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Um tempo precisa de ser dito

Um tempo que tenha passado


Um tempo não vive, está lá
Um tempo que fosse dito
De uma maneira que fosse o tempo
Um tempo que não fosse de esquecer
Um tempo sem tempo
Para se esquecer
Um tempo que visse só o que há para ver
Ver e esquecer, dito assim o tempo
Um tempo não volta
Retém
Colhe, perde, perde tempo
Um tempo não tem outra coisa
Senão o que pode ser dito
O que pode ser visto
O que pode ser esquecido

Um tempo não tem de verdade


Outro tempo
Conjuga-se, trabalha.
Um tempo procura saber
O que pode ser dito
Encontrar talvez o que foi perdido

Procura ficar
Um tempo não é o tempo
Mas o lado esquecido o que nos foi dito
Um tempo trabalha
Nos dias, diante das palmeiras
Acata o frio
E colhe no Inverno
Uma parte substancial do seu dito.
Um tempo navega, escolhe e procura
Encontra o que devolve.
E pára
Para se ouvir no mais longo mar.

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