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Quando tudo termina

as palavras na água
O ligeiro sabor do mar
Sobrevive o coração
Que ainda subsiste
Apesar da confraria dos livres
Quando tudo termina o pouco que fica
Nem dá para contar a história
Tudo se resume a um pedaço de vazio
E auma inconsistência profunda

Nos despojos o vazio


E no vazio a possibilidade de nascimento
Mas enfim quem me ouve?
Nesta maré de surdos?
Quem escuta ainda as palavras
Estas, que o apoio de uma lapiseira
Devolveu às paginas brancas
Talvez fosse este o meu desígnio
Talvez seja tudo o que eu queira
Apenas ficar aqui, envolto em lamento
De uma jornada que vinga

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