virtude supõe uma disposição uniforme de comportar-se moralmente de maneira positiva, de querer o bem, tendo como oposto é o vício. Relaciona-se com o valor moral, mas um ato moral qualquer, por mais que seja valioso, não é suficiente para se falar na virtude de um indivíduo. De acordo com Aristóteles, "virtude é um hábito", uma disposição adquirida e uniforme de agir de um modo determinado. A realização da moral é, portanto, o exercício constante e estável daquilo que está circunscrito dentro do caráter, como sendo a capacidade de se fazer o bem. Do ponto de vista moral, o indivíduo deve sempre preferir o bem e realizá- lo. A aquisição dessas disposições ou capacidades de querer o bem e atuar moralmente caracteriza-se na moralização do indivíduo, e na sua contribuição para a moralização da comunidade. Como o caráter do indivíduo está sob o influxo do meio social em que vive e age, seus traços não se podem dar ou adquirir fora deste. A existência de virtudes exige condições sociais favoráveis, sem as quais não podem florescer os indivíduos. O mesmo pode ser dito sobre os vícios. Desse modo a forma de aquisição e cultivo de certas virtudes morais se verifica num contexto social concreto, e são favorecidas ou freadas pela existência de determinadas condições e relações. 4. A Realização Moral como Empreendimento Coletivo O indivíduo, antes de um comportamento moral, deve sentir o peso, limite ou influência de alguns fatores sociais, uma vez que está inserido numa rede de relações econômicas, políticas e ideológicas, integrado em determinadas estruturas, organizações ou instituições sócias, ou ainda, determinado por condições objetivas diversas. Existem três tipos de instâncias ou fatores sociais que contribuem na realização da moral: a) Relações econômicas, ou vida econômica da sociedade. b) Estrutura ou organização social e política da sociedade. c) Estrutura ideológica, ou vida espiritual da sociedade. a) A Vida Econômica e a Realização da Moral A vida econômica da sociedade compreende, primeiramente, a produção material de bens para satisfazer as necessidades vitais do homem, como alimentação, vestuário, moradia, etc. Para produzir, os indivíduos organizam-se para poder domar as forças naturais e fazê-las servir a si. Este conjunto de relações constitui a base econômica da sociedade, sendo denominado de Relações de Produção. Os problemas morais da vida econômica surgem necessariamente com a transformação do indivíduo numa simples peça de um mecanismo ou de um sistema econômico. Significação moral do trabalho humano - no trabalho, ao mesmo tempo em que humaniza a natureza externa, o homem humaniza a si mesmo. O trabalho é uma necessidade exclusivamente humana, daí o seu valor moral: o homem deve trabalhar para ser verdadeiramente homem. Este valor era desconhecido na antiguidade; na Grécia clássica, por exemplo, valorizava-se o ócio de uma minoria de homens livres. Nos tempos modernos o trabalho é a fonte de riqueza e as conseqüências negativas ao trabalhador, o qual interessa enquanto produtor de lucros são consideradas naturais ou inevitáveis. Essas são as características de uma economia onde a produção não está a serviço do homem ou da sociedade inteira e o operário não vê no seu trabalho uma atividade realmente sua, pois essa o empobrece material e espiritualmente. Moral e Consumo - Nas sociedades regidas pela lei da mais-valia, ocorre também a alienação do consumidor. As relações de produção e consumo também exigem maiores lucros, não mais satisfazendo a necessidade do consumidor, e esse adquire produtos que não necessita, influenciado por uma publicidade insistente e organizada que seduz e o persuade para o consumo desnecessário. O homem, como na produção, não consume mais por si próprio, e sim àqueles que o manipulam de um modo sutil. Esta manipulação causa uma perda da capacidade de decisão pessoal; exerce-se uma coação externa, que se interioriza como uma necessidade pessoal. O homem como consumidor é rebaixado à condição de coisa que se pode manipular, passando por cima de sua consciência e de sua vontade e, impedido que escolha e decida livre e conscientemente, minam-se as bases da moral. Avaliação Moral da Vida Econômica - Numa sociedade na qual o trabalho é antes de tudo meio para subsistir e não uma necessidade humana vital é criada as condições favoráveis para que qualquer um aspire à satisfação os seus interesses mais pessoais, à custa dos demais. Fortalecem-se os impulsos individualistas ou egoístas porque assim exige um sistema econômico no qual a segurança pessoal encontra-se na propriedade privada. A moral da economia é, portanto a do egoísmo, e esta impregna a sociedade. Para se chegar a uma moral superior, no qual o bem de cada um se combine com o bem da comunidade, a condição necessária é uma vida econômica sem alienação do produtor nem do consumidor. b) A Estrutura Social e Política e a Vida Moral O indivíduo, enquanto ser social, faz parte de diversos grupos sociais, sendo o primeiro ao qual pertence, a família. Quando se integra na estrutura econômica da sociedade, torna-se membro da classe social, inserido de acordo com sua ocupação específica. O indivíduo também é cidadão de um Estado ou organização política, e, ao mesmo tempo, tem uma pátria. Características da função desempenhada por algumas das comunidades humanas no campo moral: A Família - por ser a forma mais elementar e primitiva de comunidade humana, é chamada de célula social. Nela se realiza o princípio de propagação da espécie e o processo de educação do indivíduo, assim como formação da sua personalidade. Como instituição social, a família evoluiu historicamente modificando-se lentamente até a família patriarcal, onde a mulher fica submetida socialmente ao homem e sujeita a uma dependência material em relação a ele. A família, como verdadeira célula social, somente cumprirá a sua função se não se separar do meio social e não reduzir o seu bem particular ao estreito círculo familiar, desvinculando-se dos outros. A família conservará um alto valor moral para si e para a sociedade se for uma comunidade livre, não egoísta, amorosa e racional. As Classes Sociais - A inclusão de um indivíduo numa classe social é um fato objetivo, determinado fundamentalmente pela estrutura econômica da sociedade. Uma virtude moral como a lealdade, por exemplo, adquire diferente conteúdo de acordo com a estrutura social vigente. As idéias morais mudam de uma época para a outra, quando determinadas classes são substituídas por outras em sua hegemonia econômica e política. O Estado - Tem grande influência na realização da moral pois exerce um poder efetivo sobre os membros da sociedade, para garantir a ordem e a unidade da sociedade. A natureza de cada Estado determina a sua adesão aos valores e princípios morais que, através das suas instituições, está interessado em manter e difundir. Todo estado tende a vestir com um manto moral a sua ordem jurídica, política e social, mas pode entrar em contradição com a moral que admite e que, em princípio, é aceita por um amplo setor da sociedade, se esta moral chegar a entrar em contradição com as suas finalidades políticas. c) A Vida Espiritual da Sociedade e a Realização da Moral Além das relações que os homens contraem na produção material, em toda sociedade existe um conjunto de idéias dominantes (políticas, estéticas, jurídicas, morais, etc) que são canalizadas e difundidas numa certa direção por uma série de instituições encarregadas. Também se situa dentro deste mundo ideológico e espiritual a influência que os poderosos meios de comunicação exercem sobre as consciências dos indivíduos. Esses diversos elementos contribuem, de diferente maneira, para a realização da moral. O sistema educativo, por exemplo, desempenha um elevado papel na realização da moral. O indivíduo forma-se gradualmente de acordo com uma moral já estabelecida que lhe é proposta e justificada. A influência das idéias morais na prática e afirmação efetiva da moral, através da atividade espiritual da sociedade não se restringe nessa moral proposta pelas instituições culturais e educativas, se processando também por outros caminhos. Nos países mais atrasados a afirmação da moral se dá por meio da tradição e dos costumes; o interesse pessoal é reduzido e a moral tradicional é aceita passivamente. O enriquecimento da vida moral tende a aumentar a capacidade de decisão e de responsabilidade pessoais. A moral tradicional, portanto, corresponde a uma etapa inferior do desenvolvimento moral, pois limita a área de decisão e ação consciente do indivíduo.
Referência Bibliográfica: VASQUEZ, ADOLFO SANCHES. Ética. Resumo do Capitulo IX: A Realização da Moral. Editora Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 2000.