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Brasília
2010
Universidade Gama Filho - UGF
Brasília
2010
Universidade Gama Filho - UGF
_____________________.
Nome do orientador:
Brasília
2010
Rafael Norberto de Aquino
Membro da Banca__________
Brasília
2010
Agradecimentos
Primeiramente a Deus, por ter permitido que eu pudesse realizar esse curso
com saúde, felicidade, harmonia e paz.
Introdução...................................................................................................................8
Capítulo I: História e ocupação de Rondônia............................................................12
1.1Características do Estado.....................................................................................13
1.1.1.Localização.............................................................................................13
1.1.2.Limites.....................................................................................................13
1.1.3.Relevo.....................................................................................................14
1.1.4.Solo.........................................................................................................14
1.1.5.Hidrografia..............................................................................................14
1.1.6.Clima.......................................................................................................14
1.2.Divisão das áreas em Rondônia...........................................................................15
1.2.1.Distribuição de terras em Colorado do Oeste.........................................19
1.3.Meios criados para facilitar o desenvolvimento de Rondônia..............................20
1.4.Criação dos municípios........................................................................................21
1.5.Situação fundiária de Rondônia...........................................................................22
1.6.Ilusionismo das terras...........................................................................................24
1.7.Principais Atividades............................................................................................25
1.8.Situação atual.......................................................................................................25
Capítulo II: Licenciamento Ambiental da Propriedade
Rural.....................................26
2.1. Pré-Requisitos Para a Licença............................................................................31
2.2. Requerimentos para o Licenciamento Ambiental Rural.....................................31
2.3. Averbação da Reserva Legal..............................................................................32
2.3.1. Documentos Necessários para Averbação de Reserva Legal..............32
2.3.2. Pré-Requisitos para a Averbação..........................................................32
2.4. Da Pequena Propriedade ou Posse Rural
Familiar.............................................33
2.5. Documentos Expedidos no Processo de LAPR..................................................33
2.6. Quanto as Barreiras............................................................................................34
2.7. Quanto aos prazos para o LAPR.........................................................................34
Capítulo III: Metodologia, exposição e análise dos dados e conclusão....................36
3.1. Metodologia.........................................................................................................36
3.1.1. Local do estudo.....................................................................................36
3.1.2. População e instrumento utilizado.........................................................36
3.2. Exposição e análise dos dados coletados..........................................................37
3.2.1. Quantificação dos licenciamentos e identificação do período de maior
procura de acordo com os prazos...................................................................37
3.2.2. Análise e concepção proprietários de áreas rurais sobre o LAPR........39
4. Conclusão.............................................................................................................46
Referências...............................................................................................................47
Anexos.......................................................................................................................48
Questionário aplicado aos proprietários de áreas rurais.....................................50
8
Introdução
O licenciamento ambiental foi instituído no Brasil pela Lei 6.938/81, que faz
parte da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), e deve ser aplicado às
atividades efetivas ou potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio
ambiente. A Resolução 237/97, Anexo I, Atividades ou Empreendimentos Sujeitos
ao Licenciamento Ambiental, incorporaram as atividades agropecuárias ao
licenciamento ambiental.
Com tantos problemas causados pela má gestão das áreas rurais, será que
os proprietários de terras rurais irão procurar o órgão ambiental estadual para dar
início no processo de licenciamento de suas respectivas propriedades?
Capítulo I
O primeiro explorador europeu que teria alcançado o vale do rio Guaporé foi o
espanhol Ñuflo de Chávez, de passagem entre 1541 e 1542. Mais tarde, no século
XVII, a região foi percorrida pela épica bandeira de Antônio Raposo Tavares, que,
entre 1648 e 1651, partindo de São Paulo, desceu o curso do rio Paraná, subiu o rio
Paraguai, alcançou o vale do rio Guaporé, atravessou o rio Mamoré, seguiu pelo rio
Madeira alcançando o rio Amazonas, cujo curso finalmente desceu até alcançar
Belém do Pará.
1.1.1. Localização
1.1.2. Limites
Oeste: Bolívia
14
1.1.3. Relevo
1.1.4. Solo
1.1.5. Hidrografia
1.1.6. Clima
É preciso lembrar que o processo migratório ocorrido a partir dos anos 1970,
não foi de caráter espontâneo, mas resultante de uma política levada a efeito pelo
governo federal que tinha como estratégia, de um lado, minimizar os problemas
sociais nas regiões de alta densidade demográfica, com emergência de conflitos
sociais e de outro, criar condições para a efetivação da política de integração
nacional para regiões de fronteiras. Tudo isso caracteriza o fluxo migratório desse
momento como sendo resultante de ações oficiais: é a invenção de Rondônia.
Mas não se resolveu o problema e o processo não parou, vão sendo criados,
constantemente, novos projetos e novas propostas são apresentadas. E o homem
que faz Rondônia permanece migrante e carregando uma espécie de chama ardente
que o impulsiona para frente em busca do desconhecido, norteado pela "esperança
em dias melhores". Em muitos casos migrar é um projeto de vida. Um projeto que foi
fomentado e aguçado pela ideologia de ocupação disseminada pelo Estado
autoritário.
Colorado do Oeste teve sua origem em 1973, está situado ao sul do estado
de Rondônia, com área de 1.580,00 Km² e uma população de 21.998 habitantes,
sendo a maioria oriundos do sul do país.
técnica e a articulação das políticas públicas. Tal projeto não teria sido criado
tardiamente?
O governo federal, através de seus vários órgãos, falha por não ter um bom
gerenciamento. Desde a década de 70, quando o INCRA promoveu uma
colonização oficial irregular e desqualificada, com resultados tão negativos que em
1975, o mesmo órgão já havia distribuído para fins de assentamento cerca de 4,3
milhões de hectares. Só nos anos de 1996 e 1997, foram criados cerca de 17
projetos de assentamento, ocupando cerca de 200.000 hectares, nenhum dos quais
submetido ao licenciamento ambiental. E ainda, havendo a divisão entre o IBAMA e
SEDAM quanto ao licenciamento e autorização para a realização de atividades
potencialmente danosas ao meio ambiente, há um desencontro de opiniões e
projetos, que acabam trazendo um conflito de competências que gera
licenciamentos altercados, remetendo a ocupação de Rondônia ao lado danoso da
colonização, ou seja, a exploração de sua terra e de seu povo.
Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado.
Existem mais de 371 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, uma
área enorme, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai
somados. Mas só uma porção relativamente pequena dessa terra tem algum tipo de
plantação. Cerca da metade destina-se à criação de gado. Até a década passada,
quase metade da terra cultivável ainda estava nas mãos de 1% dos fazendeiros,
enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertencia a 3,1 milhões de produtores
rurais.
exploração cerca de 56% (cinquenta e seis por cento) de sua área territorial. O que
vale dizer: o Estado de Rondônia estava penalizado pelo Governo Federal antes
mesmo da edição das apontadas legislações e das instruções normativas
estabelecidas pelo INCRA. Isso significava que, de uma área de 23.8 milhões de
hectares, apenas 10 milhões e 100 mil hectares estavam disponíveis para atividade
econômica e, agora, com as últimas medidas, restam minguados 2 milhões de
hectares para toda a população.
Fonte: SEPLAN/1991
Capítulo II
7
Amazônia Legal: Os estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato
Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos estados de Tocantins e Goiás, e a oeste
do meridiano de 44º W, do estado do Maranhão.
29
Fonte: SEPLAN/90
8
Zoneamento Sócio Econômico Ecológico (ZSEE): Documento que surgiu como estratégia para
reverter os problemas sociais e ambientais causados pela expansão desordenada da fronteira
agrícola e para subsidiar a elaboração do plano agropecuário e florestal de Rondônia. Divide o estado
em partes, definindo as atividades a serem exploradas nas determinadas áreas. Tem por objetivo
orientar a implementação de medidas e elevação do padrão socioeconômico das populações, por
meio de ações que levem em conta as potencialidades, as restrições de uso e a proteção dos
recursos naturais, permitindo que se realize o pleno desenvolvimento das funções sociais e do bem-
estar de todos, de forma sustentável.
30
...V – a título de reserva legal deve ser observado o mínimo de 80% (oitenta
por cento) da propriedade rural;
VI – para fins de recomposição florestal da reserva legal deve-se averbar,
observando o mínimo de 50% (cinqüenta por cento) da propriedade,
excluídas, em qualquer caso, as áreas de preservação permanente, os
ecótonos, os sítios ecossistemas especialmente protegidos, os locais de
expressiva biodiversidade e os corredores ecológicos; e
VII – a Reserva Legal deverá, preferencialmente, situar-se em área
contígua às áreas de preservação permanente.
9
Pequena Propriedade Rural ou Posse Familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do
proprietário ou posseiro e de sua família, admitida ajuda eventual de terceiro, e cuja renda bruta seja
proveniente, no mínimo, em 80% de atividade agroflorestal ou de extrativismo, exercida na
propriedade, e desde que a área não exceda 150 ha.
33
10
Croqui de acesso a propriedade: é uma representação gráfica que não possui escala de
desenho,onde se representa o caminho que deve ser percorrido até a propriedade, objeto do
licenciamento. Todas as estradas devem ser identificadas pelo nome mais comum, indicando as
direções a serem tomadas, a distância aproximada em quilômetros a ser percorrida em cada trecho e
os principais pontos de referência de localização. O croqui permite ao técnico da SEDAM acessar a
propriedade no caso de vistoria, sendo um documento de presença obrigatória no ato da
protocolização do processo.
34
Mas o cerco com certeza irá se fechar ainda mais. Além de barreiras em
relação a créditos rurais que já existe, com o passar do tempo o produtor rural que
tiver sua propriedade irregular de acordo com a legislação ambiental, não poderá
comercializar nenhum produto oriundo de sua propriedade como: gado, leite, frutas e
outros. As transações entre propriedades também serão bloqueadas. Com todas
essas barreiras, ficará difícil da propriedade se sustentar, obrigando o proprietário a
legalizar sua propriedade rural.
Capítulo III
75,69
%
Figura 2. Situação do proprietários rurais em relação a regularização junto aos órgãos ambientais. Fonte: SEDAM
56 % 44 %
9,5 %
29 %
61,5 %
Figura 3. Conhecimento por parte dos proprietários rurais, sobre os objetivos do LAPR.
44,5 %
49 %
Como esperado, a maioria respondeu que é pela obrigação das leis que
buscam o LAPR. Depois desse motivo, o segundo e bem próximo motivo é devido
ao medo de perder a terra. Mesmo com muita conscientização, ainda tem
proprietário que se nega a efetuar o LAPR.
28,5 %
71,5 %
Como demonstra o gráfico acima, a maioria não concorda com o LAPR. Para
eles, os problemas ambientais que ocorrem não têm nenhuma ligação com matas
ciliares, florestas, assoreamentos de rios e outros problemas causados por fatores
ambientais.
43
%
0,5
%
11
18,5
%
8,5
%
61,5
%
16 %
21 %
19 %
44 %
17 % 20,5 %
61 %
%
0,5
15,5 %
3,5 %
56,5 %
24 %
22 %
73,5 %
Figura 10. Opinião dos proprietários sobre a legislação ambiental, no que se refere às propriedades
rurais.
46
4. Conclusão
Referências
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Bursztyn, Marcel and Bartholo Jr, Roberto. 1999. Amazônia Sustentável: estratégia
de desenvolvimento Rondônia 2020. Brasília: IBAMA/UNEP.
ANEXO
Questionário