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PSICOSSOCIOLOGIA DAS ORGANIZACOES Capitulo 3 Teoria Geral dos Sistemas e Abordagem Sociotécnica Autores: Ferreira, J.M.C., Neves, J., Abreu, P.N. e Caetano, A., (1998) McGraw-Hill, Amadora NL r 7V iV KOR) Teoria Geral dos Sistemas e Abordagem Sociotécnica ‘TEORIA GERAL DOS SISTEMAS E TEORIA DAS ORGANIZAGOES ‘A teoria geral dos sistemas comegou a ter um grande impacte nas ciéncias sociais com os traba- hos de investigagio realizados pelo bidlogo ale- mio Ludwig von Bertalanfly nas décadas de 40 © 50. A abrangéncia cientifica do conceito de teo- tia geral dos sistemas nfo se resume a0 mundo convencional das cidncia fisicas e biol6gicas. Os Princpios ¢ a leis dos sistemas, quer decorram da termodindmica, das similitudes estrituais, do is0- rmorfismo ou da nogdo de totalidade, sem excep: 6%0, servem igualmente como hipsteses tesricas para a fisica, a biologia © as ciéncias socais (Ber- talanffy, 1973: 27-51). Na perspectiva de Bertalanfy, a cincia preo- cupava-se essenciaimente em explicar os fen6- ‘menos observados como unidades elementares independentes. Nestas condigées, € impossfvel apercebermo-nos da nogdo de organizagio © de totalidade que resulta das relagbes de imerdepen- déncia ¢ de interacgdo entre as diferentes partes que compiem o sistema, seja ele visto como qual- quer fenémeno social, organismo vivo ou ser ina- rimado. A teoria geal dos sistemas constui-se e desenvolve-se como uma resposta & viséo atomis- tica de um paradigma cientifico que pretende explicar © compreender fenémenos naturais ¢ Sociais, a partir das propriedades leis espectticas dias diferentes partes que 0s constituem. No quadeo epistemol6gico ¢ metodolégico da teoria geral dos sistemas, cada ciéncia explica e compreende as diferentes realidades que se observam de uma forma integrada e universal (id, ibid: 62): Para a teoria geral dos sistemas & nevessétio partir de uma premissa bésica: a natureza diferen- ciada dos sistemas fechados e dos sistemas aber- tos. Os sistemas fechados esto isolados do seu meio ambiente. Como exemplo clissico, os siste- ‘mas fisicos convencionais partem do principio de que as reacgbes e adaptagdes dos seus componen- tes estruturais tendem a evoluir no sentido do equi IWbrio © sio independentes da acco de forgas extemas. Ora se considerarmos que a segunda lei a termodinémica revela que os sistemas fechados slo possuidores de um tipo de entropia positiva que gera a desorganizagdo € 0 nivelamento das dliferenga estrturas, 0 seu estado de equilfbrio 56 € conseguido com a desintegrago ow a morte do sistema, Os sistem abertos, pelo contréro, como acontece com 0s orgenismos vivos, possuem duas caracteristicas espectficas que 0s distinguem dos sistemas fechados: 2 equifinalidade e a entropia negativa No caso conereto do sistema fechado, para Bertalanffy, «0 estado final é inequivocamente eterminado univocamente pelas condigdes ini- ciais» (id, ibid: 64). Em contrapartida, os sistemas 46 PARTE I: TEORIAS ORGANIZACIONAIS abertos so possuidores do principio da equifinal- dade, 0 que Thes permite aleangar 0 mesmo estado final, podendo utilizar para o efeito varios cami- hos, a partir de condigdes iniciais diferenciadas, Por outro lado, os sistemas abertos na sua evolugdo podem importar energia do meio ambiente, Deste ‘modo contrariam a entropia postiva que decorre a segunda lei da termodinémice. Diferentemente do sistema fechado, o sistema aberto funciona com 4 segunda lei da termodindmica no sentido da pro- dugdo de entropia negativa. Nos sistemas fechados 4 entropia & positiva, porque ela cresce progress vamente ¢, tendencialmente, origina a destruig do seu equilrio. Com os sistemas abertos, hé 2 possibitidade de importar energia do. mei ambiente, por forma a produzir @ ordem e a orga- rizagto do sistema e, logicamente, a contrariar as tendéncias de desintegragio da entropia po ‘que & produzida intemamente Em termos da sua incidéncia no funcionamento das organizagées, toma-se necessétio referenciar algumas das suas propriedades especticas. A pri- meira € 0 conceito de interdependéncia. Quer se trate de uma interdependéncia directa, como & 0 caso da inflfncia da qualidade da matéra-prima Sobre a qualidade do produto final, quer indirect, como ocorre com a influéncia da conjuntura econémica no escoamento dos produtos, a ‘mudanga que se verfica em uma das partes afec- tard todas as ouras pats do sistema organizacio- tal. A segunda implicaglo elaciona-se com 0 con- czito de todo isto 6, encera-se o sistema do ponto de vista do seu funcionamento global. Por exem- plo, uma alteragdo no mecanismo de arrefecimento do motor de um automévelafecta nlo s6 0 funcio- namento do motor, mas igualmente 0 desempe- tho global do carro. A terceira implicagio diz respeito ao conceito de sinerpia A palavrasiner- sia tem a sua origem no grego — syn=om e ergos = esforgo —, ¢ significa esforgo conjunto de dois ou mais érglos, em que o resultado final 6 um efeito maior que os conseguidos pela actuaglo de um s6 érgio. E um cor que permite com- preender o efeito interactvo das partes do sistema, funcionando em conjanto ¢ possibilitando explici- tar o enigma da aritmética organizacional de qué 1+1=3, Isto 6, de que 0 todo organizacional é maior do que a soma das suas partes. Um grupo de trabalho & o exemplo excelente para a evidéncia deste conceito, Uma equipa de futebol s6 consegue ser eficaz se conseguir utilizar 0 efeito sinergético que resulta do contributo dos seus diferentes ele- rmentos. Se se adaptarem as premissasteGricas da teoria eral dos sistemas &s ciéncias sociais, ¢ mais con- cretamente teoria das organizagées, verificamos que 0 seu campo de observagéo ¢ anélise engloba vérios domfnios. Em primeiro lugar, as organiza- G8es so sistemas dentro de sistemas. Isto 6, os individuos que estio inseridos nos grupos, € os grupos que comptem as organizagées, so subsis- temas das organizagbes. Porém, estas, conjunta- ‘mente com a sociedade ou sociedades em que se inserem, so subsistemas do sistema social global Qualquer organizagio, nestas condigées, & um objecto de observagéo que implica a construgio de ‘um objecto cientifico em trés dimensbes sistémicas especificas: subsistema, sistema e supra-sistema. Por outro lado, todas as organizagies, quer no seu funcionamento interno quer nas modalidades de interacgo com o ambiente exter, sfo objecto de uma tendéncia para o crescimento, a diferenciago € a competiglo. A sobreviyénciahistricae a capa- cidade de adaptacio dés organizagées nas diferen- tes sociedades decorrem, assim, de um conjunto de. principios bésicos inscritos nas hipGteses tesricas a teoria geral dos sistemas (id, ibid, 74). ‘So caracteristcas da organizagdo, quer de um organismo vivo quer de uma sociedade, nnogBes como as de crescimento, dferenciagéo, cordem hierérquica, dominagdo, controlo, com- petigdo, etc. Estas nogdes nao aparecem na fisica convencional. A teoria dos sistemas capaz de tratar dessas matérias. A teoria geral dos sistemas ajuda a estabelecer as froneiras espectficas das organizagbes, dando- nos a perceber a sua localizagio ¢ identificagao social, Ajuda igualmente a equacionar os seus objectivos, as suas estrutuas, os seus valores e as suas funges espectficas. Na medida em que existe

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