eu gosto muito do rio. juro: meu projeto de vida morrer baleado l em ipanema.

. apesar de tudo, eu ainda continuo achando o rio o melhor lugar do mundo para se viver. sou mineiro de nascimento, carioca de corao e brasileiro por filhadaputagem do destino, costumo dizer. mas graas a minhanossassenhoradoperptuossocorro, no vou ter nunca que colocar um filho pra estudar nas escolas pblicas do rio de janeiro. que, como se no bastasse a pssima qualidade de ensino que todos j conhecem agora tem mais essa: mv bill apresenta projeto de lei assemblia legislativa que prope o ensino de funk nas escolas fluminenses" . repito minha v: o fim do mundo. tudo bem que o povo toque tambor, fique atoladinho, atoladinho. nada contra o funk em si. mas ensinar isso nas escolas no faz o menor sentido. mv bill representa o que h de pior na sociedade brasileira: pessoas que fazem da pobreza seu discurso, seu meio de vida, a glamourizao do preto-favelado. o que gente como ele quer no realmente atacar as causas da pobreza, mas criar uma bipolaridade ricos-brancos x pobres-pretos. diga-se de passagem que, embora se auto-proclamem a "voz da periferia", esses "artistas" como mv bill, so o novo fetiche dos endinheirados ecologicamente corretos. ele adora vender seus livrinhos pras peruas de so paulo. toma ch com croissants na daslu e caga na cidade de deus. ele est sempre onde tem dinheiro: seja na globo, na assemblia, na daslu. sempre com um projetinho debaixo do brao pra apresentar. o assalto-com-classe. ao invs de apontar uma arma ele diz: "sou pobre e escrevo livros. agora, passe-me o dinheiro". que a eliana-sonegadora-tranchesi lhe d croissants, tudo bem. mas que o contribuinte do estado do rio seja obrigado a sustentar gente assim, lamentvel. isso retrato de um pas atoladinho, atoladinho. s nos resta ficar descontrolados. s nos resta ser baleados em ipanema.