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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
DE ÁCIDO SULFÚRICO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1 Matérias Primas
2 Reações Químicas
3 Estágios Básicos
INTRODUÇÃO
O ácido sulfúrico pode ser obtido industrialmente por duas tecnologias distintas,
conhecidas como processo de câmara de chumbo e processo de contato. O primeiro,
muito utilizado no século passado, caiu em desuso, devido principalmente à limitação
de não permitir produzir ácido com concentração superior à 78% em peso.
O SO2 pode ser obtido a partir de enxofre, sulfetos, notadamente o de ferro, também
conhecido como pirita, sulfatos e resíduos de tratamento diversos com ácido sulfúrico,
usualmente denominados "acid sludges". A seleção da matéria prima a ser processada
depende da influência de diversos fatores, tais como disponibilidade, aproveitamento
de subprodutos e custos de secagem e de limpeza do gás.
FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE CONTATO
1 - MATÉRIAS PRIMAS
S + O2 → SO2 + Calor
Esta reação ocorre em uma câmara, onde o enxofre é vaporizado pelo próprio calor da
combustão. No estado gasoso, o enxofre reage com ar, elevando a temperatura do
meio reacional a 1 000 oC, aproximadamente.
A mistura gasosa efluente da câmara ou forno de combustão, contendo N2, O2, SO2 e
pequenas quantidades de SO3, é resfriada e alimentada ao conversor, onde em meio catalítico
ocorre a reação de oxidação do SO2, representada pela seguinte equação:
Esta reação é reversível, sendo o seu equilíbrio e velocidade, função dos seguintes
fatores:
- Temperatura
- Pressão
- Relação O2/SO2
- Concentração de SO3
2 - REAÇÕES QUÍMICAS (Continuação)
SO2 + ½ O2 SO3
Equilíbrio Químico
PO2 = [0,42 – (2+ ySO2).XSO2,EQ] / [2- ySO2 .XSO2,EQ] , onde XSO2,EQ = conversão de equilíbrio e
ySO2 : fração volumétrica/molar
Velocidade/taxa da reação
r = k.CSO2a.CO2b onde, k = k0.exp[- Ea/(R.T)]
Variáveis importantes que determinam procedimentos do processo
- Temperatura
- Pressão
- Relação O2/SO2
- Concentração de SO3
2 - REAÇÕES QUÍMICAS (Continuação)
A separação das cinzas pode ser realizada por dois métodos clássicos, denominados
sedimentação e filtração.
Combustão do enxofre
- piscina
- cascata
- atomizador
Combustão do enxofre (continuação)
No primeiro tipo (piscina), o enxofre é vaporizado pela ação do calor sobre o enxofre
líquido contido em uma ou mais piscinas situadas no interior do forno. Como a alimentação é
realizada através de adição contínua de enxofre sólido, torna-se extremamente difícil manter
uma vazão de gás constante a uma concentração definida. Por esta razão, este tipo de forno não
se adapta ao processo de produção de ácido sulfúrico.
Por outro lado, como a atividade do catalisador aumenta com a temperatura, uma
operação que vise à maximização da produção de SO3 requer um balanço apropriado entre os
efeitos opostos da velocidade de reação e do equilíbrio químico.
A quantidade de calor dissipada pela reação através dos leitos catalíticos eleva a
temperatura do gás suficientemente para permitir que a conversão nas unidades típicas se
aproxime do limite determinado pelo equilíbrio termodinâmico. Como o calor específico dos
gases não varia substancialmente ao longo do processo de oxidação, é possível representar a
evolução da reação de acordo com o Gráfico de Conversão dos Leitos Catalíticos apresentado a
seguir:
- Conversão catalítica do SO2 a SO3 (continuação)
- Conversão catalítica do SO2 a SO3 (continuação)
- Conversão catalítica do SO2 a SO3 (continuação)
Neste processo, uma mistura de gases secos que contém de 7 a 10% de SO2, segundo
a fonte de produção de SO2 (o valor inferior corresponde a plantas que tostam piritas e o
superior às que queimam enxofre), e de uns 11 a 14% de O2, se pré-aquecem e uma vez
depurada ao máximo, passa a um conversor de um ou mais leitos catalíticos, por regra geral de
platina ou óxido de vanádio (V), onde se forma o SO3, a pressão de operação de 1 a 2
atmosferas. O catalisador típico é constituído de terra diatomácea impregnada com mais de 7%
de V2O5. Utiliza-se catalisador com 4 a 9 % em peso de pentóxido de vanádio, conjuntamente
com sulfato de metal alcalino como promotor. Utiliza-se principalmente o sulfato de potássio. A
durabilidade (vida útil) de tal catalisador é da ordem de 5 a 6 anos.Podem ser empregados dois
ou mais conversores.
Até a metade dos anos 1980 o catalisador era normalmente na forma de pellets, mas
atualmente se usa o formato de anel ou "anel-estrela" (star rings). A vantagem dos formatos
anelados é a mais baixa pressão, reduzida a menos da metade. Utilizam-se pellets de 6mm ou
anés de 10/5 mm e anéis estrela de 11/4 mm.
Tal temperatura é determinada pelo princípio de Le Chatelier, que indica que baixas
temperaturas favoreceriam melhores rendimentos em SO3, ,mas sob estas condições a reação se
processaria demasiado lenta e operando nesta temperatura obtem-se o máximo rendimento em
produto a uma velocidade de reação viável economicamente. O mesmo princípio determina que
a pressão seja realizado a altas pressões, mas a pressão atmosférica é recomendada pelos
mesmo motivos econômicos.
Por fim, o trióxido de enxofre produzido sofre absorção com água ou uma solução de
ácido sulfúrico, com a formação de ácido sulfúrico concentrado a 98~99%:
Esta absorção é sempre realizada por um sistema de torre de absorção com recheios
de cerâmica.
Os gases procedentes da catálise se esfriam a uns 100°C aproximadamente e
atravessam uma torre de oleum, para obter a absorção parcial de SO3. Para o oleum, a torre de
aço não precisa ser revestida internamente com substâncias resistentes à corrosão, mas para o
ácido a 98,5 a 99%, usam-se torres de aço revestidas de porcelana química.
- Conversão catalítica do SO2 a SO3 (continuação)
- Resfriamento direto
- Resfriamento indireto
- Absorção de SO2 a SO3