Sunteți pe pagina 1din 8

INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DO ESTADO

Porque estudar T.G.E.?


Porque é inegável a enorme influência do Estado na vida da humanidade. O
problema do Estado passou a ser problema de todos, uma vez que ninguém
pode praticar qualquer ato de alguma repercussão social, ainda que muito
restrita, sem levar em conta as diretrizes do Estado. (Dallari)
A T.G.E. é uma disciplina nova, só aparecendo nos fins do séc. XIX.
No Brasil, os estudos relativos ao Estado foram primeiramente incluídos como
parte inicial da disciplina Direito Publico e Constitucional. Por volta do ano de
1940 ocorreu o desdobramento em Teoria Geral do Estado e Direito
Constitucional. Recentemente houve uma corrente defendendo a identificação
desta disciplina com a Ciência Política e até mesmo para efeito de currículo
classificar a T.G.E. como Direito Constitucional I. Dallari, discorda e diz que
embora haja uma estreita relação entre ambas disciplinas, a Teoria Geral do
Estado e o Direito Constitucional não se confundem, tendo cada uma o seu
objeto próprio, sendo mais conveniente, do ponto de vista cientifico e didático,
mantê-las independentes.

PONTUANDO...

Apesar de nova como disciplina, a T.G.E. já dá o ¨ar da graça¨ na antiguidade


greco-romana com escritos de, entre outros, PLATÃO, ARISTÓTELES e
CÍCERO, sem o rigor exigido pelas modernas concepções cientificas, tem a
preocupação acentuada pela indicação da melhor forma de convivência social.

Durante a Idade Média aparecem muitos escritos que podem ser considerados
do âmbito da T.G.E..Por exemplo, escritos de Santo Agostinho e Santo Tomás
de Aquino (natureza teológica).

¨A grande revolução nos estudos políticos, com o abandono dos fundamentos


teológicos e a busca de generalizações a partir da própria realidade, ocorre
com MAQUIAVEL com seus estudos e observações vai possibilitar a criação de
uma Ciência Política. Autor da obra famosa ¨O PRINCIPE ¨ de 1819.

MONTESQUIEU, ROSSEAU, influenciados pela idéia de um direito natural,


mas procurando o fundamento deste direito, assim como da organização social
e do poder político, na natureza humana e na vida social, como verdadeiros
precursores da ANTROPOLOGIA cultural aplicada ao estudo do Estado.

GEORGE JELLINEK, alemão, a quem se deve, afinal, a criação de uma Teoria


Geral do Estado, como disciplina autônoma. Autor da obra ¨Teoria Geral do
Estado¨, publicado em 1900.

¨T.G.E. tem como objeto de estudo, o ESTADO sob todos os aspectos,


inclusive a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades,
compreendendo-se no seu âmbito tudo o que se considere existindo no Estado
e influindo sobre ele.¨
ORIGEM DA SOCIEDADE

As teorias favoráveis à idéia da sociedade natural, que tem, atualmente, maior


número de adeptos e que exercem maior influência na vida concreta do
Estado.

- Aristóteles IV a.C.: “O homem é naturalmente um animal político.” O


homem entre todos os animais, é o único que possui a razão, o
sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto.
- Cícero (influenciado por Aristóteles) Roma séc. I a.C.: “A primeira causa
da agregação de uns homens a outros é menos a sua debilidade do que
um certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não
nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma
disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a
procurar o apoio comum.”
- Santo Tomás de Aquino (seguidor de Aristóteles): “O homem é, por
natureza, animal e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos
os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade”.

 Aristóteles dizia que só os indivíduos de natureza vil ou superior procuram


vivem isolados.

 Santo Tomás de Aquino: afirma que a vida solitária é exceção, que pode
ser numa destas três hipóteses:

1a. Excellentia Naturae: indivíduo virtuoso, que vive em comunhão com a


própria divindade.
2a. Corruptio Naturae: casos de anomalia mental.
3a. Mala Fortuna: quando só por acidente, como no caso de naufrágio ou
alguém perdido numa floresta, o indivíduo passa a viver em isolamento.

Muitos são os autores modernos que tem esta mesma opinião, dentre eles
podemos destacar Ranelleti, que diz: “Onde quer que se observe o homem,
seja qual for à época ,mesmo nas mais remotas a que se possa volver, o
homem sempre é encontrado em estado de convivência e combinação com os
outros, por mais rude e selvagem que possa ser na sua origem”. E ainda: “O
homem é induzido fundamentalmente por uma necessidade natural, porque se
associar com os outros seres humanos é para ele condição essencial de vida”.

Em conclusão: A sociedade é o produto da conjugação de um simples impulso


associativo natural e da cooperação da vontade humana.

 Contratualistas: a sociedade é tão só, o produto de um acordo de


vontades, ou seja, de um contrato hipotético celebrado entre os homens.

O mais remoto antecedente do contratualismo, segundo muitos autores, é a


obra “A República”, de Platão.
- Thomas Moore: autor de “Utopia”
- Tommaso Campanella: autor de “a cidade do sol”

Obs.: Os utopistas do séc. XVI não são contratualistas, seu único ponto de
contato com os mesmos, seria a total submissão da vida social à razão e à
vontade, no entanto os utopistas expõem suas idéias como sugestão para uma
vida futura, não estabelecendo qualquer vinculação entre essas idealizações e
a origem da sociedade.

- Thomas Hobbes: autor de “Leviatã” (1651): O homem vive inicialmente


em “estado de natureza”, e são, neste estado, egoístas, luxuriosos,
inclinados a agredir os outros e insaciáveis, condenando-se por isso
mesmo, a uma vida solitária, pobre, repulsiva, animalesca e breve. Isto
tem com conseqüência: A “Guerra de todos contra todos”.

“O homem é o lobo do homem”: O homem é mau.

É neste ponto que interfere a razão humana, levando à celebração do contrato


social.

- Thomas Hobbes: Poder visível é o Estado.

“Afirma que mesmo um mau governo é melhor do que o estado de natureza.


Mesmo que o Governante faça algo moralmente errado, sua vontade não deixa
de ser Lei e a desobediência a ela é injusta”.

Locke: Contradiz Thomas Hobbes, tendo por base a negativa de que a


sociedade tivesse sua existência ligada à necessidade de conter a ¨guerra de
todos contra todos¨. Para ele o homem era bom.

Montesquieu: Autor da obra ¨Do Espírito da Leis¨ faz referência ao homem em


estado natural. O homem era fraco e vivia atemorizado. Ninguém procuraria,
portanto, atacar, e a paz seria a primeira Lei natural (o bom selvagem). O
homem era de natureza boa. Segundo Montesquieu existem leis naturais que
levam o homem a escolher a vida em sociedade:
a) O desejo de paz;
b) O sentimento das necessidades, experimentado principalmente na
procura de alimentos;
c) Atração natural entre os sexos opostos;
d) O desejo de viver em sociedade.

Montesquieu diz: ¨Sem um governo nenhuma sociedade poderia subsistir¨.

Tripartição dos poderes do Estado, sistema de freios e contra-pesos.

Rousseau: Autor da obra ¨O Contrato Social¨, 1762, entre outros, referente à


bondade humana no estado de natureza. O contratualismo de Rosseau, que
exerceu influência direta e imediata sobre a Revolução Francesa e, depois
disso, sobre todos os movimentos tendentes à afirmação e a defesa dos
direitos naturais da pessoa humana, foi, na verdade, o que teve maior
repercussão pratica. Ainda hoje é claramente perceptível a presença das idéias
de Rousseau na afirmação do povo como soberano, no reconhecimento da
igualdade como um dos objetivos fundamentais da sociedade.

Rousseau formula a conclusão de que, se indagarmos em que deve ser o fim


de toda legislação, encontraremos dois objetos principais: Liberdade e
Igualdade.

Concluindo pode-se afirmar que predomina atualmente, a aceitação de que a


sociedade é resultante de uma necessidade natural do homem, sem excluir a
participação da consciência e da vontade humanas. É inegável, entretanto, que
o contratualismo exerceu e continua exercendo grande influência pratica.

A SOCIEDADE E SEUS ELEMENTOS CARACTERÌSTICOS

Quais são os elementos para que um agrupamento humano possa ser


reconhecido com uma sociedade?

a) Uma finalidade ou valor social;


b) Manifestação de conjunto ordenadas;
c) O poder social

Finalidade social (bem comum): entre os autores que tratam desse problema,
encontramos, de um lado, os que negam aquela possibilidade de escolha, que
são os deterministas, enquanto que, de outro, estão os que sustentam ser
possível a fixação da finalidade social, por meio de um ato de vontade, estes
chamados finalistas.

Deterministas: tudo está pré-determinado, é melhor não fazer qualquer esforço


que já se sabe inútil, sendo preferível procurar conhecer o sentido do
determinismo e adaptar-se a ele. Não há um objetivo a atingir, havendo, pelo
contrário, uma sucessão natural de fatos, que o homem não pode interromper.

Finalistas: sustentam que há uma finalidade social, livremente escolhida pelo


homem. Não obstante haver um impulso associativo natural na origem da
sociedade humana há também a participação da inteligência e da vontade
humanas.

Finalidade social = Bem comum

“Melhor definição sobre bem comum e de caráter universal”.

Papa João Paulo XXIII: “O bem comum consiste no conjunto de todas as


condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento
integral da personalidade humana.”
- Ao se afirmar que a sociedade humana tem por finalidade o bem
comum, isso quer dizer que ela busca a criação de condições que
permitam a cada homem e a cada fruto social a consecução de seus
respectivos fins particulares.

ORDEM SOCIAL E ORDEM JURÍDICA

- A segunda nota característica da sociedade são as manifestações de


conjunto ordenadas.

- As manifestações de conjunto devem atender a três requisitos:


reiteração, ordem e adequação.

Reiteração (repetição): é indispensável que os membros da sociedade se


manifestem em conjunto reiteradamente, pois só através da ação conjunta
continuamente reiterada o todo social terá condições para consecução de seus
objetivos.

Ordem (harmonia): deve-se seguir os movimentos constantes que existem na


sociedade de forma harmônica e com método.
Causalidade: se “a” (condição) é – “b” (conseqüência) é.
Imputação: se “a” (condição) é – “b” (conseqüência) deve ser.

Mundo físico: ordem na natureza regido pelo princípio da causalidade.


Ordem natural = causalidade

Mundo ético: agir humano / ordem humana = imputação.

García Máynez indica a unilateralidade da moral e a bilateralidade do direito,


como sendo o caráter distinto de todas as regras de comportamento social. Diz
ainda que quem conseguiu uma fórmula que resuma admiravelmente essa
distinção foi Leon Petrasisky, ao qualificar com imperativas as normas da
moral, enquanto que as normas de direito são imperativo-atributivas, porque
ambas impõem comportamentos, mas só as normas jurídicas atribuem ao
prejudicado ou a terceiro a faculdade de exigir o seu cumprimento ou a punição
do ofensor.

Adequação: o terceiro requisito das manifestações de conjunto, para que elas


se ajustem às exigências da finalidade social, é a adequação.

Para que seja assegurada a permanente adequação é indispensável que não


se impeça a livre manifestação e a expansão das tendências e as aspirações
dos membros da sociedade. Os próprios componentes da sociedade é que
devem orientar suas ações no sentido do que consideram o seu bem comum.
O PODER SOCIAL

- O problema do poder é considerado por muitos como o mais importante


para qualquer estudo da organização e do funcionamento da sociedade.

- Anarquismo:

Na Grécia antiga: filósofos cínicos (Diógenes)


Viver da natureza sem respeitar e sem se preocupar com
nada.

Os estóicos: opostos aos cínicos quanto ao método de vida, exaltando as


virtudes morais, pregavam a vida espontânea conforme a natureza.
Epicurismo: exaltação do prazer individual e recusas das imposições sociais,
embora não se condena o poder social.

O cristianismo: em alguns momentos em função de interpretação de inúmeras


passagens dos evangelhos é apontado como uma espécie de anarquismo. A
afirmação de uma igualdade essencial entre os homens, à aspiração a uma
fraternidade universal, a condenação de todos os que buscam o poder neste
mundo, tudo isso leva, inevitavelmente ao anarquismo.

Obs: São Paulo condena as tendências anarquistas (Rm. 13:1-7) do


cristianismo primitivo e afirma o dever do cristão de obediência a autoridade
terrena, proclamando que ”Todo Poder vem de Deus”. (o que seria explorado
séculos mais tarde pelo absolutismo).

Santo Agostinho: a mais avançada expressão do anarquismo cristão. Autor


da obra. “Da Cidade de Deus” , diz que “Deus concedeu aos homens que
dominassem os irracionais, não os outros homens”.

- Anarquismo de cátedra: de pouca expressão prática, se limita a negar,


teoricamente, a necessidade e a legitimidade do poder, admitindo-se
apenas como um fato, mera expressão de superioridade material. Seu
defensor de maior destaque é Leon Duguit.

- No inicio do Séc. XIX, junto com o movimento socialista surge o


anarquismo como movimento e com esta denominação, chegando a
conquistar considerável número de adeptos e sobrevivendo ate o inicio
do séc. XX.

“O antecedente teórico mais próximo do anarquismo é a obra do inglês William


Godwin”.

- Max Stirner: anarquista teórico, adotando uma posição ultra-


individualista, prega atitudes extremadas. Para ele o indivíduo e seu fins
são os únicos valores fundamentais. É inclusive a favor do terrorismo.
Pierre Joseph Proudhon; foi quem adotou pela primeira vez a denominação
de anarquista, publicou numerosas obras, dentre elas, “O que é a
propriedade?”. Conquistou grande numero de adeptos.

Proudhon, além de condenar a propriedade privada, afirmava, “toda


propriedade é um roubo”.

Mikhail Bakunim: defendia o uso da violência, mais agitador político que


teórico. Apesar de pregar métodos drásticos, é fundamentalmente otimista,
acreditando na evolução do homem da condição animal para a espiritual ,
pregando a eliminação do estado, da propriedade privada da religião.

Piotr Kropotkin: oposto a Bakunin por acreditar na possibilidade de se chegar


ao anarquismo por vis pacifica. Ele diz que na sociedade humana a lei da
cooperação e da ajuda mútua toma a forma de equidade, justiça e simpatia,
podendo ser expressa pelo lema “Não facas aos outros o que não queres que
te façam."

- Por uma série de circunstâncias, entre as quais o excessivo apelo à


violência, o anarquismo foi perdendo adeptos ao mesmo tempo em que
aumentava a agressividade dos grupos remanescentes.

Obs.: No Brasil foi registrado a presença de grupos anarquista, especialmente


em S.P. e no Rio de Janeiro. Figuravam como líderes imigrantes italianos e
espanhóis. Fato anárquico mais importante, greve geral em São Paulo, 1917.
Daí por diante sua importância foi diminuindo.

- Teorias do poder necessário


- Força física
- Capacidade econômica
- Ascendências  Espiritual

Mística
- Povo: (emanação do Poder) popular.
- Poder e força são diferentes
- Estado detém a legitimidade do uso da força
- Poder legítimo é poder consentido

AS SOCIEDADES POLÍTICAS

Segundo, Dallari, podemos distinguir duas espécies de sociedade, que são:

a) Sociedade de fins particulares, quando têm finalidade definida,


voluntariamente escolhida por seus membros. Suas atividades visam,
direta e imediatamente, aquele objetivo que inspirou sua criação por um
ato consciente e voluntário.
b) Sociedade de fins gerais, cujo objetivo, indefinido é genérico, é criar as
condições necessárias para que os indivíduos e as demais sociedades
que nela se integram consigam atingir seus fins particulares. A
participação nestas sociedades quase sempre independe de uma ato
de vontade.

“Entre as sociedades políticas, a que atinge um círculo mais restritivo de


pessoas é a família, que é um fenômeno universal.”

“A sociedade política de maior importância, por sua capacidade de influir e


condicionar, bem como por sua amplitude, é o Estado.”

“Primeira noção de Estado: é uma sociedade política.”

Carlos Alberto Silva Júnior


Monitor de TGE – 2C

S-ar putea să vă placă și