Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
iluminação arquitetural:
Mitos & Verdades
WorkShop On-Line
Prefácio
Workshop - A utilização de LEDs na iluminação arquitetural: Mitos & Verdades
O que são LEDs? Como surgiram? Por que a sua utilização em iluminação
ambiental? Quais os benefícios de sua adoção?
Será um privilégio para mim estar em contato com todos vocês nestes dias
de workshop.
Saudações.
Membro do Comitê "Ambiente Visual para Idosos" - The Illuminating Enginnering Society of North
America.
Introdução
Workshop - A utilização de LEDs na iluminação arquitetural: Mitos & Verdades
Desde o surgimento a LedPoint ouço falar que LED é coisa para o futuro...e
neste momento, com centenas de pessoas inscritas neste Workshop e
interessadas pelo assunto é que confimo as minhas certezas e quebramos
mais este mito. O futuro já é presente!
Ao longo deste curso vários temas serão abordados, alguns com certo teor
de complexidade como o capítulo 1, porém tentando trazer a informação
de maneira palatável e com uma linguagem de quem trabalha no mercado
de Iluminação Arquitetural e não na NASA. Discutiremos abertamente a
tecnologia e as maneiras de torná-la aplicável sem complicações.
A cada capítulo, uma interface estará disponível para você enviar suas
dúvidas e nosso atendimento poder ajudá-lo no entendimento do material
publicado.
5
1.2 - História
O primeiro LED que se tem notícia (Electrical World Magazine, Vol 49 -1907)
nasceu da observação do fenômeno da eletroluminescência pelo
pesquisador H.J. Round. O cristal de SiC (carborundum) emitiu uma luz
amarelada ao ser aplicada uma pequena tensão elétrica e foi reportado
pelo autor como um "fenômeno curioso".
6
Calculadoras da década de 70 - Schubert
7
No Brasi, em 1999, surge a LedPoint, a primeira empresa especializada em
iluminação eletrônica do país, introduzindo no mercado a luminária Prime,
que é produzida até hoje.
8
1.3 - Luz e Cor
Arco-Íris - LedPoint
9
O espectro visível varia de 380nm até 780nm (nanômetros), fora desta
faixa não percebemos a luz, porém a radiação eletromagnética esta
presente. Abaixo de 380nm temos os raios ultra violeta (UV) que são
considerados radiações nocivas, podendo causar problemas na pele ou
alterar cor de objetos pela exposição excessiva. Outro exemplo de
radiação invisível são os raios Infra-vermelhos (IR), acima de 780nm,
usados em controle remoto ou em lâmpadas especiais.
Refração da luz e espectro eletromagnético. Fonte: OSRAM Manual Luminotécnico Prático, 2002
10
Sólido de Cor - Almeida
11
Diagrama de cromaticidade - CIE 1931.
12
1.4 - Características construtivas e elétricas
Semicondutores são materiais que não são nem condutores nem isolantes.
Um exemplo de material condutor é o cobre. Vejamos sua estrutura
atômica: O núcleo do átomo (parte central) contém 29 prótons (cargas
positivas). Quando um átomo de cobre tem carga neutra, 29 elétrons
(cargas negativas) orbitam o núcleo, como na figura abaixo:
13
Um semicondutor é um elemento químico em que um átomo isolado desse
material possui quatro elétrons na sua órbita mais externa ou órbita de
valência. O número de elétrons na órbita de valência é a chave para a
condutibilidade: os condutores possuem apenas um elétron de valência,
semicondutores possuem quatro e isolantes possuem oito. O silício é o
material semicondutor mais utilizado. Um átomo isolado de silício possui
14 prótons e 14 elétrons. Quando os átomos de silício se combinam para
formar um sólido com uma estrutura cristalina, cada átomo de silício cede
seu elétron aos outros átomos de silício. Assim, a órbita de valência fica
com 8 elétrons, tornando-se quimicamente estável. Esse tipo de ligação
química é conhecido como ligação covalente.
14
Elétrons livres (a) e Lacunas (b) - Malvino, 1995
15
A obtenção da luz através de LEDs ocorre quando os mesmos são
diretamente polarizados, permitindo a passagem de uma corrente elétrica.
Os elétrons se movem através da junção PN do semicondutor para a região
P e se recombinam com as lacunas (cargas positivas). Quando as duas
cargas são recombinadas a luz é emitida.
16
LED indicador tradicional de 5mm - Lumileds LED de potencia, tipo Luxeon - Lumileds
17
A fonte de luz branca deve possuir boa reprodução de cores. O sol de meio-
dia e as lâmpadas incandescentes possuem índice de reprodução de cores
(IRC) igual a 100. Lâmpadas fluorescentes possuem IRC que varia entre 75
a 90. Em 2001, devido a crise de energia, o mercado brasileiro utilizou
lâmpadas fluorescentes compactas com o objetivo de diminuir o consumo.
Entretanto a qualidade das lâmpadas importadas disponíveis não era
adequada e os consumidores rapidamente perceberam que os objetos
estavam com cores distorcidas, devido ao baixo IRC. Portanto, para que
uma fonte de luz branca seja considerada adequada à iluminação, a
temperatura de cor não deve diferir mais que 100K, e o IRC deve ser maior
que 75.
Quadro de August Renoir iluminado com 2 fontes de luz: à esquerda com alto IRC e a direita com baixo IRC.
Schubert 2003..
18
A terceira técnica usa um LED azul para excitar um ou mais fósforos
emissores de luz visível integrados em um LED de fósforo conversor. O LED
é projetado para deixa vazar um pouco da luz azul entre o fósforo para
gerar a porção azul do espectro, enquanto o fósforo converte a porção
remanescente da luz azul em porções vermelhas e verdes do espectro. A
resultante do processo é a luz branca.
19
Estrutura de um LED 5mm branco (a) Detalhe da cobertura do chip pelo Fósforo amarelo (b) - Schubert 2003.
- Fluxo Luminoso;
- Cor;
- Tensão de alimentação.
20
* Evitar a variação das tonalidades de cor, principalmente quando as
luminárias são instaladas próximas umas da outras, pois o olho humano
consegue distinguir diferenças tão pequenas como 5nm no comprimento
de onda de um LED colorido.
Identificadores Cores
W White (Branco)
B Blue (Azul)
E Cyan (Cyan)
G Green (Verde)
A Amber ( Âmbar)
R Red (Vermelho)
Rótulos dos LED - Lumileds
O sistema de codificação dos rótulos dos LEDs é simples pois utiliza letras e
números para classificar os LEDs de acordo com o produto e o BIN.
Utilizamos neste curso o exemplo do fabricante Lumileds que disponibiliza
em sua página na internet http://www.lumileds.com, o artigo AB21,
denominado Luxeon Product Binning and Labeling, com instruções
detalhadas para a identificação dos LEDs.
21
Identificação dos LEDs - Lumileds
Tabela - Lumileds
22
A segunda e a terceira letras do código indicam a cor do LED, entretanto,
devido à dispersão paramétrica inerente ao processo de fabricação dos
semicondutores, ocorrem variações nos comprimentos de onda e o
fabricante do LED as identifica segundo a codificação a seguir:
Tabela - Lumileds
Tabela - Lumileds
23
Tabela - Lumileds
Tabela - Lumileds
24
1.5 - Benefícios da Tecnologia
25
dissipadores térmicos externos ao chip. Nos produtos desenhados para
uso em iluminação, onde se utiliza correntes de alimentação da ordem de
350mA a 1500mA, as luminárias devem prever soluções de design que
permitam ao LED dissipar o calor gerado na junção PN. O calor causa a
degradação do fósforo nos LEDS brancos e da ótica primária, causando
uma depreciação no brilho. Atualmente os LEDS de boa qualidade têm
especificação de 50.000h com uma perda do fluxo admissível de 30%,
mesmo conceito empregado pelos fabricantes de lâmpadas tradicionais
para definir a sua vida útil.
26
comprimento de onda na faixa de UV.
27
- São componentes bastante robustos - Possibilitam seu uso em
ambientes em que outras fontes de luz necessitariam de proteção extra,
como automóveis e aplicações outdoor. Entretanto devem ser
acondicionados em luminárias evitando umidade e controlando o calor
produzido pelo chip.
28
de 5000K devido a perda introduzida pela camada de fósforo amarelo.
Os LEDs não são apenas mais uma opção de fontes de luz no mercado. Eles
trazem consigo novos conceitos para o mundo da iluminação, novas
possibilidades de iluminar e uma mudança de paradigma, quando
comparados às fontes de luz tradicionais.
29
conhecer cada tipo de LED ou formato, bem como as intrincadas questões
tecnológicas que envolvem esses dispositivos. Sabemos que é complicado
mesmo e nossa missão é facilitar a aplicabilidade na iluminação
arquitetural. Essas questões altamente técnicas pertencem a outras áreas
do conhecimento, como engenharia eletrônica, física, etc... não à
arquitetura.
Até lá...
30
1.6 - Glossário
Fluxo Luminoso: é a quantidade total de luz visível que uma fonte irradia
em todas as direções. Unidade - Lumen (lm).
31
Temperatura de cor: termo usado para descrever a aparência de cor de uma
fonte de luz, comparada à cor emitida pelo corpo negro (que teoricamente
irradia toda energia que recebe). Temperaturas de cor alta têm aparência
mais “fria-azulada”. Temperaturas de cor baixas têm aparência mais
“quente-avermelhada”. Unidade - Kelvin (K).
32
1.7 - Bibliografia
33