NOTÍCIAS DE ALVERCA
OUTUBRO 2008
«carolice» e, nessas circunstâncias,
há sempre algumas limitações. Ad-
judicando certas actividades a enti-
dades externas, eventualmente
poderá vir a funcionar melhor,
nunca esquecendo que a SFRA tem
de viver sempre virada para Alverca
e para os alverquenses.”
Serafina reconhece o sucesso desta
aposta, mas não é suficiente. “Só
isso não chega para pagar as despe-
sas. O ideal seria também entregar a
gestão do auditório a uma empresa
privada. Aquela casa para se manter
tem de ser com a ajuda dos sócios,
da autarquia, do governo, etc.; caso
contrário anda apenas a balões de
soro. Gosto de fazer bem em tudo
aquilo que me meto, mas sinto-me
limitada e, ao chegar à conclusão de
que aquela casa não é rentável, qual-
quer direcção fica desmotivada. Eu
e a minha Direcção não fomos ca-
pazes de encontrar nenhuma solução
para a SFRA!”
“Serafina
sentiu-se isolada”
Para o presidente da JFA, Afonso
Costa, “a SFRA não irá cair num
vazio directivo, até porque a actual
Direcção procedeu a uma reestrutu-
ração financeira da colectividade”.
Já o vereador no município vila-
franquense com o pelouro do Asso-
ciativismo, Fernando Paulo Ferreira,
adverte que “a solução para a SFRA
estará sempre dentro dos sócios que,
felizmente, são muitos”. Um destes
associados é Sebastião Duarte, 71
anos (que se prepara para ser home-
nageado, na SFRA, no próximo dia
18, pelos seus 50 anos de dedicação
à música no país e além-fronteiras).
“A Serafina é uma pessoa muito
valiosa, não sei quem irá agora
tomar este barco nas mãos, quem irá
assumir o leme. Penso que vai ser
difícil aparecer alguém, não vejo lis-
tas possíveis. Eu não estou
disponível para integrar listas, só
estou aqui por causa da música, mas
apoio qualquer Direcção que leve
isto a bom porto. Porque há também
muitos interesses no meio disto
tudo, há pessoas que se metem nisto
mas depois não aparecem cá, só
ficam dois ou três directores a tra-
balhar e são eles que têm de tomar
conta da casa.”
Opinião semelhante tem Madalena
Soares, colaboradora da SFRA du-
rante anos a fio e que entretanto se
desligou temporariamente da insti-
tuição. Esta ensaiadora de marchas
populares refere que o mal é pre-
cisamente haverem directores que só
dão a cara para dizer que fazem
parte da Filarmónica: “Mais vale um
grande sócio que goste da colectivi-
dade do que um director que tem
apenas a intenção de se promover.
SERAFINA DEIXA SFRA 03
Quando fui pela primeira vez à a possibilidade de avançar com uma Outubro de Vila Franca de Xira a
SFRA, para conhecer os novos diri- lista, mas não para já: “Vou esperar explorar um bar da SFRA, de forma
gentes, vi muitas pessoas sentadas a até a assembleia. Poderei vir a li- a conseguirmos pagar os ordenados
uma mesa e pensei: «Isto vai fun- derar alguma lista, mas só depois da dos funcionários.” Recordamos que
cionar.» Afinal é mentira, nada fun- assembleia do dia 31. Até lá vou ver o período de apresentação de listas
cionou. E a Serafina chegou a um reacção dos sócios e das forças decorre até ao dia 16 e a Assem-
ponto que queria pessoas para tra- políticas, mas tenho um grupo de bleia-Geral Eleitoral realiza-se a 31
balhar com ela, mas já não tinha pessoas dispostas a integrar uma de Outubro.
ninguém e sentiu-se isolada.” lista. Entretanto estarei na Feira de Mário Caritas
Esta acrescenta que o actual edifí-
cio-sede, “do 1.º andar para cima
devia ser todo alugado, para se ga-
nhar dinheiro!”. E exemplifica: “A
gestão da Academia Paula Manso
está a ser fantástica, por isso todas
as salas lá em cima deveriam ser
para alugar e a parte de baixo ficar
para as actividades da SFRA. Não
precisamos da parte de cima para
nada, excepto para nos dar
dinheiro.”
João Paulo Silva
já tem uma lista
Adriano Gabriel, antigo presidente
da Direcção daquela casa e pessoa
que acompanha de perto a vida as-
sociativa local, sublinha que, neste
momento, “a SFRA precisa de vo-
luntários”. Com vontade de “agarrar
o touro pelos cornos” – como se diz
no Ribatejo – está um dos elemen- CANDIDATO. João Paulo Silva, actual director na SFRA, deverá
tos que acompanham actualmente avançar com uma lista: “Poderei vir a liderar uma lista, mas só
Serafina. João Paulo Silva, encar- depois da assembleia do dia 31”
regado de obras na JFA, não enjeita