Sunteți pe pagina 1din 1

Vila do Conde.

Aqui aprendi uma parte da vida,


Parte que não esqueço por me ser tão fácil aqui ficar
Aqui não sonho com nada que não me seja dado,
O puro sol, o grande mar.
Não conheço quem não esteja aqui,
Ninguém existe.
Que o mundo não existe, senão o que não é nosso.

A areia e os barcos à deriva na foz.

Sempre estou aqui, não volto.


Não sei o caminho que me traz aqui.
Nunca fico.
Não sou um estranho, não vejo nada e sei tudo
O que há para saber.
O mover das marés o voo das aves.

Aqui nunca tenho saudade


Tenho daqui.
Quem nunca ode ser onde está
Ou ir onde nunca foi.
Aqui o lugar não é de ninguém.
É-nos mostrado. Tão pouco.
Não existo, toco nas coisas e elas não existem
Basta vê-las, para tomar conhecimento de que o nada existe
Nem o sol nem a água que nos vai afogar.
Nada está onde podia estar senão aqui.
Onde não pode ser.
Aqui o céu é brando, começa à nascente de um rio
E acaba no fim do mar.
Aqui é tudo antigo, o fundo da alma,
Onde ninguém pode entrar.
Aqui morre-se, durante ávida inteira,
O tempo de uma casa
E sonho não poder ficar.
O mundo passa por infinito,
E só com medo se vai ao mar.

Aqui nasci sem luz.

S-ar putea să vă placă și