auto- imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva a deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos. Como a doença evolui? Varia muito de pessoa para pessoa, mas, em geral, este processo ocorre de forma intermitente, com fases ativas de dor e inflamação articulares, seguidas por períodos sem nenhuma manifestação, em que todos os sintomas desaparecem. Apenas numa proporção mínima de pacientes a doença aparece avançada sem interrupções, provocando a imobilidade das articulações afetada. Epidemiologia e aspectos econômicos A prevalência varia de 0,5% para 1,5% da população. Afeta mais mulheres do que homens. A idade de inicio é entre 30 e 55 anos. Resulta em dificuldade progressiva, e quase metade de todos os pacientes experimentam prejuízo funcional importante em 10 anos. Encurta a expectativa de vida por um número de anos em homens e mulheres. Fisiopatologia A presença de imunoglobulinas (Ig) alteradas e do fator reumatóide torna a disfunção auto –imune como o mais evidente agente potencializador para a AR.
Um agente etiológico desconhecido(antígeno), ativaria
as células T helper através da célula apresentadora de antígeno e pelo Antígeno Leucocitário Humano (ALH) classe 2. Essa reação desencadeia uma resposta imunológica que acarretará uma superprodução de células T e um aumento na proliferação e diferenciação de células B, produzindo mais anticorpos. Características clínicas As articulações acometidas ficam inchadas, dolorosas e duras. Além de causar sintomas periféricos, AR também pode envolver a coluna cervical,provocando dores no pescoço e cefaléia occipital. Características extra – articulares são comuns e podem envolver múltiplos órgãos, incluindo pele, olhos, pulmões e vasos sanguíneos. Critérios diagnósticos Rigidez matinal articular (pelo menos uma hora) Artrite de três ou mais áreas articulares (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés) Artrite simétrica (ambos os lados do corpo) Nódulos reumatóides Presença do fator reumatóide Alterações radiológicas; Marcadores de prognóstico na AR: indicadores clínicos
Número de articulações envolvidas
Grau de envolvimento extra-articular Duração da doença na primeira visita Marcadores de prognóstico na AR: indicadores radiológicos
Estreitamento do espaço articular
Erosões óssea Marcadores de prognóstico na AR: indicadores laboratoriais Altos níveis de proteína C reativa (PCR) e velocidade de hemossedimentação(VHS) Altos títulos de fator reumatóide Presença do antígeno HLA-DR Quais são as opções de tratamento? Embora não exista atualmente cura definitiva nem tratamento que reverta a deterioração iniciada pela doença, um acompanhamento rigoroso do tratamento adequado permite diminuir as fases ativas,retardar a evolução dos sintomas e manter uma boa qualidade de vida. Existem opções de tratamento farmacológicas e não farmacológicas
Farmacológica:
Existem atualmente diversos medicamentos
capazes de controlar os sintomas que aparecem durante os períodos ativos da artrite reumatóide e outros capazes de modificar o curso da doença. • Não farmacológicas Uma combinação equilibrada de repouso e exercícios adequados, além de alimentação saudável e fisioterapia, sobre o qual incide o tratamento não farmacológico da artrite reumatóide e que deve ser mantido por todo o período da doença, tanto durante as fases ativas como durante os períodos sem manifestações. Referencias Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor – SBED .Ano outubro 2009 –2010 Autoria: Sociedade Brasileira de Reumatologia, 29 de agosto de 2002 Revista Brasileira de Medicina. Volume. 60 nº 8 – Agosto de 2003.