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São Paulo
2010
FÁBIO KAZUO OSHIRO
São Paulo
2010
FICHA CATALOGRÁFICA
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................8
1.1 OBJETIVO......................................................................................................10
1.2 JUSTIFICATIVA..............................................................................................11
2 REVISÃO DA LITERATURA .........................................................................12
2.1 CONFIABILIDADE HUMANA .........................................................................14
2.1.1 A Prevenção de Acidentes do Ponto de Vista Tradicional ...........................15
2.1.2 A Engenharia dos Fatores Humanos e Ergonômicos ..................................16
2.1.2.1 Relação do Erro Humano e a Interface Homem- Máquina........................17
2.1.3 Solução Típica para o Erro Humano............................................................18
2.1.4 O Erro Humano da Perspectiva Cognitiva ...................................................19
2.1.4.1 Classificação do erro humano na perspectiva cognitiva............................21
2.1.4.2 Modelo de “Escada Portátil” ......................................................................22
2.1.5 Performance Influencing Factors (PIF) ........................................................23
2.1.6 Categorias das aplicações de acordo com a visão SRK (Skill-, Rule- and
Knowledge-based Behaviour) ......................................................................26
2.1.7 Generic Error-Modelling System (GEMS) ....................................................28
2.1.8 Perspectiva sócio-técnica ............................................................................30
2.1.8.1 Human Factor Analysis Methodology (HFAM) ..........................................30
2.2 TOMADA DE DECISÃO .................................................................................31
2.2.1 Processo de Decisão ...................................................................................32
2.3 ACIDENTE DA FORMOSA PLASTICS CORP. PLANTA DE PVC –
ILLIOPOLIS, ILLINOIS ..............................................................................................33
3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................34
3.1 METODOLOGIA UTILIZADA (PASSO A PASSO) .........................................34
3.2 CONFIABILIDADE HUMANA .........................................................................36
3.2.1 Métodos Analíticos.......................................................................................36
3.2.1.1 Análise da Tarefa ......................................................................................36
3.2.1.2 Técnicas de Ações Orientadas..................................................................36
3.2.1.3 Técnicas de Análises de Tarefas Cognitivas.............................................39
3.2.2 Human Error Analysis Technique (HEA)......................................................43
3.2.2.1 Predictive Human Error Analysis (PHEA)..................................................43
3.2.2.2 Checklists Ergonômicos ............................................................................45
3.2.3 MÉTODOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS.......................................45
3.2.3.1 Systems for Predicting Human Error and Recovery (SPEAR)...................46
3.2.3.2 Processo Quantitativo ...............................................................................48
3.2.3.3 TÉCNICAS QUANTITATIVAS...................................................................49
3.2.3.4 Technique for Human Reliability Analysis (THERP)..................................52
3.2.3.5 Influence Diagram Analysis (IDA)..............................................................54
3.3 TOMADA DE DECISÃO .................................................................................56
3.3.1 Ferramentas de Tomada de Decisão...........................................................56
3.3.1.1 Análise de Custo-Benefício .......................................................................56
3.3.1.2 Métodos de Votação .................................................................................56
3.3.1.3 Método de Pontuação Ponderada.............................................................57
3.3.1.4 Processo de Hierarquia Analítica ..............................................................57
7
3.4 AVALIAÇÃO CRÍTICA SOBRE O ACIDENTE DA FORMOSA PLASTICS
CORP. – ILLIOPOLIS................................................................................................58
4 RESULTADOS ...............................................................................................60
4.1 SPEAR (SYSTEMS FOR PREDICTING HUMAN ERROR AND RECOVERY)
60
4.1.1 HIERARCHICAL TASK ANALYSIS DE LIMPEZA DOS REATORES..........60
4.1.2 ANÁLISE DOS PIFs.....................................................................................62
4.1.3 METODOLOGIA DE HFAM .........................................................................64
4.1.4 ANÁLISE DOS ERROS HUMANOS (PHEA), DAS CONSEQUÊNCIAS E DA
REDUÇÃO DOS ERROS.............................................................................65
4.2 REPRESENTAÇÃO DO EVENTO ATRAVÉS DE ÁRVORE DE FALHAS .....69
4.2.1 Quantificação dos Eventos Básicos.............................................................70
4.2.2 Análise crítica das probabilidades dos eventos básicos ..............................72
4.2.3 Quantificação do cenário do acidente da Formosa-IL (evento topo)............73
4.3 IDA (INFLUENCE DIAGRAM ANALYSIS)......................................................74
4.4 FOCO DE GESTÃO .......................................................................................75
4.5 FOCO OPERACIONAL ..................................................................................77
5 DISCUSSÕES ................................................................................................78
5.1 ANÁLISE DOS PIFS.......................................................................................78
5.2 HFAM 79
5.3 PHEA 79
5.4 FOCO DE GESTÃO .......................................................................................80
5.5 FOCO OPERACIONAL ..................................................................................81
5.6 COMPARAÇÃO ENTRE O FOCO DE GESTÃO E O FOCO OPERACIONAL
82
5.7 COMENTÁRIOS FINAIS ................................................................................82
6 CONCLUSÕES ..............................................................................................84
7 REFERÊNCIAS ..............................................................................................85
8 GLOSSÁRIO ..................................................................................................89
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
1.2 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO DA LITERATURA
Tabela 2.2 – Fenômenos Individuais e Cognitivos sob Estresse (Kontogiannis e Lucas, 1990)
Fenômeno Peculiaridades
A pessoa deixa de focar sua atenção em atos ameaçadores deixando de prestar
Evitar como ato
atenção nos perigos através da realização de outras atividades para se distrair. Outra
defensivo
forma é passar a atividade para outra pessoa tomar a decisão.
Conformidade do grupo Tendência do grupo de proteger seu consenso pressionando aqueles que discordam
consolidada e mostrando informações que "quebram" a complacência do grupo.
Indivíduos tendem a assumir riscos "maiores" quando trabalham em grupo do que
sozinhos. Possíveis explicações: ilusão que o controle do sistema é invulnerável,
Assumidor de risco
difusão da responsabilidade de problemas potenciais, presença de pessoas
aumenta
persuasivas que assumem posições de risco e o aumento da familiaridade do
problema através de discussões.
Grupos sob estresse procuram se concentrar em explicações de fatos que já foram
Vivenciar o passado
anulados por eventos recentes.
Tendência de assumir o
Pessoas tendem a tentar controlar a situação ao invés de delegar responsabilidades.
controle da situação
Adotar estratégia Como a crise se torna mais crítica, as pessoas ficam mais relutantes diante de
"esperar para ver" tomada de decisões imediatas e esperam para obter informações redundantes.
Paralisia mental Incapacitação em curto prazo da capacidade do uso da informação disponível.
temporária Mudança repentina da sob para supra estimulação em tempos de crise.
Concentração reduzida
em curto espaço de Capacidade de prestar atenção é reduzida com o estresse.
tempo
Conhecida como hipótese da "ancoragem". O operador tende a procurar informações
"Visão de túnel"
que confirmem a hipótese formulada inicialmente sobre o estado de processo e
cognitiva
desconsidera a informação que não confirma a hipótese.
Rigidez da solução do Tendência de se utilizar as soluções "fora da prateleira" que não são
problema necessariamente as mais eficientes.
Polarização do Tendência de explicar o problema através de uma única causa global ao invés de
pensamento causas combinadas.
Temática de "vagabundo" ocorre quando os pensamentos das pessoas "voam" nas
Formato de "cisto" e
questões, tratando-as superficialmente. Formato de "cisto" ocorre quando tópicos
temática de
desnecessários prevalecem com excesso ou falta de detalhes enquanto que assuntos
"vagabundo"
importantes são desconsiderados.
Estereótipo assumidor Reversão para uma forma de comportamento de modo habitual ou pré-programado
do controle derivado de experiências do passado com uma situação similar.
Pânico ocorre levando ruptura da linha de pensamento da pessoa. Uma pessoa pode
Vigilância excessiva falhar ao reconhecer todas as alternativas abertas a ele e se trancar apressadamente
numa oferta que parece ser uma solução imediata.
2.1.6 Categorias das aplicações de acordo com a visão SRK (Skill-, Rule- and
Knowledge-based Behaviour)
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Neste item estão apresentados os detalhes dos materiais e métodos que foram
considerados e utilizados para o desenvolvimento da avaliação do acidente da
Formosa-IL ocorrida em 2003. A descrição simplificada do relatório de investigação
pode ser encontrada no APÊNDICE B. O lay-out da instalação da Formosa-IL pode
ser observado na Figura 3.1.
A metodologia ACH utilizada neste estudo pode ser observada na Figura 3.2 –
SPEARFigura 3.2 a seguir.
Tabela 3.1 – Exemplo de Tabela de HTA (Otimização de alta pressão numa coluna de
destilação)
Passo Caracterís Dependênc Funções
Entradas Saídas Feed Comunicaç Comentá
da ticas do ias da secundárias
(registros) (ações) back ão rios
Tarefa tempo tarefa , distrações
Tabela 3.3 – Classificação dos erros utilizados na Análise Preditiva de Erros Humanos
Erros de Ação Ação muito longa/curta
Ação no momento errado
Ação na direção errada
Excesso/Falta de ação
Desalinhamento
Ação correta no objeto incorreto
Ação incorreta no objeto correto
Ação omitida
Ação incompleta
44
Ação incorreta no objeto incorreto
Omissão da checagem
Checagem incompleta
Checagem correta no objeto incorreto
Erros de Checagem
Checagem incorreta no objeto correto
Checagem no momento incorreto
Checagem incorreta no objeto incorreto
Informação não obtida
1
Erro de Recuperação Informação incorreta transmitida
Recuperação da informação incompleta
Informação não transmitida
Erro de Transmissão
Transmissão da informação incorreta
(comunicação)
Transmissão da informação incompleta
2 Seleção omitida
Erros de Seleção
Seleção incorreta executada
Pré-condições do planejamento ignoradas
Erros de Planejamento
Plano incorreto executado
1
– Erros na recuperação da informação podem ser de fontes externas ou da memória.
2
– Erros na seleção das alternativas das operações
Segundo AICHE/CCPS, nesta etapa deve ser realizada uma avaliação das
condições de indução ao erro devido aos PIFs como procedimentos mal escritos,
dependência do tempo, interface inadequada, dentre outros para determinar se
eles podem ser causadores dos erros. Tomando-se como exemplo a Figura 3.3
pode ser visualizado na Tabela 3.4 um exemplo dos resultados da PHEA.
0,01
0,99
Não tomar ação até
Tomar ação
o alarme
0,1
0,9 Falha em tomar a
0,1
0,9 Tomar ação ação após t min
Chave
Chave correta de alarme
incorreta
F1=0,001
S F1=0,1
1 0,9 0,1
Chave Chave
correta incorreta
S F1=0,001
2
4 RESULTADOS
Operadores de
campo devem utilizar
EPIs.
Observa-se na
Tabela 4.1 de HTA de limpeza do reator que a abertura indevida de um reator
em operação durante a limpeza de um reator específico não está sendo considerada
como parte da tarefa. O HTA desenvolvido segue o conceito da metodologia, pois a
mesma deve abordar com precisão e detalhamento as atividades que devem ser
realizadas e não os possíveis desvios. Estes devem ser analisados utilizando-se de
outras ferramentas. O desenvolvimento da HTA permite que procedimentos sejam
desenvolvidos mais adequadamente e os treinamentos sejam mais eficientes,
entretanto não evidenciam os possíveis erros que podem ocorrer.
A lista de PIFs padrões apresentadas na Tabela 2.1 foi utilizada para obtenção
dos fatores que poderiam influenciar na atividade de limpeza do reator. Importante
salientar que a lista da Tabela não é uma definição formal dos PIFs. Dependendo
das atividades realizadas numa planta industrial, esta listagem deve ser
desenvolvida e revisada pelos analistas da planta. As avaliações aqui apresentadas
foram elaboradas baseadas nas descrições do acidente pela CSB. Inúmeras
deficiências foram comentadas e foram consideradas na avaliação. Aqueles fatores
que estão apresentados com valor 5, foram fatores considerados relevantes para o
estudo porém sem informações sobre os mesmos no relatório do acidente.
• Ambiente Operacional:
o Dependência do tempo: 5
o Iluminação: 5
o Turno e descansos: 5
• Características da Tarefa
o Local/acesso: 3
o Identificação: 2
o Identificação dos displays e controles: 3
o Visão das informações críticas e alarmes: 3
o Clareza das instruções: 1
o Qualidade das verificações e avisos: 1
o Grau do suporte do diagnóstico de falha: 1
o Conflitos entre segurança e requerimentos da produção: 2
o Treinamento na utilização de procedimentos de emergência: 1
64
• Características do Operador
o Grau de habilidade: 5
o Assumidor de riscos: 5
• Fatores Organizacionais e Sociais:
o Clareza das responsabilidades: 3
o Comunicações: 1
o Autoridade e liderança: 2
o Comprometimento da gerência: 2
o Excesso de confiança nos métodos técnicos de segurança: 2
o Aprendizado organizacional: 1
Outra forma de análise dos PIFs poderia ser elaborada através de uma
perspectiva sócio-técnica utilizando a HFAM. Os fatores estão apresentados na
Tabela 2.3 que devem ser avaliados nos diversos níveis de profundidade e
dependem das deficiências encontradas em cada resposta. Para exemplificar, como
a Formosa-IL confiava nos procedimentos para garantir atividades seguras,
analisaremos o fator genérico de nível operacional ferramentas e procedimentos de
trabalho.
13 Ferramentas e Procedimentos de trabalho
13.1 Gerenciamento da documentação – Adequado
13.2 Conteúdo e confiabilidade – Inadequada
13.3 Formatação e apresentação – Adequadas
13.4 Implementação – Adequado
13.5 Manutenção e atualização – Adequadas
Encontrado deficiências nos fatores genéricos de nível operacional, deve-se
avaliar em nível mais detalhado de fatores específicos do trabalho de nível
operacional.
13.2 Conteúdo e confiabilidade
13.2.1 Procedimentos são tecnicamente adequados – Inadequados
13.2.2 Procedimentos definem os passos lógicos para completar a tarefa –
Adequada
13.2.3 Procedimentos são claros e sem ambigüidade – Adequada
65
13.2.4 Erros potenciais, recuperação e conseqüências dos erros foram
identificados - Inadequado
Identificar o fator de nível gerencial que causa as deficiências.
5 Efetividade do sistema de desenvolvimento de procedimentos
5.1 Existência do sistema – Inadequado
5.2 Utilizado métodos de desenvolvimento de procedimentos –
Inadequado
5.3 Desenvolvimento de treinamentos – Inadequado
5.4 Participação dos operadores – Inadequado
A lista dos tipos de erros foi extraída da metodologia da PHEA e pode ser
visualizados na Tabela 3.3.
A Tabela 4.4 apresenta a PHEA, metodologia que analisa o erro humano da
perspectiva cognitiva, desenvolvida para avaliar o passo da tarefa de 3.2 - Localizar
o reator que está em processo de limpeza. Foram considerados aqueles erros
66
considerados relevantes para os resultados deste trabalho. Há outros tipos de erros
que poderiam ser analisados e avaliados pela equipe da planta. As informações
foram todas extraídas do relatório do acidente da CSB, porém a lógica foi elaborada
durante a elaboração da metodologia.
Observa-se que a análise das conseqüências do SPEAR está associada a
cada um dos tipos de erros humanos definidos pela PHEA. Dessa forma, as
conseqüências estão associadas a uma causa que foi identificada durante o estudo.
Baseado na conseqüência, deve-se elaborar uma estratégia para redução do erro
que dependendo da criticidade da conseqüência deve ser obrigatória ou não
.
67
Tabela 4.4 – Análise de Erros Humanos (PHEA) da atividade de limpeza dos reatores (passo 3.2)
Passo da Tipo da Tipo do 1
Descrição Consequências Recuperação Estratégia para redução do erro
tarefa tarefa erro
Ação na Operador estará no Identificação do reator no
Virar no sentido errado do Otimizar lay-out dos reatores de
Ação direção grupo de reatores fundo do reator e no
grupo de reatores desejado modo a facilitar a identificação
errada errado painel de controle
- Sistema de evacuação
Operador efetua o by-pass do
Ação correta Grande liberação de - Estudo das camadas de proteção
sistema de intertravamento e
Ação no objeto MVC seguida de Nenhuma - Análise histórica
efetua a drenagem do reator
incorreto explosão e incêndio - Melhorar procedimentos e
em operação
treinamentos
Falta de
Ação Ausência Atraso na drenagem Nenhuma
ação
Ação
Ação Ausência Atraso na drenagem Nenhuma
omitida
Impossibilidade da
Operador não checa a Indicação no painel de
3.2 Omissão da drenagem do reator Incluir no checklist atividade de
Checagem identificação do reator que controle de atuação do
Localizar checagem devido a atuação do checagem do reator a ser drenado
seria drenado intertravamento
o reator intertravamento
que está Checagem Operador da blaster confirma Impossibilidade da
Indicação no painel de
em correta no o reator que está em processo drenagem do reator Incluir no checklist atividade de
Checagem controle de atuação do
processo objeto de limpeza, porém está no devido a atuação do checagem do reator a ser drenado
de intertravamento
incorreto reator errado intertravamento
limpeza Operador se dirige a
Checagem Operador da blaster está no
outro reator e não Operador do nível
incorreta no reator correto porém confirma Melhorar procedimentos e
Checagem efetuará a drenagem superior irá corrigir o
objeto que outro reator está em treinamentos
devido a atuação do reator da blaster
correto processo de limpeza
intertravamento
Operador se dirige a
Checagem Operador da blaster está no
outro reator e não Operador do nível
incorreta no reator errado e confirmar outra Melhorar procedimentos e
Checagem efetuará a drenagem superior irá corrigir o
objeto reator em processo de treinamentos
devido a atuação do reator da blaster
incorreto limpeza
intertravamento
Operador deve ir até o
Operador da blaster não tem Operador estará no
Informação nível superior e verificar
Recuperação confirmação sobre qual reator grupo de reatores
não obtida qual o reator está em
está em processo de lmpeza errado
processo de limpeza
1
– Estratégias para redução do erro devem ser relacionadas, principalmente, a mudanças no procedimento, treinamento, equipamentos e design.
68
Tabela 4.5 – Identificação dos PIFs mais críticos durante atividade de limpeza do reatore
Fatores Influenciadores de
Tipo do erro
Desempenho (PIFs)
- Distração
Ação na direção errada - Práticas com situações não familiares
- Identificação deficiente
- Distração
- Identificação deficiente
Ação correta no objeto incorreto - Iluminação deficiente
- Identificação dos displays e controles
- Comunicação deficiente
- Práticas com situações não familiares
Falta de ação
- Turno e descansos
- Práticas com situações não familiares
Ação omitida - Turno e descansos
- Distração
- Distração
Omissão da checagem
- Comunicação deficiente
- Distração
- Identificação deficiente
Checagem correta no objeto
- Iluminação deficiente
incorreto
- Identificação dos displays e controles
- Comunicação deficiente
- Distração
- Identificação deficiente
Checagem incorreta no objeto
- Iluminação deficiente
correto
- Identificação dos displays e controles
- Comunicação deficiente
- Distração
- Identificação deficiente
Checagem incorreta no objeto
- Iluminação deficiente
incorreto
- Identificação dos displays e controles
- Comunicação deficiente
- Comunicação deficiente
Informação não obtida
- Autoridade e liderança deficiente
69
Fatalidades e Lesões
*
G0
Presença de
Explosão seguida de
empregados na região
incêndio
dos reatores
* *
G2 G1
E4 E5 E1 *
G3
Operador se direciona
Operador utiliza o by-pass para
indevidamente a reator em
abrir a válvula de fundo do reator
operação e acredita estar no reator
em operação
em processo de limpeza
Portão
E2 E3
Fatalidades e Lesões
* P=4,82E-4
G0
Presença de
Explosão seguida de
empregados na região
incêndio
dos reatores
* P=4,50E-2 * P=1,07E-2
G2 G1
E4 E5 E1 * P=3,57E-2
G3
P=2,70E-1 P=1,67E-1 P=3,00E-1
Operador se direciona
Operador utiliza o by-pass para
indevidamente a reator em
abrir a válvula de fundo do reator
operação e acredita estar no reator
em operação
em processo de limpeza
E2 E3
P=7,60E-2 P=4,70E-1
Disponibilidade
do supervisor
Custos em
Procedimentos Liberação Limpeza da
Deslocar-se Controlada área
para reator Comunicações
indevido
Procedimentos
para utilização Ignição Explosão Fatalidades
de by-pass em
operação Efetuar by-pass da
Liberação de
normal válvula de fundo do
MVC
reator ? Alarme de Evacuação
MVC da área
permite uma avaliação do sistema como um todo, garantindo que as interações dos
diversos setores ocorram da melhor forma possível.
A partir do diagrama de influência do acidente de Formosa-IL, utilizando-se a
técnica de tomada de decisões de Método de Pontuação Ponderada, avalia-se cada
recomendação através de uma pontuação que será utilizada na avaliação de cada
recomendação. Esta técnica pode ser executada por diversos gestores de diferentes
setores através de uma avaliação individual das diversas partes interessadas,
obtendo-se uma média final. A Tabela 4.10 apresenta um sugestão do peso efetivo e
inefetivo de cada uma das recomendações que foram consideradas para a
quantificação do IDA. A Tabela 4.11 demonstra os resultados da quantificação do
IDA.
Tabela 4.11 - Peso da evidência de efetuar o by-pass da válvula de fundo do reator com
Se E E E
D C B A Peso Sucesso
Sucess Falha
O procedimentos Implementaçã Implement Aumentar a Falha Pondera Ponderad
o Ponderada
para utilização de by- o PHA 1992 ação de disponibilida do Total o
pass em operação Recomendaçõ Estudos de de do
normal for es for LOPA supervisor
for for
Efetivo Efetivo Efetivo Efetivo 0,95 0,05 0,0288 2,7% 0,1%
Efetivo Efetivo Efetivo Inefetivo 0,90 0,10 0,1152 10,4% 1,2%
Inefetivo Efetivo Efetivo Efetivo 0,90 0,10 0,0672 6,0% 0,7%
Inefetivo Inefetivo Efetivo Efetivo 0,90 0,10 0,0448 4,0% 0,4%
Se E E E
D C B A Peso Sucesso
Sucess Falha
O procedimentos Implementaçã Implement Aumentar a Falha Pondera Ponderad
o Ponderada
para utilização de by- o PHA 1992 ação de disponibilida do Total o
pass em operação Recomendaçõ Estudos de de do
normal for es for LOPA supervisor
for for
Inefetivo Efetivo Inefetivo Inefetivo 0,40 0,60 0,0672 2,7% 4,0%
5 DISCUSSÕES
Foram atribuídas algumas notas 5 para determinados PIFs que foram avaliados
relevantes para a atividade, mas há pouca informação sobre determinado fator.
Observa-se que as avaliações foram realizadas posteriormente a investigação ao
acidente, onde as falhas já haviam sido analisadas. Provavelmente se esta
avaliação ocorresse antes do acidente, os julgamentos seriam diferentes e as a
notas mais altas.
Esses resultados demonstram que havia deficiências principalmente nos
grupos "Características da Tarefa" e "Fatores Organizacionais e Sociais". Dentro do
grupo "Características da Tarefa", categorias específicas como "Clareza das
instruções", "Qualidade das verificações e avisos", "Grau de suporte do diagnóstico
de falha" obtiveram as piores avaliações.
Estas deficiências poderiam estar ocorrendo devido a ausência de um
supervisor. A sua indisponibilidade, permitiu que houvesse uma distância hierárquica
entre o nível operacional e gerencial muito grande, e possivelmente o nível gestor
não se interessou em conhecer melhor o nível operacional.
Pode-se dizer que a categoria “Treinamento na utilização de procedimentos de
emergência” foi a mais crítica, pois os efeitos do acidente seriam diferentes se os
operadores estivessem adequadamente treinados para evacuação da área.
No grupo “Fatores Organizacionais e Sociais”, as categorias específicas
“Comunicações” e “Aprendizado organizacional” foram as piores categorias, apesar
de outras como “Autoridade e liderança”, “Comprometimento da gerência”, “Excesso
de confiança nos métodos técnicos de segurança” também serem considerados
críticos.
Essas avaliações podem ser justificadas, principalmente, porque já havia
evidências da criticidade do procedimento de by-pass do intertravamento de
segurança e nenhuma modificação realmente efetiva foi realizada, senão modificar o
procedimento operacional.
Além disso, não havia uma rotina de comunicação como rádios e interfones,
nem disponibilidade adequada do supervisor, e essas evidências não foram levadas
em consideração pela gerência.
79
5.2 HFAM
5.3 PHEA
6 CONCLUSÕES
7 REFERÊNCIAS
AICHE/CCPS. Tools for Making Acute Risk Decisions with Chemical Process
Safety Applications. New York, AIChE, 1994.
EMBREY, D. E.; HUMPHREYS, P.; ROSA, E. A.; KIRWAN, B.; REA, K. SLIM-
MAUD. An approach to assessing human error probabilities using structured
expert judgment (NUREG/CR-3518), Washington, D.C:USNRC, 1984.
86
KIRWAN, B.; AINSWORTH, L. A Guide to Task Analysis. Taylor & Francis, 1992.
LEES, FRANK P. Loss prevention in the process industries, 2nd Ed., Vol. 1.
Butterworths, London, 1996.
POTASH, L., M.; DIETZ, P. E.; LEWIS, C. M.; DOUGHERTY, E. M. Jr. Experience
in integrating the operator contributions in the PRA of actual operating plants.
(AND/ENS Topical Meeting on Probabilistic Risk Assessment, Port Chester,NY)
LaGrange, IL; American Nuclear Society, 1981.
8 GLOSSÁRIO
Displays
- Alarmes Senso e Percepção Diagnóstico,
- Dials - Visão Ações de
- Gravadores Tomada de Decisão
- Cheiro Controle
- VDU (Visual Display Unit) - Audição e Seleção da
Estado da Planta
SENSORES - Visores de vidro - etc Resposta
- Temperatura - etc
- Pressão
ATUADORES
- Vazão Controles
- etc - Botões
- Knobs Memória “Ativa”
- Mouses
- Teclados
- Chaves de funções Shared Attentional Resources
- etc
Memória de
“Longo Prazo”
1 DESCRIÇÃO DA PLANTA
2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO
completo checklist indicando que o reator está pronto para a próxima batelada de
PVC.
A transformação de MVC em PVC gera calor que se não for removido ocasiona
uma reação descontrolada podendo levar ao aumento da pressão do reator a
valores acima do valor de setpoint do sistema de alívio de pressão provocando a
liberação do conteúdo do reator através da válvula de alívio de pressão (PSV),
incluindo MVC para a atmosfera.
O procedimento para controle da sobrepressão do reator e reduzir a
possibilidade de liberação para atmosfera requere que no caso de pressão ou
temperatura anormal, o operador da poli deveria:
1. Ajustar manualmente o controle da temperatura do reator para resfriar o
reator;
2. Adicionar um inibidor de reação para reduzir ou parar a reação de PVC;
3. Despressurizar manualmente o reator através do vent.
Se a pressão não for controlada, os operadores deveriam seguir um
procedimento de transferência que requereria que eles abrissem as válvulas de
fundo e de transferência do reator, conectando o reator a um reator vazio. Este
procedimento foi desenvolvido pela Borden Chemical que concluiu que conectando
dois reatores promoveria a mistura do inibidor da reação, aumentando o
resfriamento e provendo maior volume, reduzindo a pressão do reator.
7 SISTEMA DE DILÚVIO
8 DESCRIÇÃO DO INCIDENTE
do D-310 estava com mal funcionamento. O CSB concluiu que por causa do atuador
da válvula de fundo foi encontrada desconectada e a mangueira do ar de
emergência utilizada para o by-pass do intertravamento foi encontrada conectada, o
operador do blaster, que acreditou que o reator continha apenas água de limpeza,
utilizou a mangueira de ar de emergência para o by-pass do intertravamento de
pressão da válvula de fundo e abriu a válvula de fundo do reator enquanto o reator
estava operando, liberando seu conteúdo.
O supervisor de turno afirmou que o operador do blaster não requisitou
permissão para o by-pass do intertravamento (exigido por procedimento) ou
informou alguém que ele tinha feito o by-pass. Consequentemente, os operadores
tentando controlar a liberação acreditavam que havia uma falha ou mal
funcionamento e tentaram aliviar a pressão dentro do reator para reduzir a liberação.
A nuvem de vapor inflamável de MVC ignitou e explodiu enquanto os operadores
estavam trabalhando no controle do reator.
10 ANÁLISE DO INCIDENTE
Neste acidente, muitos fatores combinados ocorreram para fazer com que o
erro humano fosse a mais provável causa. Deve-se avaliar os fatores que
isoladamente não criam condições de alto-risco, mas combinados, tornam o erro
humano mais provável.
Layout dos Reatores: grupos de quatro com um painel de controle a cada dois
reatores. Ambos os reatores D-306 e D-310 estavam na mesma posição relativa no
grupo de quatro reatores. O controle das válvulas de fundo e de dreno são
realizados no painel de controle do nível inferior. Os painéis de controle possuem
indicação do número do reator correspondente e possuem indicadores luminosos
mostrando a posição das válvulas de fundo e de dreno. A Figura B 5 mostra a
disposição dos reatores.
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10.1 COMUNICAÇÃO
porém mesmo assim, o CSB concluiu que o sistema não evitaria a explosão do
prédio dos reatores, pois o prédio era fechado evitando a dispersão dos vapores de
MVC, o MVC é pouco solúvel na água e seus vapores não podem ser condensados
por neblinas de água devido ao baixo ponto de ebulição do MVC na atmosfera.
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